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EDUCAÇÃO COMO DIREITO NA PRIMEIRA INFANCIA

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EDUCAÇÃO COMO DIREITO NA PRIMEIRA INFANCIA 
A primeira infância é sempre decisiva na vida de todas as crianças, pois é a fase em que estão desenvolvendo habilidades, conhecimentos e até mesmo sua personalidade. frequentar a creche neste período é importante pois o ambiente e atividades aos quais a criança está exposta interferem diretamente em sua formação. o acesso à educação infantil sempre esteve presente na atuação da fundação abrinq. este ano, o programa creche para todas as crianças completa 10 anos. Durante este período, mais de 50 mil crianças tiveram seu acesso garantido a um ensino de qualidade. Outras iniciativas, como os projetos jeitos de aprender e ciranda do aprender, trabalham a qualificação de educadores em comunidades remotas, além da participação da família no ambiente escolar, promovendo um desenvolvimento seguro e íntegro para as crianças beneficiadas. 
 “na creche, a criança tem o atendimento de profissionais preparados, fazendo ela se desenvolver da maneira que precisa. em um ambiente saudável, a criança desenvolve desde a fala, o engatinhar, até a afetividade, o carinho, junto a outros sentidos intelectuais”, explica a secretária de educação de sorriso (mt), lúcia drechsler. a quantidade de estímulos que a criança que frequenta a creche recebe também é bastante relevante, e pode acontecer por meio da música, do lúdico, de brincadeiras e do convívio com outras crianças. esses estímulos são fundamentais, pois aquilo que a criança vivencia quando pequena é transmitido para a fase adulta em seu processo de aprendizagem, resultando em benefícios para a vida inteira. “são cuidados que parecem tão simples e com pouco significado, mas de grande valia quando se pensa no formar da criança. hoje, muitos pais precisam trabalhar e se deslocar, deixando os filhos com terceiros, nesses casos, a creche seria uma alternativa não só mais segura, como mais completa”, relata lúcia. infelizmente, o acesso à educação infantil hoje no brasil ainda é incompatível com a demanda por vagas. de acordo com dados do ministério da educação (Mec) de 2016, o número de vagas na pré-escola (4 a 5 anos e 11 meses) cobriu 95,3% da demanda. já a demanda por creches (0 a 3 anos) é ainda mais intensa, apenas 32,8% das crianças tem acesso à educação infantil. 
PROPOSTA PEDAGÓGICA E DIVERSIDADES 
 A instituição escolar é um espaço onde as vivências são permeadas pela diversidade seja, imposta ou como resultado das relações sócio-culturais. O educador é o sujeito que interage diretamente neste espaço. Este trabalho objetiva promover uma reflexão da postura deste profissional frente a essa diversidade a partir de algumas considerações que a postura deste profissional exige. 
Enquanto, educadores, somos bombardeados pela diversidade seja cultural, física, econômica ou social. A grande questão é: será que estamos prontos para desempenhar nossa função? Como a nossa formação contempla a diversidade? De que forma, fomos a ela apresentados? Cursos, palestra de conscientização/sensibilização, políticas públicas, decretos, leis, e outros, são instrumentos que estão aí com ideais definidos – a concessão de uma educação diferenciada a quem de direito. Mas, e nós educadores, como é que interagimos com todos estes instrumentos? 
Atualmente os paradigmas e as tendências educacionais têm sido motivos de angústia e confusão para muitos educadores. Talvez uma conseqüência da formação destes profissionais ainda nas séries iniciais, delineada na vivência sócio-cultural cotidiana. Isto é, nós educadores somos vítimas da nossa própria formação escolar. Tivemos como professores pessoas despreparadas para lidar com a diversidade em sala de aula. Consequentemente, exigir agora uma criticidade e um rompimento imediato com relação ao tema aqui tratado, é um tanto quanto difícil. 
Note-se que a expressão utilizada acima foi difícil e, não impossível. Assim é que cabe ao educador a transposição dos obstáculos que se interpõem entre a diversidade e sua ação pedagógica. Talvez, um bom começo seria uma reflexão da ação pedagógica vivida pelo educador enquanto educando. Quem sabe tal reflexão poderia trazer uma diretriz acerca do que seja uma ação pedagógica discriminadora ou igualitária. Desta forma a partir desta reflexão o educador poderia iniciar a construção da sua ação pedagógica, entremeando-a com estudos e vivências do cotidiano. 
A diversidade tem como conceito básico a pluralidade de diferentes fatores que caracterizam a sociedade. Sociedade esta que tem adotado para si conceitos que passam de geração para geração, perpetuando com isso atitudes que refletem diretamente na sua organização social. Isto nos remete à reflexão de que são inúmeros os ambientes onde se percebe a presença marcante da diversidade. Porém, o ambiente no qual nos deteremos é o escolar, por entendermos que nesta instituição há espaço para o desenvolvimento da postura do indivíduo em relação à diversidade. 
Numa visão macro, a escola tem dentro de sua estruturação o modelo organizacional da sociedade. Onde nitidamente, aparecem as relações hierárquicas que se movimentam através das relações de poder. Um exemplo disto é a forma como os agentes educacionais estão ali divididos e subdivididos – gestor, vice-gestor, coordenador/orientador, professores, inspetores, etc. Mas, vamos para uma visão ainda mais específica : a sala de aula. 
A sala de aula é o espaço micro onde as “coisas” acontecem. É ali que se processam a utilização de metodologias, paradigmas e modelos educacionais. É através dela que se mede o grau de sucesso ou de fracasso deste ou daquele modelo/tendência/teoria pedagógica. Enfim, a sala de aula é o espaço onde acontece a ação pedagógica. 
Ressaltamos que todos os agentes educacionais devem ser orientados quanto à questão da diversidade presente na escola. Não podemos conceber um espaço que é caracterizado pela formação do indivíduo, que não procure estabelecer uma reflexão sobre este tema, seja através 
de palestras de sensibilização ou de conscientização, debates, enfim com o objetivo de promover o reconhecimento desta diversidade não como diferença, mas, como complemento do todo. Isto por entendermos que nestes ambientes os alunos aprendem com exemplos tanto dos professores como, dos outros agentes que, indiretamente, estão em contato com os alunos. 
Mas, retornemos ao nosso enfoque que é a sala de aula. Neste espaço a diversidade está presente na cultura, no perfil sócio-econômico, no processo da aprendizagem, na deficiência física dentre outras, de alguma forma atenuando as necessidades específicas de cada aluno. Trabalhar respeitando e considerando esta especificidade de cada aluno, constitui-se a ação pedagógica do educador. E é aqui que se percebe um conflito eminente: Como ensinar toda uma turma sem que haja exclusão? 
As teorias e seus pressupostos, além das leis e decretos, estão aí como uma diretriz que objetiva apenas mostrar caminhos que podem ser trilhados pelo educador quanto à sua ação pedagógica e a postura que este deve adotar. Uma das idéias veiculadas por alguns teóricos quanto à aprendizagem diz respeito à particularidade do aluno, onde: cada um tem seu modo de aprender, seu ritmo, sua potencialidade e sua habilidade. Isto implica numa ação pedagógica que exige do educador uma postura ativa, dinâmica, dialógica, interativa, conexional, que se contraponha a toda e qualquer visão individualizada e/ou hierárquica da construção do conhecimento. 
Uma ação pedagógica pautada na alteridade, seria um dos instrumentos que o educador poderia estar utilizando. Esta postura pautada na alteridade contempla todas as citadas no parágrafo anterior. Entende-se que uma postura ativa e dinâmica conduz o educador a uma prática baseada na sugestão de atividades abertas que oportunize aos alunos dizer o que pensam. Isto resultaria no colhimento do conhecimento prévio do aluno de forma natural e, não induzida, o que não promoveria a tão incômoda situação de constrangimento, comum nas salas de aula. Neste tipo de atividade o diálogo e interação seriam espontâneos,claro, sempre tendo o educador como mediador, afinal, há um objetivo em tal atividade que é a construção do conhecimento do aluno visando sua formação. E finalmente, caberia então ao professor a realização da conexão entre as diferentes idéias ou saberes socializados pelos alunos. 
O exercício da alteridade não é uma tarefa fácil, haja vista, a forma como o sistema capitalista nos induz a viver. Quantos educadores não têm que ter mais de um trabalho, para viver uma situação de conforto – desejo de qualquer ser humano. Até aqui nenhum problema, se não pesasse sobre nossos ombros, a responsabilidade de formar indivíduos. E, isto, quebrando a premissa de que formar trata-se apenas de ensinar o indivíduo a ler, escrever e fazer cálculos. Partindo desta consideração, entendemos que o educador precisa compreender a complexidade da ação pedagógica dentro da sala de aula junto aos seus alunos. É analisar o percurso de cada um deles respeitando limites e, atentando para as especificidades de cada um através da alteridade, da busca pela compreensão do outro. 
A prática da alteridade leva o educador à problemática do que é traçado pelos currículos, bem como da ideologia sobre educação estabelecida na própria instituição na qual trabalha. Porém, há que se refletir que o exercício da alteridade parte do principio da adaptação. É o que Paulo Freire chama de contextualização. A alteridade permite ao professor ingressar no mundo do educando numa proximidade que o possibilite adaptar conteúdos, métodos e tendências aos seus alunos de forma que tudo isto os favoreça na construção do conhecimento e consequentemente, na sua formação. 
