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aula 1 Gestão de Serviços e Operações Portuárias e Aeroportuárias

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GESTÃO DE SERVIÇOS E
OPERAÇÕES PORTUÁRIAS E
AEROPORTUÁRIAS
AULA 1
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. João Marcos Andrade
CONVERSA INICIAL
Todas as operações de negociações internacionais envolvendo importações e exportação
passam obrigatoriamente pelos portos e aeroportos brasileiros ou pelas fronteiras terrestres (nos
casos das operações internacionais envolvendo o Mercosul). Por isso é extremamente importante que
compreendamos quais são as operações logísticas, administrativas e aduaneiras envolvidas nesses
locais, sendo que nesta disciplina abordaremos as operações de armazenamento de cargas nos
portos e aeroportos, analisando, inclusive, todas as tratativas operacionais envolvendo tanto as
cargas de importações quanto as de exportações.
Além disso, observaremos as práticas operacionais desses locais, considerando suas demandas
internas de imposições de regras a serem cumpridas pelos importadores e exportadores, conforme as
determinações da legislação aduaneira brasileira vigente até a data de elaboração do presente
conteúdo desta discisciplina.
CONTEXTUALIZANDO
Nesta aula, além do exposto acima, entenderemos os conceitos técnicos referentes aos serviços
executados em portos e aeroportos, bem como todas suas estruturas para recepção e movimentação
de cargas internacionais. Ademais, compreenderemos as atividades e as denominações das empresas
atuantes nas atividades logísticas internacionais, com conexão direta de seus trabalhos juntos aos
portos e aeroportos, dos quais partem as solicitações das prestações de serviços nesses terminais,
sejam eles marítimos ou fluviais, nos casos dos portos, sejam operações de serviços de transporte
nacional ou internacional no caso dos aeroportos brasileiros.
TEMA 1 – CONCEITOS E APLICABILIDADE DE PORTOS
Embora todos basicamente saibamos ou tenhamos uma vaga compreensão do que vem a ser
um porto, é necessário observamos as informações relativas aos conceitos dessas estruturas
logísticas vitais para a máxima eficiência tanto no escoamento da produção de um país através de
suas exportações, bem como em suas aquisições internacionais, que são as importações para
utilização como insumos e matérias-primas, ou mesmo como produtos prontos para serem
revendidos no comércio em geral.
A imensa estrutura portuária no Brasil está construída ao longo dos mais de 7.491 quilômetros
de extensão litorânea do país, sendo, portanto, uma área de proporções extremamente grandes, o
que possibilita uma presença destacável a nível internacional, com 37 portos públicos e mais de 170
unidades portuárias entre público e privados (Antaq, 2020).
 O mapa a seguir apresenta uma visualização ampla que permite uma possível compreensão do
quão grande é a extensão litorânea na qual estão situados os portos marítimos do país.
Figura 1 – Portos marítimos do Brasil
Crédito: Google e o logotipo do Google são marcas registradas da Google Inc., usadas com
permissão.
1.1 CONCEITO DE PORTO ORGANIZADO
Para encontrar uma orientação básica sobre o que de fato vem a ser um porto, iremos
“emprestar” a definição de um órgão público responsável pela infraestrutura das atividades
operacionais brasileiras, que é o Ministério da Infraestrutura, o qual define o porto organizado da
seguinte forma:
É o porto construído e aparelhado para atender às necessidades da navegação e da movimentação
e armazenagem de mercadorias, concedido ou explorado pela União, cujo tráfego e operações
portuárias estejam sob a jurisdição de uma autoridade portuária. As funções no porto organizado
são exercidas, de forma integrada e harmônica, pela a Administração do Porto, denominada
autoridade portuária, e as autoridades: aduaneira, marítima, sanitária, de saúde e de polícia
marítima. (Governo Federal, 2015)
Dessa forma, entendemos que a exploração da área portuária é motivada pela necessidade de
provimento de serviço, ou seja, prestação de serviço à demanda apresentada pelos nichos de
mercado da economia do país, sendo indústria e comércio, considerando que, pelos portos, transitam
desde pequenos produtos para serem revendidos em seu destino final, como grandes equipamentos
para produção de outros bens, os maquinários, os veículos e equipamentos agrícolas etc. que
servirão para movimentar a economia do país nas importações ou exportações, pois o trânsito
internacional é a locomotiva do crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de um país.
