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Referenciais Curriculares nacionais para a Educação Infantil FORMAÇÃO ELABORADA PELA DIRETORA PRISCILA GUSMÃO DOCUMENTOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO INFANTIL BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS O QUE É O RCNEI? Constitui-se em um conjunto de referências e orientações pedagógicas que visam a contribuir com a implantação ou implementação de práticas educativas de qualidade que possam promover e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras. ELABORADO PELO MEC EM 1998; NÃO É DE CARÁTER MANDATÓRIO É UM DOCUMENTO DE REFLEXÃO E APOIO PARA AS ESCOLAR O OBJETIVO É AUXILIAR OS PROFESSORES NO TRABALHO EDUCATIVO. SÃO PRINCÍPIOS DOS REFERENCIAIS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas, religiosas etc.; O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; Acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética e à estética; SÃO PRINCÍPIOS DOS REFERENCIAIS CURRICULARES PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL: A socialização das crianças por meio de sua participação e inserção nas mais diversificadas práticas sociais, sem discriminação de espécie alguma; O atendimento aos cuidados essenciais associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. ORGANIZAÇÃO ETÁRIA: O RCNEI adota a mesma divisão por faixas etárias contemplada nas disposições da LDB: Art. 30, capítulo II, seção II que diz: “A educação infantil será oferecida em: I - creches ou entidades equivalentes para crianças de até três anos de idade; II - pré-escolas, para as crianças de quatro a seis anos”* *Redação modificada pela Lei nº12.796 de 2013 ORGANIZAÇÃO POR ÂMBITOS E EIXOS •Dois âmbitos de experiências: Formação Pessoal e Social (Volume 2) e Conhecimento de Mundo (Volume 3). •Refere-se às experiências que favorecem, prioritariamente, a construção do sujeito. Está organizado de forma a explicitar as complexas questões que envolvem o desenvolvimento de capacidades de natureza global e afetiva das crianças, seus esquemas simbólicos de interação com os outros e com o meio, assim como a relação consigo mesmas. •O âmbito de Conhecimento de Mundo refere-se à construção das diferentes linguagens pelas crianças e às relações que estabelecem com os objetos de conhecimento. •Este âmbito traz uma ênfase na relação das crianças com alguns aspectos da cultura. •Destacam-se os seguintes eixos de trabalho: Movimento, Artes visuais, Música, Linguagem oral e escrita, Natureza e sociedade, Matemática VOLUME 1 Um documento de Introdução, que apresenta uma reflexão sobre creches e pré-escolas no Brasil, situando e fundamentando concepções de criança, de educação, de instituição e do profissional, que foram utilizadas para definir os objetivos gerais da educação infantil e orientaram a organização dos documentos de eixos de trabalho que estão agrupados em dois volumes relacionados aos seguintes âmbitos de experiência: Formação Pessoal e Social e Conhecimento de Mundo. A INSTITUIÇÃO E O PROJETO EDUCATIVO Parceria com as famílias Formação do coletivo institucional Espaço físico e recursos materiais Organização do tempo Ambiente de cuidados CONDIÇÕES EXTERNAS •As particularidades de cada proposta curricular devem estar vinculadas principalmente às características socioculturais da comunidade na qual a instituição de educação infantil está inserida e às necessidades e expectativas da população atendida. A problemática social de muitas das comunidades brasileiras faz com que os