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Operações Portuárias, Aeroportuárias e de Porto Seco livro

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Prévia do material em texto

Indaial – 2021
Operações pOrtuárias, 
aerOpOrtuárias e de 
pOrtO secO
Prof. Evandro Moritz Luz
1a Edição
Copyright © UNIASSELVI 2021
Elaboração:
Prof. Evandro Moritz Luz
Revisão, Diagramação e Produção:
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri 
UNIASSELVI – Indaial.
Impresso por:
L979o
Luz, Evandro Moritz
Operações portuárias, aeroportuárias e de porto seco. / Evandro 
Moritz Luz. – Indaial: UNIASSELVI, 2021.
191 p.; il.
ISBN 978-65-5663-365-7
ISBN Digital 978-65-5663-361-9
1. Operações portuárias. – Brasil. II. Centro Universitário 
Leonardo da Vinci.
 
CDD 387.1
apresentaçãO
Prezado acadêmico, seja bem-vindo ao Livro Didático Operações 
Portuárias, Aeroportuárias e de Porto Seco, que objetiva apresentar os 
principais conceitos relacionados às operações portuárias, aeroportuárias, 
operadores logísticos e de portos secos, bem como identificar e explicar o 
funcionamento dos agentes envolvidos em todas as operações logísticas que 
movimentam cargas para navios, aeronaves e demais veículos de transporte 
que interligam a cadeia logística.
Serão tratados temas como planejamento, análise e avaliação das 
capacidades de instalações, layout e fluxos operacionais da logística portuária 
e aeroportuária, abrangendo, com mais detalhes, os tipos de cargas, os meios 
de transportes e demais equipamentos utilizados nas operações, assim como 
todas as características e funcionalidades necessárias para que um porto e/ou 
um aeroporto possa atender, de forma adequada, a demanda por ele esperada.
Conheceremos o processo aduaneiro que regulamenta e fiscaliza todas 
as operações em pontos de fronteiras alfandegados, localizados em portos, 
aeroportos e demais operadores logísticos autorizados a movimentar cargas 
internacionais, entendendo a prática do despacho e da inspeção aduaneira.
Inicialmente, na Unidade 1, serão apresentados os portos, os 
portos secos, os aeroportos e os prestadores de serviços logísticos, com os 
seus conceitos e suas características de funcionamento, de acordo com os 
modelos de exploração dos serviços a serem prestados. Identificaremos os 
principais tipos de veículos e equipamentos utilizados para armazenagem 
e movimentação das cargas em suas operações rotineiras, os tipos e as 
características de instalações físicas, bem como os órgãos intervenientes que 
regulamentam e fiscalizam os serviços ofertados por essas instalações. 
Na Unidade 2, compreenderemos o planejamento e a capacidade 
operacional de atendimento da demanda de cargas e serviços das principais 
instalações, os tipos e características de layout e os fluxos de movimentação 
que acontecem nas operações logísticas. Identificaremos o conceito e a 
representação das cadeias logísticas portuárias e aeroportuárias, como 
uma rede de agentes intervenientes que agem em várias atividades que se 
interligam com as empresas, cargas e instalações logísticas.
Por fim, na Unidade 3, abordaremos o processo aduaneiro, o 
conceito e as funcionalidades das aduanas, como pontos alfandegados 
de regulamentação e fiscalização de cargas e os processos correlatos, com 
trâmites e legislação envolvidos. Estudaremos sobre os processos que 
avaliam os desempenhos operacionais de portos e aeroportos, com os seus 
indicadores de desempenho e gestão, para que o processo aconteça de 
forma constante, garantindo a melhoria nas mais diversas atividades que 
acontecem frequentemente.
Você já me conhece das outras disciplinas? Não? É calouro? Enfim, tanto para 
você que está chegando agora à UNIASSELVI quanto para você que já é veterano, há 
novidades em nosso material.
Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é 
o material base da disciplina. A partir de 2017, nossos livros estão de visual novo, com um 
formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura. 
O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com nova 
diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página, o que também 
contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.
Assim, a UNIASSELVI, preocupando-se com o impacto de nossas ações sobre o ambiente, 
apresenta também este livro no formato digital. Assim, você, acadêmico, tem a possibilidade 
de estudá-lo com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador. 
 
Eu mesmo, UNI, ganhei um novo layout, você me verá frequentemente e surgirei para 
apresentar dicas de vídeos e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto 
em questão. 
Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas 
institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa 
continuar seus estudos com um material de qualidade.
Aproveito o momento para convidá-lo para um bate-papo sobre o Exame Nacional de 
Desempenho de Estudantes – ENADE. 
 
Bons estudos!
NOTA
Em um ambiente internacional de intensa movimentação de cargas 
e volumosas atividades operacionais em portos, aeroportos e demais 
operadores logísticos, a competitividade passa a ser fundamental para que 
as empresas e o comércio internacional funcionem com mais velocidade e 
eficiência. Assim, o papel de portos, aeroportos e demais operadores logísticos 
é estratégico, quando movimentam cargas, e os processos vinculados como 
elementos que se completam na cadeia logística mundial. 
Ótimos estudos!
Prof. Evandro Moritz Luz
Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma disciplina e com ela 
um novo conhecimento. 
Com o objetivo de enriquecer seu conhecimento, construímos, além do livro 
que está em suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem, por meio dela você terá 
contato com o vídeo da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementares, 
entre outros, todos pensados e construídos na intenção de auxiliar seu crescimento.
Acesse o QR Code, que levará ao AVA, e veja as novidades que preparamos para seu estudo.
Conte conosco, estaremos juntos nesta caminhada!
LEMBRETE
sumáriO
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO .....1
TÓPICO 1 — PORTOS .......................................................................................................................... 3
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 3
2 TERMINAIS PORTUÁRIOS ............................................................................................................. 3
2.1 CONCEITO ...................................................................................................................................... 5
2.2 TIPOS E CARACTERÍSTICAS ..................................................................................................... 8
2.3 MODELO DE EXPLORAÇÃO .................................................................................................... 12
2.4 NAVIOS E CARGAS ..................................................................................................................... 13
2.5 INSTALAÇÕES ............................................................................................................................. 17
2.6 ÓRGÃOS INTERVENIENTES .................................................................................................... 19
2.6.1 Órgãos anuentes ................................................................................................................. 20
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 22
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 23
TÓPICO 2 — PORTO SECO ............................................................................................................... 25
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................25
2 TERMINAIS PORTUÁRIOS SECOS ......................................................................................... 25
2.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 27
2.2 TIPOS E CARACTERÍSTICAS .................................................................................................... 27
2.3 MODELOS DE EXPLORAÇÃO .................................................................................................. 29
2.4 INSTALAÇÕES ............................................................................................................................ 30
2.5 ÓRGÃOS INTERVENIENTES .................................................................................................... 32
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 33
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 34
TÓPICO 3 — AEROPORTOS ............................................................................................................. 35
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 35
2 TERMINAIS AEROPORTUÁRIOS .............................................................................................. 35
2.1 CONCEITO .................................................................................................................................... 36
2.2 CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................... 38
2.3 MODELO DE EXPLORAÇÃO .................................................................................................... 39
2.4 AERONAVES E CARGAS ........................................................................................................... 41
2.5 INSTALAÇÕES ............................................................................................................................. 44
2.6 ÓRGÃOS INTERVENIENTES .................................................................................................... 46
RESUMO DO TÓPICO 3..................................................................................................................... 47
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 48
TÓPICO 4 —PRESTADORES DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS ..................................................... 49
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 49
2 OPERADORES LOGÍSTICOS ........................................................................................................ 50
2.1 CONCEITO E FUNÇÃO .............................................................................................................. 50
2.2 TIPOS E CARACTERÍSTICAS .................................................................................................... 52
2.3 INSTALAÇÕES ............................................................................................................................. 54
2.4 ÓRGÃOS INTERVENIENTES .................................................................................................... 55
LEITURA COMPLEMENTAR ............................................................................................................ 56
RESUMO DO TÓPICO 4..................................................................................................................... 58
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 59
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................... 61
UNIDADE 2 — CAPACIDADE, LAYOUT E FLUXO DE OPERAÇÃO ..................................... 65
TÓPICO 1 — PLANEJAMENTO E CAPACIDADE OPERACIONAL DE PORTOS .................67
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 67
2 OPERADOR PORTUÁRIO .............................................................................................................. 67
2.1 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS .......................................................................................... 68
2.2 LAYOUT ......................................................................................................................................... 70
2.3 PLANEJAMENTO DAS OPERAÇÕES ..................................................................................... 72
2.4 FLUXO E MOVIMENTAÇÃO .................................................................................................... 75
RESUMO DO TÓPICO 1..................................................................................................................... 78
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 79
TÓPICO 2 — PLANEJAMENTO E CAPACIDADE OPERACIONAL DE AEROPORTOS ..... 81
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 81
2 OPERADOR AEROPORTUÁRIO ................................................................................................. 81
2.1 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS .......................................................................................... 82
2.2 LAYOUT ......................................................................................................................................... 84
2.3 PLANEJAMENTO DE OPERAÇÕES ........................................................................................ 86
2.4 FLUXO E MOVIMENTAÇÃO .................................................................................................... 88
RESUMO DO TÓPICO 2..................................................................................................................... 91
AUTOATIVIDADE .............................................................................................................................. 92
TÓPICO 3 — LOGÍSTICA PORTUÁRIA ........................................................................................ 93
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................. 93
2 CADEIA LOGÍSTICO-PORTUÁRIA ........................................................................................... 93
2.1 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ......................................................................................... 94
2.2 AGENTES INTERVENIENTES ................................................................................................... 96
2.3 LAYOUT ........................................................................................................................................ 98
2.4 FLUXO OPERACIONAL ............................................................................................................ 99
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 103
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 104
TÓPICO 4 — LOGÍSTICA AEROPORTUÁRIA .......................................................................... 105
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 105
2 CADEIA LOGÍSTICO-AEROPORTUÁRIA.............................................................................. 105
2.1 CONCEITO E CARACTERÍSTICAS ....................................................................................... 106
2.2 AGENTES INTERVENIENTES ................................................................................................ 109
2.3 LAYOUT ....................................................................................................................................... 111
2.4 FLUXO OPERACIONAL ........................................................................................................... 114
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 119
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 121
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 122
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 123
UNIDADE 3 — PROCESSO ADUANEIRO E DESEMPENHO OPERACIONAL ................ 127
TÓPICO 1 — FUNCIONALIDADE ADUANEIRA ..................................................................... 129
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 129
2 ADUANA ........................................................................................................................................... 129
2.1 CONCEITO E FUNCIONAMENTO ........................................................................................ 130
2.2 DIVISÃO DOS SETORES/DEPARTAMENTOS ..................................................................... 131
2.3 PRINCIPAIS ATRIBUIÇÕES .................................................................................................... 134
2.4 TERMOS TÉCNICOS UTILIZADOS........................................................................................ 135
2.5 DESPACHANTES ADUANEIROS ........................................................................................... 136
RESUMO DO TÓPICO 1................................................................................................................... 140
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 141
TÓPICO 2 — MOVIMENTAÇÃO ADUANEIRA ........................................................................ 143
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 143
2 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E REGULAMENTARES .......................................... 143
2.1 DOCUMENTAÇÃO .................................................................................................................. 144
2.2 ÓRGÃOS ENVOLVIDOS E SEUS REGULAMENTOS ......................................................... 148
2.3 TRÂMITES DE AUDITORIA .................................................................................................... 150
2.3.1 Regimes aduaneiros especiais .......................................................................................... 150
2.3.2 Classificação fiscal de mercadorias ................................................................................. 152
2.3.3 Desembaraço aduaneiro ................................................................................................... 154
2.3.4 Declaração Única de Exportação ..................................................................................... 155
2.3.5 Declaração de Importação (DI) ........................................................................................ 157
2.4 LEGISLAÇÃO ADUANEIRA ................................................................................................... 161
RESUMO DO TÓPICO 2................................................................................................................... 164
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 165
TÓPICO 3 — DESEMPENHO OPERACIONAL DE PORTOS ................................................. 167
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 167
2 AVALIAÇÃO PORTUÁRIA .......................................................................................................... 167
2.1 CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES .......................................................................................... 168
2.2 INDICADORES ........................................................................................................................... 170
2.3 GESTÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO ............................................................... 172
2.4 FATORES ESSENCIAIS PARA O SUCESSO DAS OPERAÇÕES ....................................... 173
RESUMO DO TÓPICO 3................................................................................................................... 175
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 176
TÓPICO 4 — DESEMPENHO OPERACIONAL DE AEROPORTOS ...................................... 177
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 177
2 AVALIAÇÃO AEROPORTUÁRIA ............................................................................................... 177
2.1 CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES .......................................................................................... 178
2.2 INDICADORES ......................................................................................................................... 181
2.3 GESTÃO DE INDICADORES DE DESEMPENHO .............................................................. 183
LEITURA COMPLEMENTAR .......................................................................................................... 185
RESUMO DO TÓPICO 4................................................................................................................... 187
AUTOATIVIDADE ............................................................................................................................ 188
REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 189
1
UNIDADE 1 — 
INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, 
AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
PLANO DE ESTUDOS
A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:
•	 identificar	o	conceito	e	as	principais	características	de	portos,	porto	seco,	
aeroportos	e	prestadores	de	serviços	logísticos;
•	 analisar	 os	 modelos	 e	 as	 especificações	 de	 exploração	 dos	 serviços	
logísticos	prestados;
•	 examinar	 os	 tipos	 de	 cargas,	 navios,	 aeronaves	 e	 instalações	 dos	
operadores	logísticos;
•	 especificar	 os	 órgãos	 intervenientes	 que	 são	 envolvidos	 nas	 operações	
logísticas,	 e	 suas	 funcionalidades	 nos	 processos	 de	 regulamentação	 e	
fiscalização.
