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02 Provas Objetivas Comentado POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA SIMULADO COMPLETO POLÍCIA E NADA MAIS | WWW.CAVEIRA.COM | @PROJETOCAVEIRA “Conhecer a si mesmo é o começo de toda a sabedoria.” Aristóteles 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 GABARITO 2º Simulado - PMPB 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D C B A A A B C D C 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 D C D A C A C B B D 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 A D C A B D B C A B 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 C B D D B A B C C A 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 B D C D A C B B D C 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 B A C D A C A D C D 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 C D C A B A D D C B 71 72 73 74 75 76 77 78 79 80 A D C C B D D B D D 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 1 LÍNGUA PORTUGUESA A Lição da Borboleta Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um homem sentou e observou a borboleta por várias horas, enquanto ela se esforçava para fazer com que seu corpo passasse através daquele pequeno buraco. Então, pareceu que ela havia parado de fazer qualquer progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que podia e não conseguia ir além. O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então saiu facilmente. Mas seu pequeno corpo estava murcho e tinha as asas amassadas. O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem e se esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu! Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua gentileza e vontade de ajudar, não compreendia, era que o casulo apertado e o esforço da borboleta para passar através da pequena abertura eram necessários para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo. Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, não seriamos tão fortes e nunca poderíamos voar... Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível. Adaptado de “A Lição da Borboleta” – Autor desconhecido. 1) Leia atentamente o texto “A Lição da Borboleta”. À primeira vista, textos enquadrados no gênero textual crônica são aparentemente simples, mas podem apresentar severas críticas sociais. Nesse caso específico, há a famosa “moral da história”. Assinale, dentre as alternativas abaixo, a que apresenta a moral da história do texto. a) Os homens são providos de gentileza e de vontade de ajudar. b) A natureza é sábia, assim sendo, a interferência do homem é desnecessária. c) Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, seriamos ainda mais fortes, pois poderíamos desenvolver habilidades que não desenvolvemos até agora. d) Não se pode desanimar frente aos obstáculos da vida, muitas vezes, eles são necessários para o seu desenvolvimento. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Tudo certo, Caveira? Firme no propósito? Ansioso para vestir a farda? Em breve! Considere, Caveira, que as questões de compreensão textual requererão de você uma leitura apurada e atenta. As questões de compreensão de texto buscam a informação dentro do texto de forma explícita, de forma exposta. Você precisa, apenas, comparar as informações que estão dentro do texto com as informações que estão dispostas nas alternativas, pois é exatamente nesse momento que a banca vai inserir informações contraditórias, extrapolar ou reduzir o conteúdo das informações. Esteja sempre atento, Futuro Policiak. A banca IBFC trabalha compreensão por meio de paráfrase, ou seja, reescreve a informação contida no texto utilizando, para isso, outras palavras, outro vocabulário. E, justamente nessa reescritura, a banca vai acrescer, restringir, contradizer ou tangenciar as informações. Note, Futuro Policial, que a banca pede a “moral da história”. O que seria e como encontrar a moral da história? A moral da história é a conclusão, a lição que o texto passa e, geralmente, você a encontra, além do decorrer do texto, a corroboração da ideia na conclusão do texto. Às alternativas: Letra A: INCORRETA. Malgrado (mais uma para o seu vocabulário, Caveira, cujo significado é ‘apesar de’, ‘não obstante’, entre outros) possamos encontrar no texto um fragmento que remete a um ato de gentileza e de vontade de ajudar (refiro-me ao momento em que o homem pegou a tesoura e cortou o casulo para "ajudar" a borboleta a sair), essa NÃO é a moral da história. A história narrada não converge para ensinar ao leitor que os homens são seres gentis e prestativos. O ato de ajudar, presente na narrativa, é um elemento acessório, usado para construir a história. E você pode observar, Caveira, na primeira oração do segundo parágrafo, verá que a locução verbal ‘decidiu ajudar” indica mudança de estado. Letra B: INCORRETA. A informação visa a desorientar o candidato, uma vez que há informações no texto que contribuem para a falsa interpretação. Ora, essa informação da alternativa B, apesar de estar parcialmente correta, não é a moral da história. Ora, como assim, parcialmente correta? Se a natureza é tão sábia, não deveriam existir erros, ainda que tal erro seja advindo da ação humana, pois a natureza, sábia que é, deveria prever a ação humana e ter uma solução para a sua interferência no meio natural. Ademais, quantas borboletas morrem nesse processo de transformação sem que haja interferência humana? Mas a questão não é essa. A questão é que essa informação exposta pela alternativa B não é a moral da história, a lição dada pelo texto. A lição que aprendemos, através de metáfora (comparação implícita) e da figura de linguagem conhecida como alegoria (expansão do significado do termo, a qual transmite significados além do literal), é que embora o texto descreva a história de uma borboleta tentando sair do casulo e também explique a importância que aquele casulo tem para a formação completa do corpo da borboleta, todas essas informações são acessórias: o casulo representa as dificuldades/obstáculos da vida; As asas murchas representam pessoas que não enfrentaram obstáculos e não desenvolveram todo seu potencial. Note, portanto, que a temática da natureza serve apenas como 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 2 linguagem figurada, como uma metáfora para a vida humana. Compreendido, Caveira? Letra C: INCORRETA. Encontramos, aqui, uma contradição, Caveira. Isso é o OPOSTO do que o texto diz. Essa alternativa diz o contrário do pretendido pelo texto. Já falamos sobre isso, lembra-se? Que a banca faria justamente isso: haveria a reescrita da informação com algum tipo de extrapolação, contradição, tangenciamento, restrição... O texto afirma, em seu último parágrafo, que “Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, não seriamos tão fortes e nunca poderíamos voar... Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível. Agora, observe a o que a alternativa informa: “Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, seriamos MAIS FRACOS e NÃO desenvolveríamos muitas das habilidades que temos até agora.” Observou a contradição? Assim como o casulo força a borboleta a se desenvolver, capacitando-a para voar, os obstáculos forçam as pessoas a se desenvolverem também, capacitando-as para atingirem seus objetivos. Leia com muita atenção, Caveira! Faça esse confronto de informaçõese você conseguirá a aprovação! Letra D: CORRETA. Eis a resposta, Caveira! O enunciado pediu a lição que o texto nos deu. Observe: [...] o casulo apertado e o esforço da borboleta para passar através da pequena abertura eram necessários para que o fluido do corpo da borboleta fosse para as asas, de modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que estivesse livre do casulo... Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos em nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, não seriamos tão fortes e nunca poderíamos voar... Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será realmente possível. Perceba que o autor faz a comparação entre o esforço da borboleta e o esforço em nossa vida. Para sair do casulo, o esforço do inseto resulta na formação das asas, que possibilitam o voo da borboleta. De forma metafórica, essa analogia também vale para as nossas vidas. Dessa forma, o autor fala que esse esforço é justamente o que precisamos, pois ele é o que nos torna fortes e nos permite "voar". Ademais, o autor exorta que nossas vidas sejam um eterno desafio, pois tais dificuldades nos fortalecerão, contribuindo para o desenvolvimento pessoal. 2) Sabe-se que as figuras de linguagem se afastam da linguagem denotativa, geralmente elas estão relacionadas à semântica, ao pensamento, à sintaxe ou ao som. Atente ao trecho (...) “não seriamos tão fortes e nunca poderíamos voar” (...), ao contrário da borboleta, o homem não pode voar. Assinale, dentre as alternativas abaixo, a figura de linguagem que foi utilizada. a) Metonímia. b) Eufemismo. c) Metáfora. d) Prosopopeia. