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1 ANÁLISE DO SERVIÇO DE ATENÇÃO FARMACÊUTICA COM ÊNFASE NO ACOMPANHAMENTO FARMACOTERAPÊUTICO DESENVOLVIDO NO LABORATÓRIO DE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA – LASFAR/UNIVALE Nome1 Nome¹ Meire Silva¹ Nome¹ Nome2 Nome3 1 Formandos do Curso de Farmácia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE. 2 Orientadora Professora do Curso de Farmácia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE. Email: ...... . 3 Co-orientadora Professora do curso de Farmácia da Universidade Vale do Rio Doce/UNIVALE. RESUMO A atenção farmacêutica e o acompanhamento farmacoterapêutico possuem grande importância para o paciente e para o reconhecimento e valorização do profissional farmacêutico. Esse trabalho teve como objetivo analisar o serviço de atenção farmacêutica com ênfase no acompanhamento farmacoterapêutico desenvolvido no LASFAR, mostrando a importância da atenção farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico para obtenção de uma farmacoterapia adequada ao paciente. Este estudo foi realizado a partir de uma triagem de 800 (100%) pacientes que participaram de campanhas realizadas pelo LASFAR entre os anos de 2013 a 2015, sendo que 60 pacientes (7,5%) aderiram ao acompanhamento farmacoterapêutico, e, 24 pacientes (3%) apresentavam o quadro clínico de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus. O serviço de atenção farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico desenvolvido no LASFAR têm o propósito de aumentar os resultados clínicos positivos em relação à farmacoterapia e qualidade de vida dos pacientes. O trabalho desenvolvido é de extrema importância para a formação de profissionais capacitados para exercer a atenção farmacêutica com competência, e habilidade adequada exigidas no mercado de trabalho. Palavras-Chave: Atenção Farmacêutica, Acompanhamento Farmacoterapêutico, Hipertensão, Diabetes e RNM. mailto:junia.prof@hotmail.com 2 1 INTRODUÇÃO Este artigo tem como tema a aplicabilidade da multiparentalidade, ou seja, a possibilidade de um indivíduo possuir mais de um pai e/ou mais de uma mãe, concomitantemente, por tratar-se de uma realidade que já pode ser constatada socialmente. O recorte tem como intuito de demonstrar a possibilidade de exteriorização da multiparentalidade no Registro de Nascimento. Neste contexto, a questão- problema que orienta a pesquisa se volta para a possibilidade de se reconhecer a multiparentalidade, no Direito Brasileiro, ou seja, se há possibilidade de uma pessoa ter mais de um pai ou mãe ao mesmo tempo, constando na sua certidão de nascimento. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho é investigar a possibilidade de constar a multiparentalidade no Registro de Nascimento. De forma mais específica pretende evidenciar os motivos pelos quais esta inclusão trará benefícios ou prejuízos para os registrados, possibilitar a análise de o fato ser colocado em evidência para discussão e preparar a sociedade para a aceitação da identidade do cidadão como fato comum no meio social. O estudo é importante porque mostra a possibilidade de constar no Registro de Nascimento o nome de mais de um pai/mãe também conhecido como multiparentalidade. É um fato que já pode ser averiguado no meio social e há pouco tempo vem sendo adotado pela justiça brasileira. Como no início dos tempos o único critério utilizado para definir filiação era o biológico, acreditava-se que somente se consideravam pais aqueles que mantiveram relação sexual e desta deu origem ao filho. A multiparentalidade pode se justificar pelo fato de um pai biológico não ter conhecimento da existência de seu filho e, por este motivo, outro homem passar a exercer a função de pai. Outro motivo relevante seriam as constantes recomposições de famílias nas quais, muitas vezes, madrastas e padrastos exerceriam a função paternal e/ou maternal e criariam um vínculo com a criança. Por fim, pelo fato de um dos pais falecerem e, então, o padrasto ou madrasta assumir aquele lugar. A pesquisa foi desenvolvida de forma descritiva investigando em livros, internet, revistas e outras fontes, privilegiando as primeiras, associando-se à prática por meio de pesquisa experimental de campo com o propósito de responder ao problema alvo deste projeto. O texto está dividido da seguinte forma: a introdução é selecionada como parte um, a parte dois trata do registro de nascimento, sobressaindo-se tópicos que tratam dos requisitos para o registro de 3 nascimento e a competência de quem se responsabiliza pelo registro, a terceira parte expõe sobre quem são considerados os pais da criança e a afetividade oriunda desses pais, a parte quatro permite aprofundar sobre a multiparentalidade como assunto em destaque e, à conclusão, ficou definida a parte cinco como o fechamento do artigo. 