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Prazo para realizar esta atividade: 25/08/2023 a 03/09/2023
Peso: 40 pontos.
RESPONDA:
1 – João e Eduardo convivem em união estável há 5 anos. Resolveram ter um filho e
para tanto a amiga do casal, Carla, aceitou fazer a gestação por substituição, ou seja,
serviu de “barriga de aluguel”. Arthur nasceu lindo e saudável. João e Eduardo
dirijam-se ao RCPN do seu domicílio para efetuar o registro de nascimento de Arthur.
Neste caso, eles poderão efetuar o registro de nascimento do filho? Em caso
positivo, quais são os requisitos legais a serem seguidos? Fundamente sua resposta.
(4 pontos)
Sim, João e Eduardo podem efetuar o registro de nascimento de Arthur se forem
observados alguns requisitos. De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o
registro de nascimento de filhos gerados por técnicas de reprodução assistida foi
padronizado através do Provimento nº 63, publicado em novembro de 2017.
No entanto, para Carla que será a barriga de aluguel deverá realizar de forma
gratuita, sem fins lucrativos e é necessário que haja parentesco consanguíneo de até
quarto grau entre a gestante de substituição e um dos futuros pais.
Ainda, de acordo com a Resolução 2.168/2017 do Conselho Federal de
Medicina, a barriga de aluguel só é permitida quando a mulher que irá gestar o embrião for
parente de até quarto grau da mulher que irá receber o filho, ou seja, mãe, irmã, tia ou
prima, se ela for somente amiga, sem preencher os requisitos, não poderá.
Além disso, é necessário que a mulher que irá gestar o embrião tenha entre 21
e 35 anos, tenha tido pelo menos um filho e apresente condições de saúde que permitam a
gestação.
O próprio termo barriga de aluguel, no Brasil, não deve ser usado, justamente
porque o ponto central da Resolução 2.294/2021 , do CFM, diz que “a doação temporária do
útero não poderá ter caráter lucrativo ou comercial”. Como se sabe, o contrato de aluguel
pressupõe o pagamento em contrapartida ao usufruto de bem móvel ou imóvel.
Os documentos obrigatórios para a realização do registro são:
● Declaração de Nascido Vivo (DNV);
● Declaração, com firma reconhecida, do diretor técnico da clínica, centro ou serviço de
reprodução humana em que foi realizada a reprodução assistida, indicando a técnica
adotada, o nome do doador ou da doadora, com registro de seus dados clínicos de
caráter geral e características fenotípicas, assim como o nome dos seus beneficiários;
● Certidão de casamento, certidão de conversão de união estável em casamento,
escritura pública de união estável ou sentença em que foi reconhecida a união estável
do casal além de RG e CPF do casal.
● Termo de compromisso firmado pela doadora temporária do útero, esclarecendo a
questão da filiação;
● Termo de autorização prévia específica do falecido ou falecida para uso do material
biológico preservado, lavrado por instrumento público ou particular com firma
reconhecida.
● Após o registro, na certidão de nascimento irá constar os nomes dos dois pais no
campo denominado “filiação”.
● Termos de consentimento que tratará de aspectos biopsicossociais, riscos envolvidos
durante o ciclo gestacional e puerperal e questões legais afeitas à filiação.
● Também deve ser produzido um relatório médico com o perfil psicológico, atestando a
adequação clínica e emocional de todos os envolvidos.
● Serão dadas as garantias de tratamento e acompanhamento médico à mãe que doará
temporariamente o útero, até o puerpério e do registro civil da criança pelos pais
genéticos. Também é exigida a aprovação do cônjuge ou companheiro, caso a
doadora do útero seja casada ou viva em união estável.
