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Biografia de Alan Turing Alan Turing (1912-1954) foi um matemático britânico, pioneiro da computação e considerado hoje o pai da ciência computacional e da inteligência artificial. Turing liderou um grupo de matemáticos e criptógrafos que decifraram os códigos que os alemães utilizavam para enviar mensagens aos submarinos durante a Segunda Guerra Mundial. Alan Mathison Turing, conhecido como Alan Turing, nasceu em Paddington, Londres, Inglaterra, no dia 23 de junho de 1912. Filho de Ethel Sara Stoney e de Julius Mathison, membro britânico do Serviço Civil Indiano. Formação Turing estudou na Hazlehurst Preparatory School. Com 14 anos ingressou na tradicional Sherbourne School e desde cedo mostrou sua privilegiada inteligência e o interesse pelas ciências e pela lógica. Com 15 anos já resolvia problemas matemáticos complexos, sem ainda ter estudado cálculo. Com 16 anos conheceu Christopher Morcom, um aluno da escola, por quem sentiu atração, descobrindo-se homossexual. Os dois trabalharam juntos em experiências científicas, mas em fevereiro de 1930, Marcom morreu repentinamente. Com 19 anos, Turing foi admitido no King’s College de Cambridge, onde se graduou em matemática com honras, em 1934. No ano seguinte, frequentou o curso de Max Newman sobre os fundamentos da matemática. Em 1936, Turing ingressou no curso de graduação da Universidade de Princeton, onde publicou diversos trabalhos sob a supervisão de Church. Em 1938 obteve seu PhD e retornou para a Inglaterra. Invenção de Alan Turing Um dos trabalhos de Turing foi “On Computable Numbers” (1936), com uma aplicação ao Entscheidungsproblem (um problema da lógica simbólica que consiste em achar um algoritmo genérico para determinar se um dado enunciado da lógica de primeira ordem pode ser provado). Em seu artigo revolucionário que inaugurava os fundamentos da computação, Turing concluiu que seria possível criar uma máquina automatizada, que materializasse fisicamente a lógica humana e solucionasse qualquer cálculo representado no formato de um algoritmo. Surgiram aí as raízes do primeiro computador: um sistema que, sozinho, realizaria tarefas determinadas pelo programa com o qual ele está equipado. A agora chamada de “Máquina de Turing” se tornou um protótipo dos computadores modernos. Carreira profissional As ideias avançadas de Turing chamaram a atenção do Governmente Code and Cypher School (GC&CS), o centro britânico de criptoanálise, e em 1938, logo após seu retorno para a Inglaterra, Turing foi contratado para ajudá-los em seu trabalho de decifrar os códigos alemães da Enigma - a famosa máquina que os alemães utilizavam para enviar mensagens aos submarinos. Aliada dos Estados Unidos, a Inglaterra vinha tentando quebrar esses códigos, mas acabaram considerando-os praticamente indecifráveis. A Inglaterra dependia cada vez mais dos navios que transportavam suprimentos pelo Atlântico Norte, e os ataques dos submarinos alemães causavam grandes estragos nessas frotas. Em 1938, com os conflitos bélicos já declarados na Europa, Turing seria a esperança do governo da Inglaterra para trabalhar na sigilosa seção de quebra de códigos. Foi designado para chefiar uma equipe denominada Hut 8. Os matemáticos descobriram que não havia apenas um código da “Enigma” – a máquina que começou a ser desenvolvida na década de 1920 e foi melhorada nos anos seguintes – e sim, uma série de dispositivos portáteis de criptografia que substituía todas as letras de uma mensagem e, a configuração que determinava as substituições era trocada a cada 24 horas. Quando a guerra foi declarada em 1939, Turing imediatamente passou a trabalhar em tempo integral na Government Code and Cypher School, em uma base secreta situada na cidade vizinha de Bletchley Park. Dessa maneira, Turing e seus comandados reuniram os conhecimentos já alcançados por outro matemático de Cambridge, Gordon Welchman, para criar uma nova e mais poderosa máquina eletromecânica. Em 1941, batizada de “The Bombe”, a máquina se tornou uma ferramenta vital para decifrar as mensagens usadas pelos nazistas e assim ajudar e Inglaterra a se preparar contra os diversos ataques nazista durante a Segunda Guerra Mundial, dando assim aos aliados uma vantagem que permitiu derrotar mais depressa a Alemanha. Em 1945, Turing foi condecorado com a “Ordem do Império Britânico” (OBE) por seus serviços prestados na guerra. Na época, seu verdadeiro papel durante o confronto não pôde ser revelado e permaneceu em segredo por mais de três décadas. Depois da guerra, Turing assumiu uma cadeira na Universidade de Manchester trabalhou no Laboratório Nacional de Física do Reino Unido onde pesquisou e trabalhou no projeto para o programa de armazenamento de dados, o ACE. Criou o Manchester 1, o primeiro computador com as diretrizes parecidas com as de hoje. Interessou-se também por química, quando passou um período trabalhando nos laboratórios da Bell, nos Estados Unidos. Alan Turing foi homenageado com uma placa no memorial situado no espaço público de Sakville Park, na cidade de Manchester, Inglaterra. Morte Em 1952, Alan Turing teve sua carreira abalada quando foi acusado de praticar “atos homossexuais” – um crime segundo as leis inglesas da época. Declarado culpado, poderia deixar de cumprir a pena caso aceitasse adotar um tratamento para “seu problema”: a castração química. O britânico recusou a prisão e se submeteu a injeções de estrogênio. Com seu prestígio relegado, Turing foi impedido de continuar contribuindo com as atividades do governo e viu todos os seus privilégios de segurança concedidos após a Guerra serem cancelados. Alan Turing foi encontrado morto em sua cama. A princípio, acreditou-se que teria sido suicídio pela ingestão de cianeto, mas estudiosos concluíram que o envenenamento não passou de um acidente causado pelo uso de elementos químicos em experimentos caseiros. Alan Turing faleceu em Wilmslow, Cheshire, Inglaterra, no dia 7 de junho de 1954. Uma campanha de perdão ao matemático começou na internet, exigindo um pedido póstumo por parte do governo britânico. Em 2009, o então primeiro-ministro inglês Gordon Brown, se desculpou em nome do governo, e no dia 24 de dezembro de 2013, Turing foi perdoado postumamente da condenação por prática homossexual, pela rainha Elizabeth II. Filme Em 2014 foi lançado o filme “O Jogo da imitação” do diretor Morten Tyldum e estrelado por Benedict Cumberbatch. Segundo o roteirista, o intuito era ser uma versão que retratasse a história de Alan Turing de uma forma emocional e cinematográfica e não um relato preciso da história. https://www.ebiografia.com/alan_turing/ Alan Turing "Alan Turing foi um matemático e criptógrafo inglês considerado atualmente como o pai da computação, uma vez que, por meio de suas ideias, foi possível desenvolver o que chamamos hoje de computador. Turing também ficou muito conhecido como um dos responsáveis por decifrar o código utilizado pelas comunicações nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. Por meio do seu trabalho, foi desenvolvida uma máquina conhecida como “bomba eletromecânica” (The Bombe, em inglês), que decifrou o código da máquina Enigma utilizado pelos alemães, e permitiu que os Aliados tivessem acesso a informações privilegiadas ao longo da guerra. Turing morreu em 1954, provavelmente tendo cometido suicídio. Alan Turing (1912-1954) é considerado o pai da computação e contribuiu para a vitória aliada na Segunda Guerra. Tópicos deste artigo 1 - Vida pessoal 2 - Vida profissional Importância na Segunda Guerra Mundial 3 - The Bombe: a máquina de Turing 4 - Enigma: como funcionava 5 - Últimos anos de Turing 6 - Legado de Alan Turing Vida pessoal Alan Mathison Turing nasceu no dia 23 de junho de 1912, em um bairro residencial de Londres, capital da Inglaterra. Seu pai, Julius Mathison Turing, era um oficial que trabalhava na Madras Presidency, uma região administrativa criada pelos britânicos na Índia britânica (na época, a Índia era um território dependente da Inglaterra). Sua mãe, Ethel Sara Stoney, era filha de um engenheiro-chefeque também trabalhava nessa região. Durante sua infância, Turing estudou em diversas escolas, tais como Hazelhurst Preparatory School e Sherborne School. Na Sherborne ingressou quando tinha 13 anos, e um episódio peculiar marcou sua entrada nela. No seu primeiro dia de aula, aconteceu uma greve geral na Grã-Bretanha que o impediu ir de trem. Turing resolveu, em sua bicicleta, percorrer os 100 km que separavam a escola de sua casa. Alguns estudos feitos sobre a vida de Turing mostram que, em Sherborne, ele logo demonstrou grande interesse pela matemática, e, apesar de ser reconhecido