Prévia do material em texto
Aula 08 Física Aplicada p/ PRF - Policial - 2014/2015 (Com videoaulas) Professor: Vinicius Silva Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 1 de 98 AULA 8: Óptica Geométrica SUMÁRIO PÁGINA 1. Introdução 2 2. Conceitos iniciais de Óptica Geométrica. 3 2.1 Fonte de luz 3 2.2 Meios transparentes, translúcidos e opacos 4 2.3 Raio de Luz 6 2.4 Feixe de luz 7 2.5 Princípio da independência dos raios de luz 7 2.6 Câmara escura de orifício 8 3. Reflexão 9 3.1 Leis da reflexão 10 3.2 Espelho Plano 11 3.3 Construção de imagens no espelho plano 11 3.4 Propriedade da simetria 12 3.5 Campo visual de um espelho 13 3.6 Translação de um espelho plano 14 3.7. Espelhos esféricos 15 3.8 Espelhos esféricos gaussianos 17 3.9 Focos dos espelhos esféricos 17 3.9.1 Distância focal 19 3.10 Raios Luminosos Particulares 19 3.11 Construção de imagens nos espelhos esféricos. 21 3.11.1 Construção de imagens no espelho côncavo. 21 3.11.2 Construção de imagens no espelho convexo 24 3.12 Equação dos pontos conjugados de Gauss 24 4. Refração da luz 27 4.1 Índice de refração 27 4.2 Elementos geométricos da refração 27 4.3 Leis de refração: 28 4.4 Ângulo limite e reflexão total 30 4.5 Dioptro plano 33 5. Instrumentos ópticos 35 5.1 Lentes delgadas 35 5.1.1 Classificação das lentes delgadas 35 5.1.2 Focos e antiprincipais 36 5.1.3 Raios luminosos particulares 38 5.1.4 Construção de imagens em lentes esféricas. 41 5.1.5 Equação dos pontos conjugados para as lentes 43 5.1.6 Cálculo da distância focal – equação dos fabricantes de lentes 45 5.1.7 Teorema das vergências 45 5.2 Câmara fotográfica 47 5.3 Lupa 47 Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 2 de 98 6. Questões sem comentários 49 7. Questões Comentadas 59 8. Gabarito 97 9. Fórmulas mais utilizadas nessa aula 97 Hoje a mensagem que deixo para os meus prezados alunos do curso de Física para a PRF 2014/2015 é a de muita paz, muita luz e muita perseverança. Desejo a todos que seus sonhos se realizem, e que se esse concurso for o dos seus sonhos, lute até o fim pelo seu sonho. Muito obrigado por tudo, pela força, pela paciência e pela dedicação nesse curso. Forte abraço e bons estudos. 1. Introdução Hoje vamos estudar a óptica geométrica, que nada mais é do que o estudo do comportamento geométrico da luz. Existe outra parte da Óptica que é a Óptica Física ou Óptica Ondulatória, que estuda o comportamento ondulatório da luz. Na aula de hoje, serão importantes muitos conceitos da geometria plana, pois você verá nas próximas páginas que os raios de luz são considerados, geometricamente, como retilíneos. Além disso, apenas uma boa visão espacial e muita disposição para enfrentar a nossa última aula. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 3 de 98 2. Conceitos iniciais de Óptica Geométrica. Existem alguns conceitos que você precisa entender antes de adentrarmos propriamente na parte dos fenômenos ondulatórios da reflexão e refração. Esses conceitos iniciais são necessários para entender qualquer parte da óptica geométrica. 2.1 Fonte de luz Fonte de luz são quaisquer corpos dos quais pode-se receber luz. É um conceito simples, mas que está cheio de ramificações por conta da classificação das fontes de luz. Vamos a elas. a) Quanto à procedência da luz 1) Fontes Primárias: Fontes primárias de luz são corpos que possuem luz própria, emitindo-a por si só diretamente para o observador. São exemplos de fontes de luz primárias: o Sol, uma estrela qualquer, uma vela quando acesa, uma lâmpada quando acesa. 2) Fontes secundárias: São corpos que nos enviam luz proveniente de outras fontes. O processo ocorre por difusão, a luz espalha-se por meio de reflexão, na maioria das vezes. São exemplos: o computador no qual você está lendo essa aula ou então o papel que você imprimiu a aula, a Lua, as nuvens e qualquer outro corpo que receba luz de uma fonte e possa repassá-la por meio de difusão. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 4 de 98 b) Quando à extensão 1. Fontes puntiformes: São fontes nas quais não interessa para os problemas o tamanho da fonte, ela é considerada como um ponto. Esse conceito assemelha-se ao conceito de ponto material lá da mecânica. São exemplos de fontes puntiformes: uma estrela distante, ou qualquer outro corpo que possa ser considerado pontual. 2. Fontes extensas São fontes de dimensões não desprezíveis. Nessas, as dimensões são relevantes para a resolução de problemas. O exemplo mais comum é o sol, que por ser uma fonte de luz extensa, acaba gerando um fenômeno muito interessante que são os eclipses. 2.2 Meios transparentes, translúcidos e opacos Outro conceito importante é o relativo aos tipos de meios que vamos nos deparar no decorrer da aula de óptica geométrica. a) Meios transparentes São aqueles que permitem a passagem de luz regular, sem grandes desvios. Não existe meio absolutamente transparente, apenas o vácuo. No entanto, vamos considerar camadas não muito espessas, e assim, uma água límpida pode ser considerada como um meio transparente. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 5 de 98 b) Meios translúcidos São os meios em que a luz descreve trajetórias bem irregulares no seu interior, desviando-se totalmente do trajeto natural, impedindo que se forme uma imagem bem definida. É muito comum em boxes de banheiros esse tipo de vidro, no qual uma pessoa do outro lado não acaba sendo bem vista pelo observador, por conta da mudança de trajetória da luz proveniente do objeto. Veja na figura acima que os raios de luz que chegam ao observador estão todos fora da trajetória natural, o que gera a imagem destorcida. c) Meios opacos Os meios opacos impedem que a luz os atravesse. Assim o observador não verá imagem alguma, caso tente olhar o objeto por meio desse material. Exemplos de meio opaco são muitos. Uma parede pode ser considerada um meio opaco. Enfim, qualquer meio por meio do qual não seja possível enxergar um objeto. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 6 de 98 2.3 Raio de Luz Raio de luz é uma linha orientada que tem origem na fonte de luz e é perpendicular às frentes de luz esféricas, no caso de uma fonte pontual. Os raio de luz indicam o sentido e a direção de propagação da luz. Na figura acima você pode notar vários raios de luz propagando-se retilineamente, alguns atingindo o olho do observador. 2.4 Feixe de luz O feixe de luz é formado pelo conjunto de raios de luz provenientes de uma mesma fonte. Observe nas figuras abaixo um feixe de luz e um pincel de luz, quando fazemos esses raios de luz passarem por um orifício pequeno. Os feixes e pinceis de luz possuem uma classificação de acordo com asua geometria. Observe os tipos de pinceis e feixes abaixo. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 7 de 98 O primeiro chama-se pincel cônico divergente, enquanto que o segundo chama-se pincel cônico convergente e o terceiro é o cilíndrico. 2.5 Princípio da independência dos raios de luz Os raios de luz são independentes, ou seja, a propagação de um pincel de luz não é perturbada pela propagação de outros no mesmo ambiente. Quando um pincel de luz encontra outro, ocorre o cruzamento dos raios de luz e cada um mantém o seu movimento independentemente do outro. Veja nas figuras acima a propagação independente dos raios de luz provenientes de várias fontes de luz. 2.6 Princípio da propagação retilínea dos raios de luz O princípio da propagação retilínea é importantíssimo e dá base para muita coisa na óptica geométrica. “Em meios homogêneos e transparentes, a luz propaga-se em linha reta”. Meio homogêneo é um meio que apresenta as mesmas propriedades em toda a sua extensão. Se você fizer a experiência esquematizada na figura acima, você pode observar experimentalmente o princípio da propagação retilínea, basta Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 8 de 98 notar que os furos nas placas e a fonte de luz mantém a mesma linha reta. Uma das principais aplicações e decorrências do princípio acima é a sombra, que decorre da propagação retilínea da luz. Outra decorrência é a câmera escura de orifício. Vejamos. 2.6 Câmara escura de orifício A câmara escura de orifício também utiliza o princípio da propagação retilínea. Ela consiste em um experimento simples, onde teremos uma câmara escura com um fundo revestido de papel especial para projeção de imagens e um pequeno orifício do outro lado, por onde entrarão os raios de luz. Colocando-se um objeto à frente do orifício da câmara, haverá a projeção de uma imagem invertida no fundo da câmara, que pode ser observada retirando-se o papel fotográfico de dentro da câmara. A imagem será invertida, justamente por conta da propagação retilínea. Vamos agora demonstrar uma fórmula para saber calcular o tamanho da imagem de acordo com as características do problema. Na figura acima, chamando de “O” o ponto correspondente ao orifício da câmara, podemos notar dois triângulos semelhantes, que vão dar origem à seguinte proporção: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 9 de 98 ' ' ' ABO A B O o p i p A fórmula acima permite encontrar o tamanho da imagem. 3. Reflexão O primeiro fenômeno a ser entendido por nós será a reflexão da luz. Esse fenômeno se parece um pouco com a reflexão de ondas, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética. No entanto, vamos estudar a reflexão apenas do ponto de vista geométrico. Conceitualmente, ocorre reflexão da luz quando a luz incide sobre uma superfície chamada de superfície refletora e volta a se propagar no mesmo meio do qual se originou. No esquema abaixo, perceba como são esquematizados os elementos essenciais para que seja bem entendida a reflexão. Na figura acima você pode verificar alguns elementos presentes na reflexão da luz, quais sejam, AB é o raio incidente BC é o raio refletido i é o ângulo de incidência r é o ângulo de reflexão N é a reta normal (perpendicular à superfície no ponto de incidência) T é a reta tangente à superfície. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 10 de 98 A reflexão da luz é o fenômeno que explica a formação de imagens em espelhos, planos e esféricos, por exemplo. Vamos estudar esses espelhos mais adiante, pois agora vamos às Leis da Reflexão, que são as Leis que dão base de sustentação a toda a reflexão da luz. 3.1 Leis da reflexão a) 1ª Lei da Reflexão: “O raio incidente, o raio refletido e a normal são coplanares.” Essa lei não possui uma aplicação prática muito forte, contudo você deve estar ligado para qualquer questão teórica versando sobre essa lei. Ou seja, traduzindo a lei, ela quer dizer que o raio incidente, o raio refletido e a normal estão contidos no mesmo plano. b) 2ª Lei da Reflexão: ”O ângulo de incidência é igual ao ângulo de reflexão”. Essa Lei possui algumas demonstrações, que não valem a pena para nós mencionarmos aqui nesse curso. O que você deve ter em mente é o princípio da Lei. i r Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 11 de 98 Essa é a lei queda a base de sustentação para toda a teoria dos espelhos planos e esféricos. 3.2 Espelho Plano O espelho plano é um dispositivo óptico mais comum para ilustrar a reflexão da luz. Ele é geralmente constituído de uma lâmina de vidro e um composto de prata que recobre uma das faces do vidro. A representação esquemática de um espelho plano é a dada abaixo: O lado indicado pela hachura (hachuriado) representa a parte opaca do espelho, que não reflete nada. O outro lado representa o lado espelhado no qual os raios incidem e são refletidos para o mesmo meio, de acordo com o princípio básico da reflexão da luz. 3.3 Construção de imagens no espelho plano Com o espelho plano é possível construir imagens de objetos que se põem a sua frente, para isso basta escolhermos dois raios de luz que saem do objeto e aplicar a 2ª Lei da reflexão aos raios. