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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
ACIDENTE DO TRABALHO
Livro Eletrônico
2 de 67www.grancursosonline.com.br
Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Apresentação .....................................................................................................................................................................3
Acidente do Trabalho ....................................................................................................................................................4
1. Acidente do Trabalho ................................................................................................................................................4
2. Espécies de Acidente do Trabalho .................................................................................................................14
3. Disposições Normativas do Acidente de Trabalho ...............................................................................18
4. Efeitos Trabalhistas do Acidente de Trabalho ......................................................................................20
5. Efeitos Previdenciários do Acidente de Trabalho ................................................................................ 22
6. CAT e NR 31 ................................................................................................................................................................. 28
Resumo ...............................................................................................................................................................................33
Exercícios ...........................................................................................................................................................................35
Gabarito ..............................................................................................................................................................................43
Gabarito Comentado ...................................................................................................................................................44
Anexo ....................................................................................................................................................................................64
Sumário
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ApresentAção
Olá, futuro(a) aprovado(a)!
Tudo bem? Estudando firme e forte? Eu vou me apresentar. Meu nome é Maria Rafaela de 
Castro. Atualmente, sou Juíza do Trabalho Substituta no TRT da 7ª Região, doutoranda em 
Ciências Jurídicas pela Faculdade de Direito do Porto, em Portugal, professora de prepara-
tórios e faculdades no Ceará, “a Terra do Sol”, e faço parte do Time do Gran Cursos. Registro 
que estou muito feliz em escrever esse livro digital para você atingir o sucesso na carreira 
que sonha.
Eu já fui Juíza no TRT 14, Promotora de Justiça do Estado de Rondônia, analista judiciária, 
professora universitária concursada etc. Em suma, essa apresentação foi para te dizer que 
fui “concurseira raiz” e que é possível (SIM!) passar em concurso.
O mais importante da minha apresentação é te dizer que eu entendo sua dor e pressa para 
ser aprovado em concurso. Também entendo que você quer o máximo de informações de 
forma objetiva e clara, sem rodeios, e quer gabaritar a prova, bem como entender as nuances 
da legislação. Veio ao lugar certo. Eu fiz exatamente o material que eu gostaria que meus 
professores tivessem feito quando estava me preparando para as provas.
Eu e toda a equipe do GRAN estamos aqui para te dar o máximo de dicas, teorias, exercí-
cios, respondendo questões de provas anteriores e criando questões inéditas para que você 
surpreenda a Banca examinadora, e não o contrário. Nesse ponto, esse material vai te ajudar 
a chegar à posse.
No fim do nosso material, existe toda a jurisprudência atualizada sobre o tema, exatamente 
para que você esteja apto para as provas. Não basta saber a legislação; para o seu tipo de 
prova, o conhecimento jurisprudencial é essencial!
Espero que você goste do que vamos estudar e do material a seguir. Por favor: material 
obrigatório! Então, pegue sua xícara de café (ou melhor, uma garrafa térmica gigante), o 
marca texto, a caneta e se programe para ler tudo o que preparei para você e ficar ligado no 
curso GRAN.
Vamos começar?
Maria Rafaela de Castro
@mrafaela_castro
@juizamariarafaela
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
ACIDENTE DO TRABALHO
1. Acidente do trAbAlho
Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou 
de empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando 
lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente 
ou temporária, da capacidade para o trabalho.
DICA
Inclui-se o EMPREGADO DOMÉSTICO no acidente de trabalho.
É um evento complexo que impacta a sociedade de diferentes maneiras, mobilizando di-
ferentes instâncias da Administração Pública e interesses das organizações empresariais e 
dos trabalhadores. Também é considerado um evento que impacta a sociedade em diferentes 
dimensões, cujos custos não se restringem aos aspectos econômicos.
Ou seja, o acidente do trabalho pode causar desde um simples afastamento, a perda ou 
a redução da capacidade para o trabalho, até mesmo o óbito do trabalhador.
ACIDENTE DE TRABALHO GRAVE é aquele que acarreta mutilação, física ou funcional, ou 
que leva à lesão cuja natureza implique comprometimento extremamente sério, preocupante, 
com consequências nefastas ou fatais.
001. (ADM E TEC/PREFEITURA DE CUPIRA/GUARDA MUNICIPAL/2018) O acidente do 
trabalho pode causar desde um simples afastamento, a perda ou a redução da capacidade 
para o trabalho, até mesmo a morte do trabalhador.
A assertiva está em conformidade com o art. 19 da Lei n. 8.213/1991.
Certo.
Considera-se como dia do acidente, no caso de doença profissional ou do trabalho, a data 
do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade habitual, ou o dia da segre-
gação compulsória, ou o dia em que for realizado o diagnóstico, valendo para esse efeito o 
que ocorrer primeiro.
O acidente do trabalho será caracterizado tecnicamente pela Perícia Médica Federal, por 
meio da identificação do nexo entre o trabalho e o agravo. Trata-se da perícia do INSS.
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Para avançar nesse tema, é preciso verificar o meio ambiente de trabalho, pois é um di-
reito fundamental de 3ª geração (direitos de fraternidade e solidariedade). Seus titulares são 
indeterminados.
A temática dos direitos humanos/fundamentais está intimamente vinculado à teoria geralda cidadania, com preservação e respeito à dignidade humana. Tudo isso com escopo no art. 
225 da CF/88, em que a saúde é bem ambiental. O enfoque do que falamos também está em 
nível internacional, como as Convenções da OIT n. 148, n. 155, n. 161 e n. 170.
CONCEITO CONTEMPORÂNEO DE ACIDENTE DE TRABALHO: existe um conceito contem-
porâneo – não se limita apenas às normas regulamentadoras, mas deve ser entendido como 
O CONJUNTO DAS CONDIÇÕES INTERNAS E EXTERNAS DO LOCAL DE TRABALHO E SUA 
RELAÇÃO COM A SAÚDE DOS TRABALHADORES.
Temos, ainda, a obrigação do empregador: manter um meio ambiente livre e sadio de 
qualquer risco, o que gera para o trabalhador o direito à reparação pelo dano moral decorrente 
de sua capacidade laborativa.
Nasce, concomitantemente, a figura da PREVENÇÃO DOS INFORTÚNIOS – imposição de 
deveres gerais a cargo dos empregadores e trabalhadores; inspeção prévia dos estabeleci-
mentos; embargo ou interdição; outras medidas especiais de prevenção, nos termos do art. 
170 a 188 da CLT. Podemos ter, à guiza de exemplo, a Convenção n. 127 da OIT – prevenção 
contra a fadiga (homens até 60kg e mulheres até 20kg em atividades contínuas ou 25kg em 
atividades ocasionais).
Nessa mesma linha de raciocínio, há a obrigatoriedade do fornecimento de EPI, destacan-
do-se a Súmula n. 289 do TST:
JURISPRUDÊNCIA
O simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do paga-
mento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à 
diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do 
equipamento pelo empregado.