profissionais e as instituições de educação infantil tenham que considerar questões bastante complexas que não podem ser ignoradas, pois afetam diretamente a vida das crianças pequenas. A desnutrição, a violência, os abusos e maus tratos, os problemas de saúde etc. que algumas crianças sofrem não são questões que só a instituição de educação infantil pode resolver isoladamente. CONDIÇÕES INTERNAS •A elaboração da proposta curricular de cada instituição se constitui em um dos elementos do projeto educativo e deve ser fruto de um trabalho coletivo que reúna professores, demais profissionais e técnicos. Outros aspectos são relevantes para o bom desenvolvimento do projeto pedagógico e devem ser considerados, abrangendo desde o clima institucional, formas de gestão, passando pela organização do espaço e do tempo, dos agrupamentos, seleção e oferta dos materiais até a parceria c.om as famílias e papel do professor. AMBIENTE INSTITUCIONAL COOPERAÇÃORESPEITO FORTE COMPONENTE AFETIVO PROPORCIONAR SEGURANÇA, TRANQUILIDADE E ALEGRIA RESPEITAR O DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA FORMAÇÃO DO COLETIVO INSTITUCIONAL PAPEL CHAVE DA DIREÇÃO ORGANISMO VIVO E DINÂMICO PARTICIPAÇÃO E CONTEMPLAÇÃ O COLETIVA TRABALHO COMPREENDIDO, ASSUMIDO E DEBATIDO POR TODOS COMPARTILHAR CONHECIMENTOS ESPAÇO FÍSICO E RECURSOS MATERIAIS MELHORIA DO PROCESSO NÃO DEPENDE EXCLUSIVAMENTE DELES PODEROSO AUXILIARES DA APRENDIZAGEM APRENDIZAGEM ATIVA SÃO COMPONENTES ATIVOS DA APRENDIZAGEM DEFINEM PRÁTICAS EDUCATIVAS DE QUALIDADE VERSATILIDADE E SEGURANÇA DO ESPAÇO PROMOVER ATIVIDADES DIVERSIFICADAS E SIMULTÂNEAS ESPAÇOS DIVIDIDOS > ESPAÇOS AMPLOS MATERIAIS RESISTENTES, LAVÁVEIS , EM BOM ESTADO E COM DURABILIDADE SUJEITO À MODIFICAÇÕES ÁREA EXTERNA DEVE PERMITIR O MOVIMENTO LIVRE ACESSIBILIDADE DO ESPAÇO E DOS RECURSOS MATERIAIS USO ESPONTÂNEO EM ATIVIDADES DIRIGIDAS MOBILIÁRIO, ESPELHOS, BRINQUEDOS, LIVROS, LÁPIS, PAPÉIS, TINTAS, PINCÉIS, TESOURAS, COLA, MASSA DE MODELAR, ARGILA, JOGOS,, MATERIAL DE SUCATA, ROUPAS E PANOS PARA BRINCAR ETC DÃO SUPORTE AO BRINCAR INSTRUMENTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA TAREFA EDUCATIVA DISPOSTOS DE FORMA ACESSÍVEL ÀS CRIANÇAS CRITÉRIOS PARA A FORMAÇÃO DE GRUPOS DE CRIANÇAS CONSIDERA A INTERAÇÃO COMO UM ELEMENTO VITAL PARA O DESENVOLVIMENTO MUITAS CRIANÇAS E MUITOS PROFESSORES CRIA UM AMBIENTE INADEQUADO NÃO HÁ DIVISÃO RÍGIDA RAZÃO ADULTO E CRIANÇA NÃO PODE SER UM CRITÉRIO ISOLADO ATÉ OS 12 MESES – 6 CRIANÇAS POR ADULTO. 1 A 2 ANOS – 8 CRIANÇAS P0R ADULTO. 2 A 3 ANOS – 12 A 15 CRIANÇAS POR ADULTO. ENTRE 3 E 6 – MÁXIMO DE 25 CRIANÇAS. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO A ROTINA PRECISA ADAPTAR-SE À CRIANÇA E NÃO O CONTRÁRIO INSTRUMENTO DE DINAMIZAÇÃO DA APRENDIZAGEM ROTINAS RÍGIDAS E INFLEXÍVEIS DESCONSIDERAM A CRIANÇA PODE SER DIVIDIDO EM TRÊS GRANDES ÁREAS: ATIVIDADES PERMANENTES, SEQUENCIAS DE ATIVIDADES E PLANO DIDÁTICO. FACILITADOR DAS PERCEPÇÕES INFANTIS SOBRE O TEMPO E O ESPAÇO, UMA ROTINA CLARA E COMPREENSÍVEL PARA AS CRIANÇAS É FATOR DE SEGURANÇA AMBIENTE DE CUIDADOS AS ATIVIDADES DE CUIDADO DAS CRIANÇAS SE ORGANIZAM EM FUNÇÃO DE SUAS NECESSIDADES O PLANEJAMENTO DOS CUIDADOS E DA VIDA COTIDIANA NA INSTITUIÇÃO DEVE SER INICIADO PELO CONHECIMENTO SOBRE A CRIANÇA E SUAS PECULIARIDADES CONSIDERAR AS NECESSIDADES DAS DIFERENTES FAIXAS ETÁRIAS, DAS FAMÍLIAS E AS CONDIÇÕES DE ATENDIMENTO DA INSTITUIÇÃO NAS INSTITUIÇÕES QUE ATENDEM BEBÊS E CRIANÇAS PEQUENAS, NÃO SE PODE PREVER UMA ORGANIZAÇÃO DO COTIDIANO DE