Buscar

TCC FARMÁCIA UNIVALE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 15 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
ANÁLISE DO SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA COM 
ÊNFASE NO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO 
DESENVOLVIDO NO LABORATÓRIO DE ASSISTÊNCIA 
FARMACÊUTICA – LASFAR/UNIVALE 
 
Nome1 
Nome¹ 
Meire Silva¹ 
Nome¹ 
Nome2 
Nome3 
 
 
 
1 Formandos do Curso de Farmácia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE. 
2 Orientadora Professora do Curso de Farmácia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE. Email: ...... . 
3 Co-orientadora Professora do curso de Farmácia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE. 
RESUMO 
 
 
A atenção farmacêutica e o acompanhamento farmacoterapêutico possuem grande 
importância para o paciente e para o reconhecimento e valorização do profissional 
farmacêutico. Esse trabalho teve como objetivo analisar o serviço de atenção farmacêutica 
com ênfase no acompanhamento farmacoterapêutico desenvolvido no LASFAR, mostrando a 
importância da atenção farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico para obtenção de 
uma farmacoterapia adequada ao paciente. Este estudo foi realizado a partir de uma triagem 
de 800 (100%) pacientes que participaram de campanhas realizadas pelo LASFAR entre os 
anos de 2013 a 2015, sendo que 60 pacientes (7,5%) aderiram ao acompanhamento 
farmacoterapêutico, e, 24 pacientes (3%) apresentavam o quadro clínico de Hipertensão 
Arterial e Diabetes Mellitus. O serviço de atenção farmacêutica e acompanhamento 
farmacoterapêutico desenvolvido no LASFAR têm o propósito de aumentar os resultados 
clínicos positivos em relação à farmacoterapia e qualidade de vida dos pacientes. O trabalho 
desenvolvido é de extrema importância para a formação de profissionais capacitados para 
exercer a atenção farmacêutica com competência, e habilidade adequada exigidas no mercado 
de trabalho. 
 
Palavras-Chave: Atenção Farmacêutica, Acompanhamento Farmacoterapêutico, 
Hipertensão, Diabetes e RNM. 
 
 
 
mailto:junia.prof@hotmail.com
2 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Este artigo tem como tema a 
aplicabilidade da multiparentalidade, ou seja, 
a possibilidade de um indivíduo possuir mais 
de um pai e/ou mais de uma mãe, 
concomitantemente, por tratar-se de uma 
realidade que já pode ser constatada 
socialmente. O recorte tem como intuito de 
demonstrar a possibilidade de exteriorização 
da multiparentalidade no Registro de 
Nascimento. 
Neste contexto, a questão-
problema que orienta a pesquisa se volta para 
a possibilidade de se reconhecer a 
multiparentalidade, no Direito Brasileiro, ou 
seja, se há possibilidade de uma pessoa ter 
mais de um pai ou mãe ao mesmo tempo, 
constando na sua certidão de nascimento. 
Sendo assim, o objetivo geral 
deste trabalho é investigar a possibilidade de 
constar a multiparentalidade no Registro de 
Nascimento. De forma mais específica 
pretende evidenciar os motivos pelos quais 
esta inclusão trará benefícios ou prejuízos 
para os registrados, possibilitar a análise de o 
fato ser colocado em evidência para 
discussão e preparar a sociedade para a 
aceitação da identidade do cidadão como fato 
comum no meio social. 
O estudo é importante porque 
mostra a possibilidade de constar no Registro 
de Nascimento o nome de mais de um 
pai/mãe também conhecido como 
multiparentalidade. É um fato que já pode ser 
averiguado no meio social e há pouco tempo 
vem sendo adotado pela justiça brasileira. 
Como no início dos tempos o 
único critério utilizado para definir filiação 
era o biológico, acreditava-se que somente se 
consideravam pais aqueles que mantiveram 
relação sexual e desta deu origem ao filho. 
A multiparentalidade pode se 
justificar pelo fato de um pai biológico não 
ter conhecimento da existência de seu filho e, 
por este motivo, outro homem passar a 
exercer a função de pai. Outro motivo 
relevante seriam as constantes recomposições 
de famílias nas quais, muitas vezes, 
madrastas e padrastos exerceriam a função 
paternal e/ou maternal e criariam um vínculo 
com a criança. Por fim, pelo fato de um dos 
pais falecerem e, então, o padrasto ou 
madrasta assumir aquele lugar. 
A pesquisa foi desenvolvida de 
forma descritiva investigando em livros, 
internet, revistas e outras fontes, 
privilegiando as primeiras, associando-se à 
prática por meio de pesquisa experimental de 
campo com o propósito de responder ao 
problema alvo deste projeto. 
O texto está dividido da seguinte 
forma: a introdução é selecionada como parte 
um, a parte dois trata do registro de 
nascimento, sobressaindo-se tópicos que 
tratam dos requisitos para o registro de 
3 
 
nascimento e a competência de quem se 
responsabiliza pelo registro, a terceira parte 
expõe sobre quem são considerados os pais 
da criança e a afetividade oriunda desses 
pais, a parte quatro permite aprofundar sobre 
a multiparentalidade como assunto em 
destaque e, à conclusão, ficou definida a 
parte cinco como o fechamento do artigo. 
 