Importante trazer à baila a Lei n. 14.457/2022:
Art. 23. Para a promoção de um ambiente laboral sadio, seguro e que favoreça a inserção e a ma-
nutenção de mulheres no mercado de trabalho, as empresas com Comissão Interna de Prevenção 
de Acidentes e de Assédio (Cipa) deverão adotar as seguintes medidas, além de outras que enten-
derem necessárias, com vistas à prevenção e ao combate ao assédio sexual e às demais formas 
de violência no âmbito do trabalho:
I – Inclusão de regras de conduta a respeito do assédio sexual e de outras formas de violência 
nas normas internas da empresa, com ampla divulgação do seu conteúdo aos empregados e às 
empregadas;
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
II – Fixação de procedimentos para recebimento e acompanhamento de denúncias, para apura-
ção dos fatos e, quando for o caso, para aplicação de sanções administrativas aos responsáveis 
diretos e indiretos pelos atos de assédio sexual e de violência, garantido o anonimato da pessoa 
denunciante, sem prejuízo dos procedimentos jurídicos cabíveis;
III – Inclusão de temas referentes à prevenção e ao combate ao assédio sexual e a outras formas 
de violência nas atividades e nas práticas da Cipa;
IV – realização, no mínimo a cada 12 (doze) meses, de ações de capacitação, de orientação e de 
sensibilização dos empregados e das empregadas de todos os níveis hierárquicos da empresa sobre 
temas relacionados à violência, ao assédio, à igualdade e à diversidade no âmbito do trabalho, em 
formatos acessíveis, apropriados e que apresentem máxima efetividade de tais ações.
§ 1º O recebimento de denúncias a que se refere o inciso II do caput deste artigo não substitui o 
procedimento penal correspondente, caso a conduta denunciada pela vítima se encaixe na tipifi-
cação de assédio sexual contida no art. 216-A do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 
(Código Penal), ou em outros crimes de violência tipificados na legislação brasileira.
§ 2º O prazo para adoção das medidas previstas nos incisos I, II, III e IV do caput deste artigo é de 
180 (cento e oitenta) dias após a entrada em vigor desta Lei.
O PULO DO GATO
Acidente do Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de em-
pregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou 
temporária, da capacidade para o trabalho. PERMANENTE OU TEMPORÁRIA!
A importância do tema para as provas é porque quando há acidentes de trabalho existem 
diretamente custos para o Estado. Incumbe ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS 
administrar a prestação de benefícios, tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, 
habilitação e reabilitação profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte.
Então, vêm as perguntas:
Quem é o acidentado?
Aquele que sofre ACIDENTE DE TRABALHO, conforme o art. 118 da Lei n. 8.213/1991.
E o que é o ACIDENTE DO TRABALHO?
Acidente de trabalho se caracteriza no exercício profissional e causa lesão corporal ou 
perturbação funcional que provoca a perda ou redução, permanente ou temporária, da capa-
cidade para o trabalho, nos termos do art. 19 da Lei n. 8.213/1991.
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art216a
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Em conformidade com a NBR 14.280, norma brasileira da Associação Brasileira de Nor-
mas Técnicas – ABNT, acidente de trabalho é a ocorrência imprevista e indesejável, de caráter 
instantâneo e traumático, relacionada com o exercício do trabalho, de que resulte ou possa 
resultar lesão pessoal.
IMPORTANTE saber a diferença entre doença profissional e do trabalho:
a) doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo exercício do 
trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social. Por exemplo: minerador que adquire doença 
no pulmão já inerente à sua condição de mineiro; LER no digitador etc.
b) doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função de 
condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione diretamente. Por 
exemplo: alguém ficou doente na sua coluna cervical pelas péssimas condições ergonômicas 
da empresa ou porque levantava pesos de forma inadequada e acima dos limites legais.
Vamos registrar uma tabela para te ajudar mais:
Doença Profissional Doença do Trabalho
É a produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho 
peculiar a determinada atividade
E
Deve estar na respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho
É a adquirida ou desencadeada em função de condições 
especiais em que o trabalho é realizado
E
Relacionada diretamente ao desempenho do trabalho
Obs.: � Os requisitos são cumulativos!
Nesse azo, destacamos nos mapas mentais:
caracteriza no exercício 
profissional
que provoca a perda ou 
redução
causa lesão corporal ou 
perturbação funcional
alteração na capacidade 
do trabalho
Acidente do trabalho 
(conceito)
doença do trabalho acidente típico
doença profissional acidente por equiparação
Acidente do trabalho
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Doença profissional
Doença do Trabalho
Acidente do 
trabalho
a produzida ou desencadeada pelo exercício 
do trabalho peculiar a determinada atividade e 
constante da respectiva relação elaborada pelo 
Ministério do Trabalho e da Previdência Social
a adquirida ou desencadeada em função 
de condições especias em que o trabalho é 
realizado e com ele se relacione diretamente.
Temos como espécie o ACIDENTE IMPESSOAL, ou seja, tecnicamente são aqueles cuja 
caracterização independe de existir acidentado. Prefiro defini-los como ocorrências que pro-
vocam dano e/ou perda patrimonial. Uma colisão de veículo ou queda de um equipamento 
ilustram esse conceito.
E o ACIDENTE PESSOAL?
É justamente o oposto. É aquele que existe a pessoa do acidentado. Há um trabalhador 
lesionado que pode ser afastado ou não de suas funções laborais.
Há, ainda, os INCIDENTES. Esses também são chamados de QUASE ACIDENTES. Configu-
ram-se quando há situações nas quais houve iminência de ocorrer um acidente. Por exemplo, 
um obreiro que, esteve atento, e evitou um acidente grave. Acrescento: acidente sem danos 
pessoais, mas que deve ser analisado para que sejam propostas medidas para evitar sua 
repetição, é incidente.
Há doutrina interessante que menciona ACIDENTE COM PERDA DE TEMPO E ACIDENTE 
SEM PERDA DE TEMPO. Vejamos na tabela:
Acidente com Perda de Tempo Acidente sem Perda de Tempo
É o afastamento temporário ou permanente do trabalhador 
de suas funções para sua recuperação. Exemplo: Daniel 
sofreu acidente de trabalho e, pela gravidade das lesões, 
ficou afastado 30 dias, depois retornando. É acidente 
com perda de tempo.
É quando ocorrem pequenas escoriações ou lesões, não 
levando ao afastamento da rotina de trabalho, bastando 
primeiros socorros e, às vezes, nem isso. Por exemplo: 
Daniel teve um corte no dedo.
002. (CESPE/PETROBRÁS/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/2022) Um pedrei-
ro, em uma escada, fazia assentamento de revestimentos cerâmicos na parede, a dois metros 
e meio de altura, quando o degrau da escada quebrou. O pedreiro, ao se desequilibrar, caiu e 
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
sofreu escoriações nas pernas, o que lhe rendeu afastamento, com retorno, após três dias, às 
suas atividades laborais normais. Com base nessa situação hipotética e na regulamentação 
aplicável, julgue o próximo item. A queda do pedreiro é classificada como acidente impessoal.
Não é verdadeiro, pois se teve a figura do obreiro acidentado; trata-se de ACIDENTE PESSOAL. 
Temos como espécie o ACIDENTE IMPESSOAL, ou seja, tecnicamente são aqueles cuja carac-
terização independe de existir acidentado. Prefiro defini-los como ocorrências que provocam 
dano e/ou perda patrimonial. Uma colisão de veículo ou queda de um equipamento ilustram 
este conceito. O ACIDENTE PESSOAL é justamente o oposto. É aquele que existe a pessoa do 
acidentado. Há um trabalhador lesionado que pode ser afastado ou não de suas funções laborais.
Errado.
E o que é acidente de trabalho por equiparação?
O art. 21 da Lei n. 8.213/1991 equipara ainda a acidente de trabalho diversas situações 
que ocorrem no desempenho de suas atividades ou de forma lateral a estas, dos quais enu-
meramos aqui:
I – O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja contribuído di-
retamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua capacidade para o trabalho, 
ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua recuperação. Temos aqui a situação de 
agravamento da doença.
II – O acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro de trabalho; 
DICA: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada) OU COLEGA DO 
TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada ao trabalho; 
DICA NOVAMENTE: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada) 
OU COLEGA DO TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro de trabalho; 
DICA NOVAMENTE: TERCEIRO (por exemplo: cliente ou um empregado da empresa terceirizada) 
OU COLEGA DO TRABALHO, podendo-se incluir, por exemplo, o prestador de serviço ou estagiário.
