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1 
 
 
LUDICIDADE E O IMAGINÁRIO INFANTIL NA 
LUDOPEDAGOGIA 
1 
 
 
Sumário 
LUDOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................. 3 
INTRODUÇÃO................................................................................................. 3 
Definindo Ludopedagogia ................................................................................ 3 
Descobrimento e Construção do Conceito de Criança e Infância ................... 8 
O CONCEITO DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA OCIDENTAL ..... 8 
Idade média .............................................................................................. 9 
Renascimento........................................................................................... 9 
Nascimento da concepção de infância ................................................... 10 
A infância nos dias de hoje ..................................................................... 10 
A Criança x Infância ....................................................................................... 12 
Concepção de Infância .................................................................................. 14 
A Criança E A Cultura Lúdica ........................................................................ 16 
Ludicidade na educação infantil: a brincadeira como fonte de interesse e 
aprendizagem .......................................................................................................... 19 
O PAPEL DA BRINCADEIRA NA FASE INFANTIL ................................... 20 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR ............................................................... 22 
BRINCADEIRAS COM FINALIDADES EDUCACIONAIS E DE 
TRANSMISSÃO DE VALORES ............................................................................ 23 
O BRINCAR E A PRÁTICA PEDAGÓGICA .................................................. 25 
O lúdico na formação do educador ................................................................ 26 
A BRINCADEIRA ....................................................................................... 28 
O lúdico no processo do desenvolvimento da criança ................................... 29 
O desenvolvimento cognitivo infantil através do lúdico .................................. 31 
CONCLUSÃO ................................................................................................ 33 
REFERÊNCIA................................................................................................ 34 
 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, 
em atender à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-
Graduação. Com isso foi criado a nossa instituição, como entidade oferecendo 
serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de 
conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação 
no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. 
Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que 
constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de 
publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
LUDOPEDAGOGIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
INTRODUÇÃO 
 
 
 
O lúdico é um das expressões humanas que mais fascina e permanece em 
diferentes contextos de uma geração a outra. Na história da humanidade, o lúdico é 
evidenciado em culturas e ambientes variados. Talvez em nossa história dessa 
ludicidade. 
A Ludopedagogia é uma tendência que busca nas atividades lúdicas uma 
forma de planejar atividades escolares que motivem os alunos para a construção do 
conhecimento. O que ocorre é o que o uso do lúdico na escola ora tem sido 
empregado como recreação simplesmente, ora como uma técnica pedagógica. 
Atualmente, não há mais dúvidas de que o lúdico deve ser incorporado à 
educação como algo que pode desencadear um processo permanente de educar. 
Portanto, o foco principal do nosso estudo está centrado em conhecer os 
fundamentos da Ludopedagogia. 
Definindo Ludopedagogia 
 
A introdução do lúdico na vida escolar do educando é uma maneira muito eficaz 
de perpassar pelo universo infantil para imprimir-lhe o universo adulto, nossos 
conhecimentos e principalmente a forma de interagirmos. A atividade lúdica é muito 
4 
 
 
importante para o desenvolvimento sensório motor e cognitivo, desta forma, torna-se 
uma maneira inconsciente de se aprender, de forma prazerosa e eficaz. 
A finalidade é enfatizar a importância dos educadores terem em mente os 
objetivos e os fins da brincadeira desenvolvida, sua utilização lúdica, cognitiva, 
sociocultural, e mais, precisam saber observar as condutas dos educandos para 
então diagnosticar, avaliar e elaborar estratégias de trabalho; identificando, desta 
forma, as dificuldades e os avanços dos educandos. Este estudo está fundamentado 
em Lev Vygotsky e Jean Piaget, pois, embora estes estudiosos tenham concepções 
diferentes de desenvolvimento, cada qual em conformidade com a sua concepção 
trata da importância do brinquedo no desenvolvimento infantil. 
Fröebel foi o primeiro educador que justificou o uso do brincar no processo 
educativo. Ele tinha uma visão pedagógica do ato de brincar. O brincar, pelo ato de 
brincar desenvolve os aspectos físico, moral e cognitivo, entre outros, mas o 
estudioso defende, também, a necessidade da orientação do adulto para que esse 
desenvolvimento ocorra. Como metodologia, primeiramente, buscamos suporte 
teórico para, em seguida, observar e aplicar algumas atividades lúdicas com a 
finalidade de analisar na prática o desempenho dos educandos. Ressaltamos, ainda, 
que na brincadeira as crianças aprendem a refletir e experimentam situações novas 
ou mesmo do seu cotidiano, e a ação de brincar está ligada ao preenchimento das 
necessidades da criança e nestas está incluso tudo aquilo que é motivo para ação. É 
muito importante procurar entender as necessidades da criança, bem como os 
incentivos que a colocam em ação para, então, entendermos a lógica de seu 
desenvolvimento. 
Ao lidar com os objetos existentes na brincadeira e nos jogos a criança pode 
lidar com o significado das palavras por meio do próprio objeto concreto, e por esta 
ação de brincar a criança embora não possua linguagem gramatical, consegue 
internalizar a definição funcional de objetos, e a criança passa a relacionar as palavras 
com algo concreto. O ato de brincar estimula o uso da memória que ao entrar em 
ação se amplia e organiza o material a ser lembrado, tudo isto está relacionado com 
aparecimento gradativos dos processos da linguagem que ao reorganizarem a 
vivência emocional e eleva a criança a um novo nível de processos psíquicos. 
Conclui-se então que a ação de brincar (o lúdico) é um fator importante para o 
desenvolvimento humano, sendo que ele a partir da situação imaginária introduz 
5 
 
 
gradativamente entre outras coisas a criança a um mundo social, cheio de regras. 
Portanto, surgem transformações internas no desenvolvimento da criança em 
consequência do brinquedo, cujo fundamento é a criação de uma nova relação entre 
o campo do significado e o campo da percepção visual, ou seja, entre as situações 
do pensamento e as reais. 
O desenhar e brincar deveriam ser estágios preparatórios ao desenvolvimento 
da linguagem escrita das crianças. Os educadores devem organizar todas essas 
ações e todo o complexo processo de transiçãode um tipo de linguagem escrita para 
outro. Devem acompanhar esse processo através de seus momentos críticos até o 
ponto da descoberta de que se pode desenhar não somente objetos, mas também a 
fala. Se quiséssemos resumir todas essas demandas práticas e expressá-las de uma 
forma unificada, poderíamos dizer o que se deve fazer é, ensinar às crianças a 
linguagem escrita e não apenas a escrita de letras assim como Vygotsky (1987), em 
sua psicologia de aprendizagem. 
Os benefícios e os estágios do lúdico para o desenvolvimento infantil, as 
brincadeiras, para a criança, constituem atividades primárias que trazem grandes 
benefícios do ponto de vista físico, intelectual e social. Como benefício físico, o lúdico 
satisfaz as necessidades de crescimento e de competitividade da criança. Os jogos 
lúdicos devem ser a base fundamental dos exercícios físicos impostos às crianças 
pelo menos durante o período escolar. Como benefício intelectual, o brinquedo 
contribui para desinibir, produzindo uma excitação mental e altamente fortificante. 
Illich (1976), afirma que os jogos podem ser a única maneira de penetrar os sistemas 
informais. Suas palavras confirmam o que muitas professoras de primeira série 
comprovam diariamente, ou seja, a criança só se mostra por inteira através das 
brincadeiras. Como benefício social, a criança, através do lúdico representa situações 
que simbolizam uma realidade que ainda não pode alcançar; através dos jogos 
simbólicos se explica o real e o eu. 
6 
 