atualmente como um gênio, algumas de suas notas eram apenas regulares. Em Sherborne, conheceu Christopher Morcom, o qual muitos acreditam ter sido seu primeiro amor. Morcom, porém, faleceu em 1930, em decorrência de tuberculose bovina. A essa altura, Turing tinha 18 anos de idade. Anos depois, ele ingressou no curso de Matemática pela Universidade de Cambridge, e graduou-se em 1934, com honras. Depois disso, dedicou-se integralmente à matemática e à criptografia. Vida profissional Durante a Segunda Guerra, Alan Turing trabalhou na sede da inteligência britânica, conhecida como Bletchley Park. Em 1936, Turing apresentou uma teoria a respeito da construção de uma máquina capaz de realizar cálculos. Entre 1936 e 1938, estudou matemática e criptografia em Princeton, local em que obteve seu PhD. A partir de 1938, retornou à Inglaterra e passou a integrar uma organização do governo britânico, responsável por quebrar códigos e enigmas, chamada Government Code and Cypher School. Com o começo da Segunda Guerra Mundial, em setembro de 1939, Turing ingressou no Bletchley Park, a instalação que reuniu grandes matemáticos e criptógrafos e que teve papel crucial na interceptação de mensagens enviadas pelos exércitos do Eixo (formado por Itália, Alemanha e Japão). Nessa instalação, houve uma intensa cooperação de cientistas ingleses, franceses e poloneses para decifrar o código utilizado pelos alemães e seus aliados. Os alemães utilizavam a Enigma, uma máquina alemã que criptografava as mensagens que eram enviadas pelo exército e tornava-as quase indecifráveis. Alan Turing e outros matemáticos ingleses atuaram diretamente na quebra do código alemão, e, para isso, contaram com estudos realizados por três matemáticos poloneses, que atuaram entre 1932 e 1939. Os franceses concederam aos britânicos chaves criptográficas utilizadas pelo Wehrmacht (exército alemão), e os poloneses deram-lhes máquinas Enigma. Em 1940, os britânicos conseguiram decodificar as primeiras mensagens enviadas pelos alemães, mas somente com a Bombe foi possível decodificá-las na velocidade demandada pela guerra. A máquina utilizada pelos britânicos na decodificação das mensagens foi resultado do trabalho de Turing. Sua teoria inspirou-se nos estudos do polonês Marian Rejewski, e a execução do trabalho foi realizada pelo engenheiro Harold Keen. A importância de Turing dá-se porque foi ele que, ainda em 1939, afirmou que era possível construir um novo artefato capaz de quebrar o código alemão. Isso porque os poloneses já tinham desenvolvido uma bomba eletromecânica, mas como o princípio de criptoanálise da bomba polonesa era frágil, essa máquina logo se tornou obsoleta. Alan Turing também foi o responsável por recrutar Tommy Flowers para o departamento de criptografia de Bletchley Park. Flowers, anos depois, acabou sendo o responsável pela construção do Colossus, uma importante máquina que decifrou o código de uma máquina de criptografia alemã chamada Lorenz. Importância na Segunda Guerra Mundial A máquina desenvolvida por Turing foi crucial para a Batalha do Atlântico, travada entre britânicos e alemães nos anos de 1940 e 1941. A primeira bomba eletromecânica desenvolvida por meio dos estudos de Alan Turing ficou pronta em março de 1940 e foi nomeada Victory. As máquinas construídas com base nesse modelo desenvolvido por Alan Turing foram essenciais para os Aliados na Segunda Guerra Mundial, porque lhes deram uma vantagem estratégica extremamente importante: informação. As mensagens decifradas pelas Bombe de Turing faziam parte do Ultra — departamento de inteligência britânico responsável por interceptar e decifrar as mensagens enviadas pelos sistemas de comunicação do Eixo. O Ultra teve atuação destacada na receptação de mensagens alemãs e contribuiu também para decifrar códigos japoneses. Esse foi um departamento gigantesco, chegando a contar com seis mil trabalhadores, dos quais Alan Turing foi um dos nomes mais proeminentes. Por conta de sua importância, esse departamento era conhecido apenas pelo mais alto escalão do governo e do exército britânico. O líder soviético Josef Stalin, por exemplo, nunca soube como os britânicos conseguiam obter informações dos alemães. O historiador Max Hastings argumentou que o Ultra (do qual as bombas eletromecânicas faziam parte) foi responsável por poupar a destruição de cerca de dois milhões de toneladas de embarcações britânicas, só no segundo semestre de 1941.|1| Por meio das informações decodificadas pela máquina projetada por Turing, os britânicos conseguiram mapear a posição de embarcações alemãs, e, com isso, era possível desviar a rota das embarcações inglesas com antecipação. Isso foi extremamente importante, porque, entre 1940 e 1941, o Reino Unido esteve lutando sozinho na guerra, uma vez que os franceses tinham sido rapidamente derrotados. A ilha britânica, isolada, acabou sendo cercada por submarinos alemães chamados de U-boats, que afundavam embarcações que levavam suprimento para o Reino Unido. Com a Bombe, foi possível contornar esse problema. Em 1943, as máquinas desenvolvidas por Turing demonstravam a sua importância para a inteligência britânica, pois eram responsáveis por decifrar, a cada mês, cerca de 84 mil mensagens enviadas pelos alemães via Enigma.|2| O sistema de decodificação desenvolvido por Turing e sua equipe e o trabalho desenvolvido por meio do Ultra também contribuíram em batalhas realizadas no norte da África, na Grécia, na Normandia etc. Além de ajudar na vitória, Turing e sua invenção contribuiram para encurtar o tempo da Segunda Guerra e foram responsáveis por salvar a vida de milhões de pessoas. The Bombe: a máquina de Turing Como mencionado, a máquina criada por Turing, ou a sua bomba eletromecânica, era usada para decifrar mensagens emitidas pelas forças armadas alemãs e criptografadas por uma outra máquina chamada Enigma. Essas mensagens eram emitidas em forma de ondas de rádio, por isso eram facilmente interceptadas em Bletchley Park. O computador que decifrou os códigos nazistas foi implementado por Alan Turing. A Bombe era um enorme computador eletromecânico que pesava quase uma tonelada e tinha cerca de 1,80 m altura. Na parte frontal da máquina, havia 108 eixos, que eram agrupados em nove linhas com 12 espaços cilíndricos. Nesses cilindros eram encaixados os tambores, que, depois de programados manualmente, por meio de cartões com pequenos furos, giravam simultaneamente, combinando as letras de cada tambor com as mensagens captadas em agrupamentos de três letras. Os tambores iniciavam a combinação em uma determinada letra e, ao final de cada ciclo, sua posição era incrementada para a próxima letra, assim, o ciclo era iniciado novamente. Ao todo, cada ciclo passava por um total de 17.576 posições diferentes. Agora, vamos entender como funcionava a máquina que codificava as comunicações realizadas pelos nazistas e que foi decifrada por meio do trabalho de Turing. Enigma: como funcionava Como mencionado, os poloneses foram os responsáveis por construir as primeiras bombas eletromecânicas. Elas obtiveram algum êxito em decifrar as mensagens criptografadas pela Enigma, no entanto, esse sucesso diminuiu drásticamente conforme a máquina alemã era aprimorada pelos engenheiros nazistas. Uma dessas implementações tornou-a indecifrável. No entanto, a captura de algumas chaves de criptografia possibilitou a quebra dos códigos nazistas. Foi nesse cenário que a programação feita porAlan Turing e sua equipe mostrou a sua utilidade. O cientista da computação teve a ideia de implementar uma nova bomba eletromecânica, mais eficiente que as anteriores. Para tanto, programou-a prevendo a existência de trechos que se repetiam em grande parte das mensagens, além disso, soube como explorar uma grande falha na criptografia usada pela Enigma, da qual falaremos mais adiante. Enigma era a máquina usada para criptografar mensagens. A Enigma podia ser configurada em 26 modos de encriptação distintos, baseados na posição em que três eixos mecânicos eram conectados entre si. A letra presente no primeiro eixo determinava quais seriam as letras seguintes. Desse modo, se a primeira letra fosse A, por exemplo, quando se digitava a letra J, essa era substituída pela letra B, no entanto, caso a letra inicial fosse B, a letra J seria substituída pela letra C. A letra inicial de cada mensagem era, portanto, a chave criptográfica de cada mensagem, e, por isso, era trocada todos os dias, exatamente à meia-noite. Alan Turing e sua equipe sabiam do modo como a posição dos eixos da Enigma mudava a encriptação das mensagens e também que essa configuração era alterada todos os dias. Em uma de suas tentativas de quebrar o código criptografado, Turing