2 REGISTRO DE NASCIMENTO 
 
O nascimento é o momento no qual a 
criança vem ao mundo e, segundo se 
encontra no Manual, na Assembléia Mundial 
de Saúde, (2001, p. 24) 
 
Nascimento vivo é a expulsão ou 
extração completa do interior do corpo 
da mãe, independentemente da duração 
da gravidez, de um produto de 
concepção que, depois da separação, 
respire ou apresente qualquer outro sinal 
de vida tal como batimentos do coração, 
pulsações do cordão umbilical ou 
movimentos efetivos dos músculos de 
contração voluntária, estando ou não 
cortados o cordão umbilical e estando 
ou não desprendida a placenta. 
 
 Toda criança que nasce no Território 
nacional precisa ser registrada no Cartório de 
Registro Civil das Pessoas Naturais, assim o 
dispõe a Lei nº 6.015 (BRASIL, 1973), em 
seu art. 50, que dispõe sobre os registros 
públicos: 
 
Todo nascimento que ocorrer no 
território nacional deverá ser dado a 
registro, no lugar em que tiver ocorrido 
o parto ou no lugar da residência dos 
pais, dentro do prazo de quinze dias, 
que será ampliado em até três meses 
para os lugares distantes mais de trinta 
quilômetros da sede do cartório. 
 
Deve ser ressaltado que quando se 
fala em Território Nacional também se inclui 
o mar territorial e o espaço aéreo. Somente 
após o registro de nascimento que a pessoa 
passa a existir no ordenamento jurídico 
apesar de ter seus direitos garantidos desde a 
concepção, conforme dispõe o art. 2o do 
Código Civil Brasileiro (BRASIL, 2002): 
 
A personalidade civil da pessoa começa 
do nascimento com vida, mas a lei põe a 
salvo, desde a concepção, os direitos do 
nascituro. 
 
Através do registro, a pessoa adquire 
a legalidade de sua personalidade jurídica 
bem como obtém direitos e obrigações. A 
legislação brasileira prevê que a criança 
somente passa a existir após o registro de 
nascimento no Cartório de Registro Civil das 
Pessoas Naturais. Sem ser registrada a pessoa 
não adquire existência formal. 
 
2.1 REQUISITOS PARA O REGISTRO DE 
NASCIMENTO 
 
Após o nascimento da criança, o 
responsável deverá procurar o Serviço 
Registral da cidade em que a criança nasceu 
ou do local da residência dos pais com seus 
documentos pessoais e a Declaração de 
Nascidos Vivos (DNV), que é o documento 
4 
 
obrigatório para o registro da criança 
conforme determinação do art. 27 parágrafo 
1º, da Portaria no. 116 de 11/02/09, da 
Secretaria de Vigilância em Saúde, do 
Ministério da Saúde, ensina que: 
 
É obrigatória a emissão de DN para 
todo nascido vivo, independente da 
duração da gestação, peso e estatura do 
recém nascido. 
 
Caso a criança tenha nascido em 
domicílio e assistência de um médico, os pais 
deverão procurar a Secretaria Municipal de 
Saúde para que emitam o DNV e com ela 
possam ir à Serventia para declarar o 
nascimento da criança. 
O prazo para registro da criança é de 
15 (quinze) dias podendo ser prorrogado até 
3 (três) meses para lugares distantes, 
conformealteração da Lei nº 6.015 
(BRASIL, 1973) pela Lei nº 6.216 (BRASIL, 
1975). 
O assento do nascimento deverá 
conter vários itens, dentre eles alguns dos 
contidos no art. 54 da Lei nº 6.015 (BRASIL, 
1973), incluído pela Lei nº 12.662 (BRASIL, 
2012), que trata do DNV: 
 
Art. 54. O assento do nascimento deverá 
conter: 
1°) o dia, mês, ano e lugar do 
nascimento e a hora certa, sendo 
possível determiná-la, ou aproximada; 
2º) o sexo do registrando; 
3º) o fato de ser gêmeo, quando assim 
tiver acontecido; 
4º) o nome e o prenome, que forem 
postos à criança; 
5º) a declaração de que nasceu morta, 
ou morreu no ato ou logo depois do 
parto; 
6º) a ordem de filiação de outros irmãos 
do mesmo prenome que existirem ou 
tiverem existido; 
7º) Os nomes e prenomes, a 
naturalidade, a profissão dos pais, o 
lugar e cartório onde se casaram, a idade 
da genitora, do registrando em anos 
completos, na ocasião do parto, e o 
domicílio ou a residência do casal. 
8º) os nomes e prenomes dos avós 
paternos e maternos; 
9º) os nomes e prenomes, a profissão e a 
residência das duas testemunhas do 
assento, quando se tratar de parto 
ocorrido sem assistência médica em 
residência ou fora de unidade hospitalar 
ou casa de saúde. 
10) número de identificação da 
Declaração de Nascido Vivo - com 
controle do dígito verificador, 
ressalvado na hipótese de registro tardio 
previsto no art. 46 desta Lei. 
(...) 
§2º O nome do pai constante da 
Declaração de Nascido Vivo não 
constitui prova ou presunção da 
paternidade, somente podendo ser 
lançado no registro de nascimento 
quando verificado nos termos da 
legislação civil vigente. 
§ 3º Nos nascimentos frutos de partos 
sem assistência de profissionais da 
saúde ou parteiras tradicionais, a 
Declaração de Nascido Vivo será 
emitida pelos Oficiais de Registro Civil 
que lavrarem o registro de nascimento, 
sempre que haja demanda das 
Secretarias Estaduais ou Municipais de 
Saúde para que realizem tais emissões. 
 
