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Aula 05
Ministério do Trabalho (Auditor Fiscal do
Trabalho - AFT) Contabilidade Geral -
2023 (Pré-Edital) Prof. Gilmar Possati
Autor:
Gilmar Possati
14 de Janeiro de 2023
78664969515 - Maria Auxiliadora Silva Araujo
Gilmar Possati
Aula 05
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Demonstrações Contábeis Aspectos Introdutórios - Teoria 3
..............................................................................................................................................................................................2) Balanço Patrimonial - Teoria 6
..............................................................................................................................................................................................3) Balanço Patrimonial- Questões Comentadas - FGV 24
..............................................................................................................................................................................................4) Lista de Questões - Balanço Patrimonial - FGV 62
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DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: ASPECTOS INTRODUTÓRIOS 
Segundo o art. 176 da Lei 6.404/76 ao fim de cada exercício social a diretoria deve elaborar, com base na 
escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que deverão exprimir com 
clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício: 
▪ Balanço Patrimonial (BP); 
▪ Demonstração dos Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA); 
▪ Demonstração do Resultado do Exercício (DRE); 
▪ Demonstração dos Fluxos de Caixa (DFC); 
▪ Demonstração do Valor Adicionado (DVA). 
 
i. A elaboração da DLPA é dispensada, desde que seja elaborada a Demonstração das Mutações do 
Patrimônio Líquido (DMPL); 
ii. A DVA somente é obrigatória para as sociedades anônimas de capital aberto1; 
iii. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois 
milhões de reais), está dispensada da elaboração da DFC. 
 
Algumas questões de concursos têm exigido o item 10 da NBC TG 26 (CPC 26) que versa sobre o “conjunto 
completo das demonstrações contábeis”: 
Conjunto completo de demonstrações contábeis 
10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: 
(a) balanço patrimonial ao final do período; 
(b) demonstração do resultado do período; 
(ba) demonstração do resultado abrangente do período; 
(c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; 
(d) demonstração dos fluxos de caixa do período; 
 
1 A companhia aberta é obrigada a apresentar a DVA. Os órgãos reguladores (ANTT, BACEN, PREVIC, ANATEL, etc), no entanto, 
podem exigir que as empresas a ele submetidas apresentem a DVA. Nos demais casos, a apresentação dessa demonstração é 
facultativa. A Resolução CFC 1.162/2009 afirma que "É recomendado, entretanto, a sua elaboração por todas as entidades que 
divulgam demonstrações contábeis." 
 
Gilmar Possati
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(da) demonstração do valor adicionado do período, conforme NBC TG 09 – Demonstração do Valor 
Adicionado, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente; 
(e) notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; 
(ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e 38A; 
(f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a 
entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens 
das demonstrações contábeis, ou quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis 
de acordo com os itens 40A a 40D. 
Perceba que a NBC TG 26 (CPC 26) exige, além daquelas previstas na Lei 6.404/76, a Demonstração do 
Resultado Abrangente. 
A seguir transcrevo algumas disposições importantes previstas na Lei 6.404/76, exigidas literalmente em 
provas de concursos, com alguns comentários. É fundamental que você saiba o teor desses dispositivos! 
Art. 176, § 1º As demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das 
demonstrações do exercício anterior. 
A ideia aqui é a comparabilidade das informações (demonstrações comparativas). Assim, ao publicar o 
balanço do ano X2 a companhia deve apresentar os valores do balanço do ano X1. 
§ 2º Nas demonstrações, as contas semelhantes poderão ser agrupadas; os pequenos saldos poderão ser agregados, desde 
que indicada a sua natureza e não ultrapassem 0,1 (um décimo) do valor do respectivo grupo de contas; mas é vedada a 
utilização de designações genéricas, como "diversas contas" ou "contas-correntes". 
Atenção para o limite = 0,1, ou seja 10%. 
Exemplo de contas semelhantes: Financiamentos e Empréstimos 
Exemplo de pequenos saldos agregados: Disponibilidades (agregando-se as contas Caixa e Bancos, 
observando-se o limite de 10% do ativo circulante). 
§ 3º As demonstrações financeiras registrarão a destinação dos lucros segundo a proposta dos órgãos da administração, 
no pressuposto de sua aprovação pela assembleia-geral. 
Observe que quem decide sobre a destinação dos lucros é a Assembleia Geral Ordinária (AGO). Como ela 
ocorre após a elaboração das demonstrações, estas devem registrar a destinação dos lucros de acordo com 
a proposta dos órgãos da administração, no pressuposto de sua aprovação pela AGO. 
§ 4º As demonstrações serão complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações 
contábeis necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. 
Exemplo de demonstrações complementares: Balanço Social, Balanço Ambiental, sobretudo nos setores em 
que os fatores ambientais e sociais sejam significativos e quando os empregados são considerados um 
importante grupo de usuários. “Os relatórios e demonstrações apresentados fora das demonstrações 
contábeis estão fora do âmbito das normas emitidas pelo CFC”. (item 14 da NBC TG 26/CPC 26) 
 
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==245596==
 
 
 
 
 
 
(AFRFB) O conjunto completo das demonstrações contábeis exigidas pelas Normas Brasileiras de 
Contabilidade inclui 
a) o relatório do Conselho de Administração e as Notas Explicativas, compreendendo um resumo das políticas 
contábeis significativas. 
b) o resumo das políticas Contábeis e o Valor Adicionado obrigatoriamente a todos os tipos de entidade. 
c) a Demonstração do Valor Adicionado, se entidade prestadora de serviços, e de Resultado Abrangente, se 
instituição financeira. 
d) as Demonstrações dos Fluxos de Caixa e das Mutações do Patrimônio Líquido do período. 
e) a Demonstração da Conta Lucros / Prejuízos Acumulados e o Relatório de Impacto Ambiental. 
Comentários 
Trata-se de exigência do item 10 da NBC TG 26/CPC 26 o qual transcrevemos acima. Para fixar, sugiro a 
releitura. 
Vale destacar que a opção "b" está errada, especialmente, porque afirma que a DVA é obrigatória para todas 
as empresas. O trecho "o resumo das políticas Contábeis" também não está completo. O mais correto seria 
se o item tratasse de: "notas explicativas, compreendendo as políticas contábeis significativas e outrasinformações elucidativas". 
Gabarito: D 
Introdução realizada, vamos iniciar o estudo propriamente dito do balanço patrimonial. Avante! 
 
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BALANÇO PATRIMONIAL 
Conceito 
Trata-se de uma demonstração contábil/financeira cuja finalidade reside na apresentação da posição 
financeira e patrimonial da empresa em determinada data. 
O Balanço Patrimonial representa uma posição estática, compreendendo todos os bens e direitos (Ativo), as 
obrigações (Passivo Exigível) e o Patrimônio Líquido da entidade em uma determinada data. 
Estrutura do Balanço Patrimonial 
Nesse momento, basta visualizar o quadro a seguir que ilustra a estrutura do Balanço Patrimonial. 
ATIVO PASSIVO 
Circulante Circulante 
Não Circulante Não Circulante 
Patrimônio Líquido 
Vamos estudar com maiores detalhes cada parte dessa estrutura. 
Estrutura e classificação das contas 
A estrutura e a classificação das contas encontram-se disciplinadas nos artigos 178 a 184 da Lei 6.404/76. 
Segundo o caput do art. 178, 
“(...) as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o 
conhecimento e a análise da situação financeira da companhia”. 
Para facilitar o entendimento, observe preliminarmente a classificação dos bens, direitos e obrigações, 
conforme disposto na Lei 6.404/76: 
ATIVO PASSIVO 
Ativo Circulante 
Bens e Direitos (curto prazo) 
(-) contas retificadoras 
Ativo Não Circulante 
Ativo Realizável a Longo Prazo 
Bens e Direitos (longo prazo) 
(-) contas retificadoras 
Investimentos 
Bens 
(-) contas retificadoras 
Imobilizado 
Bens tangíveis 
(-) contas retificadoras 
Intangível 
Bens Intangíveis 
(-) contas retificadoras 
Passivo Circulante 
Obrigações (curto prazo) 
(-) contas retificadoras 
Passivo Não Circulante 
Obrigações de Longo Prazo 
(-) contas retificadoras 
Patrimônio Líquido 
Capital Social 
(-) Capital a Integralizar 
(-) Gastos com Emissão de Ações 
Reservas de Capital 
(+/-) Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Reservas de Lucros 
(-) Ações em Tesouraria 
(-) Lucros/Prejuízos Acumulados 
Total Total 
 
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Agora, vamos ver o que dispõe a Lei: 
Art. 178, § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, 
nos seguintes grupos: 
I – ativo circulante; e 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. 
§ 2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
I – passivo circulante; 
II – passivo não circulante; e 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
§ 3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente. 
Em que pese a Lei não normatizar expressamente, no passivo as contas serão dispostas em ordem 
decrescente de grau de exigibilidade dos elementos nela registrados. Portanto, as obrigações vincendas até 
o término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Circulante. As obrigações vincendas após o 
término do exercício seguinte serão classificadas no Passivo Não Circulante. 
 
