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11- Demonstração dos Fluxos de Caixa

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Objetivos Específicos
Temas
• Apresentar a Demonstração dos Fluxos de Caixa e esclarecer as movimentações: 
operacional, investimentos e financiamentos no perío do.
Alexandra Medeiros Escobar
Contabilidade
Aula 11
Professora
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Introdução
1 Demonstração dos fluxos de caixa
Considerações finais
Referências
Senac São Paulo - Todos os Direitos Reservados
Contabilidade
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Introdução
Nesta aula, vamos falar da Demonstração dos Fluxos de Caixa. Ela passou a ser obrigatória 
no Brasil após a publicação da Lei nº 11.638/07, que alterou a leis das sociedades por ações 
da Lei nº 6.404/76, porém, já era elaborada por várias empresas como ferramenta gerencial.
Vamos conhecer a Resolução nº 1.296/2010, que trata especificamente desta 
demonstação, que como a DVA – Demonstração de Valor Adicionado, recebeu por parte 
do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, um tratamento mais abrangente, por se 
tratar de “novidades” no mercado brasileiro e, consequentemente, apresentar maior grau de 
dificuldade, por parte de profissionais e empresas, em sua elaboração.
1 Demonstração dos fluxos de caixa
A Resolução CFC nº 1.296/10 ou NBC TG03 – Norma Brasileira de Contabilidade Técnica 
Geral, foi baseada no CPC 03, que, por sua vez, tem os seu fundamentos no IAS (International 
Accouting Standard) 07 do IASB (International Accouting Standards Board), ou seja, a 
aproximação das normas brasileiras, com as normas internacionais de contabilidade.
Podemos considerar objetivo da norma a demonstração de informações referente à 
movimentação do caixa e equivalente de caixa da empresa, sempre pensando na formação de 
informações úteis para tomada de deciões dos usuários. Essas informações serão distribuídas 
em três fluxos de atividades, sendo estes: Operacionais, Investimentos e Financiamentos.
Nesta aula, vamos utilizar com uma certa frequência os termos caixa e equivalente de 
caixa, afinal, a demostração que estamos abordando é justamente referente à movimentação 
desse “grupo” de contas, logo, precisamos esclarecer a definição desses termos.
Conforme a Resolução nº 1.296/10, consideram-se caixa os valores depositados no caixa 
propriamente dito, e os valores disponíveis em conta corrente, no banco; já o equivalente de caixa 
“são aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, que são prontamente conversíveis 
em montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de 
valor”. Como podem verificar, tanto caixa quanto equivalente de caixas são valores dos quais a 
empresa pode se utilizar a qualquer momento, sem prejuízos nos valores apontados.
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Figura 1 ‒ Gráfico caixa e equivalente de caixa
 Fonte: Adaptado da Resolução CFC nº 1.296/2010.
Como dito anteriormente, a demonstração será dividida em três fluxos, operacionais, 
compostos pelas principais atividades da empresa que geram receitas. Em geral, são contas 
que estão classificadas no balanço como ativo e passivo circulantes, com algumas exceções; 
investimentos, compostos por contas, nos quais a empresa mantém seus recursos aplicados 
por tempos mais longos, no balanço patrimonial, geralmente encontram-se no ativo não 
circulante. E, finalmente, o fluxo de caixa de financiamento normalmente é composto pelas 
origens de longo prazo da empresa, que podem ser de terceiros (passivo não circulante) ou 
próprias (patrimônio líquido).
Essa demonstração pode ser apresentada de forma direta ou indireta, porém, dos três 
fluxos, o único que apresentará diferença na elaboração da demonstração é o fluxo das 
atividades operacionais, os demais permanecerão da mesma forma, independentemente da 
escolha do método, feita pela empresa.
1.1 Fluxo operacional
Na apresentação pelo método direto, a empresa demonstrará os valores efetivamente 
pagos e recebidos durante o período. Na apresentação pelo método indireto, conforme exemplo 
inserido na Resolução nº 1.296/10, a empresa partirá do lucro líquido antes do IR e CSLL, apurado 
na demonstração do resultado, e a este valor fará os ajustes, referentes a operações que não 
afetaram o caixa, como, por exemplo, depreciação e resultado de equivalênca patrimonial 
e após ajustes fará a inclusão das variações das contas do fluxo operacional, que podem ser 
positivas ou negativas, isso irá depender do impacto que essa variação causou no caixa.
Por exemplo: a conta clientes apresentou no ano 1 saldo de R$ 15.000 e no ano 2 saldo 
de R$ 22.000, logo teve uma variação positiva de R$ 7.000 (22.000 – 15.000), com isto, eu 
pergunto: qual o impacto dessa variação positiva na conta de clientes sobre o caixa da empresa?
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Vamos analisar:
• 1º Clientes são direitos a receber, correto? 
• 2º Se são direitos, a empresa está deixando de receber no ato da venda para receber 
em uma data futura, correto?
• 3º A demonstração deve analisar a situação da empresa no momento do fechamento.