No registro de nascimento não poderá 
constar, em razão de lei, os seguintes dados: 
o estado civil dos pais; o lugar do cartório 
onde se casaram, qualificação da filiação 
como legítima, bem como da ilegítima, 
dentre outras; a cor do registrando; a ordem 
de filiação de outros irmãos, conforme art. 5º 
da Lei nº 8.560 (BRASIL, 1992). 
 
5 
 
2.2 COMPETÊNCIA DE QUEM SE 
RESPONSABILIZA PELO REGISTRO 
 
O assento de nascimento deverá ser 
feito no local do nascimento ou na residência 
dos pais, podendo ser declarante: o pai, a 
mãe, sendo que no último caso o prazo para 
declaração prorrogado por 45 (quarenta e 
cinco) dias, conforme dispõe o art. 52 da Lei 
nº 6.015 (BRASIL, 1973), dentre outros, 
conforme elenca este dispositivo: 
 
Art. 52. São obrigados a fazer 
declaração de nascimento: 
1º) o pai; 
2º) em falta ou impedimento do pai, a 
mãe, sendo neste caso o prazo para 
declaração prorrogado por quarenta e 
cinco (45) dias; 
3º) no impedimento de ambos, o parente 
mais próximo, sendo maior achando-se 
presente; 
4º) em falta ou impedimento do parente 
referido no número anterior os 
administradores de hospitais ou os 
médicos e parteiras, que tiverem 
assistido o parto; 
5º) pessoa idônea da casa em que 
ocorrer, sendo fora da residência da 
mãe; 
 
O art. 7o, inciso XIX da Constituição 
Federal (BRASIL, 1988) articulado com o § 
1o do art. 10, ensina que o pai terá direito a 
licença paternidade de 05 (cinco) dias após o 
nascimento da criança. Licença essa que teria 
como finalidade a facilitação do 
comparecimento do pai ao Cartório de 
Registro Civil para que ali pudesse registrar o 
recém-nascido. 
Quando este tiver mais de 18 
(dezoito) anos poderá fazer o registro no 
Serviço Registral, independente do estado 
civil. Caso ele seja casado, deverá ser 
apresentada Certidão de Casamento e, no 
caso de serem solteiros, torna-se necessário 
que a mãe da criança compareça à Serventia 
e assine o Registro, anuindo com o que foi 
declarado pelo pai. 
Caso a idade do pai seja entre 16 
(dezesseis) e 18 (dezoito) anos, deverá 
comparecer ao Cartório acompanhado do Pai, 
mãe ou responsável. Caso o pai tenha idade 
inferior a 16 (dezesseis) anos, esse não 
poderá declarar o nascimento da criança, 
mesmo comparecendo à Serventia na 
presença dos pais. 
O registro será feito constando apenas 
o nome da mãe e esta fará uma declaração 
com o nome do suposto pai bem como 
endereço do mesmo. 
Esta declaração será entregue ao 
Oficial da Serventia que encaminhará para o 
Juiz e este, por sua vez, intimará o suposto 
pai a comparecer e confirmar se é pai ou não 
da criança. 
Após a confirmação do pai, o Juiz 
determinará ao Serviço Registral que fez o 
registro do menor, que retifique o registro 
averbando a margem do termo, o nome do 
pai e sua filiação. Depois disso será emitida 
nova certidão constando o nome e filiação do 
pai. 
6 
 
Existem situações que não são tão 
comuns, mas valem ser citadas, assegura 
Silveira (2011, p. 77), 
 
(...) a do genitor presidiário, não casado 
civilmente com a mãe do registrando. 
Para o registro de seu (suposto) filho, 
deverá apresentar documento de 
identificação de preferência, o RG – e 
procuração particular com firma 
reconhecida ou pública. Para se 
evitarem fraudes, a pública é a 
recomendável. 
Pode ocorrer, ainda situação um tanto 
incomum: a de pai não casado 
civilmente com a genitora do 
registrando e que estará ausente por 
ocasião do nascimento do seu filho. 
Mesmo assim, é possível que o pai 
reconheça o nascitura (art. 1.606, p.u. do 
CCB/02). Basta que providencie: 
documento de reconhecimento de 
paternidade (por analogia aos arts. 1o, 
inc. II da Lei 8.560/92 e 1.609, inc. II do 
CCB/02, escrito particular com firma 
reconhecida ou escritura pública); 
procuração para a efetivação do registro. 
Como sempre, deve-se dar preferência à 
escritura pública. Seria recomendável o 
reconhecimento do nascituro e a 
nomeação do procurador constasse num 
único documento. 
 