Nesta perspectiva, o educador assumiria uma postura desvinculada da prática de ensino tradicional que tanto tem contribuído para a valorização da diversidade numa visão que marginaliza , segrega e exclui. Atualmente, tais práticas desenvolvem-se na adoção do livro didático como único instrumento de orientação dos programas de ensino, na proposta de projetos de trabalhos desvinculados das experiências concretas dos alunos, na organização estanque da rotina da sala de aula nos aspectos da organização das carteiras e das relações de poder baseadas na autoridade não legitimada (autoritarismo), bem como na consideração da prova final como forma de avaliação do rendimento escolar. Nenhum destes aspectos reconhece a diversidade dentro da sala de aula. 
Estas práticas podem até configurar ensino para alguns, mas, há que se perceber que nelas a exclusão manifesta-se amplamente atingindo todos os alunos. O pior de tudo isto é que tais práticas são aceitas livremente pela instituição, pais e alunos, mesmo sem atender suas expectativas pessoais, sem promover desafio, motivação e formação real como a promulgada 
nos PCN’s “crítica e consciente”. O que resulta nos velhos e conhecidos problemas da instituição escolar: a indisciplina, a competitividade, a discriminação, os preconceitos e a categorização dos bons e maus alunos através de critérios infundados e irresponsáveis. 
Uma educação diferenciada rompe com estas práticas. Uma vez que o exercício da alteridade reflete no educador uma postura onde há um compartilhamento com seus alunos do conhecimento construído em uma aula. Há uma percepção de que o falar e o ditar não são mais os recursos que norteiam sua ação pedagógica; o ensino expositivo não cabe mais nas salas de aula e sim, a interação e a participação na construção de idéias, conceitos e valores. Sendo um dos pontos cruciais do ensinar – levar os alunos a reconhecer o outro respeitando limites e validando falas que podem contribuir para a construção do conhecimento, é uma forma de fazêlos perceber a diversidade como algo que acrescenta e, não como algo que não está dentro do que é dito normal. 
Nesta reflexão chegamos a um ponto crucial sobre diversidade que é a percepção, a reflexão e a forma de como podemos atuar tendo em vista os mecanismos sociais que transformam as diferenças em desigualdades chegando ao ponto de apagar a igualdade na diferença. Para que uma ação pedagógica implique em uma educação diferenciada é importante que o educador saiba mais sobre a diversidade. Mergulhe nesta problemática buscando conhecer seu significado e teorias, para que possa assumir uma postura adequada em sala de aula. 
Talvez fosse interessante ao educador compreender a diversidade como um valor, onde estão implicadas e articuladas idéias como: igualdade na diferença, diferença na igualdade e diferença socialmente transformada em desigualdade. A primeira idéia veicula o valor humano que provém de todo e qualquer indivíduo; serve de base para a idéia de direitos humanos. Por exemplo, em casos de deficiência física é garantido o direito de livre escolha e convívio social. 
A segunda idéia diz respeito ao reconhecimento das peculiaridades das pessoas na medida em que impliquem em adaptações para uma vida social efetiva. É a idéia base para o surgimento do conceito da diversidade. A terceira idéia fundamenta a diversidade como valor. Implica no resgate dos direitos humanos e a valorização da diferença como formas de desconstrução da desigualdade. 
É claro, que estes conceitos apenas servem para que o educador possa construir seu conceito de diversidade, visando a adoção de uma postura que resulte numa ação pedagógica dentro de uma educação diferenciada que tenha como premissa a idéia de que todos somos diferentes. Essa diferença implica em fatores amplos que vão desde a cor da pele, situação sócioeconômica, deficiências físicas de quaisquer tipos, naturalização, etc. E tudo isto nos remete à herança cultural. 
Parece-nos importante ressaltar também, a relevância do conhecimento a respeito da herança cultural para que o educador compreenda os reflexos desta no que se refere, à diversidade. Afinal o que caracteriza o indivíduo humano, do ponto de vista histórico e social, é a herança cultural da qual ele se apropria. Onde através desta apropriação são delineados conhecimentos, personalidade, formas de ver, entender e viver o cotidiano, leitura de mundo e de imagens, que influenciam individual e socialmente, respectivamente. Daí entende-se que a ação pedagógica entra em cena para propiciar ao educando o desenvolvimento de uma criticidade acerca do quê e de como esta apropriação deve acontecer. 
Assim, a ação pedagógica propicia ao aluno instrumentos para criar novas objetivações geradas a partir das idéias ou transformações decorrentes da apropriação da herança cultural. Estas objetivações devem corresponder às idéias e desafios do tempo em que a apropriação acontece. E tudo isto se torna possível se o educador refletir sobre sua prática à luz de uma visão crítica e consciente de um valor indubitavelmente grande para o processo de aprendizagem. É preciso ter consciência do que faz, de como faz e do por que faz do contrário continuaremos imersos em práticas educativas vazias e sem significado, que formam indivíduos apenas para o ideal do mercado estabelecido pela classe dominante. 
Esta postura do educador poderá levá-lo à busca da construção de uma ação pedagógica com a finalidade de que seus alunos dominem os conhecimentos acumulados historicamente pela humanidade que se validam na diversidade. Nesta perspectiva estes alunos não decoram datas, eventos e regras comportamentais, mas, deles se utilizam para tornarem-se autônomos através de uma análise reflexiva das orientações ditas verdadeiras. Além disto, também validaria a profissão do educador, atualmente tão desvalorizada, onde qualquer pessoa se acha capacitada para o exercício do magistério. 
É a humanização do trabalho docente onde acontece uma ampliação da autonomia do professor por conta da prática de uma ação pedagógica pautada em argumentos construídos com embasamentos teóricos e conhecimento concreto da sua ação. Dentre os instrumentos utilizados no processo de humanização do trabalho docente está o diálogo que por sua vez possibilita a formação de uma postura ético-política guiada por sentimentos e valores que tendem a compreender outros, no casoo aluno, em meio à diversidade. 
O educador precisa compreender a dimensão do seu trabalho/ação pedagógica dentro da sala de aula. Deve estar atento para a especificidade de cada aluno e, procurar meios de atendê-las através da contextualização da sua ação. Contemplando na diversidade pontes e, não abismos. Aprendendo a educar o olhar para poder ver nas ações do cotidiano, aliadas que podem contribuir no processo do ensino-aprendizagem. 
Desta forma uma educação diferenciada contemplará as especificidades dos alunos, respeitando as singularidades oriundas da diversidade. Nós enquanto educadores, que anseiam por uma educação de valor, transformadora pela formação crítica e consciente, poderemos contribuir de fato e de direito com o objetivo macro que está implícito no vocábulo educação. Educar, não no sentido simplista de desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, mas, na habilidade de conhecer, entender e compreender que a diversidade está aí para somar e completar. Afinal sem a especificidade, sem a diferença a humanidade não teria chegado aonde chegou. Na conquista de espaços onde grupos manifestam opiniões divergentes e promovem movimentos de luta para que direitos que estão descritos no papel venham ser concretizados. 
Desta forma concluímos que a postura do educador tem um valor inestimável para que o indivíduo reconheça possibilidades de crescimento no aspecto cultural, sócio-econômico e social. E isto será evidenciado na sala de aula, um espaço que recebe pessoas oriundas de todos os contextos sociais, com vivèncias diferentes, mas que trazem consigo um perfil diversificado que se for bem mediado poderá refletir positivamente na ação pedagógica do educador. Desde que este esteja disposto a refletir, analisar, praticar a alteridade e adequar sua prática às especificidades do seu alunado. Esta postura poderia dirimir angústias, conflitos e problemas que acontecem desde a fundação da instituição escolar. Isto porque uma educação que considere a diversidade contempla todas as especificidades, tanto aquelas caracterizadas como necessidades especiais como, culturais, econômicas, enfim. A grande questão é: os educadores estão dispostos a lutar para mudar a atual situação através da sua ação pedagógica? 
PROCESSO ENSINO APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL A IMPORTÂNCIA DO PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL A vida de todo e qualquer ser humano precisa passar por determinados caminhos e sensações para se fazer valer de forma completa. Dentre as etapas necessárias, destaca-se o processo de aprendizagem como um dos principais. Ele pode ser notado ainda nos primeiros anos da vida de uma pessoa. Sendo assim, o artigo de hoje mostra qual a importância do processo de aprendizagem na Educação Infantil. 
O que deve ser evidenciado? Importante ressaltar que a ‘consequência’ do processo de aprendizagem é o estabelecimento de habilidades que serão imprescindíveis para as etapas futuras da vida da criança. Ao longo do desenvolvimento do pequeno, nota-se que ele perpassa por diferentes fases, são elas: o estágio sensório-motor, o estágio pré-operatório, o estágio operatório-concreto e o estágio operatório formal. 
Todos eles acompanham uma determinada faixa etária e marca importantes aquisições, tais como a percepção, o aspecto cognitivo, a psicomotricidade, o pensamento lógico, a compreensão com a experiência vivenciada por outra pessoa, entre outros. 