2 - Desde adolescente Gabriel não se sentia confortável com o gênero masculino. Ao
alcançar a maioridade, adotou o nome social de Gabriela. Contudo, em razão de
constrangimentos advindos da apresentação de sua identidade quando solicitada,
decide alterar o gênero e seu nome no Registro Civil. Para tanto, a orientação que
recebeu de um advogado é que deverá submeter-se à cirurgia de transgenitalização e,
posteriormente, ajuizar ação judicial para obter autorização para realizar as
alterações junto ao registro de nascimento Está correta essa orientação? Justifique
sua resposta. (4 pontos)
Não, a orientação que Gabriela recebeu não está correta. Atualmente, é
possível mudar o nome e o gênero nos documentos de identificação sem a necessidade de
ação judicial ou da realização de cirurgia de transgenitalização. O Superior Tribunal de
Justiça (STJ) permitiu a mudança no registro civil de transgêneros independentemente da
realização de cirurgia de adequação sexual. Portanto, Gabriela pode alterar o gênero e seu
nome no Registro Civil sem precisar se submeter à cirurgia de transgenitalização ou ajuizar
uma ação judicial.
Os precedentes do STJ foram destacados nos debates do STF sobre o tema, e
a corte avançou para estabelecer que a mudança poderia ser requisitada pela pessoa
interessada no próprio cartório, sem a necessidade de processo judicial.
A partir das decisões do STJ e do STF, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
publicou o Provimento 73/2018 para orientar o procedimento de alteração do nome e do
sexo das pessoas trans diretamente nos cartórios de registro civil. O normativo fixou que a
pessoa com mais de 18 anos que não se identifique com o gênero constante em seu
registro de nascimento, que tenha ou não passado pela cirurgia de redesignação sexual,
pode pedir a mudança extrajudicial.
Em 2022, a Lei 14.382 alterou o artigo 56 da Lei de Registros Públicos para
permitir que qualquer pessoa maior de idade (não só os transgêneros), a qualquer tempo,
requeira a mudança do prenome, independentemente de justificativa e de autorização
judicial – direito que antes, em regra, só podia ser exercido no prazo de um ano após a
maioridade.
3 – O reconhecimento espontâneo de filhos na via extrajudicial, poderá ser realizado
em qualquer RCPN do Brasil, independentemente de onde se encontra lavrado o
assento de nascimento do reconhecido? Fundamente sua resposta. (4 pontos)
Sim, o reconhecimento espontâneo de filhos na via extrajudicial pode ser
realizado em qualquer Registro Civil de Pessoas Naturais (RCPN) do Brasil,
independentemente de onde se encontra lavrado o assento de nascimento do reconhecido.
O Provimento nº 16/2012 da Corregedoria Nacional da Justiça (CNJ) tornou mais fácil o
reconhecimento tardio e espontâneo de paternidade, permitindo que ela seja realizada em
qualquer cartório de registro civil, nos casos em que há a concordância do pai.
4 - Fábio e Clara adotaram Maria, com 3 anos de idade. Neste caso, como deverá o
registrador proceder em relação ao registro original de nascimento de Maria? (4
pontos).
Quando Fábio e Clara adotaram Maria, o procedimento para o registro de
nascimento de Maria é o seguinte:
O registro de nascimento já existente de Maria (aquele feito pelos pais
biológicos) é cancelado para deixar de surtir seus efeitos. Um novo registro é realizado,
bem como expedida outra certidão. No novo registro, deverão constar as informações
relacionadas à nova família. Os novos pais podem incluir seus sobrenomes no filho adotivo,
assim como escolher outro nome, se assim desejarem.
Na atualização do registro de nascimento deverá ser incluído ainda os nomes
completos dos novos avós da criança ou do adolescente. Para solicitar a substituição do
registro de nascimento e da sua respectiva certidão, os novos pais devem comparecer ao
Cartório de Registro Civil munidos da seguinte documentação:
● Sentença judicial de adoção;
● RG e CPF originais dos pais;
● Certidão de casamento, certidão de conversão de união estável em
casamento, escritura pública de união estável ou sentença em que foi reconhecida a
união estável do casal, se for o caso;
● Todos os documentos pessoais anteriores do filho.
Assim, o novo nome e sobrenome e a nova formação familiar se tornarão
públicos perante terceiros e o Estado, assim o antigo registro deixará de existir.
5 – Clarice e Eduardo casaram adotando o regime de comunhão parcial de bens.