 
 
A brincadeira não é uma atividade inata, mas sim uma atividade social e 
humana e que supõe contextos sociais, a partir dos quais as crianças recriam a 
realidade através da utilização de sistemas simbólicos próprios. É uma atividade 
social aprendida através das interações humanas. É o adulto ou as crianças mais 
velhas que ensinam o bebê a brincar, interagindo e atribuindo significado aos objetos 
e às ações, introduzindo a criança no mundo da brincadeira, nessa perspectiva, os 
educadores e auxiliares cumprem um papel fundamental nas instituições quando 
interagem com as crianças através de ações lúdicas ou se comunicam através de 
uma linguagem simbólica, estando disponíveis para brincar. 
Além das interações, a oferta o uso e exploração dos brinquedos também 
contribuem nessa aprendizagem da brincadeira, deve-se considerar o brinquedo 
como um elemento da brincadeira, pois contribui para a atribuição de significados. 
Tem um importante valor simbólico e expressivo. O brinquedo é um importante abjeto 
cultural produzido pelos adultos para as crianças e que ganha ou produz significados 
no processo da brincadeira, pela imagem que a realidade representa e transmite. 
A brincadeira como atividade social específica é vivida pelas crianças tendo 
por base um sistema de comunicação e interpretação do real, que vai sendo 
negociado pelo grupo de crianças que estão brincando. Mesmo sendo uma situação 
imaginária, a brincadeira não pode dissociar suas regras da realidade. As unidades 
fundamentais da brincadeira, que permite que ela aconteça, é o papel assumido pelas 
crianças. O papel revela sua natureza social, bem como possibilita o desenvolvimento 
das regras e da imaginação. 
A relação entre a imaginação e os papéis assumidos são muito importantes 
para o ato de brincar, pois ao mesmo tempo em que a criança é livre na sua 
7 
 
 
imaginação, ela tem que obedecer às regras sociais do papel assumido. A brincadeira 
é então, uma atividade sociocultural, pois ela se origina nos valores e hábitos de um 
determinado grupo social, onde as crianças têm a liberdade de escolher com o quê e 
como elas querem brincar. Para brincar as crianças utilizam-se da imitação de 
situações conhecidas, de processos imaginativos e da estruturação de regras. Por 
exemplo, brincar de boneca representa uma situação que ainda vai viver 
desenvolvendo um instinto natural. Como benefício didático, as brincadeiras 
transformam conteúdos maçantes em atividades interessantes, revelando certas 
facilidades através da aplicação do lúdico. Outra questão importante é a disciplinar, 
quando há interesse pelo que está sendo apresentado e faz com que 
automaticamente a disciplina aconteça. 
Concluindo, os benefícios didáticos do lúdico são procedimentos didáticos 
altamente importantes; mais que um passatempo; é o meio indispensável para 
promover a aprendizagem disciplinar, o trabalho do aluno e incutir-lhe 
comportamentos básicos, necessários à formação de sua personalidade. Estudar as 
relações entre as atividades lúdicas e o desenvolvimento humano é uma tarefa 
complexa, e para facilitar o estudo classificou-se o desenvolvimento em três fases 
distintas: aspectos psicomotores, aspectos cognitivos e aspectos afetivo-sociais. Nos 
aspectos psicomotores encontram-se várias habilidades musculares e motoras, de 
manipulação de objetos, escrita e aspectos sensoriais. 
Os aspectos cognitivos dependem, como os demais, de aprendizagem e 
maturação que podem variar desde simples lembranças de aprendido até mesmo 
formular e combinar ideias, propor soluções e delimitar problemas. Já os aspectos 
afetivo-sociais incluem sentimentos e emoções, atitudes de aceitação e rejeição de 
aproximação ou de afastamento. 
O fato é que esses três aspectos interdependem uns do outros, ou seja, a 
criança necessita dos três para tornar-se um indivíduo completo. Ainda com respeito 
às categorias psicomotoras, cognitivas e afetivas, assim como a seriação dos 
brinquedos, deve-se levar em conta cinco pontos básicos: integração entre o jogo e 
o jogador, deixando-o aberto para o mundo para transformá-lo à sua maneira; o 
próprio corpo humano é o primeiro jogo das crianças; nos jogo de imitação, a imagem 
ou modelo a ser seguido é importante; os jogos de aquisição começam desde cedo e 
8 
 
 
para cada idade existem alguns mais apropriados; os jogos de fabricação ajudam na 
criatividade, no sentimento de segurança e poder sobre o meio. 
A Ludopedagogia nos oferece a magia de ensinar, aprender brincando, 
diferente das aulas perturbadoras afastam o aluno do conhecimento, e, como em 
muitos casos, o abandono escolar, por meio da Ludopedagogia podemos oferecer ao 
aluno uma proximidade da realidade qual está inserida. 
Todos devem aprender de forma que seja prazeroso, que não sejam 
reprimidos, ou estancados no processo ensino/ aprendizagem, não precisamos 
encarar a Ludopedagogia como uma arte de brincar, limitados entre brincadeiras e 
brinquedos, mas, em uma arte de ensinar, diferenciando do tradicionalista das aulas 
expositivas, monótonas e improdutivas. O aluno deve ser estimulado com a 
criatividade do educador assumindo sua natureza de mediador do conhecimento, 
oferecendo pontes novas a seu educando. 
Descobrimento e Construção do Conceito de Criança e 
Infância 
 
O CONCEITO DE INFÂNCIA AO LONGO DA HISTÓRIA 
OCIDENTAL 
 
Retrato dos acontecimentos mais preciosos e importantes da história, que foi 
o desenvolvimento do conceito e visão sobre a infância, onde crianças pararam de 
ser vistas e tratadas pela sociedade como adultos em miniaturas e ganharam um 
olhar individualizado e voltado exclusivamente para elas. 
9 
 
 
 