desenvolveu uma técnica pela qual a Bombe buscava “atacar” uma frase específica que se repetia na mesma posição, em todas as mensagens trocadas entre as forças armadas nazistas. Além disso, o cientista inglês também se beneficiou de uma grande falha da máquina alemã: ela não era capaz de criptografar uma mensagem sem alterar todas as suas letras. Isso indicava que se a frase original contivesse a letra A, por exemplo, a letra criptografada jamais poderia ser A, independentemente de qual fosse a configuração em que a máquina estava. Baseada nisso, a Bombe procurava a frase que se repetia e combinava-a às outras 26 possibilidades de configuração, captadas ao longo do tempo, até que, em alguma dessas combinações, a mesma letra não se repetisse. A frase em questão, presente no final de todas as mensagens, era “Heil Hitler” (salve Hitler). Últimos anos de Turing Depois da guerra, Turing prosseguiu seu trabalho no desenvolvimento de um computador e de uma inteligência artificial e trabalhou em locais como o National Physical Laboratory, vinculado ao governo britânico, e a Universidade de Manchester. Em janeiro de 1952, teve sua casa assaltada pelo rapaz com quem vivia um relacionamento, e, ao admitir para a polícia seu envolvimento com o assaltante, foi indiciado por “indecência grave”. Naquela época, a homossexualidade era proibida na Inglaterra, e isso levou Turing a julgamento. Condenado por indecência grave, o matemático foi forçado a afastar-se de seu ofício. Para evitar ser preso, Turing aceitou passar por um “tratamento” à base de estrogênio (hormônio feminino) que, na verdade, consistia em uma castração química. Em 8 de junho de 1954, aos 41 anos de idade, Alan Turing foi encontrado morto em sua casa. A causa da morte foi envenenamento por cianeto, possivelmente por ingerir uma maçã envenenada com esse composto. Assim, registrou-se sua morte como resultado de um suicídio, embora familiares do matemático tenham argumentado, anos depois, que ela aconteceu por engano. Os restos mortais de Turing foram cremados, e até hoje não se sabe se sua morte foi acidental ou proposital. Em 2009, o primeiro-ministro britânico Gordon Brown desculpou-se publicamente pelo modo como o governo britânico procedeu com Alan Turing após a guerra. Em 2013, a rainha Elizabeth II concedeu o perdão real ao cientista, livrando-o postumamente de sua condenação prévia por sua homossexualidade. Legado de Alan Turing O maior legado deixado pelo matemático Alan Turing é, sem dúvidas, a invenção da máquina de Turing. Esta é um modelo teórico que pode ser usado para implementar todos os aspectos lógicos e matemáticos de um computador, independentemente de como ele venha a ser construído (mecânica ou eletronicamente, por exemplo). A máquina de Turing foi criada em 1936, muito tempo antes da invenção dos computadores modernos. A maior parte dos nossos dispositivos eletrônicos, como celulares e computadores, são máquinas programáveis, que operam de acordo com os fundamentos da máquina de Turing. As calculadoras, por exemplo, operam como as primeiras máquinas de Turing, programadas para realizar cálculos simples. Como citado, a participação de Turing na decifração da Enigma e na construção da bomba eletromecânica contribuiu para acelerar o final da Segunda Guerra Mundial, sendo responsável por salvar milhões de vidas. Além disso, nesse período, as tecnologias de criptografia e computação sofreram grandes avanços. Além de ter construído as bases da computação moderna, Turing também desenvolveu os primeiros testes capazes de distinguir a inteligência artificial da inteligência humana. Atualmente os testes de Turing são usados em diversos sites e dispositivos, promovendo maior segurança para os seus usuários. Notas |1| HASTINGS, Max. Inferno: o mundo em guerra 1939-1945. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2012, p. 294. |2| Alan Turing: the codebreaker who saved ‘millions of lives’. Para acessar, clique aqui. *Créditos da imagem: Anait e Shutterstock Por Daniel Neves graduado em História e Rafael Helerbrock mestre em Física" Disponível em:< https://brasilescola.uol.com.br/biografia/alan-mathison.htm>. Vamos conhecer: Charles Babbage 20 de julho de 2022 Tadeu Bolognes Outros 0 Em pleno século 21, é fácil nos encantar com a tecnologia que nos cerca! Nesse instante, ao ler este post, é provável que você esteja lendo pela tela de um smartphone, tipo de aparelho que facilmente pode substituir um computador de mesa ou um notebook , lembrando é claro, o tipo de uso que se tem mente, mas nem sempre foi assim, “fácil”! Este post é o primeiro em que quero apresentar a vocês, uma série de personalidades que dedicaram sua vida ao avanço da T.I. Importante lembrar que nada se cria “do nada”, por isso vamos conhecer e principalmente celebrar aqueles que, por exemplo, tornaram possível através de uma tela, seja portátil ou não, resolver uma série de problemas do nosso cotidiano. O ano é 1791, dia 26 de Dezembro, Londres, Inglaterra, nascia Charles Babbage, filho de Benjamin Babbage e Betsy Plumleigh Babbage. Charles Babbage teve acesso a uma excelente educação e o que possibilitou a ter ocupações como matemático, cientista da computação(é…eu sei, estranho, mas eu já chego lá), inventor, economista, filósofo, professor universitário, engenheiro, astrônomo e escritor. Quando citamos as ocupações de Babbage, fica difícil de acreditar que no século 19 já podemos identificar alguém que tinha contato com computadores. A explicação para isso é que Charles Babbage, inspirado por uma máquina de tecelagem automática, criada Joseph-Marie Jacquard em 1801, concebeu o que conhecemos por Máquina Diferencial. Em 1822, Babbage apresenta um modelo ainda não finalizado da Máquina Diferencial. Era possível realizar cálculos que resolviam equações polinômicas, necessárias para montagem de tabelas matemáticas usadas na navegação marítima daquela época, eliminando erros de cálculo que poderiam custar a vida dos navegantes. Esta é apenas uma parte da Máquina Diferencial, montada pelo filho de Babbage, com as peças achadas em seu laboratório. Em 1833, Charles Babbage começa a trabalhar no projeto da Máquina Analítica. O projeto previa implementação de especificações encontradas em computadores modernos, sendo que haviam quatro partes distintas como “a esteira”(the mill) se assemelhando a CPU, “o armazém”(the store) onde os dados ficavam armazenados para posterior processamento, “a leitora”(the reader) e “a impressora”(the printer), que se assemelham aos dispositivos de entrada e saída de dados, lembrando que, a operação seria totalmente mecânica. A Máquina Analítica seria programável e com a participação da matemática Ada Lovelace(Condessa de Lovelace), foi possível o uso de cartões perfurados, uma vez que ela traduziu do francês,um artigo que mostrava ser possível o uso dos tais cartões perfurados, habilitando o cálculo de números de Bernoulli pela Máquina Analítica. Por criar uma maneira de “dizer o que fazer” para Máquina Analítica, Ada Lovelace é a primeira desenvolvedora da História. Augusta Ada Byron King, também conhecida Ada Lovelace, ou Condessa de Lovelace merece destaque na História da T.I. Charles Babbage e Ada Lovelace não puderam ver em vida a Máquina Analítica construída, já que depois de uma tentativa que levou 19 anos para construção do dispositivo, o governo britânico cortou o financiamento do projeto. Somente em 1991, a construção do que é chamada de Máquina Diferencial N° 2, pelo Museu da Ciência de Londres, nos coloca próximos do projeto de Babbage, sendo que essa Máquina é um refinamento proposto por ele, enquanto trabalhava no desenvolvimento da Máquina Analítica. Uma segunda unidade da Máquina Diferencial N° 2 foi construída nos Estados Unidos e colocada em exposição desde 2008. É possível ver seu funcionamento no vídeo: Um computador à manivela, literalmente! Charles Babbage tem uma história fascinante, por isso eu incentivo a pesquisarem a respeito de sua vida. Ele é o primeiro que escolhi para contar um pouco sobre as pessoas que fazem o universo da T.I tão maravilhoso, mas existem muitas personalidades a serem descobertas ainda. Disponível em:< https://4future.com.br/index.php/2022/07/20/vamos-conhecer-charles-babbage/>. Charles Babbage Biografia Charles Babbage foi um importante cientista da computação, famoso por ter criado o primeiro computador programável do mundo, a Máquina Analítica, em conjunto com Ada Lovelace, sendo apelidado de 'Pai do computador'. Babbage também era formado em diversas áreas como matemática, engenharia mecânica e filosofia. Existem discrepâncias sobre seu nascimento, mas é conhecido que Charles Babbage nasceu entre os anos de 