Portanto, se tenho o aumento de um direito a receber, que poderia ter recebido à vista e 
prorroguei esse recebimento, neste momento, estou com menos dinheiro no meu caixa, ou seja, 
a variação positiva em uma conta do ativo é sinônimo de um impacto negativo no fluxo de caixa. 
Entendeu? Para que não fique dúvida, vamos colocar um exemplo utilizando o seu dinheiro.
Você emprestou a um amigo a quantia de R$ 100,00, logo tem um direito a receber, correto?
Ao final do mês, seu amigo ainda não conseguiu se equilibrar e pediu mais R$ 50,00 
emprestado. Você, muito solidário, fez o empréstimo novamente e agora possui um direito a 
receber de R$ 150,00. Seus empréstimos tiveram uma variação positiva de R$ 50,00, correto? 
E agora eu lhe pergunto: isso representa mais ou menos dinheiro no seu bolso? Bom, é claro 
que você já deve ter respondido que menos. Para a empresa é a mesma coisa, quanto mais os 
clientes devem para ela, menos dinheiro entrou no caixa. É claro que, em contrapartida, ela 
possui direitos a receber futuramente e, assim que o pagamento for efetuado, terá impacto 
positivo no caixa. Da mesma forma que no momento que seu amigo lhe paga, o seu caixa terá 
um impacto positivo, mas enquanto isso não ocorrer, tanto você quanto a empresa estarão 
com menos dinheiro no caixa/bolso.
Esse terá que ser sempre o seu raciocínio no momento de informar o impacto que 
a transação teve no caixa: pensar se o fato significa mais ou menos dinheiro no caixa da 
empresa naquele momento. Vamos, agora, utilizar um exemplo do passivo. A conta fornecedor 
apresentou no ano 1 saldo de R$ 25.000 e no ano 2, saldo de R$ 27.000, logo teve uma 
variação positiva de R$ 2.000 (27.000 – 25.000), com isto, eu pergunto: qual o impacto dessa 
variação positiva na conta de fornecedor sobre o caixa da empresa?
Vamos analisar:
• 1º Fornecedores são obrigações a pagar, correto? 
• 2º Se são obrigações, a empresa está deixando de pagar no ato da compra para pagar 
em uma data futura, correto?
• 3º A demonstração deve analisar a situação da empresa no momento do fechamento.
Portanto, se tenho o aumento de uma obrigação a pagar, que poderia ter quitado à vista 
e prorroguei, neste momento, estou com mais dinheiro no meu caixa, ou seja, a variação 
positiva em uma conta do passivo é sinônimo de um impacto também positivo no fluxo de 
caixa. Entendeu? Espero que sim.
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Um outro exemplo referente a contas de passivo, desta vez com pessoas físicas. Você 
compra de seu amigo um veículo no valor de R$ 8.000,00 e tal pagamento ocorrerá em 60 
dias. Em comum acordo entre as partes, desta forma, você deixou de desembolsar no ato da 
compra o valor, deixando para liquidar tal obrigação no futuro, portanto, neste momento, isto 
significa mais dinheiro no seu bolso/caixa.
1.2 Fluxo de investimentos
Agora, vamos falar um pouco sobre o fluxo de investimentos. Já mencionamos que 
este fluxo diz respeito aos recursosaplicados no Ativo Não Circulante da empresa, como os 
móveis, veículos ou imóveis da mesma, por exemplo. A exemplo do fluxo operacional, neste, 
também, o que precisamos demonstrar é o impacto que a transação causa no caixa, logo, 
sempre que compramos um novo imobilizado, retiramos o dinheiro do caixa, portanto, todo 
novo investimento possui um impacto negativo. Você pode estar dizendo, mas e quando eu 
compro, a prazo? Bom, quando você compra a prazo, gera automaticamente uma obrigação 
no passivo e aumento de passivo tem impacto positivo no caixa, porque deixamos de pagar 
e, neste momento, “mantivemos” o dinheiro no caixa. Neste caso, quando apontarmos as 
duas transações, ou seja, redução de caixa com a aquisição do bem e aumento de caixa com 
a “aquisição” de dívida, vamos “anular” o impacto.
Figura 2 – Transações na Conta Móveis e Utensílios
Fonte: Da autora (2013).
Como podem ver na imagem, a demonstração deve destacar a retirada de caixa no valor 
de R$ 130.000,00 referente à aquisição de imóveis e a entrada de caixa de R$ 25.000,00 
referente à venda dos móveis antigos.
Vocês podem estar se perguntando: onde aparece a variação da conta de R$ 105.000,00? 
Vamos ilustrar também esta informação:
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Figura 3 ‒ Variação Contas Móveis e Utensílios
 Fonte: Da autora (2013).
Conforme ilustrado na imagem, os dois valores estarão no mesmo grupo do fluxo de caixa, 
investimentos, um negativo representando a saída de caixa e o outro positivo, representando 
a entrada. Quando juntamos estes dois valores, chegamos ao resultado de R$ 105.000,00 
negativos, que foi o impacto de caixa verificado desde o início.
