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PRIMEIROS SOCORROS RCP PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA -Cessação súbita e inesperada da atividade ventricular útil e ventilatória. • Coração não definitivamente estará parado, ele pode não ter força contrátil para ejetar o sangue. • Pode haver uma desregulação da atividade elétrica do coração em vez de→ bater, o coração treme (fibrilação), ou fica incoordenado. -Passível de reversão -Em indivíduos não portadores de doenças intratáveis ou terminais se o coração→ de um indivíduo que já está em cuidados paliativos para, este já está em óbito, não sendo possível reverter. -Portanto, é considerado parada cardiorrespiratória, a pessoa que perde a atividade útil do coração e que pode ser revertido. EPIDEMIOLOGIA -A parada cardiorrespiratória é responsável por: • 200 mil mortes no Brasil, sendo que 100 mil em ambiente hospitalar e 100 mil em ambiente extra-hospitalar, tendo como causa mais comum a fibrilação ventricular, que necessita do uso do DEA (desfibrilador) 85% das vezes→ que as pessoas param fora do hospital, elas precisam de um desfibrilador. IMPORTÂNCIA DA CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E LEIGA -Menos de 40% dos adultos recebem ressuscitação cardiopulmonar iniciada por leigos e menos de 12% tem um DEA aplicado antes da chegada do SAMU. TEMPO É FUNDAMENTAL!! -A partir do momento em que se tem a parada cardiorrespiratória, a cada 1 minuto que passa sem assistência, o paciente passa a ter menos 10% de chance de sobreviver. -Em 4 minutos, inicia-se a lesão cerebral. -Em 10 minutos, morte cerebral estabelecida. OBS. A American Heart Association estabeleceu um protocolo para leigos, devido a importância de se saber reconhecer uma parada e já dar início aos protocolos. CAUSAS MAIS FREQUENTES DE PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA 5 T’s -Trombose coronariana principal causa entupimento da artéria – falta de→ → circulação no tecido Infarto Agudo do Miocárdio.→ -Tromboembolismo pulmonar formação de trombos (coágulo) que obstrui a→ artéria pulmonar, ou as artérias que irrigam o pulmão. -Tóxicos drogas, cocaína, principal causa de parada cardiorrespiratória em jovens→ -Tamponamento cardíaco lesão no miocárdio, leva ao acúmulo de sangue no saco→ pericárdio e o coração não consegue bombear este sangue. -Tensão no tórax (pneumotorax hipertensivo) no interior do tórax fica uma→ tensão muito grande que começa a empurrar as estruturas para o outro lado. 5 H’s -Hipovolemia redução de sangue no sistema circulatório→ -Hipóxia redução da quantidade de oxigênio no sangue. Exemplo: obstrução da via→ aérea oxigênio não entra e pulmão não realiza trocas gasosas evolui para→ → parada cardiorrespiratória. -Hiper/Hipocalemia níveis altos ou baixos de potássio no sangue pode ocorrer→ → por meio de distúrbios metabólicos, diarreia, etc. -Acidose (H+) Distúrbios metabólicos→ -Hipotermia exposição para o controle de hipotermia. Ficar atento principalmente→ em crianças. SINAIS CLÍNICOS DE UMA PCR • Inconsciência pessoa não se mexe, não responde aos estímulos dolorosos→ • Ausência de movimentos respiratórios ou gasping (antecede a parada dos movimentos suspiros – respiração irregular)→ • Ausência de pulsos em grandes artérias (carótida e femoral). -Para leigos: • A pessoa não se meche, não responde • Não respira, ou respira de forma muito ruim • Pessoa está pálida ausência de sinais → de circulação OBS. Na dúvida, dê início a massagem! Pois se a pessoa estiver apenas desmaiada ela reagirá, mas se realmente for uma PCR, a pessoa não reage. CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA EXTRA-HOSPITALAR→ 1. Acionamento do Serviço Médico de Emergência o mais rápido possível,→ devido muitas vezes haver a necessidade de uso do desfibrilador 2. RCP (ressuscitação cardiorrespiratória) de alta qualidade compressões→ adequadas 3. Desfibrilação rápida pois muitas paradas só revertem com seu uso.→ 4. Ressuscitação avançada serviços do SAMU intubar, administrar drogas→ → 5. Cuidados pós-PCR é preciso ficar atento ao paciente, pois este ficou um→ tempo sem oxigênio adequado nos tecidos, sofreu um trauma para o organismo necessário colocar este organismo em equilíbrio. Muitas UTIs→ conseguem colocar o paciente em hipotermia, para desacelerar o metabolismo. 