Grau de Liquidez e Grau de Exigibilidade 
O “Grau de Liquidez” está associado ao prazo no qual os bens e direitos podem ser transformados em 
dinheiro. Sendo assim, quanto menor o prazo, maior a liquidez e vice-versa. 
O “Grau de Exigibilidade”, assim como o de Liquidez, está associado ao prazo no qual as obrigações devem 
ser pagas. Portanto, quanto menor o prazo maior o grau de exigibilidade e vice-versa. 
 
Bem... chegou a hora de estudar cada grupo acima visto. Abordaremos de forma bem objetiva tudo aquilo 
que você precisa saber sobre cada grupo. Lembre-se que o objetivo é que tenhamos uma visão geral. Maiores 
detalhes, dentro da necessidade, vamos abordar em aulas específicas. 
Ativo 
Já sabemos que ativo é um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos 
passados. Estudamos, ainda, que o direito de propriedade não é essencial à existência do ativo! Pois bem... 
agora vamos ver os principais pontos que você deve saber sobre o ativo para enfrentar as questões de prova. 
Ativo Circulante (AC) 
Conforme vimos no balanço acima, o AC é composto pelos bens e direitos de curto prazo, assim considerados 
aqueles que a companhia espere que sejam realizados até doze meses após a data do Balanço Patrimonial. 
Trata-se do Capital de Giro da entidade, pois representa os bens e direitos em constante circulação. 
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Observe que os demais bens e direitos com realização prevista acima de doze meses da data do Balanço 
Patrimonial, são classificados no Ativo Realizável a Longo Prazo, a seguir estudado. 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
I - no ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente e as aplicações de 
recursos em despesas do exercício seguinte; 
Portanto, no AC serão classificados: 
▪ As disponibilidades; 
▪ Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente; 
▪ As aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte. 
As disponibilidades representam basicamente os bens numerários: caixa e equivalentes de caixa1, bancos, 
aplicações financeiras de liquidez imediata, numerários em trânsito, entre outras contas. 
Os direitos realizáveis no curso do exercício social subsequente, por sua vez, representam os créditos da 
empresa com terceiros (direitos realizáveis pessoais) e os bens da empresa (direitos realizáveis reais). 
Exemplos: 
Direitos realizáveis pessoais: Duplicatas a Receber, Tributos a Recuperar. 
Direitos realizáveis Reais: Estoques. 
Por fim, as aplicações de recursos em despesas do exercício seguinte compreendem as despesas do exercício 
seguinte pagas no exercício atual, também denominadas de despesas antecipadas. 
Exemplos: 
- Contratação de um seguro com cobertura no exercício seguinte (Prêmios de Seguros a Vencer); 
- Encargos Financeiros Antecipados. 
 
 
 
1 Os equivalentes de caixa são aplicações ou investimentos a curto prazo, de alta liquidez, que sejam prontamente convertíveis 
para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante de alterações de valor. 
Ativo 
Circulante 
Data do 
Balanço 
31/12/20X1 31/12/20X2 
Ativo Realizável a 
Longo Prazo 
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"Na empresa em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no 
circulante terá por base o prazo desse ciclo (art. 179, parágrafo único)." 
Destaca-se que o ciclo operacional é o intervalo de tempo em que uma entidade adquire matéria-prima (no 
caso de indústria) ou mercadorias (no caso de empresa comercial) efetua a produção (indústria), vende e 
recebe o valor correspondente à venda. 
Assim, por exemplo, se o ciclo operacional da empresa for de 14 meses (maior que o exercíciosocial), a 
classificação em circulante ou não circulante obedecerá esse prazo de 14 meses e não os 12 meses 
convencionais. E se for de 8 meses, por exemplo, o ciclo operacional? Aí nesse caso segue o padrão de 12 
meses... observe que a Lei fala em “maior” que o exercício social. Logo, se for menor vale a regra geral de 12 
meses. 
Ativo Não Circulante - Realizável a Longo Prazo (ARLP) 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
II - no ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do exercício seguinte, assim como os derivados 
de vendas, adiantamentos ou empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243), diretores, acionistas ou 
participantes no lucro da companhia, que não constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; 
Portanto, no ARLP serão classificados: 
▪ Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte; 
▪ Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual. 
Os Direitos realizáveis após o término do exercício seguinte são os direitos cujos prazos esperados para 
realização se situem após o término do exercício social seguinte, conforme já vimos no esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
Exemplo: Títulos a Receber (pelo prazo de realização do direito) 
Os Direitos com pessoas ligadas de negócio não usual, por sua vez, representam os direitos que, 
independentemente do prazo de vencimento, a lei assim o determine. 
Exemplo: Empréstimos a Coligadas, Diretores ou Acionistas (por força da lei). 
Para que um direito seja classificado no ARLP, independentemente do prazo, deve atender três requisitos 
cumulativamente, quais sejam: 
1º) Os direitos devem ser decorrentes de vendas, adiantamentos ou empréstimos; 
2º) Os direitos devem estar relacionados com controladas, coligadas, diretores, acionistas ou participantes 
no lucro; 
Ativo 
Circulante 
Data do 
Balanço 
31/12/20X1 31/12/20X2 
Ativo Realizável a 
Longo Prazo 
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3º) A operação deve ser não usual. 
Para o ARLP vale o mesmo destaque que vimos no Ativo Circulante: 
Na companhia em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a classificação no 
Realizável a Longo Prazo terá por base o prazo desse ciclo (art. 179, parágrafo único). 
Assim, se o ciclo operacional de determinada empresa for de 18 meses, por exemplo, todos os bens e direitos 
que estiverem dentro do prazo de 18 meses serão classificados no AC. Os demais que excederem esse prazo 
serão classificados no ARLP. Vale lembrar que os empréstimos a controladas, coligadas, diretores, acionistas 
e participantes no lucro, independente do prazo, serão classificados no ARLP. 
E se o ciclo operacional for menor que o exercício social? O que acontece se o ciclo operacional for de 10 
meses, por exemplo? Nesse caso classificamos como circulante com base no exercício social (12 meses). 
Por fim, vale destacar que no ARLP, com exceção das disponibilidades, poderão figurar todas as demais 
contas representativas das aplicações de recursos em bens e direitos, inclusive das despesas pagas 
antecipadamente que constarem do Ativo Circulante, desde que tenham o prazo de realização superior a 12 
meses ou superior à duração do ciclo operacional. Assim, teremos a conta “Estoques – LP”, “Clientes – LP”, 
etc. 
Ativo Não Circulante - Investimentos 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
III - em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os direitos de qualquer natureza, não 
classificáveis no ativo circulante, e que não se destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
Como exemplo de contas classificáveis nesse subgrupo temos: 
▪ Participações em Outras Empresas; 
▪ Ações de empresas Coligadas; 
▪ Ações de empresas Controladas; 
▪ Terrenos para Utilização Futura (terrenos não utilizados); 
▪ Imóvel para Aluguel*. 
 
* Os imóveis para aluguel podem ser classificados tanto no imobilizado como em investimentos, a depender 
da finalidade desse aluguel. Será classificado no imobilizado quando o aluguel estiver relacionado às 
atividades fins da empresa (veja exemplo de questão exigida nesse sentido abaixo). Caso o aluguel não esteja 
relacionado com as atividades da empresa classificamos como investimentos (propriedade para 
investimento). 
 
