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Gabarito (Comentado) 2 Simulado PMPB - Projeto Caveira

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02
Provas Objetivas
Comentado
POLÍCIA MILITAR DA PARAÍBA
SIMULADO COMPLETO
POLÍCIA E NADA MAIS | WWW.CAVEIRA.COM | @PROJETOCAVEIRA
“Conhecer a si mesmo 
é o começo de toda a 
sabedoria.”
Aristóteles
232119.13/03/2023
408.622.798-36.98452
GABARITO 2º Simulado - PMPB
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
D C B A A A B C D C
11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
D C D A C A C B B D
21 22 23 24 25 26 27 28 29 30
A D C A B D B C A B
31 32 33 34 35 36 37 38 39 40
C B D D B A B C C A
41 42 43 44 45 46 47 48 49 50
B D C D A C B B D C
51 52 53 54 55 56 57 58 59 60
B A C D A C A D C D
61 62 63 64 65 66 67 68 69 70
C D C A B A D D C B
71 72 73 74 75 76 77 78 79 80
A D C C B D D B D D
232119.13/03/2023
408.622.798-36.98452
PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 
 
 
1 
LÍNGUA PORTUGUESA 
 
 A Lição da Borboleta 
 
Um dia, uma pequena abertura apareceu num casulo; um 
homem sentou e observou a borboleta por várias horas, 
enquanto ela se esforçava para fazer com que seu corpo 
passasse através daquele pequeno buraco. Então, 
pareceu que ela havia parado de fazer qualquer 
progresso. Parecia que ela tinha ido o mais longe que 
podia e não conseguia ir além. 
 
O homem decidiu ajudar a borboleta: ele pegou uma 
tesoura e cortou o restante do casulo. A borboleta então 
saiu facilmente. Mas seu pequeno corpo estava murcho 
e tinha as asas amassadas. O homem continuou a 
observar a borboleta porque ele esperava que, a 
qualquer momento, as asas dela se abrissem e se 
esticassem para serem capazes de suportar o corpo, que 
iria se afirmar a tempo. Nada aconteceu! 
 
Na verdade, a borboleta passou o resto de sua vida 
rastejando com um corpo murcho e asas encolhidas. Ela 
nunca foi capaz de voar. O que o homem, em sua 
gentileza e vontade de ajudar, não compreendia, era que 
o casulo apertado e o esforço da borboleta para passar 
através da pequena abertura eram necessários para que 
o fluido do corpo da borboleta fosse para as asas, de 
modo que ela estaria pronta para voar, uma vez que 
estivesse livre do casulo. 
 
Algumas vezes, o esforço é justamente o que precisamos 
em nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer 
obstáculos, não seriamos tão fortes e nunca poderíamos 
voar... Que a vida seja um eterno desafio, pois só assim 
voar será realmente possível. Adaptado de “A Lição da 
Borboleta” – Autor desconhecido. 
 
1) Leia atentamente o texto “A Lição da Borboleta”. À 
primeira vista, textos enquadrados no gênero textual 
crônica são aparentemente simples, mas podem 
apresentar severas críticas sociais. Nesse caso 
específico, há a famosa “moral da história”. Assinale, 
dentre as alternativas abaixo, a que apresenta a moral 
da história do texto. 
 
a) Os homens são providos de gentileza e de vontade de 
ajudar. 
b) A natureza é sábia, assim sendo, a interferência do 
homem é desnecessária. 
c) Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, seriamos 
ainda mais fortes, pois poderíamos desenvolver 
habilidades que não desenvolvemos até agora. 
d) Não se pode desanimar frente aos obstáculos da vida, 
muitas vezes, eles são necessários para o seu 
desenvolvimento. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Tudo certo, Caveira? 
Firme no propósito? Ansioso para vestir a farda? 
Em breve! 
Considere, Caveira, que as questões de compreensão 
textual requererão de você uma leitura apurada e atenta. 
As questões de compreensão de texto buscam a 
informação dentro do texto de forma explícita, de forma 
exposta. Você precisa, apenas, comparar as informações 
que estão dentro do texto com as informações que estão 
dispostas nas alternativas, pois é exatamente nesse 
momento que a banca vai inserir informações 
contraditórias, extrapolar ou reduzir o conteúdo das 
informações. Esteja sempre atento, Futuro Policiak. A 
banca IBFC trabalha compreensão por meio de 
paráfrase, ou seja, reescreve a informação contida no 
texto utilizando, para isso, outras palavras, outro 
vocabulário. E, justamente nessa reescritura, a banca vai 
acrescer, restringir, contradizer ou tangenciar as 
informações. 
Note, Futuro Policial, que a banca pede a “moral da 
história”. O que seria e como encontrar a moral da 
história? A moral da história é a conclusão, a lição que o 
texto passa e, geralmente, você a encontra, além do 
decorrer do texto, a corroboração da ideia na conclusão 
do texto. 
Às alternativas: 
 
Letra A: INCORRETA. Malgrado (mais uma para o seu 
vocabulário, Caveira, cujo significado é ‘apesar de’, ‘não 
obstante’, entre outros) possamos encontrar no texto um 
fragmento que remete a um ato de gentileza e de vontade 
de ajudar (refiro-me ao momento em que o homem pegou 
a tesoura e cortou o casulo para "ajudar" a borboleta a 
sair), essa NÃO é a moral da história. A história narrada 
não converge para ensinar ao leitor que os homens são 
seres gentis e prestativos. O ato de ajudar, presente na 
narrativa, é um elemento acessório, usado para construir 
a história. E você pode observar, Caveira, na primeira 
oração do segundo parágrafo, verá que a locução verbal 
‘decidiu ajudar” indica mudança de estado. 
 
Letra B: INCORRETA. A informação visa a desorientar o 
candidato, uma vez que há informações no texto que 
contribuem para a falsa interpretação. Ora, essa 
informação da alternativa B, apesar de estar 
parcialmente correta, não é a moral da história. Ora, 
como assim, parcialmente correta? Se a natureza é tão 
sábia, não deveriam existir erros, ainda que tal erro seja 
advindo da ação humana, pois a natureza, sábia que é, 
deveria prever a ação humana e ter uma solução para a 
sua interferência no meio natural. Ademais, quantas 
borboletas morrem nesse processo de transformação 
sem que haja interferência humana? Mas a questão não 
é essa. A questão é que essa informação exposta pela 
alternativa B não é a moral da história, a lição dada pelo 
texto. A lição que aprendemos, através de metáfora 
(comparação implícita) e da figura de linguagem 
conhecida como alegoria (expansão do significado do 
termo, a qual transmite significados além do literal), é que 
embora o texto descreva a história de uma borboleta 
tentando sair do casulo e também explique a importância 
que aquele casulo tem para a formação completa do 
corpo da borboleta, todas essas informações são 
acessórias: o casulo representa as 
dificuldades/obstáculos da vida; As asas murchas 
representam pessoas que não enfrentaram obstáculos e 
não desenvolveram todo seu potencial. Note, portanto, 
que a temática da natureza serve apenas como 
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PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 
 
 
2 
linguagem figurada, como uma metáfora para a vida 
humana. Compreendido, Caveira? 
 
Letra C: INCORRETA. Encontramos, aqui, uma 
contradição, Caveira. Isso é o OPOSTO do que o texto 
diz. Essa alternativa diz o contrário do pretendido pelo 
texto. Já falamos sobre isso, lembra-se? Que a banca 
faria justamente isso: haveria a reescrita da informação 
com algum tipo de extrapolação, contradição, 
tangenciamento, restrição... O texto afirma, em seu 
último parágrafo, que “Algumas vezes, o esforço é 
justamente o que precisamos em nossa vida. Se 
vivêssemos sem quaisquer obstáculos, não seriamos tão 
fortes e nunca poderíamos voar... Que a vida seja um 
eterno desafio, pois só assim voar será realmente 
possível. Agora, observe a o que a alternativa informa: 
“Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, seriamos 
MAIS FRACOS e NÃO desenvolveríamos muitas das 
habilidades que temos até agora.” Observou a 
contradição? Assim como o casulo força a borboleta a se 
desenvolver, capacitando-a para voar, os obstáculos 
forçam as pessoas a se desenvolverem também, 
capacitando-as para atingirem seus objetivos. Leia com 
muita atenção, Caveira! Faça esse confronto de 
informaçõese você conseguirá a aprovação! 
 
Letra D: CORRETA. Eis a resposta, Caveira! O 
enunciado pediu a lição que o texto nos deu. Observe: 
[...] o casulo apertado e o esforço da borboleta para 
passar através da pequena abertura 
eram necessários para que o fluido do corpo da borboleta 
fosse para as asas, de modo que ela estaria pronta para 
voar, uma vez que estivesse livre do casulo... Algumas 
vezes, o esforço é justamente o que precisamos em 
nossa vida. Se vivêssemos sem quaisquer obstáculos, 
não seriamos tão fortes e nunca poderíamos voar... Que 
a vida seja um eterno desafio, pois só assim voar será 
realmente possível. Perceba que o autor faz a 
comparação entre o esforço da borboleta e o esforço em 
nossa vida. Para sair do casulo, o esforço do inseto 
resulta na formação das asas, que possibilitam o voo da 
borboleta. De forma metafórica, essa analogia também 
vale para as nossas vidas. Dessa forma, o autor fala que 
esse esforço é justamente o que precisamos, pois ele é 
o que nos torna fortes e nos permite "voar". Ademais, o 
autor exorta que nossas vidas sejam um eterno desafio, 
pois tais dificuldades nos fortalecerão, contribuindo para 
o desenvolvimento pessoal. 
 