1.3 Fluxo de financiamento
Agora, vamos falar do fluxo de financiamento. Neste fluxo, do mesmo modo que ocorre 
no fluxo de investimentos, não podemos permitir que uma transação sobreponha a outra. 
Logo, se temos durante o período o pagamento de empréstimos/financiamentos e a realização 
de um novo empréstimo/financiamento, devemos fazer a demonstração de forma separada, 
para que fique clara ao usuário a informação da movimentação completa.
Figura 4 – Saldos Conta Financiamento
 Fonte: Da autora (2013).
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Veja que, neste caso, a única visão que temos é do aumento na conta financiamento.
Figura 5 ‒ Movimentação Conta Financiamento
Fonte: Da autora (2013).
Vejam que a primeira coluna demonstra o valor de amortização de financiamento de R$ 
50.000,00 e o novo financiamento no valor de R$ 130.000,00. O segundo bloco inicia com a 
variação da conta de R$ 80.000,00 e, na sequência, demonstra o valor de saída de caixa de 
R$ 50.000,00 e entrada de R$ 130.000,00.
Cada Fluxo de Caixa que exemplificamos, operacional, investimento e financiamento, 
irá gerar um “caixa líquido”, ou seja, um resultado com as somas e subtrações dos valores 
que adicionamos no respectivo caixa. A soma ou subtração do resultado obtido em cada 
fluxo (operacional, investimento e financiamento) irá gerar a variação líquida de caixa. Esta 
variação, somada ou subtraída ao caixa, mais equivalente de caixa inicial do período, deverá 
ser igual ao caixa mais equivalente de caixa final, ou seja, os valores dessas contas que se 
encontram no balanço patrimonial.
Exemplo:
A empresa X apresentou saldo de caixa e equivalente de caixa inicial de R$ 250.000,00, 
e finais de R$ 370.000,00.
A variação líquida do seu caixa operacional foi de R$ 80.000,00.
A variação líquida do seu caixa de investimentos foi de R$ 90.000,00. 
A variação líquida de seu caixa de financiamento foi de R$ 130.000,00.
Com estas informações, chegamos à variação líquida de caixa, conforme tabela a seguir:
Quadro 1 – Tabela Variação líquida DFC
Caixa líquido das atividades operacionais R$ 80.000,00
Caixa líquido das atividades de investimentos R$ 90.000,00
Caixa líquido das atividades de financiamentos R$ 130.000,00
( = ) Variação Líquida de Caixa R$ 120.000,00
Fonte: Da autora (2013).
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Após encontrarmos a variação líquida de caixa, temos que somá-la ou subtraí-la do caixa 
inicial, para verificarmos se o resultado será de fato o caixa e equivalente de caixa final. Caso 
o valor não seja este, houve erro no cálculo de alguma das variações líquidas de caixa que 
devem ser conferidas.
Quadro 2 ‒ Tabela Resultado Final DFC
Variação Líquida do Caixa R$ 120.000,00 
Caixa mais equivalentes de caixas iniciais R$ 250.000,00 
Caixa mais equivalentes de caixas finais R$ 370.000,00 
Fonte: Da autora (2013).
Vejam que os valores apurados em nossos caixas líquidos estão corretos, pois a soma 
de sua variação, que foi positiva, ao saldo inicial de caixa mais equivalentes de caixa foi 
exatamente o valor do saldo final.
Espero que você tenha percebido a importância de detalhar as informações, afinal, como 
já vimos em outras aulas, é fundamental que a informação contábil seja útil e clara para os 
usuários das mesmas.
Considerações finais
Na aula de hoje, tivemos a oportunidade de conhecer a Demonstração dos Fluxos de 
Caixa e entender como deve ser elaborada, seja no método direto ou indireto. Quais são os 
pontos fundamentais, principalmente nos fluxos de investimento e financiamento que devem 
apresentar as informações da mesma forma, tanto no método direto quanto no indireto.
Essas abordagens representam apenas a parte teórica do assunto, para que você possa, 
aos poucos, se familiarizar com ele. Espero que tenha aproveitado o tema e compreendido 
estas informações.
Referências
BRASIL. Resolução CFC nº 1.296 (2010). NBC TG 03 – Demonstração dos Fluxos de Caixa. 
Brasilia, DF: CFC, 2010. Disponível em: <http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.
aspx?Codigo=2010/001296>. Acesso em: out./2013.
BORINELLI, M. L.; PIMENTEL, R. C. Curso de contabilidade para gestores, analistas e outros 
profissionais. São Paulo: Atlas, 2010.
SILVA, C. A. T.; TRISTÃO, G. Contabilidade básica. São Paulo: Atlas, 2009.
http://www2.cfc.org.br/sisweb/sre/detalhes_sre.
	Introdução
	1 Demonstração dos fluxos de caixa
	Considerações finais
	Referências

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