2 REGISTRO DE NASCIMENTO O nascimento é o momento no qual a criança vem ao mundo e, segundo se encontra no Manual, na Assembléia Mundial de Saúde, (2001, p. 24) Nascimento vivo é a expulsão ou extração completa do interior do corpo da mãe, independentemente da duração da gravidez, de um produto de concepção que, depois da separação, respire ou apresente qualquer outro sinal de vida tal como batimentos do coração, pulsações do cordão umbilical ou movimentos efetivos dos músculos de contração voluntária, estando ou não cortados o cordão umbilical e estando ou não desprendida a placenta. Toda criança que nasce no Território nacional precisa ser registrada no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais, assim o dispõe a Lei nº 6.015 (BRASIL, 1973), em seu art. 50, que dispõe sobre os registros públicos: Todo nascimento que ocorrer no território nacional deverá ser dado a registro, no lugar em que tiver ocorrido o parto ou no lugar da residência dos pais, dentro do prazo de quinze dias, que será ampliado em até três meses para os lugares distantes mais de trinta quilômetros da sede do cartório. Deve ser ressaltado que quando se fala em Território Nacional também se inclui o mar territorial e o espaço aéreo. Somente após o registro de nascimento que a pessoa passa a existir no ordenamento jurídico apesar de ter seus direitos garantidos desde a concepção, conforme dispõe o art. 2o do Código Civil Brasileiro (BRASIL, 2002): A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida, mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. Através do registro, a pessoa adquire a legalidade de sua personalidade jurídica bem como obtém direitos e obrigações. A legislação brasileira prevê que a criança somente passa a existir após o registro de nascimento no Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais. Sem ser registrada a pessoa não adquire existência formal. 2.1 REQUISITOS PARA O REGISTRO DE NASCIMENTO Após o nascimento da criança, o responsável deverá procurar o Serviço Registral da cidade em que a criança nasceu ou do local da residência dos pais com seus documentos pessoais e a Declaração de Nascidos Vivos (DNV), que é o documento 4 obrigatório para o registro da criança conforme determinação do art. 27 parágrafo 1º, da Portaria no. 116 de 11/02/09, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, ensina que: É obrigatória a emissão de DN para todo nascido vivo, independente da duração da gestação, peso e estatura do recém nascido. Caso a criança tenha nascido em domicílio e assistência de um médico, os pais deverão procurar a Secretaria Municipal de Saúde para que emitam o DNV e com ela possam ir à Serventia para declarar o nascimento da criança. O prazo para registro da criança é de 15 (quinze) dias podendo ser prorrogado até 3 (três) meses para lugares distantes, conformealteração da Lei nº 6.015 (BRASIL, 1973) pela Lei nº 6.216 (BRASIL, 1975). O assento do nascimento deverá conter vários itens, dentre eles alguns dos contidos no art. 54 da Lei nº 6.015 (BRASIL, 1973), incluído pela Lei nº 12.662 (BRASIL, 2012), que trata do DNV: Art. 54. O assento do nascimento deverá conter: 1°) o dia, mês, ano e lugar do nascimento e a hora certa, sendo possível determiná-la, ou aproximada; 2º) o sexo do registrando; 3º) o fato de ser gêmeo, quando assim tiver acontecido; 4º) o nome e o prenome, que forem postos à criança; 5º) a declaração de que nasceu morta, ou morreu no ato ou logo depois do parto; 6º) a ordem de filiação de outros irmãos do mesmo prenome que existirem ou tiverem existido; 7º) Os nomes e prenomes, a naturalidade, a profissão dos pais, o lugar e cartório onde se casaram, a idade da genitora, do registrando em anos completos, na ocasião do parto, e o domicílio ou a residência do casal. 8º) os nomes e prenomes dos avós paternos e maternos; 9º) os nomes e prenomes, a profissão e a residência das duas testemunhas do assento, quando se tratar de parto ocorrido sem assistência médica em residência ou fora de unidade hospitalar ou casa de saúde. 