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eBook - Regularizacao de Imovel Lucrativa - Leila Brito v2 pdf

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REGULARIZAÇÃO 
DE IMÓVEL 
LUCRATIVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Leila Brito 
Engenheira e Especialista 
 
 
 
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© Copyright 2021 por Leila Brito - Todos os direitos reservados. 
Não é legalmente permitido reproduzir, duplicar ou transmitir qualquer parte deste 
documento em meios eletrônicos ou impressos. A gravação desta publicação é 
estritamente proibida. 
 
 
 
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Sobre a autora 
 
Meu nome é Leila Brito, sou engenheira civil, graduada pela PUC Campinas em 
2012 e pós-graduada em 2015 pela Unicamp em projeto de estrutural de concreto 
armado. 
Antes de iniciar minha vida de empreendedora, trabalhei 5 anos na Secretaria 
de Obras da Prefeitura do Município de Monte Mor, no interior de São Paulo e lá eu 
tive meu primeiro contato com os trâmites burocráticos para regularização e 
aprovação de projetos. Então, meu primeiro com contato com esta área foi pelo lado 
de quem avalia e aprova. 
Atualmente exerço a engenharia através da empresa “Há Solução” 
especializada na elaboração e aprovação de projetos residenciais e comerciais, junto 
a prefeituras, cartórios e corpo de bombeiros. 
Também sou professora, mentora e palestrante. Por isto, frequentemente sou 
convidada para participação em congressos e ministrar palestras sobre 
empreendedorismo na área da Construção Civil. Tenho paixão em ensinar o que sei 
e encontrei na minha experiência em Regularização de Imóveis uma maneira de 
compartilhar com outros profissionais da área da construção civil (engenheiros, 
arquitetos, técnicos, tecnólogos e estudantes) a entrarem neste mercado que possui 
grandes oportunidades de negócios e escassez de profissionais especializados. 
Sabe como eu comecei a trabalhar com regularização de imóveis? Listei a seguir 
os motivos que me levaram a especializar neste assunto: 
 Recém-formada; 
 Inexperiente, com medo de começar e errar; 
 Insegura 
 Sem dinheiro para comprar software; 
 Sem escritório físico; 
 Sem CNPJ; 
 Buscando uma forma para ganhar dinheiro com meu diploma; 
Por que eu comecei a trabalhar com a Regularização de imóvel? 
 Minha experiência na Prefeitura, conhecendo os trâmites internos; 
 
 
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 Baixo nível de responsabilidade técnica, se comparado a uma construção 
nova; 
 Muitas vezes a construção já está pronta e não envolve execução da 
obra; 
 Altíssimo número de obras irregulares no Brasil; 
 A maioria os projetos possuem baixa complexidade; 
 Processo rápido para concluir e com ótimo retorno financeiro. 
 
 
 
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INTRUDUÇÃO 
 
Estou muito feliz por ter você aqui comigo. Para iniciarmos te convido a fazer 
uma rápida reflexão sobre Regularização do Imóvel. Aposto que você consegue 
pensar rapidamente em pelo menos três pessoas que possuem um imóvel com algum 
tipo de irregularidade e que podem precisar deste tipo de serviço. 
A notícia a seguir publicado no Correio Braziliense em dezembro de 2019 
reforça o que estou te dizendo e coloca alguns dados interessantes sobre o tema: 
 
 
 
Matéria disponível na íntegra em: https://bit.ly/38PKnpG 
 
Atualmente, o Ministério do Desenvolvimento Regional estima que cerca de 
50% dos 60 milhões de domicílios urbanos no país, não possuem documentação 
regular. 
Os números não mentem e estes dados dão uma ideia clara sobre o tamanho 
deste mercado e a quantidade de oportunidades existentes para profissionais 
especializados neste ramo. Ainda, a recente Resolução 64\2020 que visa facilitar os 
procedimentos de regularização e aprovação de obras tende a aumentar ainda mais 
a atual demanda. 
 
 
 
 
 
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ÍNDICE 
 
Sobre a autora ........................................................................................................................................... iv 
INTRUDUÇÃO ............................................................................................................................................ vi 
 
PARTE I – COMO TRABALHAR COM REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEIS ................................................. 1 
1. Regularização Imobiliária ............................................................................................................ 2 
1.1. O Mercado de Regularização Imobiliária ............................................................................. 2 
1.2. Qual Profissional Pode Regularizar um Imóvel .................................................................. 3 
1.3. Responsável Técnico da Obra x Responsável Técnico de Regularização de imóvel ... 3 
2. Primeiros Passos para Regularizar um Imóvel ....................................................................... 5 
MODELO DE LAUDO DE VISTORIA ....................................................................... 12 
3. Regularização de Imóvel Sem Edificação ............................................................................... 27 
3.1. Compra e venda de imóveis irregulares: ........................................................................... 27 
3.2. Medição .................................................................................................................................... 28 
3.3. Atividade na Prefeitura .......................................................................................................... 28 
3.4. Atividade no Cartório ............................................................................................................. 29 
4. Iniciar uma obra do zero ........................................................................................................... 30 
5. Regularização de Imóvel Com Edificação ............................................................................... 31 
5.1. Quais documentos são necessários? ................................................................................. 32 
5.2. Quais os projetos são necessários? .................................................................................... 32 
5.3. Checklist para aprovar o projeto de regularização de imóvel com edificação na 
Prefeitura? ............................................................................................................................................. 32 
6. Elaboração do Projeto para Prefeitura ................................................................................... 34 
6.1. Por onde começar? ................................................................................................................ 34 
6.2. Projeto arquitetônico ou Projeto de Prefeitura ................................................................ 35 
6.3. Alvará da construção ............................................................................................................. 36 
6.4. Certificado de Habite-se ou Conclusão de obra ............................................................... 36 
6.5. Receita Federal ........................................................................................................................ 37 
6.6. Averbação de Cartório ........................................................................................................... 37 
7. Legislação Municipal .................................................................................................................. 38 
7.1. Plano Diretor ........................................................................................................................... 38 
 
 
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7.2. Lei de uso e ocupação do solo (LUOS) ............................................................................... 38 
7.3. Zoneamento ............................................................................................................................
39 
7.4. Código de obras ...................................................................................................................... 39 
7.5. Escolha do lote: ....................................................................................................................... 40 
8. Índices para licenciamento urbanístico.................................................................................. 42 
8.1. Taxa de ocupação ................................................................................................................... 42 
8.2. Coeficiente de aproveitamento ........................................................................................... 42 
8.3. Coeficiente de permeabilidade ............................................................................................ 42 
8.4. Afastamentos ou recuos mínimos ...................................................................................... 43 
8.5. Número de vagas para garagem ......................................................................................... 43 
8.6. Passeio público ....................................................................................................................... 43 
 
PARTE II – EMPREENDEDORISMO EM REGULARIZAÇÃO .............................................................. 44 
2. Primeiros passos para abrir sua empresa ............................................................................. 44 
2.1. Registro no conselho de classe ............................................................................................ 45 
2.2. Inscrição municipal ................................................................................................................ 45 
2.3. Abrir ou não o seu escritório na construção civil? ........................................................... 45 
2.4. Contabilidade e Consultoria jurídica .................................................................................. 46 
2.5. Planejamento estratégico e financeiro .............................................................................. 46 
2.6. Estudo da localização ............................................................................................................ 47 
 
PARTE III – COMO VENDER REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEIS .......................................................... 48 
 
 
 
 
 
 
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PARTE I – COMO TRABALHAR COM 
REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEIS 
 
 
Primeiramente é importante esclarecer sobre a formação de quem pode fazer 
regularização de imóveis. Basicamente profissionais formados em engenharias, 
arquitetura, técnico e tecnólogos em edificação podem assinar projetos de 
Regularização de imóvel. 
Já os estudantes dessas áreas podem iniciar como projetista ou estagiários, 
sempre monitorado por um profissional habilitado que irá assinar a regularização e 
será o responsável técnico pela Vistoria e Laudos Técnicos do imóvel. 
 
 
 
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1. Regularização Imobiliária 
 
Grande parte dos terrenos irregulares são comercializados por preços abaixo 
do mercado, normalmente de forma facilitada através de um contrato no Cartório 
de Registro de Notas, sem a Escritura Pública e o registro na Matrícula. 
Essa situação pode acarretar sérias consequências para o proprietário uma 
vez que legalmente, apesar de ter a posse do imóvel, não é o proprietário legal. 
Entre as complicações, o proprietário de um terreno irregular, entre outros 
impedimentos não possuem o direito de: 
 Vender; 
 Alugar; 
 Construir; 
 Doar; 
 Incluir na partilha de inventário; 
Por este motivo, as instituições financeiras não aprovam financiamento para 
compra de qualquer imóvel irregular junto à Prefeitura ou Cartório. 
Imagina o caso de um terreno que foi comercializado sem os documentos 
legais que comprovam a venda e o proprietário “legal” daquele local sofrer um 
processo judicial, é possível que este imóvel seja tomado pela Justiça para quitação 
de dívidas e um belo dia, chegar alguém reivindicando a posse. O profissional que 
resolverá neste caso é um advogado, que baseado nas Leis vigentes, fará o processo 
de comprovação de propriedade e caberá a nós contribuir com documentos técnicos 
necessários. 
 
