Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS - ICE CURSO ENGENHARIA ELÉTRICA ARTHUR LINHARES TOMAZ ISABELLA BORGES SANTOS RÔMULO CYRNE DINIZ JUNIOR TAIS PRISCILA WILLIAN GREGORY FERREIRA TRANSITÓRIO DE CHAVEAMENTO E MANOBRA BELO HORIZONTE 2019 Arthur Linhares Tomaz Isabella Borges Santos Rômulo Cyrne Diniz Junior Tais Priscila Willian Gregory Ferreira TRANSITÓRIO DE CHAVEAMENTO E MANOBRA Trabalho apresentado ao Curso de Engenharia Elétrica, do Instituto de Ciências Exatas - ICE, do Centro Universitário Newton, 9º período, como requisito parcial ao desenvolvimento e aprovação na disciplina de Qualidade de Energia Elétrica. Professor: Eduardo Henrique Gonçalves BELO HORIZONTE 2019 LISTA DE ILUSTRAÇÕES FIGURA 1 - Corrente transitória impulsiva oriunda de uma descarga atmosférica....06 FIGURA 2 - Transitório proveniente do chaveamento de um banco de capacitores..08 FIGURA 3 - Temporização do chaveamento controlado...........................................11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO........................................................................................................05 2 DESENVOLVIMENTO.............................................................................................05 2.1 Fenômenos elétricos transitórios relacionados com a qualidade de energia elétrica.....................................................................................................................05 2.1.1 Transitórios impulsivos....................................................................................05 2.1.2 Transitórios oscilatórios...................................................................................07 2.2 Chaveamento controlado de Linhas de Transmissão....................................09 2.2.1 Princípios do chaveamento controlado............................................................09 2.2.2 Estratégias para o chaveamento controlado....................................................10 2.3 Transitórios de manobra..................................................................................11 2.3.1 Tipos de transitórios.........................................................................................11 2.3.2 Métodos de controle de sobretensões..............................................................13 3 CONCLUSÃO..........................................................................................................13 4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.......................................................................14 5 1. INTRODUÇÃO Os fenômenos elétricos podem ser divididos em categorias conforme o seu tempo de duração, seu conteúdo espectral, bem como sua amplitude típica no sistema. Desta forma, os diferentes distúrbios são subdivididos em transitórios, variações de tensão de curta duração, variações de tensão de longa duração, desequilíbrio de tensão, distorções na forma de onda, flutuação de tensão e variações da frequência do sistema 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 Fenômenos elétricos transitórios relacionados com a qualidade de energia elétrica Transitórios eletromagnéticos pode ser caracterizado como sendo as manifestações ou respostas elétricas locais ou nas adjacências, proveniente de alterações súbitas nas condições operacionais de um sistema de energia elétrica. Normalmente, a duração de um transitório é muito pequena, porém de grande importância, visto que os equipamentos presentes nos sistemas elétricos estarão submetidos a grandes solicitações de tensão e/ou corrente [1]. Os fenômenos transitórios podem ser classificados em dois grupos: os chamados transitórios impulsivos, causados por descargas atmosféricas e os transitórios oscilatórios, causados por chaveamentos [1]. 