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 12 de 98 Para obter a imagem de um objeto posto em frente a um espelho plano, basta seguir os seguintes passos: Construir pelo menos dois raios incidentes no espelho que saem do objeto. Aplicar a segunda lei da reflexão nos pontos de incidência. Prolongar os raios refletidos No encontro dos raios refletidos estarão sendo formadas as imagens do objeto real. OBS.: Note que as imagens são obtidas dos prolongamentos dos raios refletidos, o que implica dizer que no espelho plano, quando o objeto é real, ele conjugará imagens virtuais. 3.4 Propriedade da simetria A propriedade acima se traduz na seguinte frase: “No espelho plano a imagem e o objeto são simétricos” Isso significa que o espelho conjugará uma imagem simétrica ao objeto em questão. Abaixo demonstraremos a propriedade acima: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 13 de 98 Dois triângulos são fundamentais para a demonstração, quais sejam, os triângulos OVV’ e IVV’. Veja que o ângulo é congruente ao ângulo i, pois são ângulos alternos internos. Veja ainda que os ângulos ’ e r são ângulos correspondentes, o que implica congruência entre eles também. No entanto, de acordo coma 2ª Lei da Reflexão, os ângulos i e r são iguais. Logo os ângulos e ’ são iguais. Portanto, os triângulos OVV’ e IVV’ são congruentes, pois possuem os três ângulos iguais e um lado comum (VV’). Logo, podemos afirmar que a distância do objeto ao espelho (p) é igual à distância da imagem ao espelho (q). Essa propriedade é fundamental para o espelho plano, a partir dela demonstraremos outras propriedades importantes. As imagens, por conta da simetria, são enantiomorfas em relação ao objeto, isso significa que, por exemplo, caso você levante a mão esquerda em frente a um espelho, na imagem aparecerá a imagem da mão direita. 3.5 Campo visual de um espelho O campo visual de um espelho plano é a região do espaço na qual um objeto colocado pode ser “enxergado” por um observador. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 14 de 98 Na figura acima temos representado o campo visual do espelho para um observador localizado em P, lembrando que para cada observador existe um campo visual diferente. Mas nesse momento o que interessa é você saber que qualquer objeto colocado dentro do campo visual pode ser observado através do espelho pela reflexão especular. Abaixo você pode notar que o observador em O pode “enxergar” através do espelho os objetos colocados nos pontos 3 e 4, enquanto que um observador colocado em 3 consegue ver objetos colocados em O, 1 e 2. 3.6 Translação de um espelho plano Um espelho plano é um sistema óptico que pode ser transladado, o que vai nos trazer uma nova informação acerca desse sistema óptico. Vejamos: O ponto F possui inicialmente a imagem F’. Ao transladar o espelho, de uma distância x, a imagem agora vai estar a uma distância d + x do espelho, pois o objeto está a uma distância d + x do espelho. Vamos calcular a distância y que a imagem “andou”, devido ao movimento do espelho. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 15 de 98 Note na figura ainda que a distância 2d, somada a distância y é equivalente ao dobro da distância d + x. Assim, 2.( ) 2 2. d x d y y x Ou seja, a distância percorrida pela imagem é o dobro da distância percorrida pelo espelho. Essa conclusão é importante, pois podemos transformá-la para velocidades. 2.img espV V Importante essa relação, pois o CESPE pode colocar uma questão envolvendo uma perseguição policial em que o veículo da frente observa o posto policial se distanciando. Enfim, muita coisa pode ser relacionada à atividade policial do PRF com essa fórmula que acabamos de demonstrar. As principais informações acerca do espelho plano foram as que eu acabei de passar. Ainda existem outras informações acerca do espelho plano, no entanto, acredito que não serão cobradas pelo CESPE na sua prova. 3.7. Espelhos esféricos Os espelhos esféricos são uma classe de espelhos que possuem algumas características que o individualizam em suas aplicações práticas. São utilizados por conta de seu campo visual maior, que veremos mais adiante. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 16 de 98 São muito comuns em retrovisores de veículos, por exemplo. “Por definição, espelho esférico é qualquer calota esférica polida com alto poder refletor”. O plano amarelo determina uma casca chamada de calota esférica, a qual pode ser uma superfície refletora côncava ou convexa. Se a superfície refletora estiver voltada para dentro da esfera, então o espelho é chamado de espelho côncavo. Por outro lado, se a superfície refletora for a da parte de fora da esfera, então o espelho é chamado de espelho convexo. A figura acima mostra um raio de luz sendo refletido nos dois tipos de espelhos esféricos que vamos trabalhar nessa aula. O eixo principal do espelho é importante para entendermos os próximos conceitos dos espelhos esféricos. O eixo principal é o eixo horizontal que passa pelo centro e pelo vértice do espelho, conforme a figura abaixo. O centro do espelho se confunde com Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 17 de 98 o centro da esfera, enquanto que o vértice é o ponto médio entre os pontos A e B da superfície do espelho. O ângulo é chamado de ângulo de abertura do espelho. 3.8 Espelhos esféricos gaussianos Os espelhos esféricos que serão estudados por nós serão os espelhos gaussianos, o nome vem em homenagem à Carl Friedrich Gauss, uma alemão filho de família humilde, que ficou famoso por seus estudos em Matemática e Astronomia. Os espelhos esféricos gaussianos são aqueles que evitam aberrações de imagem, por conta da esfericidade dos espelhos. Para fugir das aberrações, vamos considerar apenas os raios paraxiais, que são aqueles próximos e pouco inclinados em relação ao eixo principal do espelho. Os espelhos gaussianos podem ser obtidos por meio do corte bem pequeno de uma calota esférica. Ou seja, a abertura do espelho é de no máximo 10°. 3.9 Focos dos espelhos esféricos O foco de um espelho esférico é um ponto que tem conjugado um ponto impróprio, vindo do infinito. O foco de um espelho esférico localiza-se entre o centro e o vértice. Nos espelhos esféricos gaussianos côncavos ele é real, enquanto que nos espelhos esféricos gaussianos convexos ele é virtual. Observe na figura abaixo o foco dos espelhos esféricos estudados nesse curso. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 18 de 98 Acima você pode visualizar o foco principal de um espelho esférico côncavo. Acima você pode visualizar o foco principal de um espelho esférico convexo. Você percebeu que eu mencionei que os focos das figuras acima são os chamados focos principais dos espelhos. Existem infinitos focos secundários, localizados em um plano focal. O plano focal é um plano que contém o foco principal e é perpendicular ao eixo principal do espelho. Foco principal Eixo principal Plano focal Foco secundário Foco principal Eixo principal Plano focal Foco secundário Na figura acima você pode notar o plano focal, o foco principal e o foco secundário. Note que os raios oriundos do foco principal após refletidos permanecem em uma trajetória paralela ao eixo principal. Por outro lado os raios provenientes do foco secundário após refletidos continuam paralelos, no entanto, não são paralelos ao eixo principal. Existem infinitos focos secundários. Uma aplicação prática bem comum aos veículos automotores é a luz alta. A luz alta de um veículo é uma lâmpada colocada no plano focal, que permanece apagada até o motorista acioná-la, aquando ela acende, o Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 19 de 98 facho de luz “sobe”, dando a impressão de maior luminosidade, mas na verdade é apenas a direção do feixe de luz que mudou. Em um espelho esféricoconvexo ocorre da mesma forma. 3.9.1 Distância focal O conceito acima é bem simples, a distância focal é a distância entre o foco e o vértice do espelho. O que você deve ficar atento é para o fato de a distância focal ser positiva quando é real e negativa quando é virtual. Na figura abaixo estão destacados os principais elementos de um espelho esférico. 2 2 2 côncavo convexo R f R f R f 3.10 Raios Luminosos Particulares Os raios particulares são muito importantes, pois através deles vamos construir as imagens dos objetos colocados à frente dos espelhos. Vamos ver um a um como é o comportamento desses raios perante os dois tipos de espelhos que estamos analisando nesta aula. a) Raio que parte do centro, retorna pela mesma linha que o levou até o centro. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 20 de 98 b) Todo raio luminoso que incide no vértice do espelho gera, em relação ao seu eixo principal, um raio refletido simétrico, formando o mesmo ângulo com o eixo principal. c) Todo raio que incide paralelamente ao eixo principal reflete-se alinhado com o foco principal. d) Todo raio luminoso que incide alinhado com o foco principal reflete-se paralelamente ao eixo principal. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 21 de 98 3.11 Construção de imagens nos espelhos esféricos. As imagens serão separadas de acordo com o tipo de espelho, por um motivo bem simples: o espelho côncavo conjuga 5 tipos de imagens, enquanto que o espelho convexo conjuga apenas um tipo de imagem. Vamos iniciar pelo espelho côncavo. 3.11.1 Construção de imagens no espelho côncavo. O espelho côncavo conjuga 5 tipos de imagem, que podem ser obtidas por meio do encontro dos raios refletidos. Vamos a cada uma delas. a) Objeto além do centro de curvatura A imagem foi construída a partir do raio que parte do objeto paralelamente ao eixo principal e reflete-se passando pelo foco e também do raio que parte do objeto e incide sobre o vértice do espelho e reflete- se seguindo o mesmo ângulo. As caraterísticas da imagem são as seguintes: Imagem real, uma vez que é formada pelos raios refletidos, à frente do espelho. Imagem de tamanho menor que o do objeto. Imagem invertida em relação ao objeto. Formada entre o centro e o foco. b) Objeto sobre o centro de curvatura Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 22 de 98 Essa imagem também foi construída da mesma forma que a anterior, tomando como base os mesmos raios, contudo, por conta da posição do objeto, as características da imagem foram alteradas. Imagem Real (formada à frente do espelho, as virtuais são formadas atrás do espelho, pelos prolongamentos) Imagem de mesmo tamanho do objeto. Imagem invertida em relação ao objeto. Formada sobre o centro. c) Objeto entre o centro e o foco Quando o objeto está localizado entre o centro e o foco, a imagem, formada pelos mesmos raios particulares que foram utilizados na construção das imagens anteriores, possui as seguintes características: Imagem real (formada à frente do espelho, pelos raios refletidos) Imagem maior que o objeto. Imagem invertida em relação ao objeto. Imagem formada antes do foco. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 23 de 98 Observe que essa construção é inversa à construção que foi feita no item “a”. Apenas mudaram de posição o objeto e a imagem, esse fato está ligado ao princípio da reversibilidade dos raios de luz. d) Objeto sobre o foco Quando o objeto está localizado sobre o foco, os raios refletidos pelo espelho serão paralelos e como os raios paralelos não se encontram em uma dimensão visível para nós, então a imagem é denominada imprópria. e) Objeto entre o foco e o vértice Usamos para a construção dessa imagem os raios oriundos do objeto que refletem para o foco e na mesma direção do centro, respectivamente. Perceba que os raios refletidos não se interceptam, pois são divergentes. No entanto, os prolongamentos desses raios encontram-se atrás do espelho. Esse tipo de espelho e construção de imagens é muito utilizado nos consultórios de odontologia pelos dentistas enxergarem os dentes em tamanho maior. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 24 de 98 A imagem formada possui as seguintes características: Imagem virtual (formada pelos prolongamentos dos raios refletidos, atrás do espelho). Imagem direita em relação ao objeto. Imagem maior que o objeto. 