 
1.1. O Mercado de Regularização Imobiliária 
 
Desde que me especializei na área de regularização de imóvel, praticamente 
99% dos clientes que me procuram, possuem duas grandes motivações: 
 Necessidade – Para atender a legislação vigente e ficar quites com a Lei, 
suprir as exigências e procedimentos do Cartório de Registro de Imóveis. E 
 
 
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para poder fazer as movimentações legais ou transações comerciais com o 
imóvel, até então impedidas por causa da ilegalidade. 
 Conscientização – Para contribuir com a melhoria dos sistemas de 
controle por parte dos órgãos públicos favorecendo a valorização do imóvel 
e, como um todo, do município. 
Entretanto, muitos proprietários ainda esbarram na dificuldade em obter 
informações e acompanhamento do processo de legalização de forma correta. 
 
1.2. Qual Profissional Pode Regularizar um Imóvel 
Para iniciar o processo de Regularização o profissional precisa ser: 
 Inscrito pela Prefeitura Municipal para pagar o ISSQN, que dará o direito 
legal de exercer atividade como profissional liberal ou jurídico; 
 Credenciado pelo CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil), 
CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado) ou CFT 
(Conselho Federal dos Técnicos industriais); 
Além de orientar quanto às informações básicas sobre o loteamento, esse 
profissional garantirá mais rapidez no processo burocrático da regularização e 
agilizará tanto os prazos para a aprovação do projeto, quanto a obtenção de 
documentos como o Certificado de Habite-se. 
 
1.3. Responsável Técnico da Obra x Responsável Técnico 
de Regularização de imóvel 
Podemos dizer com tranquilidade que o profissional que trabalha com 
regularização tem o trabalho menos complexo do que os que fazem 
acompanhamento e execução de obras. E não podemos dizer que o faturamento é 
menor, uma vez que regularização é mais rápida e mais rentável. 
Imagina uma situação na qual você trabalha 10 meses na execução de uma 
obra, com o orçamento total de R$500.000,00. Se você cobrar a porcentagem média 
de 8%, terá um faturamento mensal de R$4.000,00. Sendo que irá trabalhar com 
outras pessoas, como equipe de mão de obra, fornecedores e outros que te tomarão 
boa parte do tempo. No máximo conseguirá acompanhar 03 obras por vez devido à 
alta complexidade que terá para coordenar a execução, fiscalizar se os projetos 
 
 
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estão sendo obedecidos, todo o controle de qualidade da obra e outros fatores que 
vão depender do tamanho da construção. 
Agora imagina outra situação, na qual você faz a documentação para uma 
obra que irá iniciar, ou para uma edificação existente ou para um lote. Nos três casos 
você demandará bem menos tempo do que a execução da obra, podemos colocar, 
em média, 03 meses para fazer todos os projetos e documentações que serão 
entregues para Prefeituras e Cartórios. Considerando o valor mínimo de mercado 
de R$2.000,00 por projeto e que você terá mais tempo para atender vários clientes 
no mesmo mês, vamos colocar 06 regularizações com o total faturado de 
R$12.000,00. 
Ainda consigo colocar mais argumentos positivos para elaboração de projetos, 
como o fato de você poder trabalhar do conforto da sua casa, sem precisar ficar no 
sol, ou investindo dinheiro com a logística de passar os dias visitando obras e não 
precisará ter funcionários no começo, uma vez que poderá fazer os seus próprios 
projetos. 
 
 
 
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2. Primeiros Passos
para Regularizar um Imóvel 
 
Consulte a Secretaria de Planejamento de obras e/ou Urbanismo da cidade 
que vai trabalhar: 
Um passo muito importante é verificar diretamente com a Prefeitura se o 
imóvel, independente se tem edificação em construção ou finalizada, se encaixa nos 
parâmetros urbanísticos necessários para a regularização, que são determinados 
pela legislação do município. Essa verificação é extremamente necessária para que 
a propriedade não seja considerada ilegal. 
 
2.1. Definição de Imóvel 
É muito comum as pessoas confundirem lote e terreno, pensando que são as 
mesmas coisas. Uma boa forma de diferenciar é ter em mente que o lote é uma 
divisão do terreno, e que um conjunto de lotes forma uma quadra. Terreno é um 
grande pedaço de terra, urbano ou rural, reservado para a construção de imóveis. 
Após a divisão de um terreno, segundo a Lei (art. 4º, inciso II, da Lei Federal 
6766/79), estabelece que a fração mínima para loteamento ou desmembramento é 
de 125,00 m², com um mínimo de 5 metros de frente, o qual 5% deve ser reservado 
para obras públicas, 20% para lazer e 10% para uso de sistema de calçadas, ruas e 
avenidas. 
Ainda, a mesma Lei abre espaço para a legislação municipal ou estadual dispor 
sobre o assunto, conforme prevê a Constituição Federal no que diz respeito à 
competência do município para alterar estas regras sobre o tamanho mínimo dos 
lotes (art. 30, VIII). 
Portanto, ainda se sua legislação municipal ou de seu Estado, não tiverem Leis 
específicas sobre quanto a área mínima de lotes, a legislação federal deverá ser 
seguida. 
O primeiro passo para a regularização de um imóvel é identificar a 
propriedade do lote ou terreno. 
 
 
 
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2.2. Comprovação de Propriedade 
Para a Regularização de imóvel e averbação em Cartório de Registro de 
Imóveis é necessário a apresentação da Matrícula. O proprietário pode ter outros 
documentos que comprovem a compra do referido imóvel, contudo, a Matrícula é o 
documento oficial inquestionável que comprova a o direito à propriedade. 
No processo de transferência de um imóvel, os documentos são utilizados na 
seguinte ordem: 
 Elaboração e assinatura do contrato de compra e venda (não 
obrigatório); 
 Escritura pública de compra e venda; 
 Registro da Escritura na Matrícula do imóvel. 
 
2.2.1. Matrícula de Registro de Imóvel 
A Matrícula de Registro de Imóvel é o documento que prova que uma pessoa, 
é de fato, proprietária do imóvel nela especificado. Este é o documento mais 
importante exigido por financeiras e bancos para financiamento imobiliário. 
É errado reconhecer o Contrato de Compra e Venda ou a Escritura Pública 
como sinônimo de transferência do imóvel. Ambos são importantes, porém não 
comprovam a propriedade. 
Tanto a Escritura Pública do imóvel quanto a Matrícula, são documentos 
relativos à compra de um imóvel e que possuem suas particularidades, por isso, é 
de extrema importância não os confundir para garantir a ausência de problemas 
futuros. 
O mais importante é o que consta na Matrícula do Cartório de Registro de 
Imóveis. 
 
2.2.2. Escritura Pública 
 
 
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A escritura pública é considerada no Brasil título executivo extrajudicial, é a 
forma escrita de um ato jurídico. É lavrada por um tabelião, no Cartório de Notas, 
na intenção de veicular a conservação e publicidade das manifestações de vontade 
que originam negócios jurídicos ou atos jurídicos sentido estrito. 
Escritura Pública para a venda e compra pode ser um documento que 
formaliza as condições do negócio entre o vendedor e comprador, ou seja, falando 
informalmente, para a regularização do imóvel, terá a função de dar suporte para 
ser feito o registro na Matrícula do Imóvel. 
Por outro lado, é na Matrícula do imóvel que a propriedade do bem será 
assegurada e não na Escritura. Logo não basta ter a “Escritura da casa” ou “Escritura 
do terreno”, é necessário ter o Registro do seu nome na Matrícula do imóvel. 
Importante: O registro da Escritura Pública na Matrícula é o que transfere 
efetivamente a propriedade do bem e a partir da averbação que podemos iniciar o 
processo de regularização do imóvel. 
 
2.2.3. Contrato de Compra e Venda 
O Contrato de Compra e Venda de um imóvel serve para formalizar a 
negociação do bem e apresentar as formas de pagamento, porém as 
responsabilidades negociadas entre o comprador e o vendedor só terão valores legal 
quando forem averbadas em Escritura Pública. Por esse motivo, o Contrato de 
compra e venda é popularmente chamado de Contrato de Gaveta e não possui 
valor comprobatório. 
Ou seja, na prática, este documento não comprova propriedade e só com ele 
não é possível fazer a regularização e tampouco aprovar um projeto para construção 
de um imóvel. 
 