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: INCORRETA. Você se recorda dessa figura de linguagem, Caveira? A metonímia é conhecida como a figura de linguagem da substituição, em que há a troca da "parte pelo todo, do efeito pela causa, do autor pela obra, do continente pelo conteúdo, etc.." Nela ocorre a substituição de uma palavra por outra. Mas não se trata meramente de sinonímia, pois a palavra usada na substituição geralmente aparece fora do contexto semântico normal dela. A relação entre o substituto e a substituída é uma relação externa ao texto, verificável na realidade, e que corresponde a uma relação de todo e parte. Veja: “Moro no campo e como (me sustento) do meu trabalho (do resultado desse trabalho).” Sabemos que não é possível efetivamente COMER o trabalho, afinal "trabalho" não é um alimento. Não é o trabalho em si, mas o fruto desse trabalho que alimenta a pessoa. Como se trata de alguém que vive no campo, infere-se que é um agricultor. O trabalho dessa pessoa é plantar, irrigar, cuidar das plantas, cuidar de animais, entre outras atividades agrícolas. O fruto desse trabalho (vegetais, frutas, carne, leite, ovos, etc) é o que sustenta essa pessoa. Há a relação de pertinência entre o que está escrito e o que se quer realmente dizer, na qual o autor troca a causa (plantar, colher etc.) pelo efeito (comer). Sendo assim, não observamos tal figura de linguagem no excerto dado pelo enunciado. Letra B: INCORRETA. O eufemismo é uma a figura de linguagem utilizada para suavizar, atenuar, o que se pretende falar. Observe: em vez de falar "feio", diga "com carência de beleza"; em vez de falar "burro", diga "com deficit de inteligência"; em vez de dizer que a pessoa morreu, “diga que partiu desta para melhor”. Ao longo da frase dada pelo enunciado, não é observado nenhum exemplo de eufemismo. Letra C: CORRETA. A metáfora pode causar certa confusão com a comparação, pois ambas consistem em uma comparação, mas aquela prescinde, dispensa o uso de partículas, de termos utilizados para se comparar (como, tal e qual, que nem, tanto quanto, entre outros), sendo, pois, uma comparação implícita; já a comparação exige as partículas comparativas, enfatizando a comparação de forma explícita. A metáfora é fruto da subjetividade do autor e seu sentido pode ser modulado conforme o contexto. Observe que no trecho dado (...) “não seriamos tão fortes e nunca poderíamos voar” (...), o autor está comparando a metamorfose da borboleta com as nossas vidas. Notou isso? Observe que a borboleta precisava superar o obstáculo do casulo para poder voar (literalmente), pois só assim suas asas poderiam ser corretamente formadas. Quando ela recebe ajuda e o casulo é removido por um terceiro, as asas não se formam corretamente e a borboleta fica para sempre presa ao solo. Fazendo a comparação metafórica, nós, humanos, também precisamos superar os obstáculos, pois são estes que formaram nossa capacidade de lidar com os problemas, ganhar força (mental, emocional, de caráter) e voar (não literalmente, mas sim conotativamente). Quando o texto usa o verbo voar, ele o faz de forma conotativa, criando uma relação implícita entre o voo da borboleta e a realização dos sonhos/metas/desejos/etc. em uma vida humana. 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 3 Letra D: INCORRETA. A prosopopeia, também conhecida como personificação, se caracteriza pela atribuição de características humanas a objetos, a seres imaginários ou a animais. Para ajudar a gravar, imagine que personificar é o efeito de transformar algo em uma "pessoa". Veja: o rio corre para o mar (correr é uma ação própria dos seres animados, a qual foi atribuída ao rio, que é um ser inanimado). 3) Segundo as regras de acentuação, todas as palavras proparoxítonas são acentuadas, entretanto, essa regra não se aplica às palavras paroxítonas. Atente ao trecho (...) “uma pequena abertura apareceu num casulo” (...). A palavra casulo é uma paroxítona não acentuada. Assinale, dentre as palavras abaixo, a paroxítona que foi acentuada INCORRETAMENTE. a) Amigável. b) Assembléia. c) Repórter. d) Abdômen. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: CORRETA. A regra gramatical acerca da acentuação gráfica das palavras paroxítonas é muito clara: acentuam-se todas as palavras paroxítonas, exceto aquelas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, EM. Logo, repórter é uma palavra paroxítona terminada em r, devendo, pois, ser acentuada graficamente. Letra B: INCORRETA. Não se deve acentuar os ditongos abertos EI, EU e OI quando esses estiverem na posição paroxítona, tal e qual acontece na palavra assembleia, ideia, jiboia, plateia, introito, flavonoide, entre outros. Após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (ABL - 2009), passou a prevalecer a regra de que se acentuam todas as paroxítonas, exceto aquelas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, ENS; consequentemente, como "assembleia" é uma paroxítona terminada em "a", bem como há um ditongo aberto na posição paroxítona, ela NÃO deve ser acentuada. Letra C: CORRETA. Repórter é uma palavra proparoxítona terminada em ‘r’, devendo, pois, ser acentuada graficamente. Letra D: CORRETA. A palavra “abdômen’ é uma palavra paroxítona terminada em n, devendo, pois, ser acentuada graficamente. Tenha muito cuidado, Caveira, pois "abdômen" termina em "-n", não com "-em" ou "-ens", por isso é um vocábulo que deve ser acentuado. Observe que a mesma situação acontece com as palavras hífen, pólen e glúten, por exemplo. Note que "hifens" e "abdomens" não têm acento, pois estas palavras terminam com "-ens" ! Sempre é bom lembrar que palavras terminadas em "-n" têm dois tipos de plural, ou com "-s" ou com "-es". Caso se opte pela segunda maneira, as palavras passam a ser acentuadas por se tornarem proparoxítonas. Observe: hífen = hifens (hi-fens) ou hífenes (hí-fe-nes) pólen = polens (po-lens) ou pólenes (pó-le-nes) abdômen = abdomens (ab-do-mens) ou abdômenes (ab- dô-me-nes) glúten = glutens (glu-tens) ou glútenes (glú-te-nes) 4) Pode-se afirmar que as palavras são categorizadas em classes (classes de palavras ouclasses gramaticais). Essa categorização depende da sua natureza e da sua função gramatical. Existem dez classes de palavras em português: substantivos, adjetivos, artigos, numerais, pronomes etc. Considerando-se o trecho: “ele pegou uma tesoura e cortou o (...) casulo”. Leia atentamente as asserções abaixo e assinale a única alternativa em que todas as classificações estão CORRETAS. I. A palavra “ele” é um pronome, mais especificamente, corresponde a terceira pessoa do singular. II. “pegou” é um verbo e está conjugado no pretérito imperfeito. III. Pode-se classificar “uma” como um artigo indefinido. IV. A palavra “tesoura” é um substantivo abstrato. V. Pode-se afirmar que “e” é uma conjunção. VI. “cortou’ também é um verbo e está conjugado no pretérito imperfeito. VII. Pode-se afirmar que “o” é um artigo definido masculino. VIII. A palavra “casulo” é um advérbio de modo. a) As asserções I, III, V e VII apenas. b) As asserções II, IV, VI e VIII apenas. c) As asserções I, II, III e IV apenas. d) As asserções V, VI, VII e VIII apenas. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Item I: CORRETO. Sabendo disso, já eliminaríamos as alternativas B e D. A palavra "ele" é um pronome pessoal do caso reto (somente substitui sujeito da oração; já os pronomes oblíquos substituem complementos). É um tipo de pronome que comumente exerce a função de sujeito e, justamente por isso, é muito usado para conjugar verbos. O pronome "ele", de fato, refere-se à 3ª pessoa do discurso (de quem se fala): 1ª pessoa: eu (singular) - nós (plural) 2ª pessoa: tu (singular) - vós (plural) 3ª pessoa: ele/ela (singular) - eles/elas (plural). Item II: INCORRETO. Veja bem, Caveira. Você pode até achar que esse item é um pouco ‘mais puxado’, mas se você consegue perceber que "pegou" tem o sentido uma ação totalmente concluída (portanto não é algo relativo 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 4 ao pretérito imperfeito, que denota ações inconclusas ou em andamento, contínuas ou habituais), teria ‘matado a questão. A resposta, assim, só pode ser a alternativa A, pois já tínhamos eliminado as alternativas B e D anteriormente. O verbo "pegou" está no Pretérito Perfeito do Indicativo, um tempo verbal primitivo, cujas desinências são: -i, -ste, -u, -mos, -stes, -ram (peguei – pegaste – pegou – pegamos – pegastes – pegaram). Essas desinências são válidas para os verbos regulares. Semanticamente, o Pretérito Perfeito do Indicativo não se adequa aos sentidos dados no comando da questão, por indicar que o fato do passado foi completamente concluído (justamente por isso recebe o nome de "perfeito"). O que ajuda a identificar o pretérito imperfeito do indicativo é a partícula "-va-", nos verbos da 1ª conjugação (-AR) ou a partícula "-ia-", nos verbos da 2ª e 3ª conjugações (-ER / -IR). Nos verbos irregulares (como o TER), observamos a desinência "-inha-". No caso do verbo PEGAR, o pretérito imperfeito corresponde às formas: eu pegava / tu pegavas / ele pegava / nós pegávamos / vós pegáveis / eles pegavam O pretérito imperfeito do indicativo designa um fato passado, mas não concluído (justamente por isso recebe o nome "imperfeito", fazendo inclusive a distinção entre o sentido desse tempo verbal com o pretérito perfeito, no qual a ação foi completamente concluída). Essa incompletude da ação é o que ajuda a transmitir uma ideia de continuidade e duração, podendo indicar, por exemplo, uma ação que se configurou como hábito. Item III: CORRETO. É isso, Caveira. A palavra "uma" é um artigo indefinido, o qual indetermina o substantivo, e por tem um valor genérico, indica que se trata de uma tesoura qualquer. Do ponto de vista discursivo, o artigo indefinido indica que a informação apresentada é nova, sinalizando para o leitor que o elemento acabou de ser apresentado no texto. Relembremos quais são os artigos indefinidos: um, uma, uns, umas. Item IV: INCORRETO. A palavra ‘tesoura’ não é substantivo abstrato, Caveira. O item está errado. Vamos revisar rapidamente: O substantivo concreto designa qualquer coisa (pessoa, entidade, etc) que seja possível de ser transformada em uma figura concreta na mente. Veja que não precisa ser uma coisa real. Por exemplo, "unicórnio", "fada", "dragão", são todos substantivos concretos. Embora denominem coisas que não existem, é possível imaginar concretamente a imagem de um unicórnio, de uma fada ou de um dragão. Também se pode definir o substantivo concreto como aquele que denomina algo com existência própria (ainda que seja uma existência fictícia). O dragão, por exemplo, existe por conta própria (ainda que seja no mundo da fantasia). Ele não depende de outro ser/ente para se manifestar. Já o substantivo abstrato designa qualquer coisa a partir da qual não conseguimos formar uma imagem concreta em nossa mente. O próprio entendimento da coisa requer algum grau de abstração ou mesmo subjetividade. Por exemplo, "ideia", "felicidade", "raiva", são todos substantivos abstratos. Qual seria a imagem concreta de uma "ideia"? Para alguns pode ser aquela lampadazinha acendendo, ou talvez a imagem de um filosofo grego gritando eureka ... etc... Note que não há uma imagem concreta, mas sim a descrição de uma cena, que pode variar bastante de pessoa para pessoa, conforme o referencial. Podemos falar o mesmo de "felicidade" ou "raiva", pois não há uma imagem concreta de tais sentimentos. Também podemos entender como substantivo abstrato aquilo que depende de outros seres/entes para existir, pois não tem existência independente. O substantivo "beijo", por exemplo, é considerado abstrato pois depende de uma pessoa para acontecer (o beijo não existe por si só), podemos estender o raciocínio ao substantivo "ideia", visto anteriormente. O mesmo pode ser dito de todos os sentimentos, estados de espírito, qualidades, concepções, propriedades. Dessa forma, quando falamos a palavra tesoura, você consegue, de imediato, associar a palavra à imagem, não é? Substantivo concreto, pois. Item V: CORRETO. O termo ‘e’ é uma conjunção coordenativa aditiva, pois tem o objetivo de unir orações, as quais são independentes sintaticamente. Essas orações coordenadas são unidas por tal coordenação quando o objetivo é somar, adicionar um pensamento semântico ao outro. Há bancas, no entanto, que costumam utilizar a conjunção aditiva ‘e’ como se fosse adversativa. Exemplo é a banca FGV, Cebraspe. Note: Trabalha e nunca tem dinheiro. Veja que aqui não há soma de pensamentos convergentes, mas há uma oposição, uma adversidade, pois o normal é trabalhar e ter dinheiro (pelo menos em algum momento rsrs). Agora, troque o ‘e’ por ‘mas’: Trabalha, mas nunca tem dinheiro. Notou que aquela conjunção ‘e’ tem o valor semântico de ‘mas’? Eis a língua portuguesa, Caro Concurseiro.... Item VI: INCORRETO. Você já viu aqui um item similar, Futuro Polícia. Assim como o verbo "pegou", o verbo "cortou" também está no pretérito PERFEITO, ou seja, indicando uma ação completamente concluída. Veja como a desinência "-ou" se repete em ambos os verbos. O verbo CORTAR, conjugado no pretérito imperfeito, tem aquele característico "-va". Observe: eu cortava / tu cortavas / ele cortava / nós cortávamos / vós cortáveis / eles cortavam. Item VII: CORRETO. Artigo é a classe de palavra, variável, que acompanha o substantivo para determiná- lo ou indeterminá-lo. Note que o ‘o’ está acompanhando o substantivo ‘casulo’, determinando-o. Esse artigo definido exprime um tom de familiaridade e precisão. Do ponto de vista discursivo, o artigo definido indica que um termo já foi citado anteriormente, ou seja, o leitor já tem familiaridade com o elemento. Sintaticamente, assim como o artigo indefinido, ele será um Adjunto Adnominal (ADN),um determinante do substantivo. Item VIII: INCORRETO. Não, Caveira. A palavra "casulo" é um substantivo concreto, usado para denominar o invólucro filamentoso, construído pela larva de algum tipo de inseto. Veja que não poderia ser um advérbio, pois é ligado a um artigo. Artigos não se ligam a advérbios. Os advérbios são invariáveis e só se ligam a verbos (majoritariamente) ou a adjetivos e outros advérbios. Quando se ligam a verbos, indicam alguma circunstância para a ação verbal (tempo, lugar, modo, etc). Quando se ligam a adjetivos ou outros advérbios atuam como intensificadores. 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 5 5) Analise atentamente a seguinte estrutura: (...) “Ela nunca foi capaz de voar” (...). Efetue a análise sintática da estrutura mencionada e assinale a alternativa CORRETA. a) O pronome “ela” é o sujeito da oração e está se referindo à borboleta. b) “foi” é o verbo da estrutura e está conjugado no pretérito mais-que-perfeito. c) “capaz de voar” é o predicado. d) “de voar” é o objeto direto. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: CORRETA. O pronome pessoal reto é o sujeito da oração. De fato, na maioria das vezes, os pronomes retos exercem função de sujeito, sendo muito usados para a conjugação de verbos. ‘Ela’ se refere à borboleta, o que inclusive fica denotado pelo uso da flexão no feminino. Esse é um exemplo de coesão anafórica, na qual um pronome retoma um termo apresentado anteriormente. Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. Letra B: INCORRETA. Veja, Futuro Policial, que o verbo "foi" está conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No pretérito mais-que-perfeito a conjugação é "fora". Semanticamente, o pretérito perfeito do indicativo não se adequa aos sentidos dados no comando da questão, por indicar que o fato do passado foi completamente concluído (justamente por isso recebe o nome de "perfeito"). O pretérito mais-que-perfeito é derivado do pretérito perfeito. Esse tempo verbal é identificável pela desinência "-RA-", a qual caracteriza essa conjugação: - ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (fora – foras – fora – fôramos – fôreis – foram). O pretérito mais-que-perfeito do indicativo não se adequa ao sentido da frase, pois não está sendo indicado que o fato do passado foi completamente concluído ANTES de outro fato no passado (justamente por isso recebe o nome de "mais- que-perfeito"). Letra C: INCORRETA. Preste atenção, Caveira! Muito cuidado com questões desse tipo, Concurseiro! O predicado é "nunca foi capaz de voar". Lembre-se que o PREDICADO corresponde a todos os termos da oração com exceção do sujeito e do vocativo. Ou seja, o predicado é tudo o que se declara sobre o sujeito e sempre terá um verbo em sua composição. Neste caso, temos o chamado predicado nominal, aquele que é formado por Verbo de Ligação (VL) + Predicativo do Sujeito (PS). Letra D: INCORRETA. Preste atenção, Caveira. Todo o trecho que complementa o sentido de um adjetivo é um complemento nominal. Funciona como se fosse um objeto indireto, só que em vez de complementar o sentido de um verbo, complementa, no caso, o sentido de um adjetivo. Quando você afirma: A borboleta não é capaz, qual a primeira pergunta que vem à memória? Não é capaz de quê? Note que a própria palavra capaz (que é um adjetivo) exige um complemento, exige ‘algo a mais’ de informação para que se complete o seu sentido, não é mesmo? E o termo que completa o sentido de um adjetivo é complemento nominal, pois está complementando o sentido de um nome. O objeto direto é o complemento de verbo transitivo direto (que é aquele verbo que exige um complemento o qual não vem precedido de preposição. Já decorou quais são as preposições, Futuro Militar? Não? Sugiro que o faça imediatamente!). Indo um pouco além, observe que o termo "voar" é um verbo no infinitivo, logo a classificação completa desse termo é: Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal Reduzida de Infinitivo. Apesar do nome pomposo, funciona igualzinho a um Complemento Nominal do período simples, essa nomenclatura apenas evidencia a presença de um verbo (por isso há uma oração). 6) No que tange à norma culta da língua portuguesa, existem quatro tipos de porquês (por que, porque, por quê e porquê). Analise cuidadosamente o trecho a seguir: (...) “O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem (...)”. Assinale a alternativa que justifica o uso do porque em destaque. a) Ele está exercendo a função de uma conjunção coordenativa. b) Ele está desempenhando a função de um pronome relativo. c) Justifica-se devido ao fato de preceder um pronome pessoal. d) Ele apresenta o valor de um substantivo. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Você tem enfatizado o estudo sobre ortografia, Futuro Combatente? Ou tem negligenciado tal assunto? Não é hora de negligenciar qualquer assunto. Hora de firmar a base. Leia, releia, pratique muitas questões e aperfeiçoe os detalhes. Letra A: CORRETA. Quando temos um "porque" (junto e sem acento) saiba que ele só pode ser uma conjunção (explicativa, causal ou final). As conjunções causais e finais estarão presentes em orações subordinativas; a conjunção explicativa estará 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 6 presente em oração coordenada. As orações coordenadas são aquelas que, quando isoladas, continuam existindo semanticamente, sem que uma oração necessite da outra para ter o seu sentido completo. Anote aí o bizu! A oração dada pelo enunciado foi a seguinte: “O homem continuou a observar a borboleta porque ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem (...)” 1º PASSO: isole a conjunção que une as orações (no nosso caso, é a conjunção porque); 2º PASSO: agora analise a primeira oração: “O homem continuou a observar a borboleta. Quando você fala a oração (pode falar em voz alta, sem medo), ela por si só tem sentido completo ou você precisa recorrer a outra oração para completar o seu sentido? Ela tem sentido completo, não é, Caveira? Então, chamamos de oração independente. 3º PASSO: Analise a outra oração e faça o mesmo processo do passo anterior. Veja: Ele esperava que, a qualquer momento, as asas dela se abrissem... Notou que ela também tem sentido completo, por si só, sem precisar recorrer à oração anterior para completar o seu sentido. Ela também é uma oração independente. E a junção de duas ou mais orações independentes formam um período composto por coordenação. Uma oração independente atribui a outra oração independente, por meio da conjunção ‘porque’, uma explicação. Correta, pois. Letra B: INCORRETA. Não existe "porque" junto e sem acento desempenhando função de pronome relativo! Podemos encontrar a Preposição (POR) + Pronome Relativo (QUE), correspondendo a "PELO(A) QUAL / PELOS(AS) QUAIS". Nesta situação, é possível substituir o pronome relativo "que" pelo pronome relativo "o/a qual(is)". Como há a preposição "por", essa se une com o artigo "o(a)" gerando a contração "pelo(as)". O resultado é "pelo(a) qual(is)". Letra C: INCORRETA. Ora, Caveira, poderíamos perfeitamente usar um outro "porquê" antes do pronome pessoal. Exemplo: Chorou porque ele foi embora. (porque = conjunção subordinativa causal) Eis a razão por que ele engordou (preposição + pronome relativo ⇒ pela qual) Por que ele é assim? (preposição + pronome interrogativo) O que justificou o uso da palavra "porque" ali é a independênciasintática entre as orações unidas e a relação de sentido que se pretendeu criar. Letra D: INCORRETA. Apenas a palavra "porquê" (junto e com acento) tem valor de substantivo. A palavra destacada pela questão não está denominando nada, mas sim ligando duas orações, servindo, pois, de conjunção. O "porquê”, junto e com acento, é um substantivo. É uma palavra sinônima de "motivo", "razão" ou "causa". Ele vem acompanhado de artigo ou de algum outro determinante que se ligue a substantivo (pronome, numeral, adjetivo). Inclusive, por ser esse tipo de "porquê" um substantivo, ele é uma palavra variável, flexionável em número. Observe: Gostaria de saber os porquês de ter sido excluído. 7) Em “Avisaram-me que não foi internada. A sutura está perfeita, nenhum sinal de abertura da ferida.” Em “A sutura está perfeita, nenhum sinal de abertura da ferida”, há dois períodos que se relacionam, semanticamente, uma vez que o segundo expressa, em relação ao primeiro, um sentido de: a) Conclusão. B) Causa. c) Consequência. d) Alternância. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: As relações semânticas de causa e consequência ainda causam muita confusão entre os concurseiros. Veja que a alternativa pede a relação semântica existente da segunda oração sobre a primeira. Note que não ter sido internada foi o resultado, a consequência da sutura bem-feita. Logo, a sutura perfeita, sem sinal de abertura da ferida é a causa para não existir a internação. A segunda oração exerce sobre a primeira uma relação de causa, motivação. Anote o bizu: O fato de -> fez com que. A oração que ficar no lado de ‘o fato de’, será a causa, a motivação; A oração que ficar no lado do ‘fez com que’, será a consequência, o resultado. O fato de a sutura estar perfeita fez com que não houvesse internação. Letra A: INCORRETA. A segunda não exerce sobre a primeira uma relação de conclusão, mas de causa, motivo. Letra B: CORRETA. Conforme explicação acima. Letra C: INCORRETA. Consequência é a relação existente entre a primeira oração sobre a segunda. Letra D: INCORRETA. Não, Caveira. Alternância é quando é dada uma alternativa, uma opção para que você escolha. Não vislumbramos essa situação nas orações em estudo. 8) Na frase “No entanto, o sobrinho tem pensado bastante nisso e deseja, ardentemente, encontrá-la à noite”, vislumbram-se dois pronomes. Sobre eles, é CORRETO afirmar que: a) Possuem a mesma classificação morfológica. b) O primeiro antecipa uma ideia inédita e o segundo a resgata. c) Ambos fazem referência a algo já dito no texto. d) Fazem referência à segunda pessoa do discurso. Gabarito: C 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 7 COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Quais os pronomes relatados na questão? Nisso e -la. Às alternativas: Letra A: INCORRETA. O primeiro pronome está na contração "nisso": em + isso. O pronome "isso" é um pronome demonstrativo. O segundo pronome é a palavra "-la", uma variação do pronome pessoal oblíquo átono "a", que ocorre quando este está em ênclise com verbos terminados em "-R, -S, -Z". Nestes casos, corta- se a última letra do verbo (encontrar - a ⇒ encontrá-la). Letra B: INCORRETA. O primeiro pronome é o "isso" (localizado em "nisso") e SEMPRE tem valor anafórico, ou seja, se refere a algo que já foi dito ou apresentado. Portanto está errado dizer que ele antecipa uma ideia inédita (sentido catafórico). O segundo pronome (-la) resgata a mesma ideia que o "isso" resgata. A contração com o pronome oblíquo átono visa a evitar repetições. Letra C: CORRETA. Exatamente, Caveira. Observe a transcrição da frase: “No entanto, o sobrinho tem pensado bastante nisso e deseja, ardentemente, encontrá-la à noite.” O sobrinho tem pensado bastante em quê? Nisso. O pronome foi usado para retomar algo que fora dito anteriormente. Quanto ao pronome oblíquo que acompanha o verbo encontrar, acontece da mesma forma. O sobrinho deseja encontrar alguém, do gênero feminino (la), a qual já teve o seu nome, ou referência, citado anteriormente, pois já era de conhecimento da pessoa que fala. Letra D: INCORRETA. Nada disso, Caveira! Os pronomes não fazem referência à segunda pessoa do discurso, mas à terceira pessoa do discurso. Tanto o pronome "nisso", quanto o pronome "la" fazem referência à terceira pessoa do discurso (de quem se fala). Pensava em quê? - Nisso = (ele) Encontrar o quê? - la= (ela). 9) Em “Na conversa sobre as finanças da família, o pai redundava nas explicações – seja porque há tempos não se ocupava disso, seja porque a mãe tinha dificuldades para entender”, a repetição do conectivo indicado contribui para a sequência lógica do trecho em questão, apresentando um sentido de: a) Explicação. b) Consequência. c) Adversidade. d) Alternância. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: INCORRETA. Veja só, Caveira. Quando consideramos o contexto das conjunções coordenadas explicativas, devemos lembrar que a ideia explicativa está ligada a um sentido de justificativa. Observe: Fique quieto, pois a aula já começou. Veja que o pois, ou qualquer outra conjunção, tem o poder de justificar, de fundamentar. Conforme o nosso exemplo, na primeira oração é dada uma ordem (ficar quieto); na segunda oração, há a justificativa, o fundamento para tal ordem. Essa segunda oração apresenta uma conjunção com sentido explicativo (pois). É bastante comum que as orações explicativas sejam precedidas por orações com verbos no modo imperativo. As principais conjunções explicativas são: que, porque, pois (no início da oração), porquanto, entre outras. Preste atenção nessa conjunção explicativa porquanto. Não esqueça que porquanto significa porque, pois; já conquanto é uma conjunção concessiva, tendo o mesmo sentido de embora, apesar de. Letra B: INCORRETA. Encontra-se a ideia de consequência nas orações coordenadas conclusivas ou nas orações subordinadas adverbiais consecutivas. Nas orações conclusivas, a consequência é um desfecho, a finalização de um raciocínio. Exemplo: Eu estou doente, logo não irei à aula. As principais conjunções conclusivas são: logo, portanto, por isso, assim, pois, por conseguinte, então, em vista disso. Nas orações adverbiais consecutivas, a consequência é um efeito, um resultado de um causa. A causa aparece na oração principal, oração que geralmente apresenta uma palavra intensificadora como: tal, tamanho, tanto, a tal ponto, tanto assim, tão. A oração consecutiva normalmente é introduzida pela conjunção "que". Outras conjunções consecutivas são: de sorte que, de modo que, de maneira que, de modo que, de forma que. Exemplo: Choveu muito na rua de modo que minha tia escorregou na calçada. Observe que o fato de ter chovido tanto fez com que a tia caísse na calçada. Cair na calçada foi a consequência de tanta chuva. Letra C: INCORRETA. Eu sei que você tem esse conhecimento, Futuro Policial, mas nunca é tarde para relembramos: a ideia de adversidade está ligada ao sentido de oposição, contraste, ressalva, quebra de