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de força maior;
III – A doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade;
IV – o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo ou proporcionar 
proveito;
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada dentro de seus planos 
para melhor capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, 
inclusive veículo de propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o 
meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
O PULO DO GATO
Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação de outras ne-
cessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o empregado é considerado no 
exercício do trabalho. Por exemplo: uma agressão no horário do almoço.
003. (AOCP/UFPB/MÉDICO/2014) O Gerente de uma empresa teve um problema elétrico em 
sua casa e ordenou que o eletricista da empresa que gerencia fosse até sua casa resolver o 
problema elétrico, pois era próximo a empresa e não tomaria muito o tempo do funcionário, 
pois o mesmo estava dentro do seu horário de trabalho. Para solucionar o problema elétrico 
o eletricista teve que subir no poste, mas infelizmente sofreu uma queda vindo a fraturar um 
dos pés, com afastamento do trabalho por 30 dias. O médico da empresa é questionado se 
deve ser considerado como Acidente de Trabalho. Sobre o caso, assinale a alternativa correta.
a) É acidente de trabalho independentemente de haver afastamento ou não.
b) É acidente de trabalho somente se o afastamento for inferior a 15 dias
c) Não se considera acidente de trabalho aquele ocorrido fora do ambiente de trabalho.
d) Não é acidente de trabalho, pois o eletricista não prestou atenção ao subir no poste.
e) É acidente de trabalho somente se o afastamento for superior a 15 dias.
No caso, configura-se o art. 21, IV, da Lei n. 8.213/1991. Existe acidente de trabalho, indepen-
dentemente do prazo. Apenas se discute a garantia provisória no emprego se o afastamento 
for superior ou inferior a 15 dias. O afastamento será em razão de alguma doença ou acidente 
que não tem relação com o trabalho exercido pelo segurado. Os 15 dias de afastamento não 
precisarão ser seguidos. Poderá ser o afastamento de 15dias dentro de um período de 60 dias.
Letra a.
E a GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO na sua relação com acidente do trabalho?
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Chamo atenção, pois é bastante cobrada em provas e significa que, pelo prazo mínimo de 
12 meses após a cessação do auxílio – doença acidentário, independentemente da percepção 
de auxílio – acidente (12 meses, e não 1 ano), o trabalhador não pode ser dispensado sem 
justa causa. Mas a jurisprudência admite a dispensa por justa causa ou a pedido.
Consequência – EXPEDIÇÃO DA CAT: Em caso de acidente de trabalho, cabe ao empre-
gador a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e seu envio à Previdência 
Social, ainda que o acidente não gere afastamento do trabalho e concessão de benefícios 
previdenciários. Essa comunicação deve ser feita também em caso de doenças relacionadas 
ao trabalho, desenvolvidas pelo trabalhador. Dispõe, ainda, o decreto n. 3.048/1999:
Art. 336. Para fins estatísticos e epidemiológicos, a empresa deverá comunicar à previdência 
social o acidente de que tratam os arts. 19, 20, 21 e 23 da Lei n. 8.213, de 1991, ocorrido com o 
segurado empregado, exceto o doméstico, e o trabalhador avulso, até o primeiro dia útil seguinte 
ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena da multa 
aplicada e cobrada na forma do art. 286.
O PULO DO GATO
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto 
um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.
Caso a empresa não emita a CAT, está sujeita a multa e, nesse caso, o próprio trabalhador 
pode procurar assistência do INSS ou solicitar ao sindicato que representa sua categoria. O 
trabalhador acidentado ou vítima de doença adquirida no trabalho, segurado pela Previdência 
Social, tem garantido o direito: à aposentadoria por invalidez, caso o ocorrido tenha como 
consequência uma incapacidade total e definitiva para qualquer trabalho; ao auxílio-doença 
acidentário, caso ocorra uma incapacidade temporária superior a 15 dias; auxílio-acidente, 
caso ocorra limitações definitivas para o trabalho, mas não incapacidade; e pensão por morte, 
aos dependentes do trabalhador vítima fatal de acidente ou doença de trabalho.
004. (CETREDE/PREFEITURA DE JUAZEIRO DO NORTE/ENFERMEIRO/2019) A Comunicação 
de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer tanto um acidente de 
trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. A empresa é obrigada a informar 
à Previdência Social todos os acidentes de trabalho ocorridos com seus empregados, mesmo 
que não haja afastamento das atividades, até o __________ dia útil seguinte ao da ocorrência. 
Em caso de morte, a comunicação deverá ser __________. Assinale a alternativa que preenche 
CORRETA e respectivamente as lacunas.
a) primeiro / imediata
b) terceiro / primeiro dia útil
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
c) segundo / mediata
d) segundo / urgente
e) terceiro / urgente
A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, 
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do 
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela 
Previdência Social.
Letra a.
005. (VUNESP/EBSEHR/ENGENHEIRO DE SEGURANÇA DO TRABALHO/2020) À luz da le-
gislação vigente, a empresa deverá comunicar o acidente à Previdência Social até o primeiro 
dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de mutilação, amputação de membro ou perda 
de ambos os olhos, de imediato às autoridades policial e trabalhista.
A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, 
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do 
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela 
Previdência Social.
Errado.
006. (CEPS-UFPA/UFPA/MÉDICO/2019) Em caso de morte, a comunicação CAT deverá ser 
feita no máximo em 48 horas.
A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, 
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do 
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela 
Previdência Social.
Errado.
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
007. (UERR/CODESAIMA/TÉCNICO EM SEGURANÇA DO TRABALHO/2017) A comunicação 
de acidentes do trabalho é feita mediante a emissão de um documento especial chamado de 
Comunicação De Acidentes de Trabalho (CAT). Em caso de ACIDENTE, deve ser comunicado 
à autoridade competente em qual prazo?
a) Primeiro dia útil, seguinte ao da ocorrência.
b) Segundo dia útil, seguinte ao da ocorrência.
c) Terceiro dia útil, seguinte ao da ocorrência.
d) Quarto dia útil, seguinte ao da ocorrência.
e) De imediato.
A questão se resolve pela leitura do art. 22 da Lei n. 8.213/1991:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, 
à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do 
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela 
Previdência Social.
Letra a.
Temos, ainda, as espécies de CAT:
• CAT INICIAL: Acidente do trabalho, típico ou de trajeto, ou doença profissional ou do 
trabalho.
• CAT reabertura: Reinício de tratamento ou afastamento por agravamento de lesão de 
acidente do trabalho ou doença profissional ou do trabalho, já comunicado anteriormente 
ao INSS.
• CAT FALECIMENTO: Falecimento decorrente de acidente ou doença profissional ou do 
trabalho, ocorrido após a emissão da CAT inicial.
Obs.: � A CAT de comunicação de óbito só pode ser emitida após o registro da CAT inicial.
DICA
Guardar no coração o art. 22 da Lei n. 8.213/1991! Veja:
Art. 22. A empresa ou o empregador doméstico deverão comunicar o acidente do trabalho à Pre-
vidência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato, 
à autoridade competente, sob pena de multa variável entreo limite mínimo e o limite máximo do 
salário de contribuição, sucessivamente aumentada nas reincidências, aplicada e cobrada pela 
Previdência Social.
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
§ 1º Da comunicação a que se refere este artigo receberão cópia fiel o acidentado ou seus depen-
dentes, bem como o sindicato a que corresponda a sua categoria.