2.2.4. Usucapião 
O processo da Usucapião é uma forma de aquisição da propriedade através 
da posse, ou a partir de seu uso exclusivo por um determinado período. A origem 
dessa palavra vem da união de duas expressões do latim, usu e capere, que pode 
ser traduzido como “tomar pelo uso”. 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Ato_jur%C3%ADdico
 
 
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O Código Civil de 1916 exigia para que o processo da usucapião fosse aceito 
era necessário comprovar a posse por 20 anos. Depois passou o prazo para a 
usucapião extraordinária de 15 anos. Caso o bem seja utilizado como moradia 
habitual ou para realização de obras ou serviços de caráter produtivo, esse prazo é 
reduzido para 10 anos. Portanto, para determinar o prazo correto que uma pessoa 
terá direito a Usucapião precisa ser investido, com um advogado, em qual situação 
a comprovação de documentos será enquadrada. 
A ação de Usucapião também pode ser aplicada para comprovar a 
propriedade de um imóvel quando não se localiza o vendedor, desde que respeitado 
os prazos condições descritos no Código Civil, artigos 1238 a 1242 e na Constituição 
Federal, nos artigos 183 e 191. 
Em linhas gerais, tem direito à usucapião aquele que: 
 Utiliza o bem de forma exclusiva, como se fosse proprietário; 
 Exerce a posse sem clandestinidade, precariedade ou uso de violência; 
 A posse deve ser exercida de forma mansa, pacífica e contínua. 
A usucapião é impossível em alguns casos, dos quais destaco abaixo: 
 se o imóvel for público conforme disposto na Constituição Federal nos 
artigos 183, parágrafo 3º e 191, parágrafo único; 
 se o proprietário legal for casado com a pessoa que tem a posse; 
 se o proprietário for incapaz, como os menores de dezesseis anos, 
doentes ou portadores de deficiência mental; 
 se o proprietário estiver ausente do país em razão de serviço público; 
 se o possuidor ocupa o imóvel ou utiliza o bem sabendo que não é o 
proprietário. Ex.: Contratual de aluguel, Empréstimo etc.; 
Quem deseja adquirir a propriedade de um bem por usucapião deve reunir o 
máximo de documentação para comprovar o tempo de exercício ininterrupto da 
posse e os cuidados com a manutenção do bem ao longo dos anos. 
Depois de selecionar os documentos, procure um escritório de advocacia 
especializado em direito imobiliário para o ajuizamento da ação de usucapião. Os 
 
 
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advogados fornecerão toda a orientação necessária sobre os requisitos da 
usucapião, aumentando, assim, as chances de êxito do pedido. 
Como o profissional técnico da construção civil poderá trabalhar com essa 
área? Desses documentos que os advogados precisarão entregar para firmar a ação, 
alguns são feitos por nós, como por exemplo: 
 Levantamento topográfico com coordenadas UTM; 
 ART/ RRT/ TRT com o serviço de levantamento topográfico e projeto 
arquitetônico; 
 Planta baixa da edificação do lote; 
 Implantação do lote com orientação da edificação; 
 Cortes; 
 Fachada;
 Quadro de área da edificação e do lote; 
 E outros documentos que julgarem ser necessários para entenderem a 
situação real do imóvel. 
É praticamente um projeto completo de Prefeitura, variando para cada cidade 
de acordo com as informações que o ajuizamento, Cartório e Prefeitura precisarão 
interpretar em cada caso. 
Sendo assim, eu prefiro fazer todos os documentos pertencentes a esse 
checklist para evitar que o processo volte para correção por falta de documentos, 
uma vez que sabemos que já é um trâmite demorado e burocrático. 
 
2.2.5. Herança e Inventário 
O falecimento não transforma o herdeiro em proprietário de um imóvel. 
Enquanto não for finalizado o processo de inventário, o herdeiro possui "futuro 
direito não exercido" sobre a herança. Portanto, o herdeiro precisa fazer o inventário 
para então realizar a transferência e o averbação na Matrícula de Registro de 
Imóveis. 
 
 
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Entretanto, algumas Prefeituras permitem realizar o processo de 
Regularização de um imóvel pelos herdeiros, desde que ele seja conduzido em nome 
de um inventariante. Se você encontrar algum caso deste, verifique na Prefeitura 
esta possibilidade. A vantagem deste tipo de processo é ter a documentação do 
imóvel possibilitando a venda posterior por financiamento. 
O processo de regularização de imóvel é comum como na maioria dos casos, 
a única diferença é que terá no projeto, memorial, requerimento e responsabilidade 
técnica o campo “inventariante” e “inventariado”, ao invés de proprietário. 
 
2.3. Vistoria do Imóvel 
O profissional técnico do processo de regularização deverá emitir um Laudo 
de Vistoria. As Prefeituras costumam disponibilizar um modelo de Laudo a ser 
incluído no processo. Mas mesmo que a Prefeitura não possua ou não exija esse 
documento, ele é obrigatório e precisará ser arquivado pelo profissional técnico para 
em casos de dúvidas poder comprovar o estado do imóvel na data da legalização. 
O Laudo é feito pela avaliação da construção através de uma vistoria no local 
para verificar as condições da estrutura e das instalações hidrossanitárias e elétricas, 
se estão de acordo com as normas NBR sobre o tema. 
Nesse Laudo será apresentado fotos com datas e o nome de cada cômodo 
para comprovar que quando foi feita a documentação a edificação estava estável e 
em condições legais de habitação. 
É importante saber que ao assinar os laudos necessários e o projeto de 
regularização, o profissional se torna responsável técnico por toda a construção. Por 
isso, é tão importante ter o máximo de fotos com qualidade e se possível até vídeos 
para se proteger. Já que se essa vir a cair ou apresentar algum problema estrutural 
grave, mesmo não tendo feito a construção, passará a ser o responsável técnico 
perante as autoridades e apenas o Laudo poderá te proteger. 
Se for identificado alguma instabilidade como por exemplo, trincas, fissuras, 
recalques ou deficiências nas instalações, é importante a contratação de um 
profissional habilitado para indicar as manutenções necessárias 
 
 
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De acordo com a NBR 13752/96, Perícias de engenharia na construção civil, é 
possível fazer essa vistoria a olho nu, sem precisar de equipamentos ou 
especialização na área de perícia. Porém, se for constatado qualquer irregularidade 
na edificação ela deverá ser classificada de acordo com a ABNT. 
Em caso mais grave, como a classificação a partir do grau ll, deverá ser feito 
um estudo mais aprofundado com a emissão de uma Avaliação, um plano de 
reforma ou manutenção e a ART do profissional habilitado que fez o diagnóstico. 
Nesse caso, não poderemos seguir com a regularização até que seja feita a 
intervenção para melhoria da edificação. Normalmente, essa avaliação, que é mais 
específica, precisará de equipamentos e um profissional habilitado na área de 
Engenharia Diagnostica. Tudo deverá ser contrato pelo interessado na regularização 
do imóvel. 
Um profissional habilitado em engenharia diagnóstica pode emitir um laudo 
utilizando equipamentos específicos e os conhecimentos necessários para uma 
avaliação precisa sobre o que precisa ser corrigido. É indicado que este mesmo 
profissional acompanhe a reforma e ao final emita um laudo se comprometendo 
pelo serviço executado que pode ou não ser solicitado na prefeitura. 
IMPORTANTE: Guarde uma cópia deste laudo, pois ele poderá ser necessário 
para comprovar que você não foi o responsável pela correção do problema. 
A regularização da documentação apenas poderá seguir quando a reforma for 
finalizada, garantindo a segurança do imóvel. 
 
 
 
 
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MODELO DE LAUDO DE VISTORIA 
 
FOTOS COM DATA e o NOME DO CÔMODO 
 
ATESTO que a edificação localizada à Rua/Av. XXXXXXXX, número XXX, Lote XXX, Quadra XXX, 
Quarteirão XXX, loteamento XXXXXXXXXX, Bairro XXXXXXXX, através do Processo de 
protocolo número XXXXXX, se encontra totalmente acabada em plenas condições de 
habitabilidade, com barra impermeável nas áreas frias (cozinhas e banheiros), portas e 
janelas vedadas e com a iluminação e ventilação mínimas necessárias sendo obedecidas, 
com os acabamentos internos, externos, calçadas pública, local para correspondência 
identificado, coberturas com calhas e condutores, instalações elétricas e hidrossanitárias de 
acordo com os padrões da ABNT, tendo entrada de água potável, saída exclusiva para esgoto 
e separadamente para a água pluvial, Viela Sanitária (se existente) desobstruída e com as 
instalações dentro do exigido pela municipalidade, em pleno funcionamento e dentro do 
padrão ABNT e Normas Técnicas vigentes. Atesto ainda, que todas as exigências da 
legalização municipal, referendadas no projeto para aprovação e solicitação do Alvará de 
construção, foram atendidas. 
 
CIDADE, DATA E ANO. 
 
_________________________________ ___________________________________ 
 
 
Proprietário 
Nome Completo 
CPF 
Responsável Técnico 
Nome Completo 
Profissão 
CREA 
ART/RRT/TRT 
 
 
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2.4. Estudo de Viabilidade do Lote 
O ponto de partida para identificar se é viável ou não iniciar o processo de 
regularização desse imóvel, ou seja, a viabilidade. Ainda nessa fase é feito todo o 
estudo de quais serão as melhores estratégias para garantir uma entrega mais 
assertiva, envolvendo o tempo de cada trâmite e parte financeira que o proprietário 
precisará investir para chegar na conclusão e averbação do imóvel em Cartório. 
Sem nenhum custo para o possível cliente que entrou em contato com você 
solicitando um orçamento, será feita a primeira vistoria do imóvel. Nessa fase não 
será necessário tirar fotos e nem fazer vídeos, uma vez que o objetivo é estudar o 
local para saber se será possível fazer a documentação ser aprovada na Prefeitura. 
Checklist das tarefas para vistoria: 
 Solicitar os documentos e verificar se existe a Matrícula do imóvel no 
nome do atual proprietário; 
 Identificar se existe dívidas na Prefeitura solicitando a Certidão Negativa 
de Débito, que pode ser emitida pelo site ou no balcão de atendimento. 
 Analisar as medidas da edificação para saber se estão enquadradas nos 
índices de parâmetros urbanísticos. Como por exemplo os recuos, taxa 
de ocupação máxima, garagem coberta e outros. 
 Verificar se a estrutura está saudável e se não apresenta nenhuma 
patologia. 
 Verificar se as instalações elétricas e hidrossanitárias estão de acordo 
com o padrão ABNT. 
Somente com essas informações você será capaz de dizer se é ou não possível 
fazer a regularização e qual o custo que ela terá. Então, o próximo passo é passar a 
proposta e fechar contrato para iniciar o serviço. 
 
