Buscar

Conteudo_complementar_Primeiros_Socorros_30_06_22

Prévia do material em texto

2 
 
SUMÁRIO 
 
PRIMEIROS SOCORROS ........................................................................................................ 3 
1. VÍTIMAS INCONSCIENTES ............................................................................................ 3 
1.1. Parada cardíaca .............................................................................................................. 3 
1.2. Parada respiratória ......................................................................................................... 5 
1.3. Parada cardiorrespiratória (PCR) .................................................................................... 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
PRIMEIROS SOCORROS 
 
1. VÍTIMAS INCONSCIENTES 
Ao verificar que a vítima está inconsciente, o socorrista deve ligar novamente para os 
profissionais do socorro (para lhes transmitir essa informação) e seguir todas as 
recomendações que serão feitas por eles. 
Observação: o melhor local do corpo para verificar a circulação de sangue de uma 
vítima é o pescoço (artéria carótida). 
O socorrista deve verificar se no local do acidente existe alguém treinado e preparado 
para lidar com vítimas inconscientes. 
Até a chegada dos profissionais do socorro, o socorrista pode realizar alguns 
procedimentos importantes para a manutenção da vida da vítima e para que sua 
situação não se agrave, tais como: 
 Retirar da sua boca algum objeto (dentadura, aparelho móvel etc.) ou alimento 
(bala, chicletes etc.) que esteja dificultando ou impedindo sua respiração. 
 Retirar objetos pesados que estejam sobre o seu tórax, prejudicando sua 
respiração. 
 Manter arejado o local onde ela está. 
 Afastar os curiosos de perto dela, para que o local fique mais arejado. 
 Afrouxar as roupas que estejam dificultando a respiração dela (cinto, gravata 
etc.). 
 Soltar o cinto de segurança, caso ele esteja dificultando a respiração dela. 
 Agasalhá-la, se seu corpo estiver frio. 
 Verificar se existe sangramento em seu corpo e estancá-lo. 
Para não agravar a situação, o socorrista deve deixar a movimentação de uma vítima 
inconsciente por conta dos profissionais do socorro – pois eles apresentam 
conhecimento, técnica e prática para isso. Também não deve ser retirado o capacete 
de uma vítima inconsciente. 
A fim de preservar a vítima no local onde está (para não agravar suas lesões) o 
socorrista deve procurar afastar o perigo dela (e não ela do perigo). 
A perda de consciência das vítimas de acidentes de trânsito geralmente está associada 
às paradas respiratória e cardíaca, cujos procedimentos e técnicas veremos a seguir: 
 
1.1. Parada cardíaca 
Parada cardíaca é a ausência de batimentos do coração. 
Observação: a parada cardíaca desencadeia a parada respiratória (passando à parada 
cardiorrespiratória). Para melhor compreensão, veremos separadamente as paradas 
 
 
4 
 
cardíaca e respiratória para, em seguida, verificarmos o procedimento em uma parada 
cardiorrespiratória. 
Causas: crise cardíaca, choque elétrico, choque emocional, intoxicação 
(envenenamento), acidentes graves etc. 
Observação: as substâncias venenosas (tóxicas) podem ser ingeridas, inaladas ou 
absorvidas pela pele. 
 
Parada cardíaca 
Sintomas: inconsciência, pele fria, cianose, palidez, ausência de pulsação e pupilas 
dilatadas e paralisadas. 
O que fazer: massagem cardíaca. 
Como fazer: deitar a vítima em uma superfície plana e rígida, localizar a parte inferior 
do centro do tórax (esterno) e com o calcanhar da mão e os dedos entrelaçados fazer 
séries de 15 (quinze) flexões até que ela se recupere ou até chegar ao hospital. 
Para se ter uma ideia da dimensão da força aplicada pelo socorrista, no momento da 
flexão a parte inferior do tórax da vítima deve afundar de 3 (três) a 5 cm (cinco 
centímetros). 
 
Procedimentos para massagem cardíaca 
Observações: 
a) Devem ser feitas aproximadamente 60 (sessenta) flexões por minuto. 
 
 
5 
 
b) Batimento cardíaco por minuto: recém-nascido > de 130 a 140 vezes por minuto // 
crianças > de 100 a 115 vezes por minuto // adultos > de 70 a 80 vezes por minuto // 
idosos > de 60 a 70 vezes por minuto. 
c) Taquicardia é quando o coração está com batimentos a mais do que o normal 
(batimento acelerado). Bradicardia é quando o coração está com batimentos a menos 
do que o normal. 
 