2) Sabe-se que as figuras de linguagem se afastam da 
linguagem denotativa, geralmente elas estão 
relacionadas à semântica, ao pensamento, à sintaxe 
ou ao som. Atente ao trecho (...) “não seriamos tão 
fortes e nunca poderíamos voar” (...), ao contrário da 
borboleta, o homem não pode voar. Assinale, dentre 
as alternativas abaixo, a figura de linguagem que foi 
utilizada. 
 
a) Metonímia. 
b) Eufemismo. 
c) Metáfora. 
d) Prosopopeia. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: INCORRETA. Você se recorda dessa figura de 
linguagem, Caveira? A metonímia é conhecida como a 
figura de linguagem da substituição, em que há a troca 
da "parte pelo todo, do efeito pela causa, do autor pela 
obra, do continente pelo conteúdo, etc.." Nela ocorre 
a substituição de uma palavra por outra. Mas não se trata 
meramente de sinonímia, pois a palavra usada na 
substituição geralmente aparece fora do contexto 
semântico normal dela. A relação entre o substituto e a 
substituída é uma relação externa ao texto, verificável na 
realidade, e que corresponde a uma relação de todo e 
parte. Veja: “Moro no campo e como (me sustento) do 
meu trabalho (do resultado desse trabalho).” Sabemos 
que não é possível efetivamente COMER o trabalho, 
afinal "trabalho" não é um alimento. Não é o trabalho em 
si, mas o fruto desse trabalho que alimenta a pessoa. 
Como se trata de alguém que vive no campo, infere-se 
que é um agricultor. O trabalho dessa pessoa é plantar, 
irrigar, cuidar das plantas, cuidar de animais, entre outras 
atividades agrícolas. O fruto desse trabalho (vegetais, 
frutas, carne, leite, ovos, etc) é o que sustenta essa 
pessoa. Há a relação de pertinência entre o que está 
escrito e o que se quer realmente dizer, na qual o 
autor troca a causa (plantar, colher etc.) pelo 
efeito (comer). Sendo assim, não observamos tal figura 
de linguagem no excerto dado pelo enunciado. 
 
Letra B: INCORRETA. O eufemismo é uma a figura de 
linguagem utilizada para suavizar, atenuar, o que se 
pretende falar. Observe: em vez de falar "feio", diga "com 
carência de beleza"; em vez de falar "burro", diga "com 
deficit de inteligência"; em vez de dizer que a pessoa 
morreu, “diga que partiu desta para melhor”. Ao longo da 
frase dada pelo enunciado, não é observado nenhum 
exemplo de eufemismo. 
 
Letra C: CORRETA. A metáfora pode causar certa 
confusão com a comparação, pois ambas consistem em 
uma comparação, mas aquela prescinde, dispensa o uso 
de partículas, de termos utilizados para se comparar 
(como, tal e qual, que nem, tanto quanto, entre outros), 
sendo, pois, uma comparação implícita; já a comparação 
exige as partículas comparativas, enfatizando a 
comparação de forma explícita. A metáfora é fruto da 
subjetividade do autor e seu sentido pode ser modulado 
conforme o contexto. Observe que no trecho dado (...) 
“não seriamos tão fortes e nunca poderíamos voar” (...), 
o autor está comparando a metamorfose da borboleta 
com as nossas vidas. Notou isso? Observe que a 
borboleta precisava superar o obstáculo do casulo para 
poder voar (literalmente), pois só assim suas asas 
poderiam ser corretamente formadas. Quando ela recebe 
ajuda e o casulo é removido por um terceiro, as asas não 
se formam corretamente e a borboleta fica para sempre 
presa ao solo. Fazendo a comparação metafórica, nós, 
humanos, também precisamos superar os obstáculos, 
pois são estes que formaram nossa capacidade de lidar 
com os problemas, ganhar força (mental, emocional, de 
caráter) e voar (não literalmente, mas sim 
conotativamente). Quando o texto usa o verbo voar, ele 
o faz de forma conotativa, criando uma relação implícita 
entre o voo da borboleta e a realização dos 
sonhos/metas/desejos/etc. em uma vida humana. 
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PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 
 
 
3 
 
Letra D: INCORRETA. A prosopopeia, também 
conhecida como personificação, se caracteriza 
pela atribuição de características humanas a objetos, a 
seres imaginários ou a animais. Para ajudar a gravar, 
imagine que personificar é o efeito de transformar algo 
em uma "pessoa". Veja: o rio corre para o mar (correr é 
uma ação própria dos seres animados, a qual foi atribuída 
ao rio, que é um ser inanimado). 
 
3) Segundo as regras de acentuação, todas as 
palavras proparoxítonas são acentuadas, entretanto, 
essa regra não se aplica às palavras paroxítonas. 
Atente ao trecho (...) “uma pequena abertura 
apareceu num casulo” (...). A palavra casulo é uma 
paroxítona não acentuada. Assinale, dentre as 
palavras abaixo, a paroxítona que foi 
acentuada INCORRETAMENTE. 
 
a) Amigável. 
b) Assembléia. 
c) Repórter. 
d) Abdômen. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: CORRETA. A regra gramatical acerca da 
acentuação gráfica das palavras paroxítonas é muito 
clara: acentuam-se todas as palavras paroxítonas, 
exceto aquelas terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, EM. 
Logo, repórter é uma palavra paroxítona terminada em r, 
devendo, pois, ser acentuada graficamente. 
 
Letra B: INCORRETA. Não se deve acentuar os ditongos 
abertos EI, EU e OI quando esses estiverem na posição 
paroxítona, tal e qual acontece na palavra assembleia, 
ideia, jiboia, plateia, introito, flavonoide, entre outros. 
Após o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa (ABL - 
2009), passou a prevalecer a regra de que se 
acentuam todas as paroxítonas, exceto aquelas 
terminadas em A(S), E(S), O(S), EM, ENS; 
consequentemente, como "assembleia" é 
uma paroxítona terminada em "a", bem como há um 
ditongo aberto na posição paroxítona, ela NÃO deve ser 
acentuada. 
 
Letra C: CORRETA. Repórter é uma palavra 
proparoxítona terminada em ‘r’, devendo, pois, ser 
acentuada graficamente. 
 
Letra D: CORRETA. A palavra “abdômen’ é uma palavra 
paroxítona terminada em n, devendo, pois, ser acentuada 
graficamente. 
Tenha muito cuidado, Caveira, pois "abdômen" termina 
em "-n", não com "-em" ou "-ens", por isso é um vocábulo 
que deve ser acentuado. Observe que a mesma situação 
acontece com as palavras hífen, pólen e glúten, por 
exemplo. Note que "hifens" e "abdomens" não têm 
acento, pois estas palavras terminam com "-ens" ! 
Sempre é bom lembrar que palavras terminadas em "-n" 
têm dois tipos de plural, ou com "-s" ou com "-es". Caso 
se opte pela segunda maneira, as palavras passam a ser 
acentuadas por se tornarem proparoxítonas. Observe: 
hífen = hifens (hi-fens) ou hífenes (hí-fe-nes) 
pólen = polens (po-lens) ou pólenes (pó-le-nes) 
abdômen = abdomens (ab-do-mens) ou abdômenes (ab-
dô-me-nes) 
glúten = glutens (glu-tens) ou glútenes (glú-te-nes) 
 
4) Pode-se afirmar que as palavras são categorizadas 
em classes (classes de palavras ouclasses 
gramaticais). Essa categorização depende da sua 
natureza e da sua função gramatical. Existem dez 
classes de palavras em português: substantivos, 
adjetivos, artigos, numerais, pronomes etc. 
Considerando-se o trecho: “ele pegou uma tesoura e 
cortou o (...) casulo”. Leia atentamente as asserções 
abaixo e assinale a única alternativa em que todas as 
classificações estão CORRETAS. 
 
I. A palavra “ele” é um pronome, mais 
especificamente, corresponde a terceira pessoa do 
singular. 
 
II. “pegou” é um verbo e está conjugado no pretérito 
imperfeito. 
 
III. Pode-se classificar “uma” como um artigo 
indefinido. 
 
IV. A palavra “tesoura” é um substantivo abstrato. 
 
V. Pode-se afirmar que “e” é uma conjunção. 
 
VI. “cortou’ também é um verbo e está conjugado no 
pretérito imperfeito. 
 
VII. Pode-se afirmar que “o” é um artigo definido 
masculino. 
 
VIII. A palavra “casulo” é um advérbio de modo. 
 
a) As asserções I, III, V e VII apenas. 
b) As asserções II, IV, VI e VIII apenas. 
c) As asserções I, II, III e IV apenas. 
d) As asserções V, VI, VII e VIII apenas. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Item I: CORRETO. Sabendo disso, já eliminaríamos as 
alternativas B e D. 
A palavra "ele" é um pronome pessoal do caso reto 
(somente substitui sujeito da oração; já os pronomes 
oblíquos substituem complementos). É um tipo de 
pronome que comumente exerce a função de sujeito e, 
justamente por isso, é muito usado para conjugar verbos. 
O pronome "ele", de fato, refere-se à 3ª pessoa do 
discurso (de quem se fala): 
1ª pessoa: eu (singular) - nós (plural) 
2ª pessoa: tu (singular) - vós (plural) 
3ª pessoa: ele/ela (singular) - eles/elas (plural). 
 
Item II: INCORRETO. Veja bem, Caveira. Você pode até 
achar que esse item é um pouco ‘mais puxado’, mas se 
você consegue perceber que "pegou" tem o sentido uma 
ação totalmente concluída (portanto não é algo relativo 
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PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 
 
 
4 
ao pretérito imperfeito, que denota ações inconclusas ou 
em andamento, contínuas ou habituais), teria ‘matado a 
questão. A resposta, assim, só pode ser a 
alternativa A, pois já tínhamos eliminado as alternativas 
B e D anteriormente. O verbo "pegou" está no Pretérito 
Perfeito do Indicativo, um tempo verbal primitivo, cujas 
desinências são: -i, -ste, -u, -mos, -stes, -ram (peguei – 
pegaste – pegou – pegamos – pegastes – 
pegaram). Essas desinências são válidas para os verbos 
regulares. Semanticamente, o Pretérito Perfeito do 
Indicativo não se adequa aos sentidos dados no 
comando da questão, por indicar que o fato do passado 
foi completamente concluído (justamente por isso recebe 
o nome de "perfeito"). O que ajuda a identificar o pretérito 
imperfeito do indicativo é a partícula "-va-", nos verbos da 
1ª conjugação (-AR) ou a partícula "-ia-", nos verbos da 
2ª e 3ª conjugações (-ER / -IR). Nos verbos irregulares 
(como o TER), observamos a desinência "-inha-". No 
caso do verbo PEGAR, o pretérito imperfeito corresponde 
às formas: eu pegava / tu pegavas / ele pegava / nós 
pegávamos / vós pegáveis / eles pegavam 
O pretérito imperfeito do indicativo designa um fato 
passado, mas não concluído (justamente por isso recebe 
o nome "imperfeito", fazendo inclusive a distinção entre o 
sentido desse tempo verbal com o pretérito perfeito, no 
qual a ação foi completamente concluída). Essa 
incompletude da ação é o que ajuda a transmitir 
uma ideia de continuidade e duração, podendo indicar, 
por exemplo, uma ação que se configurou como hábito. 
 
Item III: CORRETO. É isso, Caveira. A palavra "uma" é 
um artigo indefinido, o qual indetermina o substantivo, e 
por tem um valor genérico, indica que se trata de uma 
tesoura qualquer. Do ponto de vista discursivo, 
o artigo indefinido indica que a informação apresentada 
é nova, sinalizando para o leitor que o elemento acabou 
de ser apresentado no texto. Relembremos quais são os 
artigos indefinidos: um, uma, uns, umas. 
 