2.1.1 Transitórios impulsivos Pode ser definido como uma alteração repentina nas condições de regime permanente da tensão, corrente ou ambas, caracterizando-se por apresentar impulsos unidirecionais em polaridade (positivo ou negativo) e nível de frequência bastante diferenciado com relação à frequência da rede elétrica. Geralmente causado por descargas atmosféricas [1]. Os transitórios impulsivos geralmente são definidos por um tempo de subida e outro de descida do impulso, os quais, também podem ser expressos pelo seu conteúdo espectral. Por exemplo, um impulso transitório tendo como parâmetros 1,2 x 50 µs e 2000V, o que significa que o mesmo atinge seu valor máximo de 2000 V em um tempo 6 de 1,2 µs e, posteriormente, decai ate a metade de seu valor máximo no tempo de 50 µs [1]. A figura abaixo, ilustra uma corrente típica de um transitório impulsivo, oriundo de uma descarga atmosférica. FIGURA 1 – Corrente transitória impulsiva oriunda de uma descarga atmosférica Fonte: ARRUDA, Elcio [1]. Por se tratarem de transitórios causados por descargas atmosféricas, é importante observar qual o nível da tensão no ponto de ocorrência da descarga. Em sistemas de distribuição o caminho mais provável para as descargas atmosféricas é através de um condutor fase, no primário ou no secundário, causando altas sobretensões no sistema. Uma descarga diretamente na fase geralmente causa alta sobretensão na linha próxima ao ponto de incidência e pode gerar não somente um transitório impulsivo, mas também uma falta acompanhada de afundamentos de tensão de curta duração e interrupções. Altas sobretensões transitórias podem também ser geradas por descargas que fluem ao longo do condutor terra. Existem numerosos caminhos através dos quais as correntes de descarga podem penetrar no sistema de aterramento, tais como o terra do primário ou do secundário de um transformador e as estruturas do sistema de distribuição. Os principais problemas relacionados com a qualidade de energia causados por estas correntes no sistema de aterramento são os seguintes [1]: • Considerável elevação do potencial da terra local em relação a outros terras. Equipamento eletrônicos sensíveis que são conectados entre duas 7 referencias de terra, tal como um computador conectado ao telefone através de um modem, podem falhar quando submetidos a altos níveis de tensão. • Indução de altas tensões nos condutores fase, quando as correntes passam pelos cabos a caminho do terra. Em se tratando de descargas em pontos de extra alta tensão, o surto se propaga ao longo da linha em direção aos seus terminais podendo atingir os equipamentos instalados em subestações de manobra ou estações abaixadoras. Entretanto, a onda de tensão ao percorrer a linha, desde o ponto de incidência até as subestações abaixadoras para a tensão de distribuição, tem a sua crista atenuada consideravelmente, o que tende a eliminar os efeitos advindos de descargas atmosféricas ocorridas em nível de transmissão, em consumidores ligados em nível de baixa tensão. Contudo, os consumidores atendidos em tensão de transmissão, e supostamente localizados nas proximidades do ponto de descarga, estarão sujeitos a tais efeitos, podendo danificar alguns equipamentos de suas respectivas instalações [1]. 2.1.2 Transitórios oscilatórios Um transitório oscilatório é caracterizado por uma alteração repentina nas condições de regime permanente da tensão e/ou corrente possuindo valores de polaridade positiva e negativa. Os tipos de transitórios oscilatórios podem ser definidos em função do conteúdo espectral, duração e magnitude da tensão. Estes transitórios são decorrentes da energização de linhas, corte de corrente indutiva, eliminação de faltas, chaveamento de bancos de capacitores e transformadores, etc [1]. Os transitórios oscilatórios de baixa frequência são frequentementeencontrados em sistemas de subtransmissão e distribuição e são causados por vários tipos de eventos. O mais frequente é a energização de bancos de capacitores, o qual geralmente resulta em oscilações de tensão com frequência entre 300 e 900Hz, com uma duração entre 0,5 e 3 ciclos dependendo das características de amortecimento do sistema [1]. Considerando o crescente emprego de capacitores pelas concessionarias para a manutenção dos níveis de tensão, e pelas industrias com vistas à correção do fator de potência, tem-se tido uma preocupação especial no que se refere à possibilidade de se estabelecer uma condição de ressonância. Tal condição pode ser satisfeita 8 devido às oscilações de altas frequências, entre o sistema da concessionaria e a indústria, e assim ocorrer uma amplificação das tensões transitórias, bem superiores às citadas anteriormente, podendo, tais tensões atingir níveis de 3 a 4 pu [1]. Transitórios oscilatórios com frequências menores do que 300 Hz podem também ser encontrados nos sistemas de distribuição. Estes estão geralmente, associados aos fenômenos de ferroressonância