Idade média 
Na idade média a criança era vista como um adulto em miniatura, trabalhavam 
nos mesmos locais, usavam as mesmas roupas. “A criança era, portanto, diferente 
do homem, mas apenas no tamanho e na força, enquanto as outras características 
permaneciam iguais” (ARIÈS, 1981, p.14). Por essa visão, foi um período onde a 
infância era caracterizada pela inexperiência, dependência e incapacidade pois não 
tinha as mesmas compreensões que um adulto. Por não haver distinções entre 
adultos e criança, cabia a elas aprender as tarefas do dia a dia, a trabalhar, ajudar os 
mais velhos nos serviços, e a passagem que tinham por sua família era muito breve, 
pouco depois que se passava o período de amamentação a criança já passavaa fazer 
companhia aos adultos para que aprendesse a servir e trabalhar, eram criadas por 
outras famílias para que nesse novo ambiente aprendessem um oficio. 
Renascimento 
É no decorrer do século XVII que se dá os primeiros passos para a separação 
do adulto e da criança, por meio da escolarização. Antes, por não haver a distinção 
entre idades, todos aprendiam da mesma maneira e sobre as mesmas temáticas. No 
fim deste século que pode-se notar as primeiras mudanças do conceito de infância. 
Um dos maiores contribuintes para tal mudança foi a igreja, que teve um papel 
fundamental ao associar a imagem das crianças com a de anjos, que refletiam 
inocência e pureza, sendo assim, Deus as favoreciam devido a sua singeleza e 
suavidade, que se aproxima da impecabilidade, impondo uma necessidade de amar 
as crianças e tornando a educação obrigatória, contrariando a indiferença existente a 
tanto tempo. A partir daí, a iconografia começou a ser demonstrada na figura de 
crianças-anjos, estabelecendo uma religião para as crianças (ARIÈS, 1981, p.14). O 
fim deste século foi considerado o marco na evolução dos sentimentos em relação a 
infância, onde começaram realmente falar na fragilidade da criança, nas suas 
peculiaridades e a se preocupar com a formação moral e construção da mesma. 
 
 
10 
 
 
Nascimento da concepção de infância 
Então, a partir do século XVIII, as crianças começaram a ser reconhecidas em 
suas particularidades, começaram a possuir um quarto único, alimentação 
considerada específica e adequada, começaram a ocupar um espaço maior no meio 
social. Ali nascia a concepção de infância. Antes, como se viu, a infância era 
considerada um período sem valor. Agora a família começa a dar ênfase ao 
sentimento que tem em relação à criança. Considera-se uma revolução este novo 
sentimento dirigido à criança. Ela começa a ser importante, apreciada por sua família 
e a infância é reconhecida como uma época da vida merecedora de orientação e 
educação. 
Vemos que, enquanto na idade média a criança era sem valor e suas 
responsabilidades eram trabalhar e chegar o mais rápido possível na fase adulta, no 
Renascimento se dá o início do processo de escolarização infantil. 
A infância nos dias de hoje 
Com o passar dos anos os direitos das crianças foram sendo cada vez mais 
fortes, embora por muitas vezes funcione só no papel, já pode ser considerado um 
grande avanço. Na visão de muitos autores a criação do Conselho da Criança e do 
Adolescente é vista como um marco no diz respeito ao reconhecimento e valorização 
da infância por parte das políticas públicas. Segundo o ECA (Estatuto da Criança e 
do Adolescente), os principais direitos das crianças são: 
 Ter uma educação de boa qualidade; 
 Ter acesso à cultura e aos meios de comunicação e informação; 
 Poder brincar com outras crianças da mesma idade; 
 Não ser obrigado a trabalhar como adulto; 
 Ter uma boa alimentação que dê ao organismo todos os nutrientes que 
precisam para crescer com saúde e energia; 
 Receber assistência médica gratuita nos hospitais públicos sempre que 
precisarem de atendimento; 
 Ser livre para ir e vir, conviver em sociedade e expressar ideias e 
sentimentos; 
11 
 
 
 Ter a proteção de uma família seja ela natural ou adotiva, ou de um lar 
oferecido pelo Estado se, por infelicidade, perderem os pais e parentes 
mais próximos; 
 Não sofrer agressões físicas ou psicológicas por parte daqueles que são 
encarregados da proteção e educação ou de qualquer outro adulto; 
 Ser beneficiada por direitos, sem nenhuma discriminação por raça, cor, 
sexo, língua, religião, país de origem, classe social ou riqueza e toda 
criança do mundo deve ter seus direitos respeitados; 
 Ter desde o dia em que nasce um nome e uma nacionalidade, ou seja, 
ser cidadão de um país; 
Cabe aos pais e educadores lutarem para que tudo isso não fique apenas no 
papel. Lutar para conquistar os mesmos direitos a todas as crianças, 
independentemente de sua classe social. Após uma análise sobre tantos períodos 
tristes que a infância enfrentou, que possamos fazer uma avaliação sobre nossos 
conceitos de infância. 
 
 
 
12 
 
 
 
A Criança x Infância 
 
 
 
Movimentos a favor da criança tomaram impulso de algumas décadas para cá. 
O reconhecimento do direito à vivência infantil expressou-se através de grandes 
movimentos, do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e de outros aparatos 
legais. 
Tomou-se DE REPENTE o conhecimento de que a criança tem direitos, acima 
da diversidade de cultura. Ela tem direito à higiene, à escola, ao lazer, à saúde. 
Há séculos passados, as crianças eram educadas como cópia comportamental 
dos adultos em vestuário, gestos, fala. Hoje, com a modernidade, a correria de pais 
e mães também se torna um impedimento para que a criança viva a infância. 
A urbanização, seja em comunidades mais simples ou não, reduz o espaço, ou 
melhor, a liberdade espacial da criança. Veículos, máquinas, oprimem a construção 
espacial e aglomeram-se na “Cidade dos Compromissos Urgentes”. 
Muitos são os fatores sociais os quais constam como impedimento para a 
vivência de uma infância saudável em sociedade no tocante à criança e à sua família: 
 Mães com trabalho full time; 
 Falta de emprego; 
 Miséria; 
13 
 
 
 Mínimas condições sociais; 
A criança viver em constante adultice. Ela está sempre confinada nos 
ambientes dos adultos. Ela é repudiada se não cumpre com as regras que não fazem 
parte do seu mundo. É um ser privado de vivência. Estão dependentes da tirania dos 
adultos. 
Atualmente, muitos são os espaços construídos para as crianças em 
sociedade: áreas de recreação, publicações infantis, móveis em tamanhos 
adequados. Radicalmente, o trato infantil migrou de polo. De regras adultas ela 
passou a viver em plena era de crianças afáveis e dóceis. A criança considerada 
meiga, calma, disciplinada é a criança inserida em um contexto social infantil. 
Qual seria, então, o problema de inclusão social da infância? Muitas continuam 
não tendo constante acesso ao Maravilhoso Mundo Infantil. Mudou-se a forma de 
tratá-la. E por mais iniciativas que apareçam a favor dos menores, os excluídos não 
são abraçados em anos de história de exclusão. Montessori (1980, p. 10): 
[...] Todas as iniciativas esporádicas, nascidas sem ligações recíprocas, são 
provas evidentes de que nenhuma delas tem importância construtiva: 
constituem apenas comprovação do nascimento ao nosso redor de um 
impulso real e universal no sentido de uma grande reforma social. [...] 
 
