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DisjuntoresAT_MGS_FINAL_

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See discussions, stats, and author profiles for this publication at: https://www.researchgate.net/publication/329950092
DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO
Technical Report · January 2011
DOI: 10.13140/RG.2.2.33233.79204
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1 author:
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PHY Layer for Visible Light Communication View project
Mateus G. Silva
Federal University of Minas Gerais
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All content following this page was uploaded by Mateus G. Silva on 27 December 2018.
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https://www.researchgate.net/publication/329950092_DISJUNTORES_DE_ALTA_TENSAO?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_2&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/publication/329950092_DISJUNTORES_DE_ALTA_TENSAO?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_3&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/project/Disjuntores-de-Alta-Tensao-Visao-Geral?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/project/PHY-Layer-for-Visible-Light-Communication?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_9&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_1&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Mateus-Silva-8?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_4&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Mateus-Silva-8?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_5&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/institution/Federal-University-of-Minas-Gerais?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_6&_esc=publicationCoverPdf
https://www.researchgate.net/profile/Mateus-Silva-8?enrichId=rgreq-8ee3d663d26a7b01ae77d057a3cb6ec8-XXX&enrichSource=Y292ZXJQYWdlOzMyOTk1MDA5MjtBUzo3MDg1NDk0NzkwMDIxMTJAMTU0NTk0Mjc2ODAwNw%3D%3D&el=1_x_7&_esc=publicationCoverPdf
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 1
 
 
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GER AIS 
 
 
 
 
 
CURSO TÉCNICO EM MECATRÔNICA 
 
 
 
 
 
 
 
DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO 
 
 
 
 
 
MATEUS GONÇALVES SILVA 
 
Orientadora: Enilce Santos Eufrásio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BELO HORIZONTE 
Janeiro - 2011 
 2
MATEUS GONÇALVES SILVA 
 
 
 
 
DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Trabalho de pesquisa apresentado à 
 Coordenação de Estagio como pré- 
 requisito para conclusão do Curso 
 Técnico de Mecatrônica pelo Centro 
 Federal de Educação Tecnológica 
 de Minas Gerais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Empresa: CEMIG GERAÇÃO E TRANSMISSÃO S.A. 
End.: Av. Barbacena, 1200 - Santo Agostinho 
Tel.: (31) 3506-4049 
 
 3
RESUMO 
 
 Esse artigo objetiva a descrição, de forma abrangente, dos disjuntores 
de alta tensão aplicados aos sistemas elétricos de potência. Para uma melhor 
compreensão das características intrínsecas a esses equipamentos de 
manobra, serão abordados, de forma simples, conceitos teóricos diretamente 
ligados a esses interruptores de corrente, tais como, arcos elétricos, correntes 
de curto-circuito, sobretensões e transitórios. 
 Considera-se o detalhamento da evolução dos disjuntores de alta tensão 
como um dos eixos centrais desse trabalho de pesquisa. Os principais 
disjuntores são observados, de forma cronológica de desenvolvimento, em 
seus aspectos construtivos e funcionais, o que acarretará uma discussão 
comparativa entre tais tecnologias de interrupção de corrente. 
 Na ultima parte do presente artigo, apresenta-se, ao leitor, noções de 
especificação técnica, ensaios e manutenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1- Descarga elétrica atmosférica (raio) ................................................ 11 
Figura 2- Gráfico de variação típica da corrente e tensão do arco ................... 13 
Figura 3- Tipos de curto circuito em um sistema trifásico de energia ............... 17 
Figura 4- Composição da corrente de curto circuito ......................................... 18 
Figura 5- Assimetria presente durante o momento de falta ............................. 20 
Figura 6- Recomendação técnica de tempo interrupção em função da tensão 
nominal ............................................................................................................. 21 
Figura 7- Formação da tensão de restabelecimento transitória (TRT) ............. 22 
Figura 8- Sobretensões de manobra e impulsos atmosféricos típicos ............ 24 
Figura 9- Sobretensões de energização .......................................................... 25 
Figura 10- Disjuntor a óleo construído em 1901 ............................................... 28 
Figura 11- Bolha de gás produzida durante o processo de abertura de um 
disjuntor a óleo ................................................................................................ 29 
Figura 12- Disjuntor GVO sem câmara de extinção (em corte) ....................... 30 
Figura 13- Câmaras de sopro transversal e axial ............................................. 31 
Figura 14- Disjuntores GVO (visão externa)..................................................... 32 
Figura 15- Disjuntores PVO (visão externa) ..................................................... 32 
Figura 16- Ilustração da câmara de interrupção e geração do fluxo de óleo .... 33 
Figura 17- Incêndio em um disjuntor a óleo ..................................................... 34 
Figura 18- Câmara de sopro axial em uma direção (corte e foto) .................... 36 
Figura 19- Disjuntores a ar comprimido com quatro câmaras de sopro axial ... 37 
Figura 20- Disjuntores a ar comprimido com pólos em formação “T” e “Y” ...... 38 
Figura 21- Vantagens e desvantagens dos disjuntores a ar comprimido ......... 39 
Figura 22- Comparação das capacidades de interrupção entre SF6 e ar ......... 40 
 5
Figura 23- A simétrica molécula de SF6 ........................................................... 41 
Figura 24- Rigidez dielétrica do SF6 em função da pressão ............................. 41 
Figura 25- Disjuntor a SF6, o “Dead Tank” ....................................................... 43 
Figura 26- Mecanismos de funcionamento do Disjuntor a SF6 ......................... 43 
Figura 27- Foto do disjuntor a SF6 de única pressão ....................................... 44 
Figura 28- Extinção de arco elétrico no disjuntor a SF6 de única pressão ....... 45 
Figura 29- Corte na câmara de interrupção de um disjuntor a SF6 ..................46 
Figura 30- Corte de uma câmara de extinção do disjuntor a vácuo ................. 47 
Figura 31- Disjuntor a vácuo 36kV - fabricante WEG ....................................... 48 
Figura 32- Inspeção nos mecanismos de acionamento ................................... 55 
Figura 33- Inspeção na câmara de extinção .................................................... 56 
Figura 34- Rotinas de manutenção .................................................................. 56 
Figura 35- Atividades requeridas em cada tipo de rotina de manutenção ........ 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6
SUMÁRIO 
 
 
1. - Introdução .................................................................................................. 08 
2. - Justificativa ................................................................................................. 09 
3. - A empresa .................................................................................................. 10 
4. - Conceitos do arco elétrico .......................................................................... 11 
4.1 - Arco elétrico em corrente alternada ......................................................... 12 
4.1.1 - Processo de interrupção em circuitos de corrente alternada ................ 13 
4.2 - Interrupção de corrente aplicável aos circuitos resistivos, indutivos e 
capacitivos........................................................................................................ 15 
5. - A corrente de curto-circuito ........................................................................ 17 
5.1 - Composição da corrente alternada de curto-circuito ................................ 18 
5.2 - Assimetria da corrente de curto-circuito ................................................... 19 
5.3 - Efeitos da corrente de curto-circuito ......................................................... 20 
6. - Tensão de restabelecimento transitório ..................................................... 22 
7. - Sobretensões de manobra ......................................................................... 24 
8. - Evolução dos disjuntores de alta tensão .................................................... 27 
8.1 - Disjuntores a óleo .................................................................................... 27 
8.1.1 - Interrupção de corrente no óleo e propriedades do meio ...................... 28 
8.1.2 - Disjuntores de grande volume de óleo (GVO) ....................................... 30 
8.1.3 - Disjuntores de pequeno volume de óleo (PVO) .................................... 33 
8.1.4 - Fatores de inviabilidade dos disjuntores a óleo ..................................... 34 
8.2 - Disjuntores a ar comprimido ..................................................................... 35 
8.2.1 - Características dos pólos e mecanismo de acionamento ..................... 36 
8.2.2 - Vantagens e desvantagens dos disjuntores a ar comprimido ............... 39 
8.3 - Disjuntores a Hexafluoreto de Enxofre (SF6) ........................................... 40 
 7
8.3.1 - Propriedades e características do SF6 .................................................. 41 
8.3.2 - Disjuntores a SF6 de dupla pressão ...................................................... 42 
8.3.3 - Disjuntores a SF6 de única pressão ...................................................... 44 
8.4 - Disjuntores a Vácuo ................................................................................. 46 
8.4.1 - Aplicabilidade do disjuntor a vácuo ....................................................... 48 
9. - Especificação técnica dos disjuntores de alta tensão ................................ 49 
9.1- Características nominais dos disjuntores de alta tensão........................... 49 
10. - Ensaios aplicados aos disjuntores de alta tensão .................................... 52 
11. - Manutenção dos disjuntores de alta tensão ............................................. 54 
11.1 - Rotinas de manutenção ......................................................................... 55 
12. - Conclusão ................................................................................................ 58 
Bibliografias ...................................................................................................... 59 
Folha de Aprovação do Relatório Técnico Final de Estagio ............................. 61 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 8
1. INTRODUÇÃO 
 