e energização de transformadores [1]. Os transitórios oscilatórios de alta frequência são geralmente o resultado de uma resposta do sistema a um transitório impulsivo, isto é, podem ser causados por descargas atmosféricas ou por chaveamento de circuitos indutivos [1]. A desenergização de cargas indutivas pode gerar impulsos de alta frequência. Apesar de serem de curta duração, estes transitórios podem interferir na operação de cargas eletrônicas. Filtros de alta-frequência e transformadores isoladores podem ser usados para proteger as cargas contras este tipo de transitório [1]. FIGURA 2 – Transitório proveniente do chaveamento de um banco de capacitores (600Kvar 13,8kV) Fonte: Dantas e et al. [2]. Conforme apresentado, existem diferentes meios causadores de oscilações transitórias e algumas técnicas podem ser utilizadas na tentativa de se reduzir os níveis dos transitórios causados, seja por chaveamentos ou por descargas atmosféricas. Como por exemplo os transitórios oriundos de surtos de chaveamento em redes de distribuição, podem ter seu grau de incidência e magnitude reduzidas através de uma reavaliação das filosofias de proteção e investimentos para melhorias 9 nas redes. Esta medida visa o aumento da capacidade da rede evitando que bancos de capacitores venham a ser exigidos [1]. 2.2 Chaveamento controlado de Linhas de Transmissão Sobretensões de manobra influenciam diretamente a coordenação de isolamento de sistema elétricos caracterizados por longas linhas de transmissão em extra-alta tensão (EAT), a exemplo do Sistema Interligado Nacional (SIN). Desta forma, estudos relacionados aos meios para reduzir estas sobretensões são de extrema importância para o setor elétrico. Tradicionalmente, disjuntores com resistores de pré-inserção têm sido utilizados para a redução de sobretensões de manobra em linhas de transmissão (LTs). No entanto, a aceitação desta tecnologia pelas concessionárias vem diminuindo com as experiências de campo, indicando baixa confiabilidade, além do custo agregado na manutenção dos disjuntores. A busca por alternativas para redução de sobretensões de manobra objetivando eliminar os resistores de pré-inserção é alvo de pesquisas e discussões na comunidade científica internacional do setor elétrico. Dentre estas alternativas destacam-se as técnicas de chaveamento controlado [2]. Chaveamento controlado é o termo utilizado para descrever o uso de equipamentos eletrônicos para controlar o fechamento e abertura mecânica dos contatos dos disjuntores em instantes ótimos [2]. 2.2.1 Princípios do chaveamento controlado O fenômeno físico responsável pelas sobretensões de manobra em LTs é a propagação das ondas eletromagnéticas ao longo das linhas. A propagação da onda é iniciada no instante em que começa a circular corrente pelo disjuntor e a amplitude inicial da onda de tensão é a tensão de pré-arco. Consequentemente, a amplitude das sobretensões devido a manobras estão diretamente relacionadas com a amplitude da tensão de pré-arco, o que torna o chaveamento controlado um método eficiente para o controle de sobretensões [2]. Os efeitos negativos causados por estas sobretensões podem ser reduzidos controlando-se a abertura ou o fechamento dos contatos dos disjuntores de forma que a manobra seja realizada em um instante ótimo pré-determinado, tomando-se como referência sinais elétricos de tensão ou corrente. Como consequência das ondas 10 viajantes, para o chaveamento de LTs, este instante ótimo ocorre idealmente quando a tensão entre os contatos do disjuntor for zero [2]. 2.2.2 Estratégias para o chaveamento controlado Normalmente, o comando para energização ou religamento de linhas de transmissão é realizado em um instante aleatório (tcomando) em relação à forma de onda da tensão entre os contatos do disjuntor. Além disto, a manobra somente é efetivada após um certo período, comumente denominado tempo de operação do disjuntor (Toperacao). No entanto, quando um disjuntor é solicitado a realizar uma manobra deste tipo, antes que os seus contatos se acoplem fisicamente, pode ser iniciada uma corrente por meio do chamado pré-arco. O intervalo de tempo entre o instante em que o pré-arco é estabelecido e o instante em que ocorre o acoplamento físico dos contatos do disjuntor é denominado de tempo de pré-arco (Tpre−arco) [2]. Na Figura 3 é ilustrado de forma simplificada a