Buscar

Simulado PMERJ

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
 
 
Texto I 
 
PMs sofrem com suicídios e transtornos mentais sem apoio 
da corporação 
 
Treinados para não revelarem suas próprias dores, policiais 
militares de todo o país enfrentam números explosivos de 
problemas 
 
 Há cinco anos, o pai de Fernanda, um policial militar de 
Santa Catarina, cometeu suicídio no caminho para o trabalho. 
O corpo do PM, de 40 e poucos anos, foi encontrado logo pela 
manhã dentro do seu carro, estacionado próximo à casa da 
família, que descobriu que a causa da morte era suicídio ao 
liberarem o corpo no IML. Jorge usou a própria arma de 
trabalho para pôr fim à vida. 
 
 “Foi algo que ninguém esperava, fomos descobrir que ele 
teve depressão depois que ele se matou. A depressão dele é 
aquela que tem alteração de humor, ele sempre teve isso. 
Depois que se matou que fomos entender o que era. Meu pai 
nunca falou sobre isso [depressão]. No dia achamos que 
tinham matado ele, não sabíamos que tinha sido suicídio. Até 
porque só falaram para a gente que ele tinha se matado perto 
do velório. Foi difícil porque ele não nos contava nada. Ele era 
bem fechado, era o jeito dele”, dizia a filha. 
 
 Em todas as regiões do país, que conta com cerca de 425 
mil policiais militares, são altas as taxas de suicídio e de 
transtornos mentais. Em São Paulo, por exemplo, estado com 
o maior efetivo policial do país (93.799 agentes),120 policiais 
militares cometeram suicídio entre 2012 e 2017. 
 
 São números explosivos, resultado de décadas de omissão, 
como explica Adilson Paes de Souza, hoje coronel reformado 
da Polícia Militar de São Paulo. A primeira vez que viveu de 
perto um suicídio na instituição, lembra, foi nos anos 1980. Um 
de seus colegas na PM apareceu de surpresa no serviço, 
visivelmente alcoolizado. Não explicou o motivo da visita, mas 
Paes de Souza conta que ele fez questão de se despedir de um 
por um, antes de ir embora, de volta para o bar. Uma hora mais 
tarde, ele e seus colegas de farda foram chamados pelo 
superior para atender a ocorrência de um suicídio. Aquele PM, 
que alguns conheciam desde os tempos de academia, havia se 
matado. 
 
 Pesquisador de segurança pública, Paes de Souza ,é 
doutorando da Universidade de São Paulo (USP), e seu tema 
principal é a inadequação da formação policial para lidar com 
a pressão da violência cotidiana. O treinamento exigente – 
quando não abusivo – desde a entrada na corporação 
prolonga-se em um cotidiano de rigidez hierárquica e 
intimidação, agravando o estresse, o medo e a angústia 
inerentes à profissão. Quase sempre vividos em silenciosa 
solidão. 
 
 
1) De acordo com o texto, pode-se afirmar que: 
 
a) A vida silenciosa quase sempre vivida pelos policiais é o fator 
principal para ocasionar os suicídios. 
 
b) A cidade de São Paulo possui o maior efetivo policial do país, 
totalizando 425 policiais militares, que dentre eles 120 mil 
agentes se suicidaram entre 2012 e 2017. 
 Prof. Anderson Pinheiro – Língua Portuguesa Língua Interativa 
_______________________________________________________
____ 
SIMULADO -PMERJ 
 
2 
 
c) O trecho “Treinados para não revelarem as suas próprias 
dores (...)” comprova o trecho do depoimento “Ele era bem 
fechado, era o jeito dele”. 
 
d) O tema principal do estudo de Paes de Souza baseia-se no 
estresse sofrido pelos militares antes do curso de formação. 
 
e) Pelo fato de ser um pesquisador, Paes de Souza, doutorando 
da USP, não vivenciou a realidade de casos de suicídio nas 
corporações militares. 
 