Segundo a Norma NBR IEC 60947, disjuntor é um “dispositivo de 
manobra e proteção capaz de estabelecer, conduzir e interromper correntes em 
condições anormais específicas do circuito, tais como as de curto-circuito”. 
Esse equipamento é essencial na maioria dos sistemas elétricos, pois permite 
a flexibilidade no funcionamento do mesmo, além da proteção fundamental a 
possíveis eventos de natureza elétrica desfavoráveis ao funcionamento padrão 
de determinada rede elétrica. 
Nesse artigo será dado enfoque aos disjuntores de alta tensão (superior 
a 72,5 KV) em seus aspectos construtivos, especificação técnica, manutenção 
e conceitos teóricos inter-relacionados. A evolução desses equipamentos de 
manobra acompanhou as exigências contemporâneas estipuladas aos 
sistemas elétricos de potência, em termos de confiabilidade e precisão. Isso foi 
consolidado por meio dos avanços no conhecimento dos processos e 
fundamentos associados à interrupção de correntes, principalmente em relação 
à teoria do arco elétrico. 
A importância dada ao estudo do arco elétrico para os disjuntores de alta 
tensão é devido a sua ocorrência durante o processo de interrupção de 
corrente, ou seja, no momento da abertura do disjuntor, acarretando uma 
enorme liberação de energia que deve ser contida, ou dissipada, sem gerar 
danos ao disjuntor e ao sistema de energia. Esse arco elétrico é produzido 
devido à combinação dos gradientes de temperatura e campo elétrico que 
quebram a rigidez dielétrica do ar. A relevância atribuída a esse fenômeno é tal 
que a nomeação dos disjuntores de alta tensão é caracterizada pelo modo, ou 
meio, em que esses equipamentos inibem o arco elétrico durante a sua 
abertura. 
 
 
 
 
 
 
 
 9
2. JUSTIFICATIVA 
 
 Este trabalho foi desenvolvido como pré-requisito para a conclusão do 
Curso Técnico de Mecatrônica pelo CEFET-MG. Trata-se de uma pesquisa 
técnica a respeito de um tema referente ao programa de estágio, nesse caso, 
os disjuntores de alta tensão. 
 Nessa pesquisa, tem-se a preocupação de apresentar os conceitos 
inerentes aos disjuntores de forma amigável ao leitor, procurando a exposição 
técnica, funcional e histórica desses equipamentos que são essenciais para os 
sistemas elétricos de potência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
3. A EMPRESA 
 
 A Companhia Energética de Minas Gerais – CEMIG, fundada em 22 de 
maio de 1952, é um dos mais sólidos e importantes grupos do setor energético 
do País, sendo constituído por 49 empresas e 10 consórcios. Empresa de 
capital aberto controlada pelo Governo de Minas Gerais, a Cemig possui 155 
mil acionistas particulares em 46 países. Suas ações são negociadas nas 
Bolsas de São Paulo, New York e Madrid. 
 O Grupo CEMIG é reconhecido pela sua dimensão, competência técnica 
e referência em sustentabilidade. A Cemig Distribuição S.A. é a maior 
concessionária de energia elétrica do Brasil, com cerca de 10,5 milhões em 
774 municípios, abrangendo 96% do Estado de Minas Gerais. Já a CEMIG 
Geração e Transmissão S.A. é uma das maiores do setor no País, responsável 
pela operação de 65 usinas, com um parque gerador de 6.691 MW. 
 A atuação da Cemig estende-se a 15 estados brasileiros e ao Chile, com 
a construção de uma linha de transmissão em consórcio com a Alusa. Em 
Rondônia, a Empresa constrói a Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, no 
complexo do Rio Madeira, mediante consórcio. Detém12% da Light, 
distribuidora que atende o Rio de Janeiro e outras cidades fluminenses. Possui, 
também, participações em empresas de distribuição e transmissão de energia 
elétrica, investimentos em distribuição de gás natural (Gasmig) e transmissão 
de dados (Infovias). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
4. CONCEITOS DO ARCO ELÉTRICO 
 
O arco elétrico é uma descarga autossustentável, ou seja, apresenta 
baixa queda de tensão e sustenta a manutenção de alta corrente, 
comportando-se como um resistor não linear. Além de ser observada a sua 
ocorrência no ar, em condições atmosféricas, a descarga elétrica do arco 
também é observada em altas ou baixas pressões, como no vácuo, e em uma 
variedade de gases e vapores metálicos que servem como condutores do arco. 
 A origem desses gases e vapores é proveniente, principalmente, de três 
fatores: o meio circundante, os elétrodos, e os produtos de suas reações. A 
imagem abaixo (figura 1) é um exemplo de uma típica descarga elétrica 
atmosférica, mais conhecida como raio. 
 
 Figura 1 – Foto de uma descarga elétrica atmosféric a, conhecida como raio. 
 
Porém, o objeto de estudo do presente artigo não são os raios, arcos 
elétricos de grandes dimensões, e sim, os de menor intensidade que ocorrem 
na abertura dos contatos interruptores de corrente. Como os sistemas elétricos 
de potência adotam, predominantemente, correntes alternadas senoidais, e os 
disjuntores de alta tensão estão inseridos nesse regime, será descrito, com 
mais detalhes, o estudo do comportamento do arco elétrico aplicado a esse tipo 
de sistema. 
 
 12
4.1 Arco elétrico em corrente alternada 
 
Em um arco estável, uma das regras básicas inerentes a esse tipo de 
descarga parte do pressuposto de que se a corrente do arco sofre um 
aumento, a resistência do meio a esse arco diminui, pois se observa um 
aumento na temperatura que eleva a taxa do processo de ionização dos gases 
e vapores metálicos constituintes do ambiente envolvente ao arco. 
 Analogamente, quando a corrente sofre um decaimento, a taxa de 
ionizações também decresce, aumentando a resistência do meio ao arco 
elétrico. Então, como estamos analisando ciclos senoidais alternados, quando 
a corrente se aproximar de zero, o arco elétrico sofrerá falência. Porém, se as 
condições entre os eletrodos continuar a propiciar a existência do arco, este 
poderá reacender no próximo semiciclo, quando o módulo do fluxo de corrente 
aumentar no sentido oposto. 
Em um ciclo senoidal, a aproximação da corrente do arco ao nível zero é 
influenciada por um acentuado aumento da tensão do arco, devido a isso este 
é extinto um pouco antes que a corrente nominal alcance o ponto zero. Nesse 
momento, a tensão do arco sofre um aumento acentuado, atingindo o valor 
instantâneo da tensão aplicada ao arco fornecida pelo circuito, mais conhecido 
como pico da tensão de extinção (Es), exposto na figura 2.Então, a corrente do 
arco atinge uma etapa em que não é possível restabelecer imediatamente a 
corrente no ciclo oposto,acarretando um tempo em que o fluxo de corrente é 
nulo, a chamada “pausa de corrente nula”.Nesse período, o meio de descarga 
é parcialmente desionizado devido às perdas de calor, gerando um aumento 
progressivo no módulo do campo elétrico nesse meio, e por conseguinte, um 
aumento da tensão, até que atinja o ponto de restabelecimento do 
arco,chamado de pico da tensão de reignição (Et), no semi-ciclo reverso de 
corrente. 
Essa “pausa de corrente nula” durará até o momento em que o nível de 
tensão de restabelecimento de reignição (Et) é consolidado. Após a reignição 
do arco, a corrente começa a aumentar, e uma tensão constante (Ea), e de 
menor magnitude, é percebida durante grande parte do próximo 
semiciclo.
 13
Figura 2 – Variação típica da corrente e tensão do arco durante os semiciclos de corrente 
alternada 
O processo descrito acima tenderá a se repetir em cada semiciclo 
subseqüente. Porém, outros fatores influenciam no comportamento do arco 
elétrico, como diferenças nos materiais dos eletrodos, propriedades de 
resfriamento, gás do meio, etc. 
 Após a descrição do processo da “pausa de corrente nula” percebe-se 
que o tempo em que a corrente do arco permanecerá em zero, durante o 
processo de reignição, será uma relação que envolve a taxa de recuperação do 
suprimento de tensão e a taxa de desionização, ou recuperação dielétrica do 
meio que está presente entre os eletrodos. 
 