§ 2º Na falta de comunicação por parte da empresa, podem formalizá-la o próprio acidentado, 
seus dependentes, a entidade sindical competente, o médico que o assistiu ou qualquer autoridade 
pública, não prevalecendo nestes casos o prazo previsto neste artigo.
§ 3º A comunicação a que se refere o § 2º não exime a empresa de responsabilidade pela falta do 
cumprimento do disposto neste artigo.
§ 4º Os sindicatos e entidades representativas de classe poderão acompanhar a cobrança, pela 
Previdência Social, das multas previstas neste artigo.
§ 5º A multa de que trata este artigo não se aplica na hipótese do caput do art. 21-A.
2. espécies de Acidente do trAbAlho
Primeiro, temos uma distinção muito interessante: ACIDENTE DE TRABALHO TÍPICO E 
ATÍPICO. No primeiro caso: acontece no ambiente de trabalho e cujos riscos são decorrentes 
do exercício da própria atividade laborativa.
No ATÍPICO, temos: doenças ocupacionais, as quais não decorrem necessariamente das 
atividades exercidas na empresa, mas têm relação com as condições e o ambiente em que 
o trabalho é desenvolvido.
Veja o mapa mental:
típico
atípico
Acidente do 
trabalho
conceito: acontece no horário de trabalho e 
no local de trabalho.
conceito: pode ser observado ao longo do 
tempo, mesmo que já esteja distante do 
ambiente laboral.
Além do acidente típico, há os acidentes por equiparação, que possuem as mesmas con-
sequências jurídicas. Não esqueça de ficar atento ao art. 20 e ao art. 21 da Lei n. 8.213/1991.
As doenças ocupacionais são: DOENÇA DO TRABALHO E DOENÇAS PROFISSIONAIS.
Temos, ainda, as doenças com nexo técnico epidemiológico: o marco para essas caracte-
rizações é a legislação de 2006, que é a Lei n. 11.430/2006, em que a matéria relativa à prova 
do acidente do trabalho sofreu significativa modificação: Nexo Técnico Epidemiológico (NTEP).
Esse nexo é um índice no qual são considerados a ocupação do trabalhador na empresa, 
o diagnóstico médico enquadrado na CID (Classificação Internacional de Doenças) e a sua 
incidência estatística dentro da CNAE (Classificação Nacional de Atividade).
O NTEP gera uma presunção legal (juris tantum) de que a doença sofrida pelo trabalhador 
é ocupacional, de forma a inverter-se o ônus probatório. Cuidado! PRESUNÇÃO RELATIVA!
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
008. (FEPESE/PREFEITURA DE CONCÓRDIA/MÉDICO DO TRABALHO/2018) Acidente de 
trabalho é um evento súbito, ocorrido no exercício de atividade laboral, independentemente 
da situação empregatícia e previdenciária do trabalhador acidentado.
É preciso ter vínculo de segurado e depende do tipo de relação com o RGPS. Nesse sentido, é 
o art. 19 da Lei n. 8.213/1991 que está em sentido diverso do enunciado:
Art. 19. Acidente do trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de empresa ou de 
empregador doméstico ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 
11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda 
ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho.
Errado.
Destacamos o ACIDENTE DE TRAJETO. É aquele que ocorre no deslocamento casa/
trabalho/casa. A Jurisprudência do TST tolera alguns pequenos desvios de trajeto e horário, 
de acordo com a proporcionalidade e razoabilidade, como acidentes de trajeto, passível das 
mesmas consequências jurídicas.
Mesmo quando a empresa fornece o vale-transporte, se o obreiro tiver acidente no seu 
trajeto, caracteriza-se o acidente de trabalho, pois a lei não faz distinção, conforme se verifica:
Art. 21. Equiparam-se ao ACIDENTE DE TRABALHO:
d) no PERCURSO da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, QUALQUER que seja 
o MEIO DE LOCOMOÇÃO, INCLUSIVE VEÍCULO DE PROPRIEDADE DO SEGURADO.
Em suma, o acidente de trajeto não depende do veículo. Dessa feita, a emissão da CAT 
é um direito do acidentado de trajeto, assim como benefício acidentário e até uma possível 
estabilidade no emprego.
Então, o acidente de TRAJETO é aquele sofrido pelo empregado no percurso da residên-
cia para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer que seja o meio de locomoção, 
inclusive veículo de propriedade do empregado, desde que não haja interrupção ou alteração 
de percurso por motivo alheio ao trabalho. O TST admite pequenas alterações ou desvios, 
sempre considerando os princípios da proporcionalidade e da razoabilidade.
Um detalhe: se o empregado vender o vale-transporte e for para a empresa usando moto 
ou carro, a empresa continua com a obrigação de emitir a CAT (Comunicação de Acidente de 
Trabalho). Isso porque o acidente de trajeto existe por equiparação legal.
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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O PULO DO GATO
Entre 12 de novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 vigorou no Brasil a Medida Provisória n. 
905, que pretendia a descaracterização do acidente que acontece no trajeto entre a residência 
do trabalhador e seu local de trabalho. Acontece que as medidas provisórias produzem efeitos 
precários. Para que continuem vigorando, elas devem ser convertidas em lei. No entanto, a MP 
n. 905 não foi convertida em lei. Desse modo, os acidentes de trajeto ocorridos entre 12 de 
novembro de 2019 e 20 de abril de 2020 não são considerados acidentes de trabalho, pois a 
MP n. 905 estava em vigor neste período e excluía a possibilidade de tal caracterização. Porém, 
os acidentes de trajeto anteriores e posteriores àquele período são equiparados ao acidente 
de trabalho.
009. (CEPS/UFPA-UFPA/MÉDICO/2019) Elenilson trabalha na ALBRÁS/ALUNORTE, locali-
zada no município de Barcarena. Desde a queda da ponte que interliga os municípios Belém 
Barcarena, em abril/2019, a empresa fornece serviço de transporte rodoviário a fim de ga-
rantir o horário de chegada dos funcionários na fábrica regularmente. No dia 06/05/2019, às 
6 (seis) horas, na cidade de Belém, saiu de sua residência, em seu próprio veículo, em dire-
ção ao terminal rodoviário para pegar o ônibus da empresa. No caminho, colidiu com outro 
veículo, fraturou o punho direito e foi tratado cirurgicamente. Foi encaminhado para o INSS 
e retornou ao trabalho, após alta médica e pericial, depois de 90 dias de afastamento. Com 
base nesse histórico, é correto afirmar que o tipo de acidente que o referido empregado da 
ALBRÁS sofreu foi:
a) Acidentede trajeto.
b) Doença do trabalho.
c) Doença ocupacional.
d) Acidente do trabalho.
e) Acidente típico.
O acidente ocorreu no deslocamento casa/trabalho/casa e, por isso, denomina-se acidente 
de trajeto.
Letra a.
010. (ADM E TEC/PREFEITURA DE CUPIRA/GUARDA MUNICIPAL/2018) O acidente ocorrido 
no trajeto entre a residência e o local de trabalho do segurado também é considerada como 
acidente do trabalho.
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Acidente do Trabalho
DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Maria Rafaela
Está correta, sendo a previsão do art. 19 e do art. 20 da Lei n. 8.213/1991 que considera o aci-
dente de trajeto espécie de acidente de trabalho.
Certo.
O PULO DO GATO
Equiparam-se também ao acidente de trabalho, para efeitos da referida lei: acidentes em viagem 
a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por seus planos para melhor 
capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive 
veículo de propriedade do segurado.
Nesse âmbito, observa-se que o acidente de trajeto pode até não ensejar danos morais e 
materiais se a responsabilidade pelo acidente for de culpa do próprio obreiro ou de terceiros.
