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Produção de Texto Resumão NARRAÇÃO E DESCRIÇÃO Relato O relato é um texto no qual são apresentadas as informações básicas (os fatos) referentes a um acontecimento especifico. O principal objetivo do relato, oral ou escrito, é informar, reconstruindo para o leitor/ouvinte uma sequência de acontecimentos. Por esse motivo, os relatos focalizam as ações. Como são várias as situações em que relatamos algo, esse é um gênero discursivo que acompanha o surgimento e a evolução da própria linguagem. Contexto de circulação Ao contrário da maioria dos gêneros discursivos, os relatos (orais ou escritos) ocorrem em muitos contextos diferentes. Isso acontece porque recorremos a esse gênero todas as vezes que temos necessidade de apresentar uma sequência especifica de fatos, associados a uma situação específica. É comum encontrarmos trechos característicos de relatos associados a outros gêneros discursivos. Exemplo: Boletim de ocorrência Nos contos e romances também é muito comum observarmos a ocorrência de relatos. Os interlocutores dos relatos No caso dos relatos orais, sempre haverá um interlocutor especifico para quem os acontecimentos são relatados. É possível, portanto, fazer uma imagem mais precisa desse(s) interlocutor(es) e, em função dessa imagem, selecionar melhor as informações a serem apresentadas e o nível de formalidade a ser adotado no uso da linguagem. No caso dos relatos escritos, torna-se difícil estabelecer uma imagem especifica dos seus leitores, porque tal imagem dependerá do contexto em que o relato ocorre. Estrutura Em um relato oral, sempre estaremos diante de nossos interlocutores que, a qualquer momento, podem nos interromper e pedir informações ou esclarecimentos. Isso dá, a quem relata, maior liberdade em termos estruturais. Já em um relato escrito, os leitores não terão como solicitar mais informações ou esclarecimentos logo o texto precisa conter todas as informações necessárias para ser compreendido por quem o lê. Linguagem Como o foco dos relatos está na ação, um aspecto importante da sua estrutura é o controle do tempo. O interlocutor do texto precisa contar com marcas textuais que permitam inferir a sequência dos acontecimentos Carta pessoal e e-mail A carta pessoal é um gênero discursivo em que o autor do texto se dirige a um interlocutor especifico, com o qual pretende estabelecer uma comunicação a distância. A mensagem eletrônica é um gênero discursivo que surgiu com o advento da internet. Caracteriza-se por permitir uma comunicação escrita muito rápida entre interlocutores conectados em rede virtual. A finalidade das cartas pessoais (e também dos e-mails pessoais) é manter, por escrito, uma “conversa” na qual são relatados e comentados os principais acontecimentos envolvendo os interlocutores durante um determinado espaço de tempo. A necessidade de contar muitos acontecimentos faz com que as cartas muitas vezes, sejam longas. Dada a rapidez de envio e recebimento de e-mails, os textos deles costumam ser breves. Contexto de circulação São textos enviados especificamente para um (ou mais) interlocutor(es) previamente conhecido(s) pelo autor da carta/e-mail que, ao escrevê-lo tem o cuidado de selecionar o seu conteúdo e de definir sua forma em função da imagem que faz dessa(s) pessoa(s) . Nesse sentido, são textos pessoais que não costumam circular em contextos mais amplos. Estrutura As cartas pessoais são sempre iniciadas por um cabeçalho, em que se informam o local onde se encontra seu autor e a data em que escreve. A esse cabeçalho, segue a identificação do interlocutor com quem o autor da carta pretende “conversar”. Cumprida essa etapa, inicia-se o texto propriamente dito. Uma vez concluído o texto da carta, deve-se incluir uma despedida, com identificação final do autor da carta. A estrutura das mensagens eletrônicas pessoais é bastante semelhantes à das cartas. Entretanto, os autores nem sempre identificam local e data já que isso é feito automaticamente. Linguagem Textos de caráter pessoal devem ter o nível de formalidade da linguagem estabelecido em função da imagem do interlocutor para quem são dirigidos. Quanto maior a intimidade entre os interlocutores, mais informal tende a ser a linguagem utilizada. Outro aspecto muito importante em relação à linguagem desses dois gêneros é o papel desempenhado pelos pronomes pessoais na marcação da interlocução. A presença do interlocutor (2ª pessoa) como a do autor (1ª pessoa) deve ser marcada no texto. Diário O diário é um gênero discursivo no qual são registrados acontecimentos cotidianos a partir de uma perspectiva pessoal. Os autores dos diários costumam ser seus únicos leitores e manter registros que se estendem por anos. A finalidade de um gênero como esse costuma ser a criação de um espaço de escrita no qual o autor trata de questões intimas. Contexto de circulação