FORMA HOMOGÊNEA E QUE SE MANTENHA O ANO TODO SEM ALTERAÇÕES LEVANTAMENTO DE DADOS NO ATO DA MATRÍCULA, INTERCAMBIO ENTRE FAMILIARES E PROFESSORES E INTERAÇÃO AO LONGO DO TEMPO. PARCERIA COM AS FAMÍLIAS CABE ÀS INSTITUIÇÕES ESTABELECEREM UM DIÁLOGO ABERTO COM AS FAMÍLIAS, CONSIDERANDO-AS COMO PARCEIRAS E INTERLOCUTORAS NO PROCESSO EDUCATIVO INFANTIL É PRECISO COMBINAR FORMAS DE COMUNICAÇÃO PARA TROCAS ESPECÍFICAS DE INFORMAÇÕES. A FAMÍLIA É UMA CRIAÇÃO HUMANA MUTÁVEL. REJEITAR A IDEIA DE QUE EXISTA UM ÚNICO MODELO. AS INSTITUIÇÕES DE EDUCAÇÃO INFANTIL DEVEM DESENVOLVERA CAPACIDADE DE OUVIR, OBSERVAR E APRENDER COM AS FAMÍLIAS DEVEM SERVIR DE APOIO REAL E EFETIVO ÀS CRIANÇAS E SUAS FAMÍLIAS, RESPONDENDO ÀS SUAS DEMANDAS E NECESSIDADES. AS FAMÍLIAS TAMBÉM PRECISAM TER ACESSO À: Filosofia e concepção de trabalho da instituição; Informações relativas ao quadro de pessoal com as qualificações e experiências; Informações relativas à estrutura e funcionamento da creche ou da pré-escola; Condutas em caso de emergência e problemas de saúde; Informações quanto a participação das crianças e famílias em eventos especiais. ACOLHIMENTO DAS FAMÍLIAS E DAS CRIANÇAS DA INSTITUIÇÃO PROCESSO GRADUAL DE INSERÇÃO PRESENÇA DA MÃE OU DO PAI OU DE ALGUÉM CONHECIDO DA CRIANÇA ACOLHIMENTO DE FAMÍLIAS COM NECESSIDADES ESPECIAIS ACOLHER OS PAIS OFERECENDO APOIO E TRANQUILIDADE, CONTRIBUI PARA QUE A CRIANÇA TAMBÉM SE SINTA MENOS INSEGURA NOS PRIMEIROS DIAS NA INSTITUIÇÃO DEVE SER DADA UMA ATENÇÃO ESPECIAL ÀS CRIANÇAS, NESSES MOMENTOS DE CHORO ATENÇÃO À PASSAGEM DA EI PARA O EF VOLUME 2 Relativo ao âmbito de experiência Formação Pessoal e Social que contém o eixo de trabalho que favorece, prioritariamente, os processos de construção da Identidade e Autonomia das crianças. O desenvolvimento da identidade e da autonomia estão intimamente relacionados com os processos de socialização; A instituição de educação infantil é um dos espaços de inserção das crianças nas relações éticas e morais que permeiam a sociedade na qual estão inseridas. CONCEPÇÃO IDENTIDADE é um conceito do qual faz parte a idéia de distinção, de uma marca de diferença entre as pessoas, a começar pelo nome, seguido de todas as características físicas, de modos de agir e de pensar e da história pessoal. Sua construção é gradativa e se dá por meio de interações sociais estabelecidas pela criança, nas quais ela, alternadamente, imita e se funde com o outro para diferenciar-se dele em seguida, muitas vezes utilizando-se da oposição. AUTONOMIA A capacidade de se conduzir e tomar decisões por si próprio, levando em conta regras, valores, sua perspectiva pessoal, bem como a perspectiva do outro, é, nessa faixa etária, mais do que um objetivo a ser alcançado com as crianças, um princípio das ações educativas. A passagem da heteronomia para a autonomia supõe recursos internos (afetivos e cognitivos) e externos (sociais e culturais). Para que as crianças possam aprender a gerenciar suas ações e julgamentos conforme princípios outros que não o da simples obediência, e para que possam ter noção da importância da reciprocidade e da cooperação numa sociedade que se propõe a atender o bem comum, é preciso que exercitem o autogoverno, usufruindo de gradativa independência para agir, tendo condições de escolher e tomar decisões, participando do estabelecimento de regras e sanções. PROCESSOS DE FUSÃO E DIFERENCIAÇÃO Ao nascer, o bebê encontra-se em um estado que pode ser denominado como de fusão com a mãe, não diferenciando o seu próprio