O que existe, no caso acima, é a garantia provisória no emprego. Até porque são situações 
distintas: responsabilidade por danos morais e materiais e a garantia provisória do emprego 
e suas consequências.
Além do acidente de trajeto, há outras situações que são consideradas mediante a si-
tuação de EQUIPARAÇÃO. Já falamos no tópico anteriormente e agora vamos especificar 
mediante exemplos.
A doença profissional é causada em razão da exposição contínua a agentes de risco, sejam 
físicos, químicos ou outros. É como se fosse algo natural e esperado do desenvolvimento da 
atividade.
A doença do trabalho se refere à patologia adquirida pelo desenvolvimento do labor, mas 
isso não é presumido e nem esperado. Nota-se que o trabalhador adoece, mas é preciso pro-
var o nexo causal de forma mais contundente na medida em que é algo a ser construído na 
relação doença e trabalho.
A doença do trabalho acontece em razão do ambiente de trabalho. A doença profissional 
é causada de forma direta pela atividade profissional. São as espécies mais relevantes para 
as nossas provas.
O acidente típico ocorre quando existe de forma inconteste uma lesão ao trabalhador em 
razão do desempenho efetivo de seu labor. Nesse azo, a obrigação do empregador é emitir 
a CAT, que é a Comunicação do Acidente de Trabalho. Se o empregador não o fizer, outros 
legitimados podem assim proceder, como, por exemplo, o sindicato.
Obviamente que a emissão de CAT gera consequências negativas ao empregador porque 
aumenta seu risco empresarial de Acidente e, com isso, há o aumento da sua contribuição social.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Diante disso, há constante resistência na emissão desse documento, mas a lei assim o 
exige. Quando existe a emissão da CAT e há necessidade de afastamento pelo INSS por mais 
de 15 dias, haverá a suspensão do contrato de trabalho, mas a emissão de CAT independe 
se o obreiro foi afastado ou não. Com isso, o obreiro receberá o benefício do auxílio-doença 
acidentário e fará gozo das benesses da garantia provisória no emprego.
Repita-se no mapa mental:
doença do trabalho acidente típico
doença profissional acidente por equiparação
Acidente do trabalho
Por fim, ainda temos as CONCAUSAS. Nesse azo, destaco a explicação de Cavalieri Filho 
(Programa de Responsabilidade Civil, 7. ed., São Paulo: Atlas, 2007. p. 58):
A concausa é outra causa que, juntando-se à principal, concorre para o resultado. Ela não inicia e 
nem interrompe o processo causal, apenas o reforça, tal qual um rio menor que deságua em outro 
maior, aumentando-se o caudal. (17)
Sebastião Geraldo de Oliveira salienta que:
As concausas podem ocorrer por fatores preexistentes, supervenientes ou concomitantes com 
aquela causa que desencadeou o acidente ou a doença ocupacional. (18)
As causas preexistentes não eliminam o nexo causal. Dessa forma, as condições pessoais 
de saúde do empregado vítima de acidente de trabalho não excluem a responsabilidade da 
empregadora.
O mesmo se dá com as causas supervenientes, mesmo que concorram para o agrava-
mento da situação clínica. Assim, se o empregado acidentado não for socorrido a tempo, 
perdendo, por esta razão, muito sangue, e vindo a falecer, essa causa superveniente, muito 
embora concorrente, não eximirá a responsabilidade do empregador.
3. disposições normAtivAs do Acidente de trAbAlho
O acidente do trabalho tem normalização na Lei n. 8.213/1991 e no Decreto n. 3.048/1999, 
na medida em que as repercussões em relação à matéria previdenciária é tema recorrente.
Observa-se que somente em alguns tópicos se trata do acidente de trabalho na CLT, des-
tacando-se as situações de interrupção do contrato de trabalho, bem como em relação aos 
recolhimentos do FGTS e o efeito de pagamento de salários e demais direitos trabalhistas.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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Também se regulamentam as temáticas de conceitos, espécie e da garantia provisória no 
emprego. Ainda, se observa a situação do acidente de trajeto e suas repercussões. No caso 
de acidente de trabalho, além do usufruto dos efeitos da garantia provisória no emprego, 
ainda se observa a possibilidade de indenizações moral, material e estética decorrente das 
sequelas do acidente de trabalho.
Com isso, observa-se que, quanto maior o grau de incapacidade, aumenta-se o valor da 
indenização, bem como ainda podemos incluir o pensionamento vitalício. Quando há óbito 
do trabalhador, percebe-se o dano em ricochete, extensivo aos familiares.
O PULO DO GATO
Os valores pagos como benefício previdenciário têm cunho estritamente alimentar e decorrem 
da incapacidade profissional e das contribuições efetuadas pelo empregador e pelo empregado 
no curso do contrato de trabalho. A indenização por danos materiais a cargo do empregador 
destina-se a compensar os danos sofridos pelo empregado em razão do acidente acarretado 
por culpa daquele primeiro. O inciso XXVIII do art. 7º da Constituição da República prevê que 
o “seguro” contra acidentes do trabalho não exclui a indenização a que está o empregador 
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa. O recebimento de uma verba não exclui ou reduz 
a outra. Pela mesma razão, o valor do benefício previdenciário não pode ser compensado em 
caso de condenação das empresas em indenizar os prejuízos materiais ou morais sofridos 
pelo empregado.
No caso da CLT, temos:
Art. 475. O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho 
durante o prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.
§ 1º Recuperando o empregado a capacidade de trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, 
ser-lhe-áassegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, 
ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos dos arts. 
477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser 
paga na forma do art. 497.
§ 2º Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, 
o respectivo contrato de trabalho sem indenização, desde que tenha havido ciência inequívoca da 
interinidade ao ser celebrado o contrato.
Art. 476. Em caso de seguro doença ou auxílio-enfermidade, o empregado é considerado em licença 
não remunerada, durante o prazo desse benefício.
O PULO DO GATO
Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas de precaução utilizadas com o intuito de pro-
teger os colaboradores de uma empresa e diminuir eventuais perigos de ocorrência de acidentes 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del5452.htm#art477
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de trabalho e doenças ocupacionais. O objetivo é oferecer um ambiente de trabalho benéfico 
para que os afazeres laborais sejam alcançados da melhor maneira possível.
4. efeitos trAbAlhistAs do Acidente de trAbAlho
Se houver acidente de trabalho, o obreiro terá GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO. 
Essa garantia existe tanto em contrato determinado como indeterminado. Não há, na lei, 
restrição expressa quanto ao tipo de contrato de trabalho. Logo, não poderá ser dispensado 
sem justa causa.
A Lei da Previdência Social (Lei n. 8.212/1991) não exclui o trabalhador contratado por 
prazo determinado da garantia de emprego. Como consequência do acidente, há a manutenção 
do contrato pelo prazo de 12 meses após a alta previdenciária ou o pagamento das parcelas 
salariais devidas no período.
CUIDADO: 12 MESES! O PRAZO É EM MESES. ISSO TEM RELEVÂNCIA NO SEU GABARITO.
Outro ponto: O empregado que sofre acidente de trabalho com afastamento superior a 15 
dias goza de estabilidade provisória de emprego, consistindo na impossibilidade de desliga-
mento do empregado por período igual a 12 meses, visando atitudes retalhadoras por parte 
do empregador. Se não tiver esse afastamento superior a 15 dias, não há garantia provisória.
Interrompe-se o contrato de trabalho quando o trabalhador sofre acidente e esse acidente 
o impossibilita de desempenhar suas atividades laborativas por prazo inferior a 15 (quinze) 
dias, mas recebendo seu salário.