Item IV: INCORRETO. A palavra ‘tesoura’ não é 
substantivo abstrato, Caveira. O item está errado. Vamos 
revisar rapidamente: O substantivo concreto designa 
qualquer coisa (pessoa, entidade, etc) que seja possível 
de ser transformada em uma figura concreta na mente. 
Veja que não precisa ser uma coisa real. Por exemplo, 
"unicórnio", "fada", "dragão", são todos substantivos 
concretos. Embora denominem coisas que não existem, 
é possível imaginar concretamente a imagem de um 
unicórnio, de uma fada ou de um dragão. Também se 
pode definir o substantivo concreto como aquele que 
denomina algo com existência própria (ainda que seja 
uma existência fictícia). O dragão, por exemplo, existe 
por conta própria (ainda que seja no mundo da fantasia). 
Ele não depende de outro ser/ente para se manifestar. Já 
o substantivo abstrato designa qualquer coisa a partir da 
qual não conseguimos formar uma imagem concreta em 
nossa mente. O próprio entendimento da coisa requer 
algum grau de abstração ou mesmo subjetividade. Por 
exemplo, "ideia", "felicidade", "raiva", são todos 
substantivos abstratos. Qual seria a imagem concreta de 
uma "ideia"? Para alguns pode ser aquela lampadazinha 
acendendo, ou talvez a imagem de um filosofo grego 
gritando eureka ... etc... Note que não há uma imagem 
concreta, mas sim a descrição de uma cena, que pode 
variar bastante de pessoa para pessoa, conforme o 
referencial. Podemos falar o mesmo de "felicidade" ou 
"raiva", pois não há uma imagem concreta de tais 
sentimentos. Também podemos entender como 
substantivo abstrato aquilo que depende de outros 
seres/entes para existir, pois não tem existência 
independente. O substantivo "beijo", por exemplo, é 
considerado abstrato pois depende de uma pessoa para 
acontecer (o beijo não existe por si só), podemos 
estender o raciocínio ao substantivo "ideia", visto 
anteriormente. O mesmo pode ser dito de todos os 
sentimentos, estados de espírito, qualidades, 
concepções, propriedades. Dessa forma, quando 
falamos a palavra tesoura, você consegue, de imediato, 
associar a palavra à imagem, não é? Substantivo 
concreto, pois. 
 
Item V: CORRETO. O termo ‘e’ é uma conjunção 
coordenativa aditiva, pois tem o objetivo de unir orações, 
as quais são independentes sintaticamente. Essas 
orações coordenadas são unidas por tal coordenação 
quando o objetivo é somar, adicionar um pensamento 
semântico ao outro. Há bancas, no entanto, que 
costumam utilizar a conjunção aditiva ‘e’ como se fosse 
adversativa. Exemplo é a banca FGV, Cebraspe. Note: 
Trabalha e nunca tem dinheiro. Veja que aqui não há 
soma de pensamentos convergentes, mas há uma 
oposição, uma adversidade, pois o normal é trabalhar e 
ter dinheiro (pelo menos em algum momento rsrs). Agora, 
troque o ‘e’ por ‘mas’: Trabalha, mas nunca tem dinheiro. 
Notou que aquela conjunção ‘e’ tem o valor semântico de 
‘mas’? Eis a língua portuguesa, Caro Concurseiro.... 
 
Item VI: INCORRETO. Você já viu aqui um item similar, 
Futuro Polícia. Assim como o verbo "pegou", o verbo 
"cortou" também está no pretérito PERFEITO, ou seja, 
indicando uma ação completamente concluída. Veja 
como a desinência "-ou" se repete em ambos os verbos. 
O verbo CORTAR, conjugado no pretérito imperfeito, tem 
aquele característico "-va". Observe: eu cortava / tu 
cortavas / ele cortava / nós cortávamos / vós cortáveis / 
eles cortavam. 
 
Item VII: CORRETO. Artigo é a classe de palavra, 
variável, que acompanha o substantivo para determiná-
lo ou indeterminá-lo. Note que o ‘o’ está acompanhando 
o substantivo ‘casulo’, determinando-o. Esse artigo 
definido exprime um tom de familiaridade e precisão. Do 
ponto de vista discursivo, o artigo definido indica que um 
termo já foi citado anteriormente, ou seja, o leitor já tem 
familiaridade com o elemento. Sintaticamente, assim 
como o artigo indefinido, ele será um Adjunto Adnominal 
(ADN),um determinante do substantivo. 
 
Item VIII: INCORRETO. Não, Caveira. A palavra "casulo" 
é um substantivo concreto, usado para denominar o 
invólucro filamentoso, construído pela larva de algum tipo 
de inseto. Veja que não poderia ser um advérbio, pois é 
ligado a um artigo. Artigos não se ligam a advérbios. Os 
advérbios são invariáveis e só se ligam a verbos 
(majoritariamente) ou a adjetivos e outros 
advérbios. Quando se ligam a verbos, indicam alguma 
circunstância para a ação verbal (tempo, lugar, modo, 
etc). Quando se ligam a adjetivos ou outros advérbios 
atuam como intensificadores. 
 
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5 
 
 
5) Analise atentamente a seguinte estrutura: (...) “Ela 
nunca foi capaz de voar” (...). Efetue a análise 
sintática da estrutura mencionada e assinale a 
alternativa CORRETA. 
 
a) O pronome “ela” é o sujeito da oração e está se 
referindo à borboleta. 
b) “foi” é o verbo da estrutura e está conjugado no 
pretérito mais-que-perfeito. 
c) “capaz de voar” é o predicado. 
d) “de voar” é o objeto direto. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: CORRETA. O pronome pessoal reto é o sujeito 
da oração. De fato, na maioria das vezes, os pronomes 
retos exercem função de sujeito, sendo muito usados 
para a conjugação de verbos. ‘Ela’ se refere à borboleta, 
o que inclusive fica denotado pelo uso da flexão no 
feminino. Esse é um exemplo de coesão anafórica, na 
qual um pronome retoma um termo apresentado 
anteriormente. Na verdade, a borboleta passou o resto 
de sua vida rastejando com um corpo murcho e asas 
encolhidas. Ela nunca foi capaz de voar. 
 
Letra B: INCORRETA. Veja, Futuro Policial, que o verbo 
"foi" está conjugado no pretérito perfeito do indicativo. No 
pretérito mais-que-perfeito a conjugação é "fora". 
Semanticamente, o pretérito perfeito do indicativo não se 
adequa aos sentidos dados no comando da questão, por 
indicar que o fato do passado foi completamente 
concluído (justamente por isso recebe o nome de 
"perfeito"). O pretérito mais-que-perfeito é derivado do 
pretérito perfeito. Esse tempo verbal é identificável pela 
desinência "-RA-", a qual caracteriza essa conjugação: -
ra, -ras, -ra, -ramos, -reis, -ram (fora – foras – fora – 
fôramos – fôreis – foram). O pretérito mais-que-perfeito 
do indicativo não se adequa ao sentido da frase, pois não 
está sendo indicado que o fato do passado 
foi completamente concluído ANTES de outro fato no 
passado (justamente por isso recebe o nome de "mais-
que-perfeito"). 
 
Letra C: INCORRETA. Preste atenção, Caveira! Muito 
cuidado com questões desse tipo, Concurseiro! O 
predicado é "nunca foi capaz de voar". Lembre-se que o 
PREDICADO corresponde a todos os termos da oração 
com exceção do sujeito e do vocativo. Ou seja, o 
predicado é tudo o que se declara sobre o sujeito e 
sempre terá um verbo em sua composição. 
 
 
 
Neste caso, temos o chamado predicado nominal, aquele 
que é formado por Verbo de Ligação (VL) + Predicativo 
do Sujeito (PS). 
 
Letra D: INCORRETA. Preste atenção, Caveira. Todo o 
trecho que complementa o sentido de um adjetivo é um 
complemento nominal. Funciona como se fosse 
um objeto indireto, só que em vez de complementar o 
sentido de um verbo, complementa, no caso, o sentido de 
um adjetivo. Quando você afirma: A borboleta não é 
capaz, qual a primeira pergunta que vem à memória? 
Não é capaz de quê? Note que a própria palavra capaz 
(que é um adjetivo) exige um complemento, exige ‘algo a 
mais’ de informação para que se complete o seu sentido, 
não é mesmo? E o termo que completa o sentido de um 
adjetivo é complemento nominal, pois está 
complementando o sentido de um nome. O objeto direto 
é o complemento de verbo transitivo direto (que é aquele 
verbo que exige um complemento o qual não vem 
precedido de preposição. Já decorou quais são as 
preposições, Futuro Militar? Não? Sugiro que o faça 
imediatamente!). Indo um pouco além, observe que o 
termo "voar" é um verbo no infinitivo, logo a classificação 
completa desse termo é: Oração Subordinada 
Substantiva Completiva Nominal Reduzida de Infinitivo. 
Apesar do nome pomposo, funciona igualzinho a um 
Complemento Nominal do período simples, essa 
nomenclatura apenas evidencia a presença de um verbo 
(por isso há uma oração). 
 
6) No que tange à norma culta da língua portuguesa, 
existem quatro tipos de porquês (por que, porque, 
por quê e porquê). Analise cuidadosamente o trecho 
a seguir: (...) “O homem continuou a observar a 
borboleta porque ele esperava que, a qualquer 
momento, as asas dela se abrissem (...)”. Assinale a 
alternativa que justifica o uso do porque em 
destaque. 
 
a) Ele está exercendo a função de uma conjunção 
coordenativa. 
b) Ele está desempenhando a função de um pronome 
relativo. 
c) Justifica-se devido ao fato de preceder um pronome 
pessoal. 
d) Ele apresenta o valor de um substantivo. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Você tem enfatizado o estudo sobre ortografia, Futuro 
Combatente? Ou tem negligenciado tal assunto? Não é 
hora de negligenciar qualquer assunto. Hora de firmar a 
base. Leia, releia, pratique muitas questões e aperfeiçoe 
os detalhes. 
 