 
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(ISS-Recife) Uma entidade adquiriu 10 apartamentos, em um prédio ao lado de sua fábrica, por R$ 
500.000,00 cada. Esses apartamentos são alugados para funcionários da entidade que são originalmente, 
de fora do estado. No balanço Patrimonial dessa entidade , os apartamentos devem ser evidenciados no 
subgrupo. 
a) Ativo circulante 
b) ativo realizável a longo prazo 
c) investimentos 
d) Imobilizado; 
e) Patrimônio líquido 
Comentários 
Nesse caso, como o aluguel é para funcionários que trabalham na empresa, devem ser classificados como 
ativo imobilizado. Veja que os funcionários são de fora do Estado e, portanto, trata-se de uma política da 
empresa necessária para o desenrolar das suas atividades, ou seja, os apartamentos são bens corpóreos 
destinados à manutenção das atividades da companhia ou exercidos com essa finalidade. Logo, devem ser 
classificados no imobilizado e não em investimentos. 
Gabarito: D 
Ativo Não Circulante - Imobilizado 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
IV – no ativo imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da 
companhia ou da empresa ou exercidos com essa finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens; 
Segundo o CPC 27 – Ativo Imobilizado, 
Ativo imobilizado é o item tangível que: 
(a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou para fins 
administrativos; e 
(b) se espera utilizar por mais de um período. 
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se: 
▪ Veículos; 
▪ Móveis e Utensílios; 
▪ Máquinas e Motores; 
▪ Imóveis; 
▪ Veículos adquiridos por meio de arrendamento. 
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Pessoal, aqui nesse ponto cabe destacar o que seriam os bens “decorrentes de operações que transfiram à 
companhia os benefícios, riscos e controle desses bens”. Referidos bens não são de propriedade da empresa, 
porém são classificados no ativo imobilizado. O principal exemplo desses bens são os objetos de leasing 
(arrendamento mercantil). Os arrendamentos podem ser de dois tipos: operacional e financeiro. A diferença 
fundamental entre eles reside na transferência de riscos. Caso exista a transferência de riscos teremos um 
arrendamento financeiro. Caso contrário, teremos um arrendamento operacional. Assim, temos: 
Riscos e benefícios ficam com o arrendatário: arrendamento financeiro. 
Riscos e benefícios ficam com o arrendador: arrendamento operacional. 
As principais características inerentes aos arrendamentos financeiros são: 
▪ Há transferência da propriedade ao final do contrato; 
▪ O valor residual é mais baixo que o valor justo; 
▪ O período do arrendamento compreende a maior parte da vida útil do ativo; 
▪ O valor presente dos pagamentostotaliza substancialmente todo o valor justo do ativo; 
▪ O ativo arrendado, por ser de alta especialização, apenas o arrendatário pode usá-lo sem grandes 
modificações. 
Antes da última revisão do CPC 06 essa classificação era importante para fins da contabilização pelo 
arrendatário. Agora, o entendimento é que o arrendatário contabilize ambos os tipos de arrendamentos no 
ativo. 
Ativo Não Circulante - Intangível 
De acordo com o art. 179 da Lei 6.404/76, 
Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo: 
VI – no intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à manutenção da companhia ou exercidos 
com essa finalidade, inclusive o fundo de comércio adquirido. 
O CPC 04 (item 8) define Ativo Intangível como sendo um Ativo não monetário2, identificável, sem substância 
física. Perceba que o Intangível abrange as contas representativas dos recursos aplicados em bens imateriais 
(incorpóreos). 
Entre as contas que são classificadas nesse subgrupo destacam-se: 
▪ Direitos Autorais; 
▪ Marcas e patentes; 
▪ Fundo de Comércio (Goodwill); 
▪ Sistemas Aplicativos (Software). 
Por fim, vale destacar que, conforme exigência prevista no CPC 04, um ativo somente poderá ser enquadrado 
na definição de intangível quando cumulativamente: 
▪ seja identificável; 
 
2 De acordo com o CPC 04, "Ativo monetário é aquele representado por dinheiro ou por direitos a serem recebidos em uma quantia fixa ou 
determinável de dinheiro". A definição de ativo não monetário, por sua vez, é residual, englobando os bens e direitos não enquadrados na 
definição de ativo monetário. Exemplo: equipamentos, veículos, etc. 
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▪ seja controlável; e 
▪ seja gerador de benefícios futuros. 
Um ativo satisfaz o critério de identificação, em termos de definição de um ativo intangível, quando: 
a) for separável, ou seja, puder ser separado da entidade e vendido, transferido, licenciado, alugado ou 
trocado, individualmente ou junto com um contrato, ativo ou passivo relacionado, independente da intenção 
de uso pela entidade; OU (os requisitos não são cumulativos!) 
b) resultar de direitos contratuais ou outros direitos legais, independentemente de tais direitos serem 
transferíveis ou separáveis da entidade ou de outros direitos e obrigações. 
O CPC 04 destaca que caso um item não atenda à definição de ativo intangível, o gasto incorrido na sua 
aquisição ou geração interna deve ser reconhecido como despesa quando incorrido. 
A definição de ativo intangível requer que ele seja identificável, para diferenciá-lo do ágio derivado da 
expectativa de rentabilidade futura gerado internamente (goodwill). 
Não confunda o Goodwill gerado internamente com o goodwill adquirido (abaixo explicado). 
Goodwill gerado internamente: não reconhecemos como ativo e sim como despesa. 
Goodwill adquirido: ativo intangível. 
E o que seria esse tal de Goodwill (adquirido)? 
Trata-se da diferença a maior entre o valor pago na aquisição de um empreendimento (patrimônio) e o valor 
de mercado (valor justo) dos ativos líquidos desse empreendimento. Vamos a um exemplo: 
A destemida empresa “Tchê Bagual” objetivando ampliar suas operações resolve adquirir a microempresa 
“Guanxuma Verde”, avaliada pelo valor de mercado em R$ 150.000,00. Porém, os administradores da “Tchê 
Bagual”, após sólida análise de mercado e tendo em vista outros interessados no negócio, resolvem comprar 
a promissora “Guanxuma Verde” pelo valor de R$ 200.000,00. Nesse caso, temos um goodwill de R$ 
50.000,00. 
Bem... pitadas de Contabilidade Avançada realizadas, vamos ver como o assunto já foi alvo de exigência em 
prova. 
 
(ICMS-SP) São características necessárias para a identificação de um ativo Intangível 
a) apresentar a possibilidade concreta de reconhecimento futuro e ser indivisível. 
b) permitir a utilização de base confiável de controle, mesmo que a mensuração de seu custo não possa ser 
feita em bases fidedignas, e ter indivisibilidade patrimonial. 
c) ser identificável, controlado e gerar benefícios econômicos futuros. 
d) ter indivisibilidade patrimonial e financeira e utilização econômica limitada. 
e) ter indivisibilidade patrimonial e não resultar de direitos contratuais. 
Comentários 
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==245596==
 
 
 
 
 