estratégia para controle de manobras de fechamento dos contatos de disjuntores, onde o efeito do pré-arco é desprezado e o instante ótimo (totimo) para o acoplamento físico dos contatos do disjuntor é no pico do sinal de referência. O procedimento consiste em controlar o instante tcomando atrasando-o por um intervalo de tempo Tatraso de forma que totimo, já previamente determinado, ocorra em um instante Tatraso+Toperacao depois de tcomando [2]. Toperacao é determinado pelo intervalo de tempo entre a energização do circuito de fechamento do disjuntor e o acoplamento físico entre os seus contatos. Um valor típico para este intervalo é 50 ms. Já o intervalo Tatraso adicionado ao instante tcomando pode ser determinado por três subintervalos [2]: • Tcalculo: intervalo de processamento interno do sistema de controle do chaveamento para determinação do instante ótimo; • Tpre−arco: nos casos em que o tempo de pré-arco é considerado; • Tsincronizacao: intervalo para sincronização com o instante ótimo pré-determinado, considerando o Toperacao. 11 FIGURA 3 – Temporização do chaveamento controlado Fonte: NUNES, Rafael [3]. 2.3 Transitórios de manobra 2.3.1 Tipos de transitórios As sobretensões de manobra são originadas de mudanças bruscas na configuração do sistema, causadas por chaveamento de equipamentos ou pela ocorrência de curtos-circuitos. Elas possuem uma parcela transitória de frequências de até poucas dezenas de quilohertz sobreposta à parcela de regime permanente, e têm duração típica de poucos ciclos [3]. De forma aproximada, os fatores de sobretensão dependem linearmente do crescimento da tensão em regime permanente. Assim, o comprimento da linha e a compensação reativa influenciam a magnitude das sobretensões. Outros parâmetros importantes são a configuração e potência de curto-circuito da fonte supridora, o grau de aterramento do sistema, as características de equipamentos protetores. Nas manobras de disjuntores, há uma dispersão mecânica entre seus pólos, que faz com que os contatos das 3 fases não se fechem no mesmo instante. Essa dispersão entre pólos e o instante de fechamento no ciclo de 50/60 Hz são fatores decisivos na amplitude das sobretensões, e sua aleatoriedade por outro lado torna necessário o tratamento estatístico do problema [3]. Os principais tipos de transitóriode manobra associados a linhas de transmissão são energização, religamento, ocorrência de curto-circuito, eliminação de curto-circuito e rejeição de carga. A energização de linha de transmissão consiste no fechamento dos contatos do disjuntor que liga a linha ao sistema supridor de potência. Com a manobra, aparecem 12 ondas viajantes, alterando os valores de tensão nos diversos pontos da linha de acordo com o tempo decorrido. Mesmo com a dispersão dos pólos do disjuntor, após o fechamento da primeira fase surgem ondas também nas demais fases, devido ao acoplamento entre elas [3]. A operação de religamento decorre de uma sequência de eventos: ocorrência de defeito, abertura da linha para a eliminação do curto-circuito e o religamento. Na abertura, a efetiva interrupção ocorre no instante em que a corrente capacitiva da linha passa pelo zero em cada fase, correspondendo a um máximo de tensão. Como o decaimento da carga de uma linha em vazio é muito lento, e o tempo morto usado nos esquemas de religamento é inferior a 1 segundo, quando ocorrer o religamento, haverá uma carga residual, diferente em cada fase, dependente da falta, sequência de abertura, do consequente deslocamento da tensão de neutro da linha e do acoplamento entre fases [3]. Na ocorrência de curto-circuito na linha, as sobretensões resultantes decorrem das ondas viajantes, do acoplamento entre fases e do deslocamento do neutro. A geração de ondas viajantes pode ser vista como o efeito da imposição de uma fonte de tensão, no local do curto, que anule a tensão a partir do momento da falta. As sobretensões podem provocar a degeneração do defeito monofásico para polifásico ou a ocorrência de curtos-circuitos em outros pontos do sistema de transmissão. A probabilidade das maiores sobretensões está associada não somente aos fatores estatísticos da própria ocorrência, mas também à probabilidade de acontecer o defeito específico. As sobretensões derivadas da eliminação de defeitos pela abertura da linha são influenciadas pela natureza da falta, e acarretam sobretensões severas em outros pontos do sistema de transmissão. A interrupção das correntes na abertura pode ser representada pela injeção de uma fonte de corrente de sentido contrário, que provoca a geração de ondas viajantes [3]. A operação de rejeição de carga também equivale à aplicação de uma fonte de corrente contrária à interrompida, e, quanto maior a potência da carga desconectada, maior a corrente, e maiores as sobretensões [3]. 