10) número de identificação da Declaração de Nascido Vivo - com controle do dígito verificador, ressalvado na hipótese de registro tardio previsto no art. 46 desta Lei. (...) §2º O nome do pai constante da Declaração de Nascido Vivo não constitui prova ou presunção da paternidade, somente podendo ser lançado no registro de nascimento quando verificado nos termos da legislação civil vigente. § 3º Nos nascimentos frutos de partos sem assistência de profissionais da saúde ou parteiras tradicionais, a Declaração de Nascido Vivo será emitida pelos Oficiais de Registro Civil que lavrarem o registro de nascimento, sempre que haja demanda das Secretarias Estaduais ou Municipais de Saúde para que realizem tais emissões. No registro de nascimento não poderá constar, em razão de lei, os seguintes dados: o estado civil dos pais; o lugar do cartório onde se casaram, qualificação da filiação como legítima, bem como da ilegítima, dentre outras; a cor do registrando; a ordem de filiação de outros irmãos, conforme art. 5º da Lei nº 8.560 (BRASIL, 1992). 5 2.2 COMPETÊNCIA DE QUEM SE RESPONSABILIZA PELO REGISTRO O assento de nascimento deverá ser feito no local do nascimento ou na residência dos pais, podendo ser declarante: o pai, a mãe, sendo que no último caso o prazo para declaração prorrogado por 45 (quarenta e cinco) dias, conforme dispõe o art. 52 da Lei nº 6.015 (BRASIL, 1973), dentre outros, conforme elenca este dispositivo: Art. 52. São obrigados a fazer declaração de nascimento: 1º) o pai; 2º) em falta ou impedimento do pai, a mãe, sendo neste caso o prazo para declaração prorrogado por quarenta e cinco (45) dias; 3º) no impedimento de ambos, o parente mais próximo, sendo maior achando-se presente; 4º) em falta ou impedimento do parente referido no número anterior os administradores de hospitais ou os médicos e parteiras, que tiverem assistido o parto; 5º) pessoa idônea da casa em que ocorrer, sendo fora da residência da mãe; O art. 7o, inciso XIX da Constituição Federal (BRASIL, 1988) articulado com o § 1o do art. 10, ensina que o pai terá direito a licença paternidade de 05 (cinco) dias após o nascimento da criança. Licença essa que teria como finalidade a facilitação do comparecimento do pai ao Cartório de Registro Civil para que ali pudesse registrar o recém-nascido. Quando este tiver mais de 18 (dezoito) anos poderá fazer o registro no Serviço Registral, independente do estado civil. Caso ele seja casado, deverá ser apresentada Certidão de Casamento e, no caso de serem solteiros, torna-se necessário que a mãe da criança compareça à Serventia e assine o Registro, anuindo com o que foi declarado pelo pai. Caso a idade do pai seja entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos, deverá comparecer ao Cartório acompanhado do Pai, mãe ou responsável. Caso o pai tenha idade inferior a 16 (dezesseis) anos, esse não poderá declarar o nascimento da criança, mesmo comparecendo à Serventia na presença dos pais. O registro será feito constando apenas o nome da mãe e esta fará uma declaração com o nome do suposto pai bem como endereço do mesmo. Esta declaração será entregue ao Oficial da Serventia que encaminhará para o Juiz e este, por sua vez, intimará o suposto pai a comparecer e confirmar se é pai ou não da criança. Após a confirmação do pai, o Juiz determinará ao Serviço Registral que fez o registro do menor, que retifique o registro averbando a margem do termo, o nome do pai e sua filiação. Depois disso será emitida nova certidão constando o nome e filiação do pai. 6 Existem situações que não são tão comuns, mas valem ser citadas, assegura Silveira (2011, p. 77), (...) a do genitor presidiário, não casado civilmente com a mãe do registrando. Para o registro de seu (suposto) filho, deverá apresentar documento de identificação de preferência, o RG – e procuração particular com firma reconhecida ou pública. Para se evitarem fraudes, a pública é a recomendável. Pode ocorrer, ainda situação um tanto incomum: a de pai não casado civilmente com a genitora do registrando e que estará ausente por ocasião do nascimento do seu filho. Mesmo assim, é possível que o pai reconheça o nascitura (art. 1.606, p.u. do CCB/02). Basta que providencie: documento de reconhecimento de paternidade (por analogia aos arts. 1o, inc. II da Lei 8.560/92 e 1.609, inc. II do CCB/02, escrito particular com firma reconhecida ou escritura pública); procuração para a efetivação do registro. Como sempre, deve-se dar preferência à escritura pública. Seria recomendável