Após 3 anos de convivência,a mesma se tornou insuportável, e, por isso, de comum
acordo, resolveram divorciar-se. Neste caso, tanto os atos jurídicos de casamento
quanto de divórcio, como devem ser documentados no registro civil (por meio do
registro e/ou da averbação)?. Fundamente sua resposta, explicando a diferença entre
esses atos (registro e averbação). (4 pontos)
O casamento é documentado no registro civil por meio do registro, enquanto o
divórcio é documentado por meio da averbação. A averbação é o ato de registrar
determinadas situações que alteram ou modificam o conteúdo de um registro civil, seja ele
de nascimento, casamento ou óbito.
No caso da averbação de separação ou divórcio, sua finalidade é fazer constar
na certidão de casamento que os ex-cônjuges estão separados ou divorciados. Além disso,
a averbação garante publicidade ao ato perante terceiros e o Estado. Sendo assim, a
certidão de casamento averbada é o único documento que comprova que essas pessoas
estão separadas ou divorciadas para terceiros.
A separação e o divórcio podem ser obtidos de duas formas: Através de uma
sentença judicial ou a lavratura de uma escritura pública, feita em Tabelionato de Notas.
Por isso, a forma como deve ser requerida a averbação varia em cada caso.
Quando a separação ou o divórcio for concedido por sentença judicial, o ex-casal deve
registrar a decisão no Registro Civil da Comarca ou município onde foi julgado o processo.
Após essa etapa, é preciso comparecer ao Cartório de Registro Civil onde foi formalizado o
casamento e requerer a averbação de separação ou divórcio.
Quando a separação ou o divórcio for formalizado por escritura pública, o
ex-casal deve comparecer ao Cartório de Registro Civil onde foi formalizado o casamento e
apresentar a escritura original para requerer a averbação.
O casamento é documentado no registro civil por meio do registro, enquanto o
divórcio é documentado por meio da averbação. A averbação é o ato de registrar
determinadas situações que alteram ou modificam o conteúdo de um registro civil, seja ele
de nascimento, casamento ou óbito.
No caso da averbação de separação ou divórcio, sua finalidade é de fazer
constar na certidão de casamento que os ex-cônjuges estão separados ou divorciados.
Além disso, a averbação garante publicidade ao ato perante terceiros e o Estado. Sendo
assim, a certidão de casamento averbada é o único documento que comprova que essas
pessoas estão separadas ou divorciadas para terceiros.
Em resumo, o registro é um ato que documenta um evento (como um
casamento), enquanto a averbação é um ato que documenta uma mudança em um registro
já existente (como um divórcio).
6 – Maria, com 15 anos, no dia 10.08.2022, deu à luz a Pedro, fruto de seu
relacionamento com José, que possui 17 anos. Maria e Jose não são casados nem
vivem em união estável. Neste caso, considerando que Maria e José não são casados
e Maria será a declarante do nascimento do filho junto ao RCPN, quais são os
documentos exigidos para que seja possível o registro da paternidade no registro de
nascimento de Pedro? Justifique sua resposta. (4 pontos)
Para registrar a paternidade de Pedro no registro de nascimento, Maria e José
devem apresentar os seguintes documentos:
A via amarela da Declaração de Nascido Vivo (DNV) fornecida pela
maternidade/hospital. Um documento de identidade do pai e da mãe que tenha foto e válido
em todo território nacional (pode ser Carteira de Identidade ou Carteira de Trabalho).
Esses documentos são exigidos para que o registro de paternidade seja feito
corretamente e para que a identidade dos pais seja confirmada. É importante lembrar que o
registro deve ser feito num prazo de até 15 dias após o parto em cartório de registro civil de
pessoas naturais ou até mesmo na própria maternidade.
7 - Betina e Bernardo se conheceram pelo Tinder, estão apaixonados, e pretendem se
casar. Ocorre que Bernardo atualmente reside no Amapá e não tem condições de vir
até Ijuí para a celebração do ato. A família de Betina não concorda com a mudança
dela para o Amapá sem que esteja casada. Você, como registrador, qual orientação
daria ao casal a fim de viabilizar a realização do casamento? Fundamente sua
resposta. (4 pontos).
