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Embriologia 2

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SISTEMA GENITAL MASCULINO
COMPOSIÇÃO:O sistema genital masculino é composto por testículos, ductos genitais, glândulas acessórias e pênis.
FUNÇÃO DOS TESTÍCULOS: A função dupla do testículo é produzir hormônios sexuais masculinos e espermatozoides. (A Testosterona). A testosterona tem um papel essencial para a espermatogênese e para a diferenciação sexual durante o desenvolvimento embrionário e fetal.
DUCTOS GENITAIS E GLÂNDULAS ACESSÓRIAS: Os ductos genitais e as glândulas acessórias produzem secreções que, impulsionadas por contração de músculo liso, transportam os espermatozoides para o exterior. Essas secreções também fornecem nutrientes para os espermatozoides enquanto eles permanecem no sistema genital masculino.
TESTÍCULOS: Cada testículo é envolvido por uma grossa cápsula de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea. Ela é espessada na superfície dorsal dos testículos para formar o mediastino do testículo, do qual partem septos fibrosos formando os lóbulos testiculares, cada lóbulo é ocupado por túbulos seminíferos.
Os túbulos seminíferos produzem as células reprodutoras masculinas, os espermatozoides, enquanto as células intersticiais secretam andrógeno testicular. A parede dos túbulos seminíferos é formada por várias camadas de células denominadas epitélio germinativo ou epitélio seminífero.
O epitélio seminífero é formado por duas populações distintas de células: as células de Sertoli e as células que constituem a linhagem espermatogênica.
CELULAS DA LINHAGEM ESPERMATOGÊNICA: sua função é produzir espermatozoides. As células da linhagem espermatogênica se originaram do saco vitelino do embrião. Por volta do 5° mês de vida fetal, um pequeno grupo de células, denominadas células germinativas primordiais, migra do saco vitelino para a gônada que está em desenvolvimento. Neste local as células proliferam e colonizam a gônada, originando células denominadas espermatogônias.
Células de Sertoli Funções: Suporte, proteção e suprimento nutricional dos espermatozoides em desenvolvimento.
ESPERMATOGÊNESE: Na puberdade, as espermatogônias iniciam um processo contínuo de divisões mitóticas e produzem sucessivas gerações de células. As células-filhas podem seguir dois caminhos: continuar se dividindo, mantendo-se como células tronco de outras espermatogônias (chamadas espermatogônias de tipo A), ou diferenciarem-se durante sucessivos ciclos de divisão mitótica para se tornar espermatogônias de tipo B.
ESPERMIOGÊNESE: é o nome da fase final de produção de espermatozoides. Durante esse processo, as espermátides se transformam em espermatozoides, células altamente especializadas para transferir o DNA masculino ao ovócito. Nenhuma divisão celular ocorre durante essa transformação. A espermiogênese é um processo complexo, que inclui: (1) formação de uma estrutura chamada acrossomo; (2) condensação e alongamento do núcleo; (3) desenvolvimento do flagelo; (4) perda da maior parte do citoplasma. O resultado final é o espermatozoide maduro, que é liberado no lúmen do túbulo seminífero.
FATORES QUE INFLUENCIAM A ESPERMATOGENESE: Hormônios, Temperatura, Desnutrição, Alcoolismo e substâncias que levem a alterações nas espermatogônias. 
CAMINHO FEITO PELOS ESPERMATOZOIDES: Túbulo seminífero Túbulo reto Rede Testicular Canal Eferente Cabeça do epidídimo Ducto do epidídimo Ducto Deferente Ducto Ejaculatório Uretra prostática Uretra peniana.
 
SISTEMA GENITAL FEMININO
CARACTERÍSTICAS E FUNÇÕES: O sistema genital feminino é formado por dois ovários, duas tubas uterinas, o útero, a vagina e a genitália externa. Suas funções são: (1) produzir gametas femininos (ovócitos); (2) manter um ovócito fertilizado durante seu desenvolvimento completo ao longo das fases embrionária e fetal até o nascimento; e (3) produzir hormônios sexuais que controlam órgãos do sistema genital e têm influência sobre outros órgãos do corpo.