3.11.2 Construção de imagens no espelho convexo No espelho convexo, existe apenas um único tipo de imagem formada. Veja que mais uma vez a imagem é formada pelo prolongamento dos raios refletidos, o que implicará em uma imagem virtual. Algo importante acerca das imagens virtuais é o fato de que apenas elas nós podemos enxergar. Por outro lado não conseguimos ver as imagens reais, apenas se as projetarmos em um anteparo, isso é muito comum em provas do CESPE. 3.12 Equação dos pontos conjugados de Gauss Gauss elaborou uma equação baseada na semelhança de triângulos que nos mostra uma relação entre a distância do objeto ao espelho, da imagem ao espelho e a focal. Mas antes de prosseguirmos com as fórmulas da equação dos pontos conjugados e também com a fórmula do aumento linear transversal, precisamos conhecer o referencial gaussiano, que, na verdade é um referencial para saber quais distâncias serão positivas e quais serão negativas, de acordo com o tipo de espelho que teremos. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 25 de 98 Na figura acima as setas indicam os valores que serão tomados com o sinal positivo e negativo, caso a caso. O eixo x é orientado sempre no sentido contrário ao da luz incidente, fazendo com que os elementos reais tenham abscissas positivas e os elementos virtuais tenham abscissas negativas. As distâncias do objeto ao espelho e da imagem ao espelho serão denominadas com as letras p e p’, respectivamente. Observe a ilustração abaixo. Assim, na figura acima, como exemplo, podemos dizer que p e p’ são positivos. Podemos resumir o referencial gaussiano da seguinte forma: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 26 de 98 Espelho Côncavo - F > 0 Espelho Convexo - F < 0 Imagem real - p’ > 0 Imagem virtual - p’ < 0 Imagem invertida - i < 0 Imagem direita - i > 0 Vamos agora procurar entender a equação dos pontos conjugados. Pode-se demonstrar usando semelhança de triângulos a seguinte fórmula: 1 11 'f p p A fórmula acima relaciona as distâncias da imagem e do objeto ao espelho e também a distância focal. Existe ainda outra fórmula chamada fórmula do aumento linear transversal, que relaciona às distâncias da imagem e do objeto ao espelho, bem como os tamanhos do objeto e da imagem. 'I p A O p Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 27 de 98 Onde, I é o tamanho da imagem e O é o tamanho do objeto. 4. Refração da luz A refração da luz é um fenômeno por meio do qual a luz incide sobre uma superfície e após a refração passa a se propagar em um meio diferente. Antes de prosseguirmos na refração, precisamos entender o conceito de índice de refração. 4.1 Índice de refração O índice de refração é um número que traduz a dificuldade que a luz tem de se propagar naquele meio. Um índice de refração alto, implica dizer que a velocidade da luz naquele meio é baixa, enquanto que um reduzido índice de refração significa que a luz propaga-se com alta velocidade naquele meio. A fórmula do índice de refração absoluto de um meio é a seguinte: c n V Veja que a matemática não nos deixa errar, ou seja, quanto maior a velocidade da luz no meio, menor o índice de refração e vice-versa. De outra forma, o índice de refração relativo é um índice de refração em relação a outro. Assim, ele será matematicamente igual a uma razão entre índices de refração. 1 1 2 1,2 2 1 2 c n V V n cn V V 4.2 Elementos geométricos da refração Os elementos geométricos da refração também são importantes para entender as leis da reflexão. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 28 de 98 Raio incidente: é o raio que incide na superfície de separação entre os dois meios. Raio refratado: raio emergente que sai do ponto de incidência em direção ao meio 2. Normal: reta perpendicular à superfície de separação entre os meios. Meio 1: meio de propagação da luz incidente Meio 2: meio de propagação da luz refratada Ângulo de incidência (i): ângulo formado entre a normal e o raio incidente. Ângulo de refração (r): ângulo entre a normal e raio refratado. 4.3 Leis de refração: Existem duas leis de refração também, que dão base de sustentação ao estudo de todas as consequências relativas à refração. 1ª Lei da Refração: “A refração afirma que o raio incidente, o raio refratado e a reta normal estão contidos no mesmo plano, ou seja, são coplanares”. Assim como na reflexão, essa lei não possui muita aplicabilidade prática nem matemática para as questões do nosso concurso. 2ª Lei da Refração: A segunda lei da refração é a mesma da aula de ondulatória, ou seja, é possível provar matematicamente que a razão entre os senos dos ângulos de incidência e de refração são inversamente proporcionais aos índices de refração dos meios. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 29 de 98 Matematicamente, 1 1 2 2. .n sen n sen Vamos fazer agora uma análise do desvio angular sofrido pelo raio de luz incidente. Vamos primeiramente isolar o seno do ângulo de refração e após fazer uma análise matemática dele perante a possibilidades de índices de refração dos meios. 1 1 2 2 1 2 1 2 . . . n sen n sen n sen sen n Na figura a, o raio refratado aproxima-se da normal, desviando no sentido horário, isso ocorre por conta do seno do ângulo 2, que é menor que o seno do ângulo 1. Isso ocorre quando o raio de luz passa de um meio menos refringente para um meio mais refringente. Observe a demonstração matemática: 2 1 1 2 1 2 2 1 sen n sen n se n n Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 30 de 98 O mesmo raciocínio vamos adotar na figura b. Nesse caso o raio de luz vai passar de um meio mais refringente para um meio menos refringente (exemplo: da água para o ar). 2 1 1 2 1 2 2 1 sen n sen n se n n Outra observação importante é quanto à incidência normal, ou seja, quando o ângulo de incidência vale 0°, nesse caso o raio incidente é coincidente com a normal. Perceba na figura acima a diferença entre uma incidência inclinada e uma incidência normal. No caso da incidência normal, basta colocar o ângulo de incidência igual a zero, que teremos um ângulo de refração igual a zero também. 4.4 Ângulo limite e reflexão total Existe um fenômeno associado à refração chamado reflexão total. Mas antes de adentrar propriamente nesse tema, vamos entender outra reflexão, que é a reflexão regular que existe em toda refração. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 31 de 98 Ao incidir em uma superfície de separação entre dois meios, um raio de luz sofre refração e reflexão, no entanto a reflexão é bem menos intensa que a reflexão que ocorre nas superfícies refletoras como um espelho plano. Vamos analisar essa reflexão a partir da figura abaixo: O raio K é o raio incidente, enquanto que o raio K’’ é o raio refratado. A novidade aqui é o raio refletido K’. Ele sempre vai ocorrer, mesmo que em pequena porcentagem em relação a todo o fenômeno. É por isso que você já deve ter notado que quando se coloca em frente a uma superfície de um lago, você consegue notar uma pequena reflexão, podendo ver a sua imagem ainda que distorcida por meio do espelho d’água. Bom, entendida essa reflexão, vamos à reflexão total. A reflexão total ocorre quando um raio de luz passa de um meio mais refringente para um meio menos refringente. (água para o ar). Observe, na figura acima, que quando o ângulo de incidência vai aumentando o ângulo de refração vai aumentando também. Ocorre que como o ângulo de refração é maior que o ângulo de incidência, então acaba ocorrendo o seguinte fenômeno: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 32 de 98 A partir de certo ângulo de incidência, o raio refratado não vai mais ocorrer, havendo apenas raio incidente e refletido. Logo, o fenômeno se chama reflexão total. Vamos aprender agora a calcular o ângulo limite. Vamos aplicar a Lei de Snell à situação limite. . . 90maior menor menor maior n senL n sen n senL n Assim, podemos calcular o seno do ângulo limite sabendo quanto valem os índices de refração dos meios. As condições para que ocorra o fenômeno da reflexão total são as seguintes: A luz deve passar de um meio mais refringente para um meio menos refringente. O ângulo de incidência deve ser igual ou superior ao ângulo limite. Um fenômeno muito comum que ocorre nas estradas brasileiras são as miragens, fenômeno que está associado à reflexão total. Quando a temperatura do solo fica muito alta, o ar aquecido torna-se menos denso e por via de consequência menos refringenteque o ar que se encontra um pouco mais em cima. Assim um raio de luz pode ao penetrar na atmosfera terrestre sofrer reflexão total, o que faz aparentar que certa região da estrada está molhada. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 33 de 98 4.5 Dioptro plano O Dioptro plano é um sistema físico que estamos trabalhando desde o início do estudo da refração. Na verdade dioptro plano é um sistema constituído de dois meios de refringência distinta que fazem uma fronteira plana. Por conta do desvio da luz, quando se observa um objeto por meio de um dioptro plano, os objetos aparentarão distâncias diferentes. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 34 de 98 Na figura acima você pode perceber que o observador acaba pensando que o objeto está em uma profundidade menor que a real. É possível calcular essa distância aparente por meio de uma fórmula matemática, validade para um observador próximo à vertical. Veja: Para ângulos pequenos a tangente do ângulo é praticamente igual ao seno, e é justamente essa aproximação que será utilizada. 2 2 1 1 2 2 1 1 2 . . . . n sen n sen n tg n tg AB n 1. real AB n d aparente aparente destino real origem d d n d n Como o índice de refração do meio de destino é menor que o índice de refração do meio de origem, a profundidade aparente é menor que a profundidade real. Por outro lado, se o observador estiver posicionado em um meio cujo índice de refração é maior que o índice de refração do objeto a ser localizado, então vamos ter uma pequena diferença, no entanto, a fórmula matemática é a mesma. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 35 de 98 aparente destino real origem d n d n Assim, a única diferença é que como o índice de refração de destino agora é maior (água), então a distância aparente é maior que a distância real. 5. Instrumentos ópticos 5.1 Lentes delgadas Vamos começar a estudar alguns instrumentos ópticos e o primeiro será a lente esférica delgada. As lentes são instrumentos utilizados geralmente em perícias para avaliar elementos de tamanho reduzido, exatamente por conta de seu alto poder de aumento para algumas lentes. Outra aplicação prática são as correções de ametropias, que são os defeitos de visão, ocasionados pela má formação do globo ocular (aumentado ou reduzido). O processo de formação de imagens em lentes esféricas é dado por meio do fenômeno da refração da luz. Vamos iniciar com a classificação das lentes esféricas. 5.1.1 Classificação das lentes delgadas As lentes são classificadas em duas grandes categorias, que são as lentes de bordas finas e de bordas grossas. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 36 de 98 a) bordas finas: Entre as lentes de bordas finas figuram três tipos de lentes: b) bordas grossas: Aqui também são três tipos: Em geral as lentes de bordas finas são convergentes, ou seja, convergem a luz incidente sobre ele, e as lentes de bordas grossas são divergentes, pois nesse caso os raios de luz afastam-se da normal quando incidem na lente. Isso só vai mudar caso tenhamos a lente inserida em um meio mais refringente que o meio do qual é feita a lente. Como, geralmente, as lentes são colocadas no ar, então as de bordas finas são convergentes enquanto que as de bordas grossas são divergentes. 5.1.2 Focos e antiprincipais Vamos entender esses dois pontos importantes na geometria das lentes delgadas. Aqui as lentes se parecem muito com os espelhos esféricos, no entanto algumas diferenças devem ser ressaltadas. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 37 de 98 a) Focos Aqui mais uma vez temos o foco que é o ponto imagem de um objeto localizado no infinito, ou seja, de um feixe luz paralelo. Observe na figura abaixo os focos de uma lente delgada convergente e divergente. Nas figura acima você pode notar que cada lente possui dois focos, simetricamente dispostos em relação ao centro óptico da lente. A distância focal será dada da mesma forma que fizemos para os espelhos, será a distância entre o foco e o centro óptico da lente. O detalhe é que na lente divergente esse foco será negativo. Antiprincipais são pontos que fazem as vezes de centro dos espelhos esféricos. São pontos que estão localizados a uma distância 2.f do centro óptico da lente. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 38 de 98 Acima você pode notar os focos e os antiprincipais de uma lente convergente e de uma divergente. Resumindo, a figura abaixo ilustra todos os pontos de fundamental importância nas lentes esféricas delgadas. 5.1.3 Raios luminosos particulares Assim como nos espelhos esféricos, temos nas lentes também alguns raios luminosos particulares que nos auxiliarão na construção das imagens conjugadas pelas lentes. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 39 de 98 Vamos conhecer esses raios, que se parecem muito com os raios particulares dos espelhos, com algumas adaptações, já que aqui o fenômeno predominante é a refração. a) raios paralelos ao eixo principal sofrem refração e dirigem-se para o foco após a refração. b) raios oriundos do foco após a refração dirigem-se paralelamente ao eixo principal. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 40 de 98 c) Todo raio que incide na lente sobre o centro óptico sofre refração sem mudar a sua direção. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 41 de 98 d) Qualquer raio de luz oriundo de um antiprincipal sofre refração e prossegue se propagando para o outro antiprincipal, localizado do outro lado da lente. 5.1.4 Construção de imagens em lentes esféricas. Assim como fizemos no caso dos espelhos, vamos separar a construção das imagens por tipo de lente (convergente e divergente). a) Lentes convergentes Nas lentes convergentes, a construção se assemelha muito com a construção de imagens nos espelhos côncavos. 1. Objeto situado além do antiprincipal: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silvawww.estrategiaconcursos.com.br Página 42 de 98 2. Objeto situado sobre o antiprincipal: 3. Objeto entre o antiprincipal e o foco: 4. Objeto situado sobre o foco. Nesse caso não haverá formação de imagem, dizemos que a imagem é imprópria. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 43 de 98 5. Objeto entre o foco e o centro óptico Mais tarde falaremos mais sobre esse tipo de imagem formada e suas aplicações práticas, pois essa lente é conhecida como LUPA ou MICROSCÓPIO SIMPLES. b) Lentes divergentes Aqui temos apenas um tipo de imagem conjugada pelas lentes divergentes. Vejamos. 5.1.5 Equação dos pontos conjugados para as lentes Aqui, assim como nos espelhos temos também uma equação que relaciona as distâncias do objeto à lente, da imagem à lente e a distância focal. Essa equação pode ser demonstrada através da semelhança de triângulos: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 44 de 98 A equação dos pontos conjugados será dada por: 1 1 1 'f p p Aqui também teremos uma equação acerca do aumento linear transversal da imagem. Vejamos: 'I p A O p Mas antes de sair aplicando as fórmulas, você deve conhecer o referencial gaussiano para as lentes, ele se parece um pouco com o referencial gaussiano para os espelhos. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 45 de 98 Com esse quadro resumo você pode ficar tranquilo com qualquer questão relacionada à aplicação das fórmulas das lentes. 5.1.6 Cálculo da distância focal – equação dos fabricantes de lentes A distância focal de uma lente não é tão simples como a distância focal de um espelho esférico que é dada pela metade do raio. Aqui devemos conhecer a equação dos fabricantes de lentes, que na verdade é uma equação que envolve os índices de refração da lente e do meio na qual está inserida e os seus raios de curvatura. A equação pode ser demonstrada a partir da equação do dioptro esférico, que não vamos mencionar nesse curso, portanto, vamos aceitar a fórmula abaixo (rsrsrsrs). A fórmula é a seguinte: 1 2 1 1 1 1 .Lente meio n f n R R Na fórmula acima você deve ficar ligado apenas nos sinais dos raios. Para isso basta memorizar o resumo abaixo: Faces convexas: raios de curvatura positivos Faces côncavas: raios de curvatura negativos 5.1.7 Teorema das vergências Antes de adentrarmos propriamente no teorema acima, é de fundamental importância que conheçamos o conceito de vergência. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 46 de 98 Vergência de uma lente traduz o quanto ela é forte, ou seja, uma lente forte possui alta vergência e vice e versa. O nome vergência também está ligado ao poder que uma lente tem de convergir ou divergir um raio de luz. Conceitualmente, podemos dizer que a vergência é o inverso da distância focal, pois se a distância focal é grande, o poder de convergência da lente é pequeno, por outro lado, uma lente de pequena distância focal, possui um alto poder de convergência, pois ela precisa em um pequeno espaço fazer convergirem os raios de luz. Assim, 1 V f A unidade de vergência é o di (dioptria), que equivale ao m-1, na prática ele é conhecido como grau (°) aquele que o seu oftalmologista recomenda quando você precisa usar óculos. Agora que você conhece o conceito de vergência, vamos entender o teorema das vergências. O teorema acima afirma que lentes justapostas podem ser substituídas por uma lente equivalente cuja vergência é a soma das vergências. Por exemplo, na figura acima temos duas lentes justapostas, cuja vergência da associação pode ser substituída por: 1 2eqV V V Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 47 de 98 5.2 Câmara fotográfica Vamos conhecer agora esse novo instrumento óptico que é a câmara fotográfica, que funciona da seguinte forma: Os raios de luz que partem do objeto penetram no corpo da câmera por meio de uma lente chamada de lente objetiva, que possui distância focal ajustada para focalizar a imagem onde passa o rolo do filme. A diferença dessa maquina antiga para a maquina digital é a forma de armazenamento, que nas máquinas modernas se da pro meio de uma memória digital e não de um filme fotográfico. 5.3 Lupa Eis aqui o instrumento óptico mais comum em provas CESPE, na verdade ela é o único que vi cair até hoje, por isso vamos focar nossos esforços em entender do que se trata a lupa, largamente usada em exames periciais. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 48 de 98 Um objeto é colocado entre o foco e o centro óptico de uma lente convergente, projetando uma imagem que ao ser vista pelo observador é do tipo virtual, direita e maior em relação ao objeto. Esse tipo de instrumento é muito comum por conta de sua simplicidade, podendo ser carregado para o local de um acidente, por exemplo, para visualizar uma marca de frenagem com mais detalhes. Existem diversos outros tipos de instrumentos ópticos, no entanto, não acredito que serão cobrados de vocês pelo CESPE. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 49 de 98 6. Questões sem comentários 1. (CESPE-UNB – SESI/SP) Com relação aos princípios da óptica geométrica, julgue as afirmativas abaixo: 1.1. Em um meio homogêneo e isotrópico, a luz propaga-se em linha reta. 1.2. Quando dois ou mais raios de luz se cruzam, cada um deles segue a sua trajetória, como se os outros não existissem. 1.3. A luz incidente sobre uma superfície refletora plana e polida não muda de direção. 1.4. A trajetória da luz independe do sentido de percurso. 2. (UNB) Uma aluna visitou o estande de ótica de uma feira de ciências e ficou maravilhada com alguns experimentos envolvendo espelhos esféricos. Em casa, na hora do jantar, ela observou que a imagem de seu rosto aparecia invertida à frente de uma concha que tinha forma de uma calota esférica, ilustrada na figura. Considerando que a imagem formou- se a 4 cm do fundo da concha e a 26 cm do rosto da aluna, calcule, em milímetros, o raio da esfera que delimita a concha, como indicado na figura. Desconsidere a parte fracionária de seu resultado, caso exista. 3. (CESPE – UNB – SEDUC/CE) Um objeto de 1 cm de altura foi colocado a 10 cm do vértice de um espelho côncavo, esférico, de raio de curvatura igual a 30 cm. Nesse caso, julgue as afirmativas abaixo: 3.1. a distância focal do espelho é igual a 10 cm. 3.2. a distânciaentre a imagem do objeto e o espelho é menor que a distância entre o objeto e o espelho. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 50 de 98 3.3. a imagem formada é do tipo virtual. 3.4. espelhos com essas características, independentemente da posição do objeto, não permitem formar imagens reais. 4. (CESPE – UNB – SEDUC/DF) A figura (a) acima mostra a reflexão e a refração da luz em uma superfície de separação ar-água e (b) uma representação esquemática desse mesmo fenômeno usando raios. Considerando o índice de refração da água igual a 1,33 e do ar igual a 1 e com base nessa figura, julgue os itens de abaixo. 4.1 Os raios refletido e refratado são coplanares. 4.2 Os raios incidente e refletido formam ângulos iguais com a reta normal, mesmo que a superfície de incidência seja esférica. 4.3 Quando o raio incidente coincidir com a reta normal, não haverá reflexão. 4.4 Se o raio incidente fizer um ângulo de 45o em relação à reta normal, haverá reflexão total. 4.5 A diferença entre reflexão difusa e reflexão especular é uma consequência da aspereza da superfície. 5. (CESPE – UNB – PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR) A óptica tem áreas de aplicação tradicionais como lentes corretivas para a visão e áreas mais modernas, que só se desenvolveram no século XX, como leitores de códigos de barra e discos compactos de áudio. Acerca da óptica, assinale a opção correta. 5.1. Os fenômenos de interferência e difração são mais facilmente explicados pela óptica geométrica que pela óptica ondulatória. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 51 de 98 5.2. A fração da luz incidente que é refletida na interface de dois meios depende do índice de refração dos dois meios, mas não depende do ângulo de incidência da luz. 5.3. Interferência e difração são fenômenos que ocorrem com a luz, mas não ocorrem com ondas mecânicas. 6. (CESPE – UNB – PETROBRÁS – GEOFÍSICO JÚNIOR) Com base em seus conhecimento de óptica geométrica, julgue o item abaixo: O raio se afasta da normal quando passa de um meio de menor velocidade para um meio de maior velocidade 7. (UNB) O conhecimento das leis de reflexão e de refração permitiu o desenvolvimento de telescópios, microscópios, sistemas de lentes altamente sofisticados, câmeras etc. A Óptica Aplicada tornou disponíveis não apenas binóculos de bolso, mas, também, sofisticados instrumentos de pesquisa. Em relação aos princípios básicos da Óptica, julgue os seguintes itens. 7.1 Um raio luminoso atinge a face superior de um cubo de vidro, conforme mostrado na figura adiante. O índice de refração do vidro é igual ao dobro do índice de refração do ar; o ângulo de incidência é de 45°. Nessas condições, haverá reflexão total do raio luminoso na face A do cubo. 7.2 Sabe-se que a luz vermelha, ao passar do ar para a água, sofre um desvio menor que a luz azul. Conclui-se, então, que a velocidade de propagação da luz vermelha, na água, é superior à da luz azul. 7.3 Uma lâmpada acesa em um poste de iluminação pública, vista, por reflexão, em uma poça de água agitada, parece mais alongada devido ao fenômeno da refração. 7.4 Uma imagem virtual pode ser fotografada colocando-se um filme no local da imagem. 