expectativa, compensação, retificação ou restrição (lembre-se de que o adversário é aquele que joga contra você 😉). Nenhum desses sentidos corresponde ao "seja... seja" apresentado no trecho. Observe as principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. Exemplo: Eu gosto bastante de matemática, mas o conteúdo é bem difícil de aprender. Dessa forma, prefiro português a tal disciplina. Letra D: CORRETA. Por fim, Caveira, observemos que quando se considera o sentido das conjunções coordenadas alternativas, há vários sentidos que podem ser construídos: a alternância entre duas opções pode ter sentido de exclusão (onde uma opção exclui a possibilidadede a outra ocorrer), pode ter sentido de alteração entre dois estados (não necessariamente exclusivos ou excludentes), pode ter ideia de inclusão ou ainda de retificação. Todos esses sentidos, professora? Sim, exatamente! Portanto, não se apegue ao ensinamento de que conjunção alternativa é aquela que expressa apenas escolha, ok? No trecho dado, temos a ideia de alternância entre duas opções dadas para explicar o comportamento do pai. Ele redundava nas explicações porque há tempos não fazia isso. Ele também redundava porque a mãe tinha dificuldades de 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 8 escolher. Temos a alternância de dois estados que levaram o pai a redundar nas explicações. As principais conjunções alternativas são: ou... ou...; ora... ora...; quer... quer...; seja... seja...; já... já.... Leia o texto atentamente: O que é filosofia? Querida Sofia, Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte. Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura também são muito diferentes. Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances, outros ainda preferem livros sobre temas diversos como astronomia, a vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia. Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras pessoas achem o esporte uma chatice. Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existe alguma coisa que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim, querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais questões que trata este curso. Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, a resposta será: a comida. Se fazemos a mesma pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta será: o calor. E quando perguntamos a alguém que se sente sozinho e isolado, então certamente a resposta será: a companhia de outras pessoas. Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles acham que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos. Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse “casual” como colecionar selos por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde quando passamos a habitar este planeta. A questão de saber como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos Olímpicos. (GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.24-25) 10) Pode-se inferir que o objetivo principal do texto é: a) Convencer Sofia de que os interesses pessoais variam de acordo com as afinidades e aptidões de um sujeito. b) Revelar que necessidades mais abstratas representam indício de modernidade uma vez que, no passado, priorizavam-se elementos concretos. c) Mostrar que o conhecimento sobre quem somos e de onde viemos é uma necessidade coletiva que singulariza o homem. d) Indicar que é preciso respeitar as diferenças de gostos considerando a subjetividade dos indivíduos. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: INCORRETA. A questão está errada, Caveira, pois embora o texto fale sobre os interesses que motivam as pessoas para as mais diferentes atividades, esse não foi o objetivo principal do texto. Esse seria o tema que abriria uma discussão maior, pois parte do interesse individual para algo maior, que é o que interessa a todos. Observe a transcrição: “Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existe alguma coisa que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim, querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais questões que trata este curso.” Letra B: INCORRETA. Mais uma questão equivocada, Futuro Polícia. É justamente o contrário, pois o último parágrafo do texto nos informa que se interessar em saber por que vivemos não é algo atual, moderno, mas é um interesse antigo, que precede a modernidade. Veja: “Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é um interesse “casual” como colecionar selos por exemplo. Quem se interessa por tais questões toca um problema que vem sendo discutido pelo homem praticamente desde quando passamos a habitar este planeta. A questão de saber como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais importante do que saber quem ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos Olímpicos.” Letra C: CORRETA. É isso, Futuro Combatente. O texto foca exatamente nisto: "Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. Eles acham que o ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo mundo precisa comer. E precisa também de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos." Dessa forma, mesmo tendo gostos diferentes e interesses diversos, há uma necessidade coletiva que nos singulariza: a de saber quem somos e por que vivemos. Letra D: INCORRETA. Negativo, Futuro Policial, negativo. Embora o texto debata sobre saber respeitar as diferenças dos demais, esse não é o ponto principal do texto. O texto não encontra base nesse aspecto. O texto se baseia em questionar, em levantar uma discussão acerca de um tema que deve ser do interesse do coletivo, qual seja, quem somos e por que vivemos. 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 9 11) A partir da análise do texto, assinale a alternativa que apresenta uma afirmação INCORRETA. a) O emprego inicial de um interlocutor específico, Sofia, não impede que a reflexão proposta se estenda aos outros leitores. b) As perguntas empregadas ao longo do texto cumprem papel retórico ampliando a reflexão sobre as questões propostas. c) A pessoalidade linguística empregada em algumas passagens do texto aproxima o autor das situações descritas. d) O emprego, no início do texto, de exemplos de natureza mais universal ratifica a ideia de que os interesses são sempre individuais e distintos. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: CORRETA. A questão está exata, correta, Futuro Combatente. O texto é dirigido inicialmente a "Sofia", mas as reflexões propostas podem ser estendidas aos demais leitores, afinal o texto não está acessível apenas a essa interlocutora. Sofia é a destinatária direta do texto, mas o objetivo é estimular os questionamentos por parte de qualquer pessoa que o leia. Letra B: CORRETA. Exato, Caveira. Talvez você não saiba o que indica uma pergunta retórica. O objetivo de uma pergunta retórica não é obter respostas, mas incentivar uma reflexão ou introduzir uma argumentação sobre determinado tema. Se você observar bem, verá que as perguntas do texto são respondidas pelo próprio narrador. Vejamos um exemplo: "Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que existealguma coisa que concerne a todos, não importando quem são ou onde se encontram? Sim, querida Sofia, existem questões que deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais questões que trata este curso." As perguntas empregadas no texto têm a função de introduzir e ampliar a reflexão proposta. Letra C: CORRETA. Mais uma alternativa correta, Caveira. Em alguns trechos do texto, você nota o emprego da primeira pessoa, aproximando o autor das situações que estão sendo descritas, inserindo-se nos próprios exemplos ora apresentados. Note: "Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso querer que todos os outros tenham o mesmo interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a todas as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras pessoas achem o esporte uma chatice." Letra D: INCORRETA. Veja bem, Caveira. No texto, há indicação de que há questões que interessam a todos, de forma indistinta, ou seja, de maneira igual para todos. Dessa forma, não podemos afirmar que os interesses sejam sempre diferentes, distintos. Leia com atenção: "Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e por que vivemos." 12) Observe que a estratégia de coesão empregada pelo autor no trecho abaixo é marcada pelo uso de pronomes. “ Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase todo o seu tempo livre a uma determinada modalidade de esporte.” (1º §) Assinale a alternativa que indica a CORRETA classificação do tipo de pronome que cumpriu esse papel. a) Demonstrativos. b) Pessoais. c) Indefinidos. d) Relativos. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Veja bem, Caveira. O enunciado afirma que a estratégia de coesão empregada pelo autor no trecho acima é marcada pelo uso de pronomes. Devemos indicar a classificação dos pronomes que exercem essa função coesiva. No trecho dado pela questão, notamos o emprego de alguns pronomes, quais sejam: muitas, algumas, outras e seu. O pronome indefinido muitas não está fazendo referência a qualquer termo citado antes, mas tão-somente, expressando uma quantidade vaga, indefinida de pessoas, uma vez que esse pronome acompanha o substantivo pessoa. Os pronomes algumas e outras são pronomes indefinidos os quais servem para retomar o substantivo pessoas, fazendo uma espécie de divisão: algumas pessoas têm tal hobby e, outras pessoas têm outro tipo de hobby. Já o pronome seu é um pronome possessivo que tem valor adjetivo, ou seja, o de acompanhar um substantivo (tempo), não fazendo menção, pois, a qualquer palavra dita antes. Assim, são estes dois pronomes indefinidos, algumas e outras, que cumprem um papel coesivo, pois proporcionam a interligação entre os elementos do texto, evitando repetição. Letra A: INCORRETA. Os pronomes demonstrativos são aqueles que demonstram algo em relação ao tempo, ao espaço ou ao texto. São: este (e flexões), esse (e flexões) e aquele (e flexões). Letra B: INCORRETA. Os pronomes pessoais são aqueles que substituem as pessoas do discurso, sejam quando essas estão exercendo o papel de sujeito (pronomes pessoais do caso reto), sejam quando exercem o papel de complemento (pronomes pessoais do caso oblíquo) ou quando há uma forma específica de tratar a pessoa do discurso (pronomes de tratamento). Letra C: CORRETA. Como vimos, os pronomes que exercem papel de coesão na frase dada, algumas e outras, são pronomes indefinidos. Esses, por sua vez, 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 10 são aqueles que fazem referência a quantidade de maneira vaga e imprecisa. Letra D: INCORRETA. Os pronomes relativos são aqueles que fazem a retomada de um termo que já fora dito anteriormente, sendo que tal termo deve ser um nome. Eles exercem papel coesivo também, tal e qual os indefinidos, mas não encontramos qualquer pronome relativo no excerto dado pelo enunciado. 13) “Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise?” (6º §) Assinale a alternativa em que se faz um comentário sintático INCORRETO sobre o trecho em análise. a) Existe apenas uma oração subordinada introduzida pela conjunção integrante “que”. b) “alguma coisa” cumpre a função sintática de sujeito simples do verbo “resta”. c) O adjetivo “satisfeitas” exerce, no contexto, a função sintática de predicativo. d) O emprego da preposição “de” após o substantivo “coisa” obedece à regência desse nome. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: CORRETA. O excerto "que ainda resta alguma coisa" é uma oração subordinada substantiva subjetiva, pois exerce a função de sujeito da forma verbal "Será". Você se recordou de que as orações substantivas são introduzidas por conjunções integrantes (as mais usuais são que, se, como, e você pode facilmente substituir por “isso”)? Dessa forma, a única oração subordinada introduzida pela conjunção integrante "que", no segmento dado pelo enunciado, é a citada acima, estando, pois, correta a alternativa. Destacamos que existe mais uma oração subordinada nesse período: "de que todo mundo precise". Essa é uma oração subordinada adjetiva restritiva. As orações adjetivas são introduzidas por PRONOME RELATIVO (pode substituir por o qual, a qual e variações), e não por conjunção integrante. A alternativa não diz que existe somente uma oração subordinada, mas sim uma única oração subordinada introduzida pela conjunção integrante "que", o que está correto. Letra B: CORRETA. Você deve se lembrar, Futuro Policial, de que a ordem considerada natural de uma oração é: Sujeito – Verbo – Complementos – Adjuntos (Famoso: SUVECA). Quando a oração vem nessa ordem, o processo de identificação de seus termos se torna fácil. Mas teremos um pouco mais de complicação quando os termos vêm deslocados e fora de ordem. Colocando na ordem direta, e desconsiderando a oração adjetiva (para facilitar o entendimento), temos o seguinte: ... alguma coisa (de que todo mundo precise) ainda resta? Logo, a alternativa está correta. Letra C: CORRETA. Vamos fazer uma breve revisão sobre predicativo. O predicativo cumpre o papel de caracterizar por meio da adjetivação. Mas repare que os adjetivos são estudados enquanto classe de palavras, ou seja, na morfologia; já o predicativo é estudado sintaticamente, ou seja, na análise sintática. O predicativo pode ser do sujeito (quando caracteriza o sujeito da oração), quando virá em um predicado nominal, ligando-se tal característica ao sujeito por meio de um verbo de ligação (ser, estar, permanecer, ficar, continuar, tornar-se, andar...) ou pode ser do objeto (quando apresenta uma característica do objeto, seja esse direto ou indireto), o qual virá em um predicado verbal. O segmento "uma vez satisfeitas todas essas necessidades" tem o mesmo sentido, ou seja, equivale a “uma vez que todas essas necessidades estejam satisfeitas”, concorda? Assim fica mais fácil visualizar que o termo "satisfeitas" qualifica o sujeito "todas essas necessidades", exercendo, pois, a função de predicativo do sujeito. Letra D: INCORRETA. Nosso gabarito. Nós já vimos que o trecho "de que todo mundo precise" é uma oração subordinada adjetiva restritiva, pois está sendo iniciada com o pronome relativo que e não vem entre vírgulas, certo? Essa oração é introduzida pelo pronome relativo "que", retomando a expressão "alguma coisa". O sentido é o seguinte: 1. ainda resta alguma coisa 2. todo mundo precisa de alguma coisa A preposição "de" obedece à regência do verbo "precisar", que é transitivo indireto (precisar de alguma coisa), e não do nome "coisa". Dessa forma, a preposição de está sendoexigida não pelo nome coisa, como a questão enfatizou, mas por exigência do verbo precisar. 14) Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte. “Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa de que todo mundo precise?” (6º §) A pontuação cumpre papel essencial na delimitação das ideias apresentadas em um texto. Desse modo, pode-se afirmar que o conteúdo entre vírgulas expressa, em relação ao restante do fragmento, um sentido de: a) tempo. b) causa. c) modo. d) concessão. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: CORRETA. Você pode ter aprendido que a locução conjuntiva “já que” indica causa, Caveira. E não está de todo errado. Mas para se classificar corretamente, você precisa observar a semântica, ou seja, a significação das palavras no contexto. Se você observar bem, não há uma relação de causa / consequência introduzida por tal conjunção, mas 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 11 notamos uma significação de tempo (faça o teste: substitua a locução uma vez por qualquer palavra que denote tempo – quando – logo que – assim que... Continua fazendo parte do mesmo campo semântico, tendo a mesma significação). Letra B: INCORRETA. Vimos que a locução conjuntiva "uma vez que" pode ser empregada com sentido de causa, de motivo, o que ocorre com muita frequência. Todavia, se substituirmos tal expressão por outra conjunção ou locução conjuntiva causal, notaremos que a frase dada ficará incoerente. Vejamos: “Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades...” Mas, visto que / por isso como satisfeitas todas essas necessidades...” Notou que o significado é modificado? Você não pode substituir uma palavra por outra sem observar o impacto na significação das palavras, Caveira. Assim, a substituição acima geraria alteração de sentido, portanto o trecho não expressa sentido de causa. Letra C: INCORRETA. Vamos entender logo o que é modo. Quantas vezes você lê nos seus materiais de estudo a expressão advérbio de modo, conjunção e locução conjuntiva modal e em alguns momentos acaba confundindo com causa. Há diferença entre causa e modo? Sim, sim! Guarde essa informação com muito carinho, Caveira! A causa é o motivo, a razão pela qual você faz determinada coisa; já o modo é a maneira, a forma como você faz determinada coisa. Vamos treinar aqui. 1. Eu corri porque estava atrasado. 2. 2. Eu corri muito rápido. Qual frase denota causa? A 1, certo? Veja que estar atrasado é a causa, o motivo do sujeito ter corrido. Já na frase 2 observamos a maneira, a forma como a ação do verbo correr foi executada. Dessa forma, não observamos uma semântica de modo na oração que está entre vírgulas, mas de tempo. Letra D: INCORRETA. O que é concessão, Caveira? Você tem segurança para responder a essa pergunta? Você precisa se lembrar de que a concessão é um fato que ocorreu, de forma inesperada, mas que não teve o condão, não teve o poder de impedir que outro fato acontecesse. Ainda está complicado? Vamos analisar um exemplo: Embora Suzana estivesse triste, permaneceu na festa da escola. Vamos entender agora o que é concessão: Note que Suzana estava triste, mas o fato de estar triste não foi forte o suficiente para fazer com que ela fosse embora festa da festa. Ela permaneceu na festa. Entendeu? Aconteceu apenas uma concessão! Vamos observar este outro exemplo: Ainda que chova, irei à praia. Veja que o fato de chover, que se desponta como uma possibilidade, não é forte o suficiente para impedir o sujeito de ir à praia. O fato de chover é apenas uma concessão, um obstáculo, mas que não tem o poder de impedir a ação do verbo da outra oração acontecer. Não observamos uma concessão na oração entre vírgulas dada pelo enunciado. 15) O sentido simbólico é um recurso adotado pelo autor para realçar uma ideia. Desse modo, assinale a única alternativa em que se nota um exemplo de linguagem figurada. a) “Muitas pessoas têm hobbies diferentes.” (1º §). b) “Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam de romances,” (2º §). c) “Se fico grudado na televisão assistindo a todas as transmissões de esporte” (3º §). d) “É claro que todo mundo precisa comer.” (6º §). Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Vamos lá, Caveira! Ânimo! Daqui a pouco, quando você já estiver aprovado, sentirá falta desse processo de preparação, revisão, questões, simulados. Pode acreditar! Às alternativas! Uma palavra ou expressão pode ser utilizada em seu sentido denotativo (sentido real, motivo pelo qual tal palavra foi criada) ou sentido conotativo (sentido figurado, que é quando a palavra utilizada "normalmente" não significa aquilo, mas adquiriu aquele sentido em uma situação particular de uso). Vejamos: Exemplo: A professora era tão ruim que choviam críticas. (As críticas estavam mesmo caindo do céu como a chuva? Não! O verbo "chover" foi empregado com sentido figurado, significando que a professora recebia muitas críticas). Exemplo: Choveu tanto naquele dia que o clima ficou agradável. (Agora, sim, utilizamos a palavra chover em seu sentido real, ou seja, no sentido da água que cai do céu). Feita a diferença, vamos analisar as alternativas. Letra A: INCORRETA. Todas as palavras aqui foram utilizadas em seu sentido real, denotativo. Você pode estranhar o termo "hobbies", mas essa é uma palavra estrangeira que significa "passatempos, atividades exercidas por lazer ou diversão". Hobbies é uma palavra de origem inglesa (e por isso está destacada em itálico), mas não foi empregada com sentido figurado. Letra B: INCORRETA. Todas as palavras aqui foram utilizadas em seu sentido denotativo, ou seja, sentido real. A palavra "romances" foi empregada em seu sentido literário, indicando os livros em prosa que narram fatos ficcionais, às vezes inspirados em fatos verídicos. Letra C: CORRETA. Aqui, um vocábulo foi utilizado em sentido figurado, conotativo, pois: grudado. O vocábulo “grudado” significa ficar colado por meio de substância colante. Não foi essa a intenção do autor dizer que algo ou alguém ficou colado por meio de substância colante à televisão. O objetivo do autor, ao usar a expressão “grudado na televisão” foi o de dizer que a pessoa fica extremamente atenta e não faz outra atividade, exceto assistir à televisão. O autor não fica literalmente grudado, colado à televisão. A expressão "grudado na televisão" significa que ele fica muito tempo assistindo aos 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 12 programas que passam na televisão. Esse é o trecho em que há linguagem figurada. Letra D: INCORRETA. Nenhuma palavra foi utilizada no sentido figurado na frase dada. O texto menciona literalmente a necessidade de comer, de saciar a fome. Esse é o sentido comum do termo, e não figurado. 16) Observe o trecho abaixo descrito: No caso do curso pH, o diretor de ensino Rui Alves argumenta que não houve ameaça à menina e, segundo ele, a comunidade virtual que distribuiria uma “cola" associava o colégio a palavrões. “A mãe tem todo o direito de ir à Justiça, mas isso é um assunto pedagógico", diz Alves. Doutor em pedagogia, o professor Henrique Sobreira critica as escolas: “São atitudes de quem promete uma educação para a cidadania e faz algo bem diferente", diz ele. A lição é a pior possível. “Quando escolas se acham acima da lei, é compreensível que os alunos também passem a pensar da mesma forma", avalia o especialista. O termo “imbróglio" significa: a) confusão b) agressão c) decisão d) comportamento Gabarito: A COMENTÁRIODO PROFESSOR: A semântica trabalha o uso da palavra e sua significação dentro de determinado contexto. É um assunto que está baseado em 10 pilares: sinônimo – antônimo, denotação – conotação, homônimos – parônimos, hipônimo – hiperônimo, ambiguidade – polissemia. Letra A: CORRETA. A questão exigiu o seu conhecimento de semântica no aspecto de sinonímia, pedindo o termo que possui a mesma significação de imbróglio. De acordo com o Dicionário Michaelis, a palavra “imbróglio" tem o seguinte significado: situação de muita confusão; mal-entendido: “Era melhor para eles e para a greve não se envolverem no imbróglio” (EV). Já o site de sinônimos (www.sinonimos.com.br) apresenta os seguintes sinônimos para a palavra “imbróglio": abacaxi, alhada, atrapalhação, bagunça, complicação, confusão, desentendimento, dificuldade, embaraço, embrulhada, encrenca, enrascada, enrascadela, mal-entendido, mixórdia, pepino, problema, rolo, trapalhada. Dessa forma, apenas a letra A dá um sinônimo correto para o termo imbróglio. Letra B: INCORRETA. Imbróglio não significa agressão, mas confusão. Letra C: INCORRETA. Imbróglio não significa decisão, mas confusão, encrenca. Letra D: INCORRETA. Comportamento? Não, não, Caveira. Significa confusão, desentendimento, problema. 17) Na passagem “Alguns alunos viajaram ontem; Outros, hoje.”, o emprego da vírgula é justificado em função: a) Da presença de uma enumeração. b) De isolar um aposto explicativo. c) Da elipse de um termo. d) De acompanhar um vocativo. Gabarito: C COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Letra A: INCORRETA. Não há elementos com a mesma função sintática que estejam dispostos em enumeração que justifiquem o uso da vírgula, Caveira. Veja um exemplo de enumeração: Fui ao mercado e comprei arroz, feijão, macarrão, frutas e legumes. Letra B: INCORRETA. Não há a presença de termo isolado por vírgulas com a função de aposto na frase dada pelo enunciado, Caveira. Até porque o aposto deve estar entre vírgulas, travessões ou precedido de dois- pontos. Na oração, só encontramos uma vírgula, logo não poderia ser um aposto. E se você ainda estiver em dúvida sobre como pode vir um aposto em sua prova, dar-lhe-ei alguns exemplos: Pelé, rei do futebol, faleceu recentemente (rei do futebol é um aposto, pois explica, informa sobre o termo anterior); Eu vi o aluno chegando – o qual é muito chato – e não o cumprimentei (a expressão isolada por travessões é o aposto, pois informa algo sobre o aluno); Eu aprecio todo tipo de leitura: ficção, romance, terror e ciências (note que os dois pontos introduziram a explicação sobre o tipo de leitura). Letra C: CORRETA. Caveira, já ouviu falar em vírgula vicária? Não? Só no Simulado Caveira você tem acesso ao melhor conteúdo 😊! No excerto dado pela questão, notamos a presença de uma vírgula, sendo que tal vírgula foi inserida ali para indicar a omissão de um termo, no caso, um verbo. A vírgula vicária é isto: tem o condão de substituir um termo da oração. Vejamos um exemplo: Você presenteia o seu namorado e eu, meu professor. Essa vírgula que foi inserida na frase tem o poder de evitar a repetição do termo, no caso, presenteio. Agora, compare essa informação com o enunciado. Notou que a vírgula inserida tem o poder de omitir o verbo, a fim de evitar a repetição? Sem a vírgula ficaria assim: Alguns alunos viajaram ontem; outros viajaram hoje. Entendeu? Letra D: INCORRETA. Não temos a presença de vocativo na frase, Caveira. Assim, não há que se falar em vírgula isolar vocativo. O que seria vocativo? Vocativo é aquele termo que não apresenta qualquer função na análise sintática e serve apenas para chamamento. Todo vocativo deve ser isolado do restante da oração por meio de vírgulas. Note o exemplo: Filha, volte para casa urgentemente! O seu pai caiu da escada! Qual termo você usou para fazer um chamamento? Filha, não é mesmo? Pois é! Esse é o vocativo. Observou que ele está isolado do restante da oração por meio de vírgula? Não notamos esse chamamento na oração dada. 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 13 18) Ainda segundo a norma culta da Língua Portuguesa, a concordância verbal deve levar em conta o número (singular ou plural) e a pessoa (1ª, 2ª e 3ª) ao mesmo tempo. Assinale a alternativa que apresenta afirmações corretas sobre a concordância verbal. a) A regra básica da concordância verbal consiste em concordar o verbo com o objeto, seja ele direto ou indireto. b) A regra básica da concordância verbal consiste em concordar o verbo com o sujeito. c) As pessoas do singular são: nós (1ª), vós (2ª), eles / elas (3ª). d) As pessoas do plural são: eu (1ª), tu (2ª), ele / ela (3ª). Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Imagine a seguinte cena: o sujeito senta-se à mesa e chama o verbo para conversarem. O sujeito, com jeitinho, pede ao verbo que concorde consigo; O verbo, da mesma forma. Assim, eles entram nesse acordo e assim nasce a concordância verbal. Letra A: INCORRETA. A concordância verbal nasce do mútuo acordo existente entre verbo e sujeito, e não entre verbo e seus complementos, porque o verbo pode estar no plural e o objeto no singular. E não haverá qualquer tipo de problema. Observe: Os alunos pediram a merenda. Viu que o verbo está no plural (terceira pessoa do plural) e o complemento verbal, ou seja, o objeto direto está no singular (a merenda)? Qual incongruência existente na frase? Nenhuma. Letra B: CORRETA. É isso, Caveira. Note que a concordância verbal nasce do acordo existente entre o sujeito da oração e o seu verbo: se o sujeito estiver no singular, o verbo ficará no singular; se o sujeito estiver no plural, o verbo ficará no plural. Letra C: INCORRETA. As pessoas do singular são EU (1ª pessoa do singular), TU (2ª pessoa do singular) e ELE/ELA (3ª pessoa do singular). São as pessoas do discurso, ou pronomes pessoais do caso reto, as quais servem para substituir o sujeito nas orações. Letra D: INCORRETA. As pessoas do plural são: NÓS (1ª pessoa do plural), VÓS (2ª pessoa do plural) e ELES/ELAS (3ª pessoa do plural). São as pessoas do discurso, ou pronomes pessoais do caso reto, as quais servem para substituir o sujeito nas orações. Com esses pronomes conseguimos conjugar os verbos, reparou? 