Conforme acabamos de estudar, um ativo somente poderá ser enquadrado na definição de intangível 
quando cumulativamente: 
seja identificável; 
seja controlável; e 
seja gerador de benefícios futuros. 
Gabarito: C 
Passivo 
Passivo Circulante 
Nesse grupo, são classificadas as contas representativas das obrigações cujos vencimentos ocorram durante 
o exercício seguinte (art. 180, Lei 6.404/76). 
Entre as contas que são classificadas nesse grupo destacam-se: 
▪ Fornecedores (duplicatas a pagar); 
▪ Impostos a Recolher (geralmente as contas vêm discriminadas, por exemplo, “ICMS a Recolher”) 
▪ Salários a Pagar; 
▪ Dividendos a pagar. 
Passivo Não Circulante 
Nesse subgrupo podem aparecer as mesmas contas representativas de obrigações classificadas no Passivo 
Circulante, porém vencíveis após o término do exercício social seguinte. Cabe destacar que no Passivo Não 
Circulante são classificadas as Receitas Diferidas (receitas recebidas antecipadamente, por exemplo, aluguéis 
antecipados). 
As receitas diferidas vieram substituir o grupo resultado de exercícios futuros a partir da edição da Lei n. 
11.941/2009. Elas se classificam, independente do prazo, no não circulante, pois não são obrigações exigíveis 
da empresa. São valores recebidos antecipadamente que somente se tornarão receita propriamente dita 
quando ocorrer o fato gerador (aplicação do regime de competência). 
Patrimônio Líquido 
Nesse grupo estão incluídas as contas representativas aos capitais próprios da entidade. São recursos 
advindos dos proprietários (titular, sócios, acionistas) ou decorrentes da gestão do patrimônio 
(lucros/prejuízos apurados). 
De acordo com o art. 178 da Lei 6.404/76, 
Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de 
modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. 
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, 
ações em tesouraria e prejuízos acumulados. 
São classificadas no PL as seguintes contas: 
▪ Capital Social; 
▪ Reservas de Capital; 
▪ Ajustes de Avaliação Patrimonial; 
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▪ Ações em Tesouraria; 
▪ Reservas de Lucros; 
▪ Prejuízos Acumulados. 
O Manual FIPECAFI destaca que além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio Líquido pode 
apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da companhia, bem como para 
atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da divulgação. 
São exemplos de outras contas que podem ser encontradas no Patrimônio Líquido: Opções Outorgadas 
Reconhecidas, Gastos na Emissão de Ações, Ajustes Acumulados de Conversão, assim como contas extintas, 
mas possuidoras de saldos remanescentes (Reservas de Reavaliação e Reservas de Capital: Prêmio na 
Emissão de Debêntures e Doações e Subvenções para Investimentos). 
Capital Social 
Segundo o art. 182, da Lei 6.404/76, a conta do capital social discriminaráo montante subscrito e, por 
dedução, a parcela ainda não realizada. 
O montante subscrito dá origem à conta capital social integralizado e a parcela ainda não realizada comporá 
a conta capital social a integralizar (a realizar), redutora da conta capital social integralizado. 
O capital social poderá ser formado com contribuições em dinheiro ou em qualquer espécie de bens 
suscetíveis de avaliação em dinheiro (art. 7º da Lei 6.404/76). 
Cabe destacar que o gasto na emissão de ações não é tratado como despesa do período, mas como redução 
do capital social. Vamos estudar isso com mais detalhes oportunamente. 
Reservas de Capital 
As Reservas de Capital são valores recebidos pela empresa de sócios ou terceiros que não transitam pelo 
resultado do exercício. São contabilizadas diretamente no PL, ficando acumuladas para utilização posterior. 
São classificadas como reservas de capital as contas que registrarem (art. 182, Lei n. 6.404/76): 
▪ a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de emissão 
das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, 
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias; 
▪ o produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; 
O item “a” acima descrito corresponde à “Reserva para ágio na emissão de ações”. 
O ágio na emissão de ações corresponde ao valor da contribuição do subscritor que ultrapassar o valor 
nominal das ações. Vamos desmembrar esse texto para um melhor entendimento: 
“A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal...” = a empresa pode emitir ações no 
mercado a um preço de R$ 10,00, mas acaba recebendo R$ 12,00: esta diferença de R$ 2,00 vai para reserva 
de capital (ágio na emissão de ações). 
 “e a parte do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à 
formação do capital social...” = mesma situação, este valor a mais (ágio) vai para reserva de capital. 
“... inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias" = debêntures e partes 
beneficiárias são papéis/títulos (documentos) que dão direitos aos titulares de receberem valores da 
empresa, neste caso, a situação é semelhante às anteriores, pois esses títulos podem valer mais que as ações 
e na data da conversão essa diferença (ágio) vai para reserva de capital. 
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Vejamos um exemplo: 
A empresa “Tchê Bagual S.A” (o negócio evoluiu!) possui um capital social de R$ 1.000.000,00, composta por 
100.000 ações a R$ 10,00 cada. Como o negócio está “loco de especial”, os gestores resolvem expandir as 
operações da empresa. Para tanto, emitem mais 10.000 ações pelo valor de R$ 12,00 cada (R$ 10,00 
referente ao valor nominal + R$ 2,00 de ágio). Como a empresa está “mais conhecida que parteira em 
campanha”, as ações esgotam de imediato e, portanto, o valor de R$ 120.000,00 entra no caixa da empresa. 
Sendo assim, o registro contábil dessa operação fica: 
D – Caixa ... 120.000,00 
C – Capital Social ... 100.000,00 
C – Reserva de Capital – Ágio na emissão de ações ... 20.000,00 
As partes beneficiárias são valores mobiliários (títulos negociáveis) emitidos por sociedades anônimas de 
capital fechado sem valor nominal, com a finalidade de captar recursos por um prazo máximo de 10 anos. 
Esses títulos dão ao seu titular o direito de participação no máximo em 10% dos lucros da empresa emissora. 
Os bônus de subscrição, por sua vez, são valores mobiliários emitidos no limite do capital social autorizado3 
no estatuto por sociedades anônimas que conferem aos seus titulares o direito de preferência na subscrição 
das ações da empresa, dentro de um prazo preestabelecido e por um preço prefixado. 
Tanto as partes beneficiárias como os bônus de subscrição possuem tratamento contábil similar. 
Se a parte beneficiária/bônus de subscrição for alienada(o) por um determinado valor, far-se-á o seguinte 
registro contábil: 
D – Banco 
C – Reserva de Capital de Alienação de Partes Beneficiárias/Bônus de Subscrição 
Caso o título seja concedido sem valor (aplicável, especialmente, ao caso da parte beneficiária), a informação 
sobre sua existência deve ser incluída em notas explicativas. 
Quando abordamos o conceito de reservas de capital vimos que elas ficarão acumuladas no PL para utilização 
posterior. Pois bem... como poderão ser utilizadas essas reservas? 
A resposta está no art. 200 da Lei 6.404/76, senão vejamos: 
Art. 200. As reservas de capital somente poderão ser utilizadas para: 
I - absorção de prejuízos que ultrapassarem os lucros acumulados e as reservas de lucros (artigo 189, parágrafo único); 
II - resgate, reembolso ou compra de ações; 
III - resgate de partes beneficiárias; 
IV - incorporação ao capital social; 
V - pagamento de dividendo a ações preferenciais, quando essa vantagem lhes for assegurada (artigo 17, § 5º). 
Parágrafo único. A reserva constituída com o produto da venda de partes beneficiárias poderá ser destinada ao resgate 
desses títulos. 
 
3 Se não fosse respeitado esse limite, haveria a possibilidade de o adquirente do bônus se ver impedido de exercer seu direito de 
subscrever as ações (artigos 75 e 168 da Lei 6.404). 
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Para finalizar as reservas de capital, vale destacar a seguinte alteração na Lei n. 6.404/76: 
As doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures não são mais 
classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do exercício. 
Segundo o CPC 07 – Subvenção e Assistência Governamentais, “uma subvenção governamental deve ser 
reconhecida como receita ao longo do período confrontada com as despesas que pretende compensar, em 
base sistemática, desde que atendidas às condições deste Pronunciamento. A subvenção governamental não 
pode ser creditada diretamente no patrimônio líquido”. 
 
Deixou de ser uma reserva de capital a partir da vigência da Lei n. 11.638/2007 a Reserva 
a) de Alienação de Bônus de Subscrição. 
b) de Prêmio na Emissão de Debêntures. 
c) para Contingências. 
d) para pagamento de Dividendo Obrigatório. 
e) de Ágio na Emissão de Ações. 
Comentários 
Conforme estudamos, as doações e subvenções para investimento e os prêmios na emissão de debêntures 
não são mais classificados como reservas de capital. Atualmente, devemos registrar como receita do 
exercício. 
Gabarito: B 
Ajustes de Avaliação Patrimonial 
Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto 
não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de 
aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua 
avaliação a valor justo. 
Os ajustes de avaliação patrimonial têm como contrapartida o ajuste de determinados instrumentos 
financeiros e os valores de mercado dos ativos e passivos nas reorganizações societárias (incorporação, fusão 
e cisão). 
Em regra, os valores registrados nessa conta deverão ser transferidos para o resultado do exercício à medida 
que os ativos e passivos forem sendo realizados (baixados). 
Essa conta surge no contexto de Contabilidade Avançada e, portanto, é revisitada ao longo do curso, 
oportunidade em que ficará muito mais tranquilo de visualizar o seu funcionamento. Por ora, basta você ter 
noção da essência da conta, de modo a acertar exigências do nível abaixo. 
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(CAGE-RS) De acordo com a Lei n. 6.404/76, com redação dada pela Lei n. 11.638/07, a conta ajustes de 
avaliação patrimonial pertence ao patrimônio líquido e recebe as contrapartidas de 
a) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo Permanente, em decorrência da sua 
avaliação pela equivalência patrimonial. 
b) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do Ativo e do Passivo, em decorrência da sua 
avaliação pelo valor de mercado. 
c) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua 
avaliação a valor justo. 
d) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do passivo circulante, em decorrência da 
precificação dos derivativos a valor de mercado. 
e) aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos das dívidas em moeda estrangeira, em 
decorrência da variação cambial conjuntural. 
Comentários 
Para fixar! Segundo o art. 182, §3º da Lei 6.404/76, serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, 
enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as 
contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em 
decorrência da sua avaliação a valor justo. 
Gabarito: C 
Ações em Tesouraria 
Trata-se de uma conta do PL utilizada quando a empresa adquire as suas próprias ações, com o objetivo de 
elevar o preço delas e realizar no futuro uma nova venda, de forma a obter lucro na transação. Também tem 
o objetivo de concentrar as ações, quando estas estão muito pulverizadas nas mãos de um grande número 
de acionistas. 
Cabe destacar que na aquisição de ações em tesouraria a empresa não pode adquirir ações não 
integralizadas, o que resultaria em diminuição do capital social. 
Nos termos do art. 182, §5º, da Lei 6.404/76, as ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço 
como dedução da conta do patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. 
Trata-se, portanto, de uma conta redutora do PL. 
Destaca-se, ainda, que o limite do saldo da conta ações em tesouraria é o saldo de lucros acumulados e 
reservas, exceto a reserva legal. 
Por fim, devemos saber que a alienação de ações em tesouraria pode gerar lucro ou prejuízo para a 
empresa, não representando receitas ou despesas. No caso de lucro a empresa deverá creditá-lo em 
reservas de capital (semelhante ao que ocorre com o ágio na emissão de ações). Se houver prejuízo, deverá 
debitá-lo em reservas de capital. 
 