É possível realizar o casamento à distância. Se o casal estiver dentro do Brasil,
basta fazer a habilitação para casamento no cartório e agendar a data da cerimônia que
pode ser realizada virtualmente. Se o casal estiver fora do Brasil, pode se casar aqui no
Brasil por procuração.O casamento à distância é possível no Brasil e pode ser realizado por
procuração. A Lei nº 14.382/2022 regulamenta o casamento por procuração no direito
brasileiro. O casamento pode ser celebrado mediante procuração que outorgue poderes
especiais para receber, em nome do outorgante, o outro contraente (artigo 201 do Código
Civil).
8 - Assinale a alternativa correta: (4 pontos)
a) No procedimento de registro tardio de nascimento, deverá o Registrador Civil
processante lavrar o assento de nascimento sem a indicação de filiação, nas
hipóteses em que não se verificarem os reconhecimentos espontâneos por parte dos
genitores.
b) São registrados no Registro Civil das Pessoas Naturais as interdições, os traslados de
assentos lavrados no estrangeiro e em consulados brasileiros e a sentença que determinar
a extinção do poder familiar.
c) O assento de óbito não pode ser realizado por analfabetos.
d) O casamento religioso, celebrado sem a prévia habilitação, perante o oficial de registro
público, não poderá ser registrado.
e) Se a criança morrer por ocasião do parto, não será efetuado o registro de nascimento,
ainda que tenha respirado por alguns momentos.
9 – Assinale a alternativa incorreta: (4 pontos)
No Registro Civil de Pessoas Jurídicas serão inscritos os atos constitutivos de
a) partidos políticos;
b) sociedades de advogados;
c) fundações;
d) sociedades recreativas sem finalidade de lucro.
10 – João do Céu e Maria Silva Anjos se casaram no ano de 2000, oportunidade em
que Maria optou por usar o sobrenome do marido, passando a se chamar Maria Anjos
do Céu. No ano de 2005 tiveram uma filha registrada como Eduarda Anjos do Céu,
constando em seu registro de nascimento o nome de seus genitores: João do Céu e
Maria Anjos do Céu. No ano de 2009 João e Maria se divorciaram e Maria voltou a
usar seu nome de solteira: Maria Silva Anjos. No entanto, em todos os documentos
de Eduarda consta sua genitora com Maria Anjos do Céu e não como Maria Silva
Anjos, o que tem lhe causado alguns transtornos. Seria possível alterar
administrativamente o registro de nascimento de Eduarda para que passe a constar o
nome de solteira de sua genitora ou somente via judicial? Justifique. (4 pontos)
A Lei de Registros Públicos traz as hipóteses de alteração que podem ser
realizadas pela via administrativa ou pela via judicial, a depender da motivação. A
retificação administrativa é possível quando se tratar de erro evidente, ou seja, aquele que é
facilmente constatado e pode ser comprovado por meio de documentos idôneos ou por
elementos do próprio registro. No caso apresentado, a alteração do nome da genitora de
Eduarda em seu registro de nascimento pode ser considerada uma situação mais complexa
e, portanto, pode ser necessário buscar o poder Judiciário para realizar a alteração.
Alteração administrativa: É possível solicitar uma alteração administrativa no
registro de nascimento para corrigir informações errôneas ou desatualizadas. Nesse caso,
Maria Silva Anjos poderia entrar em contato com o órgão responsável pelo registro civil
(geralmente um cartório) e verificar se há procedimentos para corrigir o nome em
documentos de seu filho Eduarda.
No entanto, a possibilidade de realizar essa alteração administrativamente pode
variar especialmente se houver resistência do outro genitor (João do Céu) ou se a correção
afetar outros aspectos legais, como herança ou direitos parentais.
Alteração judicial:
Se a alteração administrativa não for uma opção viável ou for negada pelo órgão
responsável pelo registro civil,Maria Silva Anjos pode buscar uma alteração judicial. Isso
geralmente envolve a apresentação de uma petição ao tribunal competente, explicando a
situação e o motivo da alteração.
O tribunal avaliará o caso e tomará uma decisão com base nas leis locais,
considerando o melhor interesse da criança (Eduarda) e os direitos e responsabilidades dos
genitores. A alteração judicial pode ser mais demorada e envolver custos legais, mas é uma
opção disponível se a via administrativa não for eficaz.

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