6. Reabilitação SUPORTE BÁSICO DE VIDA C-A-B No suporte básico de vida, inicialmente, o mais importante é colocar o sangue para circular para mandar o oxigênio restante ao cérebro (sendo mais importante que a respiração neste momento). C Compressões→ A Abertura das vias aéreas→ B Breathing – respiração a respiração boca a boca é contraindicada→ → (principalmente por conta do covid) AVALIAR A SEGURANÇA DO LOCAL -Cachorro -Pessoas bêbadas -Desmoronamento -Fiação elétrica solta -Riscos ambientais CHECAR A RESPONSIVIDADE ACIONAR O SAMU Vítima não responde, deve Virar em decúbito dorsal Em uma superfície dura (chão, tábuas de parada) COMPRESSÕES TORÁCICAS→ -Posicionar o dedo anelar no final do apêndice xifóide, com o dedo polegar voltado para cima. -Colocar os dois dedos, seguinte ao dedo anelar, sobre o tórax. -Em seguida a estes dedos, posicionar a mão sobre o esterno e iniciar as compressões -A pessoa que for realizar a manobra, deve ficar de joelhos, com estes na altura do tórax. -O braço deve ficar esticado. O que vai movimentar é o quadril e não os braços. -Deve deixar o tórax descer e depois subir AVALIAR RESPIRAÇÃO E CHECAR O PULSO COMPRESSÕES TORÁCICAS/ VENTILAÇÃO Ideal: 6s (5-10) → não sente nada? Inicia o RCP Iniciar 30 compressões e 2 ventilações COVID → compressões seguidas Durante 2 minutos Não recomendado para Leigos checar o pulso Profundidade de 5-6 cm 100-120 compressões/min Aguarde o retorno Do tórax 5 ciclos (30 comp/2 vent) Ou por 2 min ineterruptos ABERTURA DAS VIAS AÉREAS -Manobra Chin Lift VENTILAÇÃO -Não recomendado fazer a respiração boca a boca. Mas caso seja necessário, soprar todo o seu ar dentro da boca do indivíduo, duas vezes, tampando o nariz. -Se atendido por uma equipe de saúde, utilizar a máscara para realizar a ventilação. DESFIBRILAÇÃO -Ao ligar o desfibrilador, ele orienta para posicionar os eletrodos no local correto -O próprio DEA identifica se o choque é necessário ou não -O DEA informa quando o choque vai ser dado e pede para que todos se afastem -São aplicados 360 joules de energia no paciente. A energia entra por um eletrodo, passa pelo coração e sai pelo outro eletrodo (terra). -Paciente não fica eletrocutado após o uso do DEA -Após aplicação do DEA, manter o RCP até que a pessoa responda, ou o DEA sinalize para interromper para aplicar outro choque (2 minutos). -Quando o DEA diz que o choque não é recomendado, é necessário manter o RCP -Repetir o procedimento o quanto for necessário -Modalidades do ritmo de parada que o choque é recomendado: quando se tem um problema na atividade elétrica do coração. • Fibrilação ventricular parte elétrica do → coração encontra-se desrregulada o → choque possibilita regular essa parte elétrica como se fosse um botão “start” • Taquicardia ventricular RCP EM LACTANTES E CRIANÇAS Para o uso do desfibrilador em crianças, é importante estar atento quanto ao local de posicionamento das pás, pois elas não podem entrar em contato. Se o tórax for muito pequeno, é necessário colocar um eletrodo na frente e outro atrás. -A maioria das crianças param devido hipóxia (falta de O2) Criança até 8 anos, ou até a puberdade (caracteres sexuais)→ -Nas crianças não precisa ter ausência de pulso para considerar PCR -Uma criança com frequência cardíaca menor que 60 bpm, já é considerada parada. Se em 6 segundos, tiver apenas 1 batimento, é parada. -Pulso ausente é PCR→ Em bebês de colo: na linha média dos mamilos, junta os dois polegares e realize a compressão Em crianças maiores que 1 ano, não bebês de colo, até 8 anos ou puberdade: utiliza a mesma posiçãodo adulto (três dedos acima do apêndice xifoide), porém, usa-se apenas uma mão. OBS. em crianças obesas, ou muito grandes, pode-se usar a técnica do adulto • Se tiver apenas 1 socorrista: 30 compressões e 2 ventilações • Se houver 2 socorristas: 15 compressões para 2 ventilações pois a criança→ respira mais rápido. -Profundidade, de 4 a 5 cm -Compressões de 100 a 120 compressões por min -Modificar técnica das mãos adequando para o→ bebê de 1 ano, crianças até 8 anos, crianças grandes, etc. -5 ciclos ou 2 minutos seguidos RCP EM RECÉM-NASCIDO -Até 28 dias de vida -3 massagens cardíacas para cada 1 ventilação -Deve aplicar a compressão torácica coordenada à ventilação por 45 a 60 segundos, antes de reavaliar a frequência cardíaca. GESTANTES -Quando deitada de barriga para cima, tem o peso da barriga todo sobre a veia cava, ficando impossibilitada de circular sangue. -A barriga da mãe é deslocada para a esquerda, para aliviar a pressão sobre a veia cava. -Os outros procedimentos são mantidos iguais do adulto -O feto vem a óbito com o uso do desfibrilador -Em gestantes com mais de 23 semanas, as vezes é possível realizar uma cesária de emergência, antes de chocar a mãe. É mantido o RCP até a retirada do bebê e administrado o desfibrilador logo em seguida.
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