Esta	unidade	está	dividida	em	quatro	tópicos.	No	decorrer	da	unidade,	
você	 encontrará	 autoatividades	 com	 o	 objetivo	 de	 reforçar	 o	 conteúdo	
apresentado.
TÓPICO 1 – PORTOS
TÓPICO 2 – PORTO SECO
TÓPICO 3 – AEROPORTOS
TÓPICO 4 – PRESTADORES DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS
Preparado para ampliar seus conhecimentos? Respire e vamos 
em frente! Procure um ambiente que facilite a concentração, assim absorverá 
melhor as informações.
CHAMADA
2
3
TÓPICO 1 — 
UNIDADE 1
PORTOS
1 INTRODUÇÃO
Neste	tópico,	daremos	os	primeiros	passos	para	o	aprendizadosobre	os	
portos,	que,	na	evolução	histórica	dos	seus	desenvolvimentos	pelo	mundo,	foram	
conceituados	por	diversos	estudiosos,	bem	como	de	acordo	com	a	evolução	de	
suas	atividades	operacionais,	o	que	se	caracterizou	como	elementos	fundamentais	
para	a	movimentação	de	cargas	entre	o	acesso	terrestre	e	o	marítimo	dos	países.
		Os	navios,	com	as	suas	crescentes	evoluções	em	tamanho	e	tecnologia,	
além	da	demanda	cada	vez	maior	por	cargas	no	comércio	internacional,	exigem	
portos	 com	 infraestrutura	 adequada	 e	 gestão	 eficiente	 para	 suportarem	 as	
necessidades	 dos	 mais	 diversos	 segmentos	 de	 negócios.	 Além	 disso,	 devem	
possuir	instalações	com	capacidade	de	realizar	serviços	simultâneos	e	envolvidas	
com	muita	tecnologia	em	equipamentos.
	 	 Também	 se	 faz	necessário	 elencar	 os	principais	 órgãos	 intervenientes	
que	regulam	e	fiscalizam	as	atividades	portuárias,	bem	como	a	fiscalização	de	
cargas,	os	documentos	e	demais	processos	que	vinculam	na	entrada	e	saída	de	
mercadorias	em	portos,	pois	estão	localizados	em	pontos	de	acessos	terrestre	e	
marítimo	como	pontos	de	fronteiras,	que	devem	ser	monitorados	frequentemente	
pelo	governo	federal	do	país.
2 TERMINAIS PORTUÁRIOS
Para	 conhecermos	o	 terminal	portuário	 e	 suas	 características,	 é	 preciso	
entender	o	conceito	de	um	porto	e	compreender	a	sua	evolução,	enquanto	local	
destinado	a	realizar	a	movimentação	de	cargas	de	um	navio	para	a	 terra,	e	da	
terra	para	um	navio	de	carga	ou	de	passageiros,	ou	seja,	o	porto	enquanto	um	
local	físico	que	faz	uma	divisa	entre	mares,	oceanos,	rios	e	lagos	navegáveis	com	
acesso	terrestre	para	uma	determinada	região.
Nos	 primórdios	 da	 colonização	 do	 Brasil,	 os	 portos	 já	 desempenhavam	 
um	 papel	 importante	 de	 interligação	 do	 comércio	 com	 Portugal,	 no	
desenvolvimento	econômico	do	Brasil,	também	no	desenvolvimento	social	com	
a	chegada	e/ou	saída	de	passageiros,	e	também	servir	de	local	para	armazenagem	
de	mercadorias,	sejam	elas	recebidas	para	adentrarem	ao	país,	ou	para	serem	
enviadas	como	exportação.
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
4
Então, como podemos definir o que é um porto? Se já existia antigamente 
e até hoje é ainda muito utilizado, o seu conceito permanece o mesmo depois de tantos 
anos de utilização?
UNI
Mesmo	 com	 instalações	 físicas	 rudimentares,	 os	 portos	 já	 eram	
antigamente	considerados	 locais	apropriados	para	receberem	embarcações	por	
via	marítima,	 seja	pelos	mares	 e	oceanos,	 rios	 e	 lagos	navegáveis.	Esses	 locais	
apropriados	 eram	 estruturas	 construídas	 para	 que	 as	 embarcações	 pudessem	
realizar	o	descarregamento	e/ou	carregamento,	tanto	de	mercadorias	quanto	de	
passageiros;	 para	 tanto,	 as	 estruturas	 de	madeira,	 ou	 de	 outros	materiais	 que	
evoluíram	com	o	passar	do	tempo,	eram	instaladas	em	locais	que	permitissem	
que	uma	embarcação	pudesse	encostar	nessas	estruturas,	com	a	profundidade	de	
água	suficiente	para	que	a	própria	embarcação	não	viesse	a	atolar	ou	se	prender	
na	própria	areia	debaixo	da	água.
Muitos	 pesquisadores	 e	 estudiosos	 no	 segmento	 portuário	 definiram	
portos	 como	basicamente	 locais	 apropriados	 com	 infraestrutura	necessária	para	
que	 fosse	 possível	 o	 transbordo	 de	mercadorias	 e/ou	 pessoas	 de	 navios	 para	 o	
acesso	terrestre.	Na	Figura	1,	temos	o	exemplo	do	Porto	de	Santos	retratado	por	
Marc	 Ferrez,	 em	 1880,	 com	 embarques	 para	 exportação	 do	 café	 brasileiro,	 com	
instalações	rudimentares,	com	muita	atividade	braçal	e	com	pouca	infraestrutura	
adequada	para	agilidade	e	segurança	das	operações.
FIGURA 1 – PORTO DE SANTOS
FONTE: <http://www.novomilenio.inf.br/santos/fotos091.htm>. Acesso em: 6 jul. 2020.
TÓPICO 1 — PORTOS
5
A	Figura	 2	 apresenta	 o	 Porto	 de	Rio	 de	 Janeiro	 datado	 de	 1931,	 com	
acesso	marítimo	adequado	e	um	navio	realizando	a	manobra	para	atracar	no	
porto,	 com	 infraestrutura	 terrestre	 para	 recebê-lo	 e	 realizar	 a	 descarga	 e/ou	
carga	de	mercadorias.
FIGURA 2 – PORTO DE RIO DE JANEIRO
FONTE: <https://i.pinimg.com/originals/16/fd/cd/16fdcd1acf8f999ca32f8baa08dc041f.jpg>. 
Acesso em: 6 jul. 2020.
A	 seguir,	 entenderemos	 melhor	 o	 conceito	 de	 portos	 e	 de	 terminais	
portuários,	 bem	 como	 a	 evolução	 conceitual	 por	 parte	 de	 pesquisadores	 e	 da	
atualidade	estrutural	dos	terminais	portuários.
2.1 CONCEITO
Na	 história	 portuária,	 o	 conceito	 de	 porto	 foi,	 por	 muitos	 anos,	 
basicamente	a	interface,	ou	seja,	a	ligação	entre	o	transporte	terrestre	e	o	transporte	
marítimo,	uma	área	reservada	para	a	descarga	e/ou	carga	de	mercadorias,	como	
também	o	desembarque	e/ou	embarque	de	pessoas	em	navios.
A	necessidade	da	melhoria	da	 infraestrutura	disponível,	 bem	 como	de	
equipamentos,	 tecnologias	 e	 serviços	 agregados	 dos	 portos	 oferecidos	 aos	
embarcadores	 e	 proprietários	 das	 companhias	 de	 navegação	 ao	 longo	 da	
história	portuária,	acarretou	uma	melhor	definição	conforme	as	suas	evoluções	
no	mundo	e	também	no	Brasil.	
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
6
Um	marco,	 na	história	portuária	no	Brasil,	 foi	 a	Lei	 n°	 8.630,	de	 25	de	
fevereiro	de	1993	(BRASIL,	1993),	que	dispõe	sobre	o	regime	jurídico	da	exploração	
dos	portos	 organizados	 e	 das	 instalações	portuárias	 e	 dá	 outras	 providências.	
Nessa	lei,	há	uma	definição	clara	de	um	porto:	“I-	Porto	organizado:	o	construído	
e	aparelhado	para	atender	às	necessidades	da	navegação	e	da	movimentação	e	
armazenagem	de	mercadorias,	concedido	ou	explorado	pela	União,	cujo	tráfego	
e	operações	portuárias	 estejam	sob	a	 jurisdição	de	uma	autoridade	portuária”	
(BRASIL,	1993).			