Caso seja a mãe a registrar o bebê e 
essa for casada, deverá apresentar certidão de 
casamento recente. Se a mãe for solteira e 
maior, poderá registrar a criança sozinha, 
indicando o suposto pai ou declarando que 
não é da sua vontade declarar. Se a mãe for 
menor e relativamente incapaz, poderá 
registrar a criança sozinha, podendo ser 
assistida pelos genitores, mas não existe 
obrigatoriedade quanto a isso. Agora, caso 
seja uma menor absolutamente a registrar sua 
criança esta não poderá assinar o registro, o 
mesmo deverá ser assinado por um de seus 
genitores ou seu responsável legal, conforme 
assegura Silveira (2011, p. 77-78): 
 
Se for menor impúbere (menos de 16 
anos), claro está não poderá assinar o 
registro. Ele será assinado por um de 
seus pais ou por seu representante legal. 
Para ser tecnicamente preciso, o 
cabeçalho do registro de nascimento de 
filho de mãe menor impúbere deverá 
apresentar redação semelhante a esta: 
“Aos tais dias do mês tal do ano tal, 
compareceu a este Serviço Registral a 
Sra fulana de tal, brasileira, menor 
impúbere, residente em tal localidade, 
neste ato, representada por seu pai ou 
sua mãe / seu representante legal 
(qualificação)... 
Se a mãe impúbere não comparecer à 
serventia, o cabeçalho será redigido de 
forma similar a esta: “Aos tais dias do 
mês tal do ano tal, compareceu a esse 
Serviço Registral o (a) Sr. (a) fulano (a) 
de tal, brasileiro (a), maior, residente 
nesta cidade/ neste distrito, neste ato 
representando (sua filha) sicrana de tal, 
brasileira, menor impúbere, residente 
nesta cidade/distrito...”. Como se vê, a 
presença ou ausência da genitora ficam 
registradas. 
 
O que se observa no que foi 
esclarecido é que se uma menor de 16 anos 
se torna mãe, o registro de nascimento 
depende da presença de alguém de sua 
família (pai, mãeou responsável), 
principalmente se esta menor estiver junto. 
No caso da ausência desta, o registro é feito, 
mas com ressalvas quanto à informação, pois 
o representante legal não aparece como pai, 
mas a pessoa que representa o responsável 
pela mãe que é menor. 
 
3 FILIAÇĀO 
7 
 
 
A Carta Magna de 1988 (BRASIL, 
1988) prevê igualdade entre todos os filhos 
não permitindo mais que sejam colocados em 
categorias de legítimos e ilegítimos, como 
permitia a Constituição de 1916. 
Os filhos legítimos eram os que 
nasciam do casamento, quando os pais não 
haviam contraído núpcias os filhos eram 
chamados de ilegítimos que poderiam ser 
classificados em naturais e espúrios. Os 
naturais, aqueles que os pais não possuem 
impedimento para o matrimônio e os 
espúrios proviam de pai e mãe que tinham 
impedimento para poder se casar. 
Com o advento Constituição Federal 
de 1988, a classificação foi suprimida. E, de 
acordo com o princípio da igualdade, não há 
distinção os filhos, daí, a dizer que todos o 
são considerados de forma igualitária, 
conforme antevê o art. 1.596 do Código Civil 
(BRASIL, 2002): 
 
Os filhos, havidos ou não da relação de 
casamento, ou por adoção terão os 
mesmos direitos e qualificações, 
proibidas quaisquer designações 
discriminatórias relativas à filiação. 
 
Na antiguidade o único critério 
utilizado para definir filiação, era o 
biológico. Naquele tempo as pessoas tinham 
a idéia de que só podiam ser considerados 
pais casais que mantinham relações sexuais e 
dessa resultasse uma gravidez. Nas 
civilizações ocidentais, que possuíam como 
fundamento o movimento de codificação, 
nāo bastava somente o coito e a gravidez 
para ser considerado filho legítimo havia 
necessidade também que fossem contraídas 
núpcias. 
Nessa linha de raciocinio, Almeida & 
Rodrigues Jr. (2012, p. 120) nos ensina que 
ter esta visão nos levaria a acreditar que 
 somente é pai o homem casado pois sem as 
devidas núpcias seria impossível identificar o 
pai biológico. 
Em 1988 com a promulgaçāo da 
Carta Magna Brasileira que acrescentou ao 
ordenamento jurídico o princípio da 
igualdade, o casamento deixou de ser 
requisito essencial para filiaçāo, pois a partir 
de entāo os filhos começaram a ter todos os 
direitos, independente de sua origem. 
Iniciou neste período o avanço da 
medicina trazendo ao mundo o exame de 
DNA, que possui a capacidade de identificar 
os pais biológicos do indivíduo. 
Surgiu também a reproduçāo 
medicamente assistida, colocando em perigo 
a forma mais clássica de definiçāo de 
filiaçāo, de que a māe sempre seria certa, 
pois com a reproduçāo in vitro, o óvulo 
poderia ser de terceiro e nāo 
obrigatoriamente de quem estivesse gerando. 
Observa-se que nesses casos, o modo 
de definir a filiação pode mudar entre a 
paternidade biológica, presunção da 
8 
 
paternidade ou paternidade socioafetiva, , 
pois pais sāo aqueles que expressam o desejo 
de ser. 
Desta forma, percebe-se que a 
paternidade ou maternidade pode ser 
“subdividida” em presumida, biológica e 
afetiva. 
O problema pode surgir 
principalmente quando, para cada uma dessas 
figuras (materna ou paterna), se encontrarem 
pessoas distintas. Ou seja, quando não 
houver unicidade pessoal na fixação das 
paternidades/maternidades possíveis. E como 
o envolvimento da paternidade/maternidade 
tem surgido, em especial, na busca da tutela 
jurisdicional do Estado, esbarra-se em 
pessoas que esperam minimizar o conflito. 
Inclusive, nos últimos 10 anos, a 
doutrina que rege o Direito de Família se 
firmou na acepção de que, existindo conflito 
entre a paternidade ou maternidade biológica 
e a socioafetiva, essa será predominante, o 
que também vem se assentando por meio da 
jurisprudência do judiciário brasileiro. 
Portanto, não se deve, contudo, reconhecer, 
em abstrato, hierarquia entre os critérios de 
fixação da filiação. 
Outrossim, Almeida & Rodrigues Jr. 
(2012, p. 120) empregam um critério por 
meio do qual se compreende não ser, 
necessariamente, excludente um do outro. 
Para tanto, em certas circunstâncias, tais 
critérios serão complementados e 
viabilizados a pluralidade de paternidades ou 
maternidades, ou seja, a multiparentalidade. 
 