2.5. Proposta de serviços prestados 
 
 
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Tão
importante quanto saber fazer projetos e saber mostrar para os possíveis 
clientes que eles estão contratando profissionais qualificados. Então, essa é a sua 
primeira oportunidade para arrasar e conquistar os clientes. 
 Elabore uma proposta com a logomarca da sua empresa, mas seja breve, não 
faça algo com muitas páginas e termos técnicos, porque além de ser cansativo a 
leitura fará com que o cliente não se conecte com a mensagem que de fato quer 
passar e acabe desistindo do seu serviço. 
 
 
 
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PROPOSTA DE SERVIÇO DE 
REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEL 
 
 
Ao 
Nome do Cliente 
Ref.: Regularização Residencial / Elaboração de projeto arquitetônico para aprovação 
na Prefeitura 
Tipo de Imóvel: [Residencial Unifamiliar/Multifamiliar/Comercial/Mista] 
Prezado(a), 
Em atenção à solicitação de V.S., segue proposta para o processo de 
regularização de imóvel [Residencial Unifamiliar/ Multifamiliar/ Comercial/ 
Mista] na Prefeitura [Município], para o imóvel localizado na Rua [xx], Nº [xx], 
Bairro [xx], na cidade de [xx] no Estado de [xx]. 
1. SERVIÇOS INCLUÍDOS NESTE ORÇAMENTO 
O presente orçamento contempla a realização dos seguintes serviços: 
 Projeto da Edificação existente (se houver) para aprovação em 
Prefeitura de acordo com as Normas as Leis; 
 Apresentação do projeto para aprovação e emissão do Alvará de 
Construção da edificação existente (se houver); 
 Responsabilidade técnica para o serviço de REGULARIZAÇÃO DE 
IMÓVEL; 
 
 
 
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2. SERVIÇOS NÃO INCLUÍDOS NESTE ORÇAMENTO 
 Pagamento de taxas para aprovação na Prefeitura; 
 Pagamento da ART/RRT/TRT; (opcional) 
 Impressões dos projetos; (opcional) 
 Acompanhamento da emissão do Habite-se na Receita Federal; 
 Execução, elaboração de projeto e acompanhamento de reformas 
necessárias para a aprovação; 
 Projeto de alteração da edificação ou expansão da edificação; 
 Acompanhamento da Vistoria do banco, em caso de financiamento; 
 Acompanhamento do processo de aprovação de financiamento; 
 Acompanhamento do processo no Cartório de Registo de imóvel; 
 Alteração de projeto após a aprovação da Prefeitura; 
3. PRAZO DE EXECUÇÃO 
O prazo previsto para a aprovação do projeto é de 90 (noventa) dias contados 
a partir da assinatura do contrato. Qualquer mudança no prazo, por motivos que 
fogem da alçada, acarretará uma pré-avaliação de custos indiretos e fixos e será 
analisada em conjunto com o contratante. 
4. DOS VALORES 
 Projeto Topográfico = R$ 500,00 (quinhentos reais); 
 Projeto para Prefeitura = R$2.800,00 (Dois mil e oitocentos reais); 
 Valor Total = R$ 3.300,00 (Três mil e trezentos reais); 
3. FORMAS DE PAGAMENTO 
 
 
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 Á vista:.........R$3.300,00 (três mil e trezentos reais). 
 Parcelado, da seguinte forma: 
o Entrada de R$ 1.650,00 (um mil seiscentos e cinquenta reais); 
o Quatro parcelas mensais de R$ 550,00 (quinhentos e cinta reais), com 
vencimento no dia 10 de cada mês, sendo a primeira no dia xx de março; 
 
Sem mais para o momento e à disposição para esclarecimento de dúvidas. 
 
 
___________________________________ 
 
 
 
 
Cidade, xx de Setembro de 2020. 
 
 
 
Nome Completo 
Profissão 
 
 
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2.6. Condições Contratuais 
Nada passa mais segurança e profissionalismo para o cliente do que uma 
empresa que trabalha com tudo documentado e registrado em atas e contratos. Por 
isso, para a elaboração do contrato você precisará de um escritório de advocacia, 
uma vez que será redigido um documento personalizado que irá proteger 
exclusivamente você e a sua empresa. 
Pode ser feito um único contrato para cada tipo de serviço que for prestar no 
seu escritório, dessa forma será feito a contratação do profissional apenas uma vez. 
E sempre que precisar de alguma consultoria poderá fazer o pagamento individual 
para o advogado. 
Outra opção, mas vai exigir um pouco mais de recursos financeiros é a 
contratação mensal de um profissional de Direito que irá te assessorar em tempo 
integral. 
Independe da alternativa escolhida você deverá se atentar em alguns pontos 
que todos os contratos precisarão ter: 
 Data de início e término; 
 Todas as obrigações das duas partes, deixando claro que a qualquer 
momento os órgãos competentes poderão exigir mais documentos do 
que o mínimo obrigatório e o cliente ficará obrigada a te fornecer 
correndo o risco de multa por descumprimento; 
 A descrição exata do serviço que irá constar na sua responsabilidade 
técnica; 
 Todas as descrições exatas dos serviços que irá prestar, por exemplo, 
pontuar o que é um projeto de prefeitura completo e o que contempla 
nessa entrega; 
 Condições de pagamento; 
 Entre outras particularidades que seu advogado irá colocar para te 
proteger judicialmente; 
 
2.7. Estudo Topográfico 
 
 
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É obrigatório para iniciar todos os projetos de Prefeitura, seja para legalização, 
aprovação para uma construção nova, reforma ou ampliação. Nele será informado 
a situação real do lote ou terreno, bem como as coordenadas e os desníveis com 
relação aos confrontantes. 
 
2.8. Verificação dos dados técnicos 
Só será possível realizar depois que a topografia estiver pronta, ou seja, depois 
que o contrato já foi fechado e pago. Dessa forma, é necessário colocar uma cláusula 
avisando que em caso das medidas reais do lote estejam diferentes das 
apresentadas nos documentos legais, precisará adicionar um novo serviço e 
honorários no contrato negociado. 
Isso se deve ao fato de muito lotes e terrenos terem as medidas reais 
divergentes das constantes em Matrícula de Registro de Imóvel e cadastro municipal, 
como o IPTU. 
 
2.8.1. Confronto da Ficha Técnica x Matrícula x Topografia 
Ficha técnica é a que o lote possui dentro da Prefeitura, na qual é informada 
todas as características do imóvel, como o Zoneamento, as medidas e a área que foi 
cadastrado no município. 
 Dessa forma, é comum encontrarmos situações, na qual o cadastro da 
Prefeitura não confere com a Matrícula do Cartório, que também não confere com o 
levantamento topográfico. 
Sabendo que a topografia é considerada a realidade da situação do imóvel, 
então os demais documentos precisarão ser corrigidos. 
 
2.8.2. Retificação Administrativa de Área 
Nome dado ao processo feito no Cartório de Registro de imóvel para atualizar 
ou corrigir os dados das Matrículas. 
 
 
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2.8.2.1. Checklist dos documentos necessários para iniciar o 
processo em Cartório: 
 Requerimento; 
 Declaração de responsabilidade técnica; 
 Modalidades de retificação; 
 Planta; 
 Memorial descritivo; 
 Responsabilidade técnica; 
 Anuência; 
 Laudo técnico; 
 Notificação. 
Situações que podem exigir um processo de retificação: 
A) Omissão ou erro cometido na transposição de qualquer elemento 
do título; 
Por exemplo, ao registrar uma Escritura de venda e compra, o 
Registrador consignou que o preço foi de R$1.000,00, quando na 
realidade o valor era de R$10.000,00. Assim, deverá ser feita 
retificação do Registro, corrigindo a divergência entre a Matrícula 
e o Título. 
B) Indicação ou atualização de confrontação; 
Deve-se sempre evitar expressões genéricas na descrição de um 
imóvel, tais como “confronta com quem de direito”, “confronta 
com João ou sucessores”. Imóvel não confronta com pessoas. 
Somente confronta com imóvel ou outro corpo de ordem natural. 
 
 
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Esta hipótese de retificação de Registro para a indicação, ou 
atualização de confrontação, é realizada com base em material 
técnico, pode ser uma Certidão da municipalidade
ou projeto 
assinado por profissional habilitado. 
Exemplo: Lote n.° 01 da Quadra 20, Jardim de América, 
medindo 10.00m de frente para a Rua Colômbia, 20.00m 
do lado direito confrontando com o lote 20, 20.00m do 
lado esquerdo confrontando com o lote 02 e 10.00m de 
fundo confrontando com o lote 07 da quadra 01 do Jardim 
Morumbi, encerrando a área de 200.00m². 
C) Alteração de denominação de logradouro público, comprovada 
por documento oficial; 
Exemplo: Lote n.º 05 da Quadra 10, Jardim Europa, situado 
na Rua Suíça. 
Averbação: Conforme Lei Municipal n.º 10/2017, a Rua Suíça 
passou a denominar-se “Rua Inglaterra”. 
D) Retificação que vise a indicação de rumos, ângulos de deflexão ou 
inserção de coordenadas georreferenciadas, em que não haja 
alteração das medidas perimetrais; 
Normalmente é utilizada para a retificação de Registro de imóveis 
rurais, esta modalidade é praticada com base em material técnico 
(planta, memorial descritivo e responsabilidade técnica). 
Exemplo: Sítio Santo Antônio, com a área de 20 hectares, 
confrontando no seu todo com o Córrego da Capivara, 
Fazenda Santa Helena, Fazenda Vitória e a Estrada 
Municipal. 
 