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Reservas de Lucros 
Prezados, considerando que esse tópico de reservas possui inúmeros detalhes, vamos abordá-lo em aula 
específica, oportunidade em que trataremos também sobre o assunto “dividendos”, pois são assuntos que 
estão interligados. Por ora, basta saber quais são as reservas de lucros. 
As reservas de lucros são extraídas do lucro líquido do exercício. Possuem o objetivo de preservar o 
patrimônio líquido. Segundo a Lei n. 6.404/76 (art. 182, §4º), serão classificadas como reservas de lucros as 
contas constituídas pela apropriação de lucros da companhia. 
As reservas de lucros previstas na Lei n. 6.404/76 são as seguintes: 
▪ Reserva Legal; 
▪ Reservas Estatutárias; 
▪ Reservas para Contingências; 
▪ Reserva de Incentivos Fiscais; 
▪ Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão); 
▪ Reserva de Lucros a Realizar; 
▪ Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; 
▪ Reserva Específica de Prêmio de Debêntures. 
Lucros ou Prejuízos Acumulados 
Segundo o Manual FIPECAFI, a partir da vigência da Lei n. 11.638/07 foi extinta a possibilidade de 
manutenção e apresentação de saldos a título de Lucros Acumulados no Balanço Patrimonial, mas apenas 
para o caso das sociedades por ações, o que não significa que a referida conta deverá ser eliminada dos 
planos de contas dessas entidades. 
A conta Lucros ou Prejuízos Acumulados continuará sendo utilizada nos planos de contas, e seu uso 
continuará a ser feito para receber o resultado do exercício, as reversões de determinadas reservas, os 
ajustes de exercícios anteriores, para distribuir os resultados nas suas várias formas e destinar valores para 
reservas de lucros. Mas, no balanço patrimonial, só poderá aparecer quando tiver saldo negativo, e será 
denominada de Prejuízos Acumulados. 
Reitera-se que a obrigação da conta Lucros Acumulados não conter saldo positivo aplica-se unicamente às 
sociedades por ações, e não às demais. Assim, saldos nessa conta precisam ser totalmente destinados por 
proposta da administração da companhia no pressuposto de sua aprovação pela assembleia geral ordinária. 
O Manual salienta que a Lei n. 6.404/76, no parágrafo único do art. 189, determina que "o prejuízo do 
exercício será obrigatoriamente absorvido pelos lucros acumulados, pelas reservas de lucros e pela reserva 
legal, nessa ordem", além de explicitar, no item I do art. 200 que as reservas de capital poderão ser utilizadas 
para absorver prejuízos quando as reservas de lucros não forem suficientes. Dessa forma, depreende-se que 
a apresentação da conta Prejuízos Acumulados no Patrimônio Líquido das companhias só deverá ocorrer se 
as empresas não mais possuírem reservas de lucros que possam ser utilizadas para absorver tais prejuízos, 
podendo ainda serem utilizadas para a absorção, as reservas de capital. 
Outras Contas do PL 
Conforme já comentado, além dos itens previstos na Lei n. 6.404/76, o grupo Patrimônio Líquido pode 
apresentar outras contas para melhor evidenciar a situação patrimonial da companhia, bem como para 
atender a outras normatizações que estabeleçam a necessidade da divulgação. Vejamos objetivamente as 
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características dessas contas, tomando-se como base o disposto no Manual FIPECAFI, haja vista que muitas 
questões são extraídas de forma literal do Manual. 
Opções outorgadas reconhecidas 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
“As Opções Outorgadas Reconhecidas representam uma conta especial que deve ser utilizada 
nos casos em que as sociedades negociam serviços de seus administradores e empregados, 
cujo valor de mercado não é facilmente obtido. Ela deve ser apresentada junto às Reservas de 
Capital, no Patrimônio Líquido, quando os serviços negociados tiverem como contraprestação 
pagamentos baseados em ações a serem liquidados com instrumentos patrimoniais. Caso a 
liquidação tenha realização prevista em dinheiro, o registro deve ser reconhecido no Passivo”. 
 
(SEAP-PR) Uma empresa, ao contabilizar o reconhecimento de um produto ou de um serviço adquirido em 
transação com pagamento em ações liquidadas em instrumentos patrimoniais, deve contabilizar em 
contrapartida a uma conta do 
a) Ativo Circulante. 
b) Ativo Não Circulante. 
c) Passivo Circulante. 
d) Patrimônio Líquido. 
e) Resultado. 
Comentários 
Observe que a questão foi baseada no trecho transcrito do Manual FIPECAFI. Organizando a “bagaça”, temos: 
Opções Outorgadas Reconhecidas: relacionada ao pagamento de serviços de seus administradores baseado 
em ações. 
Pagamentos liquidados com instrumentos patrimoniais = conta do patrimônio líquido (juntamente com as 
reservas de capitais); 
Pagamentos realizados em dinheiro = conta do passivo. 
Gabarito: D 
Gastos na emissão de ações 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
“Os gastosincorridos no processo de emissão de ações e outros valores mobiliários 
patrimoniais não mais poderão ser tratados como despesas do período da emissão, mas sim 
como uma redução dos valores efetivamente obtidos na captação junto aos sócios”. 
Agora observe o que dispõe o CPC 08 – Custos de Transações: 
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Contabilização das captações de recursos para o capital próprio 
4. O registro do montante inicial dos recursos captados por intermédio da emissão de títulos 
patrimoniais deve corresponder aos valores líquidos disponibilizados para a entidade pela 
transação, pois essas transações são efetuadas com sócios já existentes e/ou novos, não 
devendo seus custos influenciar o saldo líquido das transações geradoras de resultado da 
entidade. 
5. Os custos de transação incorridos na captação de recursos por intermédio da emissão de 
títulos patrimoniais devem ser contabilizados, de forma destacada, em conta redutora de 
patrimônio líquido, deduzidos os eventuais efeitos fiscais, e os prêmios recebidos devem ser 
reconhecidos em conta de reserva de capital. 
6. Nas operações de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos patrimoniais 
em que exista prêmio (excedente de capital) originado da subscrição de ações aos quais os 
custos de transação se referem, deve o prêmio, até o limite do seu saldo, ser utilizado para 
absorver os custos de transação registrados na conta de que trata o item 5. Nos demais casos, 
a conta de que trata o item anterior será apresentada após o capital social e somente pode ser 
utilizada para redução do capital social ou absorção por reservas de capital. 
7. Quando a operação de captação de recursos por intermédio da emissão de títulos 
patrimoniais não for concluída, inexistindo aumento de capital ou emissão de bônus de 
subscrição, os custos de transação devem ser reconhecidos como despesa destacada no 
resultado do período em que se frustrar a transação. 
Portanto, grave no “HD”: 
Gastos na emissão de ações: não devem ser reconhecidos como despesa, mas sim como acréscimo 
do custo de emissão em conta retificadora do capital social. 
Vamos a um “exemplo real” de como o assunto tem sido exigido. 
 