4.1.1 Processo de interrupção em circuitos de corre nte alternada 
 
Como foi mencionado anteriormente, os arcos elétricos se comportam 
como descargas auto-sustentáveis, ou seja, suas excitações são 
continuas.Porém, o interesse na aplicação dos disjuntores de alta tensão é 
justamente o contrário, o objetivo é extinguir o arco, e tem-se a anulação do 
fluxo de corrente como a alternativa para extinção. 
 14
Em corrente contínua, precisamos de uma maneira para forçar a 
corrente a zero (existem modos para isso, mas não é o foco em questão). Em 
contraposição, a corrente alternada atinge naturalmente o zero duas vezes em 
cada ciclo, então necessitamos apenas de inibir sua reignição nesses pontos 
do ciclo. Por este motivo que a desionização tem extrema importância no 
momento de corrente zero, pois essa aumenta a resistência do meio à 
reignição, ou reacendimento, do arco elétrico. Portanto, o sucesso da 
interrupção depende da capacidade de resistência do arco elétrico, uma força 
dielétrica, que deverá ser mais intensa que o esforço empreendido pelo 
circuito, que eleva a sua tensão instantânea na tentativa de restabelecer o fluxo 
de corrente. 
O processo de interrupção de corrente é altamente influenciado pela 
frequência do sistema. Em baixas frequências, com níveis abaixo das utilizadas 
nos sistemas elétricos de potência, observa-se um maior intervalo de tempo 
durante a execução de seus ciclos. Então, a temperatura e o diâmetro do arco 
têm tempo suficiente para se adaptar ao valor instantâneo da corrente em 
questão. Por isso, quando o fluxo de corrente do sistema estiver em um ponto 
em que seu módulo é relativamente pequeno, a corrente do arco se auto 
extinguirá, salvo se a tensão entre os eletrodos for suficientemente alta para 
reproduzir uma nova descarga. 
 As frequências usuais que os sistemas elétricos de potência fornecem 
(como os 60HZ no Brasil) não são suficientes para auto extinguir o arco no 
espaço entre os contatos elétricos. Um exemplo dado por High Voltage Circuit 
Breakers(1996,P.14)[1] nos mostra que a corrente de arco não consegue se 
auto extinguir em um sistema com freqüência 50Hzv, tensão nominal de 30Kv,e 
distancia de 1m entre os contatos abertos no ar. Então, técnicas especiais, que 
serão citadas posteriormente, são utilizadas para a inibição do reignição do 
arco elétrico nos sistemas elétricos de potência convencionais. 
Como explicado anteriormente, essas técnicas aproveitam da “pausa de 
corrente nula”, atraso de tempo entre os semiciclos, em que o fluxo de corrente 
é zero, e a temperatura decaí consideravelmente, sendo esse o momento mais 
propício para um impedimento da reignição do arco, e a interrupção definitiva 
da corrente. 
 
 15
4.2 Interrupção de corrente aplicável aos circuitos resistivos, indutivos e 
capacitivos 
 
No tópico anterior, foram explicados os conceitos básicos em um 
processo de interrupção de corrente alternada, porém existem peculiaridades 
intrínsecas a determinados tipos de circuitos em que o interruptor de fluxo de 
corrente está inserido. 
No circuito resistivo alternado, havendo um montante de indutância 
desprezível, a corrente estará em fase com a tensão. Nesse caso, o 
comportamento da interrupção da corrente ao abrir os contatos elétricos será 
semelhante ao processo demonstrado anteriormente. Recapitulando o que foi 
mencionado, quando o fluxo de corrente é nulo, nenhumacarga é produzida, e 
as já existentes, são neutralizadas pelo processo de desionização. Caso a 
tensão instantânea do circuito ultrapasse a tensão de reignição do arco, este 
será reacendido por mais meio ciclo, repetindo o processo novamente. Com a 
ocorrência dos ciclos, o arco sofrerá um aumento no comprimento de suas 
extensões, e como consequência, as tensões relativas ao arco, como a tensão 
de reignição, aumentam. Portanto, quando a tensão requerida para o 
restabelecimento do arco for maior que a tensão de fornecimento pelo sistema 
elétrico, a interrupção de corrente se consolidará. 
Já nos circuitos indutivos, a resistência presente no circuito é muito 
menor que a indutância, logo existe um ângulo de defasagem entre a corrente 
e a tensão. Então, quando o fluxo de corrente for nulo, a tensão provavelmente 
está em valores mais altos no ciclo senoidal, isso faz com que não haja mais 
aquela “pausa de corrente nula” vista anteriormente. Observa-se também, o 
aparecimento de uma pequena capacitância, em relação ao terra, que tem 
importância no processo de interrupção de corrente.Tal relevância é devido ao 
fato de que, atuando em paralelo ao arco elétrico, no momento em que a 
corrente for zero, a capacitância será carregada com a tensão correspondente 
à soma do máximo valor de tensão fornecida pelo sistema elétrico, mais o valor 
do pico de extinção de tensão no arco, tornando-se um entrave para o 
restabelecimento do fluxo de corrente. 
 
 16
E nos circuitos predominantemente capacitivos, condições favoráveis 
são estabelecidas para uma interrupção de corrente durante o momento em 
que o fluxo de corrente é nulo no ciclo senoidal. Pois, o capacitor armazenará a 
tensão máxima fornecida pelo circuito, portanto, a tensão do meio em que o 
arco está inserido corresponderá à soma entre a tensão armazenada pelo 
capacitor e a tensão aplicada pelo circuito. Isso é vantajoso para o processo de 
interrupção, devido ao fato de que chegará um ponto em que a tensão entre o 
arco será duas vezes maior que a tensão aplicada pelo sistema elétrico. 
Apesar das divergências entre os principais tipos de circuitos utilizados em um 
sistema elétrico (resistivo, indutivo e capacitivo), percebe-se que todos ainda 
utilizam o ponto em que a corrente é zero como momento propício de inibição 
do restabelecimento do arco. 
Existem análises mais detalhadas sobre o assunto desse tópico, porém 
o objetivo desse tópico foi apenas apresentar breves características dos usuais 
circuitos previstos nos sistemas de potência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 17
5. A CORRENTE DE CURTO-CIRCUITO 
 
 Na especificação técnica dos disjuntores, as correntes de curto-circuito 
ocupam uma considerável importância, pois são consideradas faltas elétricas 
que interferem no funcionamento regular de um sistema de energia, a ponto de 
tornar necessária a interrupção da corrente para evitar danos em determinado 
circuito. O curto-circuito pode ter diversas origens, como mecânica, 
atmosférica, ou até mesmo interna, e o tempo de duração dessas faltas varia 
do fugaz ao estacionário. A figura abaixo demonstra os tipos de curto-circuitos 
possíveis em um circuito trifásico. 
Figura 3 – tipos de curto circuito em um sistema tr ifásico de energia 
 
 Na ocorrência de interrupção de uma corrente de curto-circuito, tem-se 
que a falta elétrica e o próprio processo de interrupção serão agentes 
responsáveis pela desestabilização do sistema elétrico, resultando em períodos 
de comportamento transitório para as tensões e as correntes associadas ao 
circuito. 
 Os principais fatores que caracterizam a corrente de curto-circuito, 
influenciando magnitude e outros parâmetros, são: 
• Capacidade energética da fonte de corrente; 
• Impedância do sistema de elétrico; 
 18
• As características da porção do circuito localizada entre a fonte e o 
ponto da falta; 
• Caso tenha máquinas rotativas inseridas no sistema, as características 
dessas no momento do curto-circuito; 
 As diversas combinações dos elementos acima e as condições 
instantâneas da corrente delimitarão a duração do período transitório de 
corrente, como também a assimetria desta, conceitos que serão vistos nos 
tópicos posteriores. 
 
5.1 Composição da corrente alternada de curto-circu ito 
 
 No instante do curto-circuito percebe-se um elevado aumento de 
corrente, que atinge ao seu valor máximo. Como pode ser observado na figura 
4, esse valor corresponderá à resultante entre as componentes dos transitórios 
e a componente de estado constante. Os módulos das correntes são 
determinados pela f.e.m. dos geradores e pelas reatâncias, provenientes dos 
condutores e equipamentos, entre os reatores e o ponto de curto. 
 
 
 Figura 4 – Composição da corrente de curto circuito 
 19
 Um importante detalhe é que os motores inseridos em determinado 
circuito são considerados geradores, pois a inércia de suas partes móveis 
fornecerá energia para o curto-circito. 
 Percebe-se que a corrente total sofre um decaimento, aproximando-se 
ao valor da componente de estado constante. Isso é devido ao decrescimento 
das componentes transitória e subtransitória, influenciadas pelas diversas 
reatâncias presentes no sistema. Depois de vários ciclos a corrente atinge seu 
valor permanente de curto-circuito. 
 