8. (CESPE – CBM DF – CFO -2006) Considere um pesquisador localizado sobre uma plataforma instalada em um oceano, conforme ilustra a figura abaixo. Nessa figura, considere ainda que, no ponto P, haja um recipiente de coleta de bactérias magnéticas, que está sendo observado pelo pesquisador graças ao feixe luminoso destacado. Nessa situação e de acordo com o esquema ilustrado, tem-se que a distância d satisfaz a seguinte equação Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 52 de 98 em que n1 e n2 são, respectivamente, o índice de refração da água do oceano e o do ar. 9. (CESPE – POLÍCIA CIVIL-ES - 2005) Durante centenas de anos, filósofos e cientistas questionaram se acerca da natureza da luz. Isaac Newton (1642-1727) acreditava que a luz consistia de um feixe de partículas, enquanto o físico holandês Christian Huygens (1629-1695) afirmava que a luz era um tipo de movimento ondulatório. A posteridade viria demonstrar que, apesar de nenhuma das duas teorias ser integralmente acertada, Huygens andava mais perto da verdade que Newton. A figura abaixo mostra o que hoje conhecemos por espectro eletromagnético, em que se pode ver que a luz visível corresponde a uma faixa muito estreita desse espectro. 9.1 Quando um raio luminoso passa de um meio menos refringente para outro, mais refringente, o raio se refrata, aproximando-se mais da normal. 9.2 De acordo com a lei de Snell, um feixe de luz polarizado pode sofrer reflexão total ao passar de um meio menos refringente para um meio mais refringente. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 53 de 98 10. (CESPE – UNB – SEDUC/PA) A figura acima mostra a refração de feixes de luz ao passar por dois meios com índices de refração diferentes, isto é, n1 n2. Com base na lei de Snell, julgue os itens abaixo. 10.1. Ocorrerá reflexão total para 2 < 90º. 10.2. Ocorrerá reflexão total sempre que n1 < n2. 10.3. Ocorrerá reflexão total sempre que existir um ângulo C tal que senC = n2/n1. 10.4. Os comprimentos de onda dos feixes incidente (1) e refratado (2) estão relacionados pela expressão 21 2 1 . sen sen . 11. (CESPE – UNB – SEDU/ES) Em relação ao comportamento ótico da luz, julgue os itens seguintes. 11.1 Na reflexão total, o raio incidente e o raio refletido formam, com a normal à superfície entre os dois meios, o mesmo ângulo. 11.2 A imagem denominada real é formada pela intersecção de raios luminosos e não pelo prolongamento deles. 11.3 A imagem de um objeto colocado em frente a uma lente delgada será virtual se estiver do lado oposto ao do objeto em relação à lente e real se estiver do mesmo lado do objeto. 11.4 A luz sempre se refrata quando atravessa a interface entre dois meios de propagação com índices de refração iguais. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 54 de 98 12. (UNB) A figura acima ilustra o esquema de transmissão da luz através de uma fibra óptica composta de um núcleo com diâmetro d0 e índice de refração n0 revestido por uma capa de material cujo índice de refração é n1, conferindo à fibra o diâmetro externo d1. Nessa figura, as direções de propagação de dois raios luminosos, representados pelas linhas em azul e vermelho, sofrem desvio de 90o devido à curvatura da fibra óptica e ambos os raios atingem a interface entre o núcleo e a capa a 45º. Tendo como referência as informações acima apresentadas, julgue os itens de 12.1 a 12.3, assumindo que não há dependência do índice de refração do material em relação ao comprimento de onda da luz. 12.1 Se os valores dos índices de refração do núcleo e da capa fossem trocados um pelo outro, nenhuma luz seria transmitida através da fibra. 12.2 Na situação apresentada, conclui-seque n0 > 1,45 n1. 12.3 Com relação aos raios refletidos, o caminho óptico percorrido pelo raio de luz vermelho é superior em 66% ao percorrido pelo raio de luz azul. 13. (CESPE – UNB – POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA – 2012) Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 55 de 98 Instrumentos ópticos, como o ilustrado na figura I acima, são comumente utilizados em técnicas de identificação forense. As lupas, compostas por lentes delgadas e convergentes, são frequentemente usadas. Considere uma lupa composta por uma lente biconvexa de raios iguais em módulo e que sejam do, di e f, respectivamente, as distâncias do objeto, da imagem e do foco em relação ao eixo central na lente — figura II. Com base nessas informações e nas figuras acima, julgue os itens que se seguem. 13.1. Para um objeto posicionado no ponto focal, sua imagem estará localizada no infinito. 13.2. Se do < f, então a imagem será invertida. 14. (CESPE PF/2004 – PERITO FÍSICO) Ao avaliar as causas de um incêndio em uma residência, um perito postulou que este fora iniciado pela focalização acidental da luz solar em uma lata de solvente esquecida no chão. Essa focalização, segundo o perito, foi causada pelo acúmulo de água da chuva em um toldo plástico transparente, montado horizontalmente a 3 m acima da lata, que cobria parte do teto da casa que estava em obras. A água empoçada teria funcionado como uma lente convergente que focalizou a luz solar na lata de solvente, provocando sua ignição. Em relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir. Sabendo que 1 2 1 1 1 ( 1)n f R R é a equação empregada na fabricação de lentes, a qual associa a distância focal f aos raios de curvatura R1 e R2 das superfícies da lente e ao índice de refração n do material usado, e considerando o índice de refração da água igual a 1,33, então, para que a hipótese formulada pelo perito seja verdadeira, é necessário que o plástico tenha acumulado água até atingir um raio de curvatura inferior a 60 cm. 15. (CESPE – CBM – AC – 2006) Considere a lente convergente ilustrada no esquema acima, em que os pontos “b” e “e” representam as posições dos pontos focais dessa lente. Julgue o seguinte item, acerca da produção de imagens com esse dispositivo óptico. Se um objeto estivesse muito longe, à esquerda do ponto a, sua imagem seria formada muito próxima do ponto e, à sua direita. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 56 de 98 16. (CESPE – UNB – SEDUC/PA) Uma lente convergente do tipo delgada, esférica e biconvexa, situada a uma distância igual a duas vezes a sua distância focal de um objeto, formará uma imagem desse objeto que é A. virtual e direita. B. real e invertida. C. virtual e invertida. D. real e direita. 17. (CESPE – UNB – PETROBRÁS - OPERADOR I) Com relação ao princípio da propagação retilínea da luz aplicado a dispositivos ópticos, julgue os itens a seguir. 17.1. Considerando a lente biconvexa mostrada na figura abaixo, é correto afirmar que o fator de ampliação dessa lente é igual à razão entre os tamanhos da imagem (hi) e do objeto (ho). 17.2 Se um objeto de 1,0 cm de altura for colocado a 10,0 cm do vértice de um espelho côncavo esférico, cujo raio de curvatura é de 30,0 cm, a imagem formada será real e estará localizada a 10,0 cm do vértice do espelho. 18. (CESPE – UNB – SEDUC/CE) Uma lente delgada esférica, com duas superfícies convexas (biconvexa), com raios de mesmo tamanho, R1 = R2 = 1,20 cm, é colocada em contato como o ar, cujo índice de refração é igual a 1. Se o índice de refração n do material de que é feito a lente for igual a 1,50, então a distância focal f dessa lente que, nesse caso, é expressa por 1 2 1 2 .1 . 1 R R n R R , é tal que: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 57 de 98 A. 0,5 < f < 1,0. B. 1,0 < f < 1,5. C. 1,5 < f < 2,0. D. 2,0 < f < 2,5. 19. (CESPE – UNB – SEDUC/CE) As figuras I e II abaixo ilustram uma lente delgada, convergente, biconvexa, formada por um pedaço de gelo, usada para produzir fogo em objetos inflamáveis em contato com o ar. Se os raios de curvatura das lentes forem R1 = 6 mm e R2 = -6 mm e se os índices de refração do ar e do gelo forem iguais a 1 e 1,30, respectivamente, então a distância focal dessa lente, em mm, é igual a A. 1. B. 10. C. 100. D. 1.000. 20. (CESPE – UNB – SEAD/CPC – PERITO CRIMINAL) A lupa, mostrada na figura, é um instrumento óptico que consiste em uma lente biconvexa, de pequena distância focal, que, por sua capacidade de ampliar imagens, também é chamada de microscópio simples. Com relação a esse instrumento óptico, julgue os itens a seguir. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 58 de 98 20.1 A lente que constitui uma lupa é divergente. 20.2 A ampliação produzida por uma lupa depende sempre da distância mínima de resolução do observador. 20.3 Quando uma lente biconvexa é usada como lupa, a um objeto real corresponderá sempre uma imagem virtual ampliada. 20.4 A imagem produzida por uma lente biconvexa não pode ser projetada em um anteparo. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 59 de 98 7. Questões Comentadas 1. (CESPE-UNB – SESI/SP) Com relação aos princípios da óptica geométrica, julgue as afirmativas abaixo: 1.1. Em um meio homogêneo e isotrópico, a luz propaga-se em linha reta. Comentário: Item correto. Questão simples, basta lembrar do referencial teórico dessa aula, na qual foi afirmado que esse é um princípio, o princípio da propagação retilínea dos raios de luz, ou seja, a luz propaga-se sempre em linha reta, caso esteja propagando-se em um meio homogêneo e isotrópico. 1.2. Quando dois ou mais raios de luz se cruzam, cada um deles segue a sua trajetória, como se os outros não existissem. Comentário: Item correto. Mais uma questão versando sobre os conceitos iniciais, essa faz referência ao principio da independência dos raios de luz. Um raio de luz propaga-se independentemente dos outros que cruzem o seu caminho óptico. Eles se interpenetram e depois seguem sua propagação independentemente do outro. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 60 de 98 1.3. A luz incidente sobre uma superfície refletora plana e polida não muda de direção. Comentário: Item incorreto. Não confunda a segunda lei da reflexão com a mudança de direção do raio de luz. Vamos à análise. Na reflexão há mudança de direção na propagação do raio de luz. Veja. O raio incidente mudou a sua direção de propagação, no entanto o ângulo formado entre o raio incidente e a normal é o mesmo formado entre o raio refletido e a normal. No caso acima veja que oângulo de incidência vale 45° e o ângulo de reflexão também, no entanto os raios respectivos possuem direções distintas. 1.4. A trajetória da luz independe do sentido de percurso. Comentário: Item correto. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 61 de 98 A questão versa mais uma vez acerca do princípio da propagação retilínea dos raios de luz. A luz, portanto, tem sua trajetória independentemente do sentido de propagação. Em um meio isotrópico e homogêneo, a luz propaga-se em linha reta independentemente do sentido, seja da esquerda para a direita, seja da direita para a esquerda. 2. (UNB) Uma aluna visitou o estande de ótica de uma feira de ciências e ficou maravilhada com alguns experimentos envolvendo espelhos esféricos. Em casa, na hora do jantar, ela observou que a imagem de seu rosto aparecia invertida à frente de uma concha que tinha forma de uma calota esférica, ilustrada na figura. Considerando que a imagem formou- se a 4 cm do fundo da concha e a 26 cm do rosto da aluna, calcule, em milímetros, o raio da esfera que delimita a concha, como indicado na figura. Desconsidere a parte fracionária de seu resultado, caso exista. Comentário: Resposta: 7cm. Questão sobre espelhos esféricos. Vamos usar a equação dos pontos conjugados de Gauss, mas para isso vamos esquematizar na figura abaixo o que está acontecendo na situação narrada. Observação: O enunciado deveria ter mencionado que a imagem estava projetada sobre algum plano de projeção, pois é impossível que uma pessoa veja uma imagem real, formada pelos raios refletidos. Nós apenas conseguimos ver as imagens virtuais, formadas pelos prolongamentos dos raios de luz, atrás do espelho. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 62 de 98 26 cm 4 cm objeto imagem foco 26 4 30 ' 4 1 1 1 30 4 3,5 p cm p cm f f cm : 2 2 7 70 mas no espelho esférico R f R f R cm ou mm 3. (CESPE – UNB – SEDUC/CE) Um objeto de 1 cm de altura foi colocado a 10 cm do vértice de um espelho côncavo, esférico, de raio de curvatura igual a 30 cm. Nesse caso, julgue as afirmativas abaixo: 3.1. a distância focal do espelho é igual a 10 cm. Comentário: Item incorreto. Como foi fornecido o raio de curvatura do espelho, então fica fácil de determinar a distância focal do espelho côncavo, é a metade do raio de curvatura. 30 15 2 2 R f cm 3.2. a distância entre a imagem do objeto e o espelho é menor que a distância entre o objeto e o espelho. Comentário: Item incorreto. Vamos calcular usando a equação de gauss, lembrando que a distância focal é positiva e a distância do objeto ao espelho também, pois o objeto é colocado à frente do espelho. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 63 de 98 1 1 1 ' 1 1 1 15 10 ' 1 1 1 ' 15 10 1 1 ' 30 ' 30 f p p cm cm p p cm cm p cm p cm Ou seja, a imagem é formada atrás do espelho a uma distância de 30 cm do seu vértice, portanto, a distância da imagem ao espelho é maior que a distância do objeto ao espelho. 3.3. a imagem formada é do tipo virtual. Comentário: Item correto. A imagem é formada atrás do espelho, portanto é virtual. As características da imagem são: virtual, direita e maior que o objeto. Vamos calcular o tamanho da imagem: ' 30 1 10 3 I p O p I cm cm cm I cm Ou seja, houve um aumento linear igual a 3, pois a imagem é três vezes maior que o objeto. Lembre-se de uma coisa: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 64 de 98 Imagem virtual é imagem direita Imagem real é imagem invertida 3.4. espelhos com essas características, independentemente da posição do objeto, não permitem formar imagens reais. Comentário: Item incorreto. Espelhos côncavos podem formar imagens reais, na verdade a maioria das imagens que eles formam são reais. O único caso em que as imagens formadas são virtuais é o caso acima, ou seja, quando o objeto está localizado entre o foco e o vértice do espelho. 4. (CESPE – UNB – SEDUC/DF) A figura (a) acima mostra a reflexão e a refração da luz em uma superfície de separação ar-água e (b) uma representação esquemática desse mesmo fenômeno usando raios. Considerando o índice de refração da água igual a 1,33 e do ar igual a 1 e com base nessa figura, julgue os itens de abaixo. 4.1 Os raios refletido e refratado são coplanares. Comentário: Item correto. Trata-se de uma aplicação da primeira lei da refração. Os raios incidente, refratado e a normal são coplanares, ou seja, estão sempre no mesmo plano. 4.2 Os raios incidente e refletido formam ângulos iguais com a reta normal, mesmo que a superfície de incidência seja esférica. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 65 de 98 Comentário: Item correto. Trata-se de uma aplicação da segunda lei da reflexão. Mesmo que a superfície seja esférica, ela será válida, pois em cada ponto da esfera poderemos traçar uma normal, que passará pelo centro da esfera e os ângulos de incidência e de reflexão serão iguais. 4.3 Quando o raio incidente coincidir com a reta normal, não haverá reflexão. Comentário: Item incorreto. Cuidado com esse tipo de item! Trata-se da incidência perpendicular. Tanto na reflexão, quanto na refração, quando há incidência perpendicular os fenômenos continuam ocorrendo, no entanto, com características peculiares. Na reflexão. Na reflexão com incidência perpendicular o que não haverá é o desvio angular, pois o raio refletido volta pela mesma linha que incidiu na superfície refletora. Na Refração: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 66 de 98 Na refração o raio de luz também não sofre desvio, no entanto ele não volta para o mesmo meio de propagação, ele passa a se propagar no meio 2, conforme a figura abaixo. 4.4 Se o raio incidente fizer um ângulo de 45o em relação à reta normal, haverá reflexão total. Comentário: Item incorreto. Vamos primeiramente verificar as duas condições para que ocorra a reflexão total: Luz passando de um meio mais refringente para um meio menos refringente. Ângulo de incidência maior ou igual ao ângulo limite. No caso acima a luz está passando de um meio menos refringente (ar) para um meio mais refringente (água). Assim, não tem como ocorrer reflexão total, independentemente do ângulo de incidência, as condições acima são necessárias, uma sem a outra implica na inocorrência de reflexão total. 4.5 A diferença entre reflexão difusa e reflexão especular é uma consequência da aspereza da superfície. Comentário: Item correto. A reflexão pode ser difusa, quando a superfície refletora é irregular. Veja na figura abaixoa reflexão de um feixe de luz por uma superfície irregular. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 67 de 98 Por outro lado, na reflexão especular a superfície refletora é bem polida, é chamada de superfície especular, com alusão à superfície de um espelho. 5. (CESPE – UNB – PETROBRÁS – ENGENHEIRO DE PETRÓLEO JÚNIOR) A óptica tem áreas de aplicação tradicionais como lentes corretivas para a visão e áreas mais modernas, que só se desenvolveram no século XX, como leitores de códigos de barra e discos compactos de áudio. Acerca da óptica, assinale a opção correta. 5.1. Os fenômenos de interferência e difração são mais facilmente explicados pela óptica geométrica que pela óptica ondulatória. Comentário: Item incorreto. Esses dois fenômenos pertencem ao ramo da óptica chamado de óptica ondulatória, que é o ramo da óptica que estuda a luz do ponto de vista ondulatório e como esses dois fenômenos acima citados são fenômenos ondulatórios, então serão amis bem explicado com a teoria da óptica ondulatória e não da óptica geométrica. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 68 de 98 5.2. A fração da luz incidente que é refletida na interface de dois meios depende do índice de refração dos dois meios, mas não depende do ângulo de incidência da luz. Comentário: Item incorreto. Você viu comigo o fenômeno da reflexão total, então além dos índices de refração dos meio serem de fundamental importância para saber qual o percentual de reflexão que haverá, é também muito importante ficar ligado no ângulo de incidência, pois se esse ângulo de incidência for maior ou igual ao ângulo limite, então haverá reflexão total, o percentual de reflexão no fenômeno será de 100%. 5.3. Interferência e difração são fenômenos que ocorrem com a luz, mas não ocorrem com ondas mecânicas. Comentário: Item incorreto. Vou citar um exemplo que torna o item incorreto. O som sofre tanto interferência como difração e é uma onda mecânica conforme visto na aula anterior. Então não há óbice para os fenômenos ocorrerem com ondas mecânicas. 6. (CESPE – UNB – PETROBRÁS – GEOFÍSICO JÚNIOR) Com base em seus conhecimento de óptica geométrica, julgue o item abaixo: O raio se afasta da normal quando passa de um meio de menor velocidade para um meio de maior velocidade Comentário: Item correto. Nós analisamos o fenômeno do desvio angular sofrido pelo raio de luz quando ocorre refração da luz. Na oportunidade foi dito que um raio de luz afasta-se da normal quando passa de um meio mais refringente para um meio menos refringente. Ou seja, de um índice de refração maior para um menor. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 69 de 98 1 2n n c 1 c V 2 1 2 V V V Ou seja, a luz vai passar de um meio de menor velocidade para outro meio de maior velocidade de propagação. 7. (UNB) O conhecimento das leis de reflexão e de refração permitiu o desenvolvimento de telescópios, microscópios, sistemas de lentes altamente sofisticados, câmeras etc. A Óptica Aplicada tornou disponíveis não apenas binóculos de bolso, mas, também, sofisticados instrumentos de pesquisa. Em relação aos princípios básicos da Óptica, julgue os seguintes itens. 7.1 Um raio luminoso atinge a face superior de um cubo de vidro, conforme mostrado na figura adiante. O índice de refração do vidro é igual ao dobro do índice de refração do ar; o ângulo de incidência é de 45°. Nessas condições, haverá reflexão total do raio luminoso na face A do cubo. Comentário: Item correto. Mais uma de reflexão total. Note que haverá uma refração inicial para que o raio de luz penetre no interior do cubo de vidro, após o que haverá outra refração de um raio de luz interior ao cubo que poderá sofrer reflexão total, basta que o ângulo de incidência seja maior que o ângulo limite para o par de meios. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 70 de 98 45° a 1 2 1 1 : 45 2 2 2 2 4 aplicando Snell n sen n sen n n sen sen 1 2 1 1 : 2 1 2 para ocorrer reflexão total sen senL n sen n n sen n sen a a a a 2 , cos cos 1 1 cos 1 8 7 cos 8 cos 0,93 0,93 mas sen sen sen a a Observa-se então que o ângulo a satisfaz a condição de reflexão total na face A. 7.2 Sabe-se que a luz vermelha, ao passar do ar para a água, sofre um desvio menor que a luz azul. Conclui-se, então, que a velocidade de propagação da luz vermelha, na água, é superior à da luz azul. Comentário: Item correto. Vamos voltar a uma equação vista na aula anterior acerca da refração de ondas, a qual mostra a dependência do ângulo com a velocidade da onda. 2 1 2 . Vsen i sen r V sen i V c sen r onde c é a velocidade da luz no ar Da questão, podemos afirmar que o ângulo r, de refração, para a luz vermelha é menor que o mesmo ângulo para a luz azul. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 71 de 98 É fácil notar que quanto maior o ângulo, maior será o seu seno. Então, na equação demonstrada acima, podemos afirmar que o denominador (sen r) será maior para a luz azul, o que acarretará em uma velocidade menor para a luz azul. Assim, 2 2AZUL VERMELHA V V 7.3 Uma lâmpada acesa em um poste de iluminação pública, vista, por reflexão, em uma poça de água agitada, parece mais alongada devido ao fenômeno da refração. Comentário: Item incorreto. O que está ocorrendo com a luz do poste é uma reflexão difusa. Abaixo segue uma figura para melhor entender a situação. Note que na reflexão difusa a área atingida pela luz refletida é bem maior que a área na reflexão regular. Isso ocorre porque a superfície da água está agitada. 7.4 Uma imagem virtual pode ser fotografada colocando-se um filme no local da imagem. Comentário: Item incorreto. Na verdade as imagens que necessitam de um filme para projeção são as reais. As imagens virtuais podem ser captadas pelo olho humano diretamente, sem auxílio de projetores. Exemplos de imagens virtuais são as geradas pelo espelho plano, pelo espelho convexo e da lente divergente. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 72 de 98 Por outro lado, as imagens reais são aquelas formadas em um espelho côncavo, na maioria das vezes; geradas em uma lente convergente, também em quase todos os casos. Só existe um caso em que a imagem gerada por uma lente convergente ou espelho côncavo é virtual. Veja. Trata-se do caso em que o objeto encontra-se entre o foco e o centro. 8. (CESPE – CBM DF – CFO -2006) Considere um pesquisador localizado sobre uma plataforma instalada em um oceano, conforme ilustra a figura abaixo. Nessa figura, considere ainda que, no pontoP, haja um recipiente de coleta de bactérias magnéticas, que está sendo observado pelo pesquisador graças ao feixe luminoso destacado. Nessa situação e de acordo com o esquema ilustrado, tem-se que a distância d satisfaz a seguinte equação em que n1 e n2 são, respectivamente, o índice de refração da água do oceano e o do ar. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 73 de 98 Comentário: Item correto. A questão é mais uma aplicação da lei de Snell para a refração, na prática o efeito relatado na questão efeito pode ser notado toda vez que um observador põe-se a observar um corpo que está em outro meio. Veja. Fonte: brasilescola.com O observador fora da água verá a imagem do peixe e terá a impressão de que ele está a uma distância menor do que realmente está. Isso também é bastante comum nas piscinas, quando você olha para o fundo tem a ilusão de óptica de que a superfície da piscina está a uma distância menor, e na realidade não está, é apenas uma ilusão de óptica provocada pela refração da luz. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 74 de 98 9. (CESPE – POLÍCIA CIVIL-ES - 2005) Durante centenas de anos, filósofos e cientistas questionaram se acerca da natureza da luz. Isaac Newton (1642-1727) acreditava que a luz consistia de um feixe de partículas, enquanto o físico holandês Christian Huygens (1629-1695) afirmava que a luz era um tipo de movimento ondulatório. A posteridade viria demonstrar que, apesar de nenhuma das duas teorias ser integralmente acertada, Huygens andava mais perto da verdade que Newton. A figura abaixo mostra o que hoje conhecemos por espectro eletromagnético, em que se pode ver que a luz visível corresponde a uma faixa muito estreita desse espectro. 9.1 Quando um raio luminoso passa de um meio menos refringente para outro, mais refringente, o raio se refrata, aproximando-se mais da normal. Comentário: Item correto. Questão simples, pois já conhecemos bem o fenômeno da refração da luz. Refração é o fenômeno no qual um raio de luz passa de um meio para outro modificando a sua direção de propagação, sua velocidade e seu comprimento de onda. Os efeitos da refração podem ser percebidos visualmente de diversas maneiras, nessa aula já falamos da profundidade aparente de uma piscina. Observe abaixo o que acontece quando colocamos um corpo em um copo com líquido. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 75 de 98 Vejamos então na figura abaixo o caso da refração colocado pelo item em apreço. Note que quando um raio de luz passa de um meio menos refringente para outro mais refringente, o ângulo de refração é menor que o de incidência. Portanto, o raio de luz se aproxima da reta normal nessa situação. 9.2 De acordo com a lei de Snell, um feixe de luz polarizado pode sofrer reflexão total ao passar de um meio menos refringente para um meio mais refringente. Comentário: Item incorreto. Mais um item sobre reflexão total, fique atento a esse tema que pode estar presente na prova. Relembrando as condições para a reflexão total: O raio de luz deve passar de um meio mais refringente para outro menos refringente. O ângulo de incidência deve ser maior que o ângulo limite. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 76 de 98 Querido Aderbal, é simples entender essa condição. O raio de luz quando passa de um meio menos refringente para um mais refringente (ar para água) o raio refratado vai se aproximar da normal. Por outro lado, quando o raio emerge da água para o ar, o raio refratado se afasta da normal, se aumentarmos o ângulo de incidência, o que vai acontecer é que chegaremos em um ângulo no qual a luz vai ser totalmente refletida e não mais refratada. Passando do meio menos refringente para o mais refringente isso nunca aconteceria, pois o raio refratado aproxima-se da normal. 10. (CESPE – UNB – SEDUC/PA) Professor, por que só é possível a reflexão total quando raio de luz passa do meio mais refringente para o menos refringente? Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 77 de 98 A figura acima mostra a refração de feixes de luz ao passar por dois meios com índices de refração diferentes, isto é, n1 n2. Com base na lei de Snell, julgue os itens abaixo. 10.1. Ocorrerá reflexão total para 2 < 90º. Comentário: Item incorreto. Quando ocorre reflexão total a luz é totalmente refletida na superfície de separação dos meios. Assim, a configuração limite, ou seja, quando o ângulo de incidência é igual ao ângulo limite é a seguinte: Portanto o ângulo de refração, ou seja, o ângulo 2 será igual a noventa graus. Se na situação limite ele é igual a noventa, não ocorrerá reflexão total quando o ângulo for menor que noventa graus, ou seja, quando o ângulo de refração é menor que 90° não ocorre reflexão total, apenas refração e reflexão regular (em baixo percentual). 10.2. Ocorrerá reflexão total sempre que n1 < n2. Comentário: Item incorreto. A reflexão total ocorrerá sempre que um raio de luz sofrer refração, passando de um meio mais refringente para um meio menos refringente. Assim, quando n1 > n2, pode ocorrer reflexão total. 10.3. Ocorrerá reflexão total sempre que existir um ângulo C tal que senC = n2/n1. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 78 de 98 Comentário: Item correto. A reflexão total ocorre quando o ângulo de incidência é maior ou igual ao ângulo limite ou ângulo crítico, como aqui foi chamado pelo CESPE. É claro que, partindo do pressuposto de que a luz está passando de um meio mais refringente para um meio menos refringente. 2 1 menor C maior n n sen n n 10.4. Os comprimentos de onda dos feixes incidente (1) e refratado (2) estão relacionados pela expressão 21 2 1 . sen sen . Comentário: Item incorreto. Trata-se de uma questão de ondulatória, mas acredito que não há problemas em comentá-la aqui, uma vez que vocês já viram a aula de ondulatória e devem saber tudo de ondas já. Na refração, podemos usar a lei de snell para chegar a uma conclusão sobre esse item: 1 1 2 2. .n sen n sen c 1 1 . c sen V 2 2 1 1 . . sen V sen f 2 2. sen f 1 1 2 2 . sen sen Lembre-se de que a frequência mantém-se constante em uma refração, pois só depende da fonte. 11. (CESPE – UNB – SEDU/ES - 2012) Em relação ao comportamento ótico da luz, julgue os itens seguintes. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 79 de 98 11.1 Na reflexãototal, o raio incidente e o raio refletido formam, com a normal à superfície entre os dois meios, o mesmo ângulo. Comentário: Item correto. Vamos verificar uma situação de reflexão total da qual poderemos retirar a conclusão acerca desse item. incidênciareflexão Na figura acima, de acordo com a segunda lei da reflexão, os ângulos de incidência e reflexão são iguais. A questão era simples, apenas aplicação das leis da reflexão em um fenômeno refletivo que ocorre em uma refração. 11.2 A imagem denominada real é formada pela intersecção de raios luminosos e não pelo prolongamento deles. Comentário: Item correto. A imagem real, por definição é aquela formada pela intersecção de dois raios de luz, enquanto que a imagem virtual é formada pelos prolongamentos dos raios de luz. Um exemplo muito simples é a imagem formada pelo espelho plano, por reflexão, trata-se de uma imagem virtual, oriunda da intersecção dos prolongamentos dos raios refletidos, que se forma atrás do espelho. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 80 de 98 11.3 A imagem de um objeto colocado em frente a uma lente delgada será virtual se estiver do lado oposto ao do objeto em relação à lente e real se estiver do mesmo lado do objeto. Comentário: Item incorreto. Nas lentes esféricas, a imagem é formada por refração, então os prolongamentos dos raios de luz ficam no mesmo lado do objeto. Veja os dois tipos de imagens virtuais que ocorrem com as lentes: Lente divergente: Lente convergente (objeto entre o foco e o centro óptico): Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 81 de 98 Perceba, das figuras acima, que a imagem virtual é formada pelos prolongamentos dos raios de luz está sempre do mesmo lado do objeto, diferentemente dos espelhos esféricos em que ela se forma atrás do espelho. 11.4 A luz sempre se refrata quando atravessa a interface entre dois meios de propagação com índices de refração iguais. Comentário: Item incorreto. No caso de a luz passar de um meio de índice de refração n para outro meio de mesmo índice de refração, a luz na verdade não mudou de meio, o que implica dizer que não houve refração. Só haverá refração se a luz mudar de meio de propagação, passando de um meio cujo índice de refração vale n1, para um meio cujo índice de refração vale n2. 12. (UNB) A figura acima ilustra o esquema de transmissão da luz através de uma fibra óptica composta de um núcleo com diâmetro d0 e índice de refração n0 revestido por uma capa de material cujo índice de refração é n1, conferindo à fibra o diâmetro externo d1. Nessa figura, as direções de propagação de dois raios luminosos, representados pelas linhas em azul e vermelho, sofrem desvio de 90o devido à curvatura da fibra óptica e ambos os raios atingem a interface entre o núcleo e a capa a 45º. Tendo como referência as informações acima apresentadas, julgue os itens de 12.1 a 12.3, assumindo que não há dependência do índice de refração do material em relação ao comprimento de onda da luz. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 82 de 98 12.1 Se os valores dos índices de refração do núcleo e da capa fossem trocados um pelo outro, nenhuma luz seria transmitida através da fibra. Comentário: Item incorreto. Questãozinha sobre fibra óptica, instrumento por meio do qual muita tecnologia está sendo construída. A vantagem da fibra óptica são as sucessivas reflexões totais que ocorrem no seu interior durante a propagação da luz. Professor, o que a fibra óptica tem de tão especial? Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 83 de 98 A luz penetra na fibra óptica e ao sofrer múltiplas reflexões totais, é conduzida entre dois pontos em alta velocidade. A vantagem então fica por conta da reflexão total ocorrida. Para que haja a reflexão total são necessárias duas condições: O raio de luz deve passar de um meio mais refringente para outro menos refringente. O ângulo de incidência deve ser maior que o ângulo limite. Para calcular o ângulo limite, basta aplicar a segunda lei de Snell para a refração. Essa lei foi explicada na aula 1, se você não está lembrando, volte e releia. Aplicando a 2ª lei da refração para a situação da figura do meio, teremos: 2 1 1 2 90 MENOR MAIOR n senL n sen n senL n n senL n Entendida a reflexão total que ocorre no interior da fibra óptica, vamos agora voltar à pergunta da questão, que afirma não haver mais propagação de luz caso os índices de refração sejam invertidos. Professor e o que é esse ângulo limite, dá pra calcular? Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 84 de 98 O item está incorreto, pois ao inverter os índices de refração, o que não poderá mais haver é a reflexão total, no entanto, assim como em toda refração, continuará havendo reflexão. O detalhe é que essa reflexão será em um percentual muito menor. 12.2 Na situação apresentada, conclui-se que n0 > 1,45 n1. Comentário: Item incorreto. Na figura mostrada na questão, o ângulo deve ser maior ou igual ao ângulo limite pra que ocorra a reflexão total. Portanto, podemos escrever: 1 0 0 1 0 1 45 2 2 2 2 1,41 MENOR MAIOR sen senL n sen n n n n n n n 12.3 Com relação aos raios refletidos, o caminho óptico percorrido pelo raio de luz vermelho é superior em 66% ao percorrido pelo raio de luz azul. Comentário: Item incorreto. Para entender esse item, vamos tomar um trecho de cada caminho óptico percorrido pelos raios azul e vermelho. Veja a figura abaixo. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 85 de 98 1,5D0 45° DV/2 DV/2 Vamos agora calcular a diferença entre os caminhos ópticos vermelho e azul, para desta forma saber quão maior é o vermelho em relação ao azul, em termos percentuais. Calculando DV, que é o caminho óptico percorrido pelo raio de luz vermelho, temos: 0 0 0 0 0 0 0 0,75 45 2 1,52 2 3 2 2,12 tan , 1,5 0,41 1,5 1,5 ( ) 41% V V V V V A V A A D sen D D D D D D D por to D D D como D D distância percorrida pelo raio azul D D D Assim, fica provado que o item está incorreto, pois o caminho do raio vermelho é 41% maior que o caminho do raio azul. 13. (CESPE – UNB – POLÍCIA FEDERAL – PAPILOSCOPISTA – 2012) Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 86 de 98 Instrumentos ópticos, como o ilustrado na figura I acima, são comumente utilizados em técnicas de identificação forense. As lupas, compostas por lentesdelgadas e convergentes, são frequentemente usadas. Considere uma lupa composta por uma lente biconvexa de raios iguais em módulo e que sejam do, di e f, respectivamente, as distâncias do objeto, da imagem e do foco em relação ao eixo central na lente — figura II. Com base nessas informações e nas figuras acima, julgue os itens que se seguem. 