(Prefeitura de São Paulo) A Cia. Acionária resolveu aumentar seu capital social mediante emissão de 
10.000 novas ações, cujo valor nominal é de R$ 1,00. Devido às condições de mercado, as ações foram 
negociadas a R$ 1,50, à vista. Para a emissão das ações a Cia. Acionária incorreu em custos de R$ 500,00. 
A Cia. Acionária reconheceu um aumento de: 
a) capital social no valor de R$ 10.000,00. 
b) capital social no valor de R$ 9.500,00. 
c) capital social no valor de R$ 15.000,00. 
d) patrimônio líquido no valor de R$ 15.000,00. 
e) reservas de lucros no valor de R$ 5.000,00. 
Comentários 
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Quando há a emissão de ação com ágio (ou seja, valor de venda da ação foi maior que o valor patrimonial), 
a contabilidade faz o seguinte lançamento: 
D – Caixa ... 14.500,00 * 
C – Reservas de capital (ágio na emissão de ações) ... 4.500,00 ** 
C – Capital Social ... 10.000,00 *** 
* A captação de recursos via mercado de ações visa justamente colocar à disposição da empresa o montante de 
recursos necessários para que ela possa investir. No momento da captação, os recursos entram (aplicação) no caixa 
(ou no banco). 
O montante de R$ 14.500 foi calculado da seguinte forma: 
Caixa = número de ações emitidas x valor de mercado das ações - custos de emissão das ações 
Caixa = 10.000 x R$ 1,5 - R$ 500 = R$ 15.000 - 500 = 14.500 
** O valor do ágio foi calculado da seguinte forma: 
Valor de mercado das ações - Valor nominal das ações - custos de emissão das ações = ágio na emissão de ações 
(10.000 x 1,5) – (10.000 x 1 – 500) = 15.000 - 10.000 - 500 = R$ 4.500 
Só vai para reserva o montante que ultrapassar o somatório entre o valor patrimonial da ação (R$ 10.000) e 
os custos de sua emissão (R$ 500). 
*** O capital social, no caso, é a origem dos recursos. Seu montante é calculado a partir da multiplicação do número 
de ações pelo valor patrimonial = 10.000 x R$ 1 = R$ 10.000. 
Do exposto, percebe-se que a Cia. Acionária reconheceu um aumento de capital social no valor de R$ 
10.000,00. 
Gabarito: A 
Ajustes acumulados de conversão 
Segundo o Manual FIPECAFI, 
“A conta Ajustes Acumulados de Conversão representa uma conta transitória do Patrimônio 
Líquido que deve ser utilizada para registrar as variações cambiais dos investimentos em 
controladas (aquelas que não possuem a característica de filial, sucursal ou extensão das atividades 
da controladora), controladas em conjunto e coligadas em outra moeda funcional que não o Real 
(R$), pois tais variações não podem, em função do que determina o Pronunciamento Técnico CPC 
02 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis, afetar 
o resultado do exercício. O reconhecimento no resultado dos valores registrados na conta Ajustes 
Acumulados de Conversão ocorrerá apenas quando da baixa do investimento. É importante 
salientar que essa conta não é uma reserva. Ela pode ter saldo positivo ou negativo e pode ser 
apresentada logo apos a conta “Ajustes de Avaliação Patrimonial", não se confundindo, entretanto, 
com esta. Seu saldo também deverá ser eliminado quando do cálculo do JCP [Juros sobre Capital 
Próprio]”. 
Por ora, basta você saber que a conta ajustes acumulados de conversão é do PL e pode ter saldo credor 
(quando o ajuste é positivo para a entidade) ou saldo devedor (quando o ajuste é negativo para a entidade). 
É o mesmo raciocínio aplicado ao Ajuste de Avaliação Patrimonial que também pode ser devedor ou credor, 
conforme o caso. 
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Contas Extintas 
Segundo o Manual FIPECAFI, “algumas contas não mais listadas nas normas contábeis como pertencentes 
ao Patrimônio Líquido ainda podem ser encontradas nesse grupo em função da existência de saldos 
remanescentes; nelas não é permitida, entretanto, a inclusão de novos valores. As contas mais comuns são: 
Reservas de Reavaliação, Reserva de Capital - Prêmios na Emissão de Debêntures e a Reserva de Capital-
Doações e Subvenções para Investimentos”. 
 
 
Check Point 
Tchê... coloquei esse “check point” só para avisar que se você leu até aqui desde o início da aula já cumpriu 
a meta “normal” de um ciclo de estudos ☺ 
Fechamos a parte teórica com a visão geral, bem objetivo, sem enrolações, indo direto ao que interessa! 
Primeira parte da aula concluída! Parabéns, você está um aço! 
Então... respira fundo, toma uma água (ou um café, a depender do horário), faça um intervalo e considere 
alterar o ciclo de estudos, de acordo com o seu planejamento, é claro. 
Esse é um bom momento para você abraçar alguém especial (não se emociona ☺). Fica na paz... eu espero 
aqui ☺! Lembre-se que os pequenos gestos fazem a diferença! 
Ah... se for dar uma olhada nas redes sociais, aproveita e entra lá no @profgilmarpossati e me marca aí no 
seu ambiente de estudo (seja ele qual for)... é muito bacana ver o seu desenvolvimento em prática! 
Entra lá no meu Telegram (caso ainda não esteja participando): 
Canal do Telegram (@canalcontabilizando)! https://t.me/canalcontabilizando 
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QUESTÕES COMENTADAS 
1. (FGV/Investigador/PC-AM/2022) Uma sociedade empresária apresentava os seguintes saldos em 
31/12/X0: 
• Caixa e equivalente de caixa: R$ 50.000. 
• Empréstimo a diretor com recebimento em 60 dias: R$ 25.000. 
• Receita de vendas recebida antecipadamente com prazo de realização de 70 dias: 55.000. 
• Estoques previstos para serem vendidos em 120 dias: 40.000,00. 
• Clientes, com recebimento em 180 dias: 60.000,00. 
• Aluguel pago antecipadamente, com apropriação linear e mensal por 24 meses: R$ 48.000. 
• Terreno destinado à valorização: R$ 100.000. 
• Perdas estimadas com teste de recuperabilidade do terreno: R$ 10.000. 
• Perdas estimadas com desvalorização de estoques: R$ 4.000. 
• Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa: R$ 3.000. 
Com base nos saldos acima, assinale a opção que indica o ativo circulante da empresa em 31/12/X0. 
a) R$ 143.000. 
b) R$ 167.000. 
c) R$ 174.000. 
d) R$ 192.000. 
e) R$ 223.000. 
Comentários 
Vamos efetuar as classificações: 
Ativo Circulante 
Caixa e equivalente de caixa 50.000,00 
Clientes, com recebimento em 180 dias 60.000,00 
(-) Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa (3.000,00) 
Estoques previstos para serem vendidos em 120 dias 40.000,00 
(-) Perdas estimadas com desvalorização de estoques (4.000,00) 
Aluguel pago antecipadamente, c/ apropriação [...] por 24 meses 24.000,00 (48.000/24x12) 
Total 167.000,00 
Ativo Não Circulante 
Empréstimo a diretor com recebimento em 60 dias 25.000,00 
Aluguel pago antecipadamente, c/ apropriação [...] por 24 meses 24.000,00 (48.000/24x12) 
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Terreno destinado à valorização 100.000,00 
(-) Perdas estimadas com teste de recuperabilidade do terreno (10.000,00) 
Total 139.000,00 
Gabarito: B 
2. (FGV/Assistente Administrativo/SEFAZ-AM/2022) Uma sociedade empresária apresentava os seguintes 
saldos em seu balanço patrimonial, em 31/12/X0. 
• Caixa: R$20.000; 
• Estoque previsto para ser vendido em 390 dias: R$50.000; 
• Despesa de seguros dos veículos paga antecipadamente em 31/12/X0 e que será apropriada 
mensalmente de forma linear por dois anos: R$12.000; 
• Contas a receber em 120 dias: R$60.000; 
• Empréstimo a acionista com prazo de recebimento de 180 dias: R$15.000; 
• Veículos utilizados no transporte de funcionários com vida útil estimada em 5 anos: R$80.000; 
• Depreciação acumulada dos veículos: R$54.000; 
• Perdas estimadas nos estoques: R$5.000; e 
• Perdas estimadas com crédito de liquidação duvidosa: R$3.000. 
Assinale a opção que indica o ativo realizável a longo prazo da sociedade empresária, em 31/12/X0: 
a) R$51.000. 
b) R$66.000. 
c) R$72.000. 
d) R$77.000. 
e) R$92.000. 
Comentários 
Vamos efetuar as classificações: 
 
Ativo Circulante 
 Caixa 20.000,00 
 Contas a receber em 120 dias 60.000,00 
(-) PECLD (3.000,00) 
Despesa antecipada de seguros 6.000,00 (12.000/24x12) 
Total 83.000,00 
 