Nesse	conceito,	fica	clara	a	importância	do	porto	enquanto	infraestrutura	
disponível	e	bem	adequada	à	demanda	de	 tráfego	e	nas	operações	portuárias,	
bem	 como	 a	 tratativa	 de	 identificá-lo	 como	 organizado,	 envolvendo	 a	 sua	
gestão,	os	equipamentos	e	demais	estruturas	que	atendam	às	necessidades	dos	
embarcadores	e	transportadores,	sob	regras	de	uma	autoridade	portuária.
Conheça mais sobre a Lei n° 8.630/1993 acessando o link: https://www2.camara.
leg.br/legin/fed/lei/1993/lei-8630-25-fevereiro-1993-363250-publicacaooriginal-1-pl.html.
DICAS
O	papel	que	os	portos	exercem	na	cadeia	logística	vai	além	dos	serviços	
de	atendimento	aos	navios	e	às	cargas;	para	Pettit	e	Beresford	(2009),	o	conceito	
tradicional	 de	 porto	 começou	 a	 ser	 modificado	 a	 partir	 da	 década	 de	 1980,	
com	alguns	portos	diversificando	para	o	campo	da	oferta	de	serviços	de	valor	
agregado	para	a	logística	e	integrados	na	cadeia	de	transporte	em	graus	variados,	
dependendo	da	carga	e	as	necessidades	do	cliente.	Assim,	o	porto	naturalmente	
se	tornou	em	um	centro	de	serviços	com	complexidade	nas	operações,	com	uma	
ampla	 gama	 de	 atividades	 sendo	 exercidas	 rotineiramente,	 caracterizando-se	
como	um	terminal	portuário.
Terminal	 portuário	 é	 identificado	 como	uma	 estrutura	 física	 anexa,	 ou	
não,	ao	porto,	onde	são	realizadas	várias	atividades	administrativas	de	suporte	
aos	embarques	e/ou	desembarques	de	cargas,	serviços	de	armazenagem,	serviços	
interligados	aos	despachos	de	cargas,	inspeção	e	controle	de	toda	a	movimentação,	
entre	outras	atividades.	Assim,	um	terminal	portuário	é	uma	central	de	serviços	
em	 conjunto	 com	 uma	 infraestrutura	 física	 com	 equipamentos,	 tecnologias	 e	
demais	áreas	destinadas	à	interligação	do	transporte	terrestre	com	o	transporte	
marítimo,	e	vice-versa.
TÓPICO 1 — PORTOS
7
Segue um conceito resumido de terminal portuário: instalação portuária 
explorada mediante autorização, localizada próximo ou fora de um porto organizado, e 
utilizada para atividades e serviços ligados à movimentação de mercadorias, ou passageiros 
para o transporte marítimo (ROJAS, 2014).
DICAS
Na	Figura	3,	 temos	a	 representação	de	um	Porto,	um	 local	organizado	
para	o	propósito	principal	de	embarque	e/ou	desembarque	de	mercadorias,	com	
serviços	correlacionados	que	dão	suportea	essa	atividade	principal.
FIGURA 3 – REPRESENTAÇÃO DE UM PORTO
FONTE: <https://portoenoticias.com.br/interna/portos-e-logistica/principais-caracteristicas-dos-
terminais-portuarios>. Acesso em: 7 jul. 2020.
A	 Figura	 4	 mostra	 a	 representação	 de	 um	 terminal	 portuário,	 mais	
completo	em	serviços	agregados,	que,	além	das	atividades	principais	de	um	porto,	
inclui	 serviços	 de	 armazenagem,	 serviços	 administrativos,	 galpões	 auxiliares,	
equipamentos,	tecnologias	voltadas	ao	controle	e	à	inspeção	de	carga,	entre	outros	
–	podemos	observar	que	a	Figura	3	está	 incluída	na	Figura	4,	para	permitir	uma	
melhor	compreensão	sobre	o	contexto	de	atuação	que	um	terminal	portuário	pode	
atender,	 seja	 ele	 anexo	 a	 um	porto	 ou	fisicamente	 afastado,	 porém	 exercendo	 os	
mesmos	serviços	agregados	e	voltados	para	atender	as	demandas	dos	transportes	
marítimos	e	na	ligação	com	os	acessos	terrestres.		
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
8
FIGURA 4 – REPRESENTAÇÃO DE UM TERMINAL PORTUÁRIO
FONTE: O autor
Os	 terminais	 portuários	 estão	 evoluindo	 gradativamente	 visando	 a	
conquistarem	 elos	 estratégicos	 nas	 cadeias	 logísticas	 internacionais	 e,	 com	
o	 maior	 volume	 de	 carga	 por	 eles	 transacionados,	 desempenham	 um	 papel	
fundamental	para	a	 economia	de	uma	nação	 (GAO,	2009;	NIAVIS;	TSEKERIS,	
2012).	São	considerados	elementos	críticos	de	redes	internacionais	de	comércio	
e	 cooperação	 econômica,	 tendo	 a	maior	 parcela	 do	 total	 de	 volumes	de	 carga	
importados	 e	 exportados	 em	 todo	 o	 mundo	 e	 se	 tornando	 um	 complexo	 de	
empresas	que	oferece	uma	gama	de	serviços	 logísticos	relacionados	 tanto	com	
os	produtos	quanto	os	navios	(NIAVIS;	TSEKERIS,	2012;	LOPEZ;	POOLE,	1998).
Nos	últimos	anos,	o	crescimento	econômico	acelerado	tem	aumentado	a	
demanda	por	serviços	portuários	no	Brasil,	demanda	que	insere	uma	necessidade	
de	 melhoria	 constante	 da	 infraestrutura	 disponível	 nos	 terminais	 portuários.	
Assim,	diversos	são	os	 tipos	com	características	diferenciadas	entre	eles,	como	
veremos	a	seguir.
2.2 TIPOS E CARACTERÍSTICAS 
Ao	 resgatarmos	 o	 conceito	 de	 porto	 organizado,	 é	 fundamental	
entendermos	 a	 classificação	 dos	 tipos	 e	 das	 características	 dos	 terminais	
portuários:	“construído	e	aparelhado	para	atender	às	necessidades	da	navegação	
e	 da	 movimentação	 e	 armazenagem	 de	 mercadorias”.	 Dessa	 forma,	 tanto	 a	
construção	 física	 das	 instalações	 quanto	 o	 aparelhamento	 vão	 melhor	 definir	
os	 tipos	e	as	 características	 contempladas,	para	atender	à	demanda	de	navios,	 
cargas	e	volume	de	serviços	a	serem	prestados.
TÓPICO 1 — PORTOS
9
Os	tipos	estão	bem	definidos	na	Lei	n°	12.815,	de	junho	de	2013	(BRASIL,	
2013),	que	revogou	a	Lei	n°	8.630,	de	25	de	fevereiro	de	1993,	e	regula	a	exploração	
dos	serviços	portuários	no	Brasil,	classificando	os	tipos	e	especificando	a	área	dos	
terminais	portuários	da	seguinte	forma:
I-	 porto	 organizado:	 bem	 público	 construído	 e	 aparelhado	 para	
atender	 a	 necessidades	 de	 navegação,	 de	 movimentação	 de	
passageiros	ou	de	movimentação	e	armazenagem	de	mercadorias,	
e	 cujo	 tráfego	 e	 operações	 portuárias	 estejam	 sob	 jurisdição	 de	
autoridade	portuária;	
II-	 área	 do	 porto	 organizado:	 área	 delimitada	 por	 ato	 do	 Poder	
Executivo	 que	 compreende	 as	 instalações	 portuárias	 e	 a	
infraestrutura	de	proteção	e	de	acesso	ao	porto	organizado;	
III-	 instalação	portuária:	instalação	localizada	dentro	ou	fora	da	área	
do	porto	organizado	e	utilizada	em	movimentação	de	passageiros,	
em	movimentação	ou	armazenagem	de	mercadorias,	destinadas	
ou	provenientes	de	transporte	aquaviário;	
IV-	 terminal	de	uso	privado:	instalação	portuária	explorada	mediante	
autorização	e	localizada	fora	da	área	do	porto	organizado;	
V-	 estação	de	transbordo	de	cargas:	 instalação	portuária	explorada	
mediante	autorização,	localizada	fora	da	área	do	porto	organizado	
e	 utilizada	 exclusivamente	 para	 operação	 de	 transbordo	 de	
mercadorias	em	embarcações	de	navegação	interior	ou	cabotagem;	
VI-	 instalação	 portuária	 pública	 de	 pequeno	 porte:	 instalação	
portuária	 explorada	 mediante	 autorização,	 localizada	 fora	 do	
porto	 organizado	 e	 utilizada	 em	movimentação	 de	 passageiros	
ou	mercadorias	em	embarcações	de	navegação	interior;	
VII-	instalação	 portuária	 de	 turismo:	 instalação	 portuária	 explorada	
mediante	arrendamento	ou	autorização	e	utilizada	em	embarque,	
desembarque	e	trânsito	de	passageiros,	tripulantes	e	bagagens,	e	
de	insumos	para	o	provimento	e	abastecimento	de	embarcações	
de	turismo	(BRASIL,	2013).		
O tipo denominado terminal de uso privado é conhecido popularmente no 
meio portuário como TUP – sigla que será utilizada neste material.
INTERESSA
NTE
A	infraestrutura	de	acesso	marítimo	de	um	terminal	portuário	caracteriza-se	
por	algumas	composições,	definidas	por	Rojas	(2014)	da	seguinte	forma:
•	 Anteporto	ou	barra:	é	o	local	que	identifica	a	entrada	do	terminal,	com	adequação	
na	sinalização	capaz	de	alertar	o	caminho	e	a	área	específica	para	as	embarcações,	 
é	uma	área	abrigada	antes	do	canal	de	acesso	e	das	bacias	existentes.
•	 Bacia	de	evolução:	área	específica	para	a	realização	de	manobras	dos	navios	
antes	de	acessarem	as	instalações	de	acostagem	(cais	do	terminal).
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
10
•	 Bacia	 de	 fundeio	 ou	 ancoradouro:	 local	 onde	 as	 embarcações	 realizam	 a	
operação	 de	 ancoragem,	 necessária	 para	 aguardar	 acesso	 ao	 terminal	 e/ou	
realizarem	alguma	atividade	de	manutenção.
•	 Canais	de	acesso	e	atracagem:	caminhos	marítimos	mais	adequados	em	relação	à	
profundidade	e	à	área,	permitindo	que	as	 embarcações	aguardem	a	autorização	
para	acesso	ao	terminal,	a	fim	de	realizarem	a	atracação	e/ou	desatracação.
•	 Berços	de	atracação:	são	os	locais	apropriados	para	que	um	navio	possa	parar	
para	 carregamento	 e/ou	 descarregamento	 das	 cargas.	Na	 Figura	 5,	 temos	 o	
exemplo	de	um	dos	berços	de	atracação	no	Porto	de	Imbituba,	localizado	no	
munícipio	de	Imbituba	em	Santa	Catarina.
FIGURA 5 – BERÇO DE ATRACAÇÃO DO PORTO DE IMBITUBA
FONTE: O autor
•	 Cabeço:	 é	 um	 equipamento	 com	 a	 finalidade	 de	 receber	 as	 amarras	 das	
embarcações,	a	fim	de	proporcionar	maior	estabilidade	e	fixação	do	navio	ao	
berço	de	atracação.	Um	exemplo	pode	ser	visto	na	Figura	6,	que	mostra	um	
cabeço	no	berço	de	atracação	no	Porto	de	 Itajaí,	 localizado	no	munícipio	de	
Itajaí	em	Santa	Catarina.