1.2 EXPLORAÇÃO DAS ÁREAS PORTUÁRIAS – ASPECTOS DE LEGISLAÇÃO
A Lei n. 8.630/1993 define a responsabilidade pela exploração portuária bem como o regime
jurídico sobre tal atividade. Vejamos, a seguir, parte da referida legislação:
Cabe à União explorar, diretamente ou mediante concessão, o porto organizado.
§ 1° Para os efeitos desta lei, consideram-se:
I - Porto Organizado: o construído e aparelhado para atender às necessidades da navegação, da
movimentação de passageiros ou da movimentação e armazenagem de mercadorias, concedido ou
explorado pela União, cujo tráfego e operações portuárias estejam sob a jurisdição de uma
autoridade portuária; (Brasil, 2016)
1.3 MODALIDADES DE EXPLORAÇÃO PORTUÁRIA
A mesma legislação citada também define as modalidades permitidas pelo poder público por
meio do Governo Federal para utilização e exploração econômica dos portos, como veremos a seguir.
1.3.1 MODALIDADE DE USO PÚBLICO
São as estruturas portuárias administradas pelos governos estaduais, sendo pertencentes à
União, as quais apresentam condições para vendas de serviços de apoio ao trânsito internacional de
mercadorias, bens e serviços, variando em dimensão, capacidade de atracação e operação de navio,
conforme suas características físicas e naturais.
Os portos públicos, como são conhecidas essas estruturas portuárias, são os mais antigos do
Brasil, inclusive históricos, como Porto de Salvador, Porto do Rio de Janeiro, Porto de Santos, Porto de
Paranaguá, Porto do Recife, Porto de São Francisco do Sul, Porto de Natal e Porto de Vitória, sendo
esses os mais históricos do país.
Por serem os mais antigos, os portos públicos obviamente apresentam, em alguns casos, maiores
dificuldades quanto aos aspectos de modernização, em casos de comparação, por exemplo, a um
porto explorado pela iniciativa privada, o qual, pelas próprias características mais comerciais, acaba
absorvendo mais rapidamente as possibilidades de investimentos das empresas que o dirigem
(normalmente são investidores que passam a gerir a estrutura do porto), e pela própria natureza de
giro financeiro nos aspectos de fluxo de dinheiro, tendo, portanto, maior propensão a realizar
investimentos em espaços de tempo menores que os portos da administração pública, os quais
dependem de licitação para certos tipos de investimentos, o que torna o processo mais longo.
1.3.2 EXEMPLOS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA EM PORTOS BRASILEIROS
Portos do Paraná, compreendendo Porto de Paranaguá e Antonina: o Estado do Paraná
possui uma longa costa litorânea, onde está localizado um dos mais importantes portos da América
Latina, com uma movimentação de cargas superior a muitos portos europeus, por exemplo, sendo
este o Porto de Paranaguá.
Os Portos do Paraná são um complexo portuário, formado pelos portos de Paranaguá e Antonina.
A administração funciona como empresa pública estadual, subordinada à Secretaria de Estado de
Infraestrutura e Logística, com convênio de delegação junto ao Governo Federal.
Como empresa pública, a administração é responsável por gerir os terminais portuários
paranaenses e é dirigida por um conselho administrativo e uma diretoria executiva.