A criança deve ter o seu mundo independente do mundo do adulto e, entre 
ambos, relações serem construídas de troca CONSTRUTIVA. 
O objetivo, além de zelar pelos direitos infantis e zelar como um todo pela 
INFÂNCIA, Montessori é muito clara nesse ponto. O desenvolvimento infantil como 
um todo deve ser o foco dessas relações construtivas. 
[...] A criança não é um estranho que o adulto possa considerar apenas 
exteriormente, com critérios e objetivos. A infância constitui o elemento mais 
importante da vida do adulto: o elemento construtor. (1980, p. 10) 
 
No limiar da história a criança foi alvo de questões absolutistas. O bem e o mal, 
por exemplo. Ela foi educada pelo certo e pelo errado. Jamais com intenções de 
relativizar. 
 
14 
 
 
Concepção de Infância 
 
Para entender como se deu o processo do desenvolvimento da concepção de 
infância, é importante analisar as diferentes mudanças e destacar que a visão que se 
tem de criança hoje é algo que foi historicamente construído ao longo dos anos. 
Dessa maneira, é possível observar os contrastes em relação ao sentimento 
de infância presente em determinados momentos da história. Algumas atitudes que 
hoje parecem um absurdo, como o tratamento indiferente à criança pequena, há 
alguns séculos atrás era considerado como algo normal. 
Por mais estranho que pareça, a sociedade nemsempre viu a criança como 
um ser especial e único, dotado de particularidades e cuidados especiais. Por muito 
tempo a tratou como um adulto em miniatura. 
Philippe Ariès, um grande historiador francês, problematizou o conceito de 
infância e fez uma análise de três períodos distintos (que vai do século XIII ao século 
XVIII e do século XVIII à atualidade). Ele afirma que não havia distinção entre o mundo 
adulto e o infantil, as crianças viviam em meio ao universo dos adultos. Falavam e se 
vestiam como eles, jogavam os seus jogos e até participavam de suas festas. 
Já no segundo período (séc. XVIII) houve uma significativa mudança. A 
sociedade passou a separar as crianças dos adultos e então surgem as primeiras 
instituições escolares. Por fim, no terceiro período (atualidade), a criança já começa 
a ocupar o seu verdadeiro espaço e acontece então a consolidação do conceito de 
infância que conhecemos hoje, embora muitos progressos ainda estivessem por 
acontecer. 
As instituições escolares, por muito tempo, organizavam seus espaços e 
rotinas diárias embasadas nas ideias assistencialistas, ou seja, a principal função da 
escola não era transmitir conhecimentos por meio de informações e conteúdos 
didáticos, o principal objetivo era cuidar, especialmente, de crianças de 0 a 6 anos. 
Porém, com as diversas mudanças ocasionadas pelo desenvolvimento das 
grandes cidades e as diversas modificações socioculturais, as coisas foram mudando 
de figura. 
15 
 
 
Para modificar essa concepção assistencialista, houve uma mudança 
atenuada na educação infantil. Era necessário enxergar e assumir as suas 
especificidades e rever quais eram as responsabilidades da sociedade e o real papel 
do Estado perante as crianças pequenas. 
A educação para as crianças pequenas deve promover a integração entre os 
diversos aspectos que as norteiam, como o aspecto físico, emocional, cognitivo, entre 
outros. 
Hoje, a criança é vista como um sujeito de direitos, situado historicamente e 
que precisa ter as suas necessidades físicas, cognitivas, psicológicas, emocionais e 
sociais supridas, caracterizando um atendimento integral e integrado da criança. Ela 
deve ter todas as suas dimensões respeitadas. Segundo Zabalza ao citar Fraboni: a 
etapa histórica que estamos vivendo, fortemente marcada pela “transformação” 
tecnológico-científica e pela mudança ético-social, cumpre todos os requisitos para 
tornar efetiva a conquista do salto na educação da criança, legitimando-a finalmente 
como figura social, como sujeito de direitos enquanto sujeito social” (1998:68). 
Assim, a concepção da criança como um ser particular, com características 
bem diferentes das dos adultos, e contemporaneamente como portador de direitos 
enquanto cidadão, é que vai gerar as maiores mudanças na educação infantil, 
tornando o atendimento às crianças de 0 a 5 anos ainda mais específico, exigindo do 
educador uma postura consciente de como deve ser realizado o trabalho com as 
crianças pequenas, quais as suas necessidades enquanto criança e enquanto 
cidadão. 
 
 
16 
 
 
 
 
A Criança E A Cultura Lúdica 
 
 
"Brincar tem de ser divertido e, mais que aprender a perder, é importante saber 
que brincar, por si só, é gostoso." (Cyrce Andrade) 
No decorrer da história, os primeiros questionamentos sobre o brincar não 
estavam relacionados a jogos, brinquedos e brincadeiras, mas focavam a cultura. 
Wallon, Piaget e Vygotsky buscavam compreender como os pequenos se 
relacionavam com o mundo e como produziam cultura. Wallon pontuou que a diversão 
deve ter fins em si mesma, possibilitando às crianças o despertar de capacidades, 
como a articulação com os colegas, sem preocupações didáticas. 
Já Piaget, percebeu que enquanto os pequenos fazem descobertas com 
experimentações e atividades repetitivas, os maiores lidam com o desafio de 
compreender o outro e traçar regras comuns para as brincadeiras. Ao ponto que 
Vygotsky em suas pesquisas descobriu que a produção de cultura depende de 
processos interpessoais, destacando a importância do professor como mediador e 
responsável por ampliar o repertório cultural das crianças. Esse processo independe 
de intervenções que coloquem elementos desafiadores nas atividades, possibilitando 
aos pequenos desenvolver essa habilidade. Mas e o que significa ser criança na 
época atual? Desde que nasce a criança convive num meio social voltado para o seu 
desenvolvimento. 
17 
 
