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Aplicações da eletricidade na Engenharia

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DESCRIÇÃO
Conceitos introdutórios para o estudo da eletricidade básica, princípios e características do sistema elétrico e
principais grandezas que envolvem a aplicação da energia elétrica no cotidiano.
PROPÓSITO
O estudo de como funcionam os sistemas de geração, transmissão e distribuição da energia elétrica, bem como
do domínio das grandezas físicas como tensão, corrente e potências necessárias para compreender o
funcionamento de instalações elétricas é fundamental para o engenheiro de qualquer especialidade, que na
aplicação prática dos seus conhecimentos técnicos precisará lidar com instalação, operação e manutenção de
equipamentos elétricos.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o estudo deste conteúdo, tenha em mãos papel, caneta e uma calculadora ou use a calculadora
de seu smartphone/computador.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Reconhecer os princípios da introdução à eletricidade
MÓDULO 2
Descrever os conceitos básicos da geração, transmissão e distribuição de energia
MÓDULO 3
Reconhecer as grandezas elétricas aplicadas no cotidiano
INTRODUÇÃO
APLICAÇÕES DA ELETRICIDADE NA ENGENHARIA
O desenvolvimento tecnológico e a necessidade de atentar-se aos aspectos ambientais são fatores motores
para que o estudo da eletricidade se amplie. O uso da eletricidade requer conhecimentos específicos do
profissional, o que garante a melhor eficiência quanto à aplicação de novos recursos e, ainda, preserva o
profissional de questões relacionadas à segurança.
O conhecimento do sistema elétrico e dos conceitos básicos aplicados no estudo da eletricidade confere bom
funcionamento do sistema. Dessa forma, é necessário conhecer as grandezas fundamentais em eletricidade.
O estudo da eletricidade aplicada permite a realização de projetos e, ainda, contribui para os avanços
tecnológicos, uma vez que a posse desse conhecimento permite uma avaliação mais assertiva das
necessidades impostas, bem como questões relacionadas à sustentabilidade.
Neste conteúdo, apresentaremos as grandezas básicas de um circuito elétrico, bem como conceitos
fundamentais que se referem à geração, transmissão e distribuição de energia. Por fim, mostraremos exemplos
da aplicação desse conteúdo no cotidiano.
AVISO: orientações sobre unidades de medida.
AVISO
Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de
tecnologia e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a
unidade (ex.: 25 km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o
padrão internacional de separação dos números e das unidades.
MÓDULO 1
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 Reconhecer os princípios da introdução à eletricidade
NATUREZA DA ELETRICIDADE
INTRODUÇÃO À ELETRICIDADE
O TERMO “ELETRICIDADE” SE REFERE AOS EFEITOS
QUE AS CARGAS ELÉTRICAS PROMOVEM NA MATÉRIA.
OS ESTUDOS QUE DIZEM RESPEITO À ELETRICIDADE
ENVOLVEM, POR SUA VEZ, O CONHECIMENTO DE
CONCEITOS FÍSICOS NO ÂMBITO DA ELETROSTÁTICA E
ELETRODINÂMICA.
A eletrostática se refere ao estudo das cargas estáticas, isto é, em repouso, e são a base para o entendimento
dos fenômenos elétricos. A eletrodinâmica, por sua vez, dirige-se às cargas em movimento. O objetivo principal
deste conteúdo é entender o papel da eletrodinâmica, considerando que ela é responsável pelas grandezas
conhecidas como corrente elétrica, tensão, potência e resistência. Neste módulo, apresentaremos conceitos e
notações importantes para o estudo da eletricidade básica, desde o estudo de cargas estáticas até a avaliação
das cargas em movimento.
CARGA ELÉTRICA
Os átomos são partículas que constituem a matéria. A composição deles é dada por meio de elétrons, prótons e
nêutrons, que são também conhecidos por cargas. Como é de conhecimento, os elétrons (cargas negativas)
orbitam ao redor do núcleo, onde, por sua vez, encontram-se os prótons (cargas positivas) e nêutrons (carga
nula), como pode ser observado no exemplo da imagem 1.
Imagem: Shutterstock.com
 Imagem 1 - Representação da estrutura atômica.
O menor valor atribuído a uma carga elétrica, passível de ser encontrado, é conhecido por carga elementar.
Esse valor é dado em coulomb (C), sendo:
e = 1,602 ⋅ 10−19
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
O valor apresentado equivale, por sua vez, ao módulo da carga do elétron (ou próton), uma vez que ambos
possuem o mesmo valor, diferindo apenas em sinal.
O átomo em seu estado de equilíbrio possui certa quantidade de energia. Quando um material é exposto a
excitações externas, o elétron adquire energia e, com isso, passa a um estado conhecido por ser instável. O
elétron, ao receber energia, torna-se capaz de transitar para camadas mais externas do átomo. Essa ação faz
com que a distância entre o elétron e o próton se torne superior à anterior, reduzindo, por sua vez, a força de
atração entre essas partículas (Lei de Coulomb, que será apresentada nos tópicos posteriores). Caso a força
seja suficientemente reduzida, o elétron pode atingir o estado de elétron livre.
A carga elétrica total de um corpo, definida por , é dada pela diferença entre prótons e elétrons, e o seu
cálculo pode ser executado pela expressão apresentada pela Equação 1:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Equação 1
Sendo:
 a quantidade de carga do corpo; o número de cargas em excesso, podendo ser prótons ou elétrons, o que
justifica, assim, o sinal positivo ou negativo; sendo o valor da carga, em coulomb.
 ATENÇÃO
Um átomo em seu estado natural possui números iguais de elétrons e prótons; essa condição faz com que a
carga dele seja neutra. Dessa forma, esse átomo é dito neutro ou em estado de equilíbrio.