O modelo de gestão atual obedece às linhas landlord, em que a autoridade portuária é responsável
pela administração do porto e por oferecer a estrutura necessária às atividades de movimentação
de cargas. Assim, o poder público mantém toda a infraestrutura de acesso aquaviário, bacia de
evolução, berços de atracação, acessos rodoviários, ferroviários e internos. Já a iniciativa privada é
responsável pela superestrutura:equipamentos, armazéns e mão de obra. (Portos do Paraná, 2020)
Porto de Santos: como observamos anteriormente, a extensão litorânea brasileira possui
dimensões extremamente amplas, estando presente nesse setor um dos mais importantes e
tradicionais portos do mundo, que é o Porto de Santos. Vejamos parte de seus dados institucionais
com base no Portal da Administração do próprio porto.
O Porto de Santos é o maior complexo portuário da América Latina e responde pela movimentação
de quase um terço das trocas comerciais brasileiras. Seus padrões elevados de eficiência na
prestação de serviços e um permanente processo de evolução, através da implementação de
infraestrutura, uso de novas tecnologias, capacitação de seus trabalhadores e um modelo de gestão
portuária voltada para atender plenamente as expectativas de seus clientes, garantem aumentos
sucessivos na movimentação de cargas e criam um ambiente adequado para as trocas comerciais
brasileiras, que geram cerca de 33 mil empregos e desenvolvimento para a Baixada Santista. Além
de propiciar qualidade de vida para toda a região.
Administrado pela Santos Port Authority (SPA), vinculada ao Ministério da Infraestrutura, o Porto de
Santos localiza-se a apenas 70 quilômetros da região mais industrializada do Hemisfério Sul e
também do maior mercado consumidor e produtor da América Latina, a Grande São Paulo, onde
vivem mais de 20 milhões de pessoas. Cerca de 90% da base industrial do Estado de São Paulo
localiza-se a menos de 200 quilômetros do Porto de Santos. (Porto de Santos, 2020)
1.3.3 MODALIDADE DE USO PRIVADO
Com base na concepção obtida pela própria definição de uso privado, podemos concluir que são
as estruturas portuárias pertencentes ou mesmo exploradas por empresas, diretamente pela iniciativa
privada, a qual compreende a grande maioria das unidades portuárias no país, sendo que a
administração e a concessão de tais unidades se dão por meio de ato governamental a partir de
concessão, conforme disposto na Constituição Federal em seu art. 21, Inciso XII, alínea “d”.
Dessa forma, entendemos que os portos somente são administrados por uma empresa ou grupo
de empresas a partir de concessão pública, isto é, dependem que o Poder Público (Governo Federal =
União) conceda o direito da exploração de determinada estrutura portuária a partir de uma licitação
via leilão, sendo que fatores como especificações técnicas do projeto apresentado pela empresa
interessada e, obviamente, pelos valores sugeridos serão levados em consideração para a cessão da
área portuária à determinada empresa ou grupo empresarial interessado na exploração econômica
de tal fatia da riqueza nacional.
Os portos privados no Brasil, em grande parte, são atualmente administrados por empresas
internacionais, empresas com know-how no setor portuário que trouxeram para o Brasil grandes
possibilidades de desenvolvimento inclusive tecnológico nos portos, permitindo, assim, importantes
avanços nessa área da economia, gerando melhores condições de explorações do setor.
A atuação dos portos, dessa forma, torna-se um fato muito importante e diretamente ligado ao
nível industrial do Brasil, o qual, aliado ao setor do comércio, exige um nível de alto patamar no que
diz respeito a aspectos como equipamentos de alta tecnologia, capacidade de recebimento para
operação de navios de grande porte e alta eficiência na questão alfandegária, tendo em vista a
enorme necessidade da urgências de todas as cargas de comércio internacional, as quais cada vez
mais requerem maior agilidade e rapidez em seus fluxos (importações e exportações).