1791 e 1792, em Londres. O pai de Babbage era banqueiro e sua família era suficientemente abastada para permitir que ele estudasse nas melhores escolas com os melhores tutores. Ele frequentou o Trinity College em Cambridge onde ensinou matemática posteriormente. Ele e alguns amigos como John Herschel e George Peacock, porém, ficaram decepcionados com o ensino de matemática disponível na universidade e formaram a Sociedade Analítica do Trinity College, que tinha como objetivo levar desenvolvimentos de toda Europa para a matemática inglesa. Como estudante, Babbage foi também membro de outras sociedades, como o Ghost Club, preocupado com a investigação de fenômenos sobrenaturais, e do Extractors Club, dedicado a libertar seus membros do hospício, caso algum dos membros fosse parar lá. Ele foi eleito membro da Royal Society of London, título honorífico concedido a cientistas notáveis, no qual recebeu uma bolsa para projetar uma calculadora que fosse até a vigésima casa decimal no qual ficou conhecida como seu maior projeto, a Máquina Analítica, uma evolução de sua Máquina Diferencial que era capaz de fazer cálculos polinomiais. Porém Babbage nunca conseguiu realmente finalizar a máquina devido a conflitos com seu engenheiro-chefe e financiamento inadequado. Mais recentemente, porém, entre 1985 e 1991, o Museu de Ciência de Londres construiu outra de suas invenções inacabadas, a Máquina Diferencial 2, usando apenas técnicas disponíveis na época de Babbage. Babbage casou-se com Georgiana Whitmore, com quem teve 8 filhos, apenas 4, infelizmente, sobreviveram. Georgiana morreu em Worcester em 1 de setembro de 1827, mesmo ano em que seu pai, seu segundo filho (também chamado Charles) e seu filho recém-nascido Alexander morreram. Sua decisão posterior para passar um ano viajando no continente registou uma atraso na construção de suas máquinas. A morte de Charles Babbage se deu devido a insuficiência renal causada por cistite, aos seus 79 anos, em 18 de outubro de 1871. Principais Contribuições Além da criação da Máquina Analítica e da Máquina Diferencial, Babbage contribuiu para diversas outras áreas da ciência além da computação, algumas delas são: · · Sistema Postal · Filosofia · Terminologia · Criptografia · Tecnologia de fita perfurada · Engenharia Mecânica · Saúde · Administração · Transporte · Economia · Educação Babbage deixou um importante legado de obras escritas de natureza técnica que refletem a projeção e o escopo de suas ideias, o que incentivou pesquisadores que posteriormente aprofundaram seus planos e esboços, alcançando o que ele pretendia. Ele escreveu uma quantidade considerável de ensaios, trabalhos acadêmicos e livros nos quais expressou suas obras e pensamentos. Isso inclui a economia de máquinas e fabricantes, reflexões sobre o declínio da ciência na Inglaterra, o nono tratado de ponte, ciência e reforma e passagens da vida de um filósofo. As fundações com as quais Charles Babbage projetou como criação da máquina diferencial e depois da máquina analítica serviram a cientistas e empreendedores posteriores para tornar seus sonhos em realidade. Tudo em que a indústria de computadores se baseia hoje tem suas origens nas ideias do inglês. Prêmios e distinções Graças a sua enorme contribuição na ciência Babbage ganhou em 1824 a primeira medalha de ouro da RAS (Royal Astronomical Society), prêmio dado aos cientistas que se destacam no campo astronômico, cosmológico, físico ou geofísico. Produção Científica (Máquina Diferencial e Máquina Analítica respectivamente) Dentre todos os seus projetos os mais importantes foram a Máquina Diferencial e a Máquina Analítica. A primeira no entanto nunca entrou em produção ficando apenas no projeto sendo montada pelo filho de Babbage anos depois. Ela tinha capacidade de realizar equações polinômicas através da diferença entre números e assim, de efetuar os cálculos necessários para construir tabelas de logaritmos. Além disso foi essa invenção que deu a Babbage o título de 'Pai da Computação'. A Máquina Analítica é uma versão melhorada da Máquina Diferencial, esse novo dispositivo foi projetado para ser automático, controlado por um programa e com suporte digital, como um computador moderno. Seu uso era geral e poderia realizar qualquer tipo de cálculo com uma ampla variedade de números com o objetivo de resolver problemas complexos. Entretanto por ser um projeto muito ambicioso e por financiamento inadequado não conseguiu finalizá-lo em vida. Curiosidades * Metade do cérebro de Babbage pode ser observado no Hunteriam Museum em Londres e a outra no Science Museum também em Londres * Babbage participou da sociedade The Ghost Club preocupado com investigação do sobrenatural. * Suas festas regulares aos sábados em sua casa na Dorset Street eram consideradas assuntos 'não perca'. Referências 1. Charles Babbage: saiba quem foi o engenheiro “pai do computador”. Galileu. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2018/10/charles-babbage-saiba-quem-foi-o-engenheiro-pai-do-computador.html >. Acesso em: 29 ago. 2022. 2. Charles Babbage: biografia, invenções e outras contribuições. Maestrovirtuale. Disponivel em:<https://maestrovirtuale.com/charles-babbage-biografia-invencoes-e-outras-contribuicoes/>. Acesso em: 29 ago. 2022. 3. Charles Babbage. Wikipédia. Mês e ano de publicação: 6 jul. 2022. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Babbage>. Acesso em: 29 ago. 2022. 4. Máquina analítica. Wikipédia. Mês e ano de publicação: 18 mar .2022. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_anal%C3%Adtica>. Acesso em: 29 ago. 2022. 5. Máquina diferencial. Wikipédia. Mês e ano de publicação: 14 jun. 2022. Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A1quina_diferencial >. Acesso em: 29 ago. 2022. 6. Charles Babbage. CODELOGICA. Disponível em: <https://codelogica.wordpress.com/2018/06/15/charles-babbage/>. Acesso em: 29 ago. 2022. 7. TREBIEN, Heitor Augusto Colli. Charles Babbage e a máquina analítica: como o matemático construiu o precursor do computador moderno? Velip. Mês e ano de publicação:17 JAN. 2022. Disponível em:<https://www.velip.com.br/charles-babbage-e-a-maquina-analitica-como-o-matematico-construiu-o-precursor-do-computador-moderno/>.Acesso em: 29 ago. 2022. 8. Biografia de Charles Babbage, matemático e pioneiro da computação. Greelane. Disponível em:<https://www.greelane.com/pt/humanidades/hist%C3%B3ria--cultura/charles-babbage-biography-4174120 >. Acesso em: 29 ago. 2022. 9. https://pt.wikipedia.org/wiki/Charles_Babbage Hoje na História: 1889 - Herman Hollerith inventa a máquina elétrica de contagem Elaborado para calcular as estatísticas dos censos dos EUA, o dispositivo tornar-se-ia o precursor dos computadores atuais MAX ALTMAN 8 de jan de 2012 às 08:00 Em 8 de janeiro de 1889, o estatístico norte-americano Herman Hollerith anuncia a invenção da máquina de contagem que, mais tarde, seria considerada a precursora do moderno sistema de processamento de dados. WikiCommons Desde jovem, o descendente de alemães já era fascinado por estatísticas. Enquanto concluía o curso de Engenharia de Minas na Universidade de Columbia, quis elaborar uma máquina que conseguisse reunir e avaliar um grande número de dados. Hollerith iniciou em 1881 um projeto para tabular com maior eficiência os dados dos censos dos EUA. Como, até então, o único meio de apuração de dados era o manual, o Escritório do Censo dos Estados Unidos levou oito anos para completar a pesquisa de 1880 e temia que os números de 1890 levassem ainda mais tempo para serem revelados. Era urgente encontrar uma forma que abreviasse a contagem. O matemático inglês Charles Babbage já havia inventado um dispositivo que conseguia efetuar as quatro principais operações matemáticas. A memória da "calculadora" baseava-se em cartões perfurados. Mas, por falta de interesse, seu invento ficou engavetado por 70 anos. Hollerith também utilizou cartões perfurados para ajudar a analisar os dados do censo de 1890. Ele teve a ideia ao ver um fiscal de uma ferroviária perfurar os bilhetes do trem e baseou-se nas folhas de urdidura inventadas nos anos 1800 pelo tecelão francês Joseph-Marie Jacquard. Seu grande avanço foi empregar eletricidade para a leitura, contagem e classificação dessas fichas, cujos orifícios representavam as informações colhidas pelos recenseadores. A "Máquina do Censo" foi aprovada com sucesso num teste em Saint Louis. O governo norte-americano entusiasmou-se e contratou Hollerith para o processamento dos dados do censo geral de 1890. A única frustração seria a descoberta de que, em vez dos esperados 75 milhões de habitantes, os Estados Unidos possuiam, na realidade, "apenas" 62 milhões. Suas máquinas concluíram em um ano o processamento que levaria, a princípio, uma década. Em 1896, Hollerith fundou a Tabulating Machine Company para vender sua invenção. A companhia tornaria-se parte da IBM em 1924. WikiCommons Painel de controle do Mark I Os cartões perfurados e as máquinas de tabulação de Hollerith consistiram num passo em direção à computação automática. Seu dispositivo poderia ler automaticamentedados previamente perfurados no cartão. O emprego dessa tecnologia permaneceria até o final da década de 1970, quando as fichas eram lidas eletronicamente por meio do movimento barras de metal. O impulso decisivo para o empreendimento de Hollerith aconteceu no começo da década de 1940, com um invento de Konrad Zuse, na Alemanha, e Howard Aiken, nos Estados Unidos. Eles criaram uma calculadora de circuito eletrônico que levaria a IBM, em 1944, a lançar uma máquina de calcular programável e digital. Esse foi o primeiro computador da história: batizado de Mark I, el possuía 16 metros de comprimento, pesava 35 toneladas e consumia o equivalente a 100kW de energia elétrica. Disponível em:< https://operamundi.uol.com.br/politica-e-economia/19016/hoje-na-historia-1889-herman-hollerith-inventa-a-maquina-eletrica-de-contagem>. 