 DICA
A unidade de medida da carga elétrica é o coulomb (C), em cada C existem elétrons, e pode ser
calculado como:
Q
Q =   ±  (ne)
Q n
e
6,24 ⋅ 1018
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
EXEMPLO
Considere um corpo inicialmente em equilíbrio, isto é, a soma de prótons e elétrons é nula. Este, por sua vez, é
submetido a uma excitação, perdendo 4 de seus elétrons, fazendo com que o corpo se torne desbalanceado e a
carga total seja diferente de zero. Para esse cenário, vamos calcular a carga final do corpo.
Para solução desse exemplo, algumas considerações podem ser feitas:
Inicialmente, cabe ressaltar que um corpo cuja carga inicial é nula está em equilíbrio. Dessa forma, esse
corpo possui a mesma quantidade de prótons e elétrons.
No proposto exemplo, é dito que o corpo é submetido a um processo que resultou na perda de 4 elétrons
e, com isso, ele possui agora 4 prótons a mais (diferença entre partículas positivas e negativas).
Dadas as considerações que fizemos e, ainda, considerando a Equação 1, que define o cálculo da carga
elétrica, vamos definir para a mesma que o sinal utilizado deve ser positivo, por se tratar de prótons em
excesso, e temos n = 4, o que pode ser observado a seguir:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
PROCESSO DE ELETRIZAÇÃO
Um corpo é dito eletrizado quando há retirada ou inserção de elétrons nas suas órbitas. Esse processo recebe o
nome de ionização e pode ocorrer por meio de atrito, contato e indução.
Quando o número de prótons é superior ao de elétrons, diz-se que o corpo está eletrizado positivamente; da
mesma forma, quando o oposto é identificado, o corpo está eletrizado negativamente. Vejamos algumas
formas de promover essa ação nos corpos:
ATRITO
1
1,602⋅10−19
Q = +(4 ⋅ 1,602 ⋅ 10−19) C
CONTATO
INDUÇÃO
ATRITO
Ao atritar dois corpos, produz-se calor. O calor gerado durante a ação, em certos casos, pode ser suficiente
para que haja transferência de elétrons entre os materiais. Com isso, ambos passam a estar eletrizados, sendo
um positivamente e outro negativamente. A imagem 2 representa uma simples experiência de eletrização por
atrito, por meio de materiais facilmente encontradosno nosso cotidiano.
Imagem: Shutterstock.com
 Imagem 2 - Eletrização por atrito.
CONTATO
Consideremos dois corpos, sendo um inicialmente eletrizado (negativamente ou positivamente) e o outro
neutro. Quando estes são colocados em contato, as cargas livres buscam se deslocar entre os corpos,
redistribuindo-se entre eles. Essa ação tem como intuito a obtenção do chamado equilíbrio eletrostático. Com
isso, ambos passam a estar eletrizados negativamente. Como exemplo, a imagem 3 ilustra o processo de
eletrização por contato entre dois corpos, “A” e “B”.
Imagem: Shutterstock.com
 Imagem 3 - Eletrização por contato.
INDUÇÃO
A eletrização por indução ocorre por aproximação dos corpos, considerando um neutro e outro positivamente
eletrizado. Ao aproximá-los, a carga do corpo neutro tende a se orientar, sendo que os elétrons livres se
deslocam no sentido do corpo eletrizado. Com isso, o corpo neutro passa a estar polarizado. Uma conexão do
corpo polarizado com o terra permite que as cargas repelidas escoem, como pode ser observado na imagem 4.
Imagem: Shutterstock.com adaptada por Layssa Rizzi
 Imagem 4 - Eletrização por indução.
 ATENÇÃO
É importante ressaltar que equilíbrio eletrostático é diferente de neutro. O equilíbrio eletrostático nada mais é
que a divisão das cargas entre os corpos, ou seja, ambos ficarão com mesmo potencial.
FORÇAS ATUANTES
A ELETROSTÁTICA, ESTUDO DO COMPORTAMENTO
DAS CARGAS EM REPOUSO, PARTE DO PRINCÍPIO DA
REPULSÃO E ATRAÇÃO EM QUE CARGAS DE SINAIS
IGUAIS SE REPELEM, ENQUANTO AS DE SINAIS
CONTRÁRIOS APRESENTAM ATRAÇÃO.
As cargas elétricas que compõem o átomo estão sob a ação de uma força (e pelo princípio apresentado essa
força pode ser atrativa ou repulsiva), que é definida pelo comportamento e sinal das partículas envolvidas. Essa
força, determinada pela Lei de Coulomb, é dada em newton (N), e se trata de uma grandeza vetorial. Considere
a imagem 5: nela é possível observar os vetores referentes à força atrativa e repulsiva, sendo que inicialmente
é apresentada a repulsão entre cargas de sinais iguais e, em seguida, a força atrativa, que ocorre entre duas
cargas de sinais opostos.
Imagem: Shutterstock.com
 Imagem 5 - Lei de Coulomb.
CAMPO ELÉTRICO
O campo elétrico é uma grandeza vetorial, sendo este o indicativo (medidor) da força por unidade de carga. O
campo elétrico pode ser gerado por uma carga ou mesmo por um conjunto delas. Ele é de natureza vetorial,
possuindo direção e sentido.
Como ilustrado na Imagem 6, em cargas elétricas pontuais positivas o campo é radial e divergente (as linhas de
força têm sentido de afastamento), enquanto o campo é radial e converge para as cargas pontuais negativas.
Imagem: Shutterstock.com
 Imagem 6 - Campo elétrico divergente e convergente.
TENSÃO ELÉTRICA
O POTENCIAL ELÉTRICO É A MEDIDA DO POTENCIAL DE
ENERGIA ADQUIRIDA POR UMA CARGA AO SER
COLOCADA NO CAMPO ELÉTRICO. É IMPORTANTE
RESSALTAR QUE EM MUITOS MATERIAIS DE ESTUDO
ESSA GRANDEZA É REPRESENTADA PELA LETRA U, E
SUA UNIDADE É DADA EM VOLTS [V], JÁ EM OUTROS
MATERIAIS, É REPRESENTADA POR V.