EXEMPLO
Daniel sofreu um acidente de trabalho e ficou apenas 2 dias afastados do labor, mesmo com 
atestados médicos. Aqui, não existe garantia provisória no emprego. Contudo, se Daniel se 
afastou por 16 dias, existe a garantia provisória.
DICA
INTERRUPÇÃO: afastamento até o 15º dia. SUSPENSÃO: afasta-
mento a partir do 16º dia. Mas se é caso de acidente de trabalho, 
SERÁ INTERRUPÇÃO.
EXEMPLO
Daniel teve uma gripe forte, estranha ao seu ambiente de trabalho. Seu atestado médico teve 
20 dias. Logo, os 15 primeiros dias são interrupção, ou seja, o seu empregador arcará com isso. 
Do 16º dia ao 20º dia, receberá auxílio-doença previdenciário e o contrato de Daniel estará sus-
penso. Mas, se Daniel adoeceu de LER, sendo bancário, tratando-se de doença profissional, se 
o seu atestado médico for de 20 dias, o contrato será interrompido, pois é caso de acidente de 
trabalho.
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Admite-se a dispensa por justa causa e o TST vem aceitando o pedido de demissão, desde 
que, neste último caso, homologado pelo Sindicato. Há a concepção da obrigatoriedade dessa 
assistência, mesmo posteriormente à Reforma Trabalhista pela situação peculiar.
Que tal revisar num mapa mental tanta informação?
em contrato por prazo 
indeterminado
Não pode ser dispensado 
sem justa causa
pode ser dispensado por 
justa causa e o TST admite 
o pedido de demissão como 
renúncia do acidentado.
Garantia provisória 
do acidentado
12 meses após a alta 
do benefício pelo INSS
em contrato por prazo 
determinado
somente quando existe 
afastamento por mais de 15 dias
No sentido de garantia provisória no emprego nos contratos por prazo indeterminado ou 
determinado, destaca-se o TST:
JURISPRUDÊNCIA
Súmula n. 378 do TST: ESTABILIDADE PROVISÓRIA. ACIDENTE DO TRABALHO. ART. 118 
DA LEI N. 8.213/1991.
I – É constitucional o art. 118 da Lei n. 8.213/1991 que assegura o direito à estabilidade 
provisória por período de 12 meses após a cessação do auxílio-doença ao empregado 
acidentado.
II – São pressupostos para a concessão da estabilidade o afastamento superior a 15 dias 
e a consequente percepção do auxílio-doença acidentário, salvo se constatada, após a 
despedida, doença profissional que guarde relação de causalidade com a execução do 
contrato de emprego.
III – O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da 
garantia provisória de emprego decorrente de acidente de trabalho prevista no art. 118 
da Lei n. 8.213/1991.
O PULO DO GATO
O empregado submetido a contrato de trabalho por tempo determinado goza da garantia pro-
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
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011. (INÉDITA/2022) Daniel, em contrato por prazo determinado com a Fábrica VALE TUDO 
LTDA, sofre acidente de trabalho enquanto cumpria expediente. Ele teve afastamento pre-
videnciário em com 60 dias. Ao retornar, foi dispensado sem justa causa com aviso prévio 
indenizado. O departamento jurídico da empresa afirmou que não existe garantia provisória 
no emprego, sendo este o entendimento do TST. Nesse caso, a empresa está correta, pois 
não existe garantia provisória no emprego em contrato por prazo determinado.
Se houver acidente de trabalho, o obreiro terá GARANTIA PROVISÓRIA NO EMPREGO. Essa 
garantia existe tanto em contrato determinado como indeterminado. Não há, na lei, restrição 
expressa quanto ao tipo de contrato de trabalho. É o mesmo entendimento do TST através da 
Súmula 378.
Errado.
Outra consequência é a INTERRUPÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO, ocasião em que o 
empregador terá direito ao pagamento de salários e recolhimentos do FGTS. Se ainda ficar 
incapacitado, total ou parcial, definitiva ou temporária, possui direito, também, à indenização.
Quando suspenso o contrato de trabalho em caso de afastamento do obreiro por doença, 
não associada ao labor, o tempo de duração do benefício não será contado para nenhum 
efeito diante da legislação trabalhista, em regra.
EXCEÇÃO: direito de férias, pois será computado no período aquisitivo o tempo de auxílio-
-doença até seis meses, conformepreconizado no art. 131, inciso III, combinado com o art. 
133, inciso IV, ambos da CLT.
5. efeitos previdenciários do Acidente de trAbAlho
O trabalhador, quando sofre um acidente de trabalho, pode ter uma incapacidade perma-
nente ou temporária. No primeiro caso, ele é encaminhado ao INSS e receberá aposentadoria 
por invalidez. É quando o obreiro não consegue mais executar nenhuma função, mesmo que 
seja transferido de setor.
EXEMPLO
Daniel perdeu os dois braços e se torna incapaz para desempenhar uma função braçal. No caso 
de incapacidade temporária, o obreiro teve um acidente, mas consegue retornar ao trabalho. 
Nesse caso, ele retornará, será reabilitado ou transferido de setor. Mas se a lesão persiste, é a 
denominada consolidação da lesão e, aí, receberá seus salários normalmente, executando suas 
funções e do INSS, um benefício chamado auxílio-acidente.
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Acidente do Trabalho
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Maria Rafaela
Vejamos a Lei n. 8.213/1991:
Art. 42. A aposentadoria por invalidez, uma vez cumprida, quando for o caso, a carência exigida, 
será devida ao segurado que, estando ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado incapaz 
e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e ser-
-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
§ 1º A concessão de aposentadoria por invalidez dependerá da verificação da condição de inca-
pacidade mediante exame médico pericial a cargo da Previdência Social, podendo o segurado, às 
suas expensas, fazer-se acompanhar de médico de sua confiança.
§ 2º A doença ou lesão de que o segurado já era portador ao filiar-se ao Regime Geral de Previ-
dência Social não lhe conferirá direito à aposentadoria por invalidez, salvo quando a incapacidade 
sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doença ou lesão.
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o 
período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade 
habitual por mais de 15 (quinze) dias consecutivos.
Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do 
afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapa-
cidade e enquanto ele permanecer incapaz.
§ 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 (trinta) dias, o auxílio-
-doença será devido a contar da data da entrada do requerimento.
§ 3º Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de 
doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral.
Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolida-
ção das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem sequelas que impliquem 
redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinquenta por cento do salário de benefício e será 
devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a 
data do óbito do segurado.
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, in-
dependentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua 
acumulação com qualquer aposentadoria.
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado 
o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, 
quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprova-
damente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
O que é a incapacidade laborativa?
O conceito de incapacidade laborativa é a IMPOSSIBILIDADE DO DESEMPENHO DE TODA 
E QUALQUER ATIVIDADE, FUNÇÃO OU OCUPAÇÃO LABORATIVA, SENDO CONCEITO ESSEN-
CIALMENTE TEÓRICO, SALVO QUANDO EM CARÁTER TRANSITÓRIO.
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Por sua vez, na doença profissional, há o direito ao FGTS enquanto estiver afastado e à 
estabilidade quando retornar. Além disso, deve receber do INSS o auxílio-doença acidentário 
e, talvez, o auxílio-acidente.
Na doença do trabalho, quando facilmente caracterizada, existe a possibilidade de também 
receber auxílio-acidente. Mas se a doença não for perceptivelmente demonstrada, ou não tiver 
relação com o trabalho, o obreiro receberá auxílio-doença previdenciário.
Nesse último caso, o contrato de trabalho é suspenso e o empregador se desobriga 
de pagar qualquer benefício ao obreiro, inclusive no que se refere ao FGTS. Logo, caberá à 
autarquia efetuar o pagamento do benefício. Também nesse caso não haverá os efeitos da 
garantia provisória do emprego.
