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CÓD: SL-121MA-23 7908433236658 SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO SEE-SP Professor de Ensino Fundamental e Médio - CIÊNCIAS a solução para o seu concurso! Editora EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES Nº 01/2023 INTRODUÇÃO a solução para o seu concurso! Editora Como passar em um concurso público? Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação. Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação. Então mãos à obra! • Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho; • Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área; • Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito, determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total; • Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo; • Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação. • Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame; • Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse. A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos. Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial. A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos! INTRODUÇÃO a solução para o seu concurso! Editora O concurso SEE-SP é uma oportunidade única para quem deseja ingressar no serviço público como servidor da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Por isso, é importante se preparar adequadamente para enfrentar essa prova desafiadora. A Editora Solução se orgulha de apresentar uma apostila exclusiva para Conhecimentos Específicos - Especialidade, a fim de auxiliar os estudantes a alcançar seus objetivos. Nosso material foi organizado de forma a introduzir o aluno no que é cobrado pelo edital e nas principais bibliografias indicadas para o concurso. Ressaltamos que a apostila é uma ferramenta introdutória e complementar aos estudos. Para obter um conhecimento completo, é fundamental que o estudante vá atrás de cada bibliografia e documento oficial indicado no edital. Nossa apostila visa auxiliar na compreensão dos principais pontos cobrados no edital, assim como fornecer uma base teórica sólida para a resolução de questões. Acreditamos que, com dedicação e empenho, nossos alunos terão sucesso nesse desafio. É importante lembrar que, além do conteúdo abordado na apostila, o edital do concurso SEE-SP também exige conhecimentos específicos em outras áreas. Por isso, é fundamental que o estudante busque informações complementares em outras fontes. Por fim, ressaltamos a importância do estudo sério e constante, bem como a dedicação ao aprendizado. Desejamos a todos um excelente preparo e sucesso no concurso SEE-SP. A Editora Solução está à disposição para auxiliar no que for preciso. ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora Conhecimentos 1. De diferentes estratégias de Ensino de Ciências a partir de sua descrição, formulando argumentos favoráveis ou desfavorá- veis à sua adoção ....................................................................................................................................................................... 7 2. Dos diferentes campos de conhecimento da área de Ciências da Natureza (Ciências, Física, Química e Biologia) em múltiplos contextos, incluindo-se os de outras áreas, favorecendo, assim, a interdisciplinaridade, a multidisciplinaridade e consequen- temente a transdisciplinaridade ................................................................................................................................................ 8 3. Das relações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente que demarcam o desenvolvimento científico, propiciando a este respeito a tomada de decisões e dirigindo todo este tratamento a demonstrar o caráter de corpo coerente que as ciên- cias apresentam ......................................................................................................................................................................... 8 4. Dos saberes relacionados a instrumentos de avaliação, para o processo de ensino e aprendizagem em Ciências .................. 9 5. De pesquisa e inovação, de modo a promover a pré-iniciação científica .................................................................................. 10 6. Da construção de conhecimentos com as características de uma investigação científica, orientando, norteando e motivando os estudantes para o trabalho individual e coletivo .................................................................................................................. 11 7. Da elaboração de sequências didáticas, a fim de proporcionar a compreensão dos conceitos fundamentais para o Ensino de Ciências ...................................................................................................................................................................................... 12 8. Da articulação do Ensino de Ciências com o processo de aprendizagem da leitura e da escrita da língua materna (Língua Por- tuguesa) ..................................................................................................................................................................................... 12 9. Do letramento científico, a fim de identificar questões, adquirir novos conhecimentos, explicar fenômenos científicose tirar conclusões baseadas em evidências sobre questões científicas ................................................................................................ 13 10. De saberes relacionados ao desenvolvimento criativo de conhecimentos e técnicas científicas apropriadas, baseadas em evi- dências, com relevância para a vida diária e profissional, a fim de promover soluções para desafios pessoais e/ou problemas científico .................................................................................................................................................................................... 15 Bibliografia Livros e Artigos - Gerais 1. ATKINS, Peter; JONES, Loretta. Princípios de química: questionando a vida moderna e o meio ambiente. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2018 .......................................................................................................................................................................... 29 2. CARVALHO, Anna Maria Pessoa de (org.). Ensino de ciências por investigação: condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, 2013 .................................................................................................................................. 29 3. GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências. São Paulo: Cortez, 2003 .................................................................. 29 4. DELIZOICOV, Demétrio; ANGOTTI, José André; PERNAMBUCO, Marta Maria. Ensino de ciências: fundamentos e métodos. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2018 ....................................................................................................................................................... 30 5. LANGHI, R. (Org.); RODRIGUES, F. M. (Org.). Interfaces da Educação em Astronomia: Currículo, Formação de Professores e Divulgação Científica - Ações dialógicas na Prática de Ensino de Astronomia. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2022. v. 2. 384p. .......................................................................................................................................................................................... 30 6. SANTOS, Wildson Luiz Pereira dos. Educação CTS e cidadania: confluências e diferenças. Amazônia: Revista de Educação em Ciências e Matemática, Belém, v. 9, n. 17, p. 49-62, jul. / dez. 2012 ......................................................................................... 31 7. SASSERON, Lúcia Helena. Sobre ensinar ciências, investigação e nosso papel na sociedade. Ciência & Educação (online), v. 25, 2019. p. 563-567 ........................................................................................................................................................................ 31 8. MACHADO, Vitor .Fabrício. Alfabetização científica na prática: inovando a forma de ensinar física. São Paulo: Livraria da Físi- ca, 2017 ...................................................................................................................................................................................... 32 9. TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, M. Cristina Motta de; FAIRCHILD, Thomas Rich; TAIOLI, Fabio (org.). Decifrando a Terra. 2. ed. São Paulo: Oficina de Textos, 2009 32 10. TIPLER, Paul A.; MOSCA, Gene. Física para cientistas e engenheiros. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009. v.1, 2 e 3 32 11. URRY,Lisa A.. et al. Biologia de Campbell. 12. ed. Porto Alegre: Artmed, 2022 33 ÍNDICE a solução para o seu concurso! Editora Publicações Institucionais 1. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo paulista. São Paulo: SEDUC, [2019]. p. 375-394 ................................ 41 2. SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo paulista: etapa ensino médio. São Paulo: SEDUC, 2020. p. 133-137, 145-166, 218-228, 249-250 ....................................................................................................................................................... 