TÓPICO 1 — PORTOS
11
FIGURA 6 – CABEÇO NO BERÇO DE ATRACAÇÃO DO PORTO DE ITAJAÍ
FONTE: O autor
•	 Quebra-mar:	 construção	 elaborada	 para	 amortecer	 o	 ímpeto	 do	 mar	 e	 não	
permitir	que	atinja	com	força	o	local	onde	as	embarcações	estão	atracadas	no	
terminal;	geralmente,	é	de	concreto	e	não	tem	ligação	com	a	terra.
•	 Cais	 ou	 píer:	 área	 onde	 se	 encontram	 os	 berços	 de	 atracação	 e	 demais	
equipamentos	que	fazem	parte	da	infraestrutura	do	terminal.
•	 Docas:	parte	de	um	terminal	para	que	as	embarcações	recebam	ou	deixem	as	
cargas,	 uma	 área	 reservada	 em	 terra	 para	 armazenagem	ou	 em	 águas	 para	
embarcações	atracarem	e	realizarem	atividades	específicas	no	terminal.
•	 Dolfin:	 estrutura	 fora	 do	 cais	 onde	 é	 possível	 realizar	 amarração	 de	 uma	
embarcação	em	um	cabeço	instalado	no	local	(ROJAS,	2014).
 
A	 infraestrutura	 também	 tem	 a	 necessidade	 de	 se	 equipar	 com	
recursos	adequados	para	a	movimentação	das	cargas	e,	dessa	forma,	apresenta	
características	 de	 ativos	 fixos	 que	 são	 próprias	 para	 a	 realização	 dos	 serviços	
portuários,	sendo	os	principais	ativos:
•	 Pátios	ou	armazéns:	espaços	utilizados,	cobertos	ou	não	para	a	armazenagem	das	
cargas	que	estão	em	processo	de	embarque	e/ou	desembarque	(ROJAS,	2014).
•	 Equipamentos	portuários:	são	utilizados	para	a	realização	de	movimentação	
das	 cargas,	 sejam	 eles	 fixos	 ou	 móveis,	 com	 capacidades	 diferenciadas	 de	
acordo	comos	tipos	de	cargas,	e	da	velocidade	com	que	o	serviço	exige	dentro	
da	infraestrutura	do	terminal	portuário	(ROJAS,	2014).
Nossos estudos terão como premissas básicas diversos conteúdos com 
base na Lei n° 12.815/2013, sendo, portanto, importante o seu estudo. Acesse o link: 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2013/Lei/L12815.htm.
ESTUDOS FU
TUROS
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
12
Também	 se	 deve	 considerar	 como	 característica	 dos	 terminais	
portuários	 o	 acesso	 terrestre	 disponível,	 seja	 pela	 área	 externa	 ao	 redor	 do	
terminal,	 denominada	 de	 “retroárea”,	 como	 suporte	 para	 armazenagem	 de	
cargas	 que	 estão	 em	 trânsito	 para	 serem	 carregadas	 e/ou	 descarregadas	 dos	
navios	atracados	ou	a	serem	atracados,	seja	pelas	vias	destinadas	que	se	ligam	
por	rodovias	e/ou	 linhas	 férreas,	proporcionando	flexibilidade	e	agilidade	na	
movimentação	de	cargas.
Para	 que	 um	 terminal	 possa	 a	 ser	 construído	 e	 proporcionar	 serviços	
em	 uma	 determinada	 região,	 é	 necessário	 entender	 o	 modelo	 de	 exploração	
regulamentado	e	fiscalizado	pelos	órgãos	governamentais	do	país.
2.3 MODELO DE EXPLORAÇÃO
As	disposições	 legais,	acerca	da	exploração	de	portos	organizados	e	de	
instalações	 portuárias,	 são	 reguladas	 pela	 Lei	 n°	 12.815/2013	 (BRASIL,	 2013),	
e	 a	 forma	 de	 como	 deve	 ser	 elaborado	 o	 processo	 licitatório	 está	 definida	 e	
especificada	no	Decreto	n°	8.033,	de	27	de	 junho	de	2013,	o	qual	apresenta	um	
pacote	de	orientações	a	ser	seguido	por	qualquer	órgão	governamental	e	serve	de	
orientação	para	qualquer	empresa	privada	que	queira	realizar	a	exploração	desse	
serviço	no	país.
De	 acordo	 com	 a	 Lei	 n°	 12.815/2013	 (BRASIL,	 2013),	 a	 exploração	 dos	
portos	 e	 das	 instalações	 portuárias	 tem	 como	 objetivo	 principal	 aumentar	 a	
competitividade	e	o	desenvolvimento	do	país,	destacando	em	seu	Art.	3°:
I-	 A	expansão	e	a	modernização	são	o	foco	para	o	desenvolvimento	
portuário	no	país	e	das	respectivas	instalações.	
II-	 Garantir	 preços	 adequados	 aos	 serviços	 prestados,	 com	 uma	
política	clara	de	divulgação,	com	qualidade	prestada	e	preservando	
os	direitos	dos	usuários.
III-	Estimular	 a	 melhoria	 dos	 processos	 de	 gestão	 dos	 terminais	
portuários,	 valorizando	 os	 recursos	 humanos	 e	 a	 eficiência	 das	
atividades	a	serem	prestadas.
IV-	Promover	 com	prioridade	a	 segurança	em	 todos	os	aspectos,	da	
navegação	as	atividades	de	gestão.	
V-	 Estimular	a	concorrência,	com	incentivos	e	facilidades	para	que	o	
setor	privado	possa	acessar	a	exploração	dos	serviços	portuários	
no	país	(BRASIL,	2013).
A	 abertura	 para	 exploração	 dos	 serviços	 portuários	 no	 país	 tem	 como	
base	a	Lei	n°	12.815/2013,	que	descreve	claramente	o	incentivo	e	o	estímulo	para	
que	novas	empresas	exploram	esse	serviço,	e	que,	pela	dimensão	em	extensão	
do	litoral	brasileiro,	bem	como	de	rios	navegáveis,	favorece	a	abertura	de	novos	
terminais	portuários.	Isso,	além	de	propiciar	mais	opções	para	os	embarcadores	
de	 cargas	 voltadas	 para	 atender	 à	 necessidade	 de	 demanda	 interna	 para	 o	
transporte,	estabelece	mais	“portas”	de	entradas	para	a	importação	e	de	saídas	
para	a	exportação.
TÓPICO 1 — PORTOS
13
No	 Art.	 4°	 da	 Lei	 n°	 12.815/2013	 (BRASIL,	 2013),	 “a	 concessão	 e	 o	
arrendamento	de	bem	público	destinado	à	atividade	portuária	serão	realizados	
mediante	 a	 celebração	de	 contrato,	 sempre	precedida	de	 licitação”,	 licitações	que	
serão	distribuídas	para	 concessão/arrendamento	de	 forma	 isolada	ou	 combinada,	
a	 maior	 capacidade	 de	 movimentação,	 a	 menor	 tarifa	 ou	 o	 menor	 tempo	 de	
movimentação	de	carga,	entre	outros	itens	estabelecidos	em	edital.
O	órgão	responsável	pela	emissão	dos	procedimentos	 licitatórios	e	 também	
pela	fiscalização	dos	Terminais	Portuários	com	uso	da	concessão	é	a	Agência	Nacional	
de	 Transportes	 Aquaviários	 (ANTAQ),	 que	 tem	 por	 finalidade	 implementar	 as	
políticas	 formuladas	 pelo	 Ministério	 do	 Governo	 Federal,	 sendo	 responsável	 por	
regular,	supervisionar	e	fiscalizar	as	atividades	de	prestação	de	serviços	de	transporte	
aquaviário	e	de	exploração	da	infraestrutura	portuária	e	aquaviária	(ANTAQ,	c2010).
Conheça a ANTAQ, acessando o link: http://portal.antaq.gov.br/index.php/
acesso-a-informacao/institucional/.
DICAS
No	Art.	 14,	 de	 acordo	 com	 os	 Requisitos	 para	 a	 Instalação	 dos	 Portos	 e	
Instalações	Portuárias,	seguem	especificadas	em	celebração	do	contrato	de	concessão:
I-	 consulta	à	autoridade	aduaneira;	
II-	 consulta	ao	respectivo	poder	público	municipal;	e	
III-	emissão,	 pelo	 órgão	 licenciador,	 do	 termo	de	 referência	 para	 os	
estudos	ambientais	com	vistas	ao	licenciamento	(BRASIL,	2013).		
A	 exploração	 dos	 serviços	 portuários	 requer,	 acima	 de	 tudo,	 que	 a	
instalação	tenha	eficiência	na	movimentação	das	cargas,	bem	como	agilidade	e	
segurança,	e	isso	será	influenciado	sempre	pela	capacidade	de	atendimento	aos	
navios	e	às	cargas	a	serem	transportadas.
2.4 NAVIOS E CARGAS
Os	 navios	 são	 identificados	 e	 diferenciados	 pelo	 tipo	 de	 carga	 que	
transportam,	 a	 qual	 pode	 fazer	 o	 percurso	 solta,	 unitizada	 em	 contêineres	 ou	
em	outros	 tipos	de	 embalagens,	 como	a	granel,	 em	grãos	ou	 líquidos,	 em	gás	
liquefeito,	cargas	especiais,	químicas,	grandes	volumes,	veículos,	barcos	e	outros	
tipos	menos	comuns.
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
14
Em	função	de	grandes	demandas	de	determinados	tipos	de	cargas	em	todo	
o	 comércio	 internacional,	os	navios	 são	construídos	e	 classificados	para	atender	ao	
transporte	 de	 cargas	 específicas,	 recebendo,	 assim,	 diferentes	 denominações.	 Os	
principais	tipos	de	navios	e	algumas	de	suas	principais	características	são:
• Navio cargueiro ou convencional ou carga geral:	 são	destinados	ao	transporte	
de	cargas	em	geral,	dotados	de	porões	onde	podem	armazenar	diversos	tipos	de	
cargas;	na	sua	base	de	superfície,	podem	carregar	cargas	soltas	em	geral	(LOPEZ;	
GAMA,	2011).	Um	exemplo	de	um	modelo	de	navio	cargueiro	ou	convencional	
pode	ser	visto	na	Figura	7.
FIGURA 7 – NAVIO CARGUEIRO OU CONVENCIONAL
FONTE: <https://www.navioseportos.com.br/web/index.php/uteis/glossarios/navio-de-carga>. 
Acesso em: 8 jul. 2020.
• Navio porta-contêiner:	 os	 contêineres	 estão	 por	 toda	 parte	 do	 mundo,	
principalmente	 no	 comércio	 internacional;	 com	 uma	 demanda	 de	 cargas	
conteinerizadas,	 os	 navios	 são	 construídos	 para	 atender	 esse	 tipo	 de	
embalagem/carga,	 possuindo	 capacidades	 para	 transportarem	 contêineres	
em	medida	 TEU	 (Twenty-Foot Equivalent Unit	 –	 unidade	 equivalente	 a	 um	
contêiner	 de	 20	 pés	 de	 tamanhos),	 os	 quais	 são	 empilhados	 conforme	 um	
plano	de	carregamento	que	considera	o	tamanho	e	o	peso	de	cada	contêiner.	