5.2 Assimetria da corrente de curto-circuito 
 
 A corrente de curto-circuito é considerada simétrica quando os valores 
de pico forem iguais em todos os semiciclos. A assimetria obedece justamente 
um comportamento contrário, os valores de pico têm valores diferentes a cada 
semiciclo. Isso é observado devido à ocorrência de uma componente transitória 
de corrente contínua (cc) que surge durante qualquer energização, ou 
descarga, de um campo magnético, ou de um capacitor por meio de algum 
resistor. Esse transitório cc estará no formato de uma função exponencial, e 
sua soma algébrica com a corrente alternada (Isym) fornecida pelo circuito 
acarretará a assimetria da corrente total (figura 5). 
 Para satisfazer as expressões matemáticas definidas para o transitório 
de corrente contínua, o valor inicial desse transitório corresponderá ao oposto 
do valor instantâneo da corrente alternada (io) no momento inicial do curto-
circuito. 
 Na ocasião de um curto-circuito em um sistema trifásico, percebe-se a 
impossibilidade de uma simetria da corrente de curto circuito nas três fases 
devido à própria defasagem de ângulos entre as correntes de um circuito 
trifásico. Por exemplo, caso ocorra uma falta simétrica em uma das fases do 
sistema, será constatado o aparecimento da corrente continua transitória nas 
outras duas fases, que terão valores de sinais opostos, pois sempre a soma 
das componentes transitórias de corrente continua corresponderá à zero. 
 
 20
 
 Figura 5 – Identificação da assimetria presente d urante a o momento de falta 
 
5.3 Efeitos da corrente de curto-circuito 
 
 Após o estudo do comportamento básico das correntes de curto-circuito, 
já se pode ter certa ideia dos danos que essa falta elétrica poderá gerar. As 
conseqüências de um curto-circuito geralmente são graves, devido às elevadas 
perturbações no ambiente do sistema. Abaixo, seguem os principais efeitos 
negativos causados por essa falta: 
• Desconexão de uma porção da rede afetada devido à necessidade da 
interrupção de corrente; 
• Submissão dos equipamentos e conexões a um alto esforço mecânico, 
devido a força eletrodinâmica no momento do curto-circuito, podendo 
acarretar rupturas na rede; 
• Esforço térmico no ponto da falha, podendo ocasionar a queima dos 
condutores e a destruição dos isolantes próximos; 
 21
 A interrupção da corrente é a medida eficaz para atenuar os danos de 
um curto-circuito, e deve ser aplicada em um tempo reduzido. Por isso, tem-se 
a necessidade do conhecimentode tal falta, e dos seus parâmetros físicos, 
para projetar um disjuntor que proteja o circuito com confiabilidade e precisão. 
A tabela abaixo mostra o tempo de interrupção remendado (em ciclos) para 
cada nível de tensão. 
 
Figura 6 – Recomendação técnica de tempo interrupçã o em função da tensão nominal 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 22
6. TENSÃO DE RESTABELECIMENTO TRANSITÓRIO 
 
 Diferentemente dos transitórios de curto-circuito, que são dependentes 
de eventos específicos do circuito, as tensões transitórias são originadas pelos 
chaveamentos de fechamento, ou de abertura, dos interruptores de corrente. 
Os parâmetros dos transitórios de tensão influenciam diretamente na 
especificação do tipo de dispositivo de interrupção, pois este deverá suportar 
tal tensão. 
 Todos os tipos de dispositivos de interrupção podem ser considerados 
como interconectores que unem duas redes elétricas. Uma das redes será 
responsável pela distribuição da energia, identificada como fonte, e a outra, 
consumirá a energia fornecida, conhecida como o lado de carga do sistema. 
Quando o dispositivo de interrupção é aberto, as duas redes serão 
desconectadas, e, por conseguinte, irão redistribuir a energia presa em cada 
um dos circuitos. Então, como resultado desse rearranjo energético, tem-se 
que em cada rede será desenvolvida uma tensão que aparecerá, 
simultaneamente, no respectivo terminal do interruptor. A soma algébrica 
dessas duas tensões correspondera o valor da tensão de restabelecimento 
transitória (TRT). Segue abaixo (figura 7) a ilustração da explicação 
mencionada nesse parágrafo. 
 
Figura 7 – Esquemático ilustrativo da formação da t ensão de restabelecimento 
transitória (TRT) 
 23
 Para o fenômeno da TRT ser compreendido, alguns fatores devem ser 
avaliados no momento da interrupção da corrente, tais como: o tipo de falta, as 
características da conexão de rede, e o arranjo de chaveamento utilizado. 
Dependendo das combinações dessas condições, a TRT poderá assumir o 
comportamento de vários tipos de funções matemáticas, e o calculo exato 
desse transitório é considerado complexo. Geralmente, o calculo preciso da 
TRT é feito por meio de programas computacionais, existindo também modelos 
simplificados que são utilizados, principalmente, em estudos iniciais de projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 24
7. SOBRETENSÕES DE MANOBRA 
 
 Como observado no tópico anterior, durante a abertura ou fechamento 
do interruptor de corrente, aparecem tensões transitórias, em que são 
originadas as sobretensões. Esses picos de tensão podem causar danos 
principalmente aos transformadores, reatores, e maquinas rotativas que 
provavelmente estarão conectadas em um determinado circuito. 
 As sobretensões de manobra, provenientes da atuação dos disjuntores 
ou faltas no sistema, são caracterizadas por terem frentes de onda lentas, de 
origem interna, provocadas em conseqüência de alterações na rede. O gráfico 
abaixo demonstra os comportamentos divergentes entre os impulsos 
atmosféricos e de manobra. 
 
 Figura 8 – Sobretensões de manobra e impulso atmosf érico típicas 
 
 Os picos de tensão podem ser maiores ainda quando ocorre a 
energização do circuito poucos ciclos depois de uma interrupção por falta. Isso 
acontece devido à tensão “presa” no circuito logo após a interrupção do 
mesmo, durante o momento de corrente zero. 
 As sobretensões são inevitáveis durante uma manobra, porém os efeitos 
dessas podem ser minimizados. Os resistores de pré-inserção são um dos 
artifícios para atenuar os picos transitórios de tensão durante o religamento de 
uma rede. Usualmente, esses resistores são inseridos transitoriamente por 
meio do movimento do contato móvel normalmente presente nos disjuntores. A 
figura 9 demonstra os comparativos dos sinais de onda, em relação à utilização 
do um resistor durante o religamento do circuito. 
 25
 
 
Figura 9 – Sobretensões de energização de uma linha de transmissão de 500 kv 
compensada, e com 300 km de comprimento; teste do c omportamento do resistor de 
pré-inserção no circuito [11]. 
 
 
 
 
 26
 
 
 Os interruptores de corrente não são os responsáveis pelas 
sobretensões, mas as suas comutações desencadeiam as alterações das 
condições constantes em um circuito. As sobretensões têm duas variáveis 
influentes: a componente da freqüência e do transitório da sobretensão. Então, 
os resistores de pré-inserção não são os únicos meios de controle dos picos de 
tensão durante a manobra dos sistemas, pois existem outras medidas que 
atenuam os parâmetros citados, reduzindo a intensidade das sobretensões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 27
8. EVOLUÇÃO DOS DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO 
 
 Após o estudo dos principais conceitos teóricos que envolvem o 
processo de interrupção de corrente, será detalhada a evolução desses 
equipamentos de manobra e seus aspectos técnicos e construtivos. O 
progresso tecnológico dos disjuntores, alavancado pelos aumentos de 
capacidade dos sistemas de potência, tem suas bases fundamentadas nos 
avanços no conhecimento dos fenômenos ligados à interrupção de corrente, 
assim como nos testes e nas observações de funcionamento, pois esses 
equipamentos são influenciados por variáveis inerentes às características do 
circuito e condições ambientais. 
 Os critérios de agrupamentos dos tipos de disjuntores são diversos, 
como, por exemplo, a classe de tensão, tipo de instalação, e outros. Porém, o 
meio de interrupção de corrente é o principal fator que distinguirá os disjuntores 
de alta tensão. Nesse artigo, quatro tipos de disjuntores serão descritos, 
segundo os respectivos meios de interrupção: 
 
• Óleo; 
• Ar comprimido; 
• SF6; 
• Vácuo; 
 Os disjuntores a hexafluoreto de enxofre (SF6) e a vácuo são 
considerados como tecnologias mais recentes (surgimento na década de 
cinquenta), ocupando os maiores níveis de adesão atualmente. Porem, os 
disjuntores a óleo e a ar comprimido, embora mais antigos, também serão 
discutidos, pois, além do fator histórico, esses ainda são encontrados em 
muitas instalações antigas em funcionamento. 
 
8.1 Disjuntores a óleo 
 
 Os disjuntores a óleo foram o primeiro projeto de um interruptor para 
sistemas de alta tensão. A figura 10 representa um dos primeiros exemplares 
de um disjuntor a óleo desenvolvido em 1901. Registros indicam que o 
 28
interruptor de corrente foi utilizado de Abril de 1902 até Março de 1903, 
quando, devido ao elevado numero de interrupções, parte do óleo em chamas 
foi expelida para fora dos barris de madeira, iniciando um incêndio que se 
propagou em toda sala elétrica [1]. 
 