Ativo Não Circulante 
Realizável a Longo Prazo 
Empréstimo a acionista com prazo de recebimento de 180 dias 15.000,00 
Despesa antecipada de seguros 6.000,00 (12.000/24x12) 
Estoque previsto para ser vendido em 390 dias 50.000,00 
(-) Perdas estimadas nos estoques (5.000,00) 
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Subtotal 66.000,00 
Imobilizado 
Veículos utilizados no transporte de funcionários 80.000,00 
(-) Depreciação acumulada dos veículos (54.000,00) 
Subtotal 26.000,00 
Total Ativo Não circulante 92.000,00 (66.000 + 26.000) 
Gabarito: B 
3. (FGV/Analista/MPE-GO/2022) Em 01/01/X0, uma sociedade empresária tomou um empréstimo bancário 
no valor de R$6 milhões, sendo que R$3 milhões foram recebidos em 01/01/X0 e o restante será recebido 
em 01/01/X1. O pagamento do empréstimo será feito em parcelas semestrais ao longo de cinco anos, a partir 
de 01/01/X2. 
Assinale a opção que indica, respectivamente, o aumento no passivo circulante e no passivo não circulante 
da sociedade empresária na data da contração do empréstimo. 
a) Zero e zero. 
b) Zero e R$3 milhões. 
c) R$3 milhões e zero. 
d) R$3 milhões e R$3 milhões. 
e) Zero e R$6 milhões. 
Comentários 
Observe que dos R$ 6 milhões captados, apenas R$ 3 milhões foram recebidos em X0. Logo, a obrigação a 
pagar é referente apenas a essa parcela (afinal a empresa ainda não recebeu o restante e, portanto, não 
possui uma obrigação presente, requisito essencial da definição de passivo). 
Como a exigibilidade de pagamento da primeira parcela inicia apenas em X2, significa que a obrigação é de 
longo prazo (não circulante) na data da contratação (X0). Assim, temos um passivo circulante zero e um 
passivo não circulante de R$ 3 milhões. 
Gabarito: B 
4. (FGV/IMBEL/2021) No balanço patrimonial de uma empresa devem ser considerados diversos tipos de 
bens. As máquinas industriais utilizadas nos processos produtivos são exemplos de bens 
a) de investimento. 
b) imobilizados. 
c) de venda. 
d) de renda. 
e) intangíveis. 
Comentários 
Segundo o CPC 27, Ativo imobilizado é o item tangível que: 
a) é mantido para uso na produção ou fornecimento de mercadorias ou serviços, para aluguel a outros, ou 
para fins administrativos; e 
b) se espera utilizar por mais de um período. 
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Gabarito: B 
5. (FGV/Assistente/TCE-PI/2021) Na apresentação do Balanço Patrimonial, as contas que compõem o grupo 
do Ativo representam: 
a) aplicações de recursos e devem ter saldo total igual ao Passivo mais Patrimônio Líquido; 
b) aplicações de recursos e a riqueza líquida da entidade; 
c) aplicações de recursos financiadas por capital de terceiros; 
d) origens de recursos e devem ter saldo total igual ao Passivo; 
e) origens de recursos para uso nas atividades operacionais. 
Comentários 
No contexto do balanço patrimonial, as contas do ativo representam aplicações de recursos. O total do ativo 
deve ser igual ao total do passivo (exigível + não exigível). Logo, o total das aplicações de recursos deve ser 
igual ao total das origens de recursos. 
Gabarito: A 
6. (FGV/Auditor/SEFAZ-ES/2021) Uma entidade que presta serviços de consultoria apresentava os seguintes 
saldos em seu ativo, em 31/12/X0. 
• Disponibilidades: R$ 50.000; 
• Empréstimo concedido a sócio da entidade para pagamento em 3 meses: R$ 20.000; 
• Crédito Fiscal: R$ 15.000; 
• Automóveis utilizados no negócio: R$ 30.000; 
• Depreciação Acumulada dos automóveis: R$ 10.000; 
• Seguro antecipado dos automóveis, com vigência de dois anos: R$ 24.000. 
Assinale a opção que indica o valor do ativo realizável a longo prazo, em 31/12/X0. 
a) R$ 27.000 
b) R$ 32.000 
c) R$ 47.000 
d) R$ 59.000 
e) R$ 79.000 
Comentários 
Classificando-se as contas do ativo realizável a longo prazo, temos: 
Empréstimo concedido a sócio da entidade para pagamento em 3 meses 20.000,00 
Seguro antecipado dos automóveis, com vigência de dois anos 12.000,00 
Crédito Fiscal 15.000,00 
Total 47.000,00 
Observações: 
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a) do valor dos seguros metade será classificado no circulante e a outra metade no ativo não circulante - 
realizável a longo prazo; 
b) Segundo a Lei n. 6.404/76, os empréstimos concedidos a sócios são classificados ativo não circulante - 
realizável a longo prazo, independente do período de realização; 
c) Sobre os créditos fiscais, a banca não deixou claro do que tipo de crédito se tratava. Porém, o gabarito foi 
mantido, após os recursos (na nossa opinião a questão deveria ter sido anulada). De qualquer forma, para 
futuras provas da FGV deve-se levar o entendimento que a própria banca colocou na justificativa para 
manutenção do gabarito, senão vejamos: 
Na questão, o crédito fiscal diz respeito ao imposto de renda diferido, de acordo com o Pronunciamento 
Técnico CPC 32 - Tributos sobre o Lucro. 
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis, estes não 
devem ser classificados como ativo circulante. 
Na literatura contábil (ALMEIDA, 2014; GELBCKE et. al.2018), os impostos a recuperar, tais como ICMS, IPI, 
PIS e CONFINS, são evidenciados no balanço patrimonial como impostos a recuperar (como “ICMS a 
recuperar”, “IPI a recuperar”). 
Portanto, o gabarito deve ser mantido. 
Logo, para a FGV, "Crédito Fiscal" equivale ao Imposto de Renda Diferido e deve ser classificado no Ativo 
Não Circulante - Realizável a Longo Prazo. 
Gabarito: C 
7. (FGV/Técnico/FunSaúde/2021) O Balanço Patrimonial apresenta os ativos, os passivos e o patrimônio 
líquido de uma entidade.O Ativo não Circulante é subdividido em 
a) Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. 
b) Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Diferido. 
c) Exigível a Longo Prazo, Permanente, Imobilizado e Diferido. 
d) Exigível a Longo Prazo, Permanente, Imobilizado e Intangível. 
e) Financeiro, Investimentos, Permanente e Diferido. 
Comentários 
Exigência simples da Lei n. 6.404/76: 
Art. 178 § 1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos 
nelas registrados, nos seguintes grupos: 
II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e 
intangível. 
Gabarito: A 
8. (FGV/Analista/Imbel/2021) Em 01/01/X1, uma entidade adquiriu um carro, para ser utilizado por seu 
diretor, por R$ 50.000, para pagamento no mês seguinte. No mesmo dia, ela pagou R$ 6.000 a título do 
seguro anual do carro. 
Assinale a opção que indica a movimentação no balanço patrimonial da entidade, na data. 
a) Ativo Imobilizado: +R$ 50.000; Passivo Circulante: +50.000. 
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b) Passivo Circulante: +R$ 50.000; Patrimônio Líquido: +R$ 50.000. 
c) Ativo Circulante: +R$ 6.000; Ativo Imobilizado: +R$ 50.000; Passivo Circulante: +56.000. 
d) Ativo Circulante: +R$ 6.000; Ativo Imobilizado: +R$ 50.000; Passivo Circulante: +50.000; Patrimônio 
Líquido: +R$ 6.000. 
e) Ativo Circulante: -R$ 6.000; Ativo Imobilizado: +R$ 50.000; Passivo Circulante: +50.000; Patrimônio 
Líquido: -R$ 6.000. 
Comentários 
Vamos realizar os lançamentos contábeis decorrentes dos fatos apresentados: 
Pela aquisição do veículo para uso 
D - Veículos (AÑC - Imobilizado) 
C - Financiamentos a pagar (PC) ... 50.000,00 
Observa-se que aqui temos um aumento do ativo imobilizado em 50.000,00 e um aumento do passivo 
circulante (financiamentos a pagar) no mesmo montante. 
Pelo seguro 
D - Despesas Antecipadas (AC) 
C - Caixa (AC) ... 6.000,00 
Aqui temos a configuração de um fato permutativo do ativo circulante. Sem alteração quantitativa. 
Gabarito: A 
9. (FGV/Analista/Imbel/2021) No balanço patrimonial de uma entidade, nos casos apresentados a seguir o 
ativo deve ser classificado como circulante, à exceção de um. Assinale-o. 
a) É mantido essencialmente com o propósito de ser negociado. 
b) É utilizado na atividade operacional da empresa. 
c) Espera-se que, após a data do balanço, seja realizado em até doze meses. 
d) Espera-se que seja realizado ou vendido ou consumido no decurso normal do ciclo operacional da 
entidade. 
e) É caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo seja vedada 
durante os doze meses após a data do balanço. 
Comentários 
Exigência literal do CPC 26: 
66. O ativo deve ser classificado como circulante quando satisfizer qualquer dos seguintes critérios: 
(a) espera-se que seja realizado, ou pretende-se que seja vendido ou consumido no decurso normal do ciclo 
operacional da entidade; (opção D) 
(b) está mantido essencialmente com o propósito de ser negociado; (opção A) 
(c) espera-se que seja realizado até doze meses após a data do balanço; ou (opção C) 
(d) é caixa ou equivalente de caixa [...], a menos que sua troca ou uso para liquidação de passivo se encontre 
vedada durante pelo menos doze meses após a data do balanço. (opção E) 
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Todos os demais ativos devem ser classificados como não circulantes. 
Gabarito: B 
10. (FGV/Técnico/FunSaúde-CE/2021) De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 26 (R1)- 
Apresentação das Demonstrações Contábeis, quando o ciclo operacional de uma entidade não for 
claramente identificável, pressupõe-se que sua duração seja de 
a) 30 dias. 
b) 90 dias. 
c) 12 meses. 
d) 18 meses. 
e) 4 anos. 
Comentários 
Exigência literal do CPC 26: 
68. O ciclo operacional da entidade é o tempo entre a aquisição de ativos para processamento e sua 
realização em caixa ou seus equivalentes. Quando o ciclo operacional normal da entidade não for claramente 
identificável, pressupõe-se que sua duração seja de doze meses. 
Gabarito: C 
11. (FGV/Contador/MPE-AL/2018) Uma sociedade empresária adquiriu ações próprias, com o objetivo de 
mantê-las em tesouraria. 
No ano seguinte, parte das ações foi vendida por um valor superior ao valor pago na compra efetuada no 
ano anterior. 
Assinale a opção que indica a conta em que deve ser creditada a diferença entre o preço de venda e o valor 
da compra. 
a) Reserva de capital. 
b) Reserva de lucros. 
c) Ajuste de avaliação patrimonial. 
d) Receitas operacionais. 
e) Outras receitas operacionais. 
Comentários 
Segundo o art. 182, § 1º, “a” da Lei n. 6.404/ 76, serão classificadas como reservas de capital as contas que 
registrarem a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de 
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, 
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias. 
Gabarito: A 
12. (FGV/Contador/MPE-AL/2018) As ações de uma sociedade empresária devem ser apresentadas em seu 
balanço patrimonial, na conta Capital Social, por seu valor nominal. 
A diferença entre o preço de subscrição que os acionistas pagaram pelas ações e seu valor nominal, deve ser 
contabilizada na conta 
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a) receita operacional. 
b) receita financeira. 
c) reserva de capital. 
d) reserva legal. 
e) reserva de lucros a realizar. 
Comentários 
Não... você não está maluco(a)! É a mesma exigência na mesma prova ☺ 
Para fixar! Segundo o art. 182, § 1º, “a” da Lei n. 6.404/ 76, serão classificadas como reservas de capital as 
contas que registrarema contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do 
preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital 
social, inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias. 
Gabarito: C 
13. (FGV/Contador/MPE-AL/2018) No Balanço Patrimonial de uma entidade, as aplicações de recursos 
representam 
a) o ativo. 
b) o passivo. 
c) o patrimônio líquido. 
d) o ativo e o patrimônio líquido. 
e) o passivo e o patrimônio líquido. 
Comentários 
As aplicações de recursos representam ativos no balanço patrimonial. Questão que explora detalhe bem 
básico que já estudamos. 
Gabarito: A 
14. (FGV/Contador/MPE-AL/2018) Assinale a opção que indica, no patrimônio líquido de uma sociedade 
empresária, o item que faz parte da reserva de lucro. 
a) O ágio na emissão de ações. 
b) A reserva especial de ágio na incorporação. 
c) A reserva de incentivos fiscais. 
d) A alienação de bônus de subscrição. 
e) A alienação de partes beneficiárias. 
Comentários 
As reservas de lucros previstas na Lei n. 6.404/76 são as seguintes: 
▪ Reserva Legal; 
▪ Reservas Estatutárias; 
▪ Reservas para Contingências; 
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==245596==
 