A	maioria	desses	navios	transporta	os	contêineres	sob	a	superfície,	ou	seja,	
sob	o	convés	(assim	denominado)	(DAVID;	STEWART,	2010).	Na	Figura	8,	é	
possível	observar	um	modelo	de	navio	porta-contêiner	atracado	em	um	porto	
e	sendo	descarregado.
TÓPICO 1 — PORTOS
15
FIGURA 8 – NAVIO PORTA-CONTÊINER
FONTE: O autor 
• Navio Ro-Ro (roll-on roll-off):	 são	 tipos	 de	 navios	 para	 o	 transporte	 de	
veículos	sobre	rodas,	os	quais	possuem	rampa	de	acesso,	para	que	os	próprios	
veículos	sejam	guiados	para	dentro	do	porão	do	navio,	tanto	no	embarque	
quanto	no	desembarque	(DAVID;	STEWART,	2010).	Na	Figura	9,	temos	um	
modelo	de	navio	 tipo	Ro-Ro,	 atracado	 em	um	porto	 com	um	grande	pátio	
aberto	para	a	descarga	dos	veículos.
FIGURA 9 – NAVIO RO-RO
FONTE: O autor 
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
16
• Navio graneleiro:	 são	 tipos	de	navios	para	 o	 transporte	de	 granéis	 sólidos,	
por	 intermédio	 de	 porões	 de	 grande	 volumetria,	 e	 com	 grande	 capacidade	
de	peso;	possuem	baixo	custo	operacional	e	de	velocidade	reduzida,	quando	
comparado	 com	 outros	 tipos	 de	 navios(RODRIGUES,	 2010).	 A	 Figura	 10	
mostra	um	modelo	de	navio	graneleiro	da	companhia	Vale,	utilizado	para	o	
transporte	de	minério	de	ferro.
FIGURA 10 – NAVIO GRANELEIRO
FONTE: <http://www.vale.com/brasil/PT/initiatives/innovation/valemax/Paginas/default.aspx>. 
Acesso em: 8 jul. 2020.
• Navio tanque:	 são	 tipos	 de	 navios	 para	 o	 transporte	 de	 granéis	 em	 estado	
líquido,	 com	 grande	 capacidade	 de	 carga	 em	 volume	 e	 peso.	 Geralmente,	
transportam	derivados	de	petróleo.	Possuem	sistemas	de	bombeamento	para	
a	carga	e	descarga	(RODRIGUES,	2010).	Na	Figura	11,	observa-se	um	modelo	
de	navio	tanque	de	transporte	de	óleo	cru	da	Transpetro,	a	transportadora	da	
Petrobrás	do	Brasil.
TÓPICO 1 — PORTOS
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FIGURA 11 – NAVIO TANQUE
FONTE: <http://www.petrobras.com.br/fatos-e-dados/transpetro-conheca-nossos-principais-
tipos-de-navios.htm>. Acesso em: 21 jul. 2020.
Para	 todos	 os	 tipos	 de	 navios	 e	 suas	 cargas,	 há	 a	 necessidade	 de	
instalações	 apropriadas	 para	 os	 terminais	 portuários,	 que	 devem	 se	 equipar	
para	além	de	receber	navios,	movimentar	as	cargas	com	agilidade	e	eficiência.
2.5 INSTALAÇÕES
Conforme	 a	 Lei	 n°	 12.815/2013,	 o	 Art.	 2°	 define	 que	 as	 instalações	
compreendem	 a	 área	 interna	 dentro	 do	 porto	 ou	 fora	 do	 porto	 destinadas	 à	
movimentação	e/ou	à	armazenagem	de	cargas,	bem	como	os	pátios,	as	vias	de	
acesso	e	as	demais	infraestruturas	que	dão	suporte	aos	serviços	prestados.		
Ainda	no	que	diz	respeito	às	instalações,	considera-se	o	acesso	marítimo	
como	instalação	do	terminal	–	assim,	a	adequação	e	a	facilidade	de	acesso	com	
segurança	fazem	parte	das	instalações,	uma	vez	que	devem	suportar	a	demanda	
da	movimentação	das	cargas	e	dos	navios	que	irão	atracar.	A	Figura	12	mostra	
uma	 visão	 panorâmica	 das	 instalações	 do	 Porto	 de	 Itajaí,	 em	 Santa	 Catarina,	
em	que	é	possível	 identificar	o	canal	marítimo	de	acesso,	o	berço	de	atracação	
onde	o	navio	está	acostado,	 equipamentos	de	apoio	para	descarga	e/ou	carga,	
área	terrestre	para	manobras	de	equipamentos,	veículos	de	carga,	movimentação	
e	 armazenagem	 de	 mercadorias,	 galpões	 auxiliares,	 prédio	 para	 o	 suporte	
de	 serviços	 administrativos,	 vias	 de	 acesso	 terrestre,	 entre	 outros,	 além	 das	
instalações	que	se	caracterizam	e	ganham	corpo	para	melhorar	a	capacidade	de	
atendimento	à	demanda	das	cargas.
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
18
FIGURA 12 – INSTALAÇÕES DO PORTO DE ITAJAÍ
FONTE: <https://www.portosenavios.com.br/noticias/portos-e-logistica/porto-de-itajai-recebera-
navios-com-335-e-348,-metros-em-junho>. Acesso em: 20 jul. 2020.
Segundo	Rojas	 (2014),	podemos	destacar	os	principais	 itens	relacionados	
que	compõe	as	instalações:
•	 canal	de	acesso	marítimo	e	demais	equipamentos	de	sinalização	e	de	segurança;
•	 berço	de	atracação;
•	 pátio	interno	com	vias	de	acesso	identificadas	e	sinalizadas;
•	 equipamentos	 para	 qualquer	 tipo	 de	movimentação,	manuseio	 e	 de	 acordo	
com	os	tipos	de	cargas;
•	 tecnologias	envolvidas	nas	operações,	sejam	para	rastreamento,	identificação,	
inspeção,	controle	e	gestão;
•	 prédios	para	prestação	de	serviços	administrativos;
•	 galpões	para	armazenagem;
•	 portões	terrestres	de	acesso;
•	 rede	 elétrica	 capaz	de	 atender	 às	 necessidades	de	 funcionamento	de	 toda	 a	
operação;
•	 rede	internet	para	comunicação;
•	 rede	de	telefonia	para	comunicação;
•	 acesso	 terrestre	 interno	 e	 externo	 com	 adequada	 capacidade	 de	 atender	 à	
demanda	de	cargas	e	de	veículos;
•	 área	externa	para	suportar	a	movimentação	de	cargas;
•	 viabilidade	de	acesso	para	outros	meios	de	transportes;
•	 áreas	 adicionais	 interna	 e/ou	 externa	 para	 viabilidade	 de	 ampliação	 dos	
serviços	prestados.
Para	 que	 toda	 a	 infraestrutura	 esteja	 disponível	 e	 possa	 ser	 eficiente	
na	prestação	dos	serviços,	consideramos	 também	todos	os	recursos	humanos	
e	 demais	 recursos	materiais	 que	 proporcionam	 a	 gestão	 de	 toda	 a	 operação	
portuária,	bem	como	todos	os	processos,	seus	procedimentos	e	o	cumprimento	
TÓPICO 1 — PORTOS
19
das	 normas	 regulamentadoras,	 para	 que	 as	 instalações	 ofereçam	 um	 serviço	
portuário	que,	originalmente,	é	complexo	em	função	da	quantidade	de	recursos	
aplicados,	 do	 volume	 de	 movimentação	 de	 diversos	 tipos	 de	 cargas,	 da	
grandiosidade	dos	navios,	dos	valores	financeiros	de	grande	monta	circulados	
e	demais	atividades	técnicas.
As	 instalações	 portuárias	 compreendem	 diversos	 tópicos,	 sendo	 na	
maioria	interconectados	e	que	influenciam	no	tipo	de	navio	que	pode	ser	atracado.	
Um	ponto	fundamental	nesse	cenário	é	o	calado,	representando	a	profundidade	
da	água	dos	canais	de	acesso	e	ancoradouros	–	a	Figura	13	mostra	a	representação	
de	um	calado,	a	linha	d’água	(é	a	linha	da	superfície	da	água),	o	tamanho	da	boca	
(considerado	a	largura	do	navio)	e	também	o	calado	aéreo,	assim	denominado	
para	representar	em	metros	a	capacidade	que	pode	levar	de	carga	acima	da	sua	
superfície	(DAVID;	STEWART,	2010).
FIGURA 13 – CALADO DO NAVIO
FONTE: Adaptada de <https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/dicionario-
naval-vela.phtml>. Acesso em: 21 jul. 2020.
Medida 
do calado{
Instalações	 apropriadas	 são	 características	 notáveis	 em	 infraestrutura	
para	 receber	 navios	 cada	 vez	 maiores,	 com	 maior	 volume	 de	 carga	 a	 ser	
movimentada,	 bem	 como	 atender	 à	 demanda	 de	 cargas	 dentro	 do	 país	 e	
também	para	as	atividades	no	comércio	 internacional,	o	que	exige	 também	o	
atendimento	e	as	exigências	legais	dos	órgãos	intervenientes	envolvidos.
2.6 ÓRGÃOS INTERVENIENTES
Os	órgãos	intervenientes	são,	em	geral,	os	envolvidos	nas	operações	dos	
terminais	 portuários,	 participando	 de	 inspeção,	 liberação,	 armazenagem	 e/ou	
movimentação	de	cargas,	e	também	da	própria	operação	desde	o	embarcador	de	
uma	carga	até	o	embarque	e	transporte	da	carga	ao	destino	final.
Podemos	também	especificar	esses	órgãos	envolvidos	como	aqueles	que	
diretamente	 participam	 da	 inspeção/liberação	 de	 cargas	 de	 importação	 e/ou	
exportação,	denominados	de	anuentes.
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
20
2.6.1 Órgãos anuentes 
Para	 o	 controle	 administrativo	 da	 entrada	 de	 produtos	 específicos	 em	
território	 aduaneiro	 brasileiro,	 que	 tem,	 entre	 suas	 atribuições,	 a	 função	 de	
analisar,	 inspecionar	 e	 liberar	 ou	 não	 os	 processos/cargas	 de	 importação	 e/ou	
exportação	 do	 território	 brasileiro,	 respeitadas	 suas	 respectivas	 competências	
(SEBRAE,	2018).		
Nesta unidade, os órgãos intervenientes sempre farão parte dos assuntos 
relacionados com cada tema e cada área do contexto das operações.
IMPORTANT
E
Mais	 adiante,	 conheceremos	 os	 principais	 órgãos	 que	 interferem	 nas	
operações	dos	terminais	portuários,	que	regulamentam	as	atividades	dentro	de	
cada	área	específica	que	atuam	e	têm	a	competência	técnica	para	inspecionarem	
e	liberarem,	ou	não,	cargas	a	serem	importadas	e/ou	exportadas	nos	terminais.