2) O tema central do texto baseia-se em: 
 
a) Estudos realizados na Universidade de São Paulo. 
b) Depoimentos de parentes e militares 
c) Denúncias de militares submetidos a estresse excessivo, 
agravado pelo medo e a angústia inerentes à profissão. 
d) Nos transtornos mentais benéficos aos militares 
desamparados pela corporação. 
e) Nos suicídios cometidos em São Paulo. 
 
3) No texto, utilizou-se de linguagem conotativa baseada na 
figura de linguagem metáfora. Marque a opção em que é 
possível identificar esta figura: 
 
a) Jorge usou a própria arma de trabalho para pôr fim à vida. 
 
b) São números explosivos, resultado de décadas de omissão, 
como explica Adilson Paes de Souza, hoje coronel reformado 
da Polícia Militar de São Paulo. 
 
c) Aquele PM, que alguns conheciam desde os tempos de 
academia, havia se matado. 
 
d) Em todas as regiões do país, que conta com cerca de 425 mil 
policiais militares, são altas as taxas de suicídio e de 
transtornos mentais. 
 
e) Quase sempre vividos em silenciosa solidão. 
 
4) Em “Jorge usou a própria arma de trabalho para pôr fim à 
vida”, a utilização da crase foi feita de maneira adequada. 
Assinale a opção em que isso não tenha ocorrido: 
 
a) As condições de trabalhos dos militares devem estar 
ajustadas à condições favoráveis. 
 
b) Às vezes, não se consegue saber previamente a ocorrência 
de um suicídio. 
 
c) As leis sempre estão relacionadas às vivências reais da 
sociedade. 
 
d) Os agentes foram submetidos àqueles tratamentos. 
 
e) As prestações deverão ser pagas à vista. 
 
5) No trecho “(...) policiais militares de todo o país enfrentam 
números explosivos de problemas (...)” o verbo sublinhado 
possui a mesma transitividade em: 
 
a) “Pesquisador de segurança pública, Paes de Souza ,é 
doutorando da Universidade de São Paulo” 
 
b) “o pai de Fernanda, um policial militar de Santa Catarina, 
cometeu suicídio no caminho para o trabalho.” 
 
c) “Paes de Souza conta que ele fez questão de se despedir de 
um por um (...)” 
 
d) “Jorge usou a própria arma de trabalho para pôr fim à vida.” 
 
e) “Ele era bem fechado, era o jeito dele”, dizia a filha.” 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
Texto II 
 
 
Especial Assédios na PM: 
“O capitão da PM queria me fazer sentar no colo dele” 
 
 “Tão logo chegou, ele já começou com gracinha pro meu 
lado. Me convidou pra sentar no colo dele, me chamava pra 
ficar dentro da sala dele, trancada, o tempo todo”, conta. 
 
 O capitão também a convidava para tomar cerveja com ele. 
“Umas das vezes em que me chamou para beber, eu disse que 
eu não bebia e que, se fosse beber, seria na companhia do meu 
noivo. Aí ele começou com assédio moral, me colocava cada 
dia numa escala diferente”, afirma. 
 
 O noivo a quem Penha se referiu havia sido motorista de 
Lima e, depois, subordinado direto do capitão em uma Força 
Tática. Nem isso a livrou do assédio. Posteriormente, seu noivo 
foi transferido para outra companhia. “Para te preservar”, 
disseram-lhe, ao transferi-lo. Foi assim que o policial soube 
que sua noiva vinha sofrendo assédio. Ela temia contar antes, 
porque “sabia que podia acontecer uma desgraça”, diz. 
 
 Quando Penha disse ao superior que registraria os assédios, 
ele se antecipou: foi até o comandante do batalhão e afirmou 
que a subordinada havia se dirigido a ele como “lixo”. Foi 
aberto então, em julho de 2015, um IPM (Inquérito Policial 
Militar) por injúria contra ela, já que insultar um superior 
hierárquico configura-se como crime militar. 
 “Foi uma armação. Ele se antecipou porque, como é 
reincidente, já tendo respondido a um processo exoneratório 
em razão de conduta incompatível com um subordinado, se eu 
fizesse um papel e ele voltasse a responder, certamente ele 
iria para rua. Então ele se antecipou e minha vida virou um 
inferno”, relata. 
 