48 7 a solução para o seu concurso! Editora CONHECIMENTOS DE DIFERENTES ESTRATÉGIAS DE ENSINO DE CIÊNCIAS A PARTIR DE SUA DESCRIÇÃO, FORMULANDO ARGUMEN- TOS FAVORÁVEIS OU DESFAVORÁVEIS À SUA ADOÇÃO - Introdução Ao pensarmos em estratégias, devemos ter em mente algumas premissas essenciais ao professor contemporâneo e a sua prática pedagógica. Em primeiro aspecto, devemos lembrar da adoção de práticas ativas, que promovam o protagonismo do aluno, implantando des- de o primeiro contato a sala de aula invertida. As aulas expositivas devem ficar em segundo plano, sendo utilizadas de forma pontual, curtas e objetivas, normalmente para apresentação e fechamento das estratégias adotadas como forma de “amarrar” os principais pontos abordados sobre o tema estudado e auxiliar o estudante em sua organização. Um segundo aspecto importante está relacionado a definição do objetivo cognitivo e das habilidades que se pretende desenvol- ver com a estratégia adotada. Por fim, a promoção da autonomia, da organização e da res- ponsabilidade do estudante deve estar em foco durante todo o pro- cesso. Geralmente, os alunos que chegam ao ensino fundamental apresentam certa imaturidade e pouca autonomia. Diretamente relacionadas ao ensino de Ciências, apresentamos aqui algumas estratégias e seus pontos favoráveis e desfavoráveis. - Jogos Os jogos constituem uma prática de ensino ativa, cujo primeiro desafio é a regra estabelecida para a proposta. Os jogos possuem grande valor no desenvolvimento da integra- ção e convívio social dos estudantes, desenvolve espírito de coope- ração, contribui com a comunicação, com a atenção e na formação da consciência crítica. Os jogos pedagógicos devem ter objetivos definidos, não po- dendo ser apenas diversão. Em relação aos objetivos, devemos pensar no ganho cognitivo e nas habilidades que se pretende de- senvolver. Por ganho cognitivo, entende-se os conceitos que serão apren- didos e as habilidades que serão desenvolvidas. Além disso, a es- tratégia também estimula o convívio social. Alguns deles, podem propiciar o aprimoramento motor. Jogos de relação, que envolvam associação de nome, imagem, descrição e esquema e jogos de investigação que associem infor- mações, características e necessidades são excelentes para serem usados em sala e podem ser desenvolvidos pelos próprios alunos. Existe uma ampla variedade de jogos pedagógicos disponíveis em bancos de dados com múltiplos recursos para a confecção. Ele- trônicos, aplicativos, quiz, trilha, RPG e colaborativos são outros ti- pos que podem ser adotados, cabendo ao professor a escolha em relação ao conteúdo, aos objetivos e as habilidades pretendidas. As desvantagens não se relacionam a recursos financeiros. Com materiais simples e de baixo custo, diversos jogos podem ser confeccionados e aplicados. Devem ser divertidos, caso contrário, o aluno perderá o interesse, mas o foco na aprendizagem e os objeti- vos pedagógicos devem ser claros ao aluno. - Modelos Os modelos devem ser usados para representar algo muito pe- queno ou muito grande e aproximar os alunos de temas com carac- terísticas mais abstratas. Porém, os modelos apresentam limitações e podem causar distorções na compreensão do estudante. Por isso, foi criado um percurso de seis passos para a utilização de modelos chamado “Te- aching With Analogises” (TWA) que significa ensinando com ana- logias: Passo 1: Introdução do assunto alvo. Passo 2; Sugerir aos estudantes a situação análoga. Passo 3: Identificar características relevantes do análogo. Passo 4: Mapear as similaridades entre o alvo e o análogo. Passo 5: Identificar onde a analogia falha. Passo 6: esboçar conclusões sobre o alvo. - Dramatizações A dramatização é outra estratégia de ensino ativa que pode ser estabelecida através de: • Representações de situações que envolvam temas de inte- resse. • Representações de processos, onde os alunos são diferentes estruturas. • Aproximação com outras disciplinas, como redação, por exemplo, ondeos alunos desenvolvem o roteiro. - Trabalho de campo O trabalho de campo é uma estratégia eficaz, quando bem pla- nejada. Motiva, promove ganhos conceituais e afetivos. O planejamento do trabalho de campo deve envolver a ativida- de a ser desenvolvida pelos alunos, enfatizando o que deve ser ob- servado e os objetivos. A atividade deve ter um momento prepara- tório e um momento posterior, onde serão discutidos os resultados da dinâmica realizada e as respectivas conclusões. O professor deve ter especial atenção para que a aula expositiva não seja transferida de local. Deve promover e aproveitar a presença no ambiente. Outras questões sensíveis ao trabalho de campo relacionam-se à segurança dos alunos: transporte, proteção solar, uso de repelen- tes, primeiros socorros, alimentação entre outros. CONHECIMENTOS 88 a solução para o seu concurso! Editora - Demonstrações As demonstrações podem ser uma alternativa aos experimen- tos, especialmente na ausência de um laboratório de ciências e ser- vem para incrementar uma aula expositiva, através da apresenta- ção de um fenômeno, de um espécime ou uma técnica. Nesse caso, o professor é protagonista da ação. - Experimentos Os experimentos garantem a relação entre teoria e prática, de- senvolvem o protagonismo ao aluno, são motivadores. Porém, apresentam limitações relacionadas á necessidade de laboratório, equipamentos e tempo para montagem e desmonta- gem. É ideal para criação de hipótese, obtenção e interpretação dos resultados. - Feira de Ciências O trabalho com projetos é altamente recomendado, pois além de ser uma metodologia ativa, desenvolve o pensamento científico, estimula a tomada de decisões e o trabalho em grupo. Para realizá-la é necessário planejamento e organização. Os alunos necessitam de orientação para o desenvolvimento dos pro- jetos que devem obedecer etapas. A realização deve estar prevista no calendário escolar para que o espaço esteja reservado, a monta- gem esteja prevista e a divulgação para a comunidade escolar seja feita de forma adequada. DOS DIFERENTES CAMPOS DE CONHECIMENTO DA ÁREA DE CIÊNCIAS DA NATUREZA (CIÊNCIAS, FÍSICA, QUÍMICA E BIOLOGIA) EM MÚLTIPLOS CONTEXTOS, INCLUINDO-SE OS DE OUTRAS ÁREAS, FAVORECENDO, ASSIM, A INTER- DISCIPLINARIDADE, A MULTIDISCIPLINARIDADE E CON- SEQUENTEMENTE A TRANSDISCIPLINARIDADE A interdisciplinaridade compreende pontos em comum que possam ser trabalhados de forma simultânea, no âmbito das disci- plinas envolvidas. A multidisciplinaridade refere-se às várias disciplinas existentes que possuem pontos em comum, trabalhados de forma indepen- dente. Por fim, a transdisciplinaridade leva a fusão de disciplinas dife- rentes em uma única, trabalhando o mesmo assunto. A interdisciplinaridade na área das Ciências da Natureza busca desenvolver o diálogo entre as disciplinas de Biologia. Física e Quí- mica de modo a construir saberes mais significativos e integrados, promovendo o pensamento crítico – científico ao ampliar a visão sobre determinados fenômenos a partir de diferentes abordagens. - Biologia e Química Ao analisarmos os conteúdos de Biologia e Química, encon- tramos naqueles relacionados à Bioquímica a possibilidade de in- terdisciplinaridade que de acordo com a BNCC, permite superar a fragmentação dos conteúdos e dos currículos não só na escola, mas no entendimento do conhecimento como um todo. A Bioquímica estuda as estruturas químicas dos carboidratos, lipídios, proteínas, sais minerais e da água, e o papel destes com- postos na manutenção da vida. - Física e Química Física e Química, por exemplo abordam as reações químicas que compreendem o rompimento de ligações e a formação de no- vas ligações, originando novos compostos. Enquanto a química es- tuda as ligações, faz uso das propriedades físicas dos compostos que irão interferir nas novas ligações estabelecidas. - Física e Biologia A Física e a Biologia também permitem uma abordagem inter- disciplinar na abordagem do estudo do corpo humano através da biofísica. A biofísica estuda o funcionamento de alguns dos órgãos dos sentidos como os olhos e a visão através dos princípios físicos da óptica, a audição através da acústica ou os movimentos do cor- po através da biomecânica e a propagação dos impulsos nervosos através da bioeletricidade. - Ciências da Natureza e outras áreas As disciplinas da área das Ciências da Natureza também podem estabelecer relações com disciplinas pertencentes a outras áreas, como por exemplo o estudo das formações vegetais e dos biomas que pode unir a Geografia com a Biologia, em um típico exemplo de transdisciplinaridade. A construção de um conteúdo programático que contemple a interdisciplinaridade, o diálogo entre as disciplinas é imprescindível e deve ocorrer no início do ano, durante o planejamento individual de cada disciplina. Além disso, a construção de projetos transver- sais também propiciará o diálogo interdisciplinar. DAS RELAÇÕES ENTRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, SOCIEDA- DE E AMBIENTE QUE DEMARCAM O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO, PROPICIANDO A ESTE RESPEITO A TOMADA DE DECISÕES E DIRIGINDO TODO ESTE TRATAMENTO A DE- MONSTRAR O CARÁTER DE CORPO COERENTE QUE AS CIÊNCIAS APRESENTAM A relação entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente é complexa e interdependente. A ciência busca compreender o mundo natural por meio de investigação sistemática e rigorosa, enquanto a tecnologia utiliza esse conhecimento científico para desenvolver soluções práticas. A sociedade, por sua vez, influencia o desenvolvimento científico e tecnológico, ao mesmo tempo em que é afetada por suas consequências. Nesse contexto, o ambiente desempenha um papel fundamental como o contexto em que essas interações ocorrem. Este texto abordará as relações entre esses ele- mentos, destacando como o desenvolvimento científico se constitui em um corpo