3.1 AFETIVIDADE 
 
Os estudos que cercam o tema da 
afetividade ensinam que, se no passado mais 
longínquo, o debate centrava-se nos direitos 
de bastardia (MELLO, 1993, p. 5-6) e, no 
passado mais recente, no direito de ter um pai 
(FACHIN, 1999, p. 43-115), a inquietude da 
atualidade do Direito deve segmentar-se, 
também, ao fenômeno da multiparentalidade, 
que se relaciona com: a) a oscilação contínua 
de construção e de destruição dos laços 
afetivos nas famílias recompostas 
(TEIXEIRA, RODRIGUES, 2010, p. 97); b) 
o emprego de material genético de alguém 
como matéria-prima na fecundação de um 
novo ser (GIORGIS, 2007, p. 58-60); c) a 
adoção não destruidora do passado; d) a 
gestação de substituição ou, ainda, e) a 
história dos núcleos de poliamor. 
Percorrem, ainda, entendimento de 
que a complexidade da questão é o fato de as 
famílias se reinventarem de maneira 
dinâmica, admitindo amoldamentos nos quais 
poderão existir: apenas duas mães, de acordo 
com acórdão do Tribunal de Justiça do Rio 
Grande do Sul, (TJRS. Ap. Cív. 
70013801592), ou, ainda, uma das seguintes 
situações: dois pais; duas mães e um pai; dois 
pais e uma mãe; duas mães e dois pais; três 
9 
 
mães e dois pais, conforme doutrina o mestre 
FONTELES, (1987, p. 13) etc., vivendo (ou 
não) em harmonia. 
Vale dizer que há, no tocante ao 
registro de nascimento, ordem de prioridade 
a ser seguida, qual seja: primeiro é o pai; na 
falta ou impedimento dele, a mãe; ante a 
impossibilidade de comparecimento de 
quaiquer um deles ao Cartório de Registro, o 
parente mais próximo. Na falta das pessoas 
supramencionadas, os administradores de 
hospitais, médicos ou mesmo as parteiras que 
tiverem assistido o parto, e até uma pessoa 
qualquer idônea da casa em que ocorrer o 
nascimento. 
Para tanto, poderão registrar: 
Pais solteiros: os dois deverão 
comparecer ao cartório a fim de solicitar o 
registro de nascimento da criança, portando 
seus documentos pessoais; 
Pais casados: qualquer dos dois 
poderá comparecer ao cartório, portando 
certidão de casamento e os documentos 
pessoais; 
Em caso de pais absolutamente 
menores de idade, o pai ou a mãe menor de 
idade, incorrerão em uma das seguintes 
situações: quando o pai for menor de 16 
(dezesseis) anos, não poderá declarar o 
nascimento do suposto filho, por mais que 
através de representante legal, porém, se for a 
mãe menor de 16 (dezesseis) anos, um dos 
seus genitores ou representantes legais 
deverá realizar a declaração do nascimento. 
Mães e pais relativamente menores de idade, 
ou seja, com idade entre 16 (dezesseis) e 18 
(dezoito) anos não precisam de representante 
legal para o registro de seus; 
Em caso de parto domiciliar: tendo 
sido feito sem assistência médica, fora da 
unidade hospitalar ou Casa de Saúde, é 
preciso a presença de 2 (duas) testemunhas. 
Já se houve tal assistência, seja médica ou de 
parteira, é essencial a emissão da DNV 
(Declaração de Nascido Vivo); 
Filhos de brasileiros nascidos no 
exterior: sendo a criança já registrada em 
repartição consular brasileira, os pais devem, 
ao regressar ao Brasil, procurar o cartório do 
1º Ofício do Registro Civil das Pessoas 
Naturais do município para a execução do 
registro de nascimento. 
Existem questionamentos de quem 
são os pais e, quanto a isso, três critérios são 
apontados para a determinação da filiação: 
legal, o biológico e o socioafetivo. 
O critério legal está pautado na 
presunção relativa de paternidade conferida 
por lei em circunstâncias nela indicadas, 
como, por exemplo, no caso do filho havido 
do casamento, a presunção é de queo pai é o 
marido da esposa grávida. 
O segundo, o biológico, fundamenta-
se no vínculo genético, comprovado por meio 
de exame de DNA. 
10 
 