TEMA 2 – CONCEITO E APLICABILIDADE DE AEROPORTOS
Assim como os portos, os aeroportos possuem uma construção física destinada a receber e enviar
bens, mercadorias e passageiros para outros lugares. Diferentemente das embarcações marítimas,
lacustres e fluviais, as aeronaves são recentes em nossa história e ainda estão em processo de
expansão. Contudo, os custos de translado de cargas por vias aéreas ainda são elevados, dado
preço dos combustíveis e outros gastos de voo e de impostos em terra. (Mercher, 2020)
Assim, é possível entender que, a exemplo dos portos vistos no Tema 1, os aeroportos também
são imprescindíveis para a boa gestão e administração dos recursos do país nas exportações, além de
representarem uma enorme contribuição às demandas de ponto de entradas de importações de
produtos para revenda no comércio brasileiro, além das aquisições internacionais por empresas
brasileiras para industrialização ou equipamentos para instalação em fábricas, os quais darão origens
a outros bens, assumindo, por essa razão, a denominação de bens de capital.
2.1 PRINCIPAL AEROPORTO BRASILEIRO
[1]
É razoavelmente fácil compreender que pela vastidão do território nacional, o Brasil possua uma
grande estrutura de aeroportos, fato que observaremos parcialmente neste tema.
Para efeito de comércio internacional, seja na entrada de mercadorias e equipamentos do
exterior, seja para a saída das vendas brasileiras para o exterior, os aeroportos internacionais
contribuem de forma significativa e indispensável por vários fatores, dentre eles a possibilidade de
ligação entre países de forma rápida, eficaz e segura.
Sendo São Paulo a maior cidade do país e uma das maiores do mundo, é razoável
compreendermos também que o principal aeroporto da nação esteja nela construído, por isso
observemos a seguir breves dados sobre esse aeroporto.
2.2 AEROPORTO INTERNACIONAL DE GUARULHOS
Em 1985 era inaugurado o Aeroporto Internacional de São Paulo situado no município de
Guarulhos, a aproximadamente 25 quilômetros da Capital Paulista.
A partir de 2012, o terminal aeroportuário teve assinatura de contrato para que a Concessionária
do Aeroporto Internacional de Guarulhos S.A. passasse, então, a responder por 51% da participação
acionária, enquanto a outra parte, os 49%, permaneceriam sob a propriedade da Infraero
(infraestrutura aeroportuária brasileira) – órgão ligado ao Governo Federal. 
A grandeza do Aeroporto Internacional de Guarulhos para efeito de comércio exterior, ou seja,
em volumes de cargas importadas e exportadas, pode ser medida pelos gráficos abaixo, os quais
apresentam significativos números extraídos das movimentações no período de janeiro a dezembro
de 2019, variando entre aproximadamente 148.997 mil toneladas de cargas de importação contra
aproximadamente 122.339 mil toneladas de exportação.
Gráfico 1 – Importação e exportação
Crédito:  Elaborado com base em: <http://www.grucargo.com.br/media/40365/12-Peso-
Movimentado-DEZ-2019.pdf>. Acesso em 21 ago. 2020.
TEMA 3 – TIPOS DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS PORTOS
Para as movimentações de cargas nos portos, são necessárias as utilizações de diversos tipos de
equipamentos, dentre os quais os equipamentos aquaviários, como as lanchas e rebocadores
utilizados na aproximação dos navios do cais (berço de atracação do navio no porto), além das boias
sinalizadoras, equipamentos de medição do nível da maré, equipamentos de salvamento, guindastes
etc., aliados aos equipamentos utilizados em terra.
Neste contexto, encontramos, por exemplo, empilhadeiras, caminhões, trilhos, esteiras,
contêineres, porta-contêineres, elevadores de cargas, reach stacker (empilhadeira retrátil), o qual
serve para movimentação de contêineres, cintas de amarração, dutos transportadores, além dos
computadores programados por sistemas gerenciadores de dados, especialmente desenvolvidos para
gestão de fluxos de cargas, armazenamento e controle de cargas de importação e exportação.
Vejamos, a seguir, fotos de alguns dos equipamentos acima descritos para facilitação na
compreensão de suas utilizações nos portos.