É preciso observar sempre a diferença entre interrupção e suspensão do contrato de tra-
balho. No primeiro caso, o empregador continua responsável por todas as obrigações traba-
lhistas e previdenciárias. No segundo caso, não há mais essas obrigações pelo empregador.
NÃO ESQUEÇA: a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido 
para reconhecer tanto um acidente de trabalho ou de trajeto como uma doença ocupacional.
Quando a incapacidade ultrapassar o período de quinze dias consecutivos, o segurado será 
encaminhado ao INSS para avaliação médico pericial. O auxílio por incapacidade temporária 
será devido ao segurado que, uma vez cumprido, quando for o caso, o período de carência 
exigido, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 
quinze dias consecutivos, conforme definido em avaliação médico pericial.
Não será devido auxílio por incapacidade temporária ao segurado que se filiar ao RGPS 
já portador de doença ou lesão invocada como causa para a concessão do benefício, exceto 
quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento dessa doen-
ça ou lesão.
Será devido auxílio por incapacidade temporária, independentemente do cumprimento de 
período de carência, aos segurados obrigatório e facultativo quando sofrerem acidente de 
qualquer natureza.
O setor de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social reconhecerá o direito do segu-
rado à habilitação do benefício acidentário. Será considerado agravamento do acidente aquele 
sofrido pelo acidentado quanto estiver sob a responsabilidade da reabilitação profissional.
Considera-se estabelecido o nexo entre o trabalho e o agravo quando se verificar nexo 
técnico epidemiológico entre a atividade da empresa e a entidade mórbida motivadora da 
incapacidade, elencada na Classificação Internacional de Doenças CID.
Considera-se agravo lesão, doença, transtorno de saúde, distúrbio, disfunção ou síndrome 
de evolução aguda, subaguda ou crônica, de natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, 
independentemente do tempo de latência. Reconhecidos pela Perícia Médica Federal a inca-
pacidade para o trabalho e o nexo entre o trabalho e o agravo serão devidas as prestações 
acidentárias a que o beneficiário tiver direito.
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A empresa poderá requerer ao INSS a não aplicação do nexo técnico epidemiológico ao 
caso concreto mediante a demonstração de inexistência de correspondente nexo entre o 
trabalho e o agravo. O requerimento poderá ser apresentado no prazo de quinze dias da data 
para a entrega, sob pena de não conhecimento da alegação em instância administrativa.
Caracterizada a impossibilidade de atendimento motivada pelo não conhecimento tem-
pestivo do diagnóstico do agravo, o requerimento poderá ser apresentado no prazo de quinze 
dias, contado da data em que a empresa tomar ciência da decisão.
A empresa formulará as alegações que entender necessárias e apresentará as provas que 
possuir demonstrando a inexistência de nexo entre o trabalho e o agravo.
A documentação probatória poderá trazer, entre outros meios de prova, evidências téc-
nicas circunstanciadas e tempestivas à exposição do segurado, podendo ser produzidas no 
âmbito de programas de gestão de risco, a cargo da empresa, que possuam responsável 
técnico legalmente habilitado.
O INSS informará ao segurado sobre a contestação da empresa, para que este, querendo, 
possa impugná-la, obedecendo, quanto à produção de provas, sempre que a instrução do pe-
dido evidenciar a possibilidade de reconhecimento de inexistência do nexo entre o trabalho 
e o agravo.
A empresa é responsável pela adoção e uso de medidas coletivas e individuais de proteção 
à segurança e saúde do trabalhador sujeito aos riscos ocupacionais por ela gerados. É dever 
da empresa prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar e 
do produto a manipular.
A Perícia Médica Federal terá acesso aos ambientes de trabalho e a outros locais onde se 
encontrem os documentos referentes ao controle médico de saúde ocupacional e aqueles que 
digam respeito ao programa de prevenção de riscos ocupacionais para verificar a eficácia das 
medidas adotadas pela empresa para a prevenção e o controle das doenças ocupacionais.
O INSS auditará a regularidade e a conformidade das demonstrações ambientais, in-
cluindo-se as de monitoramento biológico, e dos controles internos da empresa relativos ao 
gerenciamento dos riscos ocupacionais, de modo a assegurar a veracidade das informações 
prestadas pela empresa e constantes do CNIS, bem como o cumprimento das obrigações 
relativas ao acidente de trabalho.
Sempre que a Perícia Médica Federal constatar o descumprimento, comunicará formalmente 
aos demais órgãos interessados, inclusive para fins de aplicação e cobrança da multa devida.
O pagamento pela previdência social das prestações decorrentes do acidente não exclui 
a responsabilidade civil da empresa, do empregador doméstico ou de terceiros.
O PULO DO GATO
O INSS ajuizará ação regressiva contra os responsáveis nas hipóteses de: I – negligência quan-
to às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para proteção individual e 
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coletiva; e II – violência doméstica e familiar contra a mulher. Os órgãos de fiscalização das 
relações de trabalho encaminharão à Procuradoria-Geral Federal os relatórios de análise de 
acidentes do trabalho com indícios de negligência quanto às normas-padrão de segurança e 
higiene do trabalho indicadas para proteção individual e coletiva.
LIMBO PREVIDENCIÁRIO: vamos tecer alguns comentários, mas já adiantando que o TST 
entende que cabe ao empregador arcar com os pagamentos enquanto a situação do trabalhador 
se resolve junto com o INSS. A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que, 
na hipótese de limbo previdenciário, é do empregado o ônus de demonstrar que a empresa 
recusou a sua volta ao trabalho (RRAg 1000254-19.2018.5.02.0074, DEJT 04/02/2022).
Define-se quando o empregador, ao comparecer ao trabalho após alta previdenciária, é 
impedido de desempenhar suas atividades sob a justificativa da empresa de que permanece 
incapacitado para o trabalho.
A jurisprudência do TST é de que a discussão quanto ao acerto ou não da alta previdenciária 
não afasta o fato de que, com o fim do benefício, a pessoa fica à disposição do empregador, 
e este, caso entenda que ela não está apta ao serviço, deve pagar os salários devidos até que 
possa ser reinserida no trabalho ou que o auxílio previdenciário seja estabelecido.
Explicando melhor, o LIMBO ocorre quando o obreiro recebe alta do INSS, mas a empresa 
se recusa a aceitá-lo, pois considera que ele ainda está doente e, portanto, não pode aceitá-lo 
nos quadros da empresa.
EXEMPLO
Daniel ficou 60 dias recebendo auxílio-doença previdenciário e teve alta do INSS. Então, retorna 
à empresa, mas o setor médico entende que ele está doente. Logo, pede para ele voltar ao INSS. 
Porém, o INSS reafirma que ele está apto ao retorno. Enquanto essa discussão ocorre entre 
empregador e INSS, Daniel não está recebendo nem salários, nem o benefício previdenciário. 
Quem arcará com sua subsistência? O TST entende que é o empregador. Se o INSS estiver errado 
e for reconhecido esse erro judicialmente, a empresa pode entrar com ação de ressarcimento 
junto ao INSS.
Se o INSS estiver certo e for reconhecido esse acerto judicialmente, a empresa já está 
arcando com a subsistência do obreiro. O que não pode é deixar o obreiro no limbo, no vácuo.
Essa é a discussão do LIMBO PREVIDENCIÁRIO. Fundamento da linha da jurisprudên-
cia do TST:
JURISPRUDÊNCIA
A recusa do empregador ao pagamento dos salários, sob o argumento de que é indevida 
a cessação do benefício previdenciário, não se coaduna com os princípios constitucio-
nais da dignidade da pessoa e do valor social do trabalho.