Letra A: CORRETA. Quando temos um "porque" (junto 
e sem acento) saiba que ele só pode ser 
uma conjunção (explicativa, causal ou final). As 
conjunções causais e finais estarão presentes em 
orações subordinativas; a conjunção explicativa estará 
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6 
presente em oração coordenada. As orações 
coordenadas são aquelas que, quando isoladas, 
continuam existindo semanticamente, sem que uma 
oração necessite da outra para ter o seu sentido 
completo. Anote aí o bizu! 
A oração dada pelo enunciado foi a seguinte: 
“O homem continuou a observar a borboleta porque ele 
esperava que, a qualquer momento, as asas dela se 
abrissem (...)” 
1º PASSO: isole a conjunção que une as orações (no 
nosso caso, é a conjunção porque); 
2º PASSO: agora analise a primeira oração: “O homem 
continuou a observar a borboleta. Quando você fala a 
oração (pode falar em voz alta, sem medo), ela por si só 
tem sentido completo ou você precisa recorrer a outra 
oração para completar o seu sentido? Ela tem sentido 
completo, não é, Caveira? Então, chamamos de oração 
independente. 
3º PASSO: Analise a outra oração e faça o mesmo 
processo do passo anterior. Veja: Ele esperava que, a 
qualquer momento, as asas dela se abrissem... Notou 
que ela também tem sentido completo, por si só, sem 
precisar recorrer à oração anterior para completar o seu 
sentido. Ela também é uma oração independente. E a 
junção de duas ou mais orações independentes formam 
um período composto por coordenação. Uma oração 
independente atribui a outra oração independente, por 
meio da conjunção ‘porque’, uma explicação. Correta, 
pois. 
 
Letra B: INCORRETA. Não existe "porque" junto e sem 
acento desempenhando função de pronome relativo! 
Podemos encontrar a Preposição (POR) + Pronome 
Relativo (QUE), correspondendo a "PELO(A) QUAL / 
PELOS(AS) QUAIS". Nesta situação, é possível substituir 
o pronome relativo "que" pelo pronome relativo "o/a 
qual(is)". Como há a preposição "por", essa se une com 
o artigo "o(a)" gerando a contração "pelo(as)". O 
resultado é "pelo(a) qual(is)". 
 
Letra C: INCORRETA. Ora, Caveira, poderíamos 
perfeitamente usar um outro "porquê" antes do pronome 
pessoal. Exemplo: 
Chorou porque ele foi embora. (porque = conjunção 
subordinativa causal) 
Eis a razão por que ele engordou (preposição + pronome 
relativo ⇒ pela qual) 
Por que ele é assim? (preposição + pronome 
interrogativo) 
O que justificou o uso da palavra "porque" ali é a 
independênciasintática entre as orações unidas e a 
relação de sentido que se pretendeu criar. 
 
Letra D: INCORRETA. Apenas a palavra "porquê" (junto 
e com acento) tem valor de substantivo. A palavra 
destacada pela questão não está denominando nada, 
mas sim ligando duas orações, servindo, pois, de 
conjunção. O "porquê”, junto e com acento, é 
um substantivo. É uma palavra sinônima de "motivo", 
"razão" ou "causa". Ele vem acompanhado de artigo ou 
de algum outro determinante que se ligue a 
substantivo (pronome, numeral, adjetivo). Inclusive, por 
ser esse tipo de "porquê" um substantivo, ele é uma 
palavra variável, flexionável em número. 
Observe: Gostaria de saber os porquês de ter sido 
excluído. 
 
7) Em “Avisaram-me que não foi internada. A sutura 
está perfeita, nenhum sinal de abertura da ferida.” Em 
“A sutura está perfeita, nenhum sinal de abertura da 
ferida”, há dois períodos que se relacionam, 
semanticamente, uma vez que o segundo expressa, 
em relação ao primeiro, um sentido de: 
 
a) Conclusão. 
B) Causa. 
c) Consequência. 
d) Alternância. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
As relações semânticas de causa e consequência ainda 
causam muita confusão entre os concurseiros. 
 
Veja que a alternativa pede a relação semântica existente 
da segunda oração sobre a primeira. 
Note que não ter sido internada foi o resultado, a 
consequência da sutura bem-feita. Logo, a sutura 
perfeita, sem sinal de abertura da ferida é a causa para 
não existir a internação. A segunda oração exerce sobre 
a primeira uma relação de causa, motivação. 
 
Anote o bizu: 
O fato de -> fez com que. 
A oração que ficar no lado de ‘o fato de’, será a causa, a 
motivação; 
A oração que ficar no lado do ‘fez com que’, será a 
consequência, o resultado. 
O fato de a sutura estar perfeita fez com que não 
houvesse internação. 
 
Letra A: INCORRETA. A segunda não exerce sobre a 
primeira uma relação de conclusão, mas de causa, 
motivo. 
 
Letra B: CORRETA. Conforme explicação acima. 
 
Letra C: INCORRETA. Consequência é a relação 
existente entre a primeira oração sobre a segunda. 
 
Letra D: INCORRETA. Não, Caveira. Alternância é 
quando é dada uma alternativa, uma opção para que 
você escolha. Não vislumbramos essa situação nas 
orações em estudo. 
 
8) Na frase “No entanto, o sobrinho tem pensado 
bastante nisso e deseja, ardentemente, encontrá-la à 
noite”, vislumbram-se dois pronomes. Sobre eles, é 
CORRETO afirmar que: 
 
a) Possuem a mesma classificação morfológica. 
b) O primeiro antecipa uma ideia inédita e o segundo a 
resgata. 
c) Ambos fazem referência a algo já dito no texto. 
d) Fazem referência à segunda pessoa do discurso. 
 
Gabarito: C 
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7 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Quais os pronomes relatados na questão? Nisso e -la. 
Às alternativas: 
 
Letra A: INCORRETA. O primeiro pronome está na 
contração "nisso": em + isso. O pronome "isso" é 
um pronome demonstrativo. O segundo pronome é a 
palavra "-la", uma variação do pronome pessoal oblíquo 
átono "a", que ocorre quando este está em ênclise com 
verbos terminados em "-R, -S, -Z". Nestes casos, corta-
se a última letra do verbo (encontrar - a ⇒ encontrá-la). 
 
Letra B: INCORRETA. O primeiro pronome é o "isso" 
(localizado em "nisso") e SEMPRE tem valor anafórico, 
ou seja, se refere a algo que já foi dito ou apresentado. 
Portanto está errado dizer que ele antecipa uma ideia 
inédita (sentido catafórico). O segundo pronome (-la) 
resgata a mesma ideia que o "isso" resgata. A contração 
com o pronome oblíquo átono visa a evitar repetições. 
 
Letra C: CORRETA. Exatamente, Caveira. Observe a 
transcrição da frase: “No entanto, o sobrinho tem 
pensado bastante nisso e deseja, ardentemente, 
encontrá-la à noite.” O sobrinho tem pensado bastante 
em quê? Nisso. O pronome foi usado para retomar algo 
que fora dito anteriormente. Quanto ao pronome oblíquo 
que acompanha o verbo encontrar, acontece da mesma 
forma. O sobrinho deseja encontrar alguém, do gênero 
feminino (la), a qual já teve o seu nome, ou referência, 
citado anteriormente, pois já era de conhecimento da 
pessoa que fala. 
 
Letra D: INCORRETA. Nada disso, Caveira! Os 
pronomes não fazem referência à segunda pessoa do 
discurso, mas à terceira pessoa do discurso. Tanto o 
pronome "nisso", quanto o pronome "la" fazem referência 
à terceira pessoa do discurso (de quem se fala). 
Pensava em quê? - Nisso = (ele) 
Encontrar o quê? - la= (ela). 
 
9) Em “Na conversa sobre as finanças da família, o 
pai redundava nas explicações – seja porque há 
tempos não se ocupava disso, seja porque a mãe 
tinha dificuldades para entender”, a repetição do 
conectivo indicado contribui para a sequência lógica 
do trecho em questão, apresentando um sentido de: 
 
a) Explicação. 
b) Consequência. 
c) Adversidade. 
d) Alternância. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: INCORRETA. Veja só, Caveira. Quando 
consideramos o contexto das conjunções coordenadas 
explicativas, devemos lembrar que a ideia explicativa 
está ligada a um sentido de justificativa. Observe: Fique 
quieto, pois a aula já começou. Veja que o pois, ou 
qualquer outra conjunção, tem o poder de justificar, de 
fundamentar. Conforme o nosso exemplo, na primeira 
oração é dada uma ordem (ficar quieto); na segunda 
oração, há a justificativa, o fundamento para tal ordem. 
Essa segunda oração apresenta uma conjunção com 
sentido explicativo (pois). É bastante comum que as 
orações explicativas sejam precedidas por orações com 
verbos no modo imperativo. As principais conjunções 
explicativas são: que, porque, pois (no início da oração), 
porquanto, entre outras. Preste atenção nessa conjunção 
explicativa porquanto. Não esqueça que porquanto 
significa porque, pois; já conquanto é uma conjunção 
concessiva, tendo o mesmo sentido de embora, apesar 
de. 
 
Letra B: INCORRETA. Encontra-se a ideia de 
consequência nas orações coordenadas conclusivas ou 
nas orações subordinadas adverbiais 
consecutivas. Nas orações conclusivas, a 
consequência é um desfecho, a finalização de um 
raciocínio. Exemplo: Eu estou doente, logo não irei à 
aula. As principais conjunções conclusivas são: logo, 
portanto, por isso, assim, pois, por conseguinte, então, 
em vista disso. Nas orações adverbiais consecutivas, 
a consequência é um efeito, um resultado de um causa. 
A causa aparece na oração principal, oração que 
geralmente apresenta uma palavra intensificadora 
como: tal, tamanho, tanto, a tal ponto, tanto assim, tão. A 
oração consecutiva normalmente é introduzida pela 
conjunção "que". Outras conjunções consecutivas 
são: de sorte que, de modo que, de maneira que, de 
modo que, de forma que. Exemplo: Choveu muito na rua 
de modo que minha tia escorregou na calçada. Observe 
que o fato de ter chovido tanto fez com que a tia caísse 
na calçada. Cair na calçada foi a consequência de tanta 
chuva. 
 
Letra C: INCORRETA. Eu sei que você tem esse 
conhecimento, Futuro Policial, mas nunca é tarde para 
relembramos: a ideia de adversidade está ligada ao 
sentido de oposição, contraste, ressalva, quebra de 
expectativa, compensação, retificação ou restrição 
(lembre-se de que o adversário é aquele que joga contra 
você 😉). Nenhum desses sentidos corresponde ao 
"seja... seja" apresentado no trecho. Observe as 
principais conjunções adversativas: mas, porém, 
contudo, todavia, entretanto, no entanto, não obstante. 
Exemplo: Eu gosto bastante de matemática, mas o 
conteúdo é bem difícil de aprender. Dessa forma, prefiro 
português a tal disciplina. 
 