o reconhecimento do nascituro e a nomeação do procurador constasse num único documento. Caso seja a mãe a registrar o bebê e essa for casada, deverá apresentar certidão de casamento recente. Se a mãe for solteira e maior, poderá registrar a criança sozinha, indicando o suposto pai ou declarando que não é da sua vontade declarar. Se a mãe for menor e relativamente incapaz, poderá registrar a criança sozinha, podendo ser assistida pelos genitores, mas não existe obrigatoriedade quanto a isso. Agora, caso seja uma menor absolutamente a registrar sua criança esta não poderá assinar o registro, o mesmo deverá ser assinado por um de seus genitores ou seu responsável legal, conforme assegura Silveira (2011, p. 77-78): Se for menor impúbere (menos de 16 anos), claro está não poderá assinar o registro. Ele será assinado por um de seus pais ou por seu representante legal. Para ser tecnicamente preciso, o cabeçalho do registro de nascimento de filho de mãe menor impúbere deverá apresentar redação semelhante a esta: “Aos tais dias do mês tal do ano tal, compareceu a este Serviço Registral a Sra fulana de tal, brasileira, menor impúbere, residente em tal localidade, neste ato, representada por seu pai ou sua mãe / seu representante legal (qualificação)... Se a mãe impúbere não comparecer à serventia, o cabeçalho será redigido de forma similar a esta: “Aos tais dias do mês tal do ano tal, compareceu a esse Serviço Registral o (a) Sr. (a) fulano (a) de tal, brasileiro (a), maior, residente nesta cidade/ neste distrito, neste ato representando (sua filha) sicrana de tal, brasileira, menor impúbere, residente nesta cidade/distrito...”. Como se vê, a presença ou ausência da genitora ficam registradas. O que se observa no que foi esclarecido é que se uma menor de 16 anos se torna mãe, o registro de nascimento depende da presença de alguém de sua família (pai, mãeou responsável), principalmente se esta menor estiver junto. No caso da ausência desta, o registro é feito, mas com ressalvas quanto à informação, pois o representante legal não aparece como pai, mas a pessoa que representa o responsável pela mãe que é menor. 3 FILIAÇĀO 7 A Carta Magna de 1988 (BRASIL, 1988) prevê igualdade entre todos os filhos não permitindo mais que sejam colocados em categorias de legítimos e ilegítimos, como permitia a Constituição de 1916. Os filhos legítimos eram os que nasciam do casamento, quando os pais não haviam contraído núpcias os filhos eram chamados de ilegítimos que poderiam ser classificados em naturais e espúrios. Os naturais, aqueles que os pais não possuem impedimento para o matrimônio e os espúrios proviam de pai e mãe que tinham impedimento para poder se casar. Com o advento Constituição Federal de 1988, a classificação foi suprimida. E, de acordo com o princípio da igualdade, não há distinção os filhos, daí, a dizer que todos o são considerados de forma igualitária, conforme antevê o art. 1.596 do Código Civil (BRASIL, 2002): Os filhos, havidos ou não da relação de casamento, ou por adoção terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação. Na antiguidade o único critério utilizado para definir filiação, era o biológico. Naquele tempo as pessoas tinham a idéia de que só podiam ser considerados pais casais que mantinham relações sexuais e dessa resultasse uma gravidez. Nas civilizações ocidentais, que possuíam como fundamento o movimento de codificação, nāo bastava somente o coito e a gravidez para ser considerado filho legítimo havia necessidade também que fossem contraídas núpcias. Nessa linha de raciocinio, Almeida & Rodrigues Jr. (2012, p. 120) nos ensina que ter esta visão nos levaria a acreditar que somente é pai o homem casado pois sem as devidas núpcias seria impossível identificar o pai biológico. Em 1988 com a promulgaçāo da Carta Magna Brasileira que acrescentou ao ordenamento jurídico o princípio da igualdade, o casamento deixou de ser requisito essencial para filiaçāo, pois a partir de entāo os filhos começaram a ter todos os direitos, independente de sua origem. Iniciou neste período o avanço da medicina trazendo ao mundo o exame de DNA, que possui a capacidade de identificar os pais biológicos do indivíduo. Surgiu também a reproduçāo medicamente assistida, colocando em perigo a forma mais clássica de definiçāo de filiaçāo, de que a māe sempre seria certa, pois com a reproduçāo in vitro, o óvulo poderia ser de terceiro e nāo obrigatoriamente de quem estivesse gerando. Observa-se