Reach Stacker (empilhadeira retrátil), utilizada para a movimentação de contêineres (cheios e
vazios).
Figura 2 – Reach Stacker
Créditos: Sorapop Udomsri/Shutterstock.
Shiploader – equipamentos para carregamento de materiais sólidos a granel em navios (a
seguir, um equipamentopara carregamento e descarregamento de navio similar ao shiploader,
atuando em uma operação de carga e descarga de um grande navio).
Figura 3 – Shiploader
Créditos: TCLY/Shutterstock.
É muito importante considerar que todos esses equipamentos são disponibilizados pelo porto
tanto para carregamentos de cargas em navios, como para descarga nas chamadas operações, que é
a denominação dada aos serviços realizados pelas embarcações ao chegarem em um porto, onde
deverá ocorrer, primeiramente, a aproximação desse navio nas águas de acesso ao porto, para que
então o rebocador possa conduzi-lo até o berço de atracação, onde ocorrerá a operação (na figura 3,
é possível observar o berço de atracação, que é o local onde o navio está ancorado para carga e
descarga).
Evidentemente que todos esses serviços disponibilizados pelo porto são cobrados dos
requerentes, sejam estes importadores ou exportadores, conforme a solicitação de cada serviço,
sendo o custo negociável conforme tabela comercial do porto, ou acordo entre porto e
importador/exportador.
TEMA 4 – TIPOS DE EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NOS
AEROPORTOS
Nos aeroportos, a movimentação de cargas ocorre em setores específicos para essa atividade.
Observemos, portanto, alguns dos equipamentos utilizados nos terminais de cargas dos aeroportos
internacionais, os quais no Brasil possuem os setores de cargas denominados como TECA (Terminais
de Cargas Aéreas). Veja, a seguir, alguns dos equipamentos mais utilizados.
Empilhadeiras, elevadores de cargas em aeronaves, esteiras para movimentação de cargas,
paleteiras para movimentação de paletes, d-contêineres, que são contêineres metálicos de porte
cabível em portas de compartimentos de cargas das aeronaves, além de caminhões, tratores e
movimentadores de cargas de grande porte.
Também são utilizados pequenos equipamentos como caixas de metal para acondicionamento
de mercadorias pesadas, contêineres refrigerados, ou construções específicas para armazenamento e
movimentação de cargas com controle de temperaturas, as chamadas câmaras frias, além dos
computadores programados por sistemas gerenciadores de dados, especialmente desenvolvidos para
gestão de fluxos de cargas, armazenamento e controle de cargas de importação e exportação.
A imagem a seguir mostra parte de uma operação de carga em uma aeronave cargueira. Nela, é
possível observar um trator movimentador de carga, bem como um elevador de cargas, além da
própria carga, dos trabalhadores e de parte da aeronave.
Figura 4 – Elevador de cargas
Créditos: DENISKLIMOV/Shutterstock.
TEMA 5 – CARACTERÍSTICAS FUNDAMENTAIS DE PORTOS E
AEROPORTOS
De forma muito similar, esses dois setores da infraestrutura logística de um país apresentam
características totalmente voltadas para o atendimento das demandas dos fluxos logísticos nas
importações e exportações de cargas do país, sendo que, conforme as especificações das cargas e
demandas logísticas, obviamente ocorrem algumas variações. No entanto, na questão de unificação
das características, podemos seguramente afirmar as seguintes características fundamentais em
ambas as estruturas:
Capacidade para recebimento, separação, alocação e escoamento de cargas dos mais variados
tipos e especificações.
Estruturas administrativas sempre voltadas às demandas locais de onde as unidades, sejam
portuárias ou aeroportuárias, estão instaladas, principalmente dando ênfase às demandas
logísticas da região onde a unidade se situa.
Permissibilidade pública, ou seja, governamental para atuação, tendo em vista que ambas as
atividades (portos e aeroportos) têm suas existências condicionadas às concessões públicas, ou
seja, concessão para exploração a partir de ato do governo brasileiro, que, de acordo com a
Constituição Federal, é quem detém o domínio de tais atividades.