 
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Nesta modalidade de Retificação, com base no pedido da parte 
interessada, instruído com o material técnico, o Registrador 
procederá a Retificação Administrativa Unilateral do Registro, 
passando a matrícula a descrever o imóvel da seguinte forma: 
Exemplo: Sítio Santo Antônio, com a área de 20 hectares, 
com a seguinte descrição: “Inicia-se a descrição deste 
perímetro no vértice AGH-M-2098, de coordenadas N 
7.781.353,761m e E 462.504,296m; Tipo de divisa cerca; 
deste, segue confrontando com Fazenda Terras de Jardim, 
Matrícula 1060, com os seguintes azimutes e 
distâncias: 339°20'28" e 50,606 m até o vértice AGH-V-
1011, de coordenadas N 7.781.401,113m e E 
462.486,442m; Tipo de divisa ribeirão; deste, segue 
confrontando com Margem direita do Ribeirão Quitéria, 
no sentido jusante, com os seguintes azimutes e 
distâncias: 59°27'44" e 17,906 m até o vértice AGH-P-9840, 
de coordenadas N 7.781.410,211m e E 
462.501,864m; 31°31'19" e 47,513 m até o vértice AGH-P-
9841, de coordenadas N 7.781.450,713m e E 
462.526,705m; 17°24'30" e 32,543 m até o vértice AGH-P-
9842, de 33 m até o vértice AGH-P-9847, de coordenadas N 
7.781.649,612m e E 462.763,007m; 62°54'38" e 34,944 m 
até o vértice AGH-P-9848, de coordenadas N 
7.781.665,525m e E 462.794,118m, encerrando a 
descrição”. 
 
 
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E) Alteração ou inserção que resulte de mero cálculo matemático 
feito a partir das medidas perimetrais constantes do registro. Esta 
hipótese também é praticada com base em material técnico. 
Exemplo: Lote n.º 01 da Quadra 20, Jardim de América, 
medindo 10.00m de frente e de fundo por 20.00m de cada 
lado. Neste caso, a Retificação Administrativa Unilateral 
servirá para publicizar a área, qual seja 200.00m². 
F) Reprodução de descrição de linha divisória de imóvel confrontante 
que já tenha sido objeto de retificação. Esta hipótese também é 
praticada com base em material técnico. 
G) Inserção ou modificação dos dados de qualificação pessoal das 
partes, comprovada por documentos oficiais, ou mediante 
despacho judicial quando houver necessidade de produção de 
outras provas; 
Se a pessoa atualizou seus documentos pessoais, se casou, se 
divorciou, faleceu, tudo isso deverá ser averbado frente à 
Matrícula, a fim de haver igualdade entre a situação fática e a 
situação matricial. 
 
2.8.2.2. Quando os confrontantes devrerão assinar 
Para esclarecer esta dúvida, a Lei nº 6.015, no Artigo 213 Inciso II estabelece 
que: 
“A requerimento do interessado, no caso de inserção ou alteração de 
medida perimetral de que resulte, ou não, alteração de área, instruído 
com planta e memorial descritivo assinado por profissional legalmente 
 
 
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habilitado, com prova de anotação de responsabilidade técnica no 
competente Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura - CREA, 
bem assim pelos confrontantes”. 
Se o imóvel X continha 1.000m², e com eventual retificação passaria a conter 
1.100m², esse aumento de área não poderá corresponder à aquisição. Por isso, os 
confrontantes devem anuir, a fim de atestar que não está havendo alteração das 
divisas. 
 
2.8.2.3. Planta 
A planta retrata o desenho do imóvel. No procedimento de Retificação 
Administrativa Unilateral, ela deve ser assinada pelo proprietário e pelo responsável 
técnico, já na Retificação Administrativa Bilateral, além deles, também assinarão os 
proprietários dos imóveis confrontantes e Prefeitura. Em todos os casos, é 
necessário o reconhecimento de firma. 
Ela deverá conter a indicação de todos os confrontantes, sobretudo, quanto 
suas origens no Registro Imobiliário, ou seja, respectivas Matrículas ou Transcrições. 
Face ao Princípio da Especialidade Objetiva, o conteúdo da planta (medidas, 
pontos, rumos, confrontações etc.) deverá coincidir com os dos demais documentos 
(requerimento, memoriais descritivos, RT). 
Como o procedimento de Retificação Administrativa é um processo que deve 
ser fundamentado e justificado, se faz necessário fazer prova do constante no 
material técnico. 
Exemplo: imóvel confrontante de outra Circunscrição, anexar Certidão de 
Matrícula. 
 
2.8.2.4. Memorial Descritivo 
O memorial descritivo, assim como a planta, deve trazer consigo informações 
convergentes às constantes dos demais documentos. 
 
 
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No caso de Retificação Administrativa incluindo certificação do SIGEF (Sistema 
de Gestão Fundiária), o memorial deverá ser o mesmo constante da plataforma do 
INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). 
Já nos outros casos, o memorial descritivo deverá constar a assinatura do 
responsável técnico, com o respectivo reconhecimento de firma 
(art. 221, II da Lei n.° 6.015/73). 
 
2.8.2.5. Laudo Técnico 
Considerando que o artigo 213, § 14 da Lei n.º 6.015/73 disciplina que 
“verificado a qualquer tempo não serem verdadeiros os fatos constantes do 
memorial descritivo, responderão os requerentes e o profissional que o elaborou 
pelos prejuízos causados, independentemente das sanções disciplinares e penais”, 
entende-se necessário a apresentação de laudo técnico por parte do responsável 
técnico. 
Na prática, pode ser uma declaração de responsabilidade genérica, com base 
no artigo acima ou, ainda, na assinatura do profissional em conjunto com o (s) 
requerente (s) e o (s) declarante (s). 
 
2.8.2.6. Notificação 
Em muitos casos, haja vista a dificuldade das partes em identificarem ou 
localizarem os proprietários dos imóveis confrontantes, se torna viável alcançar a 
anuência do vizinho por meio de notificação. A notificação poderá ser enviada por 
correio ou diligência pessoal do Registrador de Imóveis ou Registrador de Títulos e 
Documentos. Reza o artigo 213, II, § 3° que: 
A notificação será dirigida ao endereço do confrontante constante do Registro 
de Imóveis, podendo ser dirigida ao próprio imóvel contíguo ou àquele fornecido 
pelo requerente; não sendo encontrado o confrontante ou estando em lugar incerto 
e não sabido, tal fato será certificado pelo oficial encarregado da diligência, 
promovendo-se a notificação do confrontante mediante edital, com o mesmo prazo 
fixado no § 2o, publicado por duas vezes em jornal local de grande circulação. 
 
 
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Assim, a parte interessada deverá fornecer os endereços necessários para a 
notificação, além de vias adicionais do material técnico. 
É muito difícil estabelecer um padrão quanto à documentação relativa à 
documentação para notificar, isto porque, no caso de cumprimento através
do RTD, 
há, fatalmente, procedimentos distintos para cada cartório. 
Com isso, no mínimo, se faz necessário apresentar dois (02) “kits” para a 
notificação (planta, memorial descritivo e RT). Recebida a notificação, caso o vizinho 
anua ou se silencie, a retificação será averbada. 
Por outro lado, caso haja impugnação fundada, o procedimento será remetido 
ao Juízo Corregedor Permanente para decisão. Observe-se que a impugnação não 
poderá ser genérica, ela deverá se basear em fundamento jurídico plausível, 
objetivo, o qual possa influenciar no procedimento retificatório. 
 
2.8.2.7. Atualização Cadastral do Lote 
É o processo feito dentro da Prefeitura para atualizar os dados cadastrais do 
lote. Uma vez que feita a identificação de erro precisará ser notificada para retificar 
os dados do IPTU e da ficha técnica para que fiquem de acordo com os demais 
documentos. 
Após finalizar o processo de retificação em Cartório é necessário apresentar o 
projeto para que a Prefeitura faça a validação e atualização do cadastro. 
Com o lote definido deve ser solicitado o maior número de informações sobre 
ele na Prefeitura onde irá fazer a aprovação. O documento conhecido como Ficha 
Técnica do lote irá informar, por exemplo, a determinação do zoneamento, dos 
recuos obrigatórios, os índices e parâmetros urbanísticos, se possui viela sanitária e 
demais dados cadastrais disponíveis. Essas informações são pré-requisitos para a 
correta elaboração dos projetos e devem ser conhecidas antes de iniciar os estudos 
de layout para evitar erros na composição. 
 