 
Conforme afirma BROUGÈRE: "A criança está inserida, desde o seu 
nascimento, num contexto social e seus comportamentos estão impregnados por 
essa imersão inevitável." (2000, p. 54) Esse meio nato à cada criança induzirá a sua 
cultura lúdica. É através das relações que ela estabelece desde o seu nascimento 
que esta vai se formando. 
Atualmente, as influências da mídia, a correria do cotidiano, e as escolas em 
geral não favorecem a cultura própria da infância. A falta de espaço apropriado para 
as brincadeiras, o excesso de brinquedos automatizados e a evolução da informática 
acabam por adultizar cada vez mais cedo os nossos infantes. Sendo a infância a fase 
da vida reservada para brincar e estabelecer relações sociais, todos os atos, sinais, 
gestos, objetos e espaços possuem um significado próprio, afinal o brincar reproduz 
atividades do cotidiano da criança, tornando-se assim uma espécie de linguagem 
secreta que devemos respeitar mesmo não sendo entendida. 
Segundo ALVES: "À medida que cresce, sustentado pelas imagens mentais, 
que já se formaram, a criança utiliza-se do jogo simbólico para criar significados para 
objetos e espaços." (2004, p.2) Conforme ocorre o seu desenvolvimento, a criança 
torna-se capaz de atribuir novas significações aos objetos explorados no dia a dia, 
dessa forma atrás da cortina pode ser sua caverna secreta, assim como, seu 
cachorrinho pode vir a ser seu cavalo numa batalha. 
Estes recursos são frutos do jogo simbólico ou faz-de-conta. Essa 
representação simbólica porque o jogo, conforme Piaget, na infância passa por três 
fases distintas: primeiramente o jogo do exercício, onde ocorre a prática dos sentidos, 
que nos acompanhará por toda a vida nas nossas relações com as coisas e as 
pessoas. Segundo, o jogo simbólico, expresso nas brincadeiras e nas infinitas 
possibilidades de imaginação, própria a esse período da vida. E em terceiro, mas não 
menos importante, ocorre o jogo com regras e objetivos definidos, além da interação 
com pessoas e coisas. 
Os jogos fazem parte de todas as fases da vida e estão na base do surgimento 
e do desenvolvimento da civilização, a ponto de definir a organização cultural da 
sociedade. Mesmo fazendo parte da essência do ser humano, a brincadeira precisa 
de um contexto social para ocorrer. Sabemos que o brincar se diferencia conforme a 
sociedade em que a criança convive. Conforme os hábitos de sua cultura são 
18 
 
 
fornecidos subsídios pra brincadeiras próprias de determinado lugar. Facilmente 
encontramos sociedades que ainda consideram o brincar como oposição ao trabalho, 
designando-o como algo fútil e irrelevante. 
 
BROUGÈRE critica aqueles que consideram o brinquedo uma futilidade: Se o 
brinquedo é um objeto menor do ponto de vista das ciências sociais, é um objeto de 
profunda riqueza. A sua sombra, a sociedade se mostra duplamente naquilo que é 
mais, sobretudo naquilo que se dá a conceber as suas crianças. Assim sendo, mostra 
a imagem que faz da infância. O brinquedo é um dos reveladores de nossa cultura, 
incorpora nossos conhecimentos sobre a criança ou, ao menos, as representações 
largamente difundidas que circulam as imagens que nossa sociedade é capaz de 
segregar. (2000, p. 98) 
Nesse sentido, o jogo surge como enriquecedor da cultura lúdica, uma vez que 
este é uma atividade de 2º grau e pressupõe a ruptura com as significações da vida 
cotidiana. O modo de falar específico, os gestos exagerados nas brincadeiras,as 
músicas formam o repertório inicial do jogo. A existência ou não de regras varia 
conforme a cultura lúdica de cada sociedade e s regras conhecidas por cada indivíduo 
são frutos da sua própria cultura lúdica. Quando carrinhos, panelinhas, bonecas e 
blocos de construir, entre outros, são objetos do brincar, as crianças ganham a 
chance de explorar a realidade, conhecer valores diferentes dos seus e inventar o 
19 
 
 
próprio universo. Elas constroem vínculos com esses objetos e estabelecem relações 
de posse, de abandono e de perda, refletindo sobre si mesmas e descobrindo como 
reagir a situações que vão reproduzir ao longo da vida no convívio social. Em uma 
etapa mais adiantada da cultura lúdica, surgem os personagens. 
Ludicidade na educação infantil: a brincadeira como fonte 
de interesse e aprendizagem 
 
 
 
A criança brinca e através de suas brincadeiras, ela interage e se socializa com 
o meio. Podemos dizer que a brincadeira contribui para a formação e 
desenvolvimento, contribui para sua linguagem e, por meio dela, permite construção 
de sua percepção e sua identidade acerca de várias formas de sua representação, e 
de sua própria autonomia, pois a criança que brinca tem em seu sentimento, suas 
emoções e com isso usa em forma de aprendizado e cultura para melhor 
compreender suas capacidades e potencialidades. 
Para a criança, tudo que ela faz é uma interação, são experiências que vão 
sendo construídas com o brincar. A criança aprende com suas próprias brincadeiras, 
onde o brincar é uma diversão prazerosa. 
20 
 
 
A brincadeira pode também pode trazer para a realidade o imaginário criado 
pela compreensão das vivencias, dos desenhos, do que a criança vê e interage com 
o seu meio. 
A infância também é a idade do possível, podendo projetar sobre essa fase a 
esperança da mudança. 
 
O PAPEL DA BRINCADEIRA NA FASE INFANTIL 
 
Por todo o país são inúmeras as brincadeiras apreciadas pelas crianças. Elas 
demonstram as características sociáveis e procuram outras crianças com o intuito de 
se divertirem. O que mais é valorizado é a participação da criança que quer brincar. 
As características da expressividade e senso lúdico das crianças são bastante 
trabalhadas e estimuladas. 
Através das brincadeiras educativas, as crianças aprendem a respeitar o 
próximo e as ideias divergentes das suas, aprendendo assim, como conviver 
harmoniosamente em sociedade. 
O brincar não é uma qualidade inata da criança. “Brincar não é uma dinâmica 
interna do indivíduo, mas uma atividade dotada de uma significação social precisa 
que, como outras, necessita de aprendizagem” (BROUGÉRE, 1998). 
Isto é, a criança aprende a brincar e isto se dá desde as primeiras interações 
lúdicas entre a mãe e o bebê. 
Sabe-se que desde pequena a criança brinca e se diverte com suas 
brincadeiras. As brincadeiras, portanto, parte do universo da criança, assim como o 
lúdico e o faz de conta. 
De acordo com SALOMÃO e MARTINI (2007, p.4), “[...] o lúdico tem sua origem 
na palavra latina “ludus” que quer dizer ‘jogos’ e ‘brincar’. Segundo as autoras”,” [...] 
o desenvolvimento do aspecto lúdico facilita ainda a aprendizagem, o 
desenvolvimento pessoal, social, cultural e colabora para a boa saúde mental e física” 
(SALOMÃO; MARTINI, 2007, p.4). Diante disso pode-se dizer que a presença do 
lúdico é fator importante para o indivíduo em seus diferentes aspectos. 
21 
 
 
Observa-se ainda que, de acordo com o conceito de lúdico anteriormente 
citado, o mesmo remete o termo ao ato de brincar. Com relação ao brincar, LOPES o 
define como sendo: 
“[...]uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade e 
da autonomia. O fato de a criança desde muito cedo poder se comunicar por meio de 
gestos, Sons e mais trade, representar determinado papel na brincadeira, faz com 
que ela desenvolva sua imaginação.” (LOPES, 2006, p.110). 
Dessa forma, é possível dizer que a brincadeira contribui ainda para o 
desenvolvimento da linguagem da criança e, por meio dela, contribui ainda para o 
desenvolvimento da linguagem da criança e, por meio dela, contribui ainda para lhe 
permitir construções acerca de várias formas de representação, e, 
consequentemente, o desenvolvimento de sua identidade, de sua autonomia. 
Assim, o brincar pode ser compreendido como o berço das atividades 
intelectuais da criança e por assim o ser, indispensável à prática educativa (PIAGET, 
1988). 
Também o brincar pode ser compreendido, ainda como um dos principais 
processos da infância em que são construídas as capacidades e as potencialidades 
da criança (PEREIRA, 2002). 
Contudo, acredita-se que essa valorização do lúdico enquanto instrumento 
capaz de construir para o desenvolvimento da criança não deva apenas limitar-se ás 
linhas dos projetos pedagógicos, e sim, ser realmente colocado em prática nas 
escolas, principalmente na Educação Infantil. 
 