13 2.3.2 Métodos de controle de sobretensões Embora as sobretensões de transitórios de manobra não possam ser eliminadas, com a aplicação de métodos de controle, valores mais adequados são obtidos, permitindo o projeto mais econômico das linhas de transmissão [3]. A aplicação de reatores de compensação, por diminuir a elevação de tensão em regime permanente causada pelo efeito Ferranti, minimiza as sobretensões dos transitórios de manobra. A redução proporcionada depende do grau de compensação reativa [3]. Os pára-raios de óxido metálico (com a preponderância do óxido de zinco em sua composição) são bastante eficazes na limitação de sobretensões de qualquer natureza pela sua característica altamente não-linear de tensão em função da corrente. No seu dimensionamento, devem ser levados em conta a máxima tensão operativa contínua do sistema, o nível de sobretensão temporária e a quantidade de energia absorvida por ele, além da sua característica de proteção [3]. O religamento monopolar, atuando exclusivamente sobre a fase com a falta, apresenta benefícios em questões de estabilidade do sistema e sobretensões de menores amplitudes [3]. O uso de disjuntores com resistores de pré-inserção é um método utilizado em manobras de fechamento de disjuntor. Num primeiro momento, a tensão é aplicada à linha através de um resistor em série, que funciona como um divisor de tensão, restringindo a tensão efetiva que chega à linha. Ele também atua reduzindo as reflexões de tensão no terminal emissor da linha. Num segundo estágio, o resistor é curto-circuitado, e aparece outro transitório, correspondente à queda de tensão instantânea do resistor que é repassada à linha. Quanto maior o valor do resistor, menor a sobretensão no primeiro estágio, mas maior a sobretensão provocada no segundo estágio [3]. 3. CONCLUSÃO É possível concluir que para todas as configurações das linhas, a manobra de religamento produz sobretensões e valores de energia nos para-raios superiores àqueles produzidos pela manobra de energização. Isso acontece devido à presença 14 de uma carga residual na linha quando há religamento, carga esta que não está presente antes da linha ser energizada [4]. Para as manobras em ambas linhas, os resistores de pré-inserção diminuem sensivelmente as sobretensões nas linhas, especialmente a meio comprimento destas, assim como a energia absorvida pela coluna de para-raios. Isto ocorre pois o resistor de pré-inserção é responsável por uma queda de tensão durante as manobras, fazendo com que esta diminua nos outros pontos da linha. Diminuindo as sobretensões nos terminais, diminui-se a corrente que fui pelo para-raios nos instantes após a manobra, fazendo com que este absorva menos energia [4]. Ao aumentar o comprimento das linhas de transmissão, as sobretensões nesta também aumentarão, especialmente no meio destas, assim como a energia absorvida nos para-raios [4]. Observa-se ainda que para os casos de religamento, as sobretensões a meio comprimento das linhas serão mais elevadas que nos seus terminais. Apesar disto, os resistores de pré-inserção serão bastante efetivos para fins de redução destas sobretensões. Nos casos de energização, as sobretensões nos terminais e no meio das linhas serão semelhantes [4]. 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS [1] ARRUDA, Elcio Franklin. ANÁLISE DE DISTÚRBIOS RELACIONADOS COM A QUALIDADE DA ENERGIA ELÉTRICA UTILIZANDO A TRANSFORMADA WAVELET. São Carlos, 2003. [2] DANTAS, Karcius; NEVES, Washington; FERNANDES, Damásio; SOUZA, Benemar; FONSECA, Luiz. CHAVEAMENTO CONTROLADO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO. [3] NUNES, Rafael. COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO PARA TRANSITÓRIOS DE MANOBRA CONSIDERANDO A FORMA DE ONDA DAS SOBRETENSÕES. Belo Horizonte, 2006. [4] CARVALHO, Paulo Fernando. ANÁLISE DE TRANSITÓRIOS ELETROMAGNÉTICOS DE MANOBRA EM LINHAS DE TRANSMISSÃO.
Compartilhar