1860: Nasce Herman Hollerith, "pai" do processamento de dados 29 fev2016- 05h29 Compartilhar Ver comentários Em 29 de fevereiro de 1860, nasceu nos Estados Unidos o estatístico Herman Hollerith, inventor de uma máquina de contar considerada precursora do moderno sistema de processamento de dados. Sete anos foi o período necessário para processar os dados do censo de 1880 nos Estados Unidos. Para não perder tanto tempo, em vista da nova contagem populacional marcada para 1890, era urgente encontrar uma forma que abreviasse a apuração. Justamente nesta época, um jovem descendente de alemães concluía o curso de Engenharia de Minas na Universidade de Columbia, no estado norte-americano de Nova York. Herman Hollerith era fascinado por estatísticas. Seu objetivo: inventar uma máquina que conseguisse reunir e avaliar um grande número de dados sobre um tema. O matemático inglês Charles Babbage já havia inventado uma engenhoca que conseguia efetuar as quatro principais operações matemáticas. A memória da "calculadora" baseava-se em cartões perfurados. Mas, por falta de interesse, seu invento ficou engavetado durante 70 anos. Hollerith baseou-se na ideia de Babbage e, em 1889, criou a máquina que conta usando cartões perfurados. Além disso, a posição dos furos no cartões fornecia informações adicionais, como idade ou profissão do entrevistado. A leitura dos dados era feita com agulhas metálicas. Quando elas se encontram num furo do cartão, fecha-se um circuito elétrico, acionando assim o sistema de contagem. A "Máquina do Censo" foi aprovada com sucesso num teste em Saint Louis. O governo norte-americano ficou tão entusiasmado, que contratou Hollerith para o processamento dos dados do censo geral de 1890. Valeu a pena. Em vez de sete, a apuração levou apenas dois dias. Só uma coisa frustrou os norte-americanos. Em vez dos esperados 75 milhões de habitantes, os Estados Unidos tinham "apenas" 62 milhões. Chegada à Europa A Europa conheceu o inventor de origem alemã durante a Exposição Mundial de 1889, em Paris. Depois dos Estados Unidos e do Canadá, também a França e a Noruega encomendaram seus préstimos. Para dar conta da demanda, Hollerith abriu a Tabulating-Machine-Company, sua empresa nos Estados Unidos. Na Alemanha, sua subsidiária chamou-se Deutsche-Hollerith-Maschinen-Gesellschaft (Dehomag). Entre seus clientes, estavam repartições públicas e grandes empresas. Em 1924, a filial nos Estados Unidos fundiu-se com várias empresas similares, surgindo a International Business Machines (IBM). Com o passar do tempo, as máquinas foram aperfeiçoadas: os cartões não precisam mais ser agrupados à mão e os resultados já saíam impressos. Uma evolução que garantiu novos clientes nos setores da contabilidade e planejamento. O impulso decisivo para o empreendimento de Hollerith aconteceu no começo da década de 1940, com um invento simultâneo de Konrad Zuse, na Alemanha, e Howard Aiken, nos Estados Unidos: eles criaram uma calculadora com circuito eletrônico. Em 1944, a IBM apresentou a máquina de calcular programável e digital. Foi o primeiro computador, batizado Mark I, com 16 metros de comprimento e 35 toneladas de peso. O "monstro" consumia 100kW de energia. De Fortran a DOS O primeiro "cérebro eletrônico" foi usado basicamente pelos militares na Segunda Grande Guerra. A linguagem Fortran, desenvolvida pela IBM na década de 1950, seria o primeiro software concebido especialmente para fins científicos. Nos anos seguintes, a International Businesss Machines continuou ampliando sua liderança no mercado. Na década de 1970, o desempenho do computador se tornou cada vez mais abrangente, expandindo suas funções para a área da elaboração de textos. O computador não interessava só às empresas e às repartições públicas, ele podia ser usado também pelo cidadão comum. Começava assim a era do computador pessoal. Em 1981, a IBM deu mais um salto de qualidade ao lançar o sistema MS-DOS, criado pelo então desconhecido William "Bill" Gates. Disponível em:< https://www.terra.com.br/noticias/1860-nasce-herman-hollerith-pai-do-processamento-de-dados,bcb60cdcbd55ca58461661876bf10a830nfl0epx.html>. Claude Shannon: pai da Teoria da Informação nascia há 97 anos 30 abr2013- 07h27 (atualizado às 07h43) Shannon e seu famoso rato Teseu, com o qual fez experimentos em labirintos - algunsdos primeiros testes em inteligência artificial Foto: Getty Images Considerado o pai fundador da era de comunicação eletrônica, Claude Shannon foi um engenheiro matemático cujo trabalho em problemas técnicos da comunicação lançou as bases tanto para a indústria de computadores quanto para as telecomunicações. Enquanto trabalhava no laboratório criado por Graham Bell, em 1942, o americano formulou uma teoria explicando a comunicação das informações e contribuiu para o estudo do problema sobre como transmitir informação de maneira mais eficiente. A teoria matemática da comunicação feita em conjunto com o matemático Warren Weaver foi o ponto alto das investigações científicas de Shannon. O conceito de entropia transposto para a comunicação também foi um importante aspecto da teoria - ele demonstrou que a entropia da informação era equivalente à falta de conteúdo informativo, um grau de incerteza em uma mensagem. Claude Elwood Shannon nasceu em 30 de abril de 1916 na pequena cidade de Gaylord, Michigan. Estudou engenharia elétrica e matemática no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, onde concluiu seu mestrado e doutorado em 1940. Apaixonado por música, tinha cinco pianos e 30 outros instrumentos em casa, de flautins a trompetes. Inventor nato, contava com uma máquina de jogar xadrez, um monociclo com uma roda descentralizada e outros inventos. Shannon trabalhou para a Bell Telephone Laboratories como matemático pesquisador a partir de 1941. Ali, se dedicou a aprimorar a qualidade da transmissão de informações. Em 1948, conseguiu explicar o problema fundamental da comunicação de maneira quantitativa: a unidade básica de informação é uma situação de "sim-não". Ou algo é ou não é. Isso pode ser expressado através da álgebra binária booleana por meio dos números 1 e 0, onde 1 significa "sim" (ou ligado) e 0 significa "não" (ou desligado). Esse é hoje o "sistema nervoso" de cada computador no mundo. Disponível em:< https://www.terra.com.br/byte/claude-shannon-pai-da-teoria-da-informacao-nascia-ha-97-anos,8121c08e6e65e310VgnVCM20000099cceb0aRCRD.html>. Claude Shannon, o pai do bit Dados biográficos Claude Elwood Shannon nasceu nos USA em 1916. Formou-se em Matemática e Engenharia Elétrica na Universidade de Michigan, e fez seu mestrado e doutorado no MIT. Trabalhou a maior parte de sua vida nos Laboratórios Bell e, após uma rapidíssima vida de professor, aposentou-se com cerca de 50 anos. Ainda é vivo e ativo intelectualmente (poderíamos dizer que, principalmente, financeiramente uma vez que tem dedicado-se a desenvolver programas de análise do sistema financeiro de Wall Street e com os quais acabou formando um imenso capital ). Apesar de sua vida extremamente reclusa e estar afastado dos meios académicos é um dos mais famosos matemáticos vivos. Este pequeno trabalho objetiva lhe dar uma ideia da razão dessa fama. Shannon e a matemática dos computadores eletrônicos Motivado por necessidades de cálculos militares em balística, o Prof. Bush do MIT construiu em 1930 um potentíssimo computador analógico eletro-mecânico: o analisador diferencial de Bush. Na época era o computador