Por fim, o terceiro e último critério, o 
socioafetivo, é instituído pelo laço de amor e 
solidariedade que se cria por e entre certas 
pessoas. 
Há de se falar, também, do pai 
afetivo, sendo compreendido como o que, na 
vida do filho, ocupa o lugar do pai; que ao 
dar abrigo, carinho, educação, amor ao filho, 
assume a função de pai. 
A filiação socioafetiva, portanto, não 
vem difundida no nascimento (fato 
biológico), mas sim em ato voluntário de 
vontade, no tratamento habitual recíproca 
entre pai e filho. 
Assim, poderá existir um genitor (o 
transmissor dos gens) e um pai (o 
socioafetivo). 
Não há hierarquia ou prevalência 
entre a filiação biológica e a socioafetiva, 
sendo, então, analisado o caso concreto, para 
se ter certeza qual prevalência aplicar. 
Reconhecida a filiação socioafetiva, o 
vínculo com os pais biológico são desfeitos, 
que passa a atuar, apenas como simples 
genitor, não tendo a obrigação de prestação 
de alimentos, nem a de transmitir herança ao 
filho biológico, o qual estabeleceu vínculo 
socioafetivo com outrem. 
Porém, a doutrina tem admitido a 
possibilidade da multiparentalidade, ou seja, 
uma pessoa possuir mais de um pai e/ou mais 
de uma mãe ao mesmo tempo, produzindo 
efeitos jurídicos em relação a todos eles, que 
refletirão em possibilidade de requerer 
alimentos dos dois pais, de herdar bens dos 
dois pais, dentre outros pertinentes à matéria. 
 
4 MULTIPARENTALIDADE 
 
O direito de família contemporâneo 
tem trabalhado na tentativa de reciclar seus 
conceitos e institutos à velocidade das 
transformações sociais. São vários os 
paradigmas defasados, com objetivo de 
serem igualar à realidade social que se 
modifica, rápida e freneticamente em 
processos sociais que refletem o prodígio de 
individualização de estilos de vida. 
Uma dos grandes avanços está 
baseado na premissa fundamental para 
(des)construção dos seus institutos: o 
entendimento do fato de que conceitos, tais 
como família, paternidade, maternidade, 
filiação e parentesco não incidem em 
conceitos naturalizados ou dados prontos, 
mas estabelecem-se em definições que 
precisam ser recepcionadas pelas ciências, 
inclusive, a jurídica, como construções 
culturais ou criações humanas, as quais 
carecem de ser problematizadas antes seus 
contextos civilizatórios. 
Outra alteração essencial se deu na 
própria natureza jurídica da família e em sua 
função, convertendo terminantemente a 
dinâmica das relações familiares: a família 
deixa, então, de ser instituto formal e 
11 
 
absolutizado, que aproximava a tutela 
jurídica de per si, para se transformar em um 
núcleo social funcionalizado ao progresso da 
personalidade e da dignidade de seus 
membros. 
No mais, realidade cominou o fim do 
obstáculo codificado: a rigidez e a 
indissolubilidade do vínculo conjugal. Já que 
a família passou a se formar como um lugar 
de realização pessoal, fez-se preciso conferir 
às pessoas a liberdade de (des)constituição 
familiar, permitindo às mesmas perseguir 
satisfação em outras adpatações familiares, 
quando frustrado o plano de vida 
estabelecido com determinado cônjuge. 
O livre-arbítrio na constituição 
familiar, caracterizada também pela 
persmissividade de se formar família por 
meios informais e, de igual modo, pôr fim à 
sua existência, provocou o evento social, 
hoje, amplamente disseminado, consistente 
na formação das famílias recompostas ou 
reconstituídas, que evidenciam delicadas 
repercussões jurídicas no tangente ao 
estabelecimento dos papéis parentais e do 
exercício do poder familiar, advertindo a 
corrosão de um último paradigma da cultura 
jurídica: a biparentalidade, que dá lugar ao 
que se classifica como multiparentalidade, ou 
seja, novo fenômeno jurídico que tem 
amparo, também, nos conceitos de 
socioafetividade, novo fator que impulsiona 
o estabelecimento de parentesco. 
A família reconstituída é o mesmo 
que a estrutura de uma família teve início 
com o casamento ou com a uniāo estável de 
duas pessoas, na qual um desses ou até 
mesmo os dois possuem filhos de um vinculo 
anterior. É uma ocorrência que vem 
crescendo atualmente em face do aumento do 
número de separações, divórcios e 
dissoluções de união estável, conforme 
comprovado por dados do IBGE, a cada 
período em que se realiza o levantamento 
desses dados. 
As famílias que se formam como 
processo do rompimento conjugal, tornam-se 
monoparentais, o que pode ter tempo 
determinado ou não, vez que a situação está 
adstrita à recomposição familiar, agregando-
se novo cônjuge ou companheiro ao núcleo 
familiar, surgindo, dessa forma, novo arranjo. 
A importância do evento no âmbito é 
elementar à manifestação jurídica sobre o 
tema em termos legislativos, doutrinários e 
jurisprudenciais, ocasião que tem por 
tendência a mudança. 
O pronunciamento legal mais antigo 
se encontra no art. 1.595 do Código Civil 
Brasileiro de 2002, que prevê o parentesco 
por afinidade do cônjuge ou do companheiro 
aos parentes do outro, que se restringe aos 
ascendentes, descendentes e irmãos. 
No entanto, a lei consente quanto à 
maior parte das relações jurídicas que se 
consagram entre esses novos parentes afins e 
12 
 