Letra D: CORRETA. Por fim, Caveira, observemos que 
quando se considera o sentido das conjunções 
coordenadas alternativas, há vários sentidos que podem 
ser construídos: a alternância entre duas opções pode ter 
sentido de exclusão (onde uma opção exclui a 
possibilidadede a outra ocorrer), pode ter sentido de 
alteração entre dois estados (não necessariamente 
exclusivos ou excludentes), pode ter ideia de inclusão ou 
ainda de retificação. Todos esses sentidos, professora? 
Sim, exatamente! Portanto, não se apegue ao 
ensinamento de que conjunção alternativa é aquela que 
expressa apenas escolha, ok? No trecho dado, temos 
a ideia de alternância entre duas opções dadas para 
explicar o comportamento do pai. Ele redundava nas 
explicações porque há tempos não fazia isso. Ele 
também redundava porque a mãe tinha dificuldades de 
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8 
escolher. Temos a alternância de dois estados que 
levaram o pai a redundar nas explicações. As principais 
conjunções alternativas são: ou... ou...; ora... ora...; 
quer... quer...; seja... seja...; já... já.... 
 
Leia o texto atentamente: 
 
O que é filosofia? 
 
Querida Sofia, 
 
Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas 
colecionam moedas e selos antigos, outras gostam de 
trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase todo o 
seu tempo livre a uma determinada modalidade de 
esporte. 
 
Também há os que gostam de ler. Mas os tipos de leitura 
também são muito diferentes. Alguns leem apenas 
jornais ou gibis, outros gostam de romances, outros ainda 
preferem livros sobre temas diversos como astronomia, a 
vida dos animais ou as novas descobertas da tecnologia. 
 
Se me interesso por cavalos ou pedras preciosas, não 
posso querer que todos os outros tenham o mesmo 
interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a todas 
as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras 
pessoas achem o esporte uma chatice. 
 
Mas será que alguma coisa interessa a todos? Será que 
existe alguma coisa que concerne a todos, não 
importando quem são ou onde se encontram? Sim, 
querida Sofia, existem questões que deveriam interessar 
a todas as pessoas. E é sobre tais questões que trata 
este curso. 
 
Qual é a coisa mais importante da vida? Se fazemos esta 
pergunta a uma pessoa de um país assolado pela fome, 
a resposta será: a comida. Se fazemos a mesma 
pergunta a quem está morrendo de frio, então a resposta 
será: o calor. E quando perguntamos a alguém que se 
sente sozinho e isolado, então certamente a resposta 
será: a companhia de outras pessoas. 
 
Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, será 
que ainda resta alguma coisa de que todo mundo 
precise? Os filósofos acham que sim. Eles acham que o 
ser humano não vive apenas de pão. É claro que todo 
mundo precisa comer. E precisa também de amor e 
cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos nós 
precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir 
quem somos e por que vivemos. Portanto, interessar-se 
em saber por que vivemos não é um interesse “casual” 
como colecionar selos por exemplo. Quem se interessa 
por tais questões toca um problema que vem sendo 
discutido pelo homem praticamente desde quando 
passamos a habitar este planeta. A questão de saber 
como surgiu o universo, a Terra e a vida por aqui é uma 
questão maior e mais importante do que saber quem 
ganhou mais medalhas de ouro nos últimos Jogos 
Olímpicos. (GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São 
Paulo: Companhia das Letras, 1995. p.24-25) 
 
 
 
10) Pode-se inferir que o objetivo principal do texto é: 
 
a) Convencer Sofia de que os interesses pessoais variam 
de acordo com as afinidades e aptidões de um sujeito. 
b) Revelar que necessidades mais abstratas 
representam indício de modernidade uma vez que, no 
passado, priorizavam-se elementos concretos. 
c) Mostrar que o conhecimento sobre quem somos e de 
onde viemos é uma necessidade coletiva que singulariza 
o homem. 
d) Indicar que é preciso respeitar as diferenças de gostos 
considerando a subjetividade dos indivíduos. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: INCORRETA. A questão está errada, Caveira, 
pois embora o texto fale sobre os interesses que motivam 
as pessoas para as mais diferentes atividades, esse não 
foi o objetivo principal do texto. Esse seria o tema que 
abriria uma discussão maior, pois parte do interesse 
individual para algo maior, que é o que interessa a todos. 
Observe a transcrição: “Mas será que alguma coisa 
interessa a todos? Será que existe alguma coisa que 
concerne a todos, não importando quem são ou onde se 
encontram? Sim, querida Sofia, existem questões que 
deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais 
questões que trata este curso.” 
 
Letra B: INCORRETA. Mais uma questão equivocada, 
Futuro Polícia. É justamente o contrário, pois o último 
parágrafo do texto nos informa que se interessar em 
saber por que vivemos não é algo atual, moderno, mas é 
um interesse antigo, que precede a modernidade. Veja: 
“Portanto, interessar-se em saber por que vivemos não é 
um interesse “casual” como colecionar selos por 
exemplo. Quem se interessa por tais questões toca um 
problema que vem sendo discutido pelo homem 
praticamente desde quando passamos a habitar este 
planeta. A questão de saber como surgiu o universo, a 
Terra e a vida por aqui é uma questão maior e mais 
importante do que saber quem ganhou mais medalhas de 
ouro nos últimos Jogos Olímpicos.” 
 
Letra C: CORRETA. É isso, Futuro Combatente. O texto 
foca exatamente nisto: "Mas, uma vez satisfeitas todas 
essas necessidades, será que ainda resta alguma coisa 
de que todo mundo precise? Os filósofos acham que sim. 
Eles acham que o ser humano não vive apenas de pão. 
É claro que todo mundo precisa comer. E precisa também 
de amor e cuidado. Mas ainda há uma coisa de que todos 
nós precisamos. Nós temos a necessidade de descobrir 
quem somos e por que vivemos." Dessa forma, mesmo 
tendo gostos diferentes e interesses diversos, há uma 
necessidade coletiva que nos singulariza: a de saber 
quem somos e por que vivemos. 
 
Letra D: INCORRETA. Negativo, Futuro Policial, 
negativo. Embora o texto debata sobre saber respeitar as 
diferenças dos demais, esse não é o ponto principal do 
texto. O texto não encontra base nesse aspecto. O texto 
se baseia em questionar, em levantar uma discussão 
acerca de um tema que deve ser do interesse do coletivo, 
qual seja, quem somos e por que vivemos. 
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11) A partir da análise do texto, assinale a alternativa 
que apresenta uma afirmação INCORRETA. 
 
a) O emprego inicial de um interlocutor específico, Sofia, 
não impede que a reflexão proposta se estenda aos 
outros leitores. 
b) As perguntas empregadas ao longo do texto cumprem 
papel retórico ampliando a reflexão sobre as questões 
propostas. 
c) A pessoalidade linguística empregada em algumas 
passagens do texto aproxima o autor das situações 
descritas. 
d) O emprego, no início do texto, de exemplos de 
natureza mais universal ratifica a ideia de que os 
interesses são sempre individuais e distintos. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: CORRETA. A questão está exata, correta, 
Futuro Combatente. O texto é dirigido inicialmente a 
"Sofia", mas as reflexões propostas podem ser 
estendidas aos demais leitores, afinal o texto não está 
acessível apenas a essa interlocutora. Sofia é a 
destinatária direta do texto, mas o objetivo é estimular os 
questionamentos por parte de qualquer pessoa que o 
leia. 
 
Letra B: CORRETA. Exato, Caveira. Talvez você não 
saiba o que indica uma pergunta retórica. O objetivo de 
uma pergunta retórica não é obter respostas, mas 
incentivar uma reflexão ou introduzir uma argumentação 
sobre determinado tema. Se você observar bem, verá 
que as perguntas do texto são respondidas pelo próprio 
narrador. Vejamos um exemplo: "Mas será que alguma 
coisa interessa a todos? Será que existealguma coisa 
que concerne a todos, não importando quem são ou onde 
se encontram? Sim, querida Sofia, existem questões que 
deveriam interessar a todas as pessoas. E é sobre tais 
questões que trata este curso." As perguntas 
empregadas no texto têm a função de introduzir e ampliar 
a reflexão proposta. 
 
Letra C: CORRETA. Mais uma alternativa correta, 
Caveira. Em alguns trechos do texto, você nota o 
emprego da primeira pessoa, aproximando o autor das 
situações que estão sendo descritas, inserindo-se nos 
próprios exemplos ora apresentados. Note: "Se me 
interesso por cavalos ou pedras preciosas, não posso 
querer que todos os outros tenham o mesmo 
interesse. Se fico grudado na televisão assistindo a todas 
as transmissões de esporte, tenho que aceitar que outras 
pessoas achem o esporte uma chatice." 
 
Letra D: INCORRETA. Veja bem, Caveira. No texto, há 
indicação de que há questões que interessam a todos, de 
forma indistinta, ou seja, de maneira igual para todos. 
Dessa forma, não podemos afirmar que os interesses 
sejam sempre diferentes, distintos. Leia com atenção: 
"Mas ainda há uma coisa de que todos nós precisamos. 
Nós temos a necessidade de descobrir quem somos e 
por que vivemos." 
 
12) Observe que a estratégia de coesão empregada 
pelo autor no trecho abaixo é marcada pelo uso de 
pronomes. 
 
“ Muitas pessoas têm hobbies diferentes. Algumas 
colecionam moedas e selos antigos, outras gostam 
de trabalhos manuais, outras ainda dedicam quase 
todo o seu tempo livre a uma determinada 
modalidade de esporte.” (1º §) 
 
Assinale a alternativa que indica a CORRETA 
classificação do tipo de pronome que cumpriu esse 
papel. 
 
a) Demonstrativos. 
b) Pessoais. 
c) Indefinidos. 
d) Relativos. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Veja bem, Caveira. O enunciado afirma que a estratégia 
de coesão empregada pelo autor no trecho acima é 
marcada pelo uso de pronomes. Devemos indicar a 
classificação dos pronomes que exercem essa função 
coesiva. No trecho dado pela questão, notamos o 
emprego de alguns pronomes, quais sejam: muitas, 
algumas, outras e seu. 
O pronome indefinido muitas não está fazendo referência 
a qualquer termo citado antes, mas tão-somente, 
expressando uma quantidade vaga, indefinida de 
pessoas, uma vez que esse pronome acompanha o 
substantivo pessoa. 
Os pronomes algumas e outras são pronomes indefinidos 
os quais servem para retomar o substantivo pessoas, 
fazendo uma espécie de divisão: algumas pessoas têm 
tal hobby e, outras pessoas têm outro tipo de hobby. 
Já o pronome seu é um pronome possessivo que tem 
valor adjetivo, ou seja, o de acompanhar um substantivo 
(tempo), não fazendo menção, pois, a qualquer palavra 
dita antes. 
Assim, são estes dois pronomes indefinidos, algumas e 
outras, que cumprem um papel coesivo, pois 
proporcionam a interligação entre os elementos do texto, 
evitando repetição. 
 