coerente. — A ciência como base do conhecimento A ciência é a base do conhecimento humano, fornecendo expli- cações racionais e fundamentadas sobre os fenômenos naturais. Ela utiliza um método científico para formular hipóteses, coletar dados, realizar experimentos e tirar conclusões baseadas em evidências. A CONHECIMENTOS 9 a solução para o seu concurso! Editora ciência procura entender o funcionamento do universo, desde os níveis microscópicos até os astronômicos, desvendando os segre- dos da matéria, energia, vida e do cosmos em si. — A relação entre ciência e tecnologia A tecnologia surge como uma extensão da ciência, aplicando seus conhecimentos para resolver problemas práticos e melhorar a qualidade de vida das pessoas. A partir das descobertas cientí- ficas, a tecnologia desenvolve produtos, processos e sistemas que têm impactos significativos na sociedade. Essa relação entre ciência e tecnologia é bidirecional, pois os avanços tecnológicos também impulsionam a pesquisa científica, criando novas oportunidades de investigação e expandindo os limites do conhecimento. — O papel da sociedade na direção do desenvolvimento cien- tífico A sociedade desempenha um papel crucial na direção do de- senvolvimento científico, pois são as demandas e os valores sociais que muitas vezes orientam as prioridades de pesquisa. Os proble- mas enfrentados pela sociedade, como questões de saúde, susten- tabilidade e bem-estar, direcionam os esforços dos cientistas para buscar soluções. Além disso, as decisões sobre o financiamento da pesquisa, políticas de ciência e regulamentações são tomadas em um contexto social, refletindo as necessidades e expectativas da sociedade. — A influência do ambiente no desenvolvimento científico O ambiente desempenha um papel fundamental nas relações entre ciência, tecnologia e sociedade. O ambiente natural fornece os recursos e as condições necessárias para a pesquisa científica, seja na coleta de amostras, na observação de fenômenos naturais ou na realização de experimentos em laboratórios. Além disso, o ambiente social e cultural molda o contexto emque a ciência é de- senvolvida, influenciando as abordagens metodológicas, as pers- pectivas teóricas e até mesmo as perguntas que são feitas pelos cientistas. — O caráter coerente das ciências Apesar da diversidade de disciplinas científicas, as diferentes áreas do conhecimento apresentam um caráter coerente. Isso signi- fica que, embora cada disciplina tenha suas próprias teorias, méto- dos e objetos de estudo, elas se baseiam em princípios fundamen- tais compartilhados. A ciência como um todo busca a objetividade, a verificabilidade e a replicabilidade, promovendo a construção de um corpo coerente de conhecimento que se apoia mutuamente. As relações entre Ciência, Tecnologia, Sociedade e Ambiente são complexas e intrincadas. O desenvolvimento científico ocorre em um contexto social e ambiental, onde as demandas da socieda- de, os avanços tecnológicos e as condições ambientais influenciam a pesquisa científica. A ciência e a tecnologia se complementam, utilizando-se mutuamente para aprimorar nosso entendimento do mundo e desenvolver soluções práticas. O ambiente desempenha um papel fundamental como o contexto em que essas relações se desdobram. Ao reconhecer essas relações e a coerência das ciências, po- demos promover um desenvolvimento científico mais sustentável, ético e responsável, capaz de enfrentar os desafios complexos que enfrentamos como sociedade. A compreensão dessas interações nos permite tomar decisões informadas e direcionar o desenvolvi- mento científico em direção a um futuro mais promissor. DOS SABERES RELACIONADOS A INSTRUMENTOS DE AVA- LIAÇÃO, PARA O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM EM CIÊNCIAS - Funções e etapas da avaliação A avaliação possui funções distintas social e pedagógica. A so- cial visa orientar os alunos. A pedagógica, sinaliza ajustes ao proces- so ensino-aprendizagem, a fim de proporcionar uma aprendizagem significativa a todos os alunos. O processo avaliativo acontece em três etapas: coleta de infor- mação, análise e tomada de decisões. A coleta de informação se dá através do instrumento avaliativo; a análise acontece no ato da correção e da verificação dos resulta- dos; a tomada de decisões representa as ações a fim de promover possíveis correções na rota do processo de ensino-aprendizagem para que os objetivos sejam atingidos. - Tipos de avaliação A avaliação acontece de forma contínua, podendo ser dividida em três momentos distintos através dos tipos de avaliação, Avaliação diagnóstica: consiste na verificação daquilo que o aluno já aprendeu, auxiliando o professor a definir o ponto de par- tida para continuar e verificar a necessidade de retomada de certos conceitos essenciais para o prosseguimento do conteúdo. Avaliação formativa: ocorre durante o processo através de tes- tes rápidos, autoavaliação e observação. Serve para que o professor verifique como se dá o processo de aprendizagem e verificar possí- veis dificuldades. Avaliação somativa: destina-se a verificar o processo de ensino- -aprendizagem para comunicação à comunidade escolar. - Instrumentos de avaliação Ao longo do desenvolvimento da unidade didática, o profes- sor deve dividir o processo em três momentos distintos, lembrando que o processo avaliativo deve refletir de forma efetiva o conteúdo trabalhado com os alunos. No início da unidade didática, o professor deve revisar o con- teúdo anterior e promover discussões e testes rápidos que com- preendam a apresentação do novo conteúdo em conexão com o anterior. Durante a o desenvolvimento da unidade didática a condução de estudos dirigidos, trabalhos em grupo, exercícios, provas disser- tativas e objetivas, bem como a observação comportamental. Ao final da unidade didática, promover provas de aproveita- mento. Prova dissertativa Formada por questões que devem ser respondidas pelos alu- nos com suas próprias palavras. Tais questões devem indicar cla- ramente qual a habilidade mental que deseja avaliar: comparar, relacionar, sintetizar, descrever, apresentar argumentos contra ou a favor etc. CONHECIMENTOS 1010 a solução para o seu concurso! Editora Prova objetiva Constituída por questões de múltipla escolha, nas quais o alu- no escolherá uma alternativa como resposta correta. Nesse tipo de prova é possível abordar mais conteúdo, contemplando um maior número de questões e a correão é mais rápida, porém favorece a possibilidade do chute e não permite avaliar outros aspectos do de- senvolvimento do estudante como escrita, argumentação e organi- zação das ideias. Pasta de atividades Os trabalhos, atividades e listas de exercícios desenvolvidos ao longo da unidade didática, caderno, esquemas, fotos, relatórios de experimentos e autoavaliação. Instrumentos auxiliares de observação Observação A identificação de fatores que interfiram no processo de apren- dizagem deve ser sistematizada, eliminando tanto quanto possível o caráter subjetivo da avaliação por observação, atentando para os seguintes aspectos: • Desenvolvimento intelectual: atenção ás aulas, se expressa com facilidade, criatividade, independência etc. • Relacionamento com os colegas e com o professor: coopera com colegas e professor, disciplina. • Desenvolvimento afetivo: interesse e disposição para o estu- do, responsável com relação às tarefas etc. DE PESQUISA E INOVAÇÃO, DE MODO A PROMOVER A PRÉ-INICIAÇÃO CIENTÍFICA A pesquisa e a inovação desempenham um papel fundamen- tal no avanço do conhecimento científico e no desenvolvimento de soluções para os desafios que enfrentamos em diferentes áreas. Nesse contexto, a pré-iniciação científica surge como uma oportu- nidade para jovens estudantes se envolverem em atividades de pes- quisa e experimentação, preparando-os para uma futura iniciação científica. — A importância da pré-iniciação científica A pré-iniciação científica oferece aos estudantes a oportunida- de de adquirir uma compreensão mais profunda da ciência e do método científico. Ao se envolverem em atividades de pesquisa, os estudantes têm a chance de explorar diferentes áreas do conheci- mento, desenvolver habilidades de pensamento crítico, análise de dados e comunicação científica. Além disso, a pré-iniciação científica permite aos estudantes descobrir suas paixões e interesses específicos dentro da ciência. Essa experiência prévia possibilita que eles tomem decisões mais embasadas sobre suas escolhas acadêmicas e profissionais futuras. — O papel das instituições de ensino na promoção da pré-ini- ciação científica As instituições de ensino têm um papel crucial na promoção da pré-iniciação científica. É responsabilidade dessas instituições criar um ambiente propício à pesquisa e à inovação, oferecendo re- cursos, orientação e oportunidades de envolvimento em projetos científicos. As escolas podem estabelecer parcerias com universidades, institutos de pesquisa e empresas para proporcionar aos estudan- tes acesso a laboratórios, equipamentos e mentores especializados. Essas parcerias também podem viabilizar a participação dos estu- dantes em feiras de ciências, congressos e competições científicas, estimulando o compartilhamento de resultados e a interação com outros jovens cientistas. — Estratégias para promover a pré-iniciação científica Diversas estratégias podem ser adotadas para promover a pré- -iniciação científica. Uma delas é a criação de clubes de ciências ou grupos de pesquisa, nos quais os estudantes têm a oportunidade de se reunir regularmente para discutir ideias, realizar experimentos e colaborar em projetos científicos. Outra estratégia é a