A tensão elétrica, por sua vez, é dada pela diferença de potencial entre dois pontos, isto é, o esforço ou trabalho
necessário para mover uma carga em um campo elétrico, de um ponto “A” até “B”. A diferença de potencial ou
ddp é a variação de potenciais medidos. Essa medida, assim como o potencial, é dada em volts [V].
Observamos maiores potenciais nas proximidades da carga, pois a força a ser rompida para mover a carga é
maior.
Uma carga POSITIVA, ao ser exposta a uma região de diferentes potenciais, tenderá a se mover do maior para
o menor potencial, o que é representado na imagem 7. A recíproca é válida para uma carga negativa
Imagem: Alexander; Sadiku, 2013, p. 6.
 Imagem 7 - Movimento de elétrons em seção de fio condutor.
É importante destacar os seguintes pontos:
Imagem: Danielle Ribeiro
As fontes de tensão utilizadas nos equipamentos são produtos da separação de cargas (positivas e negativas).
Imagem: Danielle Ribeiro
Considerando o potencial entre dois pontos, A e B, a diferença de potencial é descrita pela Equação 2:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Equação 2
Imagem: Danielle Ribeiro
Considerando ainda a Equação 2, se é positivo. Assim, é negativo.
VAB = VA − VB
VA > VB,  VAB VA < VB,  VAB
CORRENTE ELÉTRICA
Uma das características da carga elétrica é o fato de ela se movimentar, e essa movimentação é o que
denomina a corrente elétrica e conduz aos conceitos que envolvem, por sua vez, a eletrodinâmica das cargas.
Ao se aplicar uma tensão, que pode ser uma bateria, as cargas livres, ou seja, os elétrons, movimentam-se na
direção contrária ao campo elétrico, originando a corrente elétrica. É importante atentar aqui que o termo
“corrente” obedece ao que chamamos de convenção de sinais, sendo nesse caso denominado que a corrente é
dada pelo deslocamento das cargas positivas. Contudo, é de conhecimento que a corrente real em condutores
ocorre devido à movimentação de elétrons, o que pode ser visto na imagem a seguir.
Imagem: Alexander; Sadiku, 2013, p. 6.
 Imagem 8 - Movimento de elétrons em material condutor.
Em resumo, a corrente elétrica é a quantidade de cargas, ou fluxo de cargas, que atravessa a secção
transversal do condutor, que por seu turno é quantificada em um período de tempo. Observe a equação.
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Equação 3
Onde:
: intensidade de corrente elétrica, medida em ampère, A. Em que A, pela equação, é: 
: carga total que atravessa o corpo.
 ATENÇÃO
As análises de circuitos elétricos são feitas utilizando os conceitos de corrente convencional.
I =
Q
Δt
I coulomb
segundo
Q
CORRENTE ALTERNADA E CORRENTE CONTÍNUA
O conceito de corrente elétrica já foi apresentado. Há, no entanto, uma diferença básica entre corrente contínua
(CC) e corrente alternada (CA). Vamos conhecer essas duas correntes:
Imagem: Alexander; Sadiku, 2013, p. 7.
 Imagem 9 - Gráfico da corrente contínua em função do tempo.
CORRENTE CONTÍNUA
É aquela na qual não é observada variação de carga à medida que o tempo passa. Isto é, a carga que
atravessa o condutor é constante. Isso pode ser visto com clareza na imagem 9.

Imagem: Alexander; Sadiku, 2013, p. 7.
 Imagem 10 - Representação da variação da corrente no tempo.
CORRENTE ALTERNADA
Diferente da CC, é aquela em que há variação temporal. Isto é, a quantidade de carga que atravessa o condutor
ao longo do tempo é variável, isso pode ser visto com clareza na imagem 10.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. CONSIDERE UM FIO CONDUTOR SENDO ATRAVESSADO POR UMA CORRENTE
ELÉTRICA POR UM INTERVALO DE 3 SEGUNDOS. A INTENSIDADE DA CORRENTE
QUE O ATRAVESSA É DE 5 A. DESEJA-SE CALCULAR A QUANTIDADE DE ELÉTRONS
QUE ATRAVESSAM A SEÇÃO TRANSVERSAL DO FIO, SABENDO-SE QUE A CARGA
DO ELÉTRON É DADA POR .
A) 
B) 
C) 
D) 
E) 
e = −1,602 ⋅ 10−19
1,602 ⋅ 10−19
1,87 ⋅ 1019
28,8 ⋅ 1019
3,12 ⋅ 1019
9,36 ⋅ 1019
2. A CORRENTE ELÉTRICA CIRCULA EM DETERMINADO SENTIDO, DEFINIDO POR
SENTIDO CONVENCIONAL. A PARTIR DESSA INFORMAÇÃO, ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA:
A) A corrente circula do maior potencial para o menor.
B) A corrente convencional possui o mesmo sentido que a corrente real.
C) A corrente flui do menor para o maior potencial.
D) É oscilante em torno de uma posição de equilíbrio.
E) Possui mesmo sentido que a corrente real, mas de diferente intensidade.
GABARITO
1. Considere um fio condutor sendo atravessado por uma corrente elétrica por um intervalo de 3
segundos. A intensidade da corrente que o atravessa é de 5 A. Deseja-se calcular a quantidade de
elétrons que atravessam a seção transversal do fio, sabendo-se que a carga do elétron é dada por
.
A alternativa "E " está correta.
Passo 1:
Utilizando a Equação 3, onde:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
É possível calcular a carga total,Q, que atravessa a seção:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, temos:
e = −1,602 ⋅ 10−19
I =
Q
Δt
Q = I Δ t
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Passo 2:
O enunciado da questão pede a quantidade de elétrons que atravessa a seção, o que faz necessário o uso da
Equação 1 apresentada:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, temos:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Lembrando que o sinal negativo se refere à carga do elétron.
Onde, temos:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
2. A corrente elétrica circula em determinado sentido, definido por sentido convencional. A partir dessa
informação, assinale a alternativa correta:
A alternativa "A " está correta.