corpo e os limites de seus desejos. É por meio dos primeiros cuidados que a criança percebe seu próprio corpo como separado do corpo do outro, organiza suas emoções e amplia seus conhecimentos sobre o mundo. O outro é, assim, elemento fundamental para o conhecimento de si CONSTRUÇÃO DE VÍNCULOS Entre o bebê e as pessoas que cuidam, interagem e brincam com ele se estabelece uma forte relação afetiva (a qual envolve sentimentos complexos e contraditórios como amor, carinho, encantamento, frustração, raiva, culpa etc.). Essas pessoas não apenas cuidam da criança, mas também medeiam seus contatos com o mundo, atuando com ela, organizando e interpretando para ela esse mundo. EXPRESSÃO DA SEXUALIDADE A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das pessoas, pois independentemente da potencialidade reprodutiva, relaciona-se com o prazer, necessidade fundamental dos seres humanos. Inerente, histórica e cultural; A relação das crianças com o prazer se manifesta de forma diferente da do adulto. Em momentos diferentes de sua vida, elas podem se concentrar em determinadas partes do corpo mais do que em outras (fase oral) Controle dos esfíncteres- favorecimento da exploração dos órgãos genitais, antes escondidos pelas fraldas. Aumenta a curiosidade por seus próprios órgãos, podendo entregar-se a manipulações por meio das quais pesquisam as sensações e o prazer que produzem. Paralelamente, cresce também o interesse pelos órgãos das outras crianças que também podem se tornar objeto de manipulação e de exploração, em interações sociais dos mais diversos tipos: na hora do banho, em brincadeiras de médico etc. Exploração natural ou condicionada; Relação dos adultos envolvidos no processo, Questões de gênero; Após uma fase de curiosidade quanto às diferenças entre os sexos, por volta dos cinco e seis anos, a questão do gênero ocupa papel central no processo de construção da identidade. Estrutura familiar; APRENDIZAGEM BRINCADEIRASINTERAÇÕES RELAÇÕES OPOSIÇÃOIMITAÇÃO FAZ DE CONTA LINGUAGEM É na interação social que as crianças são inseridas na linguagem, partilhando significados e sendo significadas pelo outro. Cada língua carrega, em sua estrutura, um jeito próprio de ver e compreender o mundo, o qual se relaciona a características de culturas e grupos sociais singulares. Ao aprender a língua materna, a criança toma contato com esses conteúdos e concepções, construindo um sentido de pertinência social. APROPRIAÇÃO DA IMAGEM CORPORAL Por meio das explorações que faz, do contato físico com outras pessoas, da observação daqueles com quem convive, a criança aprende sobre o mundo, sobre si mesma e comunica-se pela linguagem corporal. O DOCUMENTO SEGUE COM ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS SOBRE: CONTEÚDOS, AUTOESTIMA, FAZ DE CONTA, NOME PRÓPRIO, INTERAÇÃO, IMAGENS, CUIDADO, SEGURANÇA, INDEPENDÊNCIA E AUTONOMIA, RESPEITO À DIVERSIDADE, IDENTIDADE DE GÊNERO, JOGOS E BRINCADEIRAS, CUIDADOS PESSOAIS, ALIMENTAÇÃO, ETC. VOLUME 3 Volume relativo ao âmbito de experiência Conhecimento de Mundo que contém seis documentos referentes aos eixos de trabalho orientados para a construção das diferentes linguagens pelas crianças e para as relações que estabelecem com os objetos de conhecimento: Movimento, Música, Artes Visuais, Linguagem Oral e Escrita, Natureza e Sociedade e Matemática. MOVIMENTO As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar resultam das interações sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas diferentes culturas em diversas