Figura 10 – Disjuntor a óleo, construído em 1901, d imensionado para um sistema elétrico 
de 40 kV, com uma capacidade de interrupção de 200A a 300A. 
 
 O disjuntor a óleo passou por diversos aprimoramentos, mas todos os 
interruptores de corrente desse tipo possuem a característica de terem os 
contatos elétricos imersos no óleo. Durante uma interrupção de corrente, o arco 
elétrico, instaurado após a abertura dos contatos, será extinto por meio da 
geração de gases, principalmente hidrogênio, em virtude da decomposição das 
moléculas de óleo devido às altas temperaturas desenvolvidas na região do 
arco (5000K-15000k). 
 
8.1.1 Interrupção de corrente no óleo e as propried ades do meio 
 
 O óleo usualmente utilizado nos disjuntores é derivado de um petróleo 
de base naftênica cuidadosamente refinado para evitar contaminações ou 
corrosões durante tal processo. Esse óleo é caracterizado por excelente rigidez 
dielétrica, por isso, alem de ser o meio interruptor do fluxo da corrente, tal fluido 
 29
também será o isolante elétricoentre os contatos energizados e o terra. A 
condutividade e capacidade térmica, nesse tipo de óleo, estão em níveis altos. 
 Quando é observada uma interrupção do fluxo de corrente, os contatos 
se separam, e aparece o arco elétrico no meio constituído por óleo. Como 
explicado brevemente, o óleo circundante ao arco será vaporizado, formando 
uma bolha de gás envolta dessa descarga elétrica, observada na figura abaixo. 
 
Figura 11 – Bolha de gás produzida durante o proces so de abertura de um disjuntor a 
óleo. 
 
 A predominância do hidrogênio no gás formado é a vantagem desse tipo 
de interrupção, pois esse componente possui excelentes propriedades 
refrigerantes que retiram o calor do arco, facilitando a extinção do mesmo. Vale 
ressaltar que as características e conceitos explicados no capitulo 4 também 
são aplicáveis nesse contexto. Percebe-se também, por meio da figura 11, que 
o estado físico das porções do óleo será definido pela sua distancia em relação 
ao centro de alta temperatura, o arco elétrico. 
 
 
 
 
 
 30
8.1.2 Disjuntores de grande volume de óleo (GVO) 
 
 São compostos por um grande tanque metálico mantido no potencial de 
terra, preenchido com óleo isolante, no qual estão imersos os contatos sem 
nenhuma câmara de extinção, no caso dos disjuntores a óleo mais antigos 
(figura 12). Têm uma alta capacidade de interrupção. 
 
 
 Figura 12 – Disjuntor GVO se m câmara de extinção (em corte) 
 
 As câmaras de extinção, que também são utilizadas em outros meios de 
interrupção, objetiva, por meio de suas características mecânicas, potencializar 
os entraves para a continuidade de um arco elétrico. Pois o próprio cenário 
gerado durante a interrupção acarretará um aumento de pressão interna 
nessas câmeras, criando um fluxo de óleo que colaborará com o aumento da 
rigidez dielétrica do meio, o resfriamento e alongamento do arco. Na figura 13, 
são observados dois tipos de câmaras: sopro transversal e axial. 
 31
 
Figura 13 – Câmara de sopro transversal (à direita) e Câmara de sopro axial (à esquerda) 
 
 Nas câmaras de sopro transversal, os gases formados pelo arco 
aumentam a pressão em seu interior, sendo obrigados a passar através das 
aberturas, para alívio desta sobrepressão. Então, o arco é forçado contra as 
paredes resfriadas da câmara sofrendo um alongamento, facilitando o processo 
de extinção. 
 Já nas câmaras de sopro axial, a pressão dos gases gerados com o arco 
provoca o fluxo múltiplo de óleo ao longo de toda extensão da câmara, 
removendo os gases ionizados da região entre os contatos através das 
aberturas. Assim, o arco será mantido em uma posição axial na câmara até ser 
extinto. 
 Foram inseridas, então, essas câmeras nos disjuntores GVO. 
Diferentemente dos primeiros projetos (figura 10), esse interruptor possuirá 
também mecanismos de acionamento dos contatos móveis, e buchas 
condensivas acopladas ao tanque metálico (figura 14). 
 
 32
 
 Figura 1 4 – Disjuntores GVO (visão externa) 
 
 Figura 15 – Disjuntores PVO (visão externa) 
 
 
 
 
 33
8.1.3 Disjuntores de pequeno volume de óleo (PVO) 
 
 O desenvolvimento das câmaras de extinção nos disjuntores GVO 
acarretou o surgimento de um interruptor de corrente com um volume reduzido 
de óleo (cerca de 20% do volume de óleo utilizado no GVO). Em comparação 
com os GVO, os PVO não possuem aquele isolamento elétrico proporcionado 
pelo óleo. Devido às suas características menos robustas, como se pode notar 
na figura 13, esses disjuntores são utilizados em níveis de tensão menores (35 
kV ou menos). 
 A figura abaixo ilustra a circulação do óleo na câmara de extinção 
durante uma interrupção de corrente. Como mencionado anteriormente, o 
próprio movimento descendente do contato móvel, e o surgimento da bolha de 
gás devido à corrente de arco, proporcionarão os fluxo adicionais do óleo 
através da diferença de pressão gerada por esses dois acontecimentos no 
momento de abertura. 
 
 
Figura 16 – Visão esquemática da câmara de interrup ção e geração do fluxo de óleo 
 
 
 
 
 34
8.1.4 Fatores de inviabilidade dos disjuntores a ól eo 
 
 Os disjuntores a óleo foram as primeiras experiências nos sistemas de 
alta tensão. Porém, esse tipo de interruptor, devido alguns fatores indesejáveis, 
foi sendo substituído por outros na preferência do mercado. 
 O óleo desse interruptor, inicialmente, se apresentará claro e 
transparente, mas devido à carbonização do mesmo durante as interrupções 
de corrente, resíduos sólidos se depositarão no fluido, e um aspecto mais 
escuro se faz presente no mesmo. Logo, freqüentes filtragens do óleo são 
necessárias, pois a carbonização diminuirá a rigidez dielétrica do meio. 
 O perigo de incêndio é outro fator negativo observado, principalmente 
em disjuntores a óleo antigos, pois o óleo utilizado é considerado uma 
substância suscetível a combustão. A foto (Figura 17) abaixo demonstra as 
proporções de um incêndio causado em um disjuntor a óleo. 
 
 
 Figura 17 – Incêndio em um disjuntor a óle o – Millville Fire Department (2005) 
 
 
 35
8.2 Disjuntores a ar comprimido 
 
 Na década de 30, surgem os disjuntores a ar comprimido com uma 
proposta de um segurança maior em seu aspecto operativo, em virtude dos 
vários registros de incêndio dos disjuntores a óleo da época. Esses disjuntores 
utilizam o ar comprimido como meio de extinção do arco elétrico, isolamento e 
acionamento dos contatos móveis. O ar comprimido possui boas características 
dielétricas, e outros fatores, como velocidade e intensidade do sopro, 
contribuem no processo de interrupção de corrente. Esse disjuntor é 
considerado versátil, pois percebe-se sua utilização em diversos níveis de 
tensão. 
 Nesse tipo de interruptor, há dois tipos de câmaras de extinção: as de 
sopro axial de uma direção, e as de sopro axial em duas direções. Atualmente, 
essas câmeras são total e permanentemente pressurizadas, e a supervisão 
desses parâmetros de pressão é essencial para a confiabilidade do 
funcionamento desse disjuntor. Existem também mecanismos de proteção de 
eventuais despressurizações, como a garantia de um valor mínimo de ar 
comprimido, com rigidez dielétrica suficiente para impedir possíveis 
reacendimentos do arco elétrico. 
 O ciclo de trânsito do ar, durante o processo de interrupção, é 
relativamente simples. O sopro de ar inicia-se pela abertura das válvulas de 
sopro para a atmosfera, provocando o fluxo do ar comprimido para o interior 
das câmaras. Esse deslocamento do ar entre os contatos abertos será o 
responsável pelo resfriamento e alongamento do arco elétrico instaurado. 
 Nos disjuntores com câmara de sopro axial de uma direção, o fluxo de 
saída do ar para a atmosfera se dá por meio do contato móvel. Já nos 
disjuntores com câmara em duas direções, uma válvula de sopro principal e 
uma auxiliar são abertas para a atmosfera, originando um fluxo de ar pro meio 
dos contatos móvel e fixo. Na figura 18, observam-se detalhes de uma câmara 
de sopro axial de uma direção. 
 