incorporação de atividades práticas e in- vestigativas nas disciplinas escolares. Os estudantes podem ser incentivados a realizar experimentos, coletar dados, analisar resul- tados e apresentar suas conclusões. Essas atividades promovem o pensamento crítico, a curiosidade científica e a capacidade de re- solver problemas. Além disso, é importante oferecer programas de mentoria, nos quais estudantes mais experientesou professores orientadores au- xiliam os estudantes interessados em desenvolver projetos cientí- ficos. A orientação adequada ajuda os estudantes a estruturarem suas pesquisas, estabelecerem objetivos claros e seguirem um mé- todo científico rigoroso. — Benefícios da pré-iniciação científica A pré-iniciação científica traz uma série de benefícios para os estudantes. Além do desenvolvimento de habilidades científicas e técnicas, como coleta e análise de dados, os estudantes também adquirem competências transferíveis, como trabalho em equipe, comunicação oral e escrita, resolução de problemas e pensamento crítico. A pré-iniciação científica também estimula a criatividade e a inovação. Os estudantes são encorajados a pensar de forma inde- pendente, a formular hipóteses, a testar suas ideias e a buscar solu- ções originais para os problemas que investigam. Essa experiência enriquecedora incentiva o espírito empreendedor e prepara os es- tudantes para enfrentar desafios complexos no futuro. A pré-iniciação científica desempenha um papel crucial no despertar do interesse dos estudantes pela ciência e na prepara- ção para a iniciação científica. Por meio da participação ativa em projetos de pesquisa e inovação, os estudantes adquirem conheci- mentos, habilidades e competências essenciais para sua formação acadêmica e profissional. É fundamental que as instituições de ensino assumam o compromisso de promover a pré-iniciação científica, criando um ambiente propício à pesquisa, estabelecendo parcerias e imple- mentando estratégias que estimulem a curiosidade científica e o engajamento dos estudantes. Dessa forma, estaremos cultivando uma nova geração de cien- tistas e pesquisadores comprometidos com a busca pelo conheci- mento, a inovação e a solução dos desafios que enfrentamos em nossa sociedade. CONHECIMENTOS 11 a solução para o seu concurso! Editora DA CONSTRUÇÃO DE CONHECIMENTOS COM AS CARACTE- RÍSTICAS DE UMA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA, ORIENTAN- DO, NORTEANDO E MOTIVANDO OS ESTUDANTES PARA O TRABALHO INDIVIDUAL E COLETIVO A construção de conhecimentos com as características de uma investigação científica é uma abordagem pedagógica que busca orientar, nortear e motivar os estudantes para o trabalho indivi- dual e coletivo. Nesse contexto, os estudantes são incentivados a explorar e compreender o mundo ao seu redor de forma crítica, utilizando métodos e técnicas semelhantes aos empregados pelos cientistas. Essa abordagem promove uma aprendizagem ativa, na qual os estudantes se tornam protagonistas de seu próprio proces- so de aprendizagem, desenvolvendo habilidades essenciais para sua formação acadêmica e para sua vida como cidadãos críticos e participativos. — Características de uma investigação científica na constru- ção de conhecimentos A construção de conhecimentos com as características de uma investigação científica envolve uma série de elementos fundamen- tais. Em primeiro lugar, destaca-se a importância da observação cuidadosa e sistemática dos fenômenos. Os estudantes são enco- rajados a observar atentamente o mundo ao seu redor, identifican- do padrões, levantando questionamentos e formulando hipóteses para explicar os fenômenos observados. Em seguida, é essencial que os estudantes desenvolvam ha- bilidades de pesquisa. Isso implica na busca por informações rele- vantes e confiáveis, utilizando fontes diversas, como livros, artigos científicos, periódicos especializados e fontes digitais. Além disso, é importante que saibam analisar criticamente essas informações, avaliando sua confiabilidade e pertinência para sua investigação. Outro aspecto importante é a experimentação. Os estudantes têm a oportunidade de planejar e realizar experimentos, coletar e analisar dados, utilizando métodos e técnicas adequadas. Essa ex- periência prática permite que eles compreendam a importância da metodologia científica, bem como as limitações e desafios envolvi- dos na realização de experimentos. A comunicação é uma etapa fundamental no processo de cons- trução de conhecimentos científicos. Os estudantes são incentiva- dos a apresentar seus resultados de forma clara e objetiva, utilizan- do linguagem científica apropriada. Além disso, são estimulados a compartilhar seus achados com a comunidade acadêmica e a parti- cipar de eventos científicos, como congressos e seminários, promo- vendo a troca de conhecimentos e a construção coletiva do saber. — Orientando os estudantes para o trabalho individual A construção de conhecimentos com as características de uma investigação científica requer um trabalho individual por parte dos estudantes. Nesse contexto, é fundamental que eles sejam orienta- dos de forma adequada, para que possam desenvolver suas pesqui- sas de maneira eficiente e autônoma. Primeiramente, é importante fornecer aos estudantes um tema ou problema desafiador, que desperte seu interesse e curiosidade. Esse tema deve estar alinhado com os conteúdos curriculares, mas também permitir a exploração e a descoberta de novos conheci- mentos. A escolha de um tema relevante e significativo estimula a motivação dos estudantes e promove um maior engajamento na pesquisa. Além disso, os estudantes precisam ser orientados quanto à formulação de perguntas de pesquisa claras e específicas. As per- guntas orientam o processo de investigação e direcionam a coleta de dados e a análise dos resultados. É fundamental que os estudan- tes compreendam a importância de formular perguntas bem elabo- radas, que permitam a obtenção de informações relevantes para a resolução do problema em estudo. Outro aspecto relevante é a definição de um plano de trabalho. Os estudantes devem ser orientados na elaboração de um crono- grama que estabeleça etapas e prazos para a realização de cada fase da pesquisa. Isso contribui para a organização e a gestão do tempo, evitando a procrastinação e garantindo o cumprimento das metas estabelecidas. A orientação também envolve o ensino de técnicas de pesqui- sa, como a utilização de bancos de dados, a leitura crítica de artigos científicos, a realização de experimentos e a análise estatística dos dados. Os estudantes devem receber instruções e apoio para adqui- rir essas habilidades, seja por meio de aulas expositivas, workshops ou tutoriais. — Nortear os estudantes para o trabalho coletivo Além do trabalho individual, a construção de conhecimentos com as características de uma investigação científica também en- volve o trabalho coletivo. Os estudantes são incentivados a colabo- rar entre si, compartilhando informações, discutindo ideias e cons- truindo conhecimentos de forma conjunta. Um aspecto fundamental para nortear o trabalho coletivo é a criação de um ambiente propício à colaboração. Os estudantes de- vem sentir-se seguros para expressar suas opiniões, debater ideias e ouvir diferentes perspectivas. O professor desempenha um papel essencial ao promover a participação ativa de todos os estudantes, garantindo a igualdade de oportunidades e incentivando a constru- ção coletiva do conhecimento. A divisão de tarefas também é um elemento importante para nortear o trabalho coletivo. Os estudantes podem ser organizados em equipes, cada uma responsável por uma etapa específica da pesquisa. Dessa forma, eles têm a oportunidade de desenvolver habilidades de trabalho em equipe, como a delegação de tarefas, a negociação de ideias e a resolução de conflitos. A cooperação en- tre os membros da equipe permite que cada estudante contribua com seus pontos fortes e experiências, enriquecendo o processo de construção do conhecimento. Além disso, é fundamental promover a reflexão e a discussão sobre os resultados obtidos. Os estudantes devem ser incentivados a compartilhar seus achados, apresentar suas conclusões e justifi- car suas interpretações. A discussão em grupo permite a troca de diferentes perspectivas e estimula o pensamento crítico, contri- buindo para uma compreensão mais aprofundada dos fenômenos investigados.