Por definição, a corrente convencional segue o fluxo oposto à corrente real, que se refere ao trânsito de cargas
livres, elétrons. Assim, desprezando o sinal do elétron, em que o fluxo é do menor para o maior potencial, a
corrente convencional acontece de forma oposta, do maior para o menor potencial.
Q =(5)(3)= 15C
Q =   ±  (ne)
n =
Q
e
n = = 9,36 ⋅ 1019 elétrons.15
1,602⋅10−19
MÓDULO 2
 Descrever os conceitos básicos da geração, transmissão e distribuição de energia
UTILIZAÇÃO DA ELETRICIDADE PELA SOCIEDADE
CONCEITOS BÁSICOS DA GERAÇÃO,
TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO
É sabido que a eletricidade foi descoberta por um filósofo grego chamado Tales de Mileto, cujos experimentos
com atrito possibilitaram que ele enxergasse características atrativas entre os objetos estudados. A partir de
então, os estudos se desenvolveram até resultar no que temos atualmente.
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TALES DE MILETO
Foi um filósofo, matemático, engenheiro, homem de negócios e astrônomo da Grécia Antiga, considerado,
por alguns, o primeiro filósofo ocidental.
Diariamente são desempenhadas diversas atividades que requerem o uso de eletricidade. Para chegar aos
terminais residenciais pronta para o uso, ela passa por inúmeros processos de transformação, que garantem
que sua oferta seja feita de forma segura aos consumidores. A eletricidade é uma fonte secundária de energia,
isto é, sua obtenção é proveniente de uma fonte primária (solar, hidráulica, carvão, petróleo e outras). Essa
obtenção parte do princípio da primeira Lei da Termodinâmica, ou seja, a Lei da Conservação da Energia, que
estabelece que nada se cria ou se perde, tudo se transforma. Assim, até chegar à eletricidade, a energia em
seu estado primário é transformada. Existem diversas formas de executar esse processo, porém, cada um deles
possui uma desvantagem a ser considerada, seja ela relacionada ao custo ou, ainda, aos impactos ambientais,
constantemente discutidos.
CAMINHO PERCORRIDO PELA ELETRICIDADE
Para que a eletricidade chegue até os locais de consumo, ela percorre caminhos que vão desde a geração
(local onde ocorre a transformação da energia), transmissão e distribuição, sendo estas últimas etapas que
compõem o transporte. Os tópicos a seguir têm o intuito de contextualizar o processo necessário para que a
eletricidade se torne apta a ser utilizada, o que pode ser visto na imagem 11.
Imagem: Shutterstock.com
 Imagem 11 - Caminho percorrido pela eletricidade.
GERAÇÃO
Uma grande evolução dos estudos relacionados à eletricidade se deu em 1831, com Michael Faraday e suas
propostas que envolveram a variação da corrente e indução magnética, conduzindo, assim, ao primeiro
experimento e à aplicação na geração de correntes elétricas. Esse conceito se aperfeiçoou ao longo do tempo,
e é senso comum que os geradores são as principais fontes de eletricidade.
MICHAEL FARADAY (1791-1867):
Foi um físico e químico britânico que atou com fortes contribuições para os estudos do eletromagnetismo
e da eletroquímica.
A geração de eletricidade consiste em transformar ou converter um recurso energético em eletricidade e, como
dito, o gerador é uma das formas mais comuns de se fazê-lo. No Brasil, a matriz elétrica é composta
majoritariamente por recursos hídricos. Contudo, a escassez desses recursos, agregada às preocupações
quanto ao uso de recursos menos poluentes, faz com que a busca por fontes renováveis seja um tópico em
constante debate.
Agora, vamos estudar os tipos de geração de energia e a utilização da corrente contínua e alternada.
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TIPOS DE GERAÇÃO
A matriz elétrica brasileira é majoritariamente hídrica. Contudo, é importante conhecer as principais fontes que
contribuem para o fornecimento de eletricidade no país.
Segundo a EPE (Empresa de Pesquisa Energética), a matriz elétrica brasileira é composta em sua maioria de
fontes renováveis, como pode ser observado na imagem 12. Ainda é possível que isso ocorra principalmente
devido ao fato de as fontes hidráulicas possuírem grande participação. Essa é uma enorme vantagem, pois faz
com que a geração de eletricidade no país seja considerada mais limpa, quando comparada com a de outros
países. É importante ressaltar que o uso de fontes solares e eólicas vem crescendo anualmente, contribuindo
para a manutenção de uma matriz renovável.
Imagem: Empresa de Pesquisa Energética, Ministério de Minas e Energia.
 Imagem 12 - Matriz elétrica brasileira.
UTILIZAÇÃO DA CORRENTE CONTÍNUA E ALTERNADA
Em geral, a corrente contínua pode ser utilizada em circuitos de baixa tensão, como, por exemplo, os
eletroeletrônicos, pilhas e baterias. Além disso, é bem comum a aplicação da corrente contínua na geração de
energia solar fotovoltaica.
Os geradores de corrente alternada, contudo, são mais eficientes que os geradores CC. Ao nível de
transmissão, essa perda é reduzida, se feita em corrente alternada.
TRANSMISSÃO
A energia elétrica que se encontra nas usinas geradoras precisa ser transportada aos centros de distribuição.
Essa ação é desempenhada pelo sistema de transmissão, ilustrado na imagem 13. Por meio desse sistema, a
energia é transmitida das unidades geradoras até a distribuição. Para isso, utiliza-se, em geral, corrente
alternada, a elevados níveis de tensão, sendo estes alcançados com o auxílio de transformadores elevadores.
Foto: Shutterstock.com
 Imagem 13 - Linhas de transmissão.
A elevação da tensão para transmissão de energia se dá em razão da eficiência desejada no processo. Uma
vez que a tensão de saída do transformador é elevada, a corrente é reduzida, impactando diretamente nas
perdas por efeito Joule ocorridas no processo.