que nesses casos, o modo de definir a filiação pode mudar entre a paternidade biológica, presunção da 8 paternidade ou paternidade socioafetiva, , pois pais sāo aqueles que expressam o desejo de ser. Desta forma, percebe-se que a paternidade ou maternidade pode ser “subdividida” em presumida, biológica e afetiva. O problema pode surgir principalmente quando, para cada uma dessas figuras (materna ou paterna), se encontrarem pessoas distintas. Ou seja, quando não houver unicidade pessoal na fixação das paternidades/maternidades possíveis. E como o envolvimento da paternidade/maternidade tem surgido, em especial, na busca da tutela jurisdicional do Estado, esbarra-se em pessoas que esperam minimizar o conflito. Inclusive, nos últimos 10 anos, a doutrina que rege o Direito de Família se firmou na acepção de que, existindo conflito entre a paternidade ou maternidade biológica e a socioafetiva, essa será predominante, o que também vem se assentando por meio da jurisprudência do judiciário brasileiro. Portanto, não se deve, contudo, reconhecer, em abstrato, hierarquia entre os critérios de fixação da filiação. Outrossim, Almeida & Rodrigues Jr. (2012, p. 120) empregam um critério por meio do qual se compreende não ser, necessariamente, excludente um do outro. Para tanto, em certas circunstâncias, tais critérios serão complementados e viabilizados a pluralidade de paternidades ou maternidades, ou seja, a multiparentalidade. 3.1 AFETIVIDADE Os estudos que cercam o tema da afetividade ensinam que, se no passado mais longínquo, o debate centrava-se nos direitos de bastardia (MELLO, 1993, p. 5-6) e, no passado mais recente, no direito de ter um pai (FACHIN, 1999, p. 43-115), a inquietude da atualidade do Direito deve segmentar-se, também, ao fenômeno da multiparentalidade, que se relaciona com: a) a oscilação contínua de construção e de destruição dos laços afetivos nas famílias recompostas (TEIXEIRA, RODRIGUES, 2010, p. 97); b) o emprego de material genético de alguém como matéria-prima na fecundação de um novo ser (GIORGIS, 2007, p. 58-60); c) a adoção não destruidora do passado; d) a gestação de substituição ou, ainda, e) a história dos núcleos de poliamor. Percorrem, ainda, entendimento de que a complexidade da questão é o fato de as famílias se reinventarem de maneira dinâmica, admitindo amoldamentos nos quais poderão existir: apenas duas mães, de acordo com acórdão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, (TJRS. Ap. Cív. 70013801592), ou, ainda, uma das seguintes situações: dois pais; duas mães e um pai; dois pais e uma mãe; duas mães e dois pais; três 9 mães e dois pais, conforme doutrina o mestre FONTELES, (1987, p. 13) etc., vivendo (ou não) em harmonia. Vale dizer que há, no tocante ao registro de nascimento, ordem de prioridade a ser seguida, qual seja: primeiro é o pai; na falta ou impedimento dele, a mãe; ante a impossibilidade de comparecimento de quaiquer um deles ao Cartório de Registro, o parente mais próximo. Na falta das pessoas supramencionadas, os administradores de hospitais, médicos ou mesmo as parteiras que tiverem assistido o parto, e até uma pessoa qualquer idônea da casa em que ocorrer o nascimento. Para tanto, poderão registrar: Pais solteiros: os dois deverão comparecer ao cartório a fim de solicitar o registro de nascimento da criança, portando seus documentos pessoais; Pais casados: qualquer dos dois poderá comparecer ao cartório, portando certidão de casamento e os documentos pessoais; Em caso de pais absolutamente menores de idade, o pai ou a mãe menor de idade, incorrerão em uma das seguintes situações: quando o pai for menor de 16 (dezesseis) anos, não poderá declarar o nascimento do suposto filho, por mais que através de representante legal, porém, se for a mãe menor de 16 (dezesseis) anos, um dos seus genitores ou representantes legais deverá realizar a declaração do nascimento. Mães e pais relativamente menores de idade, ou seja, com idade entre 16 (dezesseis) e 18 (dezoito) anos não precisam de representante legal para o registro de seus; Em caso de parto domiciliar: tendo sido feito sem assistência médica, fora da unidade hospitalar ou Casa de Saúde, é preciso a presença de 2 (duas) testemunhas. Já se houve tal assistência, seja médica ou de parteira, é essencial a emissão da DNV (Declaração de Nascido Vivo); Filhos de brasileiros nascidos no exterior: sendo a criança já registrada em repartição consular brasileira, os pais devem, ao