— Motivar os estudantes para o trabalho individual e coletivo A motivação é um fator determinante para o sucesso da cons- trução de conhecimentos com as características de uma investiga- ção científica. É fundamental que os estudantes se sintam motiva- dos a realizar suas pesquisas de forma autônoma e colaborativa. CONHECIMENTOS 1212 a solução para o seu concurso! Editora Uma estratégia eficaz para motivar os estudantes é estabele- cer conexões entre o conteúdo abordado e sua aplicação prática no mundo real. Os estudantes devem compreender a relevância e a importância do tema em estudo, percebendo como ele está relacio- nado a questões sociais, ambientais ou científicas de seu interesse. Ao perceberem o impacto de sua pesquisa na sociedade, os estu- dantes se sentem mais motivados e engajados em seu trabalho. A valorização do esforço e do progresso individual e coletivo também é fundamental para manter a motivação dos estudantes. O reconhecimento e o feedback construtivo são ferramentas im- portantes para incentivar os estudantes a continuarem empenha- dos em sua pesquisa. Elogiar o comprometimento, a criatividade e a colaboração dos estudantes fortalece sua confiança e autoestima, estimulando-os a persistir em suas investigações. Outra estratégia motivacional é a promoção da autonomia e da responsabilidade dos estudantes. É importante que eles se sintam protagonistas de seu próprio processo de aprendizagem, tomando decisões e assumindo a responsabilidade por suas escolhas. Per- mitir que os estudantes tenham voz ativa em relação ao tema de pesquisa, às estratégias de investigação e aos métodos utilizados fortalece sua motivação intrínseca e promove o desenvolvimento de habilidades de autogestão. A construção de conhecimentos com as características de uma investigação científica é uma abordagem pedagógica que orienta, norteia e motiva os estudantes para o trabalho individual e coletivo. Essa abordagem permite que os estudantes desenvolvam habilida- des de pesquisa, análise crítica, experimentação e comunicação, preparando-os para enfrentar os desafios da vida acadêmica e pro- fissional. Ao orientar os estudantes para o trabalho individual, é essen- cial proporcionar temas desafiadores, auxiliar na formulação de perguntas de pesquisa e ensinar técnicas de pesquisa. Já para nor- tear o trabalho coletivo, é importante criar um ambiente propício à colaboração, dividir tarefas e promover a reflexão e a discussão dos resultados. A motivação dos estudantes é um fator determinante para o sucesso da abordagem. Estabelecer conexões entre o conteúdo e sua aplicação prática, valorizar o esforço e o progresso, e promo- ver a autonomia e a responsabilidade são estratégias eficazes para manter a motivação dos estudantes. Dessa forma, ao construir conhecimentos com as característi- cas de uma investigação científica, os estudantes são preparados para serem cidadãos críticos, participativos e autônomos, capazes de contribuir de forma significativa para a sociedade e para o avan- ço do conhecimento científico. DA ELABORAÇÃO DE SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS, A FIM DE PROPORCIONAR A COMPREENSÃO DOS CONCEITOS FUN- DAMENTAIS PARA O ENSINO DE CIÊNCIAS - Definição Podemos dizer que uma sequência didática é um conjunto de atividades organizado de forma sistemática, baseado nos objetivos de uma determinada unidade didática. Devemos ter em mente os tipos de conteúdo que serão desen- volvidos naquela unidade didática dividindo-os em factuais, concei- tuais, procedimentais e atitudinais. O conteúdo factual relaciona-se a contextualização da situa- ção-problema proposta, tendo por princípio a condução investigati- va que será proposta à unidade didática. O conteúdo conceitual refere-se aos conceitos envolvidos na situação-problema apresentada. O conteúdo procedimental refere-se as técnicas investigativas que serão adotadas na sequência didática. Por fim, o conteúdo atitudinal refere-se a atitudes dos alunos frente ao proposto como por exemplo: trabalho em grupo, respeito às opiniões diferentes, exposição do ponto de vista, compromisso, responsabilidade, envolvimento etc. - Em uma sequência didática deve haver atividades: • Que identifiquem conhecimentos prévios; • Com conteúdo em sequência significativa e funcional; • Adequadas ao nível e desenvolvimento dos alunos; • Que representem um desafio alcançável; • Que estabeleça relações entre os conhecimentos prévios e os novos conteúdos; • Que estimulem o autoconceito e o autoconhecimento; • Que promovam habilidades relacionadas ao desenvolvimen- to da autonomia. Abaixo, apresentaremos uma sequência didática como exem- plo, apesar de não existir modelos. O professor deve ter liberdade para construir suas sequências a partir da realidade de seus alunos. I.Apresentação da situação problema Ocorrência de chuvas torrenciais no litoral norte de São Paulo que ocasionaram deslizamentos de terra, ocasionando o soterra- mento e morte de pessoas que residem nas encostas. II.Conceitualização Trabalhar conceitos relacionados à situação-problema como o ciclo da água, a erosão do solo e o aquecimento global. III.Procedimentos A partir da situação-problema propor que os alunos formulem hipóteses intuitivas sobre a situação-problema. Determinar por meio de pesquisa bibliográfica e na internet, as causas do problema. Elaboração de soluções para a situação-problema. Discussão e elaboração das conclusões Realização de exercícios sobre o que foi aprendido. Avaliação: correção dos exercícios, material produzido (elabo- ração das hipóteses; resultados da pesquisa e soluções apresenta- das) e a observação do professor ao longo do processo. DA ARTICULAÇÃO DO ENSINO DE CIÊNCIAS COM O PRO- CESSO DE APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA DA LÍNGUA MATERNA (LÍNGUA PORTUGUESA) - Introdução A Base Nacional Curricular Comum (BNCC) contempla quatro componentes relativos ao aprendizado da Língua Portuguesa: - Leitura/escuta - Escrita - Oralidade CONHECIMENTOS 13 a solução para o seu concurso! Editora - Análise linguística/semiótica Todas os quatro componentes podem e devem ser desenvolvi- dos no âmbito do ensino de Ciências. - Leitura e escuta O uso da leitura no ensino de Ciências é um recurso muito im- portante para exercitar a interpretação textual, aprender novos ter- mos da linguagem científica e para a compressão da dinâmica do pensamento científico. Para isso, a utilização além do livro didático, de artigos científicos, notícias de jornais e revistas com temas rela- cionados aos conteúdos que estão sendo trabalhados são impor- tantes para o desenvolvimento do estudante e podem ser utilizados para proposição de uma situação problema ou como instrumentos de pesquisa na busca por solucionar questões. A escuta também é um recurso muito útil para desenvolver habilidades de transcrição e de compreensão da mensagem vo- calizada. Hoje existem podcasts voltados exclusivamente para as Ciências, que abordam temas diversos, relacionados a problemas cotidianos que envolvem assuntos de interesse e curiosidades cien- tíficas. Podemos citar alguns como Ciências de A a Z, Missão Exopla- neta e Ciência sem fim. - Escrita A escrita é muito importante de ser exercitada em Ciências e isso pode ser feito através da redação de perguntas dissertativas, trabalhos e redações. Através das redações, o aluno pode aplicar os conhecimentos que adquiriu, exercitando além da dissertação, a organização do pensamento e é uma ótima forma de revisar o conteúdo. Outro recurso é a descrição de experimentos científicos ou do estudo de campo, desenvolvendo habilidades de observação. - Oralidade A oralidade pode ser trabalhada através de leitura em voz alta, apresentação de trabalhos e experimentos, e na exposição de ideias a partir dos debates estabelecidos em aula. - Análise linguística/semiótica Através do uso de vocabulário adequado, a análise linguística e a semiótica podem ser trabalhadas no desenvolvimento do voca- bulário científico,sempre apoiados por um glossário desenvolvido em conjunto pelo professor e pelos alunos, sempre incorporando novas palavras e expressões, além da observação na estruturação textual, mostrando ao aluno como organizar seu texto e torná-lo mais fluido e didático. DO LETRAMENTO CIENTÍFICO, A FIM DE IDENTIFICAR QUESTÕES, ADQUIRIR NOVOS CONHECIMENTOS, EXPLI- CAR FENÔMENOS CIENTÍFICOS E TIRAR CONCLUSÕES BA- SEADAS EM EVIDÊNCIAS SOBRE QUESTÕES CIENTÍFICAS O letramento científico é uma habilidade fundamental para os indivíduos na sociedade contemporânea. Ele se refere à capacida- de de compreender, interpretar e usar informações científicas de forma crítica e informada. O letramento científico permite que as pessoas identifiquem questões científicas relevantes, adquiram no- vos conhecimentos, expliquem fenômenos científicos e tirem con- clusões baseadas em evidências. — Importância do letramento científico O letramento científico desempenha um papel crucial em nos- sa vida cotidiana e na sociedade como um todo. Estamos constan- temente expostos a informações científicas em diferentes áreas, como saúde, meio ambiente, tecnologia, alimentos e energia. No entanto, nem sempre é fácil entender e avaliar essas informações, especialmente em um contexto de crescimento da desinformação e das fake news. O letramento científico capacita os indivíduos a lidarem com essas informações de maneira crítica e informada. Ele fornece as ferramentas necessárias para que as pessoas possam discernir en- tre informações confiáveis e enganosas, compreender conceitos científicos complexos e tomar decisões informadas sobre questões científicas que afetam suas vidas e a sociedade como um todo. Uma sociedade letrada cientificamente está melhor preparada para enfrentar desafios contemporâneos, como mudanças climáti- cas, pandemias, desenvolvimento tecnológico e sustentabilidade. O letramento científico permite que os cidadãos compreendam os riscos e benefícios associados a diferentes tecnologias e inovações, e possam participar ativamente de debates e tomadas de decisão fundamentadas. Além disso, o letramento científico contribui para o desenvol- vimento de habilidades cognitivas, como pensamento crítico, reso- lução de problemas, análise de dados e tomada de decisões base- adas em evidências. Essas habilidades são valiosas não apenas no contexto científico, mas também em outras áreas da vida, como no ambiente de trabalho e na vida pessoal. Ao promover o letramento científico, é essencial enfatizar a importância da curiosidade, do questionamento e da busca por res- postas embasadas em evidências. O letramento científico não se trata apenas de memorizar fatos e teorias, mas sim de desenvolver uma mentalidade científica, que envolve a investigação, a experi- mentação e a análise crítica. Além disso, o letramento científico está intrinsecamente ligado à cidadania. Os cidadãos