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Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Anatomia do esôfago Músculo constrictor inferior da faringe ou músculo cricofaríngeo (esfíncter esofágico superior) marca o começo do esôfago. Considerado o último músculo voluntário que participa da deglutição. O esôfago é um tubo muscular com revestimento mucosa. A mucosa não é própria para ficar em contato com ácidos. Estende-se desde a faringe até o estômago. Ele passa por regiões do corpo, tendo três partes: parte cervical (C6), parte torácica e parte abdominal. Cruza o diafragma, o esfíncter esofágico inferior, o mediastino superior e passa posterior ao coração. A parte torácica é a maior parte e acaba na região diafragmática. Parte cervical: • Faringe • Traqueia - acesso do esôfago sempre pelo lado esquerdo pois a traqueia está deslocada levemente para a direita Parte torácica: • Traqueia – a traqueia só existe no mediastino superior, depois ela se bifurca • Aorta – o arco da aorta deixa uma impressão no esôfago; o esôfago passa pela direita da aorta, pelo mediastino posterior. • Coração - o esôfago passa posteriormente ao coração. • Pleura – o esôfago passa entre as pleuras • Brônquios – o brônquio que entra em contato com o esôfago é o brônquio principal esquerdo • Diafragma – o esôfago cruza o diafragma no esfíncter esofágico inferior. Hiato esofágico é o lugar no qual o esôfago cruza o diafragma. Luz esofágica: estreitamentos. Primeira constrição: nos 16 cm, é o esfíncter esofágico superior. Segunda constrição: entre 23 e 24 cm, aorta. Terceira constrição: 27 a 28 cm, brônquio principal esquerdo. Quarta constrição: 40 cm, esfíncter esofágico inferior. Esses comprimentos são medidos desde os dentes incisivos superiores. A luz do esôfago aumenta durante a passagem a passagem do bolo alimentar, o qual é impulsionado por contrações da musculatura de sua parede. Esses movimentos, que são próprios de todo o restante do canal alimentar, são denominados peristálticos e à capacidade de realiza-los chamamos de peristaltismo. Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Diferenças na musculatura: • Anatômica o Fibras longitudinais – são as mais superficiais o Fibras circulares – são mais internas o Ambas as fibras estão em todo o esôfago • Histológicas o Músculo voluntário: terço superior o Músculo involuntário: terço inferior o Ambos: terço médio Parte abdominal • Junção gastroesofágica: linha Z, encontro das duas mucosas. • Hérnia de hiato: hérnia é uma parte do órgão que está invadindo um espaço que não deveria; hérnia de hiato é uma parte do estômago atravessando o hiato e vai para a região torácica. Inervação do esôfago • Nervos laríngeos recorrentes (sulco traqueoesofágico) – é o vago que passou pela laringe que continuou para o abdômen. Esse nervo é parassimpático. • Plexo esofágico – quando fibras simpáticas se misturas com os nervos Vascularização • O esôfago tem 3 irrigações, cada uma vindo de uma parte. • A primeira parte recebe irrigação das artérias tireóideas inferiores • A segunda parte recebe irrigação dos ramos esofágicos da aorta • A terceira parte recebe irrigação da artéria gástrica esquerda Drenagem • Linfonodos frênicos • Linfonodos mediastinais posteriores • Linfonodos traqueais Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Anatomia do estômago O estômago é uma dilatação do canal alimentar. A maior parte da digestão é o estômago que faz, só de lipídeo e proteína. O estômago também tem papel de absorção. Localizado no quadrante superior esquerdo. Ele forma, junto com o omento menor, a bolsa omental. Essa bolsa localiza-se posteriormente ao estômago. O estômago tem uma curvatura gástrica maior e uma curvatura gástrica menor. A curvatura menor está ligada ao fígado pelo omento menor. A curvatura maior está ligada ao omento maior até o colo transverso. Leito do estômago: o estômago está anteriormente ao pâncreas, uma