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O PULO DO GATO
Não havendo dúvidas quanto à ocorrência de alta previdenciária, e sendo causa de pedir a recu-
sa da empresa à tentativa de retorno ao trabalho, incumbe à reclamante o ônus de comprovar 
tal fato. E, quando comprovado, deve o empregador arcar com os salários e demais direitos 
durante o limbo previdenciário.
Que tal um MAPA MENTAL?
o trabalhador teve alta do INSS mas 
a empresa recusa seu retorno
TST – é ônus do empregado 
demonstrar a recusa do 
empregador
o trabalhador fica numa situação 
sem salários e sem benefício 
previdenciário na discussão 
entre empresa e INSS
limbo previdenciário
TST: o empregador deve arcar 
com os salários durante a 
discussão do limbo previdenciário
012. (INÉDITA/2022) O ônus de provar a recusa do empregador quando o obreiro tem a alta 
do INSS é do empregado.
A 5ª Turma do Tribunal Superior do Trabalho (TST) decidiu que, na hipótese de limbo previden-
ciário, é do empregado o ônus de demonstrar que a empresa recusou a sua volta ao trabalho 
(RRAg 1000254-19.2018.5.02.0074, DEJT 04/02/2022).
Certo.
Por fim,é importante conhecer o FAP. É tratado pelo Decreto n. 6.042/2007 com a inclu-
são do art. 202-A no Regulamento da Previdência Social. No cálculo do FAP, excluem-se os 
acidentes de trajeto, por decisão do Conselho Nacional da Previdência Social. No site oficial 
da Previdência Social, conseguimos informação importante para a sua prova objetiva:
O Fator Acidentário de Prevenção – FAP é um multiplicador, atualmente calculado por estabeleci-
mento, que varia de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação 
coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear 
aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho. O FAP varia anualmente. 
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Acidente do Trabalho
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É calculado sempre sobre os dois últimos anos de todo o histórico de acidentalidade e de registros 
acidentários da Previdência Social. Pela metodologia do FAP, as empresas que registrarem maior 
número de acidentes ou doenças ocupacionais, pagam mais.
DICA
É bom conhecer o teor do art. 202 do Decreto n. 3.049/1999:
Art. 202. A contribuição da empresa, destinada ao financiamento da aposentadoria especial, nos 
termos dos arts. 64 a 70, e dos benefícios concedidos em razão do grau de incidência de incapacida-
de laborativa decorrente dos riscos ambientais do trabalho corresponde à aplicação dos seguintes 
percentuais, incidentes sobre o total da remuneração paga, devida ou creditada a qualquer título, 
no decorrer do mês, ao segurado empregado e trabalhador avulso:
I – Um por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho 
seja considerado leve;
II – Dois por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho 
seja considerado médio; ou
III – Três por cento para a empresa em cuja atividade preponderante o risco de acidente do trabalho 
seja considerado grave.
6. cAt e nr 31
A aludida NR que versa sobre a expedição de CAT tem como escopo estabelecer critérios 
para aplicação das diversas espécies de nexo técnico aos benefícios por incapacidade con-
cedidos pelo INSS.
Como vimos, a Perícia Médica do INSS caracterizará tecnicamente o acidente do trabalho 
mediante o reconhecimento do nexo entre o trabalho e o agravo.
A expressão AGRAVO deve ser compreendida como a lesão, a doença, o transtorno de 
saúde, o distúrbio, a disfunção ou a síndrome de evolução aguda, subaguda ou crônica, de 
natureza clínica ou subclínica, inclusive morte, independentemente do tempo de latência.
E, para isso, é preciso ter NEXO TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO, do qual podemos classificar 
da seguinte forma, nos termos do art. 3 da aludida NR 31:
Art. 3º O nexo técnico previdenciário poderá ser de natureza causal ou não, havendo três espécies:
I – nexo técnico profissional ou do trabalho, fundamentado nas associações entre patologias e 
exposições constantes das listas A e B do anexo II do Decreto nº 3.048/99;
II – nexo técnico por doença equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual, decorrente 
de acidentes de trabalho típicos ou de trajeto, bem como de condições especiais em que o trabalho 
é realizado e com ele relacionado diretamente, nos termos do § 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91;
III – nexo técnico epidemiológico previdenciário, aplicável quando houver significância estatística 
da associação entre o código da Classificação Internacional de Doenças-CID, e o da Classificação 
Nacional de Atividade Econômica-CNAE, na parte inserida pelo Decreto nº 6.042/07, na lista B do 
anexo II do Decreto nº 3.048/99.
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Os agravos associados aos agentes etiológicos ou fatores de risco de natureza profissional 
e do trabalho presentes nas atividades econômicas dos empregadores, cujo segurado tenha 
sido exposto, ainda que parcial e indiretamente, serão considerados doenças profissionais 
ou do trabalho, nos termos dos incisos I e II, art. 20 da Lei nº 8.213/91.
A empresa poderá interpor recurso ao Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS) 
até trinta dias após a data em que tomar conhecimento da concessão do benefício em es-
pécie acidentária por nexo técnico profissional ou do trabalho, conforme art. 126 da Lei nº 
8.213/91, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não 
possuem nexo técnico com o trabalho exercido pelo trabalhador. ALERTA! Veja esse prazo 
de 30 dias...guarde no seu coração!
O recurso interposto contra o estabelecimento de nexo técnico com base NÃO TERÁ 
EFEITO SUSPENSIVO!
Os agravos decorrentes de condições especiais em que o trabalho é executado serão con-
siderados doenças profissionais ou do trabalho, ou ainda acidentes de trabalho, nos termos 
do § 2º do art. 20 da Lei nº 8.213/91.
A empresa poderá interpor recurso ao CRPS até trinta dias após a data em que tomar co-
nhecimento da concessão do benefício em espécie acidentária por nexo técnico por doença 
equiparada a acidente de trabalho ou nexo técnico individual, conforme art. 126 da Lei nº 
8.213/91, quando dispuser de dados e informações que demonstrem que os agravos não 
possuem nexo técnico com o trabalho exercido pelo trabalhador. NOVAMENTE O PRAZO 
PARA GUARDAR: 30 DIAS.
Obs.: � OS RECURSOS NÃO TERÃO EFEITO SUSPENSIVO.
Considera-se epidemiologicamente estabelecido o nexo técnico entre o trabalho e o agravo, 
sempre que se verificar a existência de associação entre a atividade econômica da empresa, 
expressa pela CNAE e a entidade mórbida motivadora da incapacidade, relacionada na CID, 
em conformidade com o disposto na parte inserida pelo Decreto nº 6.042/07 na lista B do 
anexo II do Decreto nº 3.048/99.
O PULO DO GATO
A inexistência de nexo técnico epidemiológico não elide o nexo entre o trabalho e o agravo, ca-
bendo à perícia médica a caracterização técnica do acidente do trabalho, fundamentadamente, 
sendo obrigatório o registro e a análise do relatório do médico assistente, além dos exames 
complementares que eventualmente o acompanhem.
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A perícia médica poderá, se necessário, solicitar as demonstrações ambientais da empresa, 
efetuar pesquisa ou realizar vistoria do local de trabalho ou solicitar o Perfil Profissiográfico 
Previdenciário-PPP, diretamente ao empregador.
A perícia médica do INSS poderá deixar de aplicar o nexo técnico epidemiológico median-
te decisão fundamentada, quando dispuser de informações ou elementos circunstanciados 
e contemporâneos ao exercício da atividade que evidenciem a inexistência do nexo técnico 
entre o agravo e o trabalho.
A empresa poderá requerer ao INSS, até quinze dias após a data para a entrega da Guia 
de Recolhimento do

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