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO INFANTIL O ambiente escolar é essencial para possibilitar essas competências. Por meio de estratégias, o corpo pedagógico estabelece técnicas que visam trabalhar todos os aspectos que são responsáveis por constituir a aprendizagem da criança. 
Desde o maternal, os alunos são estimulados a práticas que valorizam cada ação. Com isso, os pequenos conquistam habilidades que vão, gradativamente, possibilitando os degraus de sua autonomia diante das situações e dos desafios que surgem em suas vidas. 
O PROCESSO DE APRENDIZAGEM E AS HABILIDADES ADQUIRIDAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
– Desenvolvimento afetivo e social Durante a infância começamos a criar nossas maneiras de interagir com as pessoas que fazem parte do nosso contexto. Desde bebês já podemos estabelecer essa habilidade, pelo simples fato de levantarmos nossas mãozinhas para as pessoas ou sorrirmos. 
Quando maior, a criança entende que deve compartilhar objetos (embora sua cognição não esteja tão avançada ainda), ceder lugar para o amiguinho entrar na brincadeira, abraçar os coleguinhas quando chega à escola, etc. 
– Desenvolvimento de aspectos cognitivos As habilidades cognitivas aprendidas na infância são de extrema importância, pois elas possibilitam a condição da criança em lidar com diversas situações. Para esclarecer ainda mais o impacto que essas competências representam, vale trazer alguns exemplos: quando um bebê aprende a explorar o ambiente com o tato ou quando o aluno consegue resolver um problema no qual ele pode utilizar tanto as mãos como os olhos, etc. 
Relembrando que a cognição é o ato que consiste em processar as informações. A função dessa habilidade é o de perceber, integrar, compreender e responder adequadamente a todos os estímulos do ambiente de uma pessoa. Vale ressaltar que isso leva o indivíduo a pensar e a avaliar como e o que fazer para cumprir uma tarefa ou uma atividade social. 
– Desenvolvimento da coordenação motora fina e ampla Durante a educação infantil a criança começa a ter contato com atividades que facilitarão a habilidade da coordenação motora fina. O que é isso? Bom, é o ato de treinar e utilizar os pequenos músculos das mãos e dos dedos, por exemplo. Práticas como escrever, segurar um objeto, abrir e fechar as mãos com precisão e no momento certo são alguns dos resultados obtidos. 
A coordenação motora ampla envolve os músculos maiores, o que também é estimulado em atividades na educação infantil através de tarefas que exijam movimentos maiores: gincanas, aulas de educação física, prática de atividades esportivas, aulas de dança, etc. 
– Desenvolvimento da linguagem Essa fase abrange diferentes etapas da vida da criança, pois desde muito novinha ela começa a balbuciar um som, como se quisesse se comunicar. Ao longo da infância, o pequeno vai adquirindo essa habilidade devido ao convívio com seus familiares e todo o ambiente que o cerca. Contudo, a educação infantil exerce um papel importante na condução da maneira correta do uso da língua, respeitando-se os fonemas, as entonações. É um processo gradual, cheio de erros e acertos, mas essencial na vida de todos nós. 
ROTINA ESCOLAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A rotina é um elemento importante da Educação Infantil, por proporcionar à criança sentimentos de estabilidade e segurança. Também proporciona à criança maior facilidade de organização espaço-temporal, e a liberta do sentimento de estresse que uma rotina desestruturada pode causar. Entretanto, como vimos a rotina não precisa ser rígida, sem espaço para invenção (por parte dos professores e das crianças). Pelo contrário a rotina pode ser rica, alegre e prazerosa, proporcionado espaço para a construção diária do projeto político-pedagógico da instituição de Educação Infantil. 
Hora da Roda Na roda, o professor recebe as crianças, proporcionando sensações como acolhimento, segurança e de pertencer àquele grupo, aos pequenos que vão chegando. Para tal, pode utilizar jogos de mímica, músicas e mesmo brincadeiras tradicionais, como "adoleta" e "corre-cotia",, promovendo um verdadeiro "ritual" de chegada. Após a chegada, o educador deve organizar a roda de conversa, onde as crianças podem trocar ideias e falar sobre suas vivências. 
Aqui cabe ao educador organizar o espaço, para que todos os que desejam possam falar, para que todos estejam sentados de forma que possam ver-se uns aos outros, além de fomentar as conversas, estimulando as crianças a falarem, e promovendo o respeito pela fala de cada um. Através das falas, o professor pode conhecer cada um de seus alunos, e observar quais são os temas e assuntos de interessedestas. Na roda, o educador pode desenvolver atividades que estimulam a construção do conhecimento acerca de diversos códigos e linguagens, como, por exemplo, marcação do dia no calendário, brincadeiras com crachás contendo os nomes das crianças, jogos dos mais diversos tipos (visando apresentá-los às crianças para que, depois, possam brincar sozinhas) e outras. 
Também na roda deverão ser feitas discussões acerca dos projetos que estão sendo trabalhados pela classe, além de se apresentar às crianças as atividades do dia, abrindo, também, um espaço para que elas possam participar do planejamento diário. O tempo de duração da roda deve equilibrar as atividades a serem ali desenvolvidas e a capacidade de concentração/interação das crianças neste tipo de atividade. 
Artes Plásticas O trabalho com artes plásticas na Educação Infantil visa ampliar o repertório de imagens das crianças, estimulando a capacidade destas de realizar a apreciação artística e de leitura dos diversos tipos de artes plásticas (escultura, pintura, instalações). Para tal, o professor pode pesquisar e trazer, para a sala de aula, diversas técnicas e materiais, a fim de que as crianças possam experimentá-las, interagindo com elas a seu modo, e produzindo as suas próprias obras, expressando-se através das artes plásticas. 
Assim, elas aumentarão suas possibilidades de comunicação e compreensão acerca das artes plásticas. Também poderão conhecer obras e histórias de artistas (dos mais diversos estilos, países e momentos históricos), apreciando-as e emitindo suas ideias sobre estas produções, estimulando o senso estético e crítico. Hora da História Podemos dizer que o ato de contar histórias para as crianças está presente em todas as culturas, letradas ou não letradas, desde os primórdios do homem. 
As crianças adoram ouvi-las, e os adultos podem descobrir o enorme prazer de contá-las. Na Educação Infantil, enquanto a criança ainda não é capaz de ler sozinha, o professor pode ler para ela. Quando já é capaz de ler com autonomia, a criança não perde o interesse de ouvir histórias contadas pelo adulto; mas pode descobrir o prazer de contá-las aos colegas. Enfim, a "Hora da História" é um momento valioso para a educação integral (de ouvir, de pensar, de sonhar) e para a alfabetização, mostrando a função social da escrita. 
O professor pode organizar este momento de diversas maneiras: no início ou fim da aula; incrementando com músicas, fantasias, pinturas; organizando uma pequena biblioteca na sala; fazendo empréstimos de livros para que as crianças leiam em casa, enfim, há uma infinidade de possibilidades. 
Hora da Brincadeira Brincar é a linguagem natural da criança, e mais importante delas. Em todas as culturas e momentos históricos as crianças brincam (mesmo contra a vontade dos adultos). Todos os mamíferos, por serem os animais no topo da escala evolutiva, brincam, demonstrando a sua inteligência. Entretanto, há instituições de Educação Infantil onde o brincar é visto como um "mal necessário", oferecido apenas por que as crianças insistem em fazê-lo, ou utilizado como "tapaburaco", para que o professor tenha tempo de descansar ou arrumar a sala de aula. 
Acreditamos que a brincadeira é uma atividade essencial na Educação Infantil, onde a criança pode expressar suas ideias, sentimentos e conflitos, mostrando ao educador e aos seus colegas como é o seu mundo, o seu dia-a-dia. A brincadeira é, para a criança, a mais valiosa oportunidade de aprender a conviver com pessoas muito diferentes entre si; de compartilhar ideias, regras, objetos e brinquedos, superando progressivamente o seu egocentrismo característico; de solucionar os conflitos que surgem, tornando-se autônoma; de experimentar papéis, desenvolvendo as bases da sua personalidade. 
Cabe ao professor fomentar as brincadeiras, que podem ser de diversos tipos. Ele pode fornecer espelhos, pinturas de rosto, fantasias, máscaras e sucatas para os brinquedos de faz-de-conta: casinha, médico, escolinha, polícia-e-ladrão, etc. Pode pesquisar, propor e resgatar jogos de regra e jogos tradicionais: queimada, amarelinha, futebol, pique-pega, etc. Pode confeccionar vários brinquedos tradicionais com as crianças, ensinando a reciclar o que seria lixo, e despertando o prazer de confeccionar o próprio brinquedo: bola de meia, peteca, pião, carrinhos, fantoches, bonecas, etc. 
Pode organizar, na sala de aula, um cantinho dos brinquedos, uma "casinha" além de, é claro, realizar diversas brincadeiras fora da sala de aula. Além disso, as brincadeiras podem despertar projetos: pesquisar brinquedos antigos, fazer uma Olimpíada na escola, ou uma Copa do Mundo, etc. Hora do Lanche/Higiene Devemos lembrar que comer não é apenas uma necessidade do organismo, mas também uma necessidade psicológica e social. 