No	Brasil,	os	portos	públicos	e	os	terminais	portuários	privados	estão	sob	
a	regulamentação	do	Ministério	da	 Infraestrutura,	que,	por	meio	da	Secretaria	
Nacional	 de	 Portos	 e	 Transportes	Aquaviários,	 é	 responsável	 pela	 formulação	
de	políticas.	 Já	 a	 forma	de	 conduzir	 e	gerir	os	portos	 é	 realizada	por	meio	da	
ANTAQ,	existente	há	mais	de	18	anos	no	Brasil	e	que	está	à	frente	da	execução	
e	do	desenvolvimento	de	programas	de	apoio	à	melhoria	de	infraestrutura	dos	
portos	e	demais	áreas	adjacentes	(ROJAS,	2014).
À	ANTAQ	 compete	 ainda	 avaliar	 o	 desempenho	 dos	 portos	 no	 Brasil,	
seja	com	dados	publicados	pelos	próprios	portos	públicos,	seja	no	recebimento	
de	dados	dos	portos	privados,	a	fim	de,	estatisticamente,	publicar	o	panorama	
histórico	de	cargas,	da	evolução	da	movimentação	na	importação	e	também	na	
exportação,	entre	outros,	e	servir	de	importante	base	de	dados	para	proporcionar	
os	investimentos	necessários	do	governobrasileiro	ao	sistema	portuário	nacional	
(ROJAS,	2014).	Outras	principais	autoridades	que	atuam	com	poder	de	fiscalização	
nos	terminais	portuários	são:
• Órgão Gestor de Mão de Obra	 (OGMO):	órgão	que	está	presente	na	Lei	n°	
12.815/2013,	que	especifica	a	contratação,	a	escala	e	a	alocação	de	trabalhadores	
portuários	avulsos,	quando	contratados	pelo	porto	(ROJAS,	2014).
• Vigilância Sanitária:	 órgão	 que	 inspeciona	 as	 condições	 operacionais	 e	 de	
higiene	a	bordo	dos	navios,	dos	tripulantes	e	passageiros,	e	das	cargas,	bem	
como	de	embalagens	que	estão	sujeitas	a	contaminação	por	qualquer	tipo	de	
praga,	entre	outros	(ROJAS,	2014).
TÓPICO 1 — PORTOS
21
• Polícia Federal:	 atua	na	 segurança	e	na	fiscalização	contra	 contrabandos	de	
mercadorias	ilícitas,	fraudes,	entre	outros	crimes,	nas	áreas	portuárias	e	no	seu	
entorno,	atuando	em	parceria	com	a	Receita	Federal,	que	realiza	inspeções	em	
cargas,	fiscaliza	 a	 arrecadação	dos	 tributos	 e	 a	 classificação	de	mercadorias,	
a	 fim	 de	 salvaguardar	 o	 país	 de	 mercadorias	 que	 não	 sejam	 permitidas	 e	
contrabandeadas,	entre	outras	operações	fraudulentas	(ROJAS,	2014).
Um	 dos	 mais	 atuantes	 e	 estratégicos	 nas	 operações	 portuárias	 é	 a	
Secretaria	 da	 Receita	 Federal	 do	 Brasil.	 É	 o	 órgão	 vinculado	 a	 um	Ministério	
do	 Governo	 Federal,	 responsável	 pela	 administração	 dos	 tributos	 internos	 e	
aduaneiros	da	União,	controlando	as	entradas	e	as	saídas	de	produtos	do	país	
e	arrecadando	os	direitos	aduaneiros;	as	operações	analisadas	por	um	software	
específico	denominado	SISCOMEX,	em	que	todos	os	dados	e	informações	acerca	
das	operações	de	 importação	e	 exportação	estão	disponibilizados	e	 analisados	
pela	Receita	Federal	(LOPEZ;	GAMA,	2011).
Dessa	forma,	os	órgãos	atuam	no	dia	a	dia	das	operações	nos	terminais	
portuários,	não	 com	o	objetivo	de	dificultar	ou	barrar	 as	 cargas	do	 comércio	
internacional,	mas,	 sim,	 estabelecer	 regras	 e	 fiscalizar	 para	 evitar	 os	 desvios	
e/ou	 outras	 divergências	 que	 possam	 prejudicar	 os	 interesses	 econômicos	 e	
sociais	do	país.
22
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 As	evoluções	dos	portos	 inserem	 também	novos	 conceitos	para	 caracterizar	
melhor	 as	 operações	 no	 dia	 a	 dia	 dos	 terminais	 portuários	 na	 atualidade.	
Assim,	as	pesquisas	científicas	buscam	cada	vez	mais	compreender	as	funções	
desses	importantes	elos	da	cadeia	logística	mundial.
•	 Os	navios	e	suas	cargas	 identificam	as	necessidades	de	os	 terminais	portuários	
se	equiparem	para	melhor	atender	à	demanda	de	cargas	volumosas	e	de	navios	
maiores,	cargas	específicas	para	determinadas	mercadorias,	assim	como	navios	
específicos	para	transportar	determinadas	cargas.
•	 As	 infraestruturas	 das	 instalações	 devem	 ser	 adequadas	 para	 receber	 navios	 e	
cargas	específicas	e	que	devem	suportar	a	demanda	com	equipamentos,	tecnologias	
envolvidas,	 gestão	 de	 processos,	 locais	 de	 armazenagens,	 canais	 marítimos	 de	
acesso,	portões	de	acesso	no	lado	terrestre	e	demais	estruturas	físicas.
•	 Os	terminais	portuários	seguem	modelos	de	exploração	que	são	determinados	
e	 controlados	 por	 leis	 federais,	 e	 fiscalizados	 por	 órgãos	 intervenientes/
governamentais	para	garantir	o	cumprimento	e	também	inspecionar	tanto	as	
mercadorias	que	adentram	como	as	que	saem	do	país.
RESUMO DO TÓPICO 1
23
AUTOATIVIDADE
1	 Por	 muitos	 anos	 na	 história	 portuária,	 o	 conceito	 de	 um	 porto	 foi	
basicamente	a	 interface,	 ou	 seja,	 a	 ligação	entre	o	 transporte	 terrestre	 e	o	
transporte	marítimo.	O	que	 levou	à	mudança	conceitual	de	um	porto	ao	
longo	dos	anos	do	seu	desenvolvimento?
2	 O	acesso	ao	complexo	portuário	de	Itajaí,	em	Santa	Catarina,	possui	uma	
bacia	de	evolução	na	entrada	do	canal	marítimo.	Explique	para	que	serve	
essa	bacia	de	evolução	para	os	terminais	portuários.
3	 Os	 navios	 são	 identificados	 e	 diferenciados	 pelo	 tipo	 de	 carga	 que	
transportam,	a	qual	pode	fazer	o	percurso	solta,	unitizada	em	contêineres	
ou	em	outros	tipos	de	embalagens,	como	a	granel,	em	grãos	ou	líquidos,	
em	gás	 liquefeito,	 cargas	especiais,	químicas,	grandes	volumes,	veículos,	
barcos	e	outros	tipos	menos	comuns.	O	que	caracteriza	o	tipo	de	carga	do	
navio	denominado	Ro-Ro	(roll-on roll-off)?
24
25
TÓPICO 2 — 
UNIDADE 1
PORTO SECO
1 INTRODUÇÃO
Os	 terminais	 portuários	 encontram-se	 em	áreas	 onde	há	 a	divisa	 entre	
o	acesso	terrestre	e	o	acesso	marítimo.	Muitos	locais	estão	próximos	a	grandes	
centros	urbanos	e/ou	de	cargas	em	movimentação;	outros	são	locais	com	grande	
movimentação	de	veículos	e	de	cargas,	ocasionando	verdadeiros	“gargalos”,	ou	
seja,	um	estrangulamento	em	fluxo	nas	rodovias	e	nos	acessos	locais.
Pelo	 fato	de	 esses	 terminais	portuários	 serem	essenciais	para	que	possam	
receber	navios	e	suas	cargas,	e	por	estarem	muito	próximos	aos	mares	e	outros	
meios	marítimos,	eles	se	 tornam	um	centro	complexo	de	múltiplas	atividades,	
pois,	muitas	vezes,	são	pontos	de	fronteiras	que	fazem	a	ligação	terrestre	de	um	
país	com	a	ligação	marítima	internacional.
Muitos	 serviços	 executados	 nos	 terminais	 portuários	 brasileiros,	 além	
da	principal	 atividade	de	 receber	navios	para	 carga	e/ou	descarga,	podem	ser	
executados	 em	 outros	 locais	 físicos	 que	 não	 necessariamente	 deveriam	 estar	
dentro	 da	 infraestrutura	 de	 um	 terminal	 portuário,	 retirando	 o	 acúmulo	 de	
serviços	específicos	e	reduzindo	o	fluxo	nos	terminais	e	aos	seus	arredores.
Conheceremos,	 então,	 esses	 outros	 locais	 que	podem	assumir	muitos	dos	
serviços	realizados	em	um	porto	localizado	ao	lado	de	um	acesso	marítimo.
2 TERMINAIS PORTUÁRIOS SECOS 
Para	 entendermos	 o	 que	 é	 um	 terminal	 portuário	 seco,	 precisamos	
compreender	 dois	 conceitos	 importantes	 utilizados	 no	 meio	 portuário	 que	
ajudam	a	perceber	suas	diferenças	e	características.	Assim,	o	território	brasileiro	
é	dividido	em	duas	partes:
Você, acadêmico, já ouviu falar na expressão “porto seco” ou em um terminal 
portuário seco? Em razão da palavra “seco”, é possível compreender que esse porto não está 
localizado fisicamente ao lado de um acesso marítimo. A seguir, entenderemos melhor o que é 
um terminal portuário seco, suas características e demais informações que o cercam.
UNI
26
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
•	 Zona	 primária:	 composta	 pelas	 partes	 que	 fazem	 conexão	 com	 fronteiras,	
sejam	 terrestres,	 ou	marítimas,	 e	que	possuem	controle	 aduaneiro	 instalado	
para	receber	ou	enviar	cargas	para	outros	países.
•	 Zona	 secundária:	 áreas	 que	 não	 estão	 em	 conexão	 com	 fronteiras,	 porém	
podem	 ter	 controle	 aduaneiro	 para	 receber	 ou	 enviar	 cargas	 para	 outros	
países,	nesse	caso,	especificamente	para	a	atividade	de	processamento,	ou	seja,	
armazenagem,	transferência	de	carga	de	um	veículo	ao	outro,	inspeção,	entre	
outras	atividades.		
Desse	modo,	podemos	especificar	a	zona	primária	como:	
a)	 a	área	 terrestre	ou	aquática,	contínua	ou	descontínua,	nos	portos	
alfandegados;
b)	 a	área	terrestre,	nos	aeroportos	alfandegados;	e
c)	 a	área	terrestre,	que	compreende	os	pontos	de	fronteira	alfandegados	
(BRASIL,	2009).
Já	a	zona	secundária	“compreende	a	parte	restante	do	território	aduaneiro,	
nela	incluídas	as	águas	territoriais	e	o	espaço	aéreo”	(BRASIL,	2009).