19) Quanto à utilização do acento grave, assinale a alternativa CORRETA. a) A crase é a contração de duas vogais iguais e é representada pelo acento grave. A mais comum é a da preposição “a” com o artigo indefinido feminino “a”. b) Diante de nomes próprios femininos e depois da preposição “até”, o uso do acento grave é facultativo. c) O acento grave, indicador da crase, nunca ocorre antes de palavra masculina. d) É obrigatório o uso de acento grave em expressões com palavras repetidas. Gabarito: B COMENTÁRIO DO PROFESSOR: Vamos resolver mais uma questão, Caveira? Ouvi comentários de que aquele que não domina o assunto crase ainda não está pronto para ingressar na gloriosa Polícia. Você ouviu esse comentário por aí também? 😊 Crase é um assunto bastante cobrado em provas de concursos. Você precisa entender que a crase é o fenômeno em que duas vogais idênticas se unem e, quando isto ocorre, empregamos o acento grave para indicar a tal fusão. Note como fica: A (preposição) + a (artigo) = à (com acento grave) A (preposição) + as (artigo) = às A (preposição) + a qual/as quais = à qual/às quais A (preposição) + aquele/aquilo/aquela = àquele/àquilo/àquela A (preposição) + a (enquanto pronome demonstrativo) = à Mas não pode haver crase de qualquer forma, ou toda vez que existirem os casos citados acima. Nós temos casos de uso obrigatório, facultativo e proibido da crase. Analisemos as questões: Letra A: INCORRETA. A alternativa estava até bonita,Caveira. Realmente, a contração mais comum de crase é o da preposição “a” com o artigo definido “a”. Eis o erro da questão: afirma-se que há contração com artigo indefinido. Não, não há contração de preposição com artigo indefinido, mas com artigo definido. Essa é a regra geral da crase. Vamos a um exemplo: Os alunos adoram ir à escola (essa crase nasceu da preposição exigida pelo verbo ir e do artigo definido que acompanha o substantivo escola). Letra B: CORRETA. A crase é facultativa diante de nomes próprios femininos, exceto nomes de santas e mulheres ilustres, ou seja, é necessária certa familiaridade com a pessoa do sexo feminino. Nesse caso, o uso do artigo é facultativo, por isso é também facultativo o acento indicativo de crase. Ex.: Não pude entregar o caderno a Maria. Ex.: Não pude entregar o caderno à Maria Ex.: Recorro em oração sempre a Santa Luzia. (nome de santa - crase proibida) Ex.: A professora sempre faz referência a Rachel de Queiroz. (mulher ilustre - crase proibida). A crase também é facultativa depois da preposição "até": Ex.: Pedro, muito tosco, levou-me até a cozinha. Ex.: Pedro, muito tosco, levou-me até à cozinha. Letra C: INCORRETA. Eis um caso de proibição de crase: não usamos o acento grave diante de palavras masculinas, mas temos uma exceção. Além de os pronomes demonstrativos aquele e aquilo (e variações) receberem o acento grave indicador de crase, usaremos tal acento diante de palavras masculinas quando você estiver diante da ideia de moda, maneira de, conforme, estando tais palavras ou ideias subentendidas. Veja exemplos: 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 14 O jogador fez um gol à (moda de) Pelé (Note que o acento grave foi usado diante da palavra Pelé, que designa um substantivo masculino, mas o seu uso está adstrito à palavra à moda de, que está subentendida no contexto). Ele gosta de escrever poemas à (moda de) Camões. Mesma situação do exemplo citado acima. Entenda, Caveira, que decorar apenas os casos gerais não é o suficiente para responder questões com esse tipo de cobrança. Decore os casos facultativos e também os casos proibidos, ok? Letra D: INCORRETA. Eis um caso de proibição geral: não se usa o acento grave entre palavras repetidas. Expressões do tipo: face a face, cara a cara, frente a frente, entre outras, não permitem o uso do acento grave. Em virtude da questão de paralelismo, se não há artigo antes do primeiro termo "face", também não há artigo antes do segundo termo "face". O substantivo "face", nas duas ocorrências, é empregado com sentido genérico, portanto não é antecedido por artigo. Assim, empregamos somente a preposição "a" que integra a locução. Verifica-se essa mesma ideia nas demais expressões de palavras repetidas (dia a dia, hora a hora, frente a frente, etc.). 20) Assinale abaixo a alternativa que NÃO apresenta correta regência verbal, de acordo com a norma culta da língua portuguesa: a) A minha filha, preguiçosa que é, não aspirou o pó do chão. b) O tenente aspira ao cargo de coronel. c) Obedeça aos seus pais e terá vida longa na terra. d) Dedicar-se aos estudos implica em aprovação. Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR: O nome (regência nominal) ou o verbo (regência verbal) exige determinada preposição e essa preposição precisa acompanhar o nome ou o verbo sob pena de erro ou mudança de sentido. Vamos às alternativas: Letra A: CORRETA. O verbo aspirar apresenta dois sentidos, a depender da existência ou não de preposição. Quando “aspirar” não exige a preposição (verbo transitivo direto – vtd), será usado no sentido de sorver, inalar, respirar, atrair ou recolher pó por meio de sucção; quando o verbo aspirar exige a preposição a, o sentido muda, significando desejar, querer. Como o verbo aspirar, na frase, foi utilizado sem preposição – não aspirou o pó – significando recolher o pó por meio de sucção, a regência verbal está correta. Letra B: CORRETA. Aqui o verbo aspirar foi utilizado com preposição, sendo verbo transitivo indireto, significando desejar, querer – aspirar ao cargo - estando correta, pois, a sua construção. Letra C: CORRETA. O verbo obedecer é um verbo transitivo indireto, exigindo a preposição “a”, pois quem obedece, obedece a algo ou a alguém. Questão perfeita. Letra D: INCORRETA. O verbo implicar é um verbo transitivo direto, não exigindo preposição em seu complemento. Logo, a construção “implica em...”, “implica no...”, “implica na...”, e outras construções, tal qual a da alternativa, estão erradas. O correto seria “Dedicar-se aos estudos implica aprovação.” RACIOCÍNIO LÓGICO 21) As proposições A, B e C são as descritas a seguir: • A: “Ele limpou a arma”. • B: “Ela limpou a faca”. • C: “Eles gostam de trabalhar em conjunto”. Nesse caso, a proposição (~A) ↔ [B ∨ C] está corretamente descrita como: a) “Ele não limpou a arma, se e somente se ela limpou a faca ou eles não gostam de trabalhar em conjunto”. b) Ele não limpou a arma, se e somente se ela não limpou a faca ou eles não gostam de trabalhar em conjunto”. c) “Ele não limpou a arma, se e somente se ela não limpou a faca ou eles gostam de trabalhar em conjunto”. d) “Ele não limpou a arma, se e somente se ela limpou a faca e eles não gostam de trabalhar em conjunto”. Gabarito: A COMENTÁRIO DO PROFESSOR Dica: Demonstrando os símbolos e os conectivos do raciocínio lógico: Dica: Exemplo da utilização dos conectivos: É necessário seguir as seguintes etapas: • 1ª etapa: Analisando a proposição: • A: “Ele limpou a arma” • ~A: “Ele não limpou a arma” • “↔” = “se, se e somente se” • B: “Ela limpou a faca” • ~B: “Ela não limpou a faca” • “∨” = “ou” • C: “Eles gostam de trabalhar em conjunto” 232119.13/03/2023 408.622.798-36.98452 PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 15 • ~C: “Eles não gostam de trabalhar em conjunto” • Proposição = (~A) ↔ [B ∨ C] = Ele não limpou a arma, se e somente se ela limpou a faca ou eles não gostam de trabalhar em conjunto. Os erros das demais alternativas estão demonstradas a seguir: b) (~A) ↔ [~B ∨ (~C)] = “Ele não limpou a arma, se e somente se ela não limpou a faca ou eles não gostam de trabalhar em conjunto. c) (~A) ↔ [~B ∨ (C)] = “Ele não limpou a arma, se e somente se ela não limpou a faca ou eles gostam de trabalhar em conjunto”. d) (A) ↔ [B ∧ (~C)] = “Ele não limpou a arma, se e somente se ela limpou a faca e eles não gostam de trabalhar em conjunto”. • 2ª etapa: Análise final Portanto, a proposição (~A) ↔ [B ∨ C] está corretamente descrita na alternativa A. 22) Qual das alternativas a seguir NÃO é uma proposição lógica? a) A polícia é um órgão de iniciativa privada. b) 20+7=26. c) Se 9>6, então 5=5. d) Mévio, você pegou plantão ontem à noite? Gabarito: D COMENTÁRIO DO PROFESSOR Tipos de sentença que NÃO podem ser considerados proposições lógicas: Logo, é necessário seguir as seguintes etapas: • 1ª etapa: Analisando a Sentença: • A polícia é um órgão de iniciativa privada – Pode ser julgada como V ou F • 20+7=26– Pode ser julgada como V ou F • Se 9>6, então 5=5– Pode ser julgada como V ou F • Mévio, você pegou plantão ontem à noite? – É uma frase interrogativa. Portanto, a sentença “Mévio, você pegou plantão ontem à noite?” não pode ser considerada como uma proposição lógica, pois se trata de uma frase interrogativa. • 2ª etapa: Análise final: Portanto, a alternativa correta corresponde à letra D. 23) Considere as seguintes premissas:
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