mais potente em existência no mundo. Contudo, como todo computador analógico, era uma máquina capaz de resolver um único tipo de problema, no caso: equações diferenciais. Apesar disso, tinha duas inovações que mais tarde foram decisivas para a invenção dos computadores eletrônicos digitais : usava componentes eletrônicos e tinha certa capacidade de programação ( era capaz de resolver qualquer equação diferencial dada desde que suas componentes fossem reconfiguradas em função dessa ). Nessa época, Shannon trabalhava como assistente de Bush e esse sugeriu-lhe que tentasse fazer um estudo matemático procurando descobrir o princípio que possibilitava o funcionamento da máquina construída um tanto quanto empiricamente. Shannon dedicando-se ao problema, descobriu que os circuitos baseados em relays tinham seus estados de ON ou OFF ( ie, de ligado e desligado ) regidos pelas leis da Algebra de Boole . Mais do que isso, fazendo as associações: ON - verdadeiro - 1 OFF - falso - 0 foi capaz de mostrar como construir circuitos baseados em relays e capazes de realizar cada uma das quatro operações aritméticas. Hoje, em plena Era da Informática, poucas pessoas são capazes de se dar conta de quanto enraizado estava o sistema de numeração decimal na mente dos engenheiros da época. Shannon, além de provar a possibilidade de se construir um computador totalmente eletrônico, foi o primeiro a atinar que os respectivos circuitos ficavam muito mais simples ( e mais baratos ) com o abandono do sistema decimal em favor do sistema binário. Shannon e a matemática da informação Após a Segunda Guerra começaram a se multiplicar as tecnologias de transferência de informação. Contudo, não havia uma teoria que fosse capaz de quantificar a quantidade de informação que precisava ser transportada. Por exemplo, os engenheiros de então achavam que seria apenas uma questão de progresso tecnológico se conseguir transmitir mensagens telegráficas com maior velocidade do que se podia fazer na época. Shannon ( em 1948 ) criou uma teoria, hoje fundamental no trabalho cotidiano em Engenharia de Comunicações e chamada Teoria da Informação, que mostrou que cada canal de comunicações ( seja ele um fio telegráfico, fio telefônico, cabo axial ou etc ) tem uma velocidade limite característica. Por exemplo, cada linha telefônica permite transmitir dados até uma certa velocidade de transmissão. Se precisarmos usar uma velocidade maior teremos de usar um canal de maior velocidade limite, por exemplo um cabo de fibras ópticas. Se insistirmos usar a linha telefônica em velocidades maiores do que seu limite teremos uma transmissão cada vez mais poluída por erros. Hoje, esse fenômeno é até facilmente constatável por qualquer um que use seu microcomputador e modem para fins de comunicação. A Teoria de Informação que Shannon construiu, contudo, transcende em muito as aplicações em comunicações. Shannon mostrou que aos elementos básicos do trabalho científico, massa e energia, precisamos acrescentar um terceiro: a informação. Mais do que isso, usando a Teoria das Probabilidades, Shannon mostrou como medir a quantidade de informação. Sempre dando preferência ao sistema de numeração binário, introduziu a unidade de medida de informação: o bit : binary digit. Dizemos que recebemos um bit de informação quando ficamos sabendo qual, dentre duas alternativas equiprováveis, a que efetivamente ocorreu. Por exemplo: recebemos um bit de informação quando soubermos qual o resultado do lance de uma moeda, não viciada. No instante que os cientistas passaram a ter condições de medir não apenas massa e energia mas também a informação passaram a investigar uma gama enorme de novos fenômenos nas ciências biológicas, sociais, etc. Os engenheiros puderam desenvolver uma grande quantidade de novas tecnologias de comunicações. Embora sua teoria seja bastante técnica, vejamos um exemplo da utilidade que tem tal unidade de informação. Voltemos ao problema que motivou os estudos de Shannon: o problema da capacidade de comunicação de um canal transmissor. A solução do problema é resumida numa fórmula, hoje básica da Teoria da Informação, a chamada fórmula de Shannon: ela dá a velocidade máxima Cmax ( em bits por segundo ) com que sinais de potência S watts podem passar por um canal de comunicação, o qual deixa passar sem distorção apenas os sinais de frequência até B hertz, e o qual produz ruídos de potência no máximo N watts ( e esses ruídos são do tipo usual, chamado ruído branco ). Vejamos um exemplo numérico importante: o caso das linhas telefônicas analógicas, essas que comumente encontramos aqui no Brasil. Elas são construídas para passar voz humana, frequência de até 3 400 hertz. Consequentemente: para uma relação S/N = 100 temos: Cmax = 3400 log2 ( 101 ) = 22 600 bits/seg para uma relação S/N = 1 000 temos: Cmax = 3400 log2 ( 1001 ) = 33 900 bits/seg Dá para V. começar a entender as limitações domodem ligado em seu computador? Disponível em:< http://www.mat.ufrgs.br/~portosil/passa1c.html>. John Vincent Atanasoff(Inventor) Aniversário 4 de Outubro ,1903 Lugar de nascimento Hamilton, New York Fecha de Falecimento 15 de Junho, 1995 (91 anos) Signo do Zodíaco Libra John Vincent Atanasoff, físico e inventor americano, é mais conhecido por ter inventado o primeiro computador digital eletrônico. Atanasoff inventou o primeiro computador digital eletrônico na década de 1930 no Iowa State College. Os desafios às suas reivindicações foram resolvidos em 1973, quando Honeywell v. Sperry Rand determinou que Atanasoff era o inventor do computador. Sua máquina especializada chamava-se Atanasoff - Berry Computer. Sobre John Vincent Atanasoff Inventor John Vincent Atanasoff nasceu em 4 de Outubro, 1903 em Hamilton, New York, United States (Ele morre aos 91 anos de idade, em 15 de Junho, 1995). Inventor do Atanasoff-Berry Computer (ABC), o primeiro computador digital do mundo. Ele defendeu e ganhou a alegação de que havia criado o computador no caso Honeywell v. Sperry Rand de 1973. All info about John Vincent Atanasoff can be found here. This article will clarify all information about John Vincent Atanasoff: biography, age, facts, income, family, husband & breakup... John Vincent Atanasoff antes da fama Com talento para a matemática desde cedo, ele decidiu, desde o tempo do colégio, estudar física teórica. Conquista de John Vincent Atanasoff Seu computador foi construído apenas para resolver equações lineares, mas foi o primeiro a usar dígitos binários para representar dados e o primeiro a usar componentes eletrônicos para realizar cálculos. Vida pessoal de John Vincent Atanasoff Ele nasceu em Hamilton, Nova York, seus pais morreram em uma guerra contra a Turquia quando ele tinha um ano de idade. Associações de John Vincent Atanasoff Por seu trabalho no ABC, ele foi premiado com a Medalha Nacional de Tecnologia em 1990 pelo Presidente US President George H. W. Bush. Disponível em:< https://allfamous.org/pt/people/john-vincent-atanasoff-19031004.html>. John Vincent Atanasoff FacebookTwitterWhatsApp John Vincent Atanasoff nasceu em Hamilton, Nova York no dia 4 de outubro de 1903 e faleceu no dia 15 de junho de 1995. Foi um destacado engenheiro eletrônico norte-americano de origem búlgara. Seu trabalho foi fundamental para o desenvolvimento do computador digital moderno. Devido à lentidão do uso da calculadora mecânica do cientista Monroe, que era a melhor ferramenta da época, Atanasoff começou a buscar métodos mais rápidos. Na Iowa State, pesquisou o uso das calculadoras escravas de Monroe e do International Business Machines (IBM) tabulator; para a resolução de problemas científicos. Em 1936 inventou uma calculadora analógica para a análise da geometria de superfícies. A tolerância mecânica requerida para conseguir uma boa exatidão o levou a considerar um design digital. A Atanasoff Berry Computer (primeiro computador eletrônico e digital automático - ABC) foi concebida pelo professor durante o inverno de 1937-1938. Disponível em: < https://www.hjnahistoria.com.br/na-historia/4-10/nasce-john-vincent-atanasoff-um-dos-pais-do-computador-digital-moderno>. John Atanasoff (1903/10/04 - 1995/06/15) físico e matemático americano · Reconhecido por ter inventado o primeiro computador digital eletrônico. · Conhecido por : Atanasoff Berry Computer · Área : Matemática · Pais : Ivan Atanasoff e Iva Lucena Purdy · Cônjuges : Lura Meeks (falecida em 1926-1949), Alice Crosby (falecida em 1949-1995) · Filhos : Elsie, Joanne, John · Nome : John Vincent Atanasoff John Atanasoff nasceu em 4 de outubro de 1903 em Hamilton , Nova York, Estados Unidos. Família Filho de Ivan Atanasoff, engenheiro elétrico, e Iva Lucena Purdy, professora de