informados e cientificamente alfabetiza- dos têm a capacidade de influenciar as políticas públicas, de exigir transparência e responsabilidade dos tomadores de decisão e de participar ativamente de debates sobre questões científicas que im- pactam a sociedade. Em resumo, o letramento científico é uma habilidade funda- mental para os indivíduos no mundo contemporâneo. Ele capacita as pessoas a compreenderem e avaliarem informações científicas, a tomarem decisões informadas e a participarem ativamente da so- ciedade científica. Promover o letramento científico é investir no desenvolvimento de uma sociedade mais informada, crítica e pre- parada para enfrentar os desafios do futuro. — Identificação de questões científicas Um dos componentes essenciais do letramento científico é a habilidade de identificar questões científicas relevantes e pertinen- tes. Isso envolve a capacidade de reconhecer problemas ou fenô- menos que podem ser investigados cientificamente e formulá-los de maneira clara e precisa. A identificação de questões científicas está diretamente liga- da à curiosidade científica e ao pensamento crítico. É preciso estar atento ao mundo ao nosso redor, observar os fenômenos que ocor- rem na natureza, na sociedade e no cotidiano, e questionar como e por que eles acontecem. Essa habilidade permite aos indivíduos levantarem hipóteses, fazerem perguntas e buscarem respostas embasadas na ciência. CONHECIMENTOS 1414 a solução para o seu concurso! Editora Para identificar questões científicas, é importante considerar alguns aspectos. Primeiramente, é necessário ter conhecimentos básicos nas áreas científicas relevantes. Isso inclui estar familiari- zado com os conceitos-chave, teorias e métodos científicos que se aplicam ao problema em questão. Quanto maior o conhecimento científico, mais capaz será o indivíduo de identificar questões e for- mular hipóteses fundamentadas. Além disso, é preciso ter um olhar crítico e analítico sobre os fenômenos observados. Isso implica em questionar o que é co- mumente aceito ou considerado como verdade e estar disposto a explorar novas perspectivas e abordagens. A identificação de questões científicas requer uma mente aberta e curiosa, capaz de enxergar além do óbvio e fazer conexões entre diferentes áreas do conhecimento. A capacidade de identificar questões científicas também está relacionada à habilidade de formular perguntas claras e precisas. É necessário articular de forma adequada o problema a ser inves- tigado, definindo os elementos-chave e estabelecendo os limites e objetivos da pesquisa. Uma pergunta bem formulada orienta o processo de investigação e direciona os esforços na busca por res- postas. Ao desenvolver a habilidade de identificar questões científicas, os indivíduos se tornam mais engajados e participativos na produ- ção do conhecimento científico. Eles passam a compreender que a ciência está em constante evolução e que suas contribuições são fundamentais para o avanço do campo. Além disso, ao identificar questões científicas, os indivíduos se tornam mais conscientes dos desafios e problemas enfrentados pela sociedade, podendo contri- buir para a busca de soluções embasadas em evidências científicas. Portanto, a identificação de questões científicas é um compo- nente crucial do letramento científico, pois permite aos indivíduos explorarem o mundo ao seu redor, levantarem questionamentos re- levantes e participarem ativamente da construção do conhecimen- to científico. Essa habilidade estimula a curiosidade, o pensamento crítico e a busca por respostas embasadas em evidências, contri- buindo para uma compreensão mais ampla e profunda da ciência e seus impactos na sociedade. — Aquisição de novos conhecimentos O letramento científico não se limita apenas à identificação de questões científicas, mas também envolve a aquisição de novos conhecimentos. É por meio desse processo que os indivíduos am- pliam sua compreensão sobre os fenômenos naturais, os princípios científicos e as teorias que fundamentam a ciência. A aquisição de novos conhecimentos científicos ocorre de di- versas maneiras. Uma delas é por meio do estudo sistemático e aprofundado de conteúdos científicos, seja em sala de aula, por meio de livros, artigos científicos, materiais didáticos ou recursos digitais. Esse processo envolve a leitura, a reflexão, a análise crítica e a síntese das informações obtidas. Além disso, a aquisição de novos conhecimentos também pode ocorrer por meio da experimentação e da realização de atividades práticas. A realização de experimentos, observações e coleta de da- dos proporciona aos indivíduos a oportunidade de vivenciar a ciên- cia de forma mais concreta, aplicando os conceitos aprendidos e verificando os resultados na prática. Outra forma importante de adquirir novos conhecimentos é por meio do diálogo e da interação com outros indivíduos. A troca de ideias, discussões em grupo, participação em fóruns científicos, conferências e eventos possibilitam o compartilhamento de expe- riências, o debate de diferentes perspectivase o acesso a informa- ções e descobertas recentes. É importante ressaltar que a aquisição de novos conhecimen- tos científicos não se restringe apenas à memorização de fatos e conceitos. O letramento científico envolve a compreensão dos pro- cessos e métodos científicos, a capacidade de analisar e interpre- tar dados, a habilidade de fazer conexões entre diferentes áreas do conhecimento e a aplicação dos conhecimentos científicos em situações reais. A aquisição de novos conhecimentos científicos é um proces- so contínuo e dinâmico. A ciência está em constante evolução, no- vas descobertas são feitas, teorias são revisadas e novas áreas de pesquisa surgem. Portanto, é fundamental que os indivíduos este- jam abertos a aprender e atualizar seus conhecimentos ao longo da vida, buscando sempre se manter informados sobre os avanços científicos mais recentes. Ao adquirir novos conhecimentos científicos, os indivíduos se tornam mais capacitados para compreender e explicar os fenôme- nos naturais, fazer conexões entre diferentes áreas do conhecimen- to, tomar decisões embasadas em evidências e contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico da sociedade. Dessa forma, a aquisição de novos conhecimentos científicos é um elemento fundamental do letramento científico, permitindo aos indivíduos expandir sua compreensão da ciência e seu impacto na sociedade, além de desenvolver habilidades essenciais para a vida cotidiana, como o pensamento crítico, a resolução de problemas e a tomada de decisões informadas. — Explicação de fenômenos científicos Uma das habilidades essenciais do letramento científico é a capacidade de explicar fenômenos científicos. Isso envolve a com- preensão dos princípios e conceitos científicos necessários para in- terpretar e descrever os eventos naturais e as relações de causa e efeito que ocorrem no mundo ao nosso redor. Ao explicar fenômenos científicos, os indivíduos são capazes de fornecer respostas fundamentadas e embasadas em evidências para perguntas como “Por que isso acontece?” ou “Como isso fun- ciona?”. Essa habilidade é crucial para entender os processos natu- rais e os princípios científicos subjacentes, permitindo uma compre- ensão mais profunda e precisa do mundo ao nosso redor. A explicação de fenômenos científicos requer o uso de um ra- ciocínio lógico e baseado em evidências. Os indivíduos devem ser capazes de analisar dados, identificar padrões, formular hipóteses e construir argumentos coerentes para explicar os eventos observa- dos. Além disso, é importante que as explicações sejam baseadas em teorias científicas estabelecidas e em resultados de pesquisas confiáveis. Uma das ferramentas mais utilizadas na explicação de fenôme- nos científicos é o método científico. Esse método envolve a formu- lação de perguntas, a realização de experimentos, a coleta de da- dos, a análise dos resultados e a formulação de conclusões. Através desse processo, os indivíduos podem investigar e compreender os fenômenos científicos de forma sistemática e objetiva. CONHECIMENTOS 15 a solução para o seu concurso! Editora Além do método científico, o uso de modelos e representações também desempenha um papel importante na explicação de fenô- menos científicos. Os modelos científicos são representações simplificadas da realidade que ajudam a compreender e explicar fenômenos complexos. Eles podem ser representações visuais, como diagramas ou gráficos, ou representações conceituais, como modelos matemá- ticos ou simulações computacionais. A explicação de fenômenos científicos também está intrinsecamente ligada à comunicação científica. Os indivíduos devem ser capazes de expressar suas ideias e conceitos científicos de forma clara e coerente, utilizando uma linguagem adequada e compreensível para o pú- blico-alvo. A comunicação eficaz é fundamental para transmitir as explicações de forma acessível e envolvente, facilitando a compreensão e o engajamento do público. Além de sua importância na compreensão do mundo natural, a habilidade de explicar fenômenos científicos tem aplicações práticas em diversas áreas da vida cotidiana. Por exemplo, ao explicar o funcionamento de um dispositivo tecnológico, compreender os efeitos das mudanças climáticas ou interpretar os resultados de um experimento médico, a capacidade de explicar fenômenos científicos se torna fundamental para tomar decisões informadas e fundamentadas em conhecimento científico. Em resumo, o letramento científico é uma habilidade essencial para identificar questões, adquirir novos conhecimentos, explicar fenô- menos científicos