 
 
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3. Regularização de Imóvel Sem Edificação 
O documento que comprova a propriedade é a Matrícula de Registro de 
Imóvel. Não são raros os casos em que os documentos de Matrícula, Escritura e 
Prefeitura possuírem informações diferentes do mesmo lote ou terreno. 
Existem casos em que o Cartório, a Prefeitura e o estudo topográfico possuíam 
informações diferentes. O grande problema disto é que em algum momento, 
quando for iniciar a aprovação de uma construção e for identificada alguma 
divergência, o processo irá parar e será necessário fazer a correção. Em um caso 
como este, o trabalho de regularização envolverá a retificação dos registros na 
Prefeitura e no Cartório. 
Existe ainda a possibilidade de a divergência ser identificada quando o imóvel 
for para a vistoria do banco, quando há intenção de venda por financiamento. O 
resultado disto é a não aprovação da negociação. 
Portanto, neste ponto se alguma irregularidade for identificada, que seja 
seguido os trâmites de retificação junto ao Cartório de Registro de Imóveis e a 
Prefeitura para evitar problemas futuros. 
Entenda que caso, haja sua assinatura em um projeto com informações 
erradas, é até possível você ter que responder processo judicial por um futuro 
proprietário que venha a comprar o imóvel no futuro. 
Os processos que envolvem a Regularização de um lote ou terreno são: 
1. Retificação administrativa de área; 
2. Atualização cadastral; 
3. Unificação de lote; 
4. Desdobro de lote; 
3.1. Compra e venda de imóveis irregulares: 
A maioria dos terrenos irregulares são vendidos por: 
1. Preços bem abaixo do valor de mercado; 
 
 
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2. Formas de pagamentos atráves de trocas por outros bens também sem 
documento, como por exemplo carros; 
3. Operação rápida e muito comum, uma vez que não exige a burocracia 
para conferir e aprovar a documentação. 
Essa situação pode acarretar sérias consequências para o proprietário, já que 
ele não poderá fazer qualquer movimentação legal em relação ao imóvel. 
Entre as complicações, o proprietário de um lote irregular poderá ter 
problemas para: 
 Vender; 
 Alugar; 
 Construir; 
 Doar; 
 Incluí-lo na partilha de inventário; 
 Entre outros impedimentos. 
 
3.2. Medição 
A medição do lote/terreno deve ser feita por um topógrafo, que irá atender as 
exigências da legislação municipal para fazer a aprovação da legalização do imóvel. 
Será ser emitido a sua ART/TRT e o Laudo atestando que as conclusões do trabalho 
feito. 
Esses documentos nem sempre serão exigidos pela Prefeitura ou Cartório, 
porém caso você opte por contratar um profissional para fazer esse trabalho para o 
seu escritório é importante que tenha esses registros assinados e, se no futuro, 
precisar apresentar os terão arquivados para sua segurança. 
 
3.3. Atividade na Prefeitura 
O profissional técnico para regularização deve possuir registro que permita 
exercer sua atividade no município do imóvel. 
 
 
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3.4. Atividade no Cartório 
Os Cartórios de Registro de Imóveis e as Prefeituras trabalham em conjunto, 
dessa forma tudo que for aprovado em um na sequência precisará ser averbado ou 
cadastrado no outro. Sendo assim, é óbvio que precisamos desenvolver os nossos 
projetos dentro das conformidades de qualidade exigidas pela municipalidade. 
Embora para fazer uma aprovação de retificação, desdobro ou unificação de 
lote em Cartório, não exija a apresentação do pagando de imposto referente a 
prestação de mão de obra no município, o ISSQN, isso será cobrado na sequência, 
quando os documentados forem para aprovação na Prefeitura. 
 
 
 
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4. Iniciar uma obra do zero 
Iniciar uma obra sem a liberação da Prefeitura poderá sofrer acarretar em 
multas e embargo. Além disto, o proprietário do terreno assumirá a 
responsabilidade civil e criminal se houver algum acontecimento desfavorável, como 
o imóvel vizinho sofrer algum dano, alguém se ferir na obra, algum colapso no futuro 
na construção, entre uma infinidade de sinistros que podem acontecer por falta de 
acompanhamento profissional. 
No Brasil, a fim de facilitar a identificação das obras legalizadas e evitar 
problemas com a fiscalização foi determinado que todas as construções devem ter 
a placa identificando o Responsável Técnico com seus dados para contato e o 
número do Alvará emitido pela Prefeitura. 
Quando uma construção vai começar é obrigatório que o proprietário avise a 
Prefeitura que isso irá acontecer, para garantir: 
 Que a construção obedecerá às Leis Municipais; 
 Que existe um responsável técnico pela elaboração do projeto; 
 Que existe um responsável técnico pela execução da obra; 
 Que será feito o pagamento do ISSQN; 
 Que serão declarados os impostos em cima da construção, tanto de 
mão de obra, como de material. 
Acreditando que fará uma grande economia e pagar menos impostos, muitos 
brasileiros ainda optam por construir clandestinamente, sem “avisar” a Prefeitura 
para obtenção do Alvará de Construção, e ainda sem um projeto com responsável 
técnico. 
A REGULARIZAÇÃO DE IMÓVEL tem o objetivo de resgatar todos os 
documentos do processo e tornar a construção documentada. 
 
 
 
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5. Regularização de Imóvel Com Edificação 
Ao final de um processo de Regularização, uma construção existente passará 
a ter os seguintes documentos: 
I. Projeto da edificação aprovado na prefeitura; 
II. Memorial descritivo do projeto; 
III. Memorial de cálculo de áreas da edificação; 
IV. ART/RRT/TRT de regularização de imóvel; 
V. Alvará de construção; 
VI. Certificado de habite-se; 
VII. Certidão negativa de débito com a Receita Federal; 
VIII. Averbação da propriedade com a edificação na Matrícula de Registro 
do imóvel. 
Assim, o proprietário passará a ter a documentação da construção e 
comprovar, além da propriedade, a existência de uma edificação. 
Esse objetivo é o que move a maioria das pessoas que buscam legalizar suas 
residências, ou seja, comprovar que é proprietário para não correr o risco de ter 
seu imóvel avaliado por um preço abaixo do praticado no mercado. 
Um
fato curioso sobre o tema é que o custo de regularização de imóvel exige 
um investimento financeiro maior do que um processo seguindo todos os tramites 
burocráticos, que seria a emissão do Alvará de Construção antes de começar a 
construir. O motivo que causa este maior custo é por conta de alguns valores que 
deverão ser recolhidos neste processo como Multa por construção clandestina e 
Imposto duplicado e com correção anual, já que não fez a declaração do CNO nas 
Notas Fiscais. 
Além destes valores, não podemos deixar de destacar os riscos estruturais 
envolvidos em uma obra sem planejamento como custo de desperdício, possíveis 
problemas estruturais e de instalações e ainda a desvalorização da propriedade 
por ausência de projetos complementares em cumprimento à ABNT. 
 
 
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5.1. Quais documentos são necessários? 
 Matrícula de imóvel no nome do atual proprietário; 
 IPTU ou o imposto municipal; 
 Certidão negativa de débito com a Prefeitura; 
 Atestado de adequação com a companhia de saneamento; 
 Atestado de adequação com a companhia de energia; 
 Memorial descritivo do projeto; 
 ART/RRT/TRT de regularização de imóvel ou levantamento cadastral. 
 
5.2. Quais os projetos são necessários? 
 Levantamento topográfico do lote contendo as medidas, níveis e 
coordenadas georeferenciadas; 
 Projeto da edificação conforte exigido pelo Código de Obras no Plano 
Diretor Municipal. 
 
5.3. Checklist para aprovar o projeto de regularização 
de imóvel com edificação na Prefeitura? 
 Iniciar com a vistoria do imóvel; 
 Passar proposta e fechamento de contrato; 
 Montar uma pasta com a cópia da Matrícula atualizada do Cartório de 
Registro de Imóvel, IPTU, documentos do proprietário e outros; 
 Procuração ou requerimento; 
 Levantamento topografico com ART/TRT e Laudo; 
 Laudo de vistoria do imóvel com fotos; 
 
 
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 Medição da construção existente; 
 Emissão da CND municipal; 
 Solicitar a Ficha informativa do lote. 
 Elaboração do projeto da edificação conforme diretriz municipal; 
 Montagem do Memorial Descritivo da edificação existente; 
 Montagem do Memorial de cálculo de áreas do layout ou colocar no 
carimbo do projeto; 
 Organização da documentação que será entrega na prefeitura, 
conforme Código de Obras; 
 Emissão da ART/RRT/TRT com o serviço de regularização de imóvel ou 
levantamento cadastral; 
 Plotagem dos projetos; 
 Assinatura de toda documentação pelo proprietário e responsável 
técnico; 
 Protocolar na Prefeitura para análise prévia; 
 Comunicar o cliente o número do protocolo e o prazo para respostas 
municipais; 
 Verificar periodicamente se foi atualizado no site; 
 Analisar o comunique-se emitido para fazer as adequações solicitadas; 
 Entrada no processo para aprovação final e emissão do Álvara de 
Construção; 
 Com o projeto aprovado, por último solicitar o Certificado de Habite-
se ou conclusão de obra. 
 
 
 
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6. Elaboração do Projeto para Prefeitura 
Sabe por que quando falam sobre aprovação de projeto na prefeitura a 
maioria das pessoas se assustam e preferem não fazer? Porque o excesso de 
etapas para tal procedimento, a burocracia, que geralmente é resultado de uma 
falta de eficiência por parte dos órgãos governamentais, torna o processo 
desafiador para quem precisa enfrentá-lo. 
Sabe-se que no Brasil quando alguém decide fazer a construção regularizada 
com todas as liberações necessárias é preciso enfrentar uma burocracia 
exagerada. São inúmeros formulários, documentos para preencher e apresentar, 
diversos órgãos governamentais envolvidos além de várias taxas existentes para 
pagar, que encarecem o processo. Além de tudo isso, a autorização do início da 
obra pode levar meses. 
Estes desafios deixam o resultado mais caro e demorado, fazendo com que 
as pessoas desistam. Algumas vezes, elas não se interessam em conhecer os 
serviços que os escritórios de engenharia e arquitetura oferecem. E, a pior parte 
disso, é que muitos não sabem os problemas que podem enfrentar por 
construírem uma obra clandestina e irregular. 
O meu objetivo é esclarecer sobre a importância de se ter um Responsável 
Técnico pela obra ou edificação já existente e explicar quais são as funções dos 
profissionais da construção civil, como os engenheiros, os arquitetos, os técnicos e 
tecnólogos de edificação. 
Ainda abordarei sobre a Resolução 64/2020, que tem o objetivo de agilizar e 
desburocratizar os processos relativos à construção de imóveis considerados de 
baixo risco. Veremos as mudanças previstas e esperadas para os próximos meses 
e que certamente trarão grandes oportunidades a quem se adequar a ela primeiro. 
 