13.1. Para um objeto posicionado no ponto focal, sua imagem estará localizada no infinito. Comentário: Item correto. Quando o objeto está localizado no foco, ele não conjuga imagem, apenas uma imagem imprópria, por conta dos raios paralelos, que se encontram no infinito. Nessa questão você precisava conhecer a lupa, e saber que é uma lente convergente, que não conjuga imagem quando o objeto é colocado no foco. 13.2. Se do < f, então a imagem será invertida. Comentário: Item incorreto. Se o objeto é colocado entre o foco e o centro óptico, então temos um caso clássico de imagem formada do mesmo lado do objeto, virtual e maior que o objeto. Trata-se do uso mais comum da lupa. Veja abaixo o uso da lupa, no caso de o objeto ser colocado entre o foco e o centro óptico. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 87 de 98 14. (CESPE PF/2004 – PERITO FÍSICO) Ao avaliar as causas de um incêndio em uma residência, um perito postulou que este fora iniciado pela focalização acidental da luz solar em uma lata de solvente esquecida no chão. Essa focalização, segundo o perito, foi causada pelo acúmulo de água da chuva em um toldo plástico transparente, montado horizontalmente a 3 m acima da lata, que cobria parte do teto da casa que estava em obras. A água empoçada teria funcionado como uma lente convergente que focalizou a luz solar na lata de solvente, provocando sua ignição. Em relação a essa situação hipotética, julgue o item a seguir. Sabendo que 1 2 1 1 1 ( 1)n f R R é a equação empregada na fabricação de lentes, a qual associa a distância focal f aos raios de curvatura R1 e R2 das superfícies da lente e ao índice de refração n do material usado, e considerando o índice de refração da água igual a 1,33, então, para que a hipótese formulada pelo perito seja verdadeira, é necessário que o plástico tenha acumulado água até atingir um raio de curvatura inferior a 60 cm. Comentário: Item incorreto. Essa questão foi da prova de Perito Físico de 2004, mas apresenta um nível de dificuldade acessível para candidatos ao cargo de PRF. A equação apresentada no item é a famosa equação dos fabricantes de lentes, ela relaciona os elementos necessários para a determinação da distância focal. 1 2 1 1 1 ( 1)n f R R Poderíamos esquematizar a situação do incêndio na figura abaixo: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 88 de 98 Lata de solvente Água Distância focal Raios de luz do Sol Vamos aplicar a equação dos fabricantes de lentes, usando como distância focal aquela entre a lata de solvente e o toldo (3m). Desta forma encontraremos o valor do raio de curvatura da lente (lembrando que o raio de curvatura da parte plana é infinito). 1 2 2 2 2 2 1 1 1 ( 1) 1 1 1 (1,33 1) 3 1 0,33 0,33 0 1 1 1 n f R R R R R R m Assim, para que a suposição do perito estivesse correta, o raio de curvatura inferior atingido pela lente d’água deveria ser igual a 100 cm. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 89 de 98 15. (CESPE – CBM – AC – 2006) Considere a lente convergente ilustrada no esquema acima, em que os pontos “b” e “e” representam as posições dos pontos focais dessa lente. Julgue os seguintes itens, acerca da produção de imagens com esse dispositivo óptico. 15.1 Se um objeto estivesse muito longe, à esquerda do ponto a, sua imagem seria formada muito próxima do ponto e, à sua direita. Comentário: Item correto. As lentes de bordas finas são convergentes, se feitas com material cujo índice de refração é maior que o do meio no qual está imersa; isto é, convergem os raios de luz que são refratados. De outro modo, as lentes de bordas grossas, são divergentes, nas mesmas condições acima, vez que os raios de luz, depois de refratados, divergem. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 90 de 98 Voltando ao item em questão, podemos afirmar que os raios de luz são provenientes do infinito, quando o enunciado afirma virem de muito longe. Assim, raios de luz oriundos do infinito são praticamente paralelos, e raios paralelos em uma lente convergente (a lente plano-convexa apresentada na questão é convergente) convergem para o foco. Portanto, o item está correto. 15.2 Se um objeto estivesse situado sobre o ponto c, sua imagem, gerada sobre o ponto d, seria real e invertida. Comentário: Item incorreto. Um objeto colocado sobre o ponto “C” estaria entre o foco e o centro da lente. Quando o objeto está entre o foco e o centro: Voltando ao questionamento do item, veja que um objeto situado entre a o foco e o centro óptico da lente, terá sua imagem conforme descrito em acima, virtual, maior que o objeto e direita. Item incorreto, portanto. 15.3 A imagem de um objeto situado no ponto “a” será tanto maior quanto mais próximo esse ponto estiver do ponto b. Comentário: Item correto. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 91 de 98 Um objeto situado no ponto “a” terá a imagem conforme estabelecido na parte teórica. À medida que o objeto for se aproximando de “b” (foco), a imagem tende a aumentar seu tamanho. Se fosse ao contrário, ou seja, o objeto se afastando do foco, a imagem tenderia a diminuir seu tamanho (que já é maior que o do objeto) até ficar com as mesmas dimensões do objeto (sobre o foco). Assim fica provado que o item está correto. 16. (CESPE – UNB – SEDUC/PA) Uma lente convergente do tipo delgada, esférica e biconvexa, situada a uma distância igual a duas vezes a sua distância focal de um objeto, formará uma imagem desse objeto que é A. virtual e direita. B. real e invertida. C. virtual e invertida. D. real e direita. Comentário: Resposta: alternativa B. Lente convergente conjuga imagens, em sua grande maioria, reais. A única situação em que as lentes convergentes conjugam imagens virtuais é quando o objeto situa-se entre o foco e o centro óptico, o que não é o caso da questão acima. No caso acima, o objeto está localizado no antiprincipal da lente, o que implica em uma imagem real. Lembre-se da dica que já foi dada nessa aula: sempre que a imagem é real ela é invertida. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 92 de 98 Abaixo você pode verificar a situação narrada no enunciado: Assim, a imagem é reale invertida. 17. (CESPE – UNB – PETROBRÁS - OPERADOR I) Com relação ao princípio da propagação retilínea da luz aplicado a dispositivos ópticos, julgue os itens a seguir. 17.1. Considerando a lente biconvexa mostrada na figura abaixo, é correto afirmar que o fator de ampliação dessa lente é igual à razão entre os tamanhos da imagem (hi) e do objeto (ho). Comentário: Item correto. O fator de ampliação A é dado pela razão entre o tamanho da imagem e o tamanho do objeto. Assim, Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 93 de 98 'I p A O p 17.2 Se um objeto de 1,0 cm de altura for colocado a 10,0 cm do vértice de um espelho côncavo esférico, cujo raio de curvatura é de 30,0 cm, a imagem formada será real e estará localizada a 10,0 cm do vértice do espelho. Comentário: Item incorreto. Vamos usar a equação de gauss para determinar as características da imagem. 1 1 1 ' 1 1 1 30 10 ' 2 1 2 1 ' 30 10 1 1 ' 30 ' 30 f p p p p p p cm Imagem virtual, formada atrás do espelho, a uma distância de 30cm dele. 18. (CESPE – UNB – SEDUC/CE) Uma lente delgada esférica, com duas superfícies convexas (biconvexa), com raios de mesmo tamanho, R1 = R2 = 1,20 cm, é colocada em contato como o ar, cujo índice de refração é igual a 1. Se o índice de refração n do material de que é feito a lente for igual a 1,50, então a distância focal f dessa lente que, nesse caso, é expressa por 1 2 1 2 .1 . 1 R R n R R , é tal que: Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 94 de 98 A. 0,5 < f < 1,0. B. 1,0 < f < 1,5. C. 1,5 < f < 2,0. D. 2,0 < f < 2,5. Comentário: Resposta: alternativa B. Para calcular a distância focal da lente, vamos utilizar a fórmula fornecida, lembrando que, de acordo com a convenção de sinais vista na parte teórica, o raio será positivo, uma vez que se tratam de faces convexas. 1 2 1 2 2 .1 . 1 1 1,20 . 1,50 1,00 2,40 1,20 R R n R R f f cm 19. (CESPE – UNB – SEDUC/CE) As figuras I e II abaixo ilustram uma lente delgada, convergente, biconvexa, formada por um pedaço de gelo, usada para produzir fogo em objetos inflamáveis em contato com o ar. Se os raios de curvatura das lentes forem R1 = 6 mm e R2 = -6 mm e se os índices de refração do ar e do gelo forem iguais a 1 e 1,30, respectivamente, então a distância focal dessa lente, em mm, é igual a A. 1. B. 10. C. 100. D. 1.000. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 95 de 98 Comentário: Resposta: alternativa B Temos os aqui uma questão acerca das lentes convergentes e do uso da fórmula dos fabricantes de lentes. 1 2 1 1 1 1 . 1 1,3 1 1 1 . 1 6 6 1 1 0,3. 0,1 3 10 Lente meio n f n R R f f f mm 20. (CESPE – UNB – SEAD/CPC – PERITO CRIMINAL) A lupa, mostrada na figura, é um instrumento óptico que consiste em uma lente biconvexa, de pequena distância focal, que, por sua capacidade de ampliar imagens, também é chamada de microscópio simples. Com relação a esse instrumento óptico, julgue os itens a seguir. 20.1 A lente que constitui uma lupa é divergente. Comentário: Item incorreto. Questão simples, apenas para o reconhecimento das características da lupa, que todos sabemos tratar-se de uma lente convergente. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 96 de 98 20.2 A ampliação produzida por uma lupa depende sempre da distância mínima de resolução do observador. Comentário: Item incorreto. A ampliação da lente dependerá da distância do objeto e da imagem à lente. A ampliação será dada por: 'I p A O p Veja que em momento algum foi mencionada alguma distância do observador até a lente, não tendo relevância, portanto, para a ampliação. 20.3 Quando uma lente biconvexa é usada como lupa, a um objeto real corresponderá sempre uma imagem virtual ampliada. Comentário: Item correto. A imagem conjugada pela lupa será do tipo virtual, para um objeto real. Assim, a imagem produzida pela lente biconvexa da lupa será virtual e ampliada. 20.4 A imagem produzida por uma lente biconvexa não pode ser projetada em um anteparo. Comentário: Item incorreto. A imagem conjugada por uma lente biconvexa pode ser real. Basta que para isso o objeto esteja localizado antes do foco. Logo, quando a imagem é real, então o tipo de imagem é projetável. Entenda a dica abaixo: Imagem real: pode ser projetada Imagem virtual: não pode ser projetada, é vista por nós. Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 97 de 98 8. Gabarito 01.CCEC 02.7cm 03.EECE 04.CCEEC 05.EEE 06.C 07.CCEE 08.C 09.CE 10.EECE 11.CCEE 12.EEE 13.CE 14.E 15.CEC 16.B 17.CE 18.B 19.B 20.EECE 9. Fórmulas mais utilizadas nessa aula ' o p i p i r 2.img espV V 2 2 2 côncavo convexo R f R f R f 1 1 1 'f p p 'I p A O p c n V 2 1,2 1 V n V 1 1 2 2. .n sen n sen menor maior n senL n aparente destino real origem d n d n 1 2 1 1 1 1 .Lente meio n f n R R 1 V f 1 2eq V V V Aproveito o momento para encerrar a aula e o nosso curso de Física aplicada à perícia de acidentes rodoviários. Foi realmente incrível escrever tantas informações. Um verdadeiro desafio, mas foi um desafio que teve o seu ego altamente massageado, seja pela adesão que foi realmente além das expectativas, seja pelas perguntas de alta qualidade e das menções elogiosas ao meu trabalho. Só posso agradecer por tudo, em primeiro lugar, a Deus, depois a minha família por ter tido a paciência necessária para que eu Física aplicada à perícia em acidentes rodoviários para PRF/2013-2014 Teoria e exercícios comentados Aula 8 – Óptica Geométrica. – Prof. Vinícius Silva www.estrategiaconcursos.com.br Página 98 de 98 pudesse dedicar o mês de julho para vocês, e finalmente a todos os alunos que acreditaram no meu trabalho e nessa disciplina. Aos colegas da coordenação do Estratégia também agradeço pela paciência em responder a todas as minhas perguntas e dúvidas em relação ao curso. Obrigado. Abraço. Prof. Vinícius Silva.