Na Bíblia, por exemplo, encontramos dezenas de situações em que Jesus compartilhava refeições com seus discípulos, fato que certamente marcou nossa cultura. Em qualquer cultura os adultos (e as crianças) gostam de realizar comemorações e festividades marcadas pela comensalidade (comer junto). Por isso, a hora do lanche na Educação Infantil não deve atender apenas às necessidades nutricionais das crianças, mas também às psicológicas e sociais: de sentir prazer e alegria durante uma refeição; de partilhar e trocar alimentos entre colegas; de aprender a preparar e cuidar do alimento com independência; de adquirir hábitos de higiene que preservam a boa saúde. 
Por isto, a hora do lanche também deve ser planejada pelo professor. A disposição dos móveis deve facilitar as conversas entre as crianças; deve haver lixeiras e material de limpeza por perto para que as crianças possam participar da higiene do local onde será desfrutado o lanche (antes e depois dele ocorrer); deve haver uma cesta onde as crianças possam depositar o lanche que desejam trocar entre si (estimulando a socialização e, ao mesmo tempo, o cuidado com a higiene). Além disso, é importante que o professor demonstre e proporcione às crianças hábitos saudáveis de higiene antes e depois do lanche (lavar as mãos, escovar os dentes, etc.). 
O lanche também pode fazer parte dos projetos desenvolvidos pela turma: pesquisar os alimentos ais saudáveis, plantar uma horta, fazer atividades de culinária, produzir um livro de receitas, fazer compras no mercado para adquirir os ingredientes de uma receita, dentre outras, são atividades às quais o professor pode dar uma organização pedagógica que possibilite às crianças participar ativamente, e elaborar diversos projetos junto com a turma. Atividades Físicas/Parque Fanny Abramovich lembra-nos, com muito humor, o papel usualmente atribuído ao movimento nas nossas escolas: “Não se concebe que o aluno sequer possua um corpo”. Em movimento permanente. Que encontre respostas através de seus deslocamentos. Um corpo que é fonte e ponte de aprendizagens, de reconhecimentos, de constatações, de saber, de prazer. Basicamente, possui cabeça (para entender o que é dito) e mão (para anotar o que é dito). 
Portanto, pode e deve ficar sentado o tempo todo da aula. Breves estiramentos, andadelas rápidas, podem ser efetuados nos intervalos. No mais, os braços são úteis para segurar livros/cadernos/papéis e pés e pernas se satisfazem ao ser selecionados para levantar/perfilar/sair. “E basta.” (ABRAMOVICH, 1998, p. 53) 
Na Educação Infantil, o principal objetivo do trabalho com o movimento e expressão corporal é proporcionar à criança o conhecimento do próprio corpo, experimentando as possibilidades que ele oferece (força, flexibilidade, equilíbrio, entre outras). Isto proporcionará a ela integrá-lo e aceitá-lo, construindo uma autoimagem positiva e confiante. Para isso o professor deve proporcionar atividades, fora e dentro da sala de aula, onde a criança possa se movimentar. 
Alongamentos, ioga, circuitos, brincadeiras livres, jogos de regras, tomar banho de mangueira, subir em árvores... São diversas as possibilidades. O professor deve organizá-las e planejá-las, mas sempre com um espaço para a invençãoe colaboração da criança. O momento do parque também assume uma conotação diferente. Não é apenas um intervalo para descanso das crianças e dos professores. 
É mais um momento de desafio, afinal, há aparelhos, árvores, areia, baldinhos e pás, pneus, cordas, bolas, bambolês e tantas brincadeiras que esses materiais oferecem. O professor deve estar próximo, auxiliando e estimulando a criança a desenvolver a sua motricidade e socialização, ajudando, também, a resolver os conflitos que surgem nas brincadeiras quando, porventura, as crianças não forem capazes de solucioná-los sozinhas. 
Atividades Extraclasse (Interação com a comunidade) A sala de aula e o espaço físico da escola não são os únicos espaços pedagógicos possíveis na Educação Infantil. Em princípio, qualquer espaço pode tornar-se pedagógico, dependendo do uso que fazemos dele. Praças, parques, museus, exposições, feiras, cinemas, teatros, supermercados, exposições, galerias, zoológicos, jardins botânicos, reservas ecológicas, ateliês, fábricas e tantos outros. 
O professor deve estar atento à vida da comunidade e da cidade onde atua, buscando oportunidades interessantes, que se relacionem aos projetos desenvolvidos na classe, ou que possam ser o início de novos projetos. Isto certamente enriquecerá e ampliará o projeto políticopedagógico da instituição, que não precisa ser confinando à área da escola. Pode haver até mesmo intercâmbios com outras instituições educacionais. 
CURRICULO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Quando se refere a palavra currículo o que vem em mente é um conceito variado e diversos que leva a questionar a questão da seleção do currículo escolar a ser seguido na educação infantil. Considerando o currículo como um programa de conteúdos de disciplinas a serem seguidos , podemos encontrar um amplo campo de interpretação. É nítido que os responsáveis diretos em relação a aplicação dos currículos na sala de aula, são dos professores. Ressalta-se que no ambiente escolar apesar de existirem pessoas que exercem diferentes cargos, somente quem tem a vivência em sala de aula que é capaz de analisar, argumentar a aplicar de forma coerente as reais necessidades de um currículo. O exercício de planejar, é considerado como um processo complexo que abrange diversos aspectos que vem desde o sistema social até o aluno. Na realidade, o objetivo de um currículo bem planejado é no sentido de que decida a melhor oferta cultural que o sistema educacional possa apresentar aos alunos priorizando as necessidades existentes. Alguns países como a Espanha, adotaram uma proposta curricular mista, no qual foi estabelecido um currículo obrigatório, mas maleável no que se refere a diferentes contextos e situações. O ideal é que as experiências vividas na sala de aula, contribuam para a geração de um processo permanente de revisão das programações dos ciclos da Educação Infantil e do projeto curricular. Mediante a apresentação deste projeto curricular voltado para a Educação Infantil seria elaborado propostas pelos professores que neste caso se tornam responsáveis pelas programações curriculares. Recomenda-se que esta programação curricular apresente os seguintes requisitos: Previsão; Operacionalidade; Flexibilidade; Objetividade e finalizando, Realismo. 
AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A criança é um ser social e tem capacidades afetiva, emocional e cognitiva. É na escola, durante a fase da educação infantil, que ela aprende algumas de suas primeiras responsabilidades: os deveres, a socialização e as avaliações. Nesse contexto, entra em cena o processo de avaliação na educação infantil. 
Isso porque essa etapa ajuda na formação do pequeno cidadão. Por isso, a avaliação nessa fase deve considerar seu desenvolvimento de forma apropriada. Não basta considerar apenas o desempenho escolar da criança. Outros aspectos devem ser observados para que a avaliação seja o mais completa possível. 
Isso porque o processo de ensino-aprendizagem ocorre de forma gradual, contínua, cumulativa e integrativa. Nesse sentido, envolve ações, sentimentos, erros, acertos e novas descobertas. A avaliação, então, serve como auxiliar nesse processo, pois ajuda a criança a acompanhar suas conquistas, dificuldades e possibilidades. 
A Lei de Diretrizes e Bases (LDB) da Educação, na seção II, artigo 31, item 1, determina que a avaliação deve ocorrer “mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino Fundamental”. 
EIXOS DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 
Movimento 
O movimento é uma importante dimensão do desenvolvimento e da cultura humana. As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo e se apropriando cada vez mais das possibilidades de interação com o mundo. Engatinham, caminham, manuseiam objetos, correm, saltam, brincam sozinhas ou em grupo, com objetos ou brinquedos, experimentando sempre novas maneiras de utilizar seu corpo e seu movimento. [...] O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço: constitui-se em uma linguagem que permite às crianças agirem sobre o meio físico e atuarem sobre o ambiente humano, mobilizando as pessoas por meio de seu teor expressivo. [...] O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças, abrangendo uma reflexão acerca das posturas corporais implicadas nas atividades cotidianas, bem como atividades voltadas para a ampliação da cultura corporal de cada criança. Música A música é a linguagem que se traduz em formas sonoras capazes de expressar e comunicar sensações, sentimentos e pensamentos, por meio da organização e relacionamento expressivo entre o som e o silêncio. A música está presente em todas as culturas, nas mais diversas situações: festas e comemorações, rituais religiosos, manifestações cívicas, políticas etc. [...] A integração entre os aspectos sensíveis, afetivos, estéticos e cognitivos, assim como a promoção de interação e comunicação social, conferem caráter significativo à linguagem musical. Artes Visuais As Artes Visuais expressam, comunicam e atribuem sentido a sensações, sentimentos, pensamentos e realidade por meio da organização de linhas, formas, pontos, tanto bidimensional como tridimensional, além de volume, espaço, cor e luz na pintura, no desenho, na escultura, na gravura, na arquitetura, nos brinquedos, bordados, entalhes etc.[...] Tal como a música, as Artes Visuais são linguagens e, portanto, uma das formas importantes de expressão e comunicação humanas, o que, por si só, justifica sua presença no contexto da educação, de um modo geral, e na educação infantil, particularmente. Linguagem Oral e Escrita A aprendizagem da linguagem oral e escrita é um dos elementos importantes para as crianças ampliarem suas possibilidades de inserção e de participação nas diversas práticas sociais. 