Letra A: INCORRETA. Os pronomes demonstrativos são 
aqueles que demonstram algo em relação ao tempo, ao 
espaço ou ao texto. São: este (e flexões), esse (e flexões) 
e aquele (e flexões). 
 
Letra B: INCORRETA. Os pronomes pessoais são 
aqueles que substituem as pessoas do discurso, sejam 
quando essas estão exercendo o papel de sujeito 
(pronomes pessoais do caso reto), sejam quando 
exercem o papel de complemento (pronomes pessoais 
do caso oblíquo) ou quando há uma forma específica de 
tratar a pessoa do discurso (pronomes de tratamento). 
 
Letra C: CORRETA. Como vimos, os pronomes que 
exercem papel de coesão na frase dada, algumas e 
outras, são pronomes indefinidos. Esses, por sua vez, 
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são aqueles que fazem referência a quantidade de 
maneira vaga e imprecisa. 
 
Letra D: INCORRETA. Os pronomes relativos são 
aqueles que fazem a retomada de um termo que já fora 
dito anteriormente, sendo que tal termo deve ser um 
nome. Eles exercem papel coesivo também, tal e qual os 
indefinidos, mas não encontramos qualquer pronome 
relativo no excerto dado pelo enunciado. 
 
13) “Mas, uma vez satisfeitas todas essas 
necessidades, será que ainda resta alguma coisa de 
que todo mundo precise?” (6º §) 
 
Assinale a alternativa em que se faz um comentário 
sintático INCORRETO sobre o trecho em análise. 
 
a) Existe apenas uma oração subordinada introduzida 
pela conjunção integrante “que”. 
b) “alguma coisa” cumpre a função sintática de sujeito 
simples do verbo “resta”. 
c) O adjetivo “satisfeitas” exerce, no contexto, a função 
sintática de predicativo. 
d) O emprego da preposição “de” após o substantivo 
“coisa” obedece à regência desse nome. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: CORRETA. O excerto "que ainda resta alguma 
coisa" é uma oração subordinada substantiva subjetiva, 
pois exerce a função de sujeito da forma verbal "Será". 
Você se recordou de que as orações substantivas são 
introduzidas por conjunções integrantes (as mais usuais 
são que, se, como, e você pode facilmente substituir por 
“isso”)? Dessa forma, a única oração subordinada 
introduzida pela conjunção integrante "que", no 
segmento dado pelo enunciado, é a citada acima, 
estando, pois, correta a alternativa. 
Destacamos que existe mais uma oração subordinada 
nesse período: "de que todo mundo precise". Essa é uma 
oração subordinada adjetiva restritiva. As orações 
adjetivas são introduzidas por PRONOME RELATIVO 
(pode substituir por o qual, a qual e variações), e não por 
conjunção integrante. A alternativa não diz que existe 
somente uma oração subordinada, mas sim uma única 
oração subordinada introduzida pela conjunção 
integrante "que", o que está correto. 
 
Letra B: CORRETA. Você deve se lembrar, Futuro 
Policial, de que a ordem considerada natural de uma 
oração é: Sujeito – Verbo – Complementos – Adjuntos 
(Famoso: SUVECA). Quando a oração vem nessa 
ordem, o processo de identificação de seus termos se 
torna fácil. Mas teremos um pouco mais de complicação 
quando os termos vêm deslocados e fora de ordem. 
Colocando na ordem direta, e desconsiderando a oração 
adjetiva (para facilitar o entendimento), temos o seguinte: 
... alguma coisa (de que todo mundo precise) ainda 
resta? Logo, a alternativa está correta. 
 
Letra C: CORRETA. Vamos fazer uma breve revisão 
sobre predicativo. 
O predicativo cumpre o papel de caracterizar por meio da 
adjetivação. Mas repare que os adjetivos são estudados 
enquanto classe de palavras, ou seja, na morfologia; já o 
predicativo é estudado sintaticamente, ou seja, na 
análise sintática. O predicativo pode ser do sujeito 
(quando caracteriza o sujeito da oração), quando virá em 
um predicado nominal, ligando-se tal característica ao 
sujeito por meio de um verbo de ligação (ser, estar, 
permanecer, ficar, continuar, tornar-se, andar...) ou pode 
ser do objeto (quando apresenta uma característica do 
objeto, seja esse direto ou indireto), o qual virá em um 
predicado verbal. 
O segmento "uma vez satisfeitas todas essas 
necessidades" tem o mesmo sentido, ou seja, equivale a 
“uma vez que todas essas necessidades estejam 
satisfeitas”, concorda? 
Assim fica mais fácil visualizar que o termo "satisfeitas" 
qualifica o sujeito "todas essas necessidades", 
exercendo, pois, a função de predicativo do sujeito. 
 
Letra D: INCORRETA. Nosso gabarito. Nós já vimos que 
o trecho "de que todo mundo precise" é uma oração 
subordinada adjetiva restritiva, pois está sendo iniciada 
com o pronome relativo que e não vem entre vírgulas, 
certo? Essa oração é introduzida pelo pronome relativo 
"que", retomando a expressão "alguma coisa". O sentido 
é o seguinte: 
1. ainda resta alguma coisa 
2. todo mundo precisa de alguma coisa 
A preposição "de" obedece à regência do verbo 
"precisar", que é transitivo indireto (precisar de alguma 
coisa), e não do nome "coisa". 
Dessa forma, a preposição de está sendoexigida não 
pelo nome coisa, como a questão enfatizou, mas por 
exigência do verbo precisar. 
 
14) Considere o fragmento abaixo para responder à 
questão seguinte. 
 
“Mas, uma vez satisfeitas todas essas necessidades, 
será que ainda resta alguma coisa de que todo 
mundo precise?” (6º §) 
 
A pontuação cumpre papel essencial na delimitação 
das ideias apresentadas em um texto. Desse modo, 
pode-se afirmar que o conteúdo entre vírgulas 
expressa, em relação ao restante do fragmento, um 
sentido de: 
 
a) tempo. 
b) causa. 
c) modo. 
d) concessão. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: CORRETA. Você pode ter aprendido que a 
locução conjuntiva “já que” indica causa, Caveira. E não 
está de todo errado. Mas para se classificar 
corretamente, você precisa observar a semântica, ou 
seja, a significação das palavras no contexto. Se você 
observar bem, não há uma relação de causa / 
consequência introduzida por tal conjunção, mas 
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notamos uma significação de tempo (faça o teste: 
substitua a locução uma vez por qualquer palavra que 
denote tempo – quando – logo que – assim que... 
Continua fazendo parte do mesmo campo semântico, 
tendo a mesma significação). 
 
Letra B: INCORRETA. Vimos que a locução conjuntiva 
"uma vez que" pode ser empregada com sentido de 
causa, de motivo, o que ocorre com muita frequência. 
Todavia, se substituirmos tal expressão por outra 
conjunção ou locução conjuntiva causal, notaremos que 
a frase dada ficará incoerente. Vejamos: “Mas, uma vez 
satisfeitas todas essas necessidades...” Mas, visto que / 
por isso como satisfeitas todas essas necessidades...” 
Notou que o significado é modificado? Você não pode 
substituir uma palavra por outra sem observar o impacto 
na significação das palavras, Caveira. Assim, a 
substituição acima geraria alteração de sentido, portanto 
o trecho não expressa sentido de causa. 
 
Letra C: INCORRETA. Vamos entender logo o que é 
modo. Quantas vezes você lê nos seus materiais de 
estudo a expressão advérbio de modo, conjunção e 
locução conjuntiva modal e em alguns momentos acaba 
confundindo com causa. Há diferença entre causa e 
modo? Sim, sim! Guarde essa informação com muito 
carinho, Caveira! A causa é o motivo, a razão pela qual 
você faz determinada coisa; já o modo é a maneira, a 
forma como você faz determinada coisa. Vamos treinar 
aqui. 
1. Eu corri porque estava atrasado. 
2. 2. Eu corri muito rápido. 
Qual frase denota causa? A 1, certo? Veja que estar 
atrasado é a causa, o motivo do sujeito ter corrido. Já na 
frase 2 observamos a maneira, a forma como a ação do 
verbo correr foi executada. 
Dessa forma, não observamos uma semântica de modo 
na oração que está entre vírgulas, mas de tempo. 
 
Letra D: INCORRETA. O que é concessão, Caveira? 
Você tem segurança para responder a essa pergunta? 
Você precisa se lembrar de que a concessão é um fato 
que ocorreu, de forma inesperada, mas que não teve o 
condão, não teve o poder de impedir que outro fato 
acontecesse. Ainda está complicado? Vamos analisar 
um exemplo: Embora Suzana estivesse triste, 
permaneceu na festa da escola. 
Vamos entender agora o que é concessão: Note que 
Suzana estava triste, mas o fato de estar triste não foi 
forte o suficiente para fazer com que ela fosse embora 
festa da festa. Ela permaneceu na festa. Entendeu? 
Aconteceu apenas uma concessão! 
Vamos observar este outro exemplo: Ainda que chova, 
irei à praia. Veja que o fato de chover, que se desponta 
como uma possibilidade, não é forte o suficiente para 
impedir o sujeito de ir à praia. O fato de chover é apenas 
uma concessão, um obstáculo, mas que não tem o poder 
de impedir a ação do verbo da outra oração acontecer. 
Não observamos uma concessão na oração entre 
vírgulas dada pelo enunciado. 
 
 
 
 
15) O sentido simbólico é um recurso adotado pelo 
autor para realçar uma ideia. Desse modo, assinale a 
única alternativa em que se nota um exemplo de 
linguagem figurada. 
 
a) “Muitas pessoas têm hobbies diferentes.” (1º §). 
b) “Alguns leem apenas jornais ou gibis, outros gostam 
de romances,” (2º §). 
c) “Se fico grudado na televisão assistindo a todas as 
transmissões de esporte” (3º §). 
d) “É claro que todo mundo precisa comer.” (6º §). 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Vamos lá, Caveira! 
Ânimo! 
Daqui a pouco, quando você já estiver aprovado, sentirá 
falta desse processo de preparação, revisão, questões, 
simulados. Pode acreditar! 
Às alternativas! 
 