Conheça o Decreto n° 6.759, de 5 de fevereiro de 2009, que regulamenta 
a administração das atividades aduaneiras e a fiscalização, o controle e a tributação das 
operações de comércio exterior. Acesse: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2009/decreto/d6759.htm.
DICAS
Além	 de	 zona	 primária	 e	 a	 zona	 secundária,	 há	 outros	 conceitos	
importantes	que	completam	esses	temas:
•	 Aduana	–	 tem	o	mesmo	significado	de	alfândega,	que	 representa	um	órgão	
do	governo	em	um	 local	 físico	que	fiscaliza,	 cobra	 tributos	e	 controla	 locais	
onde	ocorre	serviços	sobre	importações	e	exportações	nos	portos,	aeroportos,	
fronteiras	e	áreasdenominadas	“zonas	alfandegárias”	(LUNA,	2000).
•	 Controle	aduaneiro	–	 é	o	 local	onde	 se	 realiza	as	 atividades	de	fiscalização,	
cobrança	e	inspeção	de	mercadorias	que	estão	sendo	processadas	de	importação	
e	exportação,	 sob	o	domínio	de	um	órgão	do	governo,	denominado	Receita	
Federal	do	Brasil	(LUNA,	2000).
Assim,	 em	 uma	 zona	 secundária	 com	 controle	 aduaneiro,	 há	 atividades	
sob	o	controle	da	Receita	Federal	do	Brasil,	bem	como	atividades	de	importação	e/
ou	exportação	 sendo	processadas.	Uma	zona	primária	 também	realiza	o	 controle	
aduaneiro,	 pois	 se	 trata	 de	 um	 ponto	 de	 fronteira	 e	 que	 necessita	 de	 controle	 e	
fiscalização	também	da	Receita	Federal	do	Brasil.
TÓPICO 2 — PORTO SECO
27
2.1 CONCEITO
Pode-se	 compreender	 que	 os	 terminais	 portuários	 secos	 são	 locais	
alfandegados	de	uso	público,	em	zonas	secundárias,	onde	são	executados	serviços	
de	 movimentação,	 armazenagem	 e	 despachos	 de	 processos	 de	 importação	 e	
exportação	de	mercadorias	sob	o	controle	aduaneiro	(ROJAS,	2014).
Com	 esse	 conceito,	 podemos	 compreender	 melhor	 que	 esses	 locais	 não	
estão	geralmente	próximos	em	zonas	primárias,	ou	seja,	se	fosse	um	porto,	estaria	
ao	lado	de	um	acesso	marítimo,	mas,	nesse	caso,	não	se	encontra,	estando	distante,	
em	zona	secundária,	porém	em	relação	ao	controle	aduaneiro,	está	sob	o	controle,	a	
fiscalização	e	a	inspeção	da	Receita	Federal	do	Brasil.
Conheça a Receita Federal do Brasil, sua função e importância nos despachos 
aduaneiros, acessando: https://receita.economia.gov.br/orientacao/aduaneira.
ATENCAO
Os	 terminais	 portuários	 secos	 são	 instalações	 criadas	 para	 desafogar	 o	
trânsito	de	mercadorias	nos	portos,	bem	como	desafogar	zonas	primárias,	sendo	
opções	 de	 serviços	 que	 possibilitam	 realizar	 todo	 o	 despacho	 de	 importação	
e	 exportação,	 além	 de	 serviços	 adicionais	 como	 armazenagens,	 manuseio	 e	
processamentos	de	cargas,	inspeções,	entre	outros	(LOPEZ;	GAMA,	2011).
Também	 denominados	 de	 portos	 secos,	 possuem	 características	 similares	
às	de	um	porto	organizado,	porém	existem	alguns	tipos	diferentes	conforme	suas	
infraestruturas	físicas.
2.2 TIPOS E CARACTERÍSTICAS
São	 instalados,	 preferencialmente,	 adjacentes	 às	 regiões	 onde	 se	 encontram	 
as	 indústrias	 e/ou	 comércio	 de	 médio	 a	 grande	 porte,	 a	 fim	 de	 facilitar	 as	
operações	logísticas	de	transferências	de	cargas,	reduzindo	os	custos	envolvidos	
de	transporte	e	de	armazenagem	nas	zonas	primárias	(ROJAS,	2014).
É	 comum	 encontrar,	 no	 Brasil,	 portos	 secos	 que	 reduzem	 em	 até	 40%	
do	tempo	entre	a	saída	de	uma	carga	de	uma	fábrica	até	o	início	do	transporte	
marítimo	 internacional,	 ou	 também	 no	 sentido	 inverso,	 do	 fim	 do	 transporte	
marítimo	internacional	até	a	chegada	da	carga	ao	local	de	consumo	–	isso	reflete	
em	diminuição	dos	custos	envolvidos	nas	operações	(LOPEZ;	GAMA,	2011).
28
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
FIGURA 14 – VISÃO AÉREA DA MULTILOG
FONTE: <https://site.multilog.com.br/unidades/>. Acesso em: 1 ago. 2020.
O	Terminal	 Porto	 Seco	da	 empresa	Multilog	possui	 uma	 área	 total	 de,	
aproximadamente,	 331.000	m2,	 e	 uma	 área	 total	 de	 armazenagem	de	 cerca	 de	
75.000	m2,	 com	vários	 armazéns	para	 cargas	 secas	 e	 refrigeradas,	 além	de	um	
centro	 específico	para	 a	 armazenagem	de	medicamentos,	produzidos	 em	uma	
fábrica	próxima.	Isso	o	caracteriza	como	um	prestador	de	serviços	em	parceria	
com	a	indústria	local,	servindo	principalmente	nas	operações	de	importação	de	
matéria-prima	e	na	exportação	dos	produtos	acabados.
Outro	 exemplo	 de	 porto	 seco,	 com	 suas	 características	 de	 operação	 e	
capacidade	 de	 atendimento,	 fica	 localizado	 no	 munícipio	 de	 Uruguaiana,	 no	
estado	do	Rio	Grande	do	Sul,	divisa	com	a	Argentina:	o	Porto	Seco	da	Multilog	
Uruguaiana,	 a	 681	 km	 de	 Porto	Alegre,	 tem	 capacidade	 para	 receber	 até	 720	
caminhões/dia	–	em	momentos	de	pico,	chega	a	suportar	mais	de	mil	caminhões	
por	dia	(ANVISA,	2019).	Observa-se,	na	Figura	15,	uma	visão	aérea	do	Porto	Seco	
de	Uruguaiana.
Os	 portos	 secos	 podem	 ser	 de	 dimensões	 variadas,	 dependendo	 da	
quantidade	 de	 serviços	 adicionais	 oferecidos,	 bem	 como	 da	 capacidade	 da	
instalação,	que	pode	 ser	medida	pela	quantidade	da	área	 total,	 tanto	de	pátio	
aberto	quanto	de	armazéns	fechados.	A	Figura	14	mostra	uma	visão	aérea	da	área	
total	do	Porto	Seco	Multilog,	 localizado	às	margens	da	Rodovia	Dep.	Antônio	
Heil,	no	munícipio	de	Itajaí,	Santa	Catarina,	aproximadamente	70	km	distante	do	
complexo	portuário	de	Itajaí.
TÓPICO 2 — PORTO SECO
29
FIGURA 15 – VISÃO AÉREA DO PORTO SECO DE URUGUAIANA
FONTE: <https://site.multilog.com.br/unidades/>. Acesso em: 1 ago. 2020.
Os	 portos	 secos	 são	 explorados	 em	 diversos	 pontos	 do	 país	 e	 devem	
seguir	instruções	normativas	que	estabelecem	diretrizes	para	serem	construídos	
em	locais	apropriados	e	de	funcionamento,	entre	outras	providências.
2.3 MODELOS DE EXPLORAÇÃO
A	Instrução	Normativa	RFB	n°	1.208,	de	4	de	novembro	de	2011,	estabelece	
termos	e	condições	para	instalação	e	funcionamento	de	portos	secos	e	dá	outras	
providências,	definindo,	em	relação	à	prestação	de	serviços,	que:
Art.	3°	A	prestação	de	serviços	desenvolvidos	em	porto	seco	sujeita-se	
ao	 regime	de	permissão,	 salvo	quando	o	 imóvel	pertencer	 à	União,	
caso	 em	 que	 será	 adotado	 o	 regime	 de	 concessão,	 precedido	 da	
execução	de	obra	pública.
Art.	 4°	 A	 concessionária	 ou	 permissionária	 cobrará	 do	 usuário	
tarifa	 que	 englobe	 todos	 os	 custos,	 inclusive	 seguros,	 remuneração	
dos	 serviços	 e	 amortização	 do	 investimento,	 bem	 como	 aqueles	
necessários	ao	exercício	da	fiscalização	aduaneira,	nos	termos	e	limites	
determinados	pela	autoridade	competente.
Parágrafo	único.	A	 concessionária	 ou	permissionária	poderá	 auferir	
receitas	 acessórias	 em	decorrência	da	prestação	de	 serviços	 conexos	
com	o	objeto	da	concessão	ou	permissão,	prestados	facultativamente	
aos	usuários	(BRASIL,	2011).		
30
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
2.4 INSTALAÇÕES 
As	instalações	são	similares	a	de	portos,	porém	não	há	uma	ligação	com	
os	 mares	 nem	 tampouco	 infraestrutura	 para	 receber	 navios	 e	 determinados	
equipamentos	que	não	são	necessários	para	o	carregamento	e/ou	descarregamento	
das	embarcações	atracadas.
	Segundo	Rojas	(2014),	podemos	destacar	os	principais	itens	relacionados	
que	compõem	as	instalações	de	portos	secos:
•	 pátio	interno	com	vias	de	acesso	identificadas	e	sinalizadas;
•	 equipamentos	 para	 qualquer	 tipo	 de	movimentação,	manuseio	 e	 de	 acordo	
com	os	tipos	de	cargas;
•	 tecnologias	 envolvidas	 nas	 operações,	 seja	 para	 rastreamento,	 identificação,	
inspeção,	controle	ou	gestão;
•	 prédios	para	prestação	de	serviços	administrativos;
•	 galpões	para	armazenagem;
•	 portões	terrestres	de	acesso;
•	 rede	 elétrica	 capaz	de	 atender	 às	 necessidades	de	 funcionamento	de	 toda	 a	
operação;
•	 rede	internet	para	comunicação;
Quanto	à	localização,	a	RFB	n°	1.208	estabelece	que	um	porto	seco	deverá	
estar	localizado	e	instalado	de	acordo	com	a	deliberação	da	Secretaria	da	Receita	
Federal,	 com	 base	 em	 estudos	 de	 viabilidade	 técnica	 e	 econômica	 local,	 e	 em	
modelos	de	minutas	que	integram	o	edital	de	concessão	ou	permissão,	contendo	
pelo	menos	os	seguintes	elementos:
I-	 Levantamento	da	demanda;	
II-	 Indicação	da	área	de	localização	geográfica	mais	conveniente;	
III-	 Disponibilidade	de	recursos	humanos	e	materiais;	
IV-	Tipo	de	carga	a	ser	armazenada;	e	
V-	 Prazo	da	concessão	ou	permissão	(BRASIL,	2011).