O trabalho com a linguagem se constitui um dos eixos básicos na Educação Infantil, dada sua importância para a formação do sujeito, para a interação com as outras pessoas, na orientação das ações das crianças, na construção de muitos conhecimentos e no desenvolvimento do pensamento. Aprender uma língua não é somente aprender as palavras, mas também os seus significados culturais, e, com eles, os modos pelos quais as pessoas do seu meio sociocultural entendem, interpretam e representam a realidade. A educação infantil, ao promover experiências significativas de aprendizagem da língua, por meio de um trabalho com a linguagem oral e escrita, se constitui em um dos espaços de ampliação das capacidades de comunicação e expressão e de acesso ao mundo letrado pelas crianças. Essa ampliação está relacionada ao desenvolvimento gradativo das capacidades associadas às quatro competências linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. Natureza e Sociedade O mundo onde as crianças vivem se constitui em um conjunto de fenômenos naturais e sociais indissociáveisdiante do qual elas se mostram curiosas e investigativas. Desde muito pequenas, pela interação com o meio natural e social no qual vivem, as crianças aprendem sobre o mundo, fazendo perguntas e procurando respostas às suas indagações e questões. Como integrantes de grupos socioculturais singulares, vivenciam experiências e interagem num contexto de conceitos, valores, ideias, objetos e representações sobre os mais diversos temas a que têm acesso na vida cotidiana, construindo um conjunto de conhecimentos sobre o mundo que as cerca. [...] O eixo de trabalho denominado Natureza e Sociedade reúne temas pertinentes ao mundo social e natural. A intenção é que o trabalho ocorra de forma integrada, ao mesmo tempo em que são respeitadas as especificidades das fontes, abordagens e enfoques advindos dos diferentes campos das Ciências Humanas e Naturais. Matemática As crianças, desde o nascimento, estão imersas em um universo do qual os conhecimentos matemáticos são parte integrante. As crianças participam de uma série de situações envolvendo números, relações entre quantidades, noções sobre espaço. Utilizando recursos próprios e pouco convencionais, elas recorrem a contagem e operações para resolver problemas cotidianos, como conferir figurinhas, marcar e controlar os pontos de um jogo, repartir as balas entre os amigos, mostrar com os dedos a idade, manipular o dinheiro e operar com ele etc. Também observam e atuam no espaço ao seu redor e, aos poucos, vão organizando seus deslocamentos, descobrindo caminhos, estabelecendo sistemas de referência, identificando posições e comparando distâncias. Essa vivência inicial favorece a elaboração de conhecimentos matemáticos. Fazer matemática é expor ideias próprias, escutar as dos outros, formular e comunicar procedimentos de resolução de problemas, confrontar, argumentar e procurar validar seu ponto de vista, antecipar resultados de experiências não realizadas, aceitar erros, buscar dados que faltam para resolver problemas, entre outras coisas. Dessa forma, as crianças poderão tomar decisões, agindo como produtoras de conhecimento e não apenas executoras de instruções. Portanto, o trabalho com a Matemática pode contribuir para a formação de cidadãos autônomos, capazes de pensar por conta própria, sabendo resolver problemas. [...] O trabalho com noções matemáticas na educação infantil atende, por um lado, às necessidades das próprias crianças de construírem conhecimentos que incidam nos mais variados domínios do pensamento; por outro, corresponde a uma necessidade social de instrumentalizá-las melhor para viver, participar e compreender um mundo que exige diferentes conhecimentos e habilidades. CUIDAR E EDUCAR Quando se propõe a trabalhar com crianças bem pequenas, deve-se ter como princípio, conhecer seus interesses e necessidades. Isso significa saber verdadeiramente quem são saber um pouco da história de cada uma, conhecer a família, as características de sua faixa etária e a fase de desenvolvimento em que se encontra, além de considerar o tempo que permanecem na escola. Só assim pode-se compreender quais são as reais possibilidades dessas crianças, lembrando que, para elas, a fase inicial é a porta de entrada para uma vida social mais ampla, longe do ambiente familiar. Cuidar e educar é impregnar a ação pedagógica de consciência, estabelecendo uma visão integrada do desenvolvimento da criança com base em concepções que respeitem a diversidade, o momento e a realidade, peculiares à infância. Desta forma, o educador deve estar em permanente estado de observação e vigilância para que não transforme as ações em rotinas mecanizadas, guiadas por regras. Consciência é a ferramenta de sua prática, que embasa teoricamente, inova tanto a ação quanto à própria teoria. Cuidar e educar implica reconhecer que o desenvolvimento, a construção dos saberes, a constituição do ser não ocorre em momentos e de maneira compartimentada. A criança é um ser completo, tendo sua interação social e construção como ser humano permanentemente estabelecido em tempo integral. Cuidar e educar significa compreender que o espaço/tempo em que a criança vive exige seu esforço particular e a mediação dos adultos como forma de proporcionar ambientes que estimulem a curiosidade com consciência e responsabilidade. Portanto, neste trabalho faz-se uma reflexão baseada na observação sobre o que consiste o cuidar e o educar, bem como, discute-se as bases do significado de cuidar e educar, ressaltando seu caráter de unicidade, ao invés de dupla tarefa. Assim sendo, constatamos durante nossa observação, no Centro de Educação Infantil Nona Virgínia, que há um espaço físico adequado, o qual oferece um pátio externo ensolarado onde as crianças brincam livremente e também participam de jogos dirigidos e outras atividades. Oferece boa ventilação, iluminação, organização espacial, decoração, as quais influem de forma acentuada para obter um bom desempenho com o grupo. O mobiliário usado contempla não só a qualidade de rigidez, segurança e estabilidade, mas também proporciona o conforto necessário às crianças. Apenas um fator negativo foi constatado na sala observada, esta conta com 24 crianças de 03 a 18 meses, para 2 atendentes e 1 estagiaria, num período de 6 horas consecutivas, fechando a carga horária em 12 horas diárias, seguindo o mesmo procedimento anterior o segundo turno. O excesso de crianças dificulta que os objetivos das atividades sejam alcançados em sua plenitude. Com isso não é possível manter uma atenção especial e individual, de carinho e estimulação permanente que cada uma deveria receber. De contrapartida, a qualificação dos profissionais tem influenciado para a atual situação da instituição observada, pois a maioria de seus profissionais está com uma formação na área de pedagogia participando de programas de formação continuada. Nesta instituição em especial a sala do berçário, onde centramos nossa reflexão e observação, as educadoras trabalham enfocando a concepção histórico-cultural com caráter educativo-pedagógico, estas procura fazer o seu trabalho pedagógico da melhor forma possível, estimulando as crianças, direcionando as brincadeiras, onde cada uma é planejada, conduzida e monitorada. Nesse caso, a ação do educador é fundamental. Ele estrutura o campo das brincadeiras, por meio da seleção da oferta de objetos, fantasias, brinquedos, dos arranjos dos espaços e do tempo para brincar, dormir e alimentar-se, a fim de que as crianças alcancem objetivos de aprendizagens predeterminados sem limitar sua espontaneidade e imaginação. Mas nem sempre as instituições de educação infantil foram assim, durante muito tempo, estas, incluindo as brasileiras, organizavam seu espaço e sua rotina diária em função de idéias de assistência, de custódia e de higiene da criança. Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão além dos aspectos legais. Envolve, principalmente, assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais, as responsabilidades da sociedade e o papel do Estado diante de crianças pequenas. Além disso, não podemos deixar de falar da ação conjunta dos educadores e demais membros da equipe da instituição (cozinheira, faxineira e coordenadora), pois é essencial para garantir que o cuidar e o educar aconteçam de forma integrada. Essa atitude é contemplada desde o planejamento educacional até a realização das atividades em si, portanto a partir do momento em que se esta trocando ou alimentando uma criança, ao mesmo tempo se está educando/estimulando a mesma. Na educação infantil o “cuidar” é parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos, habilidades e instrumentos que exploram a dimensão pedagógica. Cuidar de uma criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de conhecimento e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. O cuidado precisa considerar, principalmente, as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e respeitadas,podem dar pistas importantes sobre a qualidade do que estão recebendo. Os procedimentos de cuidado também precisam seguir os princípios de promoção da saúde. Para se atingir os objetivos dos cuidados com a preservação da vida e com o desenvolvimento das capacidades humanas, é necessário que as atitudes e procedimentos estejam baseadas em conhecimentos específicos sobre desenvolvimento biológico, emocional, e intelectual das crianças, levando em conta diferentes realidades sócio-culturais (BRASIL, 1998, p. 25). Nesta instituição observada, em especial, na sala do berçário, as ações relativas ao cuidar, por sua vez, são apresentadas de forma a ressaltar o desenvolvimento integral da criança, envolvendo aspectos afetivos, relacionais, biológicos, alimentares e referente à saúde. O contexto sócio-cultural aparece como determinante nas construções humanas e nas necessidades básicas de sobrevivência, diferentes em cada cultura, com isso, fica claro, no papel designado ao cuidar, a necessidade de envolvimento e comprometimento do professor com a criança em todos os seus aspectos, e a compreensão sobre o que ela sente e pensa o que traz consigo a sua história e seus desejos. É de suma importância que as instituições de educação infantil incorporem de maneira integrada as funções de cuidar e educar, não mais diferenciando, nem hierarquizando os profissionais e instituições que atuam com crianças pequenas ou àqueles que trabalham com as de mais idade. A educação infantil, na instituição observada, esta associada a padrões de qualidade. Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais e, mais concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados às mais diversas linguagens e ao contato com os mais variados conhecimentos para a construção da autonomia. A instituição de educação infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a freqüentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. Cumpre um papel socializador, propiciando o desenvolvimento da identidade das crianças, por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação (BRASIL, 1998, p. 23). Pode-se oferecer às crianças, condições para as aprendizagens que ocorrem nas brincadeiras e àquelas advindas de situações pedagógicas intencionais ou aprendizagens orientadas pelos adultos. Contudo, é importante ressaltar que essas aprendizagens, de natureza diversa, ocorrem de maneira integrada no processo de desenvolvimento infantil. Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, de respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Nesse processo, a educação infantil poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. Sendo assim, o processo educativo é realizado de várias formas: na família, na rua, nos grupos sociais e, também, na instituição. Educar, nessa primeira etapa da vida, não pode ser confundido com cuidar, ainda que crianças (especialmente as de zero a 18meses) necessitem de cuidados elementares para garantia da própria sobrevivência. O que deve permear a discussão não são os cuidados que as crianças devem receber, mas o modo como elas devem recebê-los, já que se alimentar, assear-se, brincar, dormir, interagir são direitos inalienáveis à infância. Para educar, faz-se necessário que o educador crie situações significativas de aprendizagem, se quiser alcançar o desenvolvimento de habilidades cognitivas, psicomotoras e socioafetivas, mas e, sobretudo, fundamental que a formação da criança seja vista como um ato inacabado, sempre sujeito a novas inserções, a novos recuos, a novas tentativas. Torna-se necessária uma parceria de todos para o bem-estar do educando. Cuidar e educar envolve estudo, dedicação, cooperação, cumplicidade e, principalmente, amor de todos os responsáveis pelo processo, que se mostra dinâmico e em constante evolução. Para que os projetos educativos das instituições possam, de fato, representar esse diálogo e debate constante, é preciso ter educadores que estejam comprometidos com a prática educacional, capazes de responder às demandas familiares e das crianças, assim como às questões específicas relativas aos cuidados e aprendizagens infantis. A formação do educador infantil deve estar baseada na concepção de educação infantil. Deve buscar a superação da dicotomia educação/assistência, levando em conta o duplo objetivo da educação infantil de cuidar e educar. O educador precisa perceber que, desde bem pequenas, as crianças apresentam atitudes de interesse em descobrir o mundo que as cerca, elas são curiosas e querem respostas a seus porquês, o trabalho do educador é estimular e orientar as experiências por elas vividas e trazidas de casa, para que, no seu dia-adia, elas possam construir seu próprio conhecimento. O agir pedagógico deve atender às reais necessidades das crianças, deve ser criativo, flexível, atendendo à individualidade e ao coletivo. Será o eixo organizador da aquisição e da construção do conhecimento, a fim de que a criança passe de um patamar a outro na construção de sua aprendizagem. Pensar sobre isto implica reinventar o espaço de salas para que neles se dêem as interações do sujeito com o mundo físico e social, oportunizando-lhe vivências e situações de troca de ponto de vista, tomadas de decisões, sendo promovido, assim, sua autonomia e cooperação, tão importantes para a formação de um novo cidadão. Portanto, podemos concluir dizendo que as instituições infantis são um dos contextos de desenvolvimento da criança. Além de prestar cuidados físicos, ela cria condições para o seu desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional. O importante é que a instituição seja pensada não como instituição substituta da família, mas como ambiente de socialização diferente do familiar. Nela se dá o cuidado e a educação de crianças, que aí vivem, convivem, exploram, conhecem, construindo uma visão de mundo e de si mesmas, constituindo se como sujeito. A todo instante em que se relaciona com outras pessoas, se é educador e educando, pois se ensina e aprende-se trocando experiências e pratica-se o cuidar e o educar nas mais diversas atividades rotineiras. As crianças pequenas ainda estão desvendando o mundo, tudo é novo, deve ser trabalhado e aprendido, não são independentes e autônomas para os próprios cuidados pessoais, precisam ser ajudadas e orientadas a construir hábitos e atitudes corretas, estimuladas na fala e aprimoradas em seu vocabulário. A vida na instituição infantil deve funcionar com base na tríade pais-educadores crianças. O bom relacionamento entre esses três personagens é fundamental durante o processo de inserção da criança na vida escolar, além de representar a ação conjunta rumo à consolidação de uma pedagogia voltada para a infância. Separar o que é dever dos pais e o que é dever do educador pode significar a perda de certos momentos de formação e aperfeiçoamento do indivíduo que, em alguns casos, poderão jamais ser vivenciados novamente e acarretar danos em sua vida para sempre. Finalmente o educador não pode trabalhar somente com o intelectual da criança, não são máquinas sem sentimentos. Em todo momento deve sentir e proporcionar às crianças momentos que lhes façam crescer, refletir e tomar decisões direcionadas ao aprendizado com coerência e justiça, o que não é tarefa fácil.
 COMPONENTES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO INFANTIL 
A partir do ano letivo de 2019, algumas mudanças propostas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) devem começara aparecer nas escolas de todo o país. Tanto a BNCC na Educação Infantil quanto no Ensino Fundamental trazem diretrizes que devem se implementadas até 2020. Já vimos em que a Base não é um currículo, mas sim um documento que define o conjunto de aprendizagens fundamentais, as quais os alunos da Educação Básica devem desenvolver. 
Nesse sentido, a Educação Infantil se configura como a primeira etapa da Educação Básica, ou seja, é nela que o processo educacional tem início. Segundo a BNCC: A entrada na creche ou na pré-escola significa, na maioria das vezes, a primeira separação das crianças dos seus vínculos afetivos familiares para se incorporarem a uma situação de socialização estruturada. (BNCC) Dessa forma, é fundamental compreender como se a dá Base nesse segmento e quais são as aprendizagens que a criança deve desenvolver. E aí, você já sabe quais são as principais diretrizes da BNCC na Educação Infantil? O que muda com a Base e o que permanece? Continue lendo esse post que vamos te explicar! 
O que já era realidade antes da BNCC na Educação Infantil? 
Antes de pontuarmos os novos focos da BNCC na Educação Infantil, vamos discutir o que já havia antes da homologação do documento. Vamos lá? 
• A BNCC não invalida os documentos e leis que já estão postos; portanto, as diretrizes educacionais anteriores a Base continuam valendo. Assim, a BNCC propõe um conjunto de orientações às equipes pedagógicas para a elaboração dos currículos. 
• Os eixos de estruturais da Educação Infantil continuam os mesmos, conforme propõe as Diretrizes Curriculares Nacionais, de 2009, e os documentos relativos ao segmento. 
Portanto, interagir e brincar continua sendo o foco do trabalho com esses alunos. Além desses dois pontos, é importante ressaltar que a BNCC da Educação Básica integra não só o segmento da Educação Infantil, mas também o Ensino Fundamental e o Ensino Médio (homologada pelo ministro da Educação). Dessa forma, as Competências Gerais da BNCC não mudam, elas são as mesmas para todos os segmentos. 
Agora que você já viu o que já era realidade antes da BNCC na Educação Infantil, vamos ver quais são os novos focos que ela propõe? Continue lendo esse post e confira! 
Qual o novo foco com a BNCC na Educação Infantil? 
No próximo ano, a BNCC trará a orientação de trabalhar com foco nos eixos estruturais, direitos de aprendizagem da criança e campos de experiência. Eles já existiam, mas com a Base ganham um enfoque maior na prática pedagógica e na rotina escolar. 
Os eixos estruturais, interagir e brincar, são importantes para que a criança consolide sua aprendizagem. É a partir da brincadeira e da interação que ela desenvolve, nesta etapa, as estruturas, habilidades e competências que serão importantes ao longo de toda a vida. 
A seguir, vamos explicar os novos focos da BNCC na Educação Infantil: os direitos de aprendizagem e os campos de experiências, além da divisão da faixa etária e a nomenclatura usada para as etapas deste segmento. Vamos lá? 
DIREITOS DE APRENDIZAGEM 
A BNCC na Educação Infantil estabelece seis direitos de aprendizagem: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. São eles que asseguram as condições para que as crianças “aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural” (BNCC). 
Confira abaixo como esses direitos de aprendizagem aparecem no documento da BNCC na Educação Infantil e a proposta de cada um deles: 
Conviver Brincar Participar Explorar Expressar Conhecer-se 
Se percebermos, todos estes direitos são verbos de ação. E o que isso pressupõe no contexto da Educação Infantil? É a partir destas ações, utilizando os campos de experiência (que vamos abordar no próximo tópico), que as crianças consolidam todos os seus direitos de aprendizagem. 