épocas da história. Esses movimentos incorporam-se aos comportamentos dos homens, constituindo-se assim numa cultura corporal1 . Dessa forma, diferentes manifestações dessa linguagem foram surgindo, como a dança, o jogo, as brincadeiras, as práticas esportivas etc., nas quais se faz uso de diferentes gestos, posturas e expressões corporais com intencionalidade. AMBIENTE SEGURO DESAFIADOR DIVERSIFICADO MÚSICA Pesquisadores e estudiosos vêm traçando paralelos entre o desenvolvimento infantil e o exercício da expressão musical, resultando em propostas que respeitam o modo de perceber, sentir e pensar, em cada fase, e contribuindo para que a construção do conhecimento dessa linguagem ocorra de modo significativo12 . O trabalho com Música proposto por este documento fundamenta-se nesses estudos, de modo a garantir à criança a possibilidade de vivenciar e refletir sobre questões musicais, num exercício sensível e expressivo que também oferece condições para o desenvolvimento de habilidades, de formulação de hipóteses e de elaboração de conceitos. ARTES VISUAIS As Artes Visuais estão presentes no cotidiano da vida infantil. Ao rabiscar e desenhar no chão, na areia e nos muros, ao utilizar materiais encontrados ao acaso (gravetos, pedras, carvão), ao pintar os objetos e até mesmo seu própriocorpo, a criança pode utilizar-se das Artes Visuais para expressar experiências sensíveis. É UMA FORMA DE LINGUAGEM LINGUAGEM ORAL E ESCRITA A educação infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências lingüísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. Para aprender a ler e a escrever, a criança precisa construir um conhecimento de natureza conceitual: precisa compreender não só o que a escrita representa, mas também de que forma ela representa graficamente a linguagem. Isso significa que a alfabetização não é o desenvolvimento de capacidades relacionadas à percepção, memorização e treino de um conjunto de habilidades sensório-motoras. É, antes, um processo no qual as crianças precisam resolver problemas de natureza lógica até chegarem a compreender de que forma a escrita alfabética em português representa a linguagem, e assim poderem escrever e ler por si mesmas a compreensão de um sistema de representação e não somente como a aquisição de um código de transcrição da fala; um aprendizado que coloca diversas questões de ordem conceitual, e não somente perceptivo-motoras, para a criança; um processo de construção de conhecimento pelas crianças por meio de práticas que têm como ponto de partida e de chegada o uso da linguagem e a participação nas diversas práticas sociais de escrita. Nessa perspectiva, a aprendizagem da linguagem escrita é concebida como: NATUREZA E SOCIEDADE O eixo de trabalho denominado Natureza e Sociedade reúne temas pertinentes ao mundo social e natural. A intenção é que o trabalho ocorra de forma integrada, ao mesmo tempo em que são respeitadas as especificidades das fontes, abordagens e enfoques advindos dos diferentes campos das Ciências Humanas e Naturais. MATEMÁTICA Repetição, memorização e associação- ampliação dos estudos sobre o desenvolvimento infantil e pesquisas realizadas no campo da própria educação matemática permitem questionar essa concepção de aprendizagem restrita à memorização, repetição e associação. Do concreto ao abstrato- Essa concepção, porém, dissocia a ação física da ação intelectual, dissociação que não existe do ponto de vista do sujeito. Na realidade, toda ação física supõe ação intelectual. Atividades