 ATENÇÃO
Para a transmissão em corrente contínua, é necessário que a corrente alternada seja retificada, para que então
seja transportada. Essa transmissão pode ser feita utilizando apenas um cabo.
Agora, vamos conhecer um pouco sobre transformadores e efeito Joule.
TRANSFORMADORES
São equipamentos utilizados para aumentar ou reduzir os níveis de tensão ou correntes elétricas. A relação
entre tensão e corrente no terminal do transformador é inversamente proporcional, isto é, elevada tensão no
terminal implica em baixa corrente no terminal. Essa relação pode ser mais bem observada por meio do modelo
matemático apresentado pela seguinte equação:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Equação 4
Existem diversos tipos de transformadores, que variam com a aplicação, potência e modelo.
EFEITO JOULE
Refere-se a um efeito físico em que há conversão de energia em calor. Um exemplo é o que ocorre na
transmissão de energia: os cabos são percorridos por correntes elétricas. Nesse processo de transferir a
energia, há aquecimento dos cabos, ou seja, a eletricidade é transformada em calor, produzindo perdas. Quanto
maior o nível de corrente, maiores são as perdas observadas, fazendo-se essencial a redução delas para que
se preserve a maior quantidade de energia elétrica possível.
DISTRIBUIÇÃO
A distribuição é o ramo do setor elétrico responsável por fazer com que a energiachegue efetivamente até os
pontos consumidores após passar pelo sistema de transmissão. Historicamente, os registros indicam que esse
transporte de eletricidade se dava por meio de condutores de ferro, que evoluíram até que finalmente
começaram a fabricar fios de cobre cobertos por isolante.
Com o crescimento industrial, veio a necessidade de desenvolver o sistema de distribuição, que deu início à
iluminação pública. A primeira cidade brasileira a receber um sistema de distribuição foi Campos dos
Goytacazes, no interior do Rio de Janeiro, em 1883. São observadas mudanças nas redes quando comparadas
àquelas iniciais e as atuais vigentes. Os condutores eram de cobre e mais tarde foram substituídos por
alumínio. A isolação desses condutores também evoluiu. Quanto à estrutura física, houve mudanças nos
materiais dos isoladores e postes. Os transformadores foram reduzidos e passaram a apresentar maior
desempenho.
É importante destacar que na literatura diversas referências são feitas ao que é nomeado sistema de
subtransmissão. Este nada mais é do que distribuição em alta tensão, não esquecendo que os níveis de tensão
foram elevados para serem transmitidos, logo, essa tensão necessita ser reduzida por meio de transformadores
para que possa ser utilizada.
=V1
V2
I2
I1
Por fim, no sistema de distribuição, em média tensão, há novamente um ajuste de tensão que pode ser média
tensão ou baixa tensão (consumidores residenciais). A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) define os
seguintes níveis de tensão para o sistema de distribuição:
Imagem: Danielle Ribeiro
Alta tensão: superior a 69kV e inferior a 230kV;
Imagem: Danielle Ribeiro
Média tensão: superior a 1kV e inferior a 69kV;
Imagem: Danielle Ribeiro
Baixa tensão: igual ou inferior a 1kV. 
COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA
A energia distribuída aos consumidores vem das unidades geradoras. Essas distribuidoras são empresas
concessionárias, fiscalizadas e regulamentadas pela ANEEL, que adquirem o direito de operar o sistema por
meio de concessão. Assim, a energia é adquirida pela distribuidora por meio do mercado de energia.
O mercado de energia tem por base as duas vertentes a seguir:
Ambiente de Contratação Regulado (ACR).
Ambiente de Contratação Livre (ACL).
No ambiente de contratação livre, o consumidor pode adquirir a energia diretamente dos geradores, contudo,
isso não é permitido aos consumidores de pequeno porte (residenciais), cujo ambiente de contratação é
regulado e não possibilita a escolha na hora da compra. Ambas as vertentes possuem regras que são regidas e
controladas pela CCEE (Câmara de Comercialização de Energia Elétrica). Todas as informações são de acesso
público.
FONTES DE ENERGIA
Existem atualmente, para acesso e diversificação da matriz geradora, diversas fontes de energia. Elas, por sua
vez, podem ser categorizadas em renováveis e não renováveis. Faz-se importante o conhecimento de algumas
delas, bem como as vantagens e desvantagens que seu uso implica. Dessa forma, é possível exercer um bom
planejamento do sistema e fazer uso dos recursos com maior eficiência.
A seguir, apresentaremos os aspectos principais característicos das diversas formas de geração disponíveis
atualmente.
ENERGIA HÍDRICA
Mais utilizada no Brasil, esse tipo de energia utiliza a movimentação da água para geração de eletricidade.
Vantagem Desvantagem
É uma fonte limpa e
altamente utilizada no
Brasil.
Para a construção desse tipo de usina, pode ser necessário um grande
impacto ambiental, que, por sua vez, interfere tanto na biodiversidade
quanto na migração de populações residentes nas proximidades.
Renovável.
A construção é feita distante dos centros de consumo, devido à necessidade
de vazões elevadas ou quedas-d’água. Isso faz com que sejam utilizadas
linhas de transmissão muito longas.
Quadro: Vantagens e desvantagens.
Elaborado por: Isabela Oliveira Guimarães.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
Produção de energia elétrica utilizando a captação da luz solar, feita por meio de células fotovoltaicas.
Vantagem Desvantagem
É uma fonte considerada limpa e de grande
abundância em diversas regiões, dada a alta
incidência solar.
Para utilização desse tipo de energia, é necessário
aplicar tecnologias que podem encarecer e
inviabilizar o investimento.
A vida útil de um sistema fotovoltaico é, em
média, de 25 anos.
É uma fonte intermitente, isto é, não é possível gerar
energia durante a noite.
Quadro: Vantagens e desvantagens.
Elaborado por: Isabela Oliveira Guimarães.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
ENERGIA EÓLICA
Produção de energia partindo da disponibilidade do vento.