parte do duodeno, uma parte do rim e uma parte do colo transverso. O baço está à esquerda do estômago. Curvaturas: • Incisura cárdica: incisura superior, pois está perto da parte cárdica do estômago • Incisura angular: curvatura menor, está perto da parte pilórica do estômago. A parte pilórica do estômago é a parte final. Partes do estômago: • Parte cárdica: parte inicial e corresponde à junção com o esôfago • Fundo gástrico: parte mais alta do estômago • Corpo gástrico: parte maior • Parte pilórica: parte final continuada no duodeno o Antro pilórico o Canal pilórico • Piloro (esfíncter): transição entre o estômago e o duodeno O estômago apresenta dois orifícios: um, proximal, de comunicação com o esôfago, o óstio cárdico, e outro distal, o óstio pilórico, que se comunica com a porção inicial do intestino delgado denominado duodeno. A condensação de feixes musculares longitudinais e circulares constituem o mecanismo de abertura e fechamento do óstio pilórico para regular o trânsito do bolo alimentar na sua passagem do estômago para o duodeno. Esse dispositivo chama-se piloro. Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Camadas musculares • Longitudinal: camada mais externa • Circular: camada média • Oblíqua: camada interna Irrigação do estômago Tronco celíaco ramifica-se em: • Artéria gástrica esquerda • Artéria esplênica o Artéria gastromental esquerda o Artérias gástricas curtas (irriga o fundo do estômago e a parte cárdica) • Artéria hepática comum o Artéria hepática própria § Artéria gástrica direita (faz anastomose com a artéria gástrica esquerda e irriga a curvatura menor) o Artéria gastroduodenal § Artéria gastromental direita (faz anastomose com a artéria gastromental esquerda e irriga a curvatura maior) Inervação do estômago • Plexo celíaco (simpático) • Troncos vagais (parassimpático) Drenagem do estômago • Veia mesentérica superior recebe a veias gastromentais e veias gástricas e chega na veia porta • Linfonodos superiores, gastromentais e direitos drenam para os celíacos Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Anatomia do intestino delgado Início: duodeno (sequência direta do estômago) Meio: jejuno Final: íleo (antes do intestino grosso) Sua função é completar a digestão, a absorção e a secreção. A digestão dos alimentos é completada pelo suco entérico (ou intestinal) que contém muco, enzimas e hormônios. Duodeno: • Formato de uma letra C, tem 26cm de comprimento • Dilatação inicial chamada bulbo duodenal. Esse bulbo é a única parte livre do duodeno, o resto é retroperitoneal. O bulbo duodenal fica na parte superior do duodeno. • Dividido em: bulbo duodenal (ou parte superior), parte descendente, parte horizontal e parte ascendente • Entre as partes superior e descendente está a flexura duodenal superior • Entre a parte descendente e a parte horizontal está a flexura duodenal inferior • O final da parte ascendente é a flexura duodenojejunal • Músculo suspensor do duodeno (ligamento de Treitz): regular a passamento do bolo alimentar do duodeno para o jejuno. Esse músculo faz a flexura duodenojejunal. • A parte descente tem a papila menor e a papila maior. • A papila maior do duodeno recebe a bile e o suco pancreático. A papila menor recebe só suco pancreático. Jejuno e Íleo: • Maior parte do intestino • São dois órgãos contínuos • Junção ileocecal é a parte do íleo que se junta ao intestino grosso o Papila ileal: regula a passagem do quimo para o intestino grosso o Parte terminal do íleo • Função do jejuno: digestão • Função do íleo: absorção • Alças intestinais: são as dobras do intestino delgado • Artéria mesentérica superior: arcadas arteriais – vasos retos • Pregas circulares presentes no jejuno • Divertículo ileal: protuberância que aparece emalguma alça ileal. Diverticulite é quando um alimento tranca nessa protuberância. Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Irrigação e Drenagem do intestino delgado • Mesentério o Entre as duas laminas que constituem o mesentério encontram-se ramos da artéria mesentérica superior, nervos, diversas fileiras de linfonodos, vasos linfáticos e quantidade variável de gordura Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Anatomia do intestino grosso Intestino grosso é o final do canal alimentar, não acontece mais nutrição de macronutrientes, apenas de micro. Não acontece digestão. Porém, suas funções são: absorção de água e eletrólitos, eliminação dos resíduos da digestão e manutenção da continência fecal. Dividido em partes: • Ceco • Colo o Ascendente o Transverso o Descendente o Sigmóide • Reto • Canal anal Características: • Saculações do colo: pequenas projeções/subdivisões • Pregas semilunares do colo • Tênias do colo: faixas de músculos lisos no trajeto do intestino grosso • Apêndices omentais (ou apêndice epiplóico) do colo: pequenas pregas de gordura • Isso tudo tem apenas no ceco e no colo Ceco: • Dilatação inicial para receber tudo que vem do ílio (quimo) • Junção ileocecal (ileocólica): é a parte posterior do ceco • Papila ileal: a junção ileocecal forma a papila ileal • Mesoceco: prega do peritônio que da liberdade ao ceco. O ceco não é retroperitoneal • Tênias do colo: começam no apêndice vermiforme e são três: o Mesocólica o Omental o Livre • Óstios: o Óstio ileal: se comunica com o íleo o Óstio do apêndice vermiforme • Apêndice vermiforme: pode ter várias posições, mas a mais comum é a retrocecal e não mesoapêndice. A segunda posição mais comum é a pélvica, essa parte tem mesoapêndice. • Apendicite (ponto de Mc Burney) o Sinal de psoas: fazer extensão da coxa o Sinal do obturador: fazer flexão de coxa Colo: • Parte ascendente: parte mais curta, retroperitoneal • Primeira dobra: flexura cólica direita ou flexura hepática • Parte transversa: cruza da direita para a esquerda, até o baço o A parte transversa tem mesocolo transvero, tem bastante liberdade • Segunda dobra: flexura cólica esquerda ou flexura esplênica • Colo descendente: ele é retroperitoneal (fixo) • Colo sigmoide: também é livre e tem o mesocolo sigmoide • Lembrando: o omento maior está preso ao colo transverso Anatomia – 3º semestre Medicina Unimes Priscilla Brogni XXII A Reto: • Junção retossigmóide: transição do colo para o reto • Tênias do colo: desaparecem • Apêndices omentais • Flexura sacral do reto: parte mais próxima do sacro • Flexura anorretal: 80° o Musculo puborretal o Ajuda no controle da defecação • Escavações o Homem: escavação reto-vesical o Mulher: fundo do saco de Douglas e escavação vesico-uterina • Fossas pararretais: são expansões laterais para fazer alargamentos quando for preciso • Relações anatômicas para homem e para mulher são diferentes • Pregas transversas do reto: dispõem-se alternadamente, de modo que obrigam as fezes a um trajeto espiralado no momento de sua expulsão para o exterior, o que facilita a defecação. • Ampola do reto Canal anal: • Ao redor do canal anal existe dois esfíncteres • Junção anorretal: transição do reto para o canal anal • Colunas e válvulas anais: colunas são projeções e entre elas existem as válvulas • Seios anais (estão nas válvulas) – glândulas anais • Linha pectínea: área abaixo das válvulas das colunas anais • Pecten e Linha Branca: pecten é uma faixa muscular mais esbranquiçada, marca o encontro das duas musculaturas que existem ali (músculo esfíncter interno e músculo esfíncter externo) • Músculos esfíncteres do ânus o Interno: involuntário o Externo: voluntário • Dilatação das veias do canal anal: hemorroidas • Inervação do canal anal: o Plexo hipogástrico inferior o Nervos retais inferiores Irrigação: • A artéria mesentérica superior irriga praticamente todo intestino delgado até o colo transverso do intestino grosso. O colo descendente e uma parte final do intestino grosso é irrigada pela artéria mesentérica inferior. O reto recebe um pouco de irrigação da artéria ilíaca interna.