pré-numéricas Algumas interpretações das pesquisas psicogenéticas concluíram que o ensino da Matemática seria beneficiado por um trabalho que incidisse no desenvolvimento de estruturas do pensamento lógico- matemático. Assim, consideram-se experiências-chave para o processo de desenvolvimento do raciocínio lógico e para a aquisição da noção de número as ações de classificar, ordenar/seriar e comparar objetos em função de diferentes critérios. CONTEÚDOS DEVEM SER RELACIONADOS E ORGANIZADOS E INSERIDOS NA ROTINA DIÁRIA. A AVALIAÇÃO SERÁ ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO E REGISTRO DE CARÁTER FORMATIVO. (instrumento para a reorganização de objetivos, conteúdos, procedimentos, atividades e como forma de acompanhar e conhecer cada criança e grupo.) ESTRUTURA DO REFERENCIAL CURRICULAR PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL SIMULADO QUESTÃO 1 Segundo o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), Volume 1, o atendimento institucional à criança pequena, no Brasil e no mundo, apresenta, ao longo de sua história, concepções bastante divergentes sobre sua finalidade social. Grande parte dessas instituições nasceram com o objetivo de atender exclusivamente às crianças de baixa renda, e essa concepção educacional era marcada por características assistencialistas. De acordo com o RCNEI, modificar essa concepção de educação infantil assistencialista significa A) apresentar propostas educativas nas quais os profissionais devem atuar como substitutos maternos e usar o espaço de educação infantil para o desenvolvimento de uma pedagogia relacional, baseada exclusivamente no estabelecimento de relações pessoais intensas entre adultos e crianças. B) dar ênfase ao ensino de conceitos, à alfabetização e ao uso de material apostilado ou livros didáticos que devem ser adotados por todas as escolas de educação infantil, visando dar as mesmas oportunidades para as crianças de escolas públicas e privadas. C) atentar para várias questões, que envolve assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante das crianças pequenas. D) sanar as faltas e carências das crianças por meio da boa alimentação e da construção das estruturas cognitivas e da produção dos conhecimentos como meta na educação infantil, contribuindo com o pensamento humano e para a estreita relação com o processo de aprendizagens específicas. E) garantir o direito das crianças brincarem, como forma particular de expressão, pensamento e interação e adotar concepção espontaneísta que extirpe da educação infantil toda ação educativa que esteja relacionada à escolarização precoce. RESPOSTA C A busca da qualidade do atendimento envolve questões amplas ligadas às políticas públicas, às decisões de ordem , à implantação de políticas de recursos humanos, ao estabelecimento de padrões de atendimento que garantam espaço físico adequado, materiais em quantidade e qualidade suficientes e à adoção de propostas educacionais compatíveis com a faixa etária nas diferentes modalidades de atendimento, para as quais este Referencial pretende darsua contribuição. QUESTÃO 2 Segundo o RCNEI - Referencial Curricular para a Educalção Infantil, para que as aprendizagens infantis ocorram com sucesso, é preciso que o professor considere, na organização do trabalho educativo, o(a) A) interação somente com crianças da mesma idade como fator de proteção da convivência entre elas. B) conhecimento prévio que as crianças já possuem sobre o assunto, sem a necessidade de aprofundar. C) individualidade e a