regressar ao Brasil, procurar o cartório do 1º Ofício do Registro Civil das Pessoas Naturais do município para a execução do registro de nascimento. Existem questionamentos de quem são os pais e, quanto a isso, três critérios são apontados para a determinação da filiação: legal, o biológico e o socioafetivo. O critério legal está pautado na presunção relativa de paternidade conferida por lei em circunstâncias nela indicadas, como, por exemplo, no caso do filho havido do casamento, a presunção é de queo pai é o marido da esposa grávida. O segundo, o biológico, fundamenta- se no vínculo genético, comprovado por meio de exame de DNA. 10 Por fim, o terceiro e último critério, o socioafetivo, é instituído pelo laço de amor e solidariedade que se cria por e entre certas pessoas. Há de se falar, também, do pai afetivo, sendo compreendido como o que, na vida do filho, ocupa o lugar do pai; que ao dar abrigo, carinho, educação, amor ao filho, assume a função de pai. A filiação socioafetiva, portanto, não vem difundida no nascimento (fato biológico), mas sim em ato voluntário de vontade, no tratamento habitual recíproca entre pai e filho. Assim, poderá existir um genitor (o transmissor dos gens) e um pai (o socioafetivo). Não há hierarquia ou prevalência entre a filiação biológica e a socioafetiva, sendo, então, analisado o caso concreto, para se ter certeza qual prevalência aplicar. Reconhecida a filiação socioafetiva, o vínculo com os pais biológico são desfeitos, que passa a atuar, apenas como simples genitor, não tendo a obrigação de prestação de alimentos, nem a de transmitir herança ao filho biológico, o qual estabeleceu vínculo socioafetivo com outrem. Porém, a doutrina tem admitido a possibilidade da multiparentalidade, ou seja, uma pessoa possuir mais de um pai e/ou mais de uma mãe ao mesmo tempo, produzindo efeitos jurídicos em relação a todos eles, que refletirão em possibilidade de requerer alimentos dos dois pais, de herdar bens dos dois pais, dentre outros pertinentes à matéria. 4 MULTIPARENTALIDADE O direito de família contemporâneo tem trabalhado na tentativa de reciclar seus conceitos e institutos à velocidade das transformações sociais. São vários os paradigmas defasados, com objetivo de serem igualar à realidade social que se modifica, rápida e freneticamente em processos sociais que refletem o prodígio de individualização de estilos de vida. Uma dos grandes avanços está baseado na premissa fundamental para (des)construção dos seus institutos: o entendimento do fato de que conceitos, tais como família, paternidade, maternidade, filiação e parentesco não incidem em conceitos naturalizados ou dados prontos, mas estabelecem-se em definições que precisam ser recepcionadas pelas ciências, inclusive, a jurídica, como construções culturais ou criações humanas, as quais carecem de ser problematizadas antes seus contextos civilizatórios. Outra alteração essencial se deu na própria natureza jurídica da família e em sua função, convertendo terminantemente a dinâmica das relações familiares: a família deixa, então, de ser instituto formal e 11 absolutizado, que aproximava a tutela jurídica de per si, para se transformar em um núcleo social funcionalizado ao progresso da personalidade e da dignidade de seus membros. No mais, realidade cominou o fim do obstáculo codificado: a rigidez e a indissolubilidade do vínculo conjugal. Já que a família passou a se formar como um lugar de realização pessoal, fez-se preciso conferir às pessoas a liberdade de (des)constituição familiar, permitindo às mesmas perseguir satisfação em outras adpatações familiares, quando frustrado o plano de vida estabelecido com determinado cônjuge. O livre-arbítrio na constituição familiar, caracterizada também pela persmissividade de se formar família por meios informais e, de igual modo, pôr fim à sua existência, provocou o evento social, hoje, amplamente disseminado, consistente na formação das famílias recompostas ou reconstituídas, que evidenciam delicadas repercussões jurídicas no tangente ao estabelecimento dos papéis parentais e do exercício do poder familiar, advertindo a corrosão de um último paradigma da cultura jurídica: a biparentalidade, que dá lugar ao que se classifica como multiparentalidade, ou seja, novo fenômeno jurídico que tem amparo, também, nos conceitos de socioafetividade, novo fator que impulsiona o estabelecimento de parentesco. A família reconstituída é o mesmo que a estrutura de uma família