matemática. Estudos Em 1925, formou-se em engenharia elétrica pela Universidade da Flórida . Um ano depoisganhou um mestrado em matemáticano Iowa State College . Em 1930 ele obteve um PhD. em física teórica pela University of Wisconsin-Madison com sua tese, The Dielectric Constant of Helium . Matemático e físico Depois de concluir seu doutorado, ele aceitou o cargo de professor assistente no Iowa State College em matemática e física. O primeiro computador Ele desenvolveu técnicas básicas usadas posteriormente no projeto do primeiro computador eletrônico digital ou computador , o ENIAC . Diz-se que o conceito de computador eletrônico digital nasceu em uma taberna de Iowa, onde Atanassoff definiu os quatro preceitos básicos para tal dispositivo, que usaria: eletricidade e componentes eletrônicos, um sistema binário (uns e zeros), capacitores para armazenar dados (memória) e um sistema lógico de computação e não de enumeração, como era o caso das máquinas análogas. Enquanto lecionava no Iowa State College, ele construiu um mecanismo de cálculo simples que consistia em um tubo de vácuo, que ensinou a várias pessoas, incluindo um dos últimos fabricantes do ENIAC; mas ele não teve sucesso em espalhar seu mecanismo. disputa de patente No entanto, em 1971, uma ação movida por uma empresa de eletrônicos contra uma empresa rival que detinha a patente das abordagens do ENIAC (com o argumento de que as ideias de Atanasoff haviam sido usadas sem reconhecimento) levou à invalidação dessa patente em 1973. . Período pós-guerra Durante 1949, ele serviu como cientista-chefe das Forças de Campo do Exército em Fort Monroe, Virgínia. Um ano depois, ele voltou a Washington como diretor do Programa Fuse da Marinha no Naval Ordnance Laboratory. Ele desenvolveu sismógrafos e microbarógrafos especializados para detecção de explosivos de longo alcance. Permaneceu no cargo até o final de 1951. Em 1952 fundou a Ordnance Engineering Corporation . Vendido em 1957 para a Aerojet General Corporation , Atanasoff tornou-se gerente de sua Divisão do Atlântico de 1957 a 1959 e vice-presidente de 1959 a 1961. Nesse mesmo ano, ele se aposentou. Vida privada Em junho de 1926 ele se casou com Lura Meeks. Um ano depois nasceu sua filha Elsie e em 1928 nasceram os gêmeos Joanne e John.Em 1949, John e Lura se divorciaram. Nesse mesmo ano, John se casou com Alice Crosby. Morte John Atanasoff faleceu em 15 de junho de 1995 em Frederick , Mariland. Disponível em:<https://www.buscabiografias.com/biografia/verDetalle/3343/John%20Atanasoff>. Thomas Harold Flowers - biografia completa, história e invenções Atualizada:30 de novembro de 2022por Rebeca ,7M Histórico-Computador Thomas Harold Flowers Pontos chave · Thomas Harold Flowers é o gênio técnico que criou o segundo computador eletrônico do mundo. · Thomas começou a investigar o uso de eletrônicos em centrais telefônicas em 1935. · Flowers começou a trabalhar para os Correios no departamento de engenharia como inspetor estagiário em 1926. Quem foi Thomas Harold Flowers Thomas Harold Flowers é o gênio técnico que criou o segundo computador eletrônico do mundo (depois do ABC de Atanasoff) e o primeiro computador eletrônico programável do mundo - Colossus. Flowers, filho de um pedreiro, nasceu em 22 de dezembro de 1905, em 160 Abbott Road em Poplar, East End de Londres. Ele completou os estudos noturnos na Universidade de Londres para se formar em engenharia elétrica enquanto trabalhava como aprendiz de engenharia mecânica no Royal Arsenal, Woolwich. Ele ingressou na seção de telecomunicações do General Post Office (GPO) em 1926 e, em 1930, foi enviado para a estação de pesquisa de Dollis Hill, no noroeste de Londres. Ele se casou com Eileen Margaret Green em 1935, e o casal teve dois filhos, John e Kenneth, juntos. Vida pregressa Thomas começou a investigar o uso de eletrônicos em centrais telefônicas em 1935 e, em 1939, tinha certeza de que um sistema totalmente eletrônico era viável. Quando informado de que uma irmãzinha estava a caminho, ele expressou o desejo de um conjunto Meccano (Meccano é um kit de construção de modelo composto por tiras de metal reutilizáveis, placas, vigas angulares, rodas, eixos e engrenagens, com porcas eparafusos para conectar os componentes). Previa a construção de modelos funcionais e dispositivos mecânicos.) Ele começou um aprendizado de quatro anos em Engenharia Mecânica após se formar no Woolwich Royal Arsenal. Ele se matriculou em programas noturnos para obter o diploma de bacharel em Engenharia pela London University. Carreira Início de carreira Flowers começou a trabalhar para os Correios no departamento de engenharia como inspetor estagiário em 1926. Ele começou como engenheiro assistente estagiário no laboratório Dollis Hill em 1930. (engenheiro elétrico). Eileen Margaret Green, com quem se casou em 1935. Kenneth e John eram os dois filhos do casal. Flowers aprimorou suas habilidades no uso de válvulas, construindo sistemas de amplificadores de válvulas e interruptores que, em 1939, permitiam que conversas de longa distância fossem feitas sem a ajuda de um operador humano. Ele foi então certificado em segurança para operações de radar em 1938. Segunda Guerra Mundial Em fevereiro de 1941, o diretor de Flowers, W. Gordon Radley, foi solicitado a ajudar Alan Turing. Este último trabalhava em Bletchley Park, o centro de decifração de código britânico 80 quilômetros a noroeste de Londres, em Buckinghamshire. Turing encarregou Flowers de desenvolver um decodificador para o sistema Bombe baseado em retransmissão, que Turing havia criado para ajudar a descriptografar o código Enigma alemão. Embora o projeto do decodificador tenha sido abandonado, Turing ficou satisfeito com o trabalho de Flowers e o apresentou a Max Newman, que estava realizando um esforço para automatizar parte da criptoanálise da cifra de Lorenz em fevereiro de 1943. O que Thomas Harold Flowers inventou Colosso 'Colossus' era o nome de sua máquina, que foi o primeiro computador programável do mundo. 'Colossus' contava com 1.800 válvulas termion, que muitos consideravam defeituosas porque as válvulas eram notoriamente instáveis e propensas a falhas. Por outro lado, Flowers entendeu por sua experiência como engenheiro da GOP que as válvulas tendiam a falhar quando um trabalhador ligava constantemente e uma máquina desligava. Então, de acordo com Flowers, 'Colossus' foi deixado indefinidamente em uma atmosfera estável. As flores foram comprovadas corretas quando 'Colossus' provou ser uma máquina confiável. Para se ter uma ideia de suas conquistas, o recorde anterior de maior número de válvulas em um único dispositivo era de 150. Flowers apresentou uma versão mais avançada, criando os padrões de roda eletronicamente usando um dispositivo eletrônico chamado Colossus, com 1.800 válvulas termiônicas (tubos de vácuo) em vez de 150 e apenas uma fita de papel em vez de duas (que exigiam sincronização). Alguns estavam preocupados com a confiabilidade do sistema porque o dispositivo eletrônico mais complicado precisava de cerca de 150 válvulas. Flowers argumentou que o sistema telefônico britânico empregava milhares de válvulas e era confiável porque os britânicos mantinham a eletrônica em uma atmosfera controlada e o circuito estava ligado o tempo todo. Flowers foi pressionado a continuar por conta própria pela administração de Bletchley, que Flowers não convenceu. Ele fez isso no Post Office Research Labs, que construiu com seu próprio dinheiro. Flowers conheceu Turing (e se deu bem com ele) em 1939, mas foi desprezado por Gordon Welchman porque preferia válvulas a relés. Welchman favoreceu as opiniões de Wynn-Williams e Keene da British Tabulating Machine Company (BTM), que desenvolveu e construiu o Bombe e queria que Radley e “Mr. Flowers of Dollis Hill” removido do projeto Colossus por “desperdiçar válvulas excelentes”. 