CAMPOS DE EXPERIÊNCIA 
Como vimos anteriormente nesse post, as interações e as brincadeiras fazem parte dos eixos estruturais da Educação Infantil e são eles que asseguram às crianças os direitos de aprendizagem. Levando isso em consideração, a BNCC na Educação Infantil é estruturada em cinco campos de experiência. 
De acordo com a Base: Os campos de experiências constituem um arranjo curricular que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural. A definição e a denominação dos campos de experiências também se baseiam no que dispõem as DCNEI em relação aos saberes e conhecimentos fundamentais a ser propiciados às crianças e associados às suas experiências. (BNCC) 
Assim, ao considerar esses saberes e conhecimentos, a BNCC estrutura os campos de experiência da seguinte forma: 
O eu, o outro e o nós 
Corpo, gestos e movimentos 
Traços, sons, cores e formas 
Escuta, fala, pensamento e imaginação 
Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações 
Divisão da faixa etária e nomenclatura . Com a BNCC da Educação Básica, a divisão da faixa etária e a nomenclatura usada para os segmentos da Educação Infantil foram alterados, levando em consideração as especificidades necessárias a cada um dos grupos etários que constituem os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento desta etapa. Assim, a divisão etária é estruturada de acordo com a imagem abaixo: Como afirma a própria BNCC, é importante não considerar esses grupos etários de forma rígida, visto que há diferenças no ritmo de aprendizagem e no desenvolvimento das crianças que devem ser levados em conta. 
Conclusão 
Nesse post, você viu quais são os novos focos da BNCC na Educação Infantil a partir dos conceitos de direitos de aprendizagem e campos de experiências, os quais estão ligados com o eixos estruturais desse segmento – interagir e brincar. 
Nas outras etapas da educação básica, como o Ensino Fundamental, as orientações propostas pela BNCC também começam a valer a partir de 2019. Aqui, é fundamental entender que a organização da base é diferente em cada segmento. 
Enquanto na Educação Infantil a BNCC apresenta os direitos de aprendizagem, campos de experiência e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, no Ensino Fundamental a estrutura se dá pelas áreas do conhecimento, objetivos específicos de cada componente curricular e as habilidades que o aluno deve desenvolver ao longo desta etapa. 
Outro ponto importante para ficar atento é a transição entre a Educação Infantil e o Ensino Fundamental, pois, como aponta a BNCC, é preciso que haja uma continuidade em seu percurso educativo e “equilíbrio entre as mudanças introduzidas, garantindo integração e continuidade dos processos de aprendizagens das crianças, respeitando suas singularidades e as diferentes relações que elas estabelecem com os conhecimentos, assim como a natureza das mediações de cada etapa.” 
BRINCAR O MOVIMENTO E O CONHECIMENTO O DE SI E DO OUTRO 
Ao iniciar sua trajetória de vida, as crianças têm direito a saúde, amor, aceitação e segurança, que constituem um forte alicerce para suportar as fases posteriores de desenvolvimento. 
Assim sendo, surge uma nova concepção de creche-ambiente de educação e cuidados — que sinaliza para a fundamental importância de que a este espaço, anteriormente direcionado somente aos cuidados para com a criança, atribua-se um papel educativo complementar junto às famílias. As famílias, as instituições e a sociedade como um todo são responsáveis pela infância e realizam ações que se complementam. Em momento algum uma substituirá a outra, pois são de grande importância para a Educação Infantil. O Currículo da Educação Infantil — 0 a 5 anos — é centrado nos eixos Formação Pessoal e Social e Conhecimento do Mundo e deverá contribuir para prática e vivência pedagógicas plenas de êxito e alegria, culminando com aprendizagem satisfatória e significativa das crianças. 
1. CURRICULO DA EDUCAÇÃO 
INFANTIL As instituições de educação infantil nasceram na França, noséculo XVIIII, em resposta à situação de pobreza, abandono e maus tratos de crianças pequenas, cujos pais trabalham em fábricas, fundição e minas criadas pela Revolução Industrial. Todavia os objetivos e formas de tratar as crianças dos extratos sociais mais pobres da sociedade não eram consensuais. Setores da elite defendiam a idéia do que não seria bom para a sociedade como um todo que se educassem as crianças pobres; era proposta a educação da ocupação e da piedade (OLIVEIRA, 1995). Durante muito tempo, as instituições infantis, incluindo as brasileiras organizavam seu espaço e sua rotina diária em função de idéias de assistência, de custódia e de higiene da criança. A década de 1980 passou por um momento de ampliação do debate a respeito das funções das instituições infantis para a sociedade moderna, que teve início com os movimentos populares dos anos de 1970 (WAJSKOP, 1995). A partir desse período, as instituições passaram a ser passadas e reivindicadas como lugar de educação e cuidados coletivos das crianças de zero a seis anos de idade. A abertura política permitia o reconhecimento social desses direitos manifestados pelos movimentos populares e por grupos organizados da sociedade civil. A Constituição de 1988 (art.208, e inciso IV), pela primeira vez na história do Brasil, definiu como direito das crianças de zero a seis anos de idade é dever do Estado o atendimento à infância. Muitos fatos ocorreram de forma a influenciar estas mudanças: o desenvolvimento urbano, as reivindicações populares, o trabalho da mulher, a transformação das funções familiares, as idéias de infância e as condições socioculturais para o desenvolvimento das crianças. 
Ao constituir-se em um equipamento só para pobres, principalmente no caso das instituições de educação infantil, financiadas ou mantidas pelo poder público, significou, em muitas situações, atuar de forma compensatória para sanar as supostas faltas e carências das crianças e de seus familiares. A tônica do trabalho institucional foi pautada por uma visão que estigmatizava a população de baixa renda. A concepção educacional era marcada por características assistencialista, sem considerar as questões de cidadania ligadas aos ideais de liberdade e igualdade. Modificar essa concepção de educação assistencialista significa atentar para várias questões que vão além dos aspectos legais. Envolve principalmente, assumir as especificidades da educação infantil e rever concepções sobre a infância, as relações entre classes sociais, à responsabilidade da sociedade e o papel do Estado em relação às crianças pequenas. Embora haja um consenso sobre a necessidade de que a educação, para as crianças pequenas deva promover a integração entre os aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais da criança, considerando que esta é um ser completo e indivisível, as divergências e estão exatamente no que se entende sobre o que seja trabalhar com cada um desses aspectos. Polêmicas sobre cuidar e educar, sobre o papel do afeto na relação pedagógica e sobre educar para o desenvolvimento ou para o conhecimento tem-se constituído no pano de fundo sobre o qual se constroem as propostas em educação infantil.
 2. FUNDAMENTAÇÃO LEGAL
2.1 Considerações. Na Constituição do Brasil Seção I – da Educação em seu artigo (205) destaca que: A educação direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Já na LDB – Diretrizes e Bases da Educação Nacional – lei 9394/96 em seu art. 29 regulamenta a Educação Infantil, definindo-a como a primeira etapa da educação básica. Tendo por finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 6 anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. 
A lei também estabelece que a Educação Infantil será oferecida em creches, para crianças de até 3 anos, e em pré-escolas, para crianças de 4 a 6 anos. Segundo o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica – FUNDEB ( hoje FUNDEF) em seu Art. 60 determina que: agora é definitivo, todas as crianças a partir dos seis anos de idade devem estar matriculadas no ensino fundamental. Portanto a Educação Infantil atenderá crianças de 0 a 5 anos e 9 meses. A implantação de uma verdadeira Educação Infantil precisará contar com a colaboração do sistema de saúde e dos órgãos de assistência social. A responsabilidade deste nível inicial de educação pertence aos municípios, mas as empresas são chamadas a dividir este encargo, pela obrigação de garantir assistência gratuita para os filhos e dependentes de seus empregados em creches e pré-escolas, além da prevista com o recolhimento do salário educação. 2.2 Diretrizes Educar e cuidar de crianças de 0 a 5 anos supões definir previamente para que isto será feito e como se desenvolverão as práticas pedagógicas, visando a inclusão das crianças e de suas famílias em uma vida de cidadania plena. As instituições de Educação Infantil são equipamentos educacionais e não apenas de assistência, nesse sentido, uma das características da nova concepção de Educação Infantil, reside na integração das funções de cuidar e educar. As instituições infantis além de prestar cuidados físicos, criam condições para o seu desenvolvimento cognitivo, simbólico, social e emocional. Nela se dão o cuidado e a educação de crianças que aí vivem, convivem, exploram, conhecem, construindo uma visão de mundo e de si mesmas, constituindo-se como sujeitos. 
Para as crianças pequenas tudo é novo, devendo ser trabalhado e aprendido. Não são independentes e autônomas para os próprios cuidados pessoais, precisando ser ajudadas e orientadas a construir hábitos e atitudes corretas, bem como estimuladas na fala e no aprimoramento de seu vocabulário. O bom relacionamento entre pais, educadores e crianças, é fundamental durante o processo de inserção da criança na vida escolar, além de representar a ação conjunta rumo à consolidação de uma pedagogia voltada pra a infância. A instituição de Educação Infantil deverá proporcionar às crianças momentos que a façam crescer, refletir e tomar decisões direcionadas ao aprendizado com coerência e justiça.