teve início com o casamento ou com a uniāo estável de duas pessoas, na qual um desses ou até mesmo os dois possuem filhos de um vinculo anterior. É uma ocorrência que vem crescendo atualmente em face do aumento do número de separações, divórcios e dissoluções de união estável, conforme comprovado por dados do IBGE, a cada período em que se realiza o levantamento desses dados. As famílias que se formam como processo do rompimento conjugal, tornam-se monoparentais, o que pode ter tempo determinado ou não, vez que a situação está adstrita à recomposição familiar, agregando- se novo cônjuge ou companheiro ao núcleo familiar, surgindo, dessa forma, novo arranjo. A importância do evento no âmbito é elementar à manifestação jurídica sobre o tema em termos legislativos, doutrinários e jurisprudenciais, ocasião que tem por tendência a mudança. O pronunciamento legal mais antigo se encontra no art. 1.595 do Código Civil Brasileiro de 2002, que prevê o parentesco por afinidade do cônjuge ou do companheiro aos parentes do outro, que se restringe aos ascendentes, descendentes e irmãos. No entanto, a lei consente quanto à maior parte das relações jurídicas que se consagram entre esses novos parentes afins e 12 novos arranjos familiares. A pouca doutrina existente compreende tal espécie de família tão-somente quando houverem filhos de um ou dos dois cônjuges ou companheiros que tornam-se companheiros, formando um novo lar com normas próprias, no qual cada um traz consigo a experiência vivida na família anterior. O que se pode assegurar é que, diante dessa diversidade, a única alternativa é a criação de novas formas de convivência através da qual os membros possam co- existir em busca da harmonia no novo arranjo familiar. A doutrina prega a possibilidade de reconhecimento da existência de parentesco socioafetivo partindo da comprovação dos requisitos que formam a posse de estado de filho, dentre eles, o nome, o trato e a fama. Com certeza, cuida-se a posse de estado de meio hábil a conferir o vínculo afetivo entre pais e filhos de criação, porém, ela é incapaz de constituir o próprio vínculo, pois que posse de estado é simples meio de prova subsidiário, não gerador de estado. Sendo assim, apenas sua comprovação é suficiente para definir a substância desse novo tipo de parentesco. O que institui a essência da socioafetividade é o exercício fático da autoridade parental; em outras palavras, é o fato do indivíduo, não genitor biológico, desencarrega-se de perpetrar as condutas necessárias para criar e educar filhos menores, com o objetivo de edificar sua personalidade, livremente de vínculos consanguíneos que geram tal obrigação legal. É por tal motivo que este novo vínculo de parentesco é o próprio ofício de autoridade parental, exteriorizado sob a roupagem de condutas objetivas como criar, educar e assistir a prole que conclui por gerar o vínculo jurídico da parentalidade. Por isso, afirma Póvoas (2012, p. 102), a multiparentalidade, ou seja, a possibilidade de uma pessoa ter mais de um pai e/ou mais de uma mãe, ao mesmo tempo, é uma realidade que já pode ser verificada no social e, recentemente, vem sendo reconhecida pelo Jurídico. E mesmo que a sua aplicabilidade ainda gera polêmica, ordinariamente, tem-se que, no registro de nascimento, deve constar apenas o nome de um pai e/ou de uma mãe. Reza, de acordo com a sua doutrina, que a multiparentalidade pode ter como causa o fato de o pai biológico não ter conhecimento do nascimento de seu filho, motivo pelo qual outrem passa a exercer a função de paternidade filial. Outro fator interessante para ressaltar é o surgimento crescente das famílias recompostasem que pode ocorrer uma transvariação de funções parentais, como por exemplo, padrasto ou madrasta que passa a exercer a autoridade parental, sem que haja, necessariamente, o afastamento do genitor do convívio com o filho. 