Vantagem Desvantagem
É uma fonte
considerada
limpa.
Para utilização desse tipo de energia, é necessária a construção de parques
eólicos, que, por seu turno, impactam na paisagem e devem ser instalados em
regiões distantes das cidades, dada a poluição sonora.
Assim como as fontes fotovoltaicas, há, nesse caso, uma limitação de geração,
devido ao vento.
Quadro: Vantagens e desvantagens.
Elaborado por: Isabela Oliveira Guimarães.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
BIOMASSA
A produção de energia ocorre dada a combustão de materiais orgânicos. Dentre eles, podem ser identificados:
madeira, bagaço de cana-de-açúcar e outros.
Vantagem Desvantagem
É de baixo custo. Demanda recursos hídricos.
É menos poluente que a queima de
combustíveis fósseis.
Requer áreas destinadas à agricultura, o que pode levar ao
desmatamento de certas regiões.
Apesar de menos poluente, ainda produz e muitas
cinzas.
Quadro: Vantagens e desvantagens.
Elaborado por: Isabela Oliveira Guimarães.
 Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal
CO2
ENERGIA MAREMOTRIZ
Geração de eletricidade por meio das marés.
Vantagem Desvantagem
É uma fonte
considerada limpa.
Para utilização desse tipo de energia é necessário aplicar tecnologias que
podem encarecer e inviabilizar o investimento.
Necessita de marés fortes.
Pode impactar na vida marinha.
Quadro: Elementos para a dança criativa.
Extraído de RODRIGUES, M. C. S. Dança. Porto Alegre: Sagah Educação, 2018, p. 16.
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Dentre as fontes não renováveis, podemos citar:
COMBUSTÍVEIS FÓSSEIS
Geração de eletricidade proveniente da queima de combustíveis fósseis.
Vantagem Desvantagem
Oferece elevada eficiência.
São altamente poluentes, pois emitem grandes quantidades de
gases ( ), contribuindo para o aquecimento global.
São de custo inferior às fontes
alternativas de energia.
Os reservatórios vêm sofrendo redução substancial, devido ao uso
intenso desses combustíveis.
Quadro: Vantagens e desvantagens.
Elaborado por: Isabela Oliveira Guimarães.
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ENERGIA NUCLEAR
Geração de energia elétrica a partir do calor provocado pela fissão nuclear.
CO2
Vantagem Desvantagem
Não há liberação de gases contribuintes ao efeito estufa. A produção é de alto custo.
A produção não está atrelada a fatores climáticos. Apresenta potenciais riscos de acidentes.
Quadro: Vantagens e desvantagens.
Elaborado por: Isabela Oliveira Guimarães.
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TARIFAS
As tarifas de energia são a forma de remuneração pelo uso do sistema elétrico e pela energia utilizada. Durante
o ano, é possível observar a variação no custo total pago, que se deve à troca de bandeiras. Essas bandeiras
se referem ao uso de diferentes geradores, que podem exigir maiores investimentos que os usuais, elevando ou
reduzindo a fatura final.
Aos consumidores de baixa renda, aplica-se a tarifa social de energia elétrica (TSEE). Essa tarifa foi criada pela
Lei n° 10.438/2002 e permite que sejam concedidos descontos para osconsumidores enquadrados na
Subclasse Residencial Baixa Renda, que são beneficiados com a isenção do custeio da Conta de
Desenvolvimento Energético ‒ CDE e do custeio do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia
Elétrica ‒ Proinfa.
Dentre as classes e subclasses de consumidores definidas pela ANEEL, tem-se:
Classe Subclasse
Residencial
Baixa renda.
Baixa renda indígena.
Baixa renda benefício de prestação continuada da assistência social.
Baixa renda multifamiliar.
Industrial
Comercial Serviços de transporte, exceto tração elétrica.
Serviços de comunicações e telecomunicações.
Associações e entidades filantrópicas.
Templos religiosos.
Administração condominial: iluminação e instalações de uso comum de prédio ou
conjunto de edificações. Iluminação em rodovias: solicitada por quem detenha
concessão ou autorização para administração em rodovias.
Semáforos, radares e câmeras de monitoramento de trânsito, solicitados por quem
detenha concessão ou autorização para controle de trânsito.
Rural
Agropecuária rural.
Instalações elétricas de poços de captação de água.
Serviço de bombeamento de água destinada à atividade de irrigação.
 Agropecuária urbana:
Residencial rural;
Cooperativa de eletrificação rural;
Agroindustrial;
Serviço público de irrigação rural. 
Escola agrotécnica: estabelecimento de ensino direcionado à agropecuária.
Aquicultura.
Poder
público
Iluminação pública.
 Serviço público:
Tração elétrica.
Água, esgoto e saneamento.
 Consumo próprio.
Quadro: Classes e subclasses de consumidores definidas pela ANEEL.
Adaptado de: ANEEL por Isabela Oliveira Guimarães.
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APLICAÇÃO DA ELETRICIDADE
Dentre as diversas aplicações da energia elétrica, podemos citar:
Imagem: Shutterstock.com
Máquinas elétricas: onde é feita a conversão da energia elétrica em mecânica, análogo ao processo que ocorre
nos geradores, nos quais a energia mecânica é transformada em elétrica.
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Sistemas de controle: estudam a dinâmica e buscam a estabilização frente a distúrbios.
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Telecomunicações: setor no qual podemos observar a transmissão de dados feita por meio de ondas
eletromagnéticas.
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Computação.
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Automação.
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Eletrônica: ramo no qual são estudados circuitos de pequeno porte.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. QUAL É O TIPO DE GERAÇÃO ELÉTRICA RECOMENDADO PARA UMA PEQUENA
VILA, LOCALIZADA EM UM VALE ENTRE MONTANHAS DE DIFÍCIL ACESSO,
SABENDO-SE QUE O LOCAL CONTÉM UM CURSO D’ÁGUA UTILIZADO PARA
CONSUMO DA CIDADE E IRRIGAÇÃO DE PEQUENAS LAVOURAS, POUCO VENTO E
UMA ALTA INCIDÊNCIA SOLAR?
