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aula 12 -- pratica 4

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MERITÍSSIMO JUÍZO DA 40ª VARA CÍVEL DE CURITIBA – PARANÁ
LEONARDO __, nacionalidade __, estado civil __, profissão __, portado do Registro geral nº __, inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o nº __, tendo como endereço eletrônico __, residente e domiciliado na rua __, nº __, bairro __, CEP __, Curitiba – PR, por meio desta representado por seus advogados vem interpor,
RECURSO DE APELAÇÃO
Em face de GUSTAVO __, nacionalidade __, estado civil __, profissão __, portador do Registro Geral nº __, inscrito no Cadastro de Pessoa Física sob o nº __, tendo endereço eletrônico ___, residente e domiciliado na rua __, nº __, bairro __, CEP __, Curitiba – PR.
Com base nos artigos 1009 e seguintes do CPC 2015, requerendo, na oportunidade, que os recorridos sejam intimados para, caso queiram, ofereçam as contrarrazões e, continuamente, que os autos, com as razões anexas, sejam remetidos ao Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Paraná para os fins de mister.
Termos em que,
Pede o deferimento.
Curitiba, 14 de Março de 2019
OAB/UF __
Apelante: Leonardo
Apelado: Gustavo
Origem: 40ª Vara Civil – Comarca de Curitiba
EGRÉGIO TRIBUNAL,
COLENDA CÂMARA,
Eméritos Desembargadores,
I-Preliminarmente
Sentença extra petita;
Nulidade Processual.
Nobres julgadores, a sentença, ora apelada, proferida pelo a quo, trouxe a baila matéria não trazida pela parte apelada ferindo o preceito da restrição da sentença aos limites do pedindo, trazidos pelo CPC 2015 nos artigos 141 e 492 conforme seguem:
Art. 141. O juiz decidirá o mérito nos limites propostos pelas partes, sendo-lhe vedado conhecer de questões não suscitadas a cujo respeito a lei exige iniciativa da parte.
Art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado.
Este é o entendimento do TRT da 3ª Região:
PROCESSO CIVIL. SENTENÇA EXTRA PETITA. NULIDADE PROCESSUAL. CONFIGURAÇÃO. ARTS. ART. 141 E 492, NCPC (ART. 128 E 460 DO CPC DE 1973. APELAÇÃO PROVIDA -O juiz deve decidir a lide nos limites em que foi proposta, não podendo proferir sentença de natureza diversa da pedida. - A sentença extra petita é nula, porque soluciona causa diversa da que foi proposta em juízo. -Precedentes dessa Corte. -Apelação provida.
(TRF-3 - AMS: 00043581320054036111 SP, Relator: DESEMBARGADORA FEDERAL MÔNICA NOBRE, Data de Julgamento: 06/09/2017, QUARTA TURMA, Data de Publicação: e-DJF3 Judicial 1 DATA:21/09/2017)
II-DOS FATOS
Gustavo ajuizou, em face de seu vizinho Leonardo,
Ação com pedido de indenização por dano material suportado em razão de ter sido atacado pelo cão pastor alemão de propriedade do vizinho. Segundo relato do autor, o animal que estava desamarrado dentro do quintal de Leonardo, o atacara, provocando-lhe corte profundo na face. Em consequência do ocorrido, Gustavo alegou ter gastado R$3 mil em atendimento hospitalar e R$2 mil em medicamentos. Gastos hospitalares foram comprovados por meio de notas fiscais emitidos pelo hospital em que Gustavo fora atendido, entretanto este não apresentou os comprovantes fiscais relativos aos gastos com medicamentos, alegando ter-se aquecido de pega-los na farmácia. Leonardo, devidamente citado, apresentou contestação, alegando que o ataque ocorrera por provocação de Gustavo, que jogava pedras no cachorro. Alegou, ainda, que ante a falta de comprovantes, não poderia ser computada na indenização o valor gasto com medicamentos. Houve audiência de instrução e julgamento na qual as testemunhas ou vidas declaram que a mureta da casa de Leonardo media cerca de um metro e vinte centímetros e que, de fato, Gustavo atirava pedras no animal antes do evento lesivo. O juiz da 40º vara cível de Curitiba proferiu sentença condenado Leonardo a indenizar Gustavo pelos danos materiais no valor de R$5 mil, sob o argumento de que o proprietário do animal falhara em seu dever de guarda e por considerar razoável a quantia que o autor alegara ter gastado com medicamentos. Pelos danos morais decorrentes dos incômodos evidentes em razão do fato, Leonardo foi condenado a pagar indenização no valor de R$6 mil. A sentença foi publicada e após uma semana, Leonardo, não se conformado com a sentença, procurou advogado.
III-RAZÕES DA REFORMA
Fez-se provada através de testemunhas, em fazer de instrução, o nexo de causalidade entre a conduta do agente e o ocorrido. Onde pesa contra este o fato de estar atirando pedras no animal, fazendo-se, assim, comprovando a culpa do apelado conforme dita o artigo 963 do Código Civil:
Art. 936. O dono, ou detentor, do animal ressarcirá o dano por este causado, se não provar culpa da vítima ou força maior.
O apelado em inicial pede ressarcimento da importância de R$2000,00 (Dois mil reais) por questão dos gastos com remédios, não comprovados no curso do processo. Dano material não se presume, se incumbe quem alegou prová-lo conforme artigo 373 Código de Processo Civil:
Art. 373. O ônus da prova incumbe:
I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;
Assim entende o TJRJ:
RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. CONTRATO DE TRANSPORTE. ALEGAÇÃO DE VÍCIO NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO NÃO CONFIGURADA. DANOS MATERIAIS NÃO COMPROVADOS. DANOS MORAIS INOCORRENTES. SENTENÇA MANTIDA. A parte autora pede provimento ao recurso, para reformar a sentença que julgou improcedente a presente ação indenizatória. Hipótese em que não comprovada falha na prestação do serviço, em razão da inexistência de prova de que um dos volumes da mercadoria transportada não foi entregue. Artigo 333, inciso I do CPC. Ausência de prova fatos constitutivos do direito do autor. Danos materiais não comprovados. Danos morais inocorrentes. RECURSO IMPROVIDO. (Recurso Cível Nº 71005537832, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Julgado em 29/10/2015).
(TJ-RS - Recurso Cível: 71005537832 RS, Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Data de Julgamento: 29/10/2015, Primeira Turma Recursal Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 03/11/2015.
IV-DOS PEDIDOS
a) Requer deferimento da nulidade da sentença extra petita, prolatada pelo juízo ad quo;
b) Se, da não declaração da nulidade, que seja devolvida ao MM Juízo para correção do erro na sentença a fim de que seja proferida outra;
c) Reforma do nexo de causalidade reconhecendo a culpa da do autor, ora apelado;
d) Não reconhecimento do valor de R$2.000,00(Dois mil reais) referentes, segundo o autor, a gastos com medicamentos, não comprovados no curso do processo.
Termos em que,
Pede o deferimento.
Curitiba, 14 de Março de 2019
OAB/UF

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