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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 10ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE TERESINA, PIAUÍ Processo n°... Leonardo, já qualificado nos autos, por seu advogado devidamente constituído nos autos da ação de indenização por dano material suportado que lhe move Gustavo, também já qualificado nos autos, inconformado com a referida sentença que julgou procedente o pedido, vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fundamento nos arts. 1.009 e subsequentes do CPC, interpor tempestivamente a presente Apelação, pelos motivos de fato e fundamentos a seguir Ademais, requer a intimação da parte contrária para apresentar suas contrarrazões, no prazo de 15 (quinze) dias úteis. Requer, ainda, a juntada das custas de preparo, devidamente quitadas, nos termos do art. 1.007 do CPC. Outrossim, requer, com fulcro no art. 1.012 do CPC, o seu recebimento nos efeitos suspensivo e devolutivo. Por fim, requer a remessa dos autos ao Egrégio Tribunal de Justiça, para sua admissão, processamento e julgamento. Nestes termos, pede-se deferimento. Local... Data... Advogado... OAB... EXCELENTÍSSIMO SENHOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PIAUÍ RAZÕES DE RECURSO DE APELAÇÃO APELANTE: LEONARDO APELADO: GUSTAVO Processo n°... EGRÉGIO TRIBUNAL, COLENDA CÂMARA, NOBRES JULGADORES. I. DO CABIMENTO Este recurso é cabível, pois, conforme exposto no art. 1009 do CPC, diz que as questões resolvidas na fase de conhecimento, se a decisão a seu respeito não comportar agravo de instrumento, não são cobertas pela preclusão e devem ser suscitadas em preliminar de apelação, eventualmente interposta contra a decisão final, ou nas contrarrazões. II. DA TEMPESTIVIDADE A intimação ocorreu no dia 04/05/2023, e o presente recurso interposto no dia 12/05/2023. Sendo assim, o presente recurso é tempestivo, pois está dentro do prazo de 15 dias conforme exposto no art. 1003 do CPC. III. DO PREPARO O preparo recursal foi devidamente realizado. Segue, em anexo, comprovante de recolhimento das custas. IV. DOS FATOS Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo, ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal, que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gasto R$ 3 mil em atendimento hospitalar e R$ 2 mil em medicamentos. Os gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidas pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter se esquecido de pegá-los na farmácia. Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que, ante a falta de comprovantes, não poderia ser computado na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento, na qual as testemunhas ouvidas declararam que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 10a Vara Cível de Teresina proferiu sentença condenando Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais, no valor de R$ 5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gasto com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$ 6 mil. V. DAS RAZÕES RECURSAIS V.I DA SENTENÇA EXTRA PETITA Conforme está descrito nos art. 128 e 492 do CPC, o juiz não pode proferir decisão de natureza diversa da pedida. Art. 128. O juiz decidirá a lide nos limites em que foi proposta, sendo-lhe defeso conhecer de questões, não suscitadas, a cujo respeito a lei exige a iniciativa da parte. Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. Parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. No caso exposto, teve apenas o pedido de danos materiais, e não contendo o pedido de danos morais. Assim, a decisão proferida pelo juiz de primeiro grau deve ser nula. V.II DA INDEVIDA CONDENAÇÃO PELO PAGAMENTO DOS MEDICAMENTO NÃO COMPROVADOS Conforme o art. 373 do CPC, comprovar o fato do seu direito. Art. 373. O ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; Gustavo não comprovou as despesas com medicamentos, alegando não ter pego os comprovantes de pagamento na farmácia. Sendo assim, Gustavo não faz jus ao recebimento do valor pleiteado na inicial. V.III DA RESPONSABILIDADE CIVIL Segundo o art. 936 do CPC, o dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior. E no caso citado, o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Sendo confirmado por testemunhas que estavam presentes. Desse modo, o erro do magistrado foi claro em sua decisão. Devendo assim ser reformada essa decisão. VI. DOS PEDIDOS Diante do exposto, requer: a) O recebimento e conhecimento do presente Recurso de Apelação, determinando o seu devido processamento, eis que preenchidos os requisitos de admissibilidade; b) Que seja recebido em seu duplo efeito, devolutivo e suspensivo, conforme previsão dos artigos 1.013 e 1.012, ambos do CPC c) Requer o total provimento do presente recurso com o fim de reformar a sentença de primeiro grau e dizer o fim específico... (verificar se é caso de anular e mandar para o juiz de primeiro grau ou aplicação dos §3 e §4o DO ARTIGO 1.013 DO CPC); d) A inversão do ônus da sucumbência, com a condenação do Apelado nas custas e honorários sucumbenciais; e) Comprova o Apelante o recolhimento do preparo recursal, inclusive porte de remessa e de retorno, com a juntada da guia em anexo. Nestes termos, pede-se deferimento. Local... Data... Advogado... OAB...
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