A) Termoelétrica, pois é possível utilizar a água do rio no sistema de refrigeração.
B) Eólica, pois a geografia do local é própria para a captação desse tipo de energia.
C) Nuclear, pois o modo de resfriamento de seus sistemas não afetaria a população.
D) Fotovoltaica, pois é possível aproveitar a energia solar que chega à superfície do local.
E) Hidrelétrica, pois o rio que corta o município é suficiente para abastecer a usina construída.
2. QUAL DAS FONTES DE ENERGIA PRIMÁRIA APRESENTADAS ABAIXO NÃO POSSUI
SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL?
A) Biomassa, massa dos seres vivos habitantes de uma região.
B) Hidrogênio, usado como célula combustível.
C) Biogás, utilização das bactérias na transformação de detritos orgânicos em metano.
D) Carvão mineral, extraído da terra pelo processo de mineração.
E) Energia geotérmica, aproveitamento do calor do interior da Terra.
GABARITO
1. Qual é o tipo de geração elétrica recomendado para uma pequena vila, localizada em um vale entre
montanhas de difícil acesso, sabendo-se que o local contém um curso d’água utilizado para consumo
da cidade e irrigação de pequenas lavouras, pouco vento e uma alta incidência solar?
A alternativa "D " está correta.
A forma de obtenção de energia mais indicada, dentre as citadas, é a fotovoltaica, pois, avaliando as
considerações do problema, percebemos que a região apresenta alta incidência solar, o que beneficia o uso
dessa fonte de energia.
2. Qual das fontes de energia primária apresentadas abaixo não possui sustentabilidade ambiental?
A alternativa "D " está correta.
Dentre as formas de energia apresentadas, o carvão mineral é um tipo de fonte de energia não renovável. Ele
se encontra entre os combustíveis fósseis e é altamente poluente. Todas as demais alternativas são referentes
a energias renováveis, conhecidas também como energias alternativas (nem toda energia alternativa é
necessariamente renovável).
MÓDULO 3
 Reconhecer as grandezas elétricas aplicadas no cotidiano
ELETRICIDADE E PROJETOS
APLICAÇÃO DA ELETRICIDADE NO COTIDIANO
Para desenvolver projetos que envolvam o uso da eletricidade, é necessário que o profissional possua
formação adequada, o que garantirá que ele tenha conhecimento dos aspectos que envolvam a segurança,
tanto para as pessoas quanto à preservação dos equipamentos envolvidos no projeto. A princípio, é necessário
entender os componentes básicos encontrados em circuitos elétricos e instalações, bem como a forma com que
eles operam. Ainda, é desejável que o projetista utilize símbolos e nomenclaturas padronizados, fazendo com
que o projeto se torne acessível para os demais profissionais da área.
Os tópicos a seguir apresentam os conceitos básicos referentes aos circuitos elétricos e suas notações.
CIRCUITO ELÉTRICO
Um circuito elétrico pode ser caracterizado e definido por um caminho pelo qual a carga deve ser transportada.
Em uma residência, existem diversos circuitos elétricos que transportam a carga até os terminais onde serão
feitas as conexões de equipamentos (tomadas e plugs) e a iluminação.
A composição de um circuito é dada por meio de uma fonte, podendo esta ser o sistema elétrico, como ocorre
nas residências, ou até mesmo uma pilha, em circuitos CC de pequeno porte. A diferença de potencial existente
devido à fonte é o que permite a circulação de cargas, caracterizando a corrente elétrica. Assim, a corrente
percorre o caminho construído por fios de material condutor. É importante destacar os seguintes aspectos que
caracterizam alguns materiais encontrados em circuitos e instalações elétricas:
CONDUTOR
SEMICONDUTOR
ISOLANTE
CONDUTOR
Esse tipo de material é caracterizado por apresentar maior liberdade no que diz respeito ao movimento de
cargas elétricas. Isso ocorre devido à fraca ligação entre elas e o núcleo, possibilitando fácil desprendimento.
SEMICONDUTOR
São materiais de baixa condutividade, podendo mudar de estado, de isolantes para condutores. Em condições
normais, eles não conduzem corrente elétrica, mas recebendo certa quantidade de energia, os elétrons podem
transitar para a camada de condução.
ISOLANTE
Esse termo se refere a materiais cujos elétrons não desprendem facilmente, havendo forte ligação entre o
núcleo e os elétrons.
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
No momento em que a corrente percorre o material condutor, este apresenta uma resistência à passagem da
corrente.
A resistência é uma propriedade do material cuja representação é dada pela letra R. Esse valor pode ser
calculado como mostra a equação seguinte:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Equação 5
Em que:
: representa a resistividade do material, dada em ohms-metro.
: representa o comprimento do condutor.
: representa a área da seção transversal.
A imagem 14 tem o intuito de ilustrar as variáveis apresentadas pela equação.
R = ρ l
A
ρ
l
A
Imagem: Alexander; Sadiku, 2013, p. 27.
 Imagem 14 - Seção transversal de um condutor.
O quadro a seguir apresenta a resistividade para alguns materiais mais comuns.
Material Resistividade Emprego
Prata Condutor
Cobre Condutor
Alumínio Condutor
Ouro Condutor
Carbono Semicondutor
Germânio Semicondutor
Silício Semicondutor
Papel Isolante
MicaIsolante
1,64x10−8
1,72x10−8
2,8x10−8
2,45x10−8
4x10−5
47x10−2
6,4x102
1010
5x1011
Vidro Isolante
Teflon Isolante
Quadro: Resistividade de materiais.
Elaborado por: Isabela Oliveira Guimarães.