e tirar conclusões baseadas em evidências. Através desse processo, os indivíduos se tornam mais aptos a compreender o mundo natural, analisar informações científicas e tomar decisões informadas. DE SABERES RELACIONADOS AO DESENVOLVIMENTO CRIATIVO DE CONHECIMENTOS E TÉCNICAS CIENTÍFICAS APROPRIA- DAS, BASEADAS EM EVIDÊNCIAS, COM RELEVÂNCIA PARA A VIDA DIÁRIA E PROFISSIONAL, A FIM DE PROMOVER SOLUÇÕES PARA DESAFIOS PESSOAIS E/OU PROBLEMAS CIENTÍFICO No mundo em constante transformação em que vivemos, a capacidade de desenvolver conhecimentos e técnicas científicas criativas e baseadas em evidências tornou-se essencial. Essa habilidade nos permite enfrentar desafios pessoais e resolver problemas científicos de maneira eficaz, contribuindo para melhorias na vida diária e no âmbito profissional. Neste texto, exploraremos a importância do de- senvolvimento criativo de conhecimentos e técnicas científicas, sua relevância para a vida cotidiana e como ele pode promover soluções inovadoras. — Aquisição de Saberes Relacionados ao Desenvolvimento Criativo de Conhecimentos e Técnicas Científicas A aquisição de saberes relacionados ao desenvolvimento criativo de conhecimentos e técnicas científicas é o ponto de partida para promover soluções inovadoras para desafios pessoais e problemas científicos. É fundamental possuir uma base sólida de conhecimentos científicos, compreendendo os princípios fundamentais das diferentes áreas da ciência, como física, química, biologia, entre outras. Para desenvolver conhecimentos científicos criativos, é necessário explorar as interconexões entre essas áreas do conhecimento. A ciência é um campo multidisciplinar, e muitas vezes os problemas que enfrentamos exigem uma abordagem integrada. Por exemplo, a compreensão das interações entre a química e a biologia pode ser essencial para o desenvolvimento de medicamentos ou para a compre- ensão de processos biológicos complexos. Além disso, é importante buscar informações atualizadas e confiáveis para embasar as soluções propostas. A ciência está em cons- tante evolução, novas descobertas e avanços acontecem diariamente. Portanto, é necessário manter-se atualizado com as pesquisas e publicações científicas relevantes para a área em questão. Isso pode ser feito por meio da leitura de artigos científicos, participação em conferências e eventos científicos, além de buscar fontes confiáveis de informação, como revistas científicas renomadas e instituições de pesquisa reconhecidas. A aquisição de saberes relacionados ao desenvolvimento criativo de conhecimentos e técnicas científicas não se limita apenas à teoria, mas também envolve a prática. É fundamental realizar experimentos, observações e investigações para aplicar os conceitos aprendidos e desenvolver habilidades práticas. A experimentação permite testar hipóteses, analisar dados e tirar conclusões embasadas em evidências. Além disso, o trabalho em laboratório e a realização de projetos científicos podem proporcionar uma experiência prática enriquece- dora, onde os conhecimentos são aplicados de forma concreta e os desafios científicos são enfrentados diretamente. Essas experiências práticas contribuem para o desenvolvimento de habilidades como o pensamento crítico, a resolução de problemas e a criatividade, funda- mentais para o desenvolvimento de soluções inovadoras. Em resumo, a aquisição de saberes relacionados aodesenvolvimento criativo de conhecimentos e técnicas científicas envolve a com- preensão dos fundamentos científicos, a exploração das interconexões entre as diferentes áreas da ciência, a busca por informações atualizadas e confiáveis, a realização de experimentos e a prática em projetos científicos. Esses saberes são a base para a promoção de soluções inovadoras para desafios pessoais e problemas científicos, impulsionando o desenvolvimento científico e contribuindo para uma sociedade mais preparada e avançada. CONHECIMENTOS 1616 a solução para o seu concurso! Editora — Desenvolvimento de Técnicas Científicas Apropriadas e Ba- seadas em Evidências O desenvolvimento de técnicas científicas apropriadas e base- adas em evidências é um aspecto fundamental para a promoção de soluções para desafios pessoais e/ou problemas científicos. A ciência é uma disciplina que se baseia na investigação sistemática, na coleta de dados e na análise rigorosa para obter resultados con- fiáveis e precisos. Ao adquirir conhecimentos científicos e desenvolver habilida- des técnicas, os indivíduos são capazes de abordar problemas de forma sistemática e lógica, utilizando métodos científicos apropria- dos. Isso envolve a formulação de perguntas de pesquisa, a criação de hipóteses, o planejamento de experimentos ou estudos, a coleta de dados relevantes, a análise dos resultados e a elaboração de con- clusões embasadas em evidências. As técnicas científicas apropriadas são aquelas que seguem os princípios e os métodos científicos estabelecidos, garantindo a confiabilidade e a validade dos resultados obtidos. Isso inclui o uso adequado de instrumentos e equipamentos, a seleção de amostras representativas, a adoção de protocolos experimentais adequados e a aplicação de análises estatísticas apropriadas. Além disso, é essencial que as técnicas científicas sejam base- adas em evidências. Isso significa que os resultados obtidos devem ser apoiados por dados concretos e observações consistentes. A utilização de evidências sólidas é fundamental para garantir a vali- dade dos resultados e evitar conclusões precipitadas ou baseadas em suposições. Ao desenvolver técnicas científicas apropriadas e baseadas em evidências, os indivíduos adquirem a capacidade de resolver pro- blemas de forma eficaz e tomar decisões embasadas em dados con- cretos. Essas habilidades são valorizadas não apenas no contexto científico, mas também na vida diária e profissional. No âmbito pessoal, o desenvolvimento de técnicas científicas apropriadas permite que os indivíduos analisem e compreendam melhor o mundo ao seu redor. Eles podem investigar fenômenos naturais, compreender processos complexos e tomar decisões in- formadas com base em evidências. Isso contribui para uma maior autonomia, pensamento crítico e capacidade de resolver proble- mas. Já no contexto profissional, as técnicas científicas apropriadas são valiosas em uma ampla gama de áreas, como medicina, enge- nharia, meio ambiente, tecnologia, pesquisa, entre outras. Profis- sionais que dominam essas técnicas são capazes de realizar expe- rimentos, coletar e analisar dados, interpretar resultados e propor soluções inovadoras para problemas complexos. Isso resulta em avanços científicos, melhoria de processos, desenvolvimento de produtos e serviços de qualidade, e contribui para o crescimento e a inovação nas diferentes áreas de atuação. — Relevância para a Vida Diária e Profissional O letramento científico, com o desenvolvimento de conheci- mentos e técnicas científicas apropriadas, baseadas em evidências, possui uma relevância significativa tanto para a vida diária quanto para a vida profissional das pessoas. A aplicação dos princípios cien- tíficos no cotidiano e no ambiente de trabalho traz uma série de benefícios e possibilita a busca por soluções para desafios pessoais e problemas científicos. No contexto da vida diária, o letramento científico permite aos indivíduos analisar e compreender melhor os fenômenos e eventos que ocorrem ao seu redor. Com um olhar científico, eles são capa- zes de observar, questionar e investigar o mundo natural de forma mais crítica e informada. Isso os capacita a tomar decisões embasa- das em evidências e a adotar medidas mais conscientes em relação à saúde, ao meio ambiente, à alimentação, entre outros aspectos. Por exemplo, entender os princípios da nutrição científica pode au- xiliar na escolha de uma alimentação balanceada e saudável, en- quanto conhecimentos sobre sustentabilidade permitem a adoção de práticas mais responsáveis em relação ao meio ambiente. Além disso, o letramento científico contribui para o desenvol- vimento do pensamento crítico e da capacidade de resolver pro- blemas. Os indivíduos que possuem conhecimentos científicos são capazes de analisar informações, avaliar argumentos e tomar de- cisões embasadas em dados concretos. Isso os torna mais aptos a lidar com situações complexas, a enfrentar desafios e a encontrar soluções criativas para problemas do dia a dia. O letramento cientí- fico também promove a curiosidade e o desejo de buscar respostas embasadas em evidências, incentivando a aprendizagem ao longo da vida. No ambiente profissional, o letramento científico é uma ha- bilidade altamente valorizada em diversas áreas de atuação. Os conhecimentos e as técnicas científicas adequadas permitem que os profissionais analisem dados, interpretem resultados e tomem decisões embasadas em evidências. Isso é especialmente relevante em campos como pesquisa científica, medicina, engenharia, tecno- logia e muitos outros, onde a precisão, a confiabilidade e a validade dos dados são essenciais para o avanço e o sucesso profissional. Além disso, o letramento científico também promove a capacidade de inovação, permitindo que os profissionais desenvolvam soluções criativas e eficazes para os desafios do seu campo de atuação. Ao promover o letramento científico, é possível estabelecer uma conexão entre os conhecimentos científicos e a realidade vi- venciada pelas pessoas. Isso permite que elas compreendam a im- portância da ciência no mundo moderno e reconheçam como as descobertas científicas e as técnicas baseadas em evidências po- dem influenciar positivamente suas vidas diárias e profissionais. O letramento científico capacita as pessoas a serem cidadãos infor- mados e participativos, capazes de tomar decisões embasadas em fatos e de contribuir de forma significativa para a sociedade QUESTÕES 1. A adoção de práticas pedagógicas que estimulem o protago- nismo do estudante no processo de aprendizagem está relacionado com: (A) A PRIORIZAÇÃO DE AULAS EXPOSITIVAS. (B) A ADOÇÃO DE METODOLOGIAS PASSIVAS DE ENSINO. (C) O AUTODIDATISMO. (D) O ENSINO À DISTÃNCIA. (E) A ADOÇÃO DE METODOLOGIAS ATIVAS DE ENSINO. 