 
22 
 
 
 
 
A IMPORTÂNCIA DO BRINCAR 
Dentre as causas mais significativas da transformação do brincar no decorrer 
do século nas grandes cidades destacam-se: 
 Uma significativa redução do espaço físico: com o crescimento das 
cidades e a falta de segurança, os espaços lúdicos viram-se seriamente 
ameaçados e diminuídos. 
 A redução do espaço temporal: dentro da instituição escolar, a 
brincadeira foi deixada de lado em detrimento de outras atividades 
julgadas mais produtivas. “No contexto família, toma espaço a televisão 
no cotidiano infantil, ou por outras atividades diferentes. 
 O incremento da indústria de brinquedos colocou no mercado, objetos 
muito atraentes transformando as interações sociais, nas quais eles 
passam a ter um papel relevante. 
 A propaganda contribui para o incremento do consumo de brinquedos 
industrializados no mundo infantil. 
Tais transformações em suas vantagens e desvantagens, não podem ser 
negadas. 
Deve-se, pois, pensar em como é possível atuar para mudar os aspectos 
negativos da realidade lúdica atual; a falta de espaço para brincar, a falta de tempo 
23 
 
 
enfim, a falta de oportunidades de brincar. A ação fundamental a ser empreendida é 
a de resgatar o espaço da brincadeira na vida das crianças. 
Pode-se dizer então, que há na escola hoje, uma necessidade de valorizar o 
lúdico tanto quanto se valoriza o conhecimento, uma vez que este contribui para o 
aprendizado do aluno. 
A desvalorização do movimento natural e espontâneo da criança em favor do 
conhecimento estruturado e formalizado ignora as dimensões educativas das 
brincadeiras e do jogo como forma rica e poderosa de estimular a atividade 
construtiva da criança. Contudo, acredita-se que essa valorização do lúdico de grande 
importância, enquanto instrumento capaz de contribuir para o desenvolvimento da 
criança não deva apenas limitar-se às linhas dos projetos pedagógicos, e sim, ser 
realmente colocado em prática nas escolas, principalmente na educação infantil. 
Todavia, crê-se que essa é uma ação que depende, entre outras coisas do professor 
e da maneira como desenvolve a sua prática pedagógica junto aos seus alunos. 
 
 
BRINCADEIRAS COM FINALIDADES EDUCACIONAIS E DE 
TRANSMISSÃO DE VALORES 
 
A brincadeira estimula a aprendizagem de artes, ciências, matemática, estudos 
sociais, linguagens e alfabetização. 
No Brasil, podemos destacar a nova LDB (1996), onde pela primeira vez foi 
citada a educação infantil, inclusive com Referências Curriculares Nacionais 
(RCNEIs), tratando especificamente desse assunto. 
24 
 
 
Uma distinção produtiva pode ser feita entre a brincadeira educativas e a 
brincadeira não-educativa (SPODEK & SARACHO, 1998). A diferença não está nas 
atividades e nem no grau de divertimento que as crianças extraem delas, mas sim, 
nos objetos atribuídos à brincadeira pelas pessoas responsáveis pelas atividades das 
crianças. A brincadeira educativa tem como objetivo primário a aprendizagem. Ela é 
divertida paraas crianças, pois se não proporcionar satisfação pessoal, a atividade 
deixa de ser lúdica. 
As brincadeiras educativas, entretanto, servem a um propósito pedagógico, ao 
mesmo tempo em que mantém sua função de satisfação pessoal. Assim, as crianças 
na área de tarefas domésticas de uma sala de aula, obtêm satisfação pessoal ao 
dramatizarem o papel que escolheram, ao interagirem com pessoas em outros papéis 
e ao usarem vários objetos de uma forma inovadora em sua brincadeira. 
Seus valores educativos é que ajuda as crianças a explorarem e entenderem 
as dimensões dos papéis e os padrões de interações entre eles, estimulando o seu 
conhecimento e entendimento futuro do mundo social e ajudando-as a construírem 
um autoconceito realista. 
À medida que as crianças crescem, os professores geralmente limitam o tempo 
dedicado à brincadeira livre na sala de aula, e aumentam o total de brincadeiras 
dirigidas e de trabalho. 
A brincadeira educativa pode assumir muitas formas. O papel chave dos 
professores nela é modificar a brincadeira natural espontânea das crianças para que 
ela adquira um valor pedagógico, ao mesmo tempo em que mantém suas qualidades 
lúdicas. Os professores também criam brincadeiras educativas menos espontâneas, 
que são avaliadas não comente de acordo com o grau de envolvimento das crianças, 
mas também com sua eficácia em atingir as metas educativas. 
 
 
 
 
25 
 
 
O BRINCAR E A PRÁTICA PEDAGÓGICA 
 
 
Já se apontou a importância do lúdico, principalmente da brincadeira para o 
desenvolvimento da criança. Em função das contribuições do brincar para o 
desenvolvimento da criança, comentou-se ainda a necessidade de se incluir o brincar 
na prática pedagógica cotidiana, principalmente na Educação Infantil. 
Acredita-se, porém, que nem todos os professores tenham tido uma formação 
que contemplasse a importância do brincar na escola, em vista disso, nem sempre é 
dada à brincadeira o valor e a seriedade que a mesma merece. Porém, com o 
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) e os PCNs, 
observou-se que houve um resgate ao lúdico no contexto da educação, consistindo-
se assim numa importante contribuição para a prática pedagógica dos professores. 
No entanto, como afirma FRIEDMANN (2007): 
“[...] esse movimento não é instantâneo nem está garantido pelo fato de existir 
espaço para discussões, reflexões, ou leituras críticas sobre o assunto. É necessária 
coragem para assumir que o brincar é primordial no trabalho junto às crianças de 0 a 
6 anos. É imprescindível, também, que essa postura seja abraçada por toda a equipe 
escolar (desde o diretor, coordenadores, auxiliares até os funcionários que prestam 
serviço dentro da escola), não somente pelo professor de classe” (FRIEDMANN, 
2007, p. 2-3). 
26 
 