diversidade. D) grau de desafio que as atividades apresentam, oferecendo para as crianças o que for mais fácil de compreender. E) inexistência de conflitos para manter um clima favorável entre as crianças. QUESTÃO 3 De acordo com os padrões da Educação Infantil, os professores e os demais profissionais que atuam em instituições Infantis devem valorizar, A) igualmente, atividades de desenho, pintura e demais atividades relacionadas, exclusivamente, às artes plásticas. B) igualmente, atividades de alimentação, leitura de histórias, troca de fraldas, desenho, música, banho, jogos coletivos, brincadeiras, sono, descanso, entre outras tantas propostas realizadas cotidianamente com as crianças. C) apenas, as atividades de cunho pedagógico, ou seja, aquelas desenvolvidas no espaço da sala de aula na denominada “hora da atividade”. D) de modo diferenciado, as atividades de educação e cuidado, atribuindo sempre maior importância às de educação, prioridade primeira das instituições de Educação Infantil. E) prioritariamente, aquelas relacionadas ao cuidado como troca de fraldas, banho, sono, descanso e alimentação. QUESTÃO 4 O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI - (BRASIL, 1998), constitui-se em um conjunto de referências e orientações pedagógicas, que visam a contribuir com a implantação ou a implementação de práticas educativas de qualidade, que possam promover e ampliar as condições necessárias para o exercício da cidadania das crianças brasileiras. Nessa perspectiva, é INCORRETO apontar como princípio do RCNEI: A) O respeito à dignidade e aos direitos das crianças, consideradas nas suas diferenças individuais, sociais, econômicas, culturais, étnicas e religiosas. B) O direito das crianças a brincar, como forma particular de expressão, pensamento, interação e comunicação infantil; C)O acesso das crianças aos bens socioculturais disponíveis, ampliando o desenvolvimento das capacidades relativas à expressão, à comunicação, à interação social, ao pensamento, à ética, à estética. D) A transmissão de conteúdos que possibilitem às crianças a sua adequação aos comportamentos sociais e culturais já estabelecidos. E)O atendimento aos cuidados essenciais, associados à sobrevivência e ao desenvolvimento de sua identidade. QUESTÃO 5 Na perspectiva do Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil – RCNEI – vol. 3 (Brasil, 1998), a alfabetização é um processo A) de desenvolvimento das capacidades relacionadas à percepção, à memorização e a habilidades sensório motoras que permitem a aquisição do código da escrita, que antecede a captação do sentido das mensagens. B) que se inicia na educação infantil por meio de um trabalho com cópias de vogais, de consoantes e de famílias silábicas, objetivando a construção de pré-requisitos necessários à decodificação de mensagens escritas. C) no qual as crianças precisam resolver problemas de natureza lógica até chegarem a compreender de que forma a escrita alfabética em português representa a linguagem e, assim, poderem escrever e ler por si mesmas. D) de memorização de um código fundado na relação entre fonemas e grafemas, promovendo uma associação entre sons e letras que permite aos sujeitos produzir/ interpretar palavras ou frases curtas, em português. E) resultante da maturação biológica de capacidades motoras e intelectuais inatas, ligadas à discriminação de grafemas e de fonemas, permitindo aos sujeitos decodificar e escrever mensagens por meio do alfabeto.
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