1.2. Parada respiratória 
Parada respiratória é a ausência de respiração. 
Causas: afogamento, intoxicação, acidentes graves, soterramento, falta de oxigênio, 
bloqueio das vias respiratórias etc. 
Sintomas: inconsciência, palidez, cianose, pupilas dilatadas e paralisadas e ausência 
de movimento respiratório (apneia). 
 
Observação: para verificar a ausência de movimentos respiratórios o socorrista deve 
observar: se o abdômen se mexe – quando a vítima for um homem; // se o tórax se 
mexe – quando a vítima for uma mulher. 
O que fazer: respiração artificial (boca a boca). 
Observação: há um objeto chamado ambú que é utilizado para fazer respiração artificial 
nas vítimas de parada respiratória. 
Como fazer: deitar a vítima em uma superfície plana, afrouxar suas roupas, inclinar sua 
cabeça para trás, retirar objetos móveis e alimentos de sua boca, verificar a posição de 
sua língua, tampar o seu nariz e soprar fortemente em sua boca. Deixar a vítima expirar 
e repetir o procedimento até chegar ao hospital ou até que ela se recupere. 
 
Respiração artificial Ambú 
Observações: 
a) Devem ser feitas, aproximadamente, 15 (quinze) insuflações (ventilações) por minuto. 
b) Respiração por minuto: recém-nascidos > 40 a 60 vezes // crianças > 20 a 26 vezes 
// adultos > 16 a 20 vezes // idosos > 14 a 18 vezes. 
 
 
6 
 
c) Taquipneia é quando a quantidade de respiração por minuto está acima do normal. 
Bradipneia é quando a quantidade de respiração por minuto está abaixo do normal. 
Atenção: a respiração artificial (boca a boca) não serve para ajudar a vítima a respirar. 
Portanto, se ela estiver com dificuldade para respirar, significa que está respirando e, 
nesse caso, o socorrista não poderá fazer a respiração artificial – pois não houve 
PARADA RESPIRATÓRIA. Para ajudá-la a respirar, o socorrista deve: 
- afrouxar suas roupas; 
- arejar o local; 
- retirar objetos móveis e alimentos da sua boca; 
- inclinar, com cuidado, a sua cabeça para trás; 
- retirar objetos pesados que estiverem sobre o seu tórax ou abdômen; 
- virar a sua cabeça para o lado, se ela estiver apresentando secreções pela boca; 
- dentre outras medidas – QUE NÃO SEJA A RESPIRAÇÃO BOCA A BOCA, pois não 
houve uma parada respiratória. 
 
Secreção pela boca 
 
1.3. Parada cardiorrespiratória (PCR) 
Parada cardiorrespiratória (ou parada cardiopulmonar - PCP) é a parada cardíaca 
mais a parada respiratória. 
Observação: a parada cardiorrespiratória pode causar danos irreversíveis devido à falta 
de oxigenação no cérebro (isquemia cerebral: pela falta de irrigação de sangue para o 
cérebro). No cérebro há uma reserva de oxigênio, que será utilizada nestas ocasiões, 
mas, como não é grande a quantidade armazenada, a vítima pode não suportar e morrer 
subitamente. 
Causas: todas as causas vistas na parada cardíaca e na parada respiratória. 
Sintomas: todos vistos na parada cardíaca e na parada respiratória. 
O que fazer: ressuscitação (ou reanimação) cardiorrespiratória (ou cardiopulmonar) – 
RCR ou RCP (que consiste na realização de massagem cardíaca e respiração boca a 
boca). 
 
 
7 
 
Como fazer: 
O socorrista deve fazer 30 (trinta) compressões por 2 (duas) insuflações, durante 4 
(quatro) vezes. 
 
Observações: 
a) para realizar as massagens cardíacas o socorrista deve: 
 utilizar as 2 (duas) mãos, se a vítima for um adulto; 
 utilizar uma das mãos, se a vítima for uma criança; 
 utilizar 2 (dois) dedos ou o polegar, se a vítima for um bebê. 
b) quando 2 (dois) socorristas realizam a RCP, umdeles se posiciona de um lado da 
vítima e o outro se posiciona do outro lado. Cada socorrista ficará por conta de realizar 
um dos 2 (dois) procedimentos (massagem ou insuflação), realizando-o de forma 
alternada (os socorristas não devem proceder simultaneamente); 
c) a cada 4 (quatro) séries (de 30 compressões por 2 insuflações) o socorrista deverá 
parar para conferir se a pulsação e a respiração da vítima se reestabeleceram; 
d) se os socorristas verificarem que apenas um dos órgãos voltou a funcionar (coração 
ou pulmão), basta continuar realizando a reanimação do órgão que ainda está parado. 
 
 
Realizando RCP

Continue navegando