 
A autora evidencia em sua fala a necessidade de que brincar seja uma prática 
compreendida, aceitada e praticada não somente pelo professor, mas por toda a 
escola. Com isso compreende-se que o brincar deva ser parte do cotidiano e do 
contexto escolar como um todo, limitando apenas ao recreio ou a uma atividade 
extraclasse. 
Fala-se aqui da postura e do comprometimento do professor que, entendendo 
o brincar como instrumento propulsor do desenvolvimento da criança, passa a utiliza-
lo como instrumento de ensino aprendizagem. No tocante a isso, AZEVEDO (2001) 
diz o seguinte: 
“Entendemos, a partir dos princípios aqui expostos, que o professor deverá 
comtemplar a brincadeira como princípio norteador das atividades didático – 
pedagógicas, possibilitando as manifestações corporais encontrarem significado pela 
ludicidade presente na relação que as crianças mantêm com o mundo (AZEVEDO, 
2001, p. 21). 
O lúdico na formação do educador 
 
 
 
Compreende-se que o papel do professor está associado à função de educar, 
utilizando-se da conceituação de CONSTANCE KAMII, tem-se que: 
“Educar não se limita a passar informações ou mostrar apenas um caminho, 
aquele caminho que o professor considera mais correto, mas é ajudar pessoas a 
27 
 
 
tomar consciência de si mesmas, dos outros e da sociedade. É aceitar-se como 
pessoa e saber aceitar os outros. É oferecer várias ferramentas para que a pessoa 
possa escolher entre muitos caminhos, aquele que for compatível com seus valores, 
sua visão de mundo e com as circunstâncias diversas que cada um irá encontra – 
Educar é preparar para a vida.” (KAMII, 1991, p.125). 
Pode-se dizer que a prática docente é um reflexo da formação no indivíduo. 
Em vista disso, se acredita que deveriam estar presentes na formação dos 
professores de educação infantil disciplinas de caráter lúdico (SANTOS, 1997). 
Diante da relevância dada ao lúdico e a brincadeira para o desenvolvimento da 
criança, acredita-se que seria de muita valia que os cursos de licenciatura e da própria 
pedagogia, pudessem enfatizar mais a importância do brincar na prática pedagógica 
cotidiana, forma que o mesmo fizesse parte da identidade do professor. 
Com relação a essa formação lúdica do professor aqui sugerida, SANTOS 
esclarece que esta: 
“Se assenta uns pressupostos que valorizam a criatividade, o cultivo da 
sensibilidade, a busca da afetividade, a nutrição da alma, proporcionando aos futuros 
educadores vivências lúdicas, experiências corporais, que se utilizam da ação, do 
pensamento e da linguagem, tendo no jogo sua fonte dinamizadora. “(SANTOS, 1997, 
p.14). 
Assim, acredita-se que o professor não deva partir de um conceito teórico de 
lúdico, e de brincar. Mas, ele próprio tinha contato com o brincar, com experiências 
lúdicas diversas, para que então, as possa incluir em sua prática pedagógica. 
28 
 
 
A BRINCADEIRA 
 
A brincadeira é uma linguagem infantil que mantém um vínculo essencial com 
aquilo que é o “não brincar”. Se a brincadeira é uma ação que ocorre no plano da 
imaginação isto implica que aquele que brinca tenha domínio da linguagem simbólica. 
De qualquer modo, é através do brincar, que a criança aprende a se preparar 
para o futuro e para enfrentar direta ou simbolicamente as dificuldades do presente. 
Pois, além de ajudar a descarregar o excesso de energias, é agradável, dá prazer, a 
criança estimula o desenvolvimento intelectual da mesma. Por isso, a ato de brincar 
é muito importante porque, além de estimular o desenvolvimento motor e intelectual, 
ensina, sem forçá-la, os hábitos necessários para o seu crescimento. As crianças têm 
várias maneiras de brincar, tanto sozinhas como em grupo. Quando a criança é muito 
pequena, por exemplo, seu mundo, de certo modo, é muito restrito. 
PASSERINO (1996, p. 43), também mostra a preocupação sobre a forma como 
as crianças brincam e colocam “que todos os meios de educação deveriam se 
informar sobre este aspecto e sobre os objetos que poderiam ajudar na atividade 
construtiva da brincadeira”. 
CUNHA (1998, p. 9), por sua vez, coloca que “brincando a criança 
experimenta, descobre, inventa, exerce e confere suas habilidades”. Acrescenta 
ainda que o brincar é um dom natural que contribuirá no futuro para o equilíbrio do 
adulto, pois o ato de brincar é imprescindível e indispensável à saúde física, 
emocional e intelectual da criança. 
 
29 
 
 
O lúdico no processo do desenvolvimento da criança 
 
 
 Para desenvolverem e participarem ativamente do mundo em que vive, a 
criança precisa brincar, pois brincando a criança desenvolve seu senso de 
companheirismo, sua auto expressão, sua autoestima, sua autoconfiança e 
autonomia. 
 Brincando a criança se sente estimulada a experimentar, descobrir, 
criar e aprender. Além disso, brincar é um direito garantido por lei: Capítulo IV- Do 
direito à educação, à cultura e ao lazer- Artigo 59, do Estatuto da Criança e do 
Adolescente. 
As atividades lúdicas contribuem para o desenvolvimento da criança, 
pois colabora na sua formação de homem autônomo, na participação comunitária,em seu desenvolvimento pessoal e consequentemente no desenvolvimento de 
uma autoestima satisfatória. 
Quando (Samples 1990, p. 24 apud Costa, 2004) refere-se ao brinquedo, 
evidencia tal experiência por parte da criança como sendo essencial ao seu 
crescimento físico e psíquico e totalmente desvinculado ao que os adultos 
consideram como certo ou errado dentro do processo de aprendizagem. 
 Brincando a criança aprende a conviver, a esperar por sua vez, 
aceitar regras, independente do resultado, e a lidar com frustrações sem 
30 
 
 
deixar que isso interfira na sua vida. Além disso a criança desenvolve sua linguagem, 
pensamentos, atenção, concentração, conseguindo, assim uma participação 
satisfatória da criança na construção do seu conhecimento. Através de livros de 
literatura infantil ela conhece diversos personagens, possibilitando e ampliando sua 
compreensão sobre as diferentes formas de se relacionarem com o mundo ao seu 
redor, identificando seu papel na sociedade na qual está inserida. 
 As brincadeiras e jogos fazem a criança crescer, pois proporciona na maioria 
das vezes, ou senão em todas as ocasiões, a procura de soluções e de alternativas 
para desenvolverem de forma prazerosa o que lhe é proposto. Estudos psicológicos 
e educacionais revelam que brincar é fundamental para a construção do 
pensamento e para aquisição de conhecimento pela criança, pois além de contribuir 
para que ela aprenda a se expressar e a lidar com suas próprias emoções, a 
brincadeira contribui para o desenvolvimento da autoestima. 
As relações cognitivas e afetivas a partir da ludicidade, promovem o 
amadurecimento emocional, o desenvolvimento da inteligência e da sensibilidade 
da criança, garantindo assim que suas potencialidades e afetividades se 
harmonizem. 
 O lúdico é tão importante para o desenvolvimento da criança, que merece 
atenção por parte de todos os educadores. Cada criança é um ser único, 
com anseios, experiências e dificuldades diferentes. Portanto nem sempre um 
método de ensino atinge a todos com a mesma eficácia. 
Para pode garantir o sucesso do processo ensino-aprendizagem o 
professor devem utilizar-se dos mais variados mecanismos de ensino, entre eles 
as atividades lúdicas. Tais atividades devem estimular o interesse, 
a criatividade, a interação, a capacidade de observar, experimentar, inventar e 
relacionar conteúdos e conceitos. 
O professor deve-se limitar apenas a sugerir, estimular e explicar, sem impor, 
a sua forma de agir, para que a criança aprenda 
descobrindo e compreendendo e não por simples imitação. O espaço 
para a realização das atividades, deve ser um ambiente agradável, e que as 
crianças possam se sentirem descontraídas e confiantes. 
31 
 