novos arranjos familiares. A pouca doutrina 
existente compreende tal espécie de família 
tão-somente quando houverem filhos de um 
ou dos dois cônjuges ou companheiros que 
tornam-se companheiros, formando um novo 
lar com normas próprias, no qual cada um 
traz consigo a experiência vivida na família 
anterior. 
O que se pode assegurar é que, diante 
dessa diversidade, a única alternativa é a 
criação de novas formas de convivência 
através da qual os membros possam co-
existir em busca da harmonia no novo arranjo 
familiar. 
A doutrina prega a possibilidade de 
reconhecimento da existência de parentesco 
socioafetivo partindo da comprovação dos 
requisitos que formam a posse de estado de 
filho, dentre eles, o nome, o trato e a fama. 
Com certeza, cuida-se a posse de estado de 
meio hábil a conferir o vínculo afetivo entre 
pais e filhos de criação, porém, ela é incapaz 
de constituir o próprio vínculo, pois que 
posse de estado é simples meio de prova 
subsidiário, não gerador de estado. Sendo 
assim, apenas sua comprovação é suficiente 
para definir a substância desse novo tipo de 
parentesco. 
O que institui a essência da 
socioafetividade é o exercício fático da 
autoridade parental; em outras palavras, é o 
fato do indivíduo, não genitor biológico, 
desencarrega-se de perpetrar as condutas 
necessárias para criar e educar filhos 
menores, com o objetivo de edificar sua 
personalidade, livremente de vínculos 
consanguíneos que geram tal obrigação legal. 
É por tal motivo que este novo 
vínculo de parentesco é o próprio ofício de 
autoridade parental, exteriorizado sob a 
roupagem de condutas objetivas como criar, 
educar e assistir a prole que conclui por gerar 
o vínculo jurídico da parentalidade. 
Por isso, afirma Póvoas (2012, p. 
102), 
a multiparentalidade, ou seja, a 
possibilidade de uma pessoa ter mais de 
um pai e/ou mais de uma mãe, ao 
mesmo tempo, é uma realidade que já 
pode ser verificada no social e, 
recentemente, vem sendo reconhecida 
pelo Jurídico. E mesmo que a sua 
aplicabilidade ainda gera polêmica, 
ordinariamente, tem-se que, no registro 
de nascimento, deve constar apenas o 
nome de um pai e/ou de uma mãe. 
 
Reza, de acordo com a sua doutrina, 
que a multiparentalidade pode ter como 
causa o fato de o pai biológico não ter 
conhecimento do nascimento de seu filho, 
motivo pelo qual outrem passa a exercer a 
função de paternidade filial. 
Outro fator interessante para ressaltar 
é o surgimento crescente das famílias 
recompostasem que pode ocorrer uma 
transvariação de funções parentais, como por 
exemplo, padrasto ou madrasta que passa a 
exercer a autoridade parental, sem que haja, 
necessariamente, o afastamento do genitor do 
convívio com o filho. 
13 
 
Mas os Tribunais brasileiros 
começam a reconhecer este Direito para 
regularizar pelo menos a aceitação da 
multiparentalidade no meio social. 
A questão pode ser resolvida pela 
interpretação análoga, de acordo 
ensinamentos de Póvoas (2012, p. 102): 
 
Juridicamente mostra-se que a 
multiparentalidade encontra albergue 
tanto na legislação (aplicada em 
determinados casos por analogia), não 
havendo vedação ou impedimento 
algum ao seu reconhecimento. 
As conseqüências jurídicas e eventuais 
dúvidas que resultariam do 
reconhecimento registral de mais de um 
pai e/ou mais de uma mãe, viu-se 
alhures, são todas, de forma ou de outra, 
resolvidas de maneira relativamente 
simples e amparadas na legislação em 
vigor. 
Assim, resumidamente, em relação a 
todos os genitores se estabeleceriam as 
relações de parentesco já previstas no 
art. 1.591 a 1.595, do Código Civil. 
O nome dos filhos poderia facilmente 
ser composto pelo sobrenome de todos 
os pais ou de apenas alguns deles. 
Tocante à obrigação alimentar, esta 
seguiria a mesma já existente no caso de 
biparentalidade, ou seja, tanto em 
relação ao pai biológico quanto ao pai 
afetivo, seria observada a disposição 
contida no artigo 1.696, do Código 
Civil, que estabelece: “ o direito à 
prestação de alimentos é recíproco entre 
pais e filhos, e extensivo a todos os 
ascendentes, recaindo a obrigação nos 
mais próximos em grau, uns em falta de 
outros”. 
A guarda e o direito de visitas seriam 
solvidos aplicando-se o princípio do 
melhor interesse das crianças, sempre 
tendo como linhas mestras as regras 
estampadas no Código Civil e 
legislações extravagantes. 
Por derradeiro, no que concerne aos 
direitos sucessórios, estes seriam 
reconhecidos entre os filhos e seus pais, 
e entre seus parentes, observada a ordem 
de vocação hereditária estampada no art. 
1.829 a 1.847, do Código Civil. 
 
 
Logo, a multiparentalidade encontra 
respaldo na legislação, alguns casos podem 
até ser julgados, como visto, por analogia, e 
suas conseqüências jurídicas podem ser 
resolvidas de forma simples pelo exposto 
acima. 
 
4 CONCLUSÃO 
 
A atenção farmacêutica e o 
acompanhamento farmacoterapêutico 
possuem grande importância para o paciente 
e para o reconhecimento e valorização do 
profissional farmacêutico. Problemas 
relacionados com medicamentos atrapalham 
a manutenção da qualidade de vida do 
paciente e a obtenção de resultados clínicos 
positivos. Estudos indicam que a inadequada 
atuação do profissional farmacêutico frente à 
sociedade e na promoção do uso racional de 
medicamentos, aumenta o número dos gastos 
em saúde pública e internações hospitalares. 
O serviço de atenção farmacêutica e 
acompanhamento farmacoterapêutico 
desenvolvido no LASFAR têm o propósito 
de aumentar os resultados clínicos positivos 
em relação à farmacoterapia e qualidade de 
vida dos pacientes. O trabalho desenvolvido 
no LASFAR é de extrema importância para a 
formação de profissionais capacitados para 
exercer a atenção farmacêutica com 
14 
 
competência, e habilidade adequada exigidas 
no mercado de trabalho. 
 