 
 
 
 
▪ Reserva de Incentivos Fiscais; 
▪ Reserva de Retenção de Lucros (de Lucros para Expansão); 
▪ Reserva de Lucros a Realizar; 
▪ Reserva Especial de Dividendo Obrigatório Não Distribuído; 
▪ Reserva Específica de Prêmio de Debêntures. 
Gabarito: C 
15. (FGV/Contador/MPE-AL/2018) Assinale a opção que indica, na elaboração do Balanço Patrimonial de 
uma sociedade empresária, o que deve ser contabilizado como Disponibilidades. 
a) O numerário em trânsito decorrente de remessas para filiais. 
b) Os saldos de contas mantidas em bancos em liquidação. 
c) Os saldos de contas mantidas em bancos sob intervenção. 
d) Os depósitos vinculados à liquidação de empréstimos. 
e) Os depósitos com restrição de movimentação por força de cláusula contratual de financiamento. 
Comentários 
Os numerários em trânsito são decorrentes de remessas para filiais, depósitos ou semelhantes. Essas 
remessas podem ser de dinheiro, cheques, ordem de pagamento, etc. Os numerários em trânsito devem 
ser classificados nas disponibilidades. 
As demais contas descritas na questão não são classificadas nas disponibilidades, mas sim em contas a parte 
no balanço patrimonial. 
Segundo o Manual de Contabilidade Societária, os depósitos bancários vinculados não devem fazer parte 
integrante das disponibilidades. Sua classificação no Balanço deve levar em conta suas características 
específicas e as restrições existentes. Logo, as opções “D” e “E” descrevem contas que comumente são 
classificadas como redutoras do passivo correspondente (empréstimo/financiamento). Já as opções “B” e 
“C” descrevem contas que podem ser classificadas tanto no ativo circulante como no não circulante, a 
depender do prazo relacionado ao caso concreto. 
Gabarito: A 
16. (FGV/Contador/SEDUC-AM/2014) A Cia X é uma empresa de consultoria. Em seu balanço patrimonial, 
de 31/12/2013, deve estar contabilizado como ativo circulante: 
a) Empréstimo bancário obtido com prazo de 05 de outubro de 2014. 
b) Saldo a receber de clientes em 10 de janeiro de 2015. 
c) Contas a receber por um serviço de consultoria prestado à empresa controlada, para recebimento em 
julho de 2014. 
d) Adiantamento a acionista que deverá ser recebido em maio de 2014. 
e) O saldo de dividendos a ser distribuído referente ao ano de 2013. 
Comentários 
Vamos analisar cada uma das alternativas. 
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a. Errada. Os empréstimos obtidos devem ser evidenciados no passivo, no caso da questão no passivo 
circulante. 
b. Errada. Nesse caso, tendo em vista o prazo do recebimento ocorrer somente em 10 de janeiro de 2015 
devemos classificar como ativo não circulante. 
c. Certo. As contas a receber são direitos e, portanto, representam um ativo. Como o prazo de recebimento 
está dentro do exercício subsequente ao balanço publicado, devemos classificar no circulante. 
d. Errada. Segundo o art. 179, II, da Lei n. 6.404/76, os adiantamentos a diretores devem ser classificados no 
realizável a longo prazo. 
e. Errada. O saldo de dividendos a pagar (a ser distribuído) deve ser classificado no passivo circulante. 
Gabarito: C 
17. (FGV/Contador/SEDUC-AM/2014) Determinada companhia efetuou uma captação de recursos por 
meio de aumento de capital. As ações foram emitidas com ágio. 
A companhia deve reconhecer a diferença entre o preço de subscrição que os acionistas pagaram pela ação 
e seu valor nominal no Patrimônio Líquido, na conta 
a) Reserva de Capital. 
b) Reserva de Lucros. 
c) Ajuste de Avaliação Patrimonial. 
d) Reserva Legal. 
e) Reserva de Lucros a Realizar. 
Comentários 
Segundo o art. 182, § 1º, “a” da Lei n. 6.404/ 76, serão classificadas como reservas de capital as contas que 
registrarem a contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte do preço de 
emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância destinada à formação do capital social, 
inclusive nos casos de conversão em ações de debêntures ou partes beneficiárias. 
Gabarito: A 
18. (FGV/Auditor/AL-BA/2014) A Cia. W, em 31/12/2013, apresentou as informações a seguir: 
Financiamentos R$ 12.000,00 
Dividendos a pagar R$ 3.000,00 
Fornecedores R$ 7.000,00 
Máquinas R$ 100.000,00 
Depreciação acumulada R$ 30.000,00 
Provisão para perda dos estoques R$ 3.000,00 
Marcas R$ 30.000,00 
Caixa e equivalentes de caixa R$ 10.000,00 
Aplicações financeiras R$ 20.000,00 
Salários a pagar R$ 15.000,00 
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Estoques R$ 35.000,00 
Clientes R$ 40.000,00 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa R$ 2.000,00 
Passivos contingentes R$ 17.000,00 
Devoluções sobre vendas R$ 23.000,00 
Obrigações fiscais R$ 23.000,00 
Considerando apenas essas informações, o Patrimônio Líquido da Cia. W, em 31/12/2013, era de 
a) R$ 123.000,00. 
b) R$ 140.000,00. 
c) R$ 143.000,00. 
d) R$ 146.000,00. 
e) R$ 152.000,00. 
Comentários 
Classificando as contas, temos: 
Ativo Circulante R$ 100.000,00 
Caixa e equivalentes de caixa R$ 10.000,00 
Aplicações financeiras R$ 20.000,00 
Estoques R$ 35.000,00 
Provisão para perda dos estoques R$ (3.000,00) 
Clientes R$ 40.000,00 
Provisão para créditos de liquidação duvidosa R$ (2.000,00) 
Ativo Não Circulante R$ 100.000,00 
Máquinas R$ 100.000,00 
Depreciação acumulada R$ (30.000,00) 
Marcas R$ 30.000,00 
Passivo Circulante R$ 60.000,00 
Fornecedores R$ 7.000,00 
Dividendos a pagar R$ 3.000,00 
Salários a pagar R$ 15.000,00 
Financiamentos R$ 12.000,00 
Obrigações fiscais R$ 23.000,00 
Passivo Não Circulante Não há 
Para encontrar o Patrimônio Líquido, basta utilizar a equação patrimonial: A = P + PL. 
PL = A – P 
Gilmar Possati
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PL = 200.000,00 – 60.000,00 = 140.000,00 
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