 
As crianças aprendem com maior eficácia a partir do momento que elas sentem 
prazerem aprender. Nesse sentido, espera 
se que os educadores reflitam e reconheçam a importância que as atividades lúdicas 
têm em assegurar a eficácia do processo ensino aprendizagem. 
O desenvolvimento cognitivo infantil através do lúdico 
 
O desenvolvimento do aspecto lúdico facilita a aprendizagem, o 
desenvolvimento pessoal, social e cultural, colabora para a saúde mental, prepara 
para um estado interior fértil, facilita os processos de socialização, comunicação, 
expressão e construção do conhecimento (SANTOS, 1997, p.12). 
Segundo Vygotsky (1991, p.126) é “[…] no brinquedo que a criança aprende a 
agir numa esfera cognitiva, ao invés de uma esfera visual externa, dependendo das 
motivações e tendências internas, e não dos incentivos fornecidos pelos objetos 
externos”. 
Para este educador (1991, p.106), o brinquedo atua na resolução da tensão 
gerada na criança pela vontade de satisfazer um desejo imediato e a impossibilidade 
(física e mental) desta realização: “Para resolver esta tensão, a criança em idade pré- 
escolar envolve-se num mundo ilusório e imaginário onde os desejos não realizáveis 
podem ser realizados, e esse mundo é o que chamamos de brinquedo”. 
A imaginação é, segundo o autor, um processo psicológico inteiramente novo 
para a criança pré-escolar e que não pode ser encontrado ainda nas crianças com 
menos de três anos, ainda incapazes de postergar a realização de um desejo. 
Segundo Vygotsky (1991), o que distingue a brincadeira de outras atividades infantis, 
32 
 
 
é que esta possui regras e imaginação, sejam elas explícitas ou não. Assim, na 
brincadeira do faz de conta, própria da idade pré-escolar, a imaginação está explícita 
e as regras implícitas. Vejamos o exemplo de brincar de casinha, nesta a criança 
precisa da imaginação para transformar-se em mãe, em filhinha ou em papai, mas, 
ao mesmo tempo, a criança precisa obedecer às regras inerentes ao papel assumido. 
Nos jogos, que aparecem na idade escolar, por outro lado, as regras estão explícitas, 
mas a imaginação implícita. O jogo de futebol pode servir para exemplificar o que o 
autor quer dizer, assim ao iniciar a partida o jogador submete-se às regras pré-
fixadas, mas vai precisar da imaginação para realizar suas jogadas e ter uma boa 
atuação no jogo. Vygotsky (1991) afirma que a importância do brinquedo está no fato 
deste criar Zonas de Desenvolvimento Proximal na criança, pois ao brincar ela realiza, 
mesmo de forma imaginativa, atividades e funções que muitas vezes estão acima de 
suas reais capacidades, mas que são possíveis na situação do brinquedo. 
O lúdico torna-se facilitado na prática pedagógica com Portadores de 
Necessidades Educativas Especiais (PNEE), pois é algo que ocorre de forma 
espontânea, sem imposição, contribuindo em muito na integração da criança e 
servindo principalmente como facilitador da aprendizagem, pois permite uma 
flexibilidade, conforme a necessidade, despertando o interesse e servindo como 
motivador, já que oportuniza a descoberta, do que lhe foi solicitado, em especial nas 
abstrações, como cálculos, por exemplo, já que torna a aprendizagem por meio de 
brincadeiras, dinâmicas e atividades mais atrativas, significativas e eficazes 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
 
CONCLUSÃO 
A Ludopedagogia é um segmento da pedagogia dedicado a estudar 
a influência do elemento lúdico dentro da educação. Se trata de uma forma de 
introduzir a criança no mundo por meios da própria linguagem do universo infantil. É 
uma maneira quase inconsciente de aprender, de forma prazerosa e eficaz. 
Brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o 
mundo a sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, no 
que quer que a criança esteja fazendo. Durante a infância, ela desempenha um papel 
fundamental na formação e no desenvolvimento físico, emocional e intelectual da 
criança. 
Quer que sejam o brincar fisicamente, as brigas e perseguições de faz-de-
conta, ou as brincadeiras de dramatização, que imitam o mundo dos adultos, quer 
que seja o brincar com palavras, o certo é que o brincar evoca o mundo infantil, livre 
de preocupações para adultos que se sentem esmagados pelas responsabilidades 
do dia a dia. 
Quanto mais à criança for estimulada melhor será seu desenvolvimento, mas 
cuidado, estimular não significa perseguir a perfeição, a estimulação acontece de 
forma natural através do carinho, das conversas, do brincar e das regras. A 
Ludopedagogia, e um dos principais eixos norteadores do processo ensino-
aprendizagem das crianças. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
 
 
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TRADUÇÃO DE MYRTHES SUPLICY VIEIRA. 3 ED. SÃO PAULO: SUMMUS, 1992, 
P.77. 
MOTILIDADE CORPORAL É O FLUXO INTERNO, DIFERENTE DO MOVIMENTO, QUE SE 
MANIFESTA EXTERNAMENTE; “É A VITALIDADE DO PADRÃO PULSÁTIL, A FORÇA E A 
INTENSIDADE DAS PULSAÇÕES DOS ÓRGÃOS QUE DÃO ENERGIA E IDENTIDADE 
PESSOAL” (KELEMAN,1992, P.42). 
REICH, 1995, P.255. 
LOWEN, ALEXANDER. MEDO DA VIDA. TRADUÇÃO DE MARIA SÍLVIA MOURÃO 
NETTO. SÃO PAULO: SUMMUS, 1989, P.81-82. 
LOWEN, 1989, P.114. 
LOWEN, 1989. 
LOWEN, ALEXANDER. PRAZER. UMA ABORDAGEM CRIATIVA DA VIDA. TRADUÇÃO 
DE IBANEZ DE CARVALHO FILHO. 6 ED. SÃO PAULO: SUMMUS, 1984. 
LOWEN, 1984, P.29. 
BOADELLA, DAVID. CORRENTES DA VIDA. UMA INTRODUÇÃO À BIOSSÍNTESE. 
TRADUÇÃO DE CLÁUDIA SOARES CRUZ. 2 ED. SÃO PAULO: SUMMUS, 1992, P.11.

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