6.1. Por onde começar? 
Se o objetivo é fazer uma construção do zero, reforma ou ampliação, então 
o primeiro passo é fazer o estudo de viabilidade do lote para saber o que pode ou 
não ser construído, principalmente a taxa máxima de ocupação e o coeficiente de 
aproveitamento. 
 
 
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Em seguida o próximo passo é fazer uma reunião de briefing com o cliente 
para esquematizar e conhecer as expectativas e o saber o que será possível 
elaborar no projeto. 
Se for uma construção já existe e só precisa legalizar, então pode iniciar o 
projeto da edificação para a Prefeitura. Muitas vezes, o proprietário tem o interesse 
em regularizar a existente e ampliar a casa ou comercio. Então, será feito um único 
processo com as duas atividades, construção nova e regularização, deixando 
através de linhas coloridas e legenda bem identificado qual será cada um. 
 
6.2. Projeto arquitetônico ou Projeto de Prefeitura 
As Prefeituras e Cartórios de registro de imóveis trabalham em conjunto, por 
isso em alguns casos você vai encontrar Código de Obras que pedem o Projeto 
Simplificado e outras que pedem o Projeto Completo. 
Independente de qual você irá fazer a NBR 6492/1994 – Representação de 
projetos de arquitetura - precisa ser fielmente obedecida. 
Sendo o projeto completo aquele que contém várias informações em 
representações gráficas como a planta baixa com todo o layout, os cortes, fachada, 
detalhes de escadas e coberturas. Por isso, muitas vezes é usado também para 
elaboração dos demais projetos executivos, como por exemplo, o estrutural, 
instalações e proteção e combate à incêndio. 
Dessa forma, o mercado da construção civil acabou se acostumando em 
chamar o Projeto de Prefeitura de arquitetônico, porém essa validação precisa ser 
feita com muita cautela, uma vez que o segundo possui bem mais informações e 
detalhes específicos do que somente o objetivo da emissão do Alvará de 
construção. 
O Projeto da edificação para Prefeitura pode ser feito tanto para uma 
construção do zero, reforma, ampliação ou regularização da edificação existente. 
Depois de elaborar o layout da edificação, obedecendo a legislação da 
Prefeitura, o profissional deve submeter o processo para avaliação nos órgãos 
competentes, como as Secretarias de Habitação, de Obras, Urbanismo etc. Para 
isso, é preciso fornecer cópias físicas ou digitais do projeto, contendo, em alguns 
 
 
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casos, a planta baixa, cortes, elevações, fachada, cobertura, entre outros que serão 
definidos pelas normas municipais. 
Normalmente, antes da aprovação acontecer é necessário fazer a análise de 
processo, ou seja, devem ser protocolados todos os documentos, obedecendo as 
exigências do município, para assim, os profissionais da prefeitura avaliarem se o 
que foi elaborado realmente está de acordo com as regras específicas da cidade. É 
normal a necessidade de correções e adaptações no projeto para que possa ser 
aprovado. 
Por último, com as adaptações feitas,
o projeto deve ser submetido a uma 
nova avaliação a fim de conseguir a aprovação final, o que significa a emissão do 
Alvará de construção. 
 
6.3. Alvará da construção 
Ter o projeto aprovado na Prefeitura significa ter a emissão do Alvará de 
Construção. Esse documento, dependendo da sua região pode ter outro nome, 
como Alvará de Execução, Licença ou outro. Ele é emitido pelas Prefeituras 
atestando que a construção irá atender a legislação vigente e que existe o 
Responsável Técnico pela elaboração do projeto, pela execução da obra e pelo 
levantamento da regularização de imóvel. 
Em casos de edificações antigas que não obedecem a legislação vigente, o 
documento será emitido desde que seja comprovado que a construção foi feita 
antes da data que a Lei entrou em vigor. E isso pode ser facilmente comprovado, 
tendo datas retroativas em com fotos, fotos aéreas, contas de luz ou água, IPTU 
com área construída e etc. 
 
6.4. Certificado de Habite-se ou Conclusão de obra 
Com o Alvará de construção emitido, depois que a obra foi finalizada ou se 
ela já for existente, é necessário que a Prefeitura local emita o Certificado de 
Conclusão de obra, em alguns lugares, dependendo do Município, é conhecido 
como Certificado de Habite-se, auto de conclusão, auto de vistoria, entre outros. 
 
 
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Através desse documento se comprova que o imóvel foi construído segundo 
as exigências estabelecidas pela Prefeitura para a aprovação do projeto e 
autorização do início da utilização do imóvel, ou seja, garante que está pronto para 
a habitação. 
 
6.5. Receita Federal 
Depois que o processo termina na Prefeitura o ideal é que seja passado para 
a contabilidade, já que é nessa fase que todos os impostos deverão ser prestados 
contas. 
 
6.6. Averbação de Cartório 
Para conseguir registrar a propriedade da construção é necessário 
apresentar no Cartório de Registro de Imóveis o Projeto assinado por um 
Responsável Técnico, juntamente com o Alvará de Construção, o Certificado de 
Habite-se e a Certidão Negativa de Débitos com a Receita Federal. 
 
 
 
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7. Legislação Municipal 
As Câmaras municipais elaboram as Leis para que as Prefeituras possam 
garantir uma melhoria constante da municipalidade. 
 
7.1. Plano Diretor 
Para explicar sobre o planejamento urbano brasileiro, o instrumento que 
tem maior importância é o Plano Diretor, cuja realização é obrigatória para 
municípios com mais de 20 mil habitantes. Isso se deve ao fato de que os 
parâmetros para as organizações das cidades estão estabelecidos no Estatuto da 
Cidade (Lei 10.257/2001), o qual determina as Normas de ordem pública e interesse 
social e tem a função de regular o uso da área urbana, priorizando assim a 
qualidade de vida dos cidadãos e a preservação do meio ambiente. 
Com o objetivo de corrigir as não conformidades do passado, como o 
crescimento de modo desordenado de muitas cidades brasileiras, o que levou a 
degradação do meio ambiente, a falta de saneamento básico, de educação e saúde, 
entre outros, o planejamento urbano possibilita a indução positiva do 
desenvolvimento incluindo a sustentabilidade e qualidade de vida. 
Desta forma, o Plano Diretor se torna a ferramenta principal para o 
planejamento das cidades do Brasil, sendo o instrumento básico da política de 
desenvolvimento e expansão urbana, que garante os benefícios da urbanização, 
induzindo um desenvolvimento mais abrangente e sustentável. 
 
7.2. Lei de uso e ocupação do solo (LUOS) 
É importante planejar o desenvolvimento de cada cidade para garantir a 
melhoria da qualidade de vida da população, a evolução social e econômica e a 
proteção do meio ambiente. Por tudo isso, torna-se necessário pensar 
individualmente no planejamento ideal de área, delimitando as restrições à 
ocupação urbana, levando em conta a infraestrutura já existente, os custos com as 
futuras adaptações, a preservação e o respeito a natureza ambiental, a paisagem e 
a cultura local. Tudo isso é definido pela Lei de Uso e Ocupação do Solo, que é 
encontrada no Plano Diretor Municipal. 
 
 
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Para a construção civil o que isso significa? 
Embora seja estranho, a propriedade urbana, mesmo sendo privada, deve 
obedecer a um plano com função social. O que significa que o dono do terreno não 
pode construir o que ele quiser e deverá obedecer ao que foi determinado por lei 
para a ocupação daquela região. Se o terreno está em uma zona que permite 
exclusivamente estabelecimentos comerciais, por exemplo, o proprietário não 
poderá fazer uma utilização mista e querer construir o comércio embaixo e uma 
moradia em cima. 
 
7.3. Zoneamento 
O território municipal é dividido em partes compostas por grupos com 
características semelhantes relacionadas a ocupação, cultura, economia, meio 
ambiente e a infraestrutura urbana, chamadas de zonas e apresentadas pelo 
Zoneamento na Lei de Uso e Ocupação do Solo. Cada uma das zonas possui sua 
respectiva norma de uso e ocupação, que é elaborada para garantir o 
planejamento de uma cidade. Simplificando, é o documento que define os centros 
de comércio e serviços mais importantes a partir de critérios para facilidade de 
acesso por transporte público, geração de trabalhos e arrecadação de impostos. 
Para manter a cidade organizada é necessário levar em consideração a 
definição de usos e atividades, e os parâmetros referentes às edificações, que são 
divididos em categorias e se referem ao tipo de utilização do local, se será 
residencial, comercial ou industrial. Cada zona possui normas quanto à 
possibilidade de usos, não sendo permitido esse uso por aqueles que contrariem 
o que diz o zoneamento. Dessa forma, uma área da cidade pode permitir o uso 
residencial e comercial de pequeno porte, e não permitir industrial, por exemplo. 
 