13 Mas os Tribunais brasileiros começam a reconhecer este Direito para regularizar pelo menos a aceitação da multiparentalidade no meio social. A questão pode ser resolvida pela interpretação análoga, de acordo ensinamentos de Póvoas (2012, p. 102): Juridicamente mostra-se que a multiparentalidade encontra albergue tanto na legislação (aplicada em determinados casos por analogia), não havendo vedação ou impedimento algum ao seu reconhecimento. As conseqüências jurídicas e eventuais dúvidas que resultariam do reconhecimento registral de mais de um pai e/ou mais de uma mãe, viu-se alhures, são todas, de forma ou de outra, resolvidas de maneira relativamente simples e amparadas na legislação em vigor. Assim, resumidamente, em relação a todos os genitores se estabeleceriam as relações de parentesco já previstas no art. 1.591 a 1.595, do Código Civil. O nome dos filhos poderia facilmente ser composto pelo sobrenome de todos os pais ou de apenas alguns deles. Tocante à obrigação alimentar, esta seguiria a mesma já existente no caso de biparentalidade, ou seja, tanto em relação ao pai biológico quanto ao pai afetivo, seria observada a disposição contida no artigo 1.696, do Código Civil, que estabelece: “ o direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros”. A guarda e o direito de visitas seriam solvidos aplicando-se o princípio do melhor interesse das crianças, sempre tendo como linhas mestras as regras estampadas no Código Civil e legislações extravagantes. Por derradeiro, no que concerne aos direitos sucessórios, estes seriam reconhecidos entre os filhos e seus pais, e entre seus parentes, observada a ordem de vocação hereditária estampada no art. 1.829 a 1.847, do Código Civil. Logo, a multiparentalidade encontra respaldo na legislação, alguns casos podem até ser julgados, como visto, por analogia, e suas conseqüências jurídicas podem ser resolvidas de forma simples pelo exposto acima. 4 CONCLUSÃO A atenção farmacêutica e o acompanhamento farmacoterapêutico possuem grande importância para o paciente e para o reconhecimento e valorização do profissional farmacêutico. Problemas relacionados com medicamentos atrapalham a manutenção da qualidade de vida do paciente e a obtenção de resultados clínicos positivos. Estudos indicam que a inadequada atuação do profissional farmacêutico frente à sociedade e na promoção do uso racional de medicamentos, aumenta o número dos gastos em saúde pública e internações hospitalares. O serviço de atenção farmacêutica e acompanhamento farmacoterapêutico desenvolvido no LASFAR têm o propósito de aumentar os resultados clínicos positivos em relação à farmacoterapia e qualidade de vida dos pacientes. O trabalho desenvolvido no LASFAR é de extrema importância para a formação de profissionais capacitados para exercer a atenção farmacêutica com 14 competência, e habilidade adequada exigidas no mercado de trabalho. THE APPLICABILITY OF THE VARIOUS KINSHIPS ABSTRACT The Pharmaceutical Care and Pharmaco monitoring have great importance for the patient and for the recognition and appreciation of the pharmacist. This study aimed to analyze the pharmaceutical care service with an emphasis on pharmacotherapeutic monitoring developed in Lasfar, showing the importance of pharmaceutical care and pharmacotherapeutic follow to obtain adequate pharmacotherapy the patient. This study was conducted from a screening of 800 (100%) patients who participated in campaigns for Lasfar between the years 2013 to 2015, 60 patients (7.5%) joined the pharmacotherapeutic monitoring, and 24 patients (3%) had the clinical picture of Hypertension and Diabetes Mellitus. The pharmaceutical care service and pharmacotherapeutic monitoring developed in Lasfar are intended to increase the positive clinical results regarding pharmacotherapy and quality of life of patients. The work is of utmost importance to the training of skilled professionals to practice pharmaceutical care with competence, and adequate skill required in the labor market. Keywords: Pharmaceutical care , pharmacotherapy monitoring , hypertension, diabetes and MRI. 4 REFERÊNCIAS ALMEIDA, Renata Barbosa de; RODRIGUES JR., Walsir Edson. Direito Civil: famílias. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2012. BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Provimento nº 2, de 27 de abril de 2009. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/provimentos-atos- corregedoria/12755-provimento-no- 2-de-27-de-abril-de-2009>. Acesso em: 18 Jul. 2013. BRASIL. Conselho Nacional de Justiça. Provimento nº 3, de 17 de novembro de 2009. Disponível em: <http://www.cnj.jus.br/provimentos-atos- corregedoria/12756-provimento-no- 3-de-17-denovembro-de-2009>. Acesso em: 18 Jul. 2013. 15 BRASIL. Lei n. 6.015, de 31 de dezembro de 1973. Dispõe sobre os registros públicos, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/ L6015.htm>. Acesso em: 18 Jul. 2013. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado Federal, 1988. BRASIL. 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