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Questionario Exercicio 3 Práticas de Ensino de História I Ensinar história em tempos de memória FCE

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Práticas de Ensino de História I
Ensinar história em tempos de memória
1. 
O final da década de 1980 e início da década de 1990 foram marcados por uma série de eventos conflituosos em escala mundial. Entre esses conflitos destacam-se a queda do muro de Berlim, o fim da União Soviética, a hegemonia do capitalismo, a desmilitarização dos países da América do Sul. Contudo, todos estes fenômenos são aspetos de um processo global que, tanto na academia quanto no ambiente educativo, por um lado, e na sociedade civil e no cenário político, por outro, destacam a existência de uma revisão profunda das histórias nacionais e locais, uma reconsideração do passado que implica mudanças significativas na história acadêmica e transformações equivalentes na história escolar. Assim, podemos afirmar que as mudanças significativas no ensino de História, no ambiente escolar, significam que:
Você acertou!
C. 
Os professores de História deverão mudar sua metodologia de ensino, ampliando as abordagens didáticas em sala de aula.
Os livros didáticos servem como um dos apoios disponíveis aos professores. Contudo, existem outros materiais que devem ser considerados em sala de aula. Desta forma, as escolas devem estimular e apoiar os professores no processo de desenvolvimento didático das aulas, por meio de fomento à pesquisa, ao debate e eventos direcionados à disciplina. O professor de História deve, diante às transformações do mundo globalizado, abordar, de forma ampla, os conteúdos didáticos, trazendo para dentro da sala de aula assuntos interessantes, para trabalhar os acontecimentos históricos, sem, com isso, ficar "preso" aos livros didáticos. Lembrando que, a gestão acadêmica deve dar apoio a todos os professores da escola, fomentando, assim, um ensino interdisciplinar e multidisciplinar em sala de aula. Os laboratórios de ensino são destinados às disciplinas de Física e Química. Sendo assim, não há um espaço circunscrito para o ensino de História.
2. 
Até o final dos anos de 1980, o ensino de História ficou sob a influência do pensamento positivista, por meio do qual a história "contada" era a história que valorizava o Estado, a pátria e o nacionalismo. Pode-se entender que ela era contada pela ótica dos "vencedores", dos "heróis", dos mártires. Contudo, diante desta nova perspectiva, podemos afirmar que o ensino de História, em sala de aula:
Você acertou!
A. 
Passou a valorizar todos os sujeitos, fatos e olhares históricos.
A nova história, ou "microhistória", valoriza todas as personagens históricas, ou seja, os homens comuns são tão importantes quanto os heróis que compõem a nossa história. Os "derrotados" têm sua versão tão válida quanto a do vencedor. Já, a flexibilização do olhar do sujeito permite que a história, ou melhor, os fatos, sejam observados em óticas diferentes. Logo, ela não se enfraquece, mas se fortalece diante da multiplicidade dos olhares. O ensino de História não criou novos heróis, apenas humanizou as personagens históricas. E o professor deve saber trabalhar com os conteúdos contidos nos livros didáticos de História, fazendo as devidas considerações e ressalvas sobre os fatos históricos. O ensino de História, em sala de aula, será aberto a novos conteúdos didáticos que poderão compor a ementa da disciplina, permitindo, assim, um ensino mais dinâmico e prático.
3. 
Segundo Carretero et al. (2007, p. 20), a História não se preocupa apenas com o uso atual das lembranças herdadas, mas tem, entre seus imperativos, ser verídica (apoiar-se sobre a evidência empírica do passado) e buscar, ativamente, as lembranças esquecidas, o dar conta de todo o sucedido, descrevê-lo e explicá-lo. Mesmo que descreva situações passadas, seu objeto de estudo é a mudança, e o tempo é a dimensão que o sustenta. Por isso, seus produtos costumam aparecer de forma narrativa. E aqui está outra de suas peculiaridades: não é importante apenas o que se conta, mas também como se conta. As descrições que f:az são, ao mesmo tempo, explicações, além de ter componentes ideológicos e morais dificilmente evitáveis, misturados na própria retórica que constitui o relato. Logo, podemos afirmar que o papel do historiador é:
Você acertou!
A. 
Um contínuo vai e vem entre os acontecimentos do passado e as especulações sobre o futuro.
O trabalho do historiador é o de um observador crítico da própria história, visto que, através do olhar sobre o passado, ele cria possibilidades teóricas sobre o futuro. Assim, o estudo do historiador é mais do que observar os fatos ocorridos, mas extrair elementos que possam unir novas teorias. O papel da História é observar todas as nuanças que compõem uma sociedade. Logo, a disciplina de História não observa apenas o comportamento político, mas também o econômico, o social, o cultural etc. E a historiografia é uma ciência que contém os mesmos elementos das demais, além de ocupar o mesmo status de seriedade e importância no seio acadêmico. Desta forma, o historiador deve ser um profissional que considera todos os fatos como sendo importantes para a construção do saber histórico.
4. 
O processo de construção histórica se faz através do conjunto de objetos culturais, que podem ser materiais e/ou imateriais, herdados pela sociedade. É por meio dessa herança que cada sociedade passa a constituir o patrimônio histórico. Contudo, para que esses elementos (materiais e/ou imateriais) sejam incorporados à cultura de uma comunidade, ela deve fazer parte das vivências e experiências de cada indivíduo que a compõe. Assim, podemos afirmar que isso implica:
Você acertou!
E. 
Atribuir aos objetos e fatos históricos um valor simbólico.
Toda sociedade deve reconhecer em seus símbolos os elementos que a compõe, tais como a sua história, os sujeitos históricos, os fatos sociais, a constituição da própria bandeira, do hino etc. Desta maneira, todos os fatos são importantes para o historiador, pois são eles que compõem a história de uma sociedade. Também podemos pensar que todos os elementos, sejam eles materiais ou não, são importantes para a História, pois o conjunto desses elementos permite que o historiador compreenda a ciência da História. E todos os documentos são importantes para o fator histórico da sociedade. São eles que permitem remontar o perfil de uma determinada época, os seus valores, o pensamento, a prática social e a estratificação que a compõe. A história é sempre dinâmica e atual. Para tanto, ela deve ser, de tempo em tempos, revisada e atualizada, evitando, assim, que haja distorções históricas.
5. 
Segundo Carretero et al. (2007), o estudo da memória coletiva prestou escassa atenção às questões relacionadas à história escolar e às profundas transformações e debates que se produzem em torno dela. A escola é, justamente, um dos cenários onde as sociedades disputam as memórias possíveis sobre si mesmas. Logo, podemos afirmar que o papel da escola deve ser o de:
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D. 
Favorecer um ambiente propício ao debate histórico, permitindo que todos os alunos, os professores e a sociedade civil façam parte da construção do saber.
A escola deve ser um centro de debate e de discussão democrática, onde todos os sujeitos, sejam da escola ou da sociedade civil, participem da construção do saber. Os conflitos ideológicos são necessários em sala de aula para que, a partir do debate, os alunos possam extrair uma síntese do tema. Com isso, os temas devem ser livres e, obviamente, seguir o cronograma do professor. A partir deles, o educador deve iniciar as discussões junto aos alunos. A escola deve ser laica e liberal, ou seja, as questões sobre a política, a economia e a religião devem ser discutidas livremente. E o professor tem a livre cátedra para, diante de seu planejamento, definir como tratar cada tema específico.

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