 3. FUNDAMENTAÇÃO FILOSÓFICO-PEDAGÓGICA A educação deve ser essencialmente lúdica, prazerosa, fundada contato com uma variedade de estímulos e experiências que propiciem a ela seu desenvolvimento integral. Essas ações são desenvolvidas e fundamentadas numa concepção interdisciplinar e totalizadora. As ações desenvolvidas fundamentam-se nos seguintes princípios: 
1) Educação ativa e relacionada com os interesses, necessidades e potencialidades da criança; 
2) Ênfase na aprendizagem através da resolução de problemas; 3) Ação educativa ligada à vida e não entendida como preparação para a vida; 4) Incentivo da solidariedade e não da concorrência. 4. A Estrutura Curricular e Seus Eixos Norteadores A criança desde que nasce é um ser ativo. Possui um repertório de condutas ou reflexos inatos que lhe permite interagir com seu meio e experimentar as primeiras aprendizagens, consistindo nas adaptações que faz às novas condições de vida. O contato do bebê com o meio humano, transforma essas condutas inatas em respostas complexas. Aos poucos assimila novas experiências, integrando-as aos que já possui, gerando novas respostas. Este processo de adaptação às condições novas que surgem se dá ao longo de toda a infância. Durante o primeiro ano de vida, a criança constrói um pensamento essencialmente prático, ligado à ação, a percepção e ao desenvolvimento motor. É através dessas ações que a criança processa informações, constrói conhecimentos e se expressa desenvolvendo seu pensamento. Ao final do primeiro ano de vida, as ações das crianças passam a ser cada vez mais coordenadas e intencionais. O desenvolvimento da função simbólica tem importância ao desenvolvimento psicológico e social da criança; internalizam funções e capacidadeao longo do seu processo de desenvolvimento e vai situando e ampliando sua participação no universo social. O aperfeiçoamento da linguagem, o aumento do vocabulário deverá ser permeado pela diversidade de experiências e oportunidades sem contextos significativos para a criança. No que se refere ao desenvolvimento físico motor, os três primeiros anos de vida, representam a fase em que o crescimento ocorre de maneira mais acelerada. Elas quadruplicam de peso e dobram a altura em relação ao nascimento, adquirindo movimentos voluntários e coordenados. Controlam a posição de seu corpo e o movimento das pernas, braços e tronco, significa que correm, rolam, deitam e tantas outras coisa. O desenvolvimento motor se dá quando a criança adquire padrões de movimentos musculares, controle do próprio corpo e habilidades motoras, onde alcança possibilidades de ação e expressão. Está relacionado com o desenvolvimento psíquico, principalmente no primeiro ano de vida. Ao desenvolver a ação motora a criança está construindo conhecimento de si próprio sobre o mundo que a cerca. Esta relação construtiva que a criança estabelece com objetos, acontecimentos e pessoas constituirão uma base fundamental para o seu desenvolvimento cognitivo, afetivo e social. Aos três anos, a criança já possui um repertório de conhecimentos construídos, a partir de suas experiências. Há um desenvolvimento claro das habilidades sociais ampliando os vínculos afetivos e sua capacidade de participação social. A criança dos três aos cinco anos de idade, apresenta seu desenvolvimento de forma menos acelerada, caracterizado pelo progresso advindo das fases anteriores. O desenvolvimento da capacidade de simbolização progride através da linguagem, da imaginação, da imitação e da linguagem. Ela faz uso do repertório cada vez mais rico de símbolos, signos, imagens e conceitos para mediar à relação com a realidade e o mundo social. 
A linguagem é bem desenvolvida, devido a diversificações de situações, pois amplia a expressão verbal, tendo quase que um domínio completo de todos os sons da língua por volta dos cinco anos de idade. Centrado nos eixos Formação Pessoal e Social e Conhecimento do Mundo, o ensino e a aprendizagem são atividades conjuntas, compartilhadas, que asseguram à criança ir conhecendo e contribuindo, progressivamente, o mundo que a envolve com os objetos, pessoas, os seus sistemas de comunicação, valores, além de ir conhecendo a si mesma. Com o fazer lúdico, pensa reflete e organiza-se para aprender em dado momento. Estas vivências são fundamentais para o processo de alfabetização e letramento. Devem-se considerar os conhecimentos que a criança já possui e suas várias experiências culturais para efetuar a ação pedagógica compartilhando, auxiliando a enfrentar novas perspectivas, mas do modo como à criança vê, apenas orientando e praticando até encontrar o fortalecimento nas relações pessoais, sociais e de conhecimento geral. Propor para as crianças um mundo de interação contribuirá para um desenvolvimento emocional, social, fundamentando-as nas suas formações, e na realidade de cada um. Dentro desta perspectiva de educação para todos constitui um grande desafio: A Educação Inclusiva que é garantida pela Constituição Federal Brasileira, art. 208, III. 
A declaração da Salamanca em l994 reafirmou o direito de todos à educação, independente de suas diferenças, enfatizando que a educação para pessoas deficientes também é parte integrante do sistema educativo, contemplando uma pedagogia voltada as necessidades específicas e adoção de estratégias que se fizerem necessárias em benefício comum. A LDB 9.394/96, artigos 58 e 59 têm também como finalidade de concretizar preceito constitucional e responder ao compromisso com a “Educação para Todos”. Assume-se assim, o compromisso de uma educação comprometida para a cidadania, considerando sua diversidade. A educação inclusiva baseia-se na educação condizente com igualdade de direitos e oportunidades em ambiente favorável. A participação na Instituição da família, criança, num esforço conjunto da prendizagem compartilhada é de suma importância. Aprender a conviver e relacionar-se com pessoas que possuem habilidades e competências diferentes, expressões culturais e sociais são condições necessárias para o desenvolvimento de valores éticos, dentro dos preceitos básicos pedagógicos a estrutura curricular se apóia nos Eixos Norteadores, que orientam a baseeducacional que são: 4.1 Identidade e Autonomia Busca possibilitar a formação da criança a partir das relações sócio-histórico-cultural, de forma consciente e contextualizada, oferecendo condições para que elas aprendam a conviver com os outros, em uma atitude básica de respeito e confiança. O trabalho educativo pode, assim criar condições para as crianças conhecerem, descobrirem e resignificarem novos sentimentos, valores, idéias, costumes e papéis sociais. A identidade é um conceito de distinção, a começar pelo nome. A autonomia é a capacidade de se conduzir e tomar decisões por si próprias, levando em conta regras, valores. Identidade e autonomia é resultado da construção do próprio cotidiano em sala de educação infantil, onde acriança necessita estar conhecendo, desenvolvendo e utilizando seus recursos pessoais e naturais, para fazer frente às diferentes situações que surgirão. 4.2 Conhecimento de Mundo Refere-se à construção das diferentes linguagens pelas crianças e as relações que estabelecem com os objetos de conhecimento. È importante que tenham contato com diferentes áreas e sejam instigadas por questões significativas, para observá-los, explica-los se tenham várias maneiras de compreendê-los e representá-los. As diferentes linguagens propiciam a interação com o outro, emoções e a mediação com a cultura. 4.3 Movimento As crianças se movimentam desde que nascem, adquirindo cada vez maior controle sobre seu próprio corpo. Ao movimentar-se, expressam sentimentos, emoções e pensamentos, ampliando as possibilidades do uso significativo de gestos e posturas corporais. O movimento humano, portanto, é mais do que simples deslocamento do corpo no espaço. As maneiras de andar, correr, arremessar, saltar resultam das interações sociais e da relação dos homens com o meio; são movimentos cujos significados têm sido construídos em função das diferentes necessidades, interesses e possibilidades corporais humanas presentes nas diferentes culturas. Diferentes manifestações dessa linguagem foram surgindo, como a dança, o jogo, as brincadeiras, mas práticas esportivas etc., nas quais se faz uso de diferentes gestos, postura e expressões corporais com intencionalidade. Ao brincar, jogar, imitar e criar ritmos e movimentos, as crianças também se apropriam do repertório da cultura corporal na qual estão inseridas. O trabalho com movimento contempla a multiplicidade de funções e manifestações do ato motor, propiciando um amplo desenvolvimento de aspectos específicos da motricidade das crianças; refletir sobre as atividades no cotidiano acerca das posturas corporais. As atividades deverão priorizar o desenvolvimento das capacidades expressivas e instrumentais do movimento, possibilitando a apropriação corporal pelas crianças, de forma que possam agir com mais intencionalidade. 
Devem ser organizadas num processo contínuo e integradas, que envolvam múltiplas experiências corporais. Os conteúdos podem ser organizados em: 4.3.1 Expressividade Expressão Corporal; Percepções. 4.3.2 Coordenação e Equilíbrio Coordenação Ampla; Coordenação Fina e Coordenação Viso-Motor. 4.4Artes Visuais A arte visual; expressa, comunica e atribui sentido as sensações sentimentos pensamentos. Esta linguagem se faz presente no cotidiano da educação infantil como importante forma de expressão e comunicação humana, sofrendo influência da cultura onde está inserida. A criança, ao ingressar na instituição de ensino, traz consigo suas leituras de mundo pelas imagens. Dessa maneira, trabalhar a arte como geradora de conhecimentos dentro do contexto infantil e, portanto, portadora de um caráter

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