OVÁRIOS: A sua superfície é coberta por um epitélio pavimentoso ou cúbico simples, o epitélio germinativo. Sob o epitélio germinativo há uma camada de tecido conjuntivo denso, a túnica albugínea, que é responsável pela cor esbranquiçada do ovário. Abaixo da túnica albugínea, há uma região denominada cortical, na qual predominam os folículos ovarianos.
FOLÍCULO: é o conjunto do ovócito e das células que o envolvem. Os folículos se localizam no tecido conjuntivo (estroma) da região cortical, o qual contém fibroblastos dispostos em um arranjo muito característico, formando redemoinhos. 
DESENVOLVIMENTO INICIAL DO OVÁRIO: uma pequena população de células germinativas primordiais migra do saco vitelino até os primórdios gonadais, onde as gônadas estão começando a se desenvolver. Nas gônadas, no sexo feminino, essas células se dividem e se transformam nas ovogônias, que são equivalentes às espermatogônias do testículo.
Possuem ovócitos primários (equivalentes aos espermatócitos primários) e são envolvidas por uma camada de células achatadas chamadas de células foliculares. a maioria das ovogônias se transformou em ovócitos primários; porém, muitos ovócitos primários são perdidos por um processo degenerativo denominado atresia.
FOLÍCULOS PRIMORDIAIS: O folículo ovariano consiste em um ovócito envolvido por uma ou mais camadas de células foliculares, também chamadas de células da granulosa. A maioria desses folículos está “em repouso” – são folículos primordiais formados durante a vida fetal e que nunca sofreram nenhuma transformação. Eles são formados por um ovócito primário envolvido por uma única camada de células foliculares achatadas e a maioria se localiza na região cortical, próximo à túnica albugínea. 
CRESCIMENTO FOLICULAR: a cada dia um pequeno grupo de folículos primordiais inicia um processo chamado de crescimento folicular, que compreende modificações do ovócito, das células foliculares e dos fibroblastos do estroma conjuntivo que envolve cada um desses folículos. Dentre a grande população de folículos primordiais, não se sabe como são selecionados os folículos que abandonam seu estado de repouso e entram na fase de crescimento. O crescimento folicular é estimulado por hormônio foliculoestimulante (FSH), secretado pela hipófise.
FOLÍCULOS PRIMÁRIOS: O ovócito cresce muito rapidamente durante a primeira fase do crescimento folicular e alcança um diâmetro máximo de cerca de 120 mm. O núcleo sofre o aumento de volume, e as mitocôndrias aumentam em número e são distribuídas uniformemente pelo citoplasma; o retículo endoplasmático cresce, e os complexos de Golgi migram para próximo da superfície celular. As células foliculares aumentam de volume e se dividem por mitose, formando uma camada única de células cuboides – neste momento, o folículo é chamado de folículo primário unilaminar. As células foliculares continuam proliferando e originam um epitélio estratificado também chamado de camada granulosa, cujas células (células da granulosa) frequentemente se comunicam por junções comunicantes (gap). O folículo é então denominado folículo primário multilaminar ou folículo pré-antral, uma espessa camada amorfa, a zona pelúcida, composta de várias glicoproteínas, é secretada e envolve todo o ovócito.
FOLÍCULOS SECUNDÁRIOS: O líquido folicular começa a se acumular entre as células foliculares; então, os pequenos espaços que contêm esse líquido se unem e as células da granulosa gradativamente se reorganizam, formando uma grande cavidade, o antro folicular. Esses folículos são chamados de folículos secundários ou antrais. O líquido folicular contém componentes do plasma e produtos secretados por células foliculares. Nele são encontrados glicosaminoglicanos, várias proteínas (inclusive proteínas ligantes de esteroides) e altas concentrações de esteroides (progesterona, andrógenos e estrógenos).