Conexões logísticas eficientes com os outros modais de transportes que possam ser úteis para
a multimodalidade de transportes ou incremento das atividades operacionais desenvolvidas em
suas dependências, de forma que seja possível a aproximação com outros setores buscando
crescimento nas redes de clientes para aumento de faturamento e consequente crescimento
sustentável do porto ou do aeroporto no setor de cargas.
Disponibilidades de espaço físico suficiente para expansão, considerando sempre a
possibilidade de alavancagem de novos negócios a partir de prospecções de publicações de
editais de leilões do Governo Federal para novas concessões de explorações econômicas de
portos e aeroportos por empresas nacionais ou estrangeiras.
TROCANDO IDEIAS
A partir desta aula, podemos estar certos de que 100% das negociações internacionais irão, em
algum momento, depender das atuações logísticas de portos e aeroportos. Ademais, mesmo que
outras ocorram pelo modal rodoviário nos casos de negociações com o Mercosul, é muito seguro
afirmar que, mesmo indiretamente, algum dos produtos que possam estar sendo transportados pelo
modal rodoviário no Mercosul, em algum momento, possivelmente foram parte de cargas que
cruzaram o céu ou oceanos, ainda na condição de matérias-primas que deram origem a diversos
produtos.
Assim, considere a possibilidade de estabelecer um raciocínio em forma de reflexão sobre a
importância dos portos e aeroportos no Brasil, considerando que a ausência destes tornaria a prática
do comércio internacional ineficiente e inoperante, pois o escoamento das produções ficaria
comprometido e sem possibilidade de planejamentos de desenvolvimento de novos negócios
globais, o que causaria certo colapso na economia mundial, tendo em vista a dependência que os
países possuem de produtos, bens e diversos tipos de mercadorias.
NA PRÁTICA
Procure, de acordo com o que observou nesta aula, abordar de forma sucinta, no fórum de seu
ambiente virtual, o conceito e a definição do que vem a ser administração pública e administração
privada de portos no Brasil.
FINALIZANDO
Observamos nesta aula a concepção básica das definições das estruturas portuárias e
aeroportuárias, além de conhecermos um pouco mais sobre aspectos voltados aos tipos de
equipamentos utilizados em portos e aeroportos, bem como a compreensão quanto às características
fundamentais desses modais, nos aspectos relacionados às concessões governamentais para
exploração das áreas dessas estruturas logísticas, estrategicamente eficazes para o escoamento das
produções brasileiras, e também para as entradas dos bens, insumos e mercadorias importadas por
empresas brasileiras a todo o tempo.
REFERÊNCIAS
ANTAC. Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Disponível em:
<http://portal.antaq.gov.br/>.
BRASIL. Governo Federal. Ministério da Infraestrutura. Disponível em:
<https://www.gov.br/infraestrutura/pt-br>.
_____. Lei n. 8.630, de 25 de fevereiro de 1993. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília,
DF, 26 fev. 1993.
GRU AIPORT. Aeroporto Internacional de São Paulo. Disponível em:
<http://ri.gru.com.br/default_pt.asp?idioma=0&conta=28>.
PORTOS DO PARANÁ. Disponível em: <http://www.portosdoparana.pr.gov.br/>.
PORTO DE SANTOS. Disponível em: <https://www.portodesantos.com.br/>.
SIGNIFICADOS. Significado de Know How. Disponível em:
<https://www.significados.com.br/know-how/>. Acesso em: 20 ago. 2020.
 Know-how é um termo em inglês que significa literalmente "saber como". Know-how é
o  conjunto de conhecimentos práticos  (fórmulas secretas, informações, tecnologias, técnicas,
procedimentos, etc.) adquiridos por uma empresa ou um profissional, que traz para si vantagens
competitivas (Significados.com).
[1]

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