'Colossus' provou ser um oponente formidável. O 'Heath Robinson' de Newman lia 1.000 caracteres por minuto quando estava operando. Por causa dos desafios de confiabilidade, esse valor geralmente era muito menor. Todo o processo precisava ser acelerado, principalmente com a aproximação do Dia D. Eisenhower e sua tripulação exigiam o máximo de informação possível sobre as forças e vulnerabilidades nazistas no norte da França. Colosso Mark II Em 1944, o projeto Colossus Mark II entrou em serviço, fornecendo informações cruciais para os desembarques do Dia D. Muitos historiadores acreditam que encurtou a guerra em dois anos por causa de sua quebra de código. As atividades de guerra de Tommy foram mantidas escondidas por muitos anos após a guerra, e os computadores foram principalmente desativados. No entanto, Tommy voltou ao seu antigo emprego em engenharia de telecomunicações depois de não conseguir persuadir o Banco da Inglaterra a conceder-lhe um empréstimo para continuar seu trabalho. Ele foi pioneiro na primeira central telefônica totalmente eletrônica. Thomas Harold Flowers: casamento, divórcio, filhos e vida pessoal Casado Thomas Harold Flowers casou-se com Eileen Margaret Green em 1935. Crianças O casal mais tarde teve dois filhos, John e Kenneth. Thomas Harold Flowers: Prêmios e Conquistas Colosso Tommy Flowers voltou ao Estabelecimento de Pesquisa Telefônica do GPO após a guerra. Ele foi recompensado com 1.000 libras por seu serviço de guerra, quase o suficiente para pagar as dívidas que acumulou durante a construção do Colossus. Ele também recebeu o MBE, que alguns consideram uma compensação insuficiente por seus esforços para vencer a guerra. Medalha Martlesham Em agradecimento por suas contribuições aos computadores, ele foi premiado com a primeira Medalha Martlesham em 1983. Trabalhos e livros publicados por Thomas Harold Flowers Introdução aos Sistemas Exchange Introduction to Exchange Systems é um livro que cobre os fundamentos dos conceitos de engenharia de centrais telefônicas, lançado em 1976 por Thomas Harold Flowers. Thomas Harold Flowers – Perguntas frequentes completas sobre biografia, história e invenções (perguntas frequentes) Quem foi Thomas Harold Flowers? Thomas Harold Flowers, BSc, DSc, MBE, trabalhou para o British General Post Office como engenheiro. Flowers concebeu e construiu o Colossus, o primeiro computador eletrônico programável do mundo , para auxiliar na decodificação das transmissões alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Por que Thomas Flowers construiu o Colossus? Flowers planejou e desenvolveu o Colossus, o primeiro computador eletrônico programável do mundo, para descriptografar as transmissões alemãs durante a Segunda Guerra Mundial. Quando nasceu Tommy Flowers? Tommy Flowers nasceu em Poplar, East End de Londres, em 22 de dezembro de 1905. Quando Tommy Flowers morreu? Flowers morreu em 28 de outubro de 1998, mas deixou um legado que inclui os esforços britânicos de quebra de código e a tecnologia por trás do computador MOSAIC, que Flowers também criou na estação de metrô Dollis Hill, em Londres, entre 1947 e 1953. Disponível em: <https://history-computer.com/thomas-harold-flowers-complete-biography/>. Tommy Flowers BY EXPLORADOR ON 20 DE MARÇO DE 2012ENCICLOPÉDIA Desenvolveu o primeiro computador eletrônico e digital programável Thomas Harold Flowers (22 de dezembro de 1905 – Londres, 8 de novembro de 1998), engenheiro inglês inventor do equipamento Colossus, (o primeiro computador eletrônico e digital programável), utilizado pelas forças aliadas durante a II Guerra Mundial para decifrar as comunicações militares alemãs. Formado pela Universidade de Londres, Tommy Flowers, um funcionário público britânico com gênio em eletrônica cujos pioneiros computadores Colossus permitiram aos Aliados decodificar as comunicações militares alemãs de alto nível na Segunda Guerra Mundial, trabalhou no correio britânico durante os anos 30, onde fez experimentos com transmissores eletrônicos e telefônicos. As máquinas Colossus já foram descritas pelo Sr. Flowers como um “caso de corda e lacre”. Mas elas se tornaram a pedra angular da operação de inteligência conhecida como Ultra, que enganou os alemães e, nas palavras do Gen. Dwight D. Eisenhower, “salvou milhares de vidas britânicas e americanas.” Logo depois que a Grã-Bretanha entrou em guerra com a Alemanha no verão de 1939,muitos de seus principais matemáticos, criptógrafos e técnicos se reuniram em Bletchley Park, uma propriedade da era vitoriana 55 milhas ao norte de Londres. Foi lá que os códigos militares alemães foram quebrados. O Sr. Flowers foi nomeado Membro do Império Britânico, recebendo um prêmio de $:1.000 pela decodificação de mensagens militares das máquinas Enigma alemãs nos primeiros anos da guerra. Mas sua maior contribuição veio em 1944 e 1945, quando os computadores que ele projetou lidaram com os códigos produzidos pelas máquinas Lorenz alemãs mais sofisticadas. A decifração dessas mensagens, entre o quartel-general de Hitler e seus generais, deu aos britânicos e americanos uma visão das defesas alemãs para a invasão do Dia D e as batalhas subsequentes. Thomas Harold Flowers nasceu em 22 de dezembro de 1905, em Londres, onde seu pai instalou máquinas de panificação. No início, ele mostrou uma propensão para a engenharia. Como seu filho Kenneth relatou: “Quando ele tinha 5 anos, disseram-lhe que tinha acabado de ganhar uma irmãzinha. Ele disse: ‘Prefiro um Meccano nº 5’, um kit de construção. O Sr. Flowers formou-se em engenharia pela Universidade de Londres e no final da década de 1930 experimentou transmissões telefônicas eletrônicas para o braço de pesquisa do British Post Office, que supervisionava as comunicações do país. Ele foi alistado no esforço de Bletchley Park em 1942, embora mais tarde tenha desenvolvido seu computador na estação de pesquisa Dollis Hill dos Correios em Londres. Os britânicos deduziram os princípios por trás dos códigos Lorenz, mas ficaram frustrados em desenvolver tecnologia para decodificação rápida. A máquina que os britânicos estavam usando em 1943 era lenta e pouco confiável, e às vezes pegava fogo. Durante um período de nove meses, trabalhando com vários auxiliares de engenharia sênior e algumas dezenas de técnicos, o Sr. Flowers desenvolveu o primeiro grande computador de válvula eletrônica, superando o ceticismo dos funcionários de Bletchley Park. Colossus media 16 pés por 7 pés, pesava uma tonelada e foi montado em parte com peças padrão de central telefônica, o “corda e lacre”. Embora primitivo para os padrões de hoje, ele rapidamente identificou as configurações de roda usadas pelos alemães. Lorenz operadores de máquinas para mensagens codificadas, um primeiro passo essencial na decifração. Outro dispositivo completou a decodificação. “Assim que eles entregaram a máquina em Bletchley Park em dezembro de 1943, foi uma sensação”, disse o professor Brian Randell, da Universidade de Newcastle-upon-Tyne, uma autoridade no programa. “Foi uma ideia incrivelmente revolucionária.” Décadas mais tarde, o Sr. Flowers escreveu como “na época eu não tinha pensamento ou conhecimento de computadores no sentido moderno e nunca tinha ouvido o termo ser usado, exceto para descrever alguém que fazia cálculos em uma máquina de mesa”. O governo de Churchill queria 10 dispositivos Colossus entregues no início de junho de 1944, para a invasão do Dia D. Pelo menos 10 máquinas estavam em operação no final da guerra, mas apenas mais um Colossus poderia ser produzido a tempo para a invasão aliada da Normandia, em 6 de junho. Essa máquina era, no entanto, cinco vezes mais rápida que o primeiro Colossus, que começou trabalhar em dezembro anterior. Após a guerra, as autoridades britânicas desmantelaram a maioria das máquinas Colossus. A própria existência de Bletchley Park e dos computadores Colossus permaneceu em segredo até a década de 1970. O Sr. Flowers voltou à sua pesquisa eletrônica para os Correios e lá permaneceu até 1964. Ele então trabalhou para uma divisão da International Telephone and Telegraph, antes de se aposentar em 1969. O professor Randell lembrou como o Sr. Flowers estava “muito quieto e modesto” quando finalmente foi permitido pelas autoridades britânicas revelar suas realizações. “Ele teve que aceitar o fato de que agora estava sendo encorajado a falar sobre algo sobre o qual foi ativamente desencorajado de quase pensar por 30 anos”, observou o professor Randell. Embora reconhecido pela comunidade científica, o Sr. Flowers permaneceu em grande parte desconhecido do público britânico. No entanto, seu trabalho continua vivo em Bletchley Park, que agora é uma atração turística. Administrado por um fundo histórico, ele exibe as máquinas Enigma e Lorenz dos alemães. Mas a peça central é uma réplica do computador Colossus, que foi ligado pelo Duque de Kent – na presença do Sr. Flowers – em 6 de junho de 1996, o 52º aniversário da invasão do Dia D, que marcou o começo do fim para a Alemanha nazista. Flowers faleceu dia 8 de novembro de 1998, aos 92 anos, em Londres. Além de seu filho Kenneth, de Beverley, Inglaterra, ele deixa sua esposa, Eileen; outro filho, John, de Londres, e três netos.(Fonte: Veja, 18 de novembro de 1998 – Edição 1573 – ANO 31 – N° 46 – DATAS – Pág; 41)(FONTE: https://www.nytimes.com/1998/11/08/world – The New York Times/ MUNDO/ Por Ricardo Goldstein – 8 de novembro de 1998) Disponível em: <https://www.oexplorador.com.br/tommy-flowers-engenheiro-ingles-inventor-do-equipamento-colossus/>.