TECAS FOLICULARES: Durante essas modificações que ocorrem no folículo, o estroma situado imediatamente em sua volta se modifica para formar as tecas foliculares, com duas camadas – a teca interna e a teca externa. As células da teca interna, quando completamente diferenciadas, são poliédricas,têm núcleos arredondados e citoplasma acidófilo, e suas características ultraestruturais são de células produtoras de esteroides. entre a teca interna e a granulosa existe uma lâmina basal.
ESTRUTURA GERAL: Folículo antral. Pequenas cavidades formadas entre as células da granulosa se fundem e formam uma grande cavidade, o antro folicular. No líquido, há material em suspensão corado em rosa. O ovócito é envolvido pela zona pelúcida. As células da granulosa se reorganizam em três grupos: uma camada granulosa que reveste a parede do folículo; a corona radiata, que envolve o ovócito; e o cumulus oophorus, onde se apoia o ovócito. A teca se dispõe ao redor do folículo. 
FOLÍCULOS PRÉ-OVULATÓRIOS: Normalmente, durante cada ciclo menstrual, um folículo antral cresce muito mais que os outros e se torna o folículo dominante, que pode alcançar o estágio mais desenvolvido de crescimento e prosseguir até a ovulação. Quando chega ao seu máximo desenvolvimento, esse folículo é chamado de folículo maduro, pré-ovulatório ou de Graaf.
ATRESIA FOLICULAR: A maioria dos folículos ovarianos sofre um processo de involução denominado atresia, por meio do qual as células foliculares e os ovócitos morrem e são eliminados por células fagocíticas. Folículos em qualquer fase de desenvolvimento (primordial, primário, pré-antral e antral) podem sofrer atresia. 
OVULAÇÃO: A ovulação consiste na ruptura de parte da parede do folículo maduro e a consequente liberação do ovócito, que será capturado pela extremidade dilatada da tuba uterina. O estímulo para a ovulação é um pico de secreção de hormônio luteinizante (LH), liberado pela hipófise em resposta aos altos níveis de estrógeno circulante produzido pelos folículos em crescimento.
CORPO LÚTEO: Após a ovulação, as células da granulosa e as da teca interna do folículo que ovulou se reorganizam e formam uma glândula endócrina temporária, chamada de corpo lúteo.
FORMAÇÃO E ESTRUTURA DO CORPO LÚTEO: A perda do fluido folicular após a ovulação resulta em colapso da parede do folículo, que se torna pregueada. Devido à ruptura da parede do folículo, um pouco de sangue pode fluir para a cavidade do antro folicular, onde coagula e é depois invadido por tecido conjuntivo. Esse tecido conjuntivo constitui a parte mais central do corpo lúteo, acompanhado de restos de coágulos de sangue que são gradualmente removidos. Esse tecido conjuntivo constitui a parte mais central do corpo lúteo, acompanhado de restos de coágulos de sangue que são gradualmente removidos. Embora as células da granulosa não se dividam depois da ovulação, elas aumentam muito de tamanho (20 a 35 μm de diâmetro). Elas compõem aproximadamente 80% do parênquima do corpo lúteo e passam a ser chamadas de células granulosoluteínicas, com características de células secretoras de esteroides. Isso contrasta com a sua estrutura no folículo pré-ovulatório, no qual tinham aspecto de células secretoras de proteínas.