 
 
 
THE APPLICABILITY OF THE VARIOUS KINSHIPS 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The Pharmaceutical Care and Pharmaco monitoring have great importance for the patient and 
for the recognition and appreciation of the pharmacist. This study aimed to analyze the 
pharmaceutical care service with an emphasis on pharmacotherapeutic monitoring developed 
in Lasfar, showing the importance of pharmaceutical care and pharmacotherapeutic follow to 
obtain adequate pharmacotherapy the patient. This study was conducted from a screening of 
800 (100%) patients who participated in campaigns for Lasfar between the years 2013 to 
2015, 60 patients (7.5%) joined the pharmacotherapeutic monitoring, and 24 patients (3%) 
had the clinical picture of Hypertension and Diabetes Mellitus. The pharmaceutical care 
service and pharmacotherapeutic monitoring developed in Lasfar are intended to increase the 
positive clinical results regarding pharmacotherapy and quality of life of patients. The work is 
of utmost importance to the training of skilled professionals to practice pharmaceutical care 
with competence, and adequate skill required in the labor market. 
 
Keywords: Pharmaceutical care , pharmacotherapy monitoring , hypertension, diabetes and 
MRI. 
 
 
 
 
4 REFERÊNCIAS 
 
 
ALMEIDA, Renata Barbosa de; 
RODRIGUES JR., Walsir Edson. Direito 
Civil: famílias. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. 
 
 
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. 
Provimento nº 2, de 27 de abril de 2009. 
Disponível em: 
<http://www.cnj.jus.br/provimentos-atos-
corregedoria/12755-provimento-no- 
2-de-27-de-abril-de-2009>. Acesso em: 18 
Jul. 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. 
Provimento nº 3, de 17 de novembro de 
2009. Disponível em: 
<http://www.cnj.jus.br/provimentos-atos-
corregedoria/12756-provimento-no- 
3-de-17-denovembro-de-2009>. Acesso em: 
18 Jul. 2013. 
 
 
15 
 
BRASIL. Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 
1973. Dispõe sobre os registros públicos, e 
dá outras providências. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/
L6015.htm>. Acesso em: 18 Jul. 2013. 
 
 
BRASIL. Constituição da República 
Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado 
Federal, 1988. 
 
 
BRASIL. Lei n. 10.406, de 10 de janeiro de 
202. Institui o Código Civil. Disponivel em: 
<http:// www..planalto.gov.br/civil_ 
03/leis/2002/L 10406;htm> Acesso em : 18 
de ago. 2013. 
 
 
BRASIL. Lei n. 8.560, de 29 de dezembro 
de 1992. Regula a investigação de 
paternidade dos filhos havidos fora do 
casamento e dá outras providências . 
Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L
8560.htm> Acesso em: 01 de março de 2013. 
 
 
Brasília, MANUAL de Instruções Para o 
Preenchimento da Declaração de Nascido 
Vivo. 3. ed: Fundação Nacional de Saúde, 
2001. Disponível em <http:// 
www.scribd.com/doc/36296618/declaracao-
nasc-vivo>. Acesso em 12 de junho de 2013. 
 
 
FACHIN, Luiz Edson. Estabelecimento da 
filiação e paternidade presumida. Porto 
Alegre: SAFE, 1992. 
 
 
FONTELES, Camila Santos Lima. Família e 
ciência: implicações da reprodução 
medicamente assistida nas novas 
configurações familiares. Dissertação 
(Mestrado) – Universidade de Fortaleza, 
Fortaleza, 1987. 
 
 
GIORGIS, Jose Carlos Teixeira. A 
paternidade fragmentada: família, 
sucessões, bioética. Porto Alegre: LAEL, 
2007. 
 
 
MELLO, Joaquim Baptista De. Direitos de 
bastardia: história, legislação, doutrina, 
jurisprudência e prática. São Paulo: Saraiva, 
1993. 
 
 
PÓVOAS, Mauricio Cavallazzi. 
Multiparentalidade: a possibilidade de 
múltipla filiação registral e seus efeitos. 
 
 
SILVEIRA, Hélder Rodrigues da. Registro 
civil das pessoas naturais: legislação e 
prática. Brasília: Bandeirante, 2011. 
 
 
TEIXEIRA, Ana Carolina Brochado; 
RODRIGUES, Renata de Lima. 
Multiparentalidade como fenômeno jurídico 
contemporâneo. In: Revista Brasileira de 
Direito das Famílias e Sucessões. Porto 
Alegre, v. 11, n. 14, fev./mar. 2010. 
 
http://www.planalto.gov.br/civil_
http://www.scribd.com/doc/36296618/declaracao-nasc-vivo
http://www.scribd.com/doc/36296618/declaracao-nasc-vivo
	2.1 REQUISITOS PARA O REGISTRO DE NASCIMENTO
	2.2 COMPETÊNCIA DE QUEM SE RESPONSABILIZA PELO REGISTRO
	3 FILIAÇĀO
	4 REFERÊNCIAS

Continue navegando