 
No	Art.	17,	a	concessão	ou	permissão	para	a	prestação	de	serviços	será	
formalizada	por	contrato	celebrado	entre	a	União,	representada	pela	Secretaria	
da	Receita	Federal,	e	a	empresa	vencedora	do	processo.
No	Brasil,	as	concessões	ou	permissões	são	fornecidas	para	empresas	de	
capital	privado,	ou	seja,	a	iniciativaprivada	explora	esses	serviços	com	base	nas	
regulamentações	e	no	edital	publicado,	sob	o	regime	de	controle	aduaneiro	da	
Secretaria	da	Receita	Federal.
As	instalações	ficam	a	cargo	da	concessionária	ou	permissionária,	de	acordo	
com	a	demanda	local	e	a	área	estabelecida	no	edital,	entre	outras	especificações.
TÓPICO 2 — PORTO SECO
31
FIGURA 16 – GALPÃO DE ARMAZENAGEM DA MULTITERMINAIS
FONTE: <https://www.multiterminais.com.br/porto-seco-juiz-de-fora-mg>. Acesso em: 3 ago. 2020.
•	 rede	de	telefonia	para	comunicação;
•	 acesso	 terrestre	 interno	 e	 externo	 com	 adequada	 capacidade	 de	 atender	 à	
demanda	de	cargas	e	de	veículos;
•	 área	externa	para	suportar	a	movimentação	de	cargas;
•	 viabilidade	de	acesso	para	outros	meios	de	transportes;
•	 áreas	 adicionais	 interna	 e/ou	 externa	 para	 viabilidade	 de	 ampliação	 dos	
serviços	prestados.
A	Figura	16	apresenta	um	exemplo	de	galpão	de	armazenagem,	 localizado	 
no	Porto	Seco	de	Juiz	de	Fora,	Minas	Gerais,	da	empresa	Multiterminais.
As	 instalações,	 em	 geral,	 priorizam	 serviços	 de	 armazenagem,	
movimentação	 de	 cargas,	 tanto	 em	 pátio	 quanto	 em	 veículos,	 áreas	 cobertas	 ou	
descobertas,	dependendo	do	tipo	de	carga,	serviços	de	acomodação	de	mercadorias	
em	contêineres	ou	em	outros	tipos	de	embalagens.	Têm	a	vantagem	principalmente	 
de	 realizar	 os	 despachos	 aduaneiros	 fora	 da	 área	 portuária	 (zona	 primária),	 
desafogando	esses	acessos	e	com	objetivos	claros	de	redução	dos	custos	envolvidos.
Assim	como	os	portos,	os	 terminais	portuários	 secos	 têm	a	participação	de	
órgãos	intervenientes	que	fiscalizam	as	operações	e	regulam	a	atividade	do	setor.
32
UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
2.5 ÓRGÃOS INTERVENIENTES
Entre	os	principais	órgãos	intervenientes	que	estão	presentes	nas	operações	
desses	tipos	de	terminais,	assim	como	os	órgãos	anuentes,	podemos	destacar:
•	 A	Agência	Nacional	de	Vigilância	Sanitária	(Anvisa),	que	autoriza	o	funcionamento	
e,	 principalmente,	 regula,	 autoriza	 e	 fiscaliza	 os	 serviços	 de	 armazenagem	para	
cargas	controladas	pelo	órgão	–	por	exemplo,	os	medicamentos.
•	 A	 Polícia	 Federal	 do	 Brasil,	 que	 também	 autoriza	 e	 fiscaliza	 os	 serviços	 de	
armazenagem	para	cargas	controladas,	como	de	bens	de	alto	valor	agregado.
•	 A	Receita	Federal	do	Brasil,	que	é	o	órgão	que	regula,	autoriza	e	fiscaliza	as	
operações	designadas	para	o	despacho	aduaneiro	de	mercadorias	importadas	
e/ou	 exportadas,	 que	 são	 movimentadas	 em	 terminais	 secos,	 permitindo,	
assim,	a	interiorização	desse	serviço	no	país	(ROJAS,	2014).
•	 Exército	 brasileiro,	 que	 participa	 da	 fiscalização	 e	 da	 autorização	 para	
movimentação	 e	 armazenagem	 de	 produtos	 controlados	 específicos,	 como	
armamentos	(ROJAS,	2014).
•	 Ministério	 da	Agricultura,	 que	 também	 atua	 na	 fiscalização	 e	 indica	 outros	
órgãos	anuentes	para	a	inspeção	de	cargas	controladas,	como	de	animais	vivos	
(LOPEZ;	GAMA,	2011).
Demais	 órgãos	 intervenientes	 participam	 das	 operações	 diárias,	 entre	
empresas	 transportadoras,	 serviços	 de	 tecnologia,	 vigilância	 e	 rastreamento,	
seguradoras	 de	 carga,	 entre	 outros	 prestadores	 qualificados	 que	 formam	uma	
rede	integrada,	na	qual	o	terminal	portuário	seco	é	também	um	concentrador	de	
serviços	voltado	para	atender	as	demandas	de	importação	e/ou	exportação.
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RESUMO DO TÓPICO 2
Neste tópico, você aprendeu que:
•	 Para	a	melhor	compreensão	do	conceito	de	um	terminal	portuário	seco,	é	preciso	
entender	o	que	são	as	zonas	primária	e	secundária.	Esse	tipo	de	terminal	retira	o	
acúmulo	de	movimentação	de	serviços	próximo	a	uma	região	portuária.
•	 Uma	das	principais	 características	dos	 terminais	portuários	 secos	 é	 oferecer	
vários	 serviços	aos	embarcadores	para	exportação,	bem	como	aos	 importadores.	
Em	muitos	casos,	esses	terminais	reduzem	os	custos	envolvidos	nas	operações	
logísticas,	 sendo	 uma	 alternativa	 para	 aproximar	 os	 centros	 industriais	 ao	
transporte	marítimo.
•	 O	modelo	de	exploração	segue	a	regulamentação	de	uma	instrução	normativa	
da	Receita	Federal	do	Brasil,	quanto	a	permissão,	tipo	de	instalação	e	localização	
para	 um	 terminal	 seco,	 destinado	 para	 a	 iniciativa	 privada	 investir	 nesse	
segmento	de	serviços	logísticos	no	país.
•	 Os	 agentes	 intervenientes	 também	 estão	 presentes	 nos	 terminais	 portuários	
secos,	 entre	 os	 quais	 se	 destaca	 a	 Receita	 Federal,	 que	 atua	 na	 inspeção	 e	
na	 fiscalização	dos	 processos	 aduaneiros,	 para	 que	 a	 carga	 seja	 liberada	 no	
terminal	e	siga	para	o	seu	destino.
•	 As	instalações	devem	ser	adequadas	para	as	mais	diversas	variedades	de	cargas,	
com	 a	 utilização	 de	 tecnologias	 e	 demais	 equipamentos	 que	 dão	 agilidade	 e	
segurança	à	toda	movimentação	necessária.
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1	 Áreas	destinadas	 a	 operar	 com	o	 controle	 aduaneiro	 exercem	 serviços	de	
conexão	para	o	comércio	exterior,	porém	são	basicamente	denominadas	de	
zonas,	sendo	divididas	em	primárias	e	secundárias.	Como	podemos	melhor	
diferenciar	a	zona	primária	da	secundária?
2	 Um	 porto	 seco	 exerce	 um	 papel	 fundamental	 no	 fluxo	 de	 transportes	 e	
serviços	ligados	às	cargas	e	deve	ser	instalado	em	locais	estratégicos,	a	fim	
de	facilitar	a	economia	local	de	uma	região	específica.	Em	geral,	há	alguma	
preferência	relacionada	ao	local	onde	um	terminal	portuário	seco	deve	ser	
instalado	no	Brasil?	Justifique	sua	resposta.
3	 O	 Exército	 brasileiro	 possui	 diversos	 papéis	 relacionados	 à	 segurança	 do	
país,	exercendo	serviços	em	diversos	 locais	específicos.	Qual	é	o	principal	
papel	do	Exército	nos	terminais	portuários	secos	do	país?
AUTOATIVIDADE
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TÓPICO 3 — 
UNIDADE 1
AEROPORTOS
1 INTRODUÇÃO
Neste	 tópico,	 abordaremos	 o	 importante	 modal	 aéreo,	 que,	 com	 sua	
velocidade	 e	 características	 específicas,	 por	 intermédio	 das	 mais	 diversas	
aeronaves,	circula	no	mundo	inteiro	 transportando	pessoas,	bagagens	e	cargas	
de	diversos	tipos.
Para	 que	 o	 modal	 aéreo	 possa	 se	 desenvolver	 mundialmente,	 faz-se	 
necessário	que	os	aeroportos	sejam	capazes	de	suportar	a	demanda	de	trânsito	de	
pessoas	e	cargas,	bem	como	uma	infraestrutura	necessária	para	receber	aeronaves	de	
grande	porte,	com	tecnologias,	segurança	e	qualidade	nos	serviços	a	serem	prestados.
Estudar	 os	 aeroportos	 é	 compreender	 que	 a	 complexidade	 de	
funcionamento	 das	 aeronaves	 tem	que	 ser	 convertida	 em	uma	 simplicidade	 e	
eficiência	operacional	dos	serviços,	a	fim	de	torná-lo	competitivo	com	os	outros	
modais	de	transporte	e	mais	uma	alternativa	viável	para	que	o	comércio	interno	
e	 internacional	usufrua	dos	serviços	aeroportuários	e	promova	o	seu	contínuo	
desenvolvimento	mundial.
2 TERMINAIS AEROPORTUÁRIOS 
Os	 terminais	 aeroportuários	 são	 partes	 essenciais	 do	 sistema	 de	
transporte	 aéreo,	 pois	 são	 os	 locais	 concentradores	 em	 que	 ocorrem	 as	
transferências	de	modo,	ou	seja,	do	aéreo	para	o	terrestre	e	vice-versa;	são	locais	
de	intensa	interação	de	pessoas,	bagagens	e	cargas,	e,	no	aspecto	da	função	de	
terminal,	 concentram	e	demandam	serviços	 relativos	às	mercadorias	que	por	
ele	transitam	(ASHFORD	et al.,	2015).
O	 tema	 aeroportuário	 torna-se	 ainda	 mais	 importante	 no	 contexto	
brasileiro,	 por	 suas	 proporções	 continentais	 em	 processo	 de	 desenvolvimento	
econômico,	que	busca	reduzir	as	desigualdades	entre	os	estados,	e	por	ser	um	
vetor	de	desenvolvimento	social,	permitindo	o	acesso	à	mobilidade	e	a	constante	
ampliação	 da	malha	 aérea	 para	 proporcionar	 o	 acesso	 com	mais	 facilidade	 e	
agilidade	do	transporte	aéreo	(COSTA,	2018).
A	 administração	 dos	 aeroportos	 brasileiros	 e	 seus	 terminais	 anexos	
compete	 à	 Empresa	 Brasileira	 de	 Infraestrutura	 Aeroportuária	 (Infraero),	
vinculada	 ao	 comando	 da	 Aeronáutica,	 que	 se	 responsabiliza	 pela	 cobrança	
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UNIDADE 1 — INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS, AEROPORTUÁRIAS E DE PORTO SECO 
das	 tarifas	 relacionadas	 às	 operações

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