 
 36
 
 Figura 18 – Câmara de sopro axi al em uma direção (corte e foto) 
 
 Na figura acima, além da câmara de extinção, vêem-se também as 
chamadas câmaras auxiliares. Nelas encontram-se os resistores de pré-
inserção, vistos no capítulo 7, que são inseridos, no momento de abertura ou 
fechamento, para atenuar as sobretensões do sistema. 
 
8.2.1 Características dos pólos e mecanismo de acio namento 
 
 Primeiramente, um pólo de disjuntor é constituído por cabeças de 
interrupção, suportes isolantes, cubículo de controle e comando, e sistemas do 
comando de transmissão de acionamento.Uma cabeça de interrupção possui, simetricamente, duas câmaras de 
extinção principais, dois capacitores em paralelo com as câmeras principais, 
responsáveis pela distribuição de tensão entre elas, e as câmeras auxiliares. 
 Diversas classes de tensão podem ser contempladas por pelo disjuntor a 
ar comprimido, pois a combinação de diversas câmaras de interrupção 
 37
alcançará os diversos níveis de tensão exigidos no mercado, e diferentes 
capacidades de interrupção. Isso é possível com base no princípio de múltipla 
interrupção, com o devido controle da distribuição da tensão, em cada câmara 
de interrupção, por meio dos capacitores mencionados anteriormente. A figura 
19 é um exemplo da combinação de duas cabeças de extinção a ar 
comprimido, implantada em uma linha de 345 kV. 
 
Figura 19 – Disjuntores a ar comprimido com quatro câmaras de sopro axial em dupla 
direção – SE Barreiro CEMIG-GT 
 
 Na figura acima, percebe-se um formação dos pólos em “T”, ou seja, 
uma coluna isolante suporta uma cabeça de extinção, com duas câmaras de 
interrupção. Há também a formação em “Y” (figura 20), nesse caso a coluna 
isolante suporta duas cabeças e extinção, cada uma com duas câmaras de 
interrupção. 
 38
 
 Figura 20 – Disjuntores a ar comprimido com pólos em formação “T” e “Y”. 
 
O acionamento de abertura ou fechamento é iniciado com a energização 
da bobina de comando por meio da ativação da eletroválvula correspondente. 
O pulso elétrico gerado é transformado, devido o acionamento de válvulas e 
pistões, em um impulso mecânico que ativará as válvulas de comando que, por 
sua vez, acionarão os contatos móveis das câmaras de extinção principais e 
auxiliares, e, também, as válvulas de sopro principais. A abertura destas para a 
atmosfera despressuriza as câmaras principais, criando os sopros de ar que 
extinguirão o arco criado em cada câmara de extinção. 
 
 
 
 
 39
8.2.2 Vantagens e desvantagens dos disjuntores a ar comprimido 
 
Segue abaixo (figura 21) a tabela comparativa das principais vantagens 
e desvantagens desse interruptor. 
 
 Figura 21 – Vantagens e desvantagens na util ização dos disjuntores a ar comprimido 
 
 
 40
8.3 Disjuntores a Hexafluoreto de Enxofre (SF 6) 
 
O composto químico SF6 foi descoberto em 1900 por Henry Moissan, 
porém a percepção do SF6 como um meio adequado para a extinção de um 
arco elétrico, e, por final, a comercialização de um interruptor com tal meio, 
ocorreu por volta de 1960. A figura 22 demonstra o resultado de um 
experimento comparando as capacidades de interrupção entre o SF6 e o ar. 
 Figura 22 – Gráfico comparativo das capacidades de interrupção entre SF 6 e ar. 
 
Como observado no gráfico acima, o SF6 possui uma capacidade de 
interrupção muito superior em relação ao ar. Devido a isso os disjuntores a SF6 
dominaram completamente o atual mercado de disjuntores de alta tensão, 
tornando as outras opções praticamente obsoletas. Esse interruptores de 
corrente são utilizados em todas as aplicações e níveis de alta tensão, desde 
72,5kV até 800kV. 
 
 
 
 41
8.3.1 Propriedades e características do SF 6 
 
 O SF6 (figura 23) é considerado um gás estável, incolor, inodoro e não 
combustível. Em seu estado puro é absolutamente não tóxico e não causa 
corrosão. Além dessas características extremamente satisfatórias, a o gás SF6 
possui natureza eletronegativa, isso transforma essa molécula em uma grande 
captadora de elétrons livres, retardando o fenômeno avalanche que inicia 
disrupção do meio, ou seja, o SF6 possui uma alta rigidez dielétrica. O gráfico 
abaixo (figura 24) demonstra os níveis de rigidez dielétrica em diferentes 
pressões, e distâncias entre os contatos. 
 
 Figura 2 3 – A simétrica molécula de SF 6. 
 
 
 Figura 24 – Rigidez d ielétrica do SF 6 em função da pressão. 
 42
 O gás SF6 apresenta alta capacidade de transferência de calor e baixa 
temperatura de ionização, o que resulta em um satisfatório meio refrigerante 
durante a ocorrência do arco elétrico. Essa molécula ainda tem característica 
de ser auto-regenerável e de possuir uma alta recuperação de rigidez 
dielétrica, após a extinção do arco. 
 Em termos ambientais, o SF6 não contribui para a destruição da camada 
de ozônio, pois o gás não possui cloro, o principal agente destruidor, e também 
não é muito reativo durante sua passagem pela camada. A molécula de SF6 é 
considerada um gás estufa, mas, devido sua baixa taxa de emissão, não é 
considerado um gás preocupante em relação ao aquecimento global. 
 
8.3.2 Disjuntores a SF 6 de dupla pressão 
 
A ideia inicial dos aspectos construtivos de um disjuntor a SF6 foi a 
adaptação dos projetos mecânicos e de acionamentos dos disjuntores a óleo e 
ar comprimido para o, na época, recente meio de interrupção. O intitulado 
“dead tank” (figura 25) foi um dos primeiros disjuntores a SF6 no mercado, 
possuindo algumas semelhanças com os disjuntores a óleo. 
Existe outro modelo de disjuntor a SF6 de pressão dupla que se 
assemelha, em alguns termos construtivos, com os disjuntores a ar 
comprimido. Esse interruptor de corrente possui um compressor de gás 
responsável pela manutenção do gás SF6 a alta pressão no interior nas 
câmaras. No momento da abertura dos contatos elétricos, e surgimento do 
arco, o gás do reservatório de alta pressão é soprado na região entre os 
contatos. Ao termino da extinção do arco, o SF6 é reposto no reservatório de 
alta pressão, por meio do compressor que retira o gás do meio de baixa 
pressão (o nome “dupla pressão” é fundamentado justamente por essa 
necessidade de uma baixa e alta pressão para o fluxo do gás). A visão em 
corte desse tipo de disjuntor é mostrada na figura 26. Esse disjuntor é 
caracterizado por sua alta eficiência na extinção de arcos elétricos. 
 
 43
 
 Figura 25 – Disjuntor a SF 6, o “Dead Tank” 
 
 
Figura 26 – Mecanismos de funcionamento do Disjunto r a SF6 de dupla pressão (em 
corte) 
 
 44
 A possibilidade da liquefação do SF6 é um problema para esse 
interruptor, pois esse gás se liquefazer até mesmo em baixas temperaturas 
ambientes. Então esses disjuntores possuem resistores de aquecimento em 
seus reservatórios de alta pressão, a fim de se reduzir tal risco. 
 
8.3.3 Disjuntores a SF 6 de única pressão 
 
 Com o objetivo de simplificar o complexo mecanismo dos disjuntores 
explicados no tópico anterior, os disjuntores de única pressão (figura 27) 
vieram com uma proposta de se conseguir o fluxo do gás através de uma 
sobrepressão transitória no momento da abertura dos contatos. Isso foi 
concretizado por meio de um pistão ligado à haste do contato móvel, que 
utilizará o movimento dos contatos para comprimir o gás na câmara de 
extinção. 
 