7.4. Código de obras 
É o conjunto de leis municipais que permite que a administração exerça 
adequadamente o controle e a fiscalização do espaço construído e seu entorno. O 
código é elaborado de acordo com cada município e possui as Normas Técnicas 
para todos os tipos de construções. Ele define os procedimentos para aprovação 
dos projetos, licenças para execução das obras, metodologia para fiscalização da 
 
 
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execução destas obras e aplicação de eventuais penalidades no caso de 
descumprimento da lei. 
Na prática, o código de obras integra os cuidados que devemos ter tanto com 
a legislação urbana municipal, quanto com as normas já estabelecidas por outros 
órgãos públicos ou reguladores em relação à construção civil, e deve ser estudado 
juntamente com as leis do Plano Diretor do município, que englobam aspectos 
como Taxa de Ocupação e Coeficiente de Aproveitamento do lote, essenciais para 
a correta concepção de um projeto. 
Para a construção civil: 
 
 
7.5. Escolha do lote: 
Exemplo: cliente te procura porque quer comprar um lote para construir 
uma residencial. 
A maior falha que os clientes cometem quando vão começar a construir é 
comprar o terreno e depois contratar um escritório de Engenharia e Arquitetura. 
Isso se deve ao fato de algumas pessoas não saberem que existe uma 
determinação feita pelas Prefeituras, que diz qual o uso permitido para cada 
terreno, chamada Zoneamento e identificada na Ficha Técnica do lote. 
“Zoneamento é um tradicional instrumento do planejamento urbano, 
caracterizado pela aplicação de um sistema legislativo que procura regular o 
uso e ocupação do solo.” 
 
 
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Através dele será determinado em qual lote poderá ser construída uma ou 
mais residência, um comércio, um prédio, um shopping, uma indústria e assim por 
diante. 
Portanto, o ideal é que primeiro o profissional
faça o estudo para verificar 
em quais locais poderá ser feita a construção que o cliente deseja. Em seguida, esse 
estudo é encaminhado para um corretor de imóvel que irá orientar o cliente para 
a realização de uma transação de compra e venda impecável. 
É importante o cliente entender que ele não pode construir o que quiser em 
um terreno. Existem, além da Lei de Uso e Ocupação, os recuos obrigatórios, 
frontal, lateral e fundos, taxa de ocupação máxima, taxa de permeabilidade 
mínima, coeficiente de aproveitamento, número de vagas para garagem, entre 
outros fatores, que irão garantir a regularização do imóvel perante os órgãos 
competentes. 
Sem respeitar as Leis de construção civil, a obra não terá o Alvará de 
Construção e isso é crime, além de todas as desvantagens citadas acima. Portanto, 
o escritório de Engenharia e Arquitetura deve ser contratado para que seja 
planejada a construção desde a compra do lote. 
 
 
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8. Índices para licenciamento urbanístico 
É o conjunto de regras que devem ser obrigatoriamente aplicadas às 
construções com o objetivo de controlar o padrão de ocupação do solo. Essas 
regras são definidas particularmente por cada município e de acordo com as zonas 
em que se encontram e devem ser aplicadas em cada lote. 
Assim, os parâmetros urbanísticos garantem o controle total da área 
construída, a forma das edificações e a quantidade de pessoas que irão viver em 
cada área das cidades. 
Taxa de ocupação, Coeficiente de aproveitamento máximo, Coeficiente de 
permeabilidade mínima, recuos obrigatórios, vaga de garagem, passeio público; 
 
8.1. Taxa de ocupação 
Com a função de limitar o crescimento urbano excessivo, a taxa de ocupação 
é a porcentagem do terreno que poderá ser ocupada pela projeção da edificação, 
e que possui um valor máximo determinado por Lei e particular para cada 
zoneamento. 
 
8.2. Coeficiente de aproveitamento 
Assim como o TO, o CA é utilizado para limitar o crescimento urbano 
excessivo e possui um valor máximo determinado por Lei para cada zoneamento. 
A diferença é que o CA determina a área total que poderá ser construída por lote, 
sendo ela o coeficiente que, multiplicado pela área do lote, indica a quantidade 
máxima de metros quadrados que poderão ser construídos. Observe que nesse 
caso deverão ser somadas as áreas de todos os pavimentos. 
 
8.3. Coeficiente de permeabilidade 
As legislações dos municípios brasileiros exigem que uma porção do terreno, 
privado ou público, seja permeável, a qual é chamada de taxa de permeabilidade, 
 
 
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que nada mais é do que o espaço destinado do lote que não será concretado e terá 
a capacidade de absorção da água da chuva pelo solo. 
 
8.4. Afastamentos ou recuos mínimos 
Estes afastamentos correspondem as distâncias que devem ser respeitadas 
entre as edificações e calçadas, abrangendo os recuos frontais, laterais e fundo, 
tendo como referência as linhas de divisa dos terrenos. Isso é uma obrigatoriedade 
definida por cada prefeitura, com a justificativa técnica de que esses 
distanciamentos garantem a insolação e ventilação adequadas, principalmente 
para os ambientes internos, mas também para os espaços públicos, como por 
exemplo as calçadas. 
Pode-se construir o que quiser na área do recuo obrigatório? 
Uma vez que negada a utilização desses espaços para construções, esse é o 
maior questionamento dos proprietários, a medida que são cobrados os devidos 
impostos normalmente. Todavia, é válido lembrar que essas exigências foram 
feitas através de estudos pensados para a melhoria do crescimento urbano e 
desenvolvimento da cidade. 
 
8.5. Número de vagas para garagem 
No planejamento urbano brasileiro é comum o quesito de um número 
mínimo de vagas de estacionamento para todas as construções. A justificativa 
técnica é a agilidade no acesso dos motoristas aos seus veículos e, também, a não 
necessidade de estacionarem nas vias públicas, evitando congestionamentos. 
 
8.6. Passeio público 
Passeio público é a parte da via pública que normalmente faz divisa com o 
terreno, reservada para a circulação dos pedestres. Sua construção tem que 
respeitar o que for determinado pela legislação vigente, pensando na 
acessibilidade, nos equipamentos de infraestrutura, nas sinalizações e na 
vegetação. 
 
 
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PARTE II – EMPREENDEDORISMO EM 
REGULARIZAÇÃO 
 
De nada vai adiantar você ficar comigo até o último dia de minicurso, aprender 
as melhores técnicas para elaborar o seu projeto para aprovação, se você não 
aprender a se vender. 
Já pensou como vai prospectar o cliente que vai te contratar para fazer esse 
trâmite legal na prefeitura? 
Eu me preocupo em ensinar os meus alunos a como fazer vendas na 
construção civil. Esse assunto demanda um ótimo e extenso módulo no treinamento 
completo, com mais de 08 estratégias (#08). 
 
1. Técnicas de vendas para regularização de imóvel 
e projeto na Prefeitura: 
 Ter um perfil profissional na internet, no Instagram e Facebook, no mínimo; 
 Conhecer o seu público-alvo; 
 Saber o motivo que leva seu cliente precisar da regularização e oferecer a 
solução constante através de postagens educativas. 
 Parcerias de sucesso com Corretores de Imóveis, Contadores, Advogados e 
outros que poderão te trazer ainda mais visibilidade no mercado. 
 
2. Primeiros passos para abrir sua empresa 
 
 
 
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2.1. Registro no conselho de classe 
Os profissionais formados em Engenharia, Arquitetura, Tecnólogo ou Técnico 
em Edificações, para terem os projetos aprovados na Prefeitura da cidade onde irão 
iniciar a construção, precisarão do Registro no Conselho da classe. Atualmente, 
denominados: 
 CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia 
 CAU - Conselho de Arquitetura e Urbanismo. 
 CFT - Conselho Federal dos Técnicos Industriais 
Esse registro é feito após a conclusão da graduação pelo respectivo site 
através do fornecimento de dados e envio dos documentos solicitados. Depois de 
validada a inscrição no Conselho, deverá ser paga uma taxa anualmente para que 
possa exercer a profissão. Só assim poderá ser emitido a RT, responsabilidade 
técnica, que garante que o profissional é o responsável pelo projeto a ser aprovado 
na Prefeitura. 
 
2.2. Inscrição municipal 
Em seguida, deverá ser feita a Inscrição Municipal do profissional na cidade na 
qual o projeto será aprovado e construído. Essa inscrição é feita através de um 
número de identificação do contribuinte no Cadastro Tributário Municipal e, a partir 
de então, deverá ser pago o imposto chamado ISSQN. Somente assim, fica validado 
que o profissional exerce uma atividade legalizada naquela cidade. 
 
2.3. Abrir ou não o seu escritório na construção civil? 
Ser empresário é um sonho comum entre muitos que ainda estão na 
faculdade e entre graduados que, hoje, atuam como empregados. Para esses 
públicos, não faltam boas dicas para abrir um escritório e tirar suas ideias do papel. 
Quando se fala de abertura de empresa as pessoas logo pensam em portas 
abertas, estabelecimento comercial, CNPJ, entre outras burocracias. Porém, para 
 
 
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essa área de elaboração de projetos para Prefeitura, podemos abrir a nossa empresa 
através de trabalho home office, alugar sala por hora de uso, ou atender o cliente 
em cafés. 
Isso pode ser feito sem o CNPJ, ou seja, trabalhe como profissional liberal 
usando o seu CPF. Mesmo ainda quem é estudante já pode começar a se divulgar e 
fazer alguns trabalhados, desde que seja monitorado por um profissional habilitado 
que irá assinar toda a documentação antes de enviar para a Prefeitura. 
 
2.4. Contabilidade e Consultoria jurídica 
Para trabalhar

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