 Lima já havia sido acusado de estuprar um subordinado 
quando era lotado no 50º BPM, conforme vários colegas 
contaram-lhe pouco depois. Até ser instaurado o IPM, ela nada 
sabia sobre o histórico do capitão. 
 
 “Ele convidou o subordinado para beber, pôs alguma coisa 
na bebida dele, levou-o para o alojamento do quartel e 
estuprou-o, na companhia de um cabo”, conta ela, que 
acredita que os convites feitos pelo capitão para que elatomasse cerveja com ele tinham o mesmo propósito. 
 
6) A coesão textual por meio de anáfora é recurso de 
retomada de termos mencionados anteriormente. Marque a 
opção em que no trecho não tenha ocorrido anáfora de um 
termo. 
 
a) Aí ele começou com assédio moral, me colocava cada dia 
numa escala diferente”, afirma. (segundo parágrafo) 
 
b) Para te preservar”, disseram-lhe, ao transferi-lo. (terceiro 
parágrafo) 
 
c) Lima já havia sido acusado de estuprar um subordinado 
quando era lotado no 50º BPM (sexto parágrafo) 
 
d) Nem isso a livrou do assédio. (terceiro parágrafo) 
 
e) (...) já que insultar um superior hierárquico configura-se 
como crime militar. (quarto parágrafo) 
 
7) Marque a opção em que ocorreu inadequação da norma-
culta. 
 
a) O capitão também a convidava para tomar cerveja com ele. 
 
4 
 
b) O noivo a quem Penha se referiu havia sido motorista de 
Lima e, depois, subordinado direto do capitão em uma Força 
Tática. 
 
c) “Tão logo chegou, ele já começou com gracinha pro meu 
lado. Me convidou pra sentar no colo dele, me chamava pra 
ficar dentro da sala dele, trancada, o tempo todo” 
 
d) Posteriormente, seu noivo foi transferido para outra 
companhia. 
 
e) (...) se eu fizesse um papel e ele voltasse a responder, 
certamente ele iria para rua. 
 
8) No trecho “Ele convidou o subordinado para beber, pôs 
alguma coisa na bebida dele, levou-o para o alojamento do 
quartel e estuprou-o, na companhia de um cabo” os pronomes 
destacados exercem a mesma função sintática que o 
destacado em: 
 
a) “Para te preservar”, disseram-lhe, ao transferi-lo.” 
 
b) “Quando Penha disse ao superior que registraria os 
assédios” 
 
c) “Até ser instaurado o IPM, ela nada sabia sobre o histórico 
do capitão.” 
 
d) Lima já havia sido acusado de estuprar um subordinado 
quando era lotado no 50º BPM. 
 
e) “Me convidou pra sentar no colo dele” 
 
9) Em “Lima já havia sido acusado de estuprar um subordinado 
quando era lotado no 50º BPM, conforme vários colegas 
contaram-lhe pouco depois.”, a afirmativa correta sobre o 
conectivo sublinhado é: 
 
a) Conjunção comparativa, podendo ser substituída por 
“como”. 
 
b) Conjunção consecutiva, podendo ser substituída por 
“segundo”. 
 
c) Conjunção que carrega ideia de adequação, conformidade, 
logo substituível por “como”. 
 
d) Preposição que antecede o sujeito “vários colegas” do 
verbo “contaram-lhe”. 
 
e) Conjunção proporcional, podendo ser substituída por “à 
medida que”. 
 
10) “Houve mais oportunidades de trabalho [remoto].” 9º§ 
 
A única variação correta para essa frase é: 
 
(A) Parecem haver mais oportunidades de trabalho 
remoto. 
(B) Existiu mais oportunidades de trabalho remoto. 
(C) Devem ter havido mais oportunidades de trabalho 
remoto. 
(D) Fazem anos que procuravam oportunidades de 
trabalho remoto. 
(E) Deve haver mais oportunidades de trabalho remoto.

Continue navegando