 Figura 27 - Foto do disju ntor a SF 6 de única pressão 
 
 45
 
 Figura 28 – Extinção de arco elétrico no disjunto a SF 6 de única pressão 
 
 A imagem acima (figura 28) mostra os estágios do processo interrupção 
de corrente. Como foi mencionado, a própria movimentação do contato móvel 
gera a pressurização necessária para extinção do arco elétrico. Após a 
completa interrupção da corrente, o SF6 garantirá a isolação elétrica entre os 
contatos. Uma visão em corte da câmara de interrupção desse disjuntor é 
mostrada na figura 29. 
 Para acionamento dos contatos móveis, são utilizados mecanismos a 
mola, pneumáticos ou hidráulicos. Os acessórios, tais como bobinas de 
operação, chaves de contatos auxiliares, indicador de posição e equipamentos 
para supervisão e controle do gás, são colocados em um cubículo junto ao 
mecanismo de acionamento. 
 Assim como nos disjuntores a dupla pressão,os de única pressão 
possuem também uma alta capacidade de interrupção e curto tempo de 
extinção do arco, e ainda necessitam de menos manutenção em relação 
àqueles, pelo fato de possuir uma menor complexidade. Devido a todas essas 
características e evoluções vistas nesse capítulo, o disjuntor a SF6 de única 
pressão é o mais cotado no segmento de alta tensão. 
 46
 
Figura 29 - Corte na câmara de interrupção de um di sjuntor a SF6 de simples pressão 
 
8.4 Disjuntores a Vácuo 
 
 Tão recente quanto os disjuntores a SF6, o método de interrupção de 
corrente a vácuo consiste na separação dos contatos, dentro de um recipiente 
com vácuo da ordem de 0,00001 Torr (0,00133 N/m²). O vácuo possui uma alta 
rigidez dielétrica devido às abstenções das colisões inelásticas entre as 
moléculas de gases. 
 Apesar do arco elétrico em baixas pressões ter um comportamento 
diferente, a extinção do arco ainda ocorrerá no momento da passagem por 
 47
zero, e a corrente será interrompida definitivamente quando a energia do 
sistema for menor que a dissipada no processo de desionização. Porém, o fator 
diferente, em relação aos outros meios de interrupção, é a ocorrência da 
ionização entre os contatos por meio de vapores metálicos dos mesmos. Como 
conseqüência, tem-se que a eficiência do processo de interrupção é 
determinada pela rapidez da condensação deste vapor metálico nas superfícies 
constituintes da câmara de extinção. 
 
 Figura 30 - Corte de uma câ mara do disjuntor a vácuo 
 
 
 Os disjuntores a vácuo comerciais são formados por um tubo cilíndrico 
isolante de alta resistência mecânica. Os contatos, normalmente, são formados 
por uma placa circular constituída de uma liga metálica, e a distancia entre eles 
é reduzida quando abertos. Como pode ser observado na figura 30, o contato 
móvel é circundado por um fole metálico, que tem a função de barreira entre o 
vácuo e o ambiente externo. 
 
 
 
 
 48
8.4.1 Aplicabilidade do disjuntor a vácuo 
 
 Esses equipamentos já foram testados em alta tensão (72,5kV ou mais), 
porém esse tipo de disjuntor (ilustrado na figura 31) apresenta uma tendência 
de aplicação em média tensão até 38 kV, devido ao seu reduzido tamanho 
dimensional. Assim como nos outros disjuntores, a associação entre câmaras 
de vácuo também é possível, possibilitando a abrangência de tensões maiores. 
Por enquanto, como mencionado anteriormente, os disjuntores a SF6 ainda 
dominam o mercado de alta tensão. 
 
 
 Figura 31 - Disjunt or a vácuo 36kV do fabricante WEG 
 
 O grande vilão desse tipo de disjuntor é o alto custo de fabricação, que 
possui a tendência de abaixar, devido aos novos desenvolvimentos de 
pesquisas dessa tecnologia. 
 As vantagens do disjuntor a vácuo são bastante relevantes. 
Primeiramente, não necessitam de fontes externas de gás ou óleo, tornando 
muito baixo o risco de qualquer tipo de incêndio. Requerem baixíssima 
manutenção, sendo que o desgaste dos contatos é muito baixo, e dispensam o 
uso de capacitores e resistores de pré-inserção durante uma manobra. 
 
 
 49
9. ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DOS DISJUNTORES DE ALTA TE NSÃO 
 
 A Especificação técnica é um documento elaborado pelo projetista, em 
que todos os requisitos técnicos do equipamento e suas condições de 
operação, ensaios e características do projeto serão descritos. Esse 
documento permite o fabricante identificar o equipamento a ser fornecido, se 
caracterizando como uma forma de contrato entre o cliente e fornecedor, e 
devido a isso é muito comum aparecer na especificação técnica dados 
puramente comerciais, como termos de garantia, prazos, condições de 
pagamento, etc. 
 Em alguns casos, a especificação técnica não se faz necessária, pois o 
equipamento requisitado é bem definido, e já faz parte da linha de produção 
padrão. Nessa situação o cliente deverá apenas mencionar as principais 
características e o modelo do produto, que estará, provavelmente, registrado 
no catálogo. No caso dos disjuntores de alta tensão, a especificação técnica é 
fundamental, pois características peculiares do sistema elétrico, condições 
ambientais e outros fatores influenciam diretamente no processo de fabricação 
desse interruptor de corrente. 
 
9.1 Características nominais dos disjuntores de alt a tensão 
 
 Seguem abaixo as principais características nominais, usualmente 
previstas nas especificações técnicas, inerentes ao equipamento, e ao sistema 
de energia: 
 
• Tensão nominal 
 É o valor da tensão eficaz fase-fase pelo qual o disjuntor é designado. 
Corresponde ao valor da tensão máxima de operação do sistema para o qual o 
disjuntor está previsto. 
 
• Freqüência nominal 
 É a freqüência usual dos sistemas elétricos de potência de determinada 
região (No Brasil, 60 Hz). 
 
 50
• Corrente nominal 
 É a corrente nominal do sistema elétrico onde o disjuntor está inserido. 
Existem valores já predeterminados para esse parâmetro. 
 
• Nível de isolamento nominal 
 São os conjuntos de tensões suportáveis nominais que envolvem o 
disjuntor, como, por exemplo, as originadas por surtos atmosféricos, as 
sobretenões de manobra, etc. 
 
• Capacidade de interrupção nominal em curto-circuito 
 É um dos parâmetros mais importantes para o dimensionamento de um 
disjuntor, pois estes devem atuar, abrindo seus contatos, durante tais correntes 
ocasionadas pelas faltas de curto-circuito. Foi também estabelecido pelas 
normatizações que o disjuntor deve suportar mecanicamente as forças 
causadas pelo primeiro pico da corrente de curto-circuito. Existem valores 
definidos para a corrente de interrupção que ultrapassam os 100kA. 
 
• Tempo de interrupção nominal 
 O tempo de interrupção nominal de um disjuntor é o máximo intervalo de 
tempo entre o instante da energização da bobina de abertura e o instante da 
interrupção de corrente em todas as fases. Os valores normais são de 2, 3, 5 e 
8 ciclos.[2] 
 
• Capacidade de estabelecimento nominal em curto-circuito 
 É a capacidade do disjuntor de estabelecer e suportar os efeitos 
mecânicos do primeiro ciclo de corrente de curto-circuito, pois há a 
possibilidade do disjuntor fechar e estabelecer um curto-circuito. A norma NBR 
7118 padroniza a capacidade de estabelecimento nominal do disjuntor em 2,5 
vezes o valor eficaz da componente alternada da corrente de falta. [2] 
 
 
 
 
 51
• Requisitos para o religamento rápido 
 Como muitas faltas elétricas são de natureza transitória, em muitos 
casos, logo após a extinção do arco, a reenergização do sistema poderá ser 
feita satisfatoriamente. 
 
• Tensão restabelecimento transitória 
 Como visto no capítulo 6 deste artigo, a tensão de restabelecimento 
transitória é a diferença de tensão entre os contatos do disjuntor, no momento 
em que esse é aberto. Seus valores são especificados em ensaios. 
 
 Existem várias formas de determinar as correntes nominais de serviço, 
sobrecorrentes e sobretensões, podendo encontrar desde os métodos mais 
precisos, como a utilização de programas computacionais, até os mais práticos, 
que também podem ser eficazes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 52
10. ENSAIOS APLICADOS AOS DISJUNTORES DE ALTA TENSÃ O 
 
 Duas espécies de ensaios são aplicáveis aos disjuntores de alta tensão: 
os de tipo, e os de rotina. 
 Os ensaios de tipo visam verificar o desempenho dos disjuntores, ou 
seja, se estes atendem as requisições mínimas exigidas pelo projeto. Alguns 
são feitos normalmente pelo fabricante objetivando a garantia da qualidade da 
fabricação do equipamento, outros são específicos, em que o cliente faz uma 
exigência previa. Abaixo segue a lista dos principais ensaios de tipo 
executados nos disjuntores de alta tensão: 
 
• Ensaios mecânicos; 
• Ensaio de elevação de temperatura; 
• Ensaios dielétricos;• Ensaios de estabelecimento e interrupção de correntes; 
• Ensaio de suportabilidade à corrente de curta duração admissível; 
• Ensaio de corrente crítica; 
• Ensaio de abertura em discordâncias de fase; 
• Ensaio de abertura em linha a vazio; 
• Ensaio de estanqueidade da câmara; 
• Ensaio de compatibilidade eletromagnética; 
 