2. Marque a estratégia cujo protagonismo do processo de aprendizagem é realizado pelo professor: (A) DEMONSTRAÇÕES; (B) DRAMATIZAÇÕES; (C) FEIRA DE CIÊNCIAS; (D) JOGOS. CONHECIMENTOS 17 a solução para o seu concurso! Editora 3. “A realização de experimentos apresenta limitações relacio- nadas à necessidade de laboratório, equipamentos e tempo para montagem e desmontagem.“ A afirmação acima é: ( ) CERTA ( ) ERRADA 4.A abordagem de um mesmo tema por duas óticas diferentes de forma simultânea é chamada de: (A) MULTIDISCIPLINARIDADE (B) INTERDISCIPLINARIDADE (C) TRANSDISCIPLINARIDADE (D) POLIDISCIPLINARIDADE 5. “A Bioquímica consiste no estudo de substâncias químicas presentes nos seres vivos. A Química estuda a estrutura química desta substâncias, enquanto a biologia estuda o papel destas na manutenção da vida.” A frase acima está: ( ) CERTA ( ) ERRADA 6.“Geografia e Biologia estudam os biomas e as formações ve- getais, sob praticamente os mesmos enfoques. A relação estabele- cida entre as duas disciplinas nesta temática pode ser caracterizada como transdisciplinaridade.” A afirmação acima está: ( ) CERTA ( ) ERRADA 7.(FCC SEDU ES 2016) O movimentopedagógico que aborda a relação entre o desenvolvimento científico com o desenvolvimento tecnológico e seus impactos na sociedade é conhecido como: (A) educação ambiental. (B) ciência, tecnologia, sociedade e ambiente. (C) alfabetização científica. (D) ensino por argumentação. (E) ensino baseado em projetos. 8.A vivência, a reflexão e o entendimento dos problemas que afligem a comunidade em que o aluno está inserido, permitem a tomada de consciência a respeito das questões que o cercam. A partir desse contexto, buscar soluções efetivas para melhorar a vida da comunidade e preservar o ambiente desenvolve a cidadania. Essa é a forma de introduzir o movimento CTSA na educação. O texto está: ( ) CERTA ( ) ERRADA 9.Promover o consumo consciente, a preocupação com o lixo produzido, bem como a introdução da coleta seletiva em sua co- munidade são práticas que vão de encontro ao movimento CTSA. A frase está: ( ) CERTA ( ) ERRADA 10.(OMNI 2021) Alguns desafios para o processo de avaliação Por Marina L. C. Pereira (adaptado). Os desafios no processo de avaliação ainda convergem para a centralidade da concepção classificatória, apesar dos discursos dos professores simularem, muitas vezes, tendências inovadoras. De uma maneira geral, verifica-se que há uma forte resistência da comunidade escolar em torno das oportunidades de promoção do aluno na escola, que estão expressas na sugestão de regimes não seriados, ciclos, programas de aceleração e outros estabelecidos pela Lei de Diretrizes e Bases A implementação dessas sugestões na Educação Básica evidencia, entre outros fatores, que a intervenção pedagógica do professor no processo de ensino e aprendizagem de seus alunos se configura num dos grandes entraves ao melhor atendimento dos processos individuais. Em outros termos, parece que há um forte predomínio do pressuposto da homogeneidade nas atividades didáticas. As tarefas iguais para todos os alunos e as explicações gerais para a turma representam a garantia da aprendi- zagem, em detrimento das atividades diversificadas. Outro grande desafio ao processo avaliativo dos alunos diz respeito aos tempos e espaços escolares. Pensar a execução das tarefas em função do tempo que se tem, bem como os espaços que melhor favoreçam a aprendizagem do conhecimento sistematizado, ainda represen- ta um desafio a ser superado. Percebe-se que, frequentemente, o discurso dos professores tende a se referir ao tempo como um elemento limitador de sua ação didática. O mesmo ocorre com o espaço, sendo a sala de aula o único meio de se trabalhar o conheci- mento. Deslocar as crianças para outro ambiente como a biblioteca, o pátio ou a horta da escola acaba por se tornar uma ação trabalho- sa, e, muitas vezes por falta de objetividade no planejamento, uma atividade que não atinge os resultados esperados. É fundamental organizar concretamente o aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola. Isso reduz, entre outros aspectos, a improvisação que muitas vezes é o resultado da falta de tempo. A gestão do tempo escolar favorece a autonomia do aluno, este tam- bém aprende a controlar o tempo de realização de suas atividades. (Repensando a avaliação escolar: desafios e perspectivas. Paideia. Fonte: https://bit.ly/35WVPOR) Leia o texto ‘Alguns desafios para o processo de avaliação’ e, em seguida, analise as afirmativas abaixo: I. O texto sugere que deslocar as crianças para outro ambiente como a biblioteca, o pátio ou a horta da escola acaba por se tornar uma ação trabalhosa, e, muitas vezes por falta de objetividade no planejamento, uma atividade que não atinge os resultados espera- dos. II. De acordo com as informações do texto, pode-se concluir que, aparentemente, há um forte predomínio do pressuposto da homogeneidade nas atividades didáticas. Ou seja, as tarefas iguais para todos os alunos e as explicações gerais para a turma repre- sentam a garantia da aprendizagem, em detrimento das atividades diversificadas, de acordo com o texto. Marque a alternativa CORRETA: (A) As duas afirmativas são verdadeiras (B) A afirmativa I é verdadeira, e a II é falsa (C) A afirmativa II é verdadeira, e a I é falsa. (D) As duas afirmativas são falsas. CONHECIMENTOS 1818 a solução para o seu concurso! Editora 11.(FUNCERN 2018) Analise as afirmativas abaixo relativas à docência no ensino das ciências, tendo em vista o processo ensino- -aprendizagem. I. O instrumento de avaliação é um processo contínuo e para- lelo ao processo de ensino-aprendizagem e exerce forte influência direta sobre o rendimento educativo dos envolvidos. Em uma ava- liação, o discente deve ser submetido ao raciocínio lógico, a pro- curar novos recursos no intuito de alcançar uma meta e adquirir o conhecimento. II. Entre as metodologias mais eficazes no processo ensino aprendizagem, destaca-se o uso de diferentes recursos didáticos, desde que sejam adequados ao espaço e ao tempo disponível em aula, e que permitam melhor trabalhar e superar as dificuldades associadas ao ensino e à aprendizagem. III. Os conteúdos atitudinais visam a desenvolver as competências do educando nas suas relações com sím- bolos, expressões, ideias, imagens, representações e ne- xos, com os quais ele aprende e ressignifica o real. Estão corretas as afirmativas: I e III. II e III. SOMENTE A III. I e II. 12.(PREF. FORTALEZA 2022) No ensino de ciências a avaliação dos estudantes pode ocorrer antes, durante e após o processo de aprendizagem. O processo avaliativo que ocorre depois da apresen- tação do conhecimento e que é utilizada para verificar se os objeti- vos educacionais foram alcançados chama-se avaliação: (A) analítica. (B) somativa. (C) formativa. (D) diagnóstica. 13.Promove o despertar do interesse de alunos, principalmen- te do ensino médio, pela pesquisa científica, complementando a formação pessoal, preparando para a vida profissional e para a con- tinuidade dos estudos em nível superior. O texto em destaque refere-se a: (A) bolsa de estudo no exterior. (B) aperfeiçoamento científico. (C) pré-iniciação científica (D) programa emprego escola. 14. O desenvolvimento do pensamento crítico científico, do protagonismo, da preocupação com a sustentabilidade e com o bem-estar coletivo são diretrizes da pré-iniciação científica que vão de encontro ao que é proposto: (A) na constituição federal; (B) na bncc; (C) no estatuto da criança e do adolescente; (D) em todas as alternativas anteriores. 15. São tipos de pesquisas que podem ser desenvolvidas den- tro da pré-iniciação científica: (A) pesquisa explicativa e pesquisa exploratória; (B) pesquisa exploratória; (C) pesquisa descritiva e pesquisa explicativa; (D) pesquisa explicativa, pesquisa exploratória e pesquisa des- critiva. 16. (FCC 2018) No recente documento da Base Nacional Co- mum Curricular é indicado que a Educação Infantil e o Ensino Fun- damental de Ciências precisam promover interações nas quais as crianças possam investigar e explorar seu entorno e ampliar seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural. Para tanto, devem ser explorados os elementos característicos de um processo de in- vestigação em ciências. Os elementos do processo investigativo da Ciência, que podem ser explorados pelo professor a partir de situa- ções-problema do cotidiano, bem como sua principal função, estão contidos em: (A) Fazer observações, manipular objetos, propor hipóteses, levantar dados, consultar fontes para buscar respostas às suas indagações. A principal função desses elementos é permitir a tomada de decisões fundamentadas. (B) Reconhecer numerais cardinais e ordinais, identificar for- mas geométricas de acordo com as cores solicitadas, formular hipóteses, pintar desenhos de animais da região. A principal função é ampliar os elementos de participação social. (C) Manipular objetos e classificá-los de acordo com regras es- tabelecidas, identificar os fenômenos atmosféricos, os animais e as plantas da região pelo nome científico. A principal