Uma palavra ou expressão pode ser utilizada em seu 
sentido denotativo (sentido real, motivo pelo qual tal 
palavra foi criada) ou sentido conotativo (sentido 
figurado, que é quando a palavra utilizada "normalmente" 
não significa aquilo, mas adquiriu aquele sentido em uma 
situação particular de uso). Vejamos: 
Exemplo: A professora era tão ruim que choviam críticas. 
(As críticas estavam mesmo caindo do céu como a 
chuva? Não! O verbo "chover" foi empregado com 
sentido figurado, significando que a professora recebia 
muitas críticas). 
Exemplo: Choveu tanto naquele dia que o clima ficou 
agradável. (Agora, sim, utilizamos a palavra chover em 
seu sentido real, ou seja, no sentido da água que cai do 
céu). 
Feita a diferença, vamos analisar as alternativas. 
 
Letra A: INCORRETA. Todas as palavras aqui foram 
utilizadas em seu sentido real, denotativo. Você pode 
estranhar o termo "hobbies", mas essa é uma palavra 
estrangeira que significa "passatempos, atividades 
exercidas por lazer ou diversão". Hobbies é uma palavra 
de origem inglesa (e por isso está destacada em itálico), 
mas não foi empregada com sentido figurado. 
 
Letra B: INCORRETA. Todas as palavras aqui foram 
utilizadas em seu sentido denotativo, ou seja, sentido 
real. A palavra "romances" foi empregada em seu sentido 
literário, indicando os livros em prosa que narram fatos 
ficcionais, às vezes inspirados em fatos verídicos. 
 
Letra C: CORRETA. Aqui, um vocábulo foi utilizado em 
sentido figurado, conotativo, pois: grudado. O vocábulo 
“grudado” significa ficar colado por meio de substância 
colante. Não foi essa a intenção do autor dizer que algo 
ou alguém ficou colado por meio de substância colante à 
televisão. O objetivo do autor, ao usar a expressão 
“grudado na televisão” foi o de dizer que a pessoa fica 
extremamente atenta e não faz outra atividade, exceto 
assistir à televisão. O autor não fica literalmente grudado, 
colado à televisão. A expressão "grudado na televisão" 
significa que ele fica muito tempo assistindo aos 
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programas que passam na televisão. Esse é o trecho em 
que há linguagem figurada. 
 
Letra D: INCORRETA. Nenhuma palavra foi utilizada no 
sentido figurado na frase dada. O texto menciona 
literalmente a necessidade de comer, de saciar a fome. 
Esse é o sentido comum do termo, e não figurado. 
 
16) Observe o trecho abaixo descrito: 
 
No caso do curso pH, o diretor de ensino Rui Alves 
argumenta que não houve ameaça à menina e, segundo 
ele, a comunidade virtual que distribuiria uma “cola" 
associava o colégio a palavrões. “A mãe tem todo o 
direito de ir à Justiça, mas isso é um assunto 
pedagógico", diz Alves. Doutor em pedagogia, o 
professor Henrique Sobreira critica as escolas: “São 
atitudes de quem promete uma educação para a 
cidadania e faz algo bem diferente", diz ele. A lição é a 
pior possível. “Quando escolas se acham acima da lei, é 
compreensível que os alunos também passem a pensar 
da mesma forma", avalia o especialista. 
 
O termo “imbróglio" significa: 
 
a) confusão 
b) agressão 
c) decisão 
d) comportamento 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIODO PROFESSOR: 
 
A semântica trabalha o uso da palavra e sua significação 
dentro de determinado contexto. É um assunto que está 
baseado em 10 pilares: sinônimo – antônimo, denotação 
– conotação, homônimos – parônimos, hipônimo – 
hiperônimo, ambiguidade – polissemia. 
 
Letra A: CORRETA. A questão exigiu o seu 
conhecimento de semântica no aspecto de sinonímia, 
pedindo o termo que possui a mesma significação de 
imbróglio. De acordo com o Dicionário Michaelis, a 
palavra “imbróglio" tem o seguinte significado: situação 
de muita confusão; mal-entendido: “Era melhor para eles 
e para a greve não se envolverem no imbróglio” (EV). Já 
o site de sinônimos (www.sinonimos.com.br) apresenta 
os seguintes sinônimos para a palavra 
“imbróglio": abacaxi, alhada, atrapalhação, bagunça, 
complicação, confusão, desentendimento, dificuldade, 
embaraço, embrulhada, encrenca, enrascada, 
enrascadela, mal-entendido, mixórdia, pepino, problema, 
rolo, trapalhada. Dessa forma, apenas a letra A dá um 
sinônimo correto para o termo imbróglio. 
 
Letra B: INCORRETA. Imbróglio não significa agressão, 
mas confusão. 
 
Letra C: INCORRETA. Imbróglio não significa decisão, 
mas confusão, encrenca. 
 
Letra D: INCORRETA. Comportamento? Não, não, 
Caveira. Significa confusão, desentendimento, problema. 
17) Na passagem “Alguns alunos viajaram ontem; 
Outros, hoje.”, o emprego da vírgula é justificado em 
função: 
 
a) Da presença de uma enumeração. 
b) De isolar um aposto explicativo. 
c) Da elipse de um termo. 
d) De acompanhar um vocativo. 
 
Gabarito: C 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Letra A: INCORRETA. Não há elementos com a mesma 
função sintática que estejam dispostos em enumeração 
que justifiquem o uso da vírgula, Caveira. Veja um 
exemplo de enumeração: Fui ao mercado e comprei 
arroz, feijão, macarrão, frutas e legumes. 
 
Letra B: INCORRETA. Não há a presença de termo 
isolado por vírgulas com a função de aposto na frase 
dada pelo enunciado, Caveira. Até porque o aposto deve 
estar entre vírgulas, travessões ou precedido de dois-
pontos. Na oração, só encontramos uma vírgula, logo não 
poderia ser um aposto. E se você ainda estiver em dúvida 
sobre como pode vir um aposto em sua prova, dar-lhe-ei 
alguns exemplos: Pelé, rei do futebol, faleceu 
recentemente (rei do futebol é um aposto, pois explica, 
informa sobre o termo anterior); Eu vi o aluno chegando 
– o qual é muito chato – e não o cumprimentei (a 
expressão isolada por travessões é o aposto, pois 
informa algo sobre o aluno); Eu aprecio todo tipo de 
leitura: ficção, romance, terror e ciências (note que os 
dois pontos introduziram a explicação sobre o tipo de 
leitura). 
 
Letra C: CORRETA. Caveira, já ouviu falar em vírgula 
vicária? Não? Só no Simulado Caveira você tem acesso 
ao melhor conteúdo 😊! No excerto dado pela questão, 
notamos a presença de uma vírgula, sendo que tal vírgula 
foi inserida ali para indicar a omissão de um termo, no 
caso, um verbo. A vírgula vicária é isto: tem o condão de 
substituir um termo da oração. Vejamos um exemplo: 
Você presenteia o seu namorado e eu, meu professor. 
Essa vírgula que foi inserida na frase tem o poder de 
evitar a repetição do termo, no caso, presenteio. Agora, 
compare essa informação com o enunciado. Notou que a 
vírgula inserida tem o poder de omitir o verbo, a fim de 
evitar a repetição? Sem a vírgula ficaria assim: Alguns 
alunos viajaram ontem; outros viajaram hoje. Entendeu? 
 
Letra D: INCORRETA. Não temos a presença de 
vocativo na frase, Caveira. Assim, não há que se falar em 
vírgula isolar vocativo. O que seria vocativo? Vocativo é 
aquele termo que não apresenta qualquer função na 
análise sintática e serve apenas para chamamento. Todo 
vocativo deve ser isolado do restante da oração por meio 
de vírgulas. Note o exemplo: Filha, volte para casa 
urgentemente! O seu pai caiu da escada! Qual termo 
você usou para fazer um chamamento? Filha, não é 
mesmo? Pois é! Esse é o vocativo. Observou que ele 
está isolado do restante da oração por meio de vírgula? 
Não notamos esse chamamento na oração dada. 
 
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18) Ainda segundo a norma culta da Língua 
Portuguesa, a concordância verbal deve levar em 
conta o número (singular ou plural) e a pessoa (1ª, 2ª 
e 3ª) ao mesmo tempo. Assinale a alternativa que 
apresenta afirmações corretas sobre a concordância 
verbal. 
 
a) A regra básica da concordância verbal consiste em 
concordar o verbo com o objeto, seja ele direto ou 
indireto. 
b) A regra básica da concordância verbal consiste em 
concordar o verbo com o sujeito. 
c) As pessoas do singular são: nós (1ª), vós (2ª), eles / 
elas (3ª). 
d) As pessoas do plural são: eu (1ª), tu (2ª), ele / ela (3ª). 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Imagine a seguinte cena: o sujeito senta-se à mesa e 
chama o verbo para conversarem. O sujeito, com jeitinho, 
pede ao verbo que concorde consigo; O verbo, da mesma 
forma. Assim, eles entram nesse acordo e assim nasce a 
concordância verbal. 
 
Letra A: INCORRETA. A concordância verbal nasce do 
mútuo acordo existente entre verbo e sujeito, e não entre 
verbo e seus complementos, porque o verbo pode estar 
no plural e o objeto no singular. E não haverá qualquer 
tipo de problema. Observe: Os alunos pediram a 
merenda. Viu que o verbo está no plural (terceira pessoa 
do plural) e o complemento verbal, ou seja, o objeto direto 
está no singular (a merenda)? Qual incongruência 
existente na frase? Nenhuma. 
 
Letra B: CORRETA. É isso, Caveira. Note que a 
concordância verbal nasce do acordo existente entre o 
sujeito da oração e o seu verbo: se o sujeito estiver no 
singular, o verbo ficará no singular; se o sujeito estiver no 
plural, o verbo ficará no plural. 
 
Letra C: INCORRETA. As pessoas do singular são EU 
(1ª pessoa do singular), TU (2ª pessoa do singular) e 
ELE/ELA (3ª pessoa do singular). São as pessoas do 
discurso, ou pronomes pessoais do caso reto, as quais 
servem para substituir o sujeito nas orações. 
 
Letra D: INCORRETA. As pessoas do plural são: NÓS 
(1ª pessoa do plural), VÓS (2ª pessoa do plural) e 
ELES/ELAS (3ª pessoa do plural). São as pessoas do 
discurso, ou pronomes pessoais do caso reto, as quais 
servem para substituir o sujeito nas orações. Com esses 
pronomes conseguimos conjugar os verbos, reparou? 
 