 Os ensaios de rotina objetivam revelar os eventuais defeitos do material 
ou de montagem do equipamento. Podem ser feitos periodicamente para a 
verificação da confiabilidade funcional dos disjuntores, fazendo parte do plano 
de manutenção de tal equipamento. Por serem executados em disjuntores 
aptos ao funcionamento, os ensaios de rotina são não-destrutivos. Os mais 
comuns ensaios de rotina são: 
 
• Ensaios de tensões suportáveis; 
• Ensaio de isolação e capacitância; 
• Ensaios de emissão de corona; 
• Ensaios nos circuitos auxiliares e de controle; 
 53
• Ensaio de funcionamento mecânico; 
• Medição das resistências ôhmicas do circuito principal; 
• Ensaios de tempos de operação no fechamento e abertura; 
• Verificações gerais (pintura, placas de identificação, dimensões, etc); 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 54
11. MANUTENÇÃO DOS DISJUNTORES DE ALTA TENSÃO 
 
 A manutenção é um conjunto de ações, que se realiza direta ou 
indiretamente em um sistema ou equipamento, com a finalidade de verificar, 
manter ou restabelecer as condições de cumprir com segurança e eficiência 
suas funções [2]. Aplicada aos disjuntores, a manutenção objetiva a 
operabilidade em tempo aleatório, ou seja, os equipamentos de manobra têm 
que estar aptos para atuar em qualquer momento, pois, como visto 
anteriormente, são uma das principais proteções a eventuais surtos de um 
sistema elétrico de potência. 
 Três tipos de manutenção são aplicáveis aos disjuntores: corretiva, 
preventiva e preditiva. A Corretiva, que poderá ser programada ou não, tem a 
finalidade de reparar ou retirar o estado de pane de determinado componente 
cuja avaria resultou na falha do equipamento. Já a preventiva visa detectar 
potenciais condições que poderiam gerar algum distúrbio ou falha no 
funcionamento dos disjuntores, principalmente no que diz respeito ao: 
 
• Sistema de isolamento; 
• Elementos(s) de interrupção nos disjuntores; 
• Mecanismos de acionamento; 
 
 E por último, a manutenção preditiva busca um monitoramento contínuo 
de diversas variáveis atreladas ao disjuntor, por meio de sistemas de 
supervisionamento preestabelecidos. A interpretação dos dados coletados 
possibilita predizer uma determinada falha, pois geralmente esta vem 
precedida de alguma sensível mudança no funcionamento de determinado 
componente, e, conseqüentemente, nos parâmetros fornecidos para o sistema 
de supervisão. Dessa forma, as medidas preceptivas do são tomadas antes 
que ocorra uma falha no equipamento. 
 55
 
Figura 32 – Inspeção nos mecanismos de acionamento – Disjuntor Areva SF 6-Série GL 
 
11.1 Rotinas de manutenção 
 
 As rotinas de manutenção são estabelecidas em diversos níveis, que 
variam desde inspeções com o equipamento energizado, em que são 
verificados apenas aspectos visuais externos do disjuntor (trincas, rachaduras, 
vazamentos, etc), até as manutenções que determinam uma análise 
aprofundada das câmaras de extinção (figura 33). 
 A periodicidade e o tipo da rotina serão determinados por diversos 
fatores: 
• Tempo de operação; 
• Numero de manobras mecânicas; 
• Presença de algum fator crítico; 
• Tipo de disjuntor (Como visto no tópico da evolução dos disjuntores, 
algumas peculiaridades influenciam diretamente na rotina de 
manutenção) 
 As figuras 34 e 35 são exemplos que ilustram um plano de manutenção 
de um disjuntor de alta tensão. 
 56
 
 Figura 33 – Inspeção na câmara de extinção – Dis juntor Areva SF 6-Série GL 
 
 
 Figura 34 – Rotinas de manutenção – Disjuntor Areva SF 6-Série GL 
 
 
 
 57
 
Figura 35 - Atividades requeridas em cada tipo de r otina de manutenção – Disjuntor 
Areva SF 6-Série GL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 58
12. CONCLUSÃO 
 
 Na contemporaneidade, o homem se demonstra cada vez mais 
dependente da energia elétrica, em todos os setores da economia, e em todas 
as classes sociais. Devido a esse cenário, os sistemas de geração e 
transmissão evoluíram, tornando-se mais precisos e menos suscetíveis a erros, 
em que os disjuntores de alta tensão também estão incluídos nesse panorama 
desenvolvimentista. 
 A tendência evolutiva desses equipamentos de manobra é a sua 
garantia de um funcionamento preciso, com uma menor necessidade de 
manutenção. Surge, então, o conceito da teoria da confiabilidade aplicada aos 
disjuntores de alta tensão, que se baseia em um estudo estatístico e 
experimental desses dispositivos, estabelecendo métodos e estratégias que 
permitem redução dos índices qualitativos e quantitativos relativos às falhas 
nos sistemas de energia. 
 Atualmente, os disjuntores a SF6 demonstram uma supremacia no 
mercado de alta tensão, pois possuem a melhor correlação entre custo e 
confiabilidade. Já os disjuntores a vácuo, que se adaptaram muito bem em 
instalações de media tensão, não conseguem concorrer no mercado de alta, 
pois ainda possuem um custo de fabricação muito alto para a sua utilização 
nesse nível de tensão. Porém, devido às excelentes características da 
utilização do vácuo como meio de interrupção, existem muitos investimentos 
em pesquisas que, em um futuro não muito distante, visam viabilizar 
economicamente a utilização do disjuntor a vácuo em tensões acima de 72,5 
kV. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 59
BIBLIOGRAFIAS 
 
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Aplications. New York: MARCEL DEKKER, 1997 
 
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Disponível em: <http://www.ebah.com.br/disjuntor-de-alta-tensao-pdf-a58032.html> 
Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
[4] WANDERLEY, Augusto C. Fialho. Instalações elétricas industriais . 2007.37p. 
Apostila CEFET-RN. 
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/apostila-iei-alta-tensao-2007-pdf-
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Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
[5] Autor não identificado. Os efeitos do curto circuito . .9p. Programa de 
formação técnica continuada – Schneider Electric. 
 Disponível em: <http://www.ebah.com.br/curto-circuito-pdf-a25261.html> 
Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
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simétricos pela norma CEI-909 . 1996.9p. Apostila universidade FEUP. 
Disponível em: <http://paginas.fe.up.pt/~mam/curtocircuitos.pdf> 
Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
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Disponível em: <http://www.dsee.fee.unicamp.br/~sato/assimetria.pdf> 
Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
[8] MUSSOI, Fernando L. Rosa. Sinais Senoidais: Tensões e Correntes 
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Disponível em: <http://www.scribd.com/doc/7351988/Sinais-Senoidais-Tensao-e-
Corrente-Alternadas> 
Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
[9] ARAÚJO, Igor Mateus. Manutenção de Disjuntores e noções de 
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Disponível em: <http://www.osetoreletrico.com.br/web/documentos/fasciculos/Ed57 
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Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
 
 
 
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[10] LIMA, Ricardo Tozzi. Desenvolvimento de Software para Medição dos 
Tempos de Operação Durante Ensaio em Disjuntores de Alta Tensão . 
2010.100p. Programa de pó graduação em engenharia elétrica Universidade 
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Disponível em: <http://adm-net-a.unifei.edu.br/phl/pdf/0036335.pdf>Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
[11] ZANETTA, Luiz Cera. Transitórios Eletromagnéticos em sistemas de 
Potência São Paulo Editora USP, 2003. 712p. Book online. 
Disponível em: <http://books.google.com.br/books?id=jKuWXtthG-
EC&source=gbs_navlinks_s> 
Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
[12] BARREIROS, Luiz Pierry. Apresentação AREVA dos disjuntores de Alta 
Tensão. 2007. AREVA T&D Brasil. 
 
[13] CAIRES, Richard Roberto. Equipamentos de alta tensão . 2006. 50p. 
Monografia (Conclusão de Curso) UNISAL. 
Disponível em: <http://www.ebah.com.br/equipamentos-alta-tensao-pdf-
a13046.html> 
Acesso em: 27 de janeiro de 2011. 
 
 
 61
FOLHA DE APROVAÇÃO DO RELATÓRIO TÉCNICO FINAL DE ES TÁGIO 
 
 
Aprovado por: 
 
 
 
 
______________________________________________________________________
Gustavo Soares M. Costa - Supervisor do Estágio 
 
 
 
 
 
 
 
______________________________________________________________________ 
Enilce Santos Eufrásio – Orientadora do Estágio 
 
 
 
 
 
 
 
______________________________________________________________________ 
Mateus Gonçalves Silva – Estagiário 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aprovado em __________ de _______________________ de ________. 
 
 
 
 
 
 
Carimbo da empresa 
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