DESTINO DO CORPO LÚTEO: destino do corpo lúteo depende de como ele é estimulado após a sua formação. Pelo estímulo inicial de LH (que ocasionou a ovulação), o corpo lúteo é programado para secretar durante 10 a 12 dias. Se não houver nenhum estímulo adicional, suas células degeneram por apoptose. Isso é o que acontece quando uma gravidez não se estabelece. Uma das consequências da secreção decrescente de progesterona (por falta de estímulo de LH) é a menstruação, que é a descamação de parte da mucosa uterina. Altas taxas de estrógeno circulante inibem a liberação de FSH pela hipófise. Em contrapartida, depois da degeneração do corpo lúteo, a concentração de esteroides do sangue diminui, e FSH é liberado em quantidades maiores, estimulando o crescimento rápido de alguns folículos e iniciando o ciclo menstrual seguinte. O corpo lúteo que dura só parte de um ciclo menstrual é chamado de corpo lúteo de menstruação. Seus restos são fagocitados por macrófagos. Fibroblastos adjacentes invadem a área e produzem uma cicatriz de tecido conjuntivo denso denominada corpo albicans.
Um sinal para o corpo lúteo é dado pelo embrião implantado, cujas células trofoblásticas sintetizam um hormônio chamado de gonadotrofina coriônica humana (HCG). A ação da HCG é semelhante à do LH, estimulando o corpo lúteo. Assim, a HCG resgata o corpo lúteo da degeneração, causa crescimento adicional dessa glândula endócrina e estimula a secreção de progesterona pelo corpo lúteo durante pelo menos metade da gravidez. A progesterona, além de manter a mucosa do útero, também estimula a secreção das glândulas uterinas, o que provavelmente é importante para a nutrição do embrião antes de a placenta se tornar funcional. Esse é o corpo lúteo de gravidez, que persiste durante 4 a 5 meses e, em seguida, degenera e é substituído por um corpo albicans, que é muito maior que o de menstruação.
CÉLULAS INTERSTICIAIS: Embora as células da granulosa e os ovócitos degenerem durante a atresia folicular, algumas células da teca interna frequentemente persistem isoladas ou em pequenos grupos no estroma cortical e são chamadas de células intersticiais. Elas existem desde a infância até a menopausa e são ativas secretoras de esteroides, estimuladas por LH.
TUBAS UTERINAS: As tubas uterinas (ovidutos, antigamente denominadas trompas de Falópio) são dois tubos musculares de grande mobilidade, medindo cada um aproximadamente 12 cm de comprimento. Uma de suas extremidades – o infundíbulo – abre-se na cavidade peritoneal próximo ao ovário e tem prolongamentos em forma de franjas chamados de fímbrias; a outra extremidade – intramural – atravessa a parede do útero e se abre no seu interior.
ÚTERO: útero tem a forma de uma pera, e o corpo do útero é a porção dilatada cuja parte superior, em forma de cúpula, é chamada de fundo do útero. Sua porção estreitada, que se abre na vagina, é a cérvice ou colo uterino. A parede do útero é relativamente espessa e formada por três camadas. Externamente, há uma delgada serosa – constituída de mesotélio e tecido conjuntivo – ou, dependendo da porção do órgão, uma adventícia – constituída de tecido conjuntivo sem revestimento de mesotélio. As outras camadas uterinas são o miométrio, uma espessa camada de músculo liso, e o endométrio ou mucosa uterina, revestindo a cavidade do útero.
MIOMÉTRIO: O miométrio, camada mais espessa do útero, é composto de pacotes ou grandes feixes de fibras musculares lisas separadas por tecido conjuntivo. Os pacotes de músculo liso se distribuem em quatro camadas não muito bem definidas. A primeira e a quarta camadas são compostas principalmente de fibras dispostas longitudinalmente, isto é, paralelas ao eixo longo do útero. Pelas camadas intermediárias passam os grandes vasos sanguíneos que irrigam o órgão.
ENDOMÉTRIO: O endométrio consiste em um epitélio e uma lâmina própria que contém glândulas tubulares simples, as quais, às vezes, se ramificam nas porções mais profundas (próximo do miométrio).
FASE MENSTRUAL: Depois da puberdade, os hormônios ovarianos, por estímulo da adeno-hipófise, fazem com que o endométrio passe por modificações estruturais cíclicas durante o ciclo menstrual, cuja duração é variável, com média de 28 dias.

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