19) Quanto à utilização do acento grave, assinale a 
alternativa CORRETA. 
 
a) A crase é a contração de duas vogais iguais e é 
representada pelo acento grave. A mais comum é a da 
preposição “a” com o artigo indefinido feminino “a”. 
b) Diante de nomes próprios femininos e depois da 
preposição “até”, o uso do acento grave é facultativo. 
c) O acento grave, indicador da crase, nunca ocorre antes 
de palavra masculina. 
d) É obrigatório o uso de acento grave em expressões 
com palavras repetidas. 
 
Gabarito: B 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
Vamos resolver mais uma questão, Caveira? Ouvi 
comentários de que aquele que não domina o assunto 
crase ainda não está pronto para ingressar na gloriosa 
Polícia. Você ouviu esse comentário por aí também? 😊 
Crase é um assunto bastante cobrado em provas de 
concursos. Você precisa entender que a crase é o 
fenômeno em que duas vogais idênticas se unem e, 
quando isto ocorre, empregamos o acento grave para 
indicar a tal fusão. Note como fica: 
A (preposição) + a (artigo) = à (com acento grave) 
A (preposição) + as (artigo) = às 
A (preposição) + a qual/as quais = à qual/às quais 
A (preposição) + aquele/aquilo/aquela = 
àquele/àquilo/àquela 
A (preposição) + a (enquanto pronome demonstrativo) 
= à 
Mas não pode haver crase de qualquer forma, ou toda 
vez que existirem os casos citados acima. Nós temos 
casos de uso obrigatório, facultativo e proibido da crase. 
Analisemos as questões: 
 
Letra A: INCORRETA. A alternativa estava até bonita,Caveira. Realmente, a contração mais comum de crase 
é o da preposição “a” com o artigo definido “a”. Eis o erro 
da questão: afirma-se que há contração com artigo 
indefinido. Não, não há contração de preposição com 
artigo indefinido, mas com artigo definido. Essa é a regra 
geral da crase. Vamos a um exemplo: Os alunos adoram 
ir à escola (essa crase nasceu da preposição exigida pelo 
verbo ir e do artigo definido que acompanha o substantivo 
escola). 
 
Letra B: CORRETA. A crase é facultativa diante 
de nomes próprios femininos, exceto nomes de santas e 
mulheres ilustres, ou seja, é necessária certa 
familiaridade com a pessoa do sexo feminino. Nesse 
caso, o uso do artigo é facultativo, por isso é também 
facultativo o acento indicativo de crase. 
Ex.: Não pude entregar o caderno a Maria. 
Ex.: Não pude entregar o caderno à Maria 
Ex.: Recorro em oração sempre a Santa Luzia. (nome de 
santa - crase proibida) 
Ex.: A professora sempre faz referência a Rachel de 
Queiroz. (mulher ilustre - crase proibida). 
 
A crase também é facultativa depois da preposição "até": 
Ex.: Pedro, muito tosco, levou-me até a cozinha. 
Ex.: Pedro, muito tosco, levou-me até à cozinha. 
 
Letra C: INCORRETA. Eis um caso de proibição de 
crase: não usamos o acento grave diante de palavras 
masculinas, mas temos uma exceção. Além de os 
pronomes demonstrativos aquele e aquilo (e variações) 
receberem o acento grave indicador de crase, usaremos 
tal acento diante de palavras masculinas quando você 
estiver diante da ideia de moda, maneira de, conforme, 
estando tais palavras ou ideias subentendidas. Veja 
exemplos: 
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14 
O jogador fez um gol à (moda de) Pelé (Note que o 
acento grave foi usado diante da palavra Pelé, que 
designa um substantivo masculino, mas o seu uso está 
adstrito à palavra à moda de, que está subentendida no 
contexto). 
Ele gosta de escrever poemas à (moda de) Camões. 
Mesma situação do exemplo citado acima. 
Entenda, Caveira, que decorar apenas os casos gerais 
não é o suficiente para responder questões com esse tipo 
de cobrança. Decore os casos facultativos e também os 
casos proibidos, ok? 
 
Letra D: INCORRETA. Eis um caso de proibição geral: 
não se usa o acento grave entre palavras repetidas. 
Expressões do tipo: face a face, cara a cara, frente a 
frente, entre outras, não permitem o uso do acento grave. 
Em virtude da questão de paralelismo, se não há artigo 
antes do primeiro termo "face", também não há artigo 
antes do segundo termo "face". O substantivo "face", nas 
duas ocorrências, é empregado com sentido genérico, 
portanto não é antecedido por artigo. Assim, 
empregamos somente a preposição "a" que integra a 
locução. Verifica-se essa mesma ideia nas demais 
expressões de palavras repetidas (dia a dia, hora a hora, 
frente a frente, etc.). 
 
20) Assinale abaixo a alternativa que NÃO apresenta 
correta regência verbal, de acordo com a norma culta 
da língua portuguesa: 
 
a) A minha filha, preguiçosa que é, não aspirou o pó do 
chão. 
b) O tenente aspira ao cargo de coronel. 
c) Obedeça aos seus pais e terá vida longa na terra. 
d) Dedicar-se aos estudos implica em aprovação. 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR: 
 
O nome (regência nominal) ou o verbo (regência verbal) 
exige determinada preposição e essa preposição precisa 
acompanhar o nome ou o verbo sob pena de erro ou 
mudança de sentido. 
Vamos às alternativas: 
 
Letra A: CORRETA. O verbo aspirar apresenta dois 
sentidos, a depender da existência ou não de preposição. 
Quando “aspirar” não exige a preposição (verbo transitivo 
direto – vtd), será usado no sentido de sorver, inalar, 
respirar, atrair ou recolher pó por meio de sucção; quando 
o verbo aspirar exige a preposição a, o sentido muda, 
significando desejar, querer. Como o verbo aspirar, na 
frase, foi utilizado sem preposição – não aspirou o pó – 
significando recolher o pó por meio de sucção, a regência 
verbal está correta. 
 
Letra B: CORRETA. Aqui o verbo aspirar foi utilizado 
com preposição, sendo verbo transitivo indireto, 
significando desejar, querer – aspirar ao cargo - estando 
correta, pois, a sua construção. 
 
Letra C: CORRETA. O verbo obedecer é um verbo 
transitivo indireto, exigindo a preposição “a”, pois quem 
obedece, obedece a algo ou a alguém. Questão perfeita. 
 
Letra D: INCORRETA. O verbo implicar é um verbo 
transitivo direto, não exigindo preposição em seu 
complemento. Logo, a construção “implica em...”, 
“implica no...”, “implica na...”, e outras construções, tal 
qual a da alternativa, estão erradas. O correto seria 
“Dedicar-se aos estudos implica aprovação.” 
 
RACIOCÍNIO LÓGICO 
 
 
21) As proposições A, B e C são as descritas a seguir: 
• A: “Ele limpou a arma”. 
 
• B: “Ela limpou a faca”. 
 
• C: “Eles gostam de trabalhar em conjunto”. 
Nesse caso, a proposição (~A) ↔ [B ∨ C] está 
corretamente descrita como: 
 
a) “Ele não limpou a arma, se e somente se ela limpou a 
faca ou eles não gostam de trabalhar em conjunto”. 
b) Ele não limpou a arma, se e somente se ela não limpou 
a faca ou eles não gostam de trabalhar em conjunto”. 
c) “Ele não limpou a arma, se e somente se ela não 
limpou a faca ou eles gostam de trabalhar em conjunto”. 
d) “Ele não limpou a arma, se e somente se ela limpou a 
faca e eles não gostam de trabalhar em conjunto”. 
 
Gabarito: A 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR 
 
Dica: Demonstrando os símbolos e os conectivos do 
raciocínio lógico: 
 
 
Dica: Exemplo da utilização dos conectivos: 
 
 
É necessário seguir as seguintes etapas: 
 
 • 1ª etapa: Analisando a proposição: 
 • A: “Ele limpou a arma” 
 • ~A: “Ele não limpou a arma” 
 • “↔” = “se, se e somente se” 
 • B: “Ela limpou a faca” 
 • ~B: “Ela não limpou a faca” 
 • “∨” = “ou” 
 • C: “Eles gostam de trabalhar em conjunto” 
232119.13/03/2023
408.622.798-36.98452
PROJETO CAVEIRA 2º SIMULADO COMPLETO – Soldado PMPB – 2023 – PRÉ-EDITAL 
 
 
15 
 • ~C: “Eles não gostam de trabalhar em conjunto” 
 
 • Proposição = (~A) ↔ [B ∨ C] = Ele não limpou a arma, 
se e somente se ela limpou a faca ou eles não gostam de 
trabalhar em conjunto. 
 
Os erros das demais alternativas estão demonstradas a 
seguir: 
 
b) (~A) ↔ [~B ∨ (~C)] = “Ele não limpou a arma, se e 
somente se ela não limpou a faca ou eles não gostam de 
trabalhar em conjunto. 
 
c) (~A) ↔ [~B ∨ (C)] = “Ele não limpou a arma, se e 
somente se ela não limpou a faca ou eles gostam de 
trabalhar em conjunto”. 
 
d) (A) ↔ [B ∧ (~C)] = “Ele não limpou a arma, se e 
somente se ela limpou a faca e eles não gostam de 
trabalhar em conjunto”. 
 
 • 2ª etapa: Análise final 
Portanto, a proposição (~A) ↔ [B ∨ C] está corretamente 
descrita na alternativa A. 
 
22) Qual das alternativas a seguir NÃO é uma 
proposição lógica? 
 
a) A polícia é um órgão de iniciativa privada. 
b) 20+7=26. 
c) Se 9>6, então 5=5. 
d) Mévio, você pegou plantão ontem à noite? 
 
Gabarito: D 
 
COMENTÁRIO DO PROFESSOR 
 
Tipos de sentença que NÃO podem ser considerados 
proposições lógicas: 
 
Logo, é necessário seguir as seguintes etapas: 
 
 • 1ª etapa: Analisando a Sentença: 
 • A polícia é um órgão de iniciativa privada – Pode ser 
julgada como V ou F 
 • 20+7=26– Pode ser julgada como V ou F 
 • Se 9>6, então 5=5– Pode ser julgada como V ou F 
 • Mévio, você pegou plantão ontem à noite? – É uma 
frase interrogativa. 
 
Portanto, a sentença “Mévio, você pegou plantão ontem 
à noite?” não pode ser considerada como uma 
proposição lógica, pois se trata de uma frase 
interrogativa. 
 
 • 2ª etapa: Análise final: 
Portanto, a alternativa correta corresponde à letra D. 
 
23) Considere as seguintes premissas:

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