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Ao observar a Equação 5, vemos que quanto maior a resistividade do material, mais resistente ele é à
passagem de corrente elétrica. Dessa forma, podemos ver por meio da Tabela 1 que os materiais de maior
resistividade são categorizados como isolantes. Em circuitos elétricos, esse efeito é modelado pelo resistor,
representado, simbolicamente, como mostra a imagem 15.
Imagem: Alexander; Sadiku, 2013, p. 27.
 Imagem 15 - Exemplo de resistor.
A relação entre tensão e corrente para um resistor é modelada pela primeira Lei de Ohm. Por meio desta, é dito
que há uma relação de proporcionalidade entre tensão e corrente, como descreve a equação 6:
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Equação 6
Onde:
 é a tensão;
1012
3x1012
v ∝ i
v
 é a corrente.
Essa proporção entre as grandezas em um resistor é definida pela resistência dele.
Destacamos, contudo, os seguintes pontos:
Imagem: Danielle Ribeiro
A resistência, representada pela letra R, refere-se à capacidade de resistir ao fluxo de corrente.
Imagem: Danielle Ribeiro
Resistência é uma propriedade do material, diversos são os fatores que podem alterá-la, como temperatura.
A relação entre tensão e corrente em um resistor é descrita matematicamente como se segue, apresentada pela
Lei de Ohm.
i
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Equação 7
Onde:
 é a tensão;
 é a corrente;
 é a resistência.
 ATENÇÃO
Para aplicar a Lei de Ohm, deve-se atentar ao sinal da corrente e à polaridade da tensão. Isto é, a corrente
convencional flui do maior para o menor potencial, resultando em uma tensão positiva. Caso o oposto seja
identificado (ou definido), o potencial é negativo.
Quando o valor do resistor é nulo, o circuito é visto como um curto-circuito, pois a baixa resistência faz com que
altas correntes circulem pelo resistor.
Considerando o outro extremo, em que a resistência é elevada e o valor do resistor tende ao infinito, a corrente
é nula. Isso pode ser visto na Equação 7. Dessa forma, o circuito se comporta como um circuito aberto.
CIRCUITOS SÉRIE E PARALELO
É importante destacar que o circuito elétrico (caminho por onde a corrente circula, composto de equipamentos
como fontes, resistores e outros) pode ser configurado de várias formas. São elas:
Circuito série
Aquele cujos elementos estão todos em série. Em uma configuração como essa, a corrente que circula por
todos os elementos será a mesma corrente.
Nota: resistores em série podem ser associados por meio da soma, resultando em uma resistência final maior
que a resistência individual.

Circuito paralelo
v = Ri
v
i
R
Os circuitos paralelos, como o nome diz, são aqueles cujos elementos estão em paralelo. Nessa configuração, a
tensão ou ddp sobre os elementos é a mesma, já a corrente se distingue.
Nota: resistores em paralelo podem ser associados dada a seguinte equação:
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Equação 8
POTÊNCIA E ENERGIA
A aplicação dos conceitos e elementos do circuito pode ser facilmente visualizada na prática. Em geral, ao
adquirir um equipamento (lâmpada, TV ou outro), a principal informação é a quantidade de potência com que o
equipamento trabalha. Essa grandeza influencia tanto no desempenho quanto no gasto final mensal computado
pela conta de energia.
EXEMPLO:
Uma lâmpada de 12W é mais potente que uma lâmpada de 9W. Em um mesmo cômodo, essa primeira
lâmpada irá iluminar mais que a segunda. É importante destacar que a escolha da iluminação envolve diversos
outros fatores, como conforto, tamanho do cômodo e iluminação desse espaço, que não são de interesse do
nosso estudo.
A potência de um equipamento é dada em watts e está relacionada à quantidade de energia consumida em
determinado período. Assim, sendo:
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Equação 9
Onde:
 representa a potência dada em watts (W).
 representa a energia, dada em joule (J).
= +1
Rtotal
1
R
1
R
p ≜ dw
dt
p
w
 representa o tempo, em segundos (s).
Sabe-se que a corrente é dada pela variação de cargas que atravessa a seção de um condutor. Dessa forma, a
equação pode ser rearranjada, tal que:
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Equação 10
Assim, tem-se que a potência pode ser representada matematicamente pele seguinte equação:
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Equação 11
A Equação 11 descreve a potência instantânea, sendo que:
Imagem: Danielle Ribeiro
A potência instantânea varia com o tempo.
dt
p = =dw
dt
dw
dq
dq
dt
p = vi
Imagem: Danielle Ribeiro
Se o sinal resultante da Equação 11 for positivo, o elemento está absorvendo a quantidade de potência
calculada, do contrário, ele está fornecendo potência ao sistema. Exemplo: se um elemento absorve -10W de
potência, isso implica que ele está fornecendo 10W.
Imagem: Danielle Ribeiro
Pela lei da conservação de energia, dentro de um circuito, a soma das potências deve ser nula, uma vez que
havendo fornecimento por uma parte, há consumo em outra.
Para calcular a energia, basta integrar a equação da potência no período de tempo avaliado.
Para exemplificar a aplicação desses conceitos, vamos analisar um exemplo:
As concessionárias de energia cobram dos seus clientes partindo do consumo diário de energia, que é
mensurado em quilowatts-hora (kWh). Existem vários fatores que influenciam no custo, contudo estes serão
desprezados nessa análise inicial. O consumidor paga mensalmente uma tarifa mínima, ainda que não utilize
energia em sua residência. Isso é feito porque o sistema necessita se manter operando e existem, portanto,
taxas a serem pagas, para que esse sistema esteja pronto a atender o consumidor.
O quadro a seguir apresenta um esboço de consumo mensal de alguns eletrodomésticos:
Aparelho Consumo (kWh)
Aquecedor de água 500
Freezer 100
Iluminação 100
Máquina de lavar louça 35
Ferro de passar 15
TV 10
Torradeira 4
Lavadora de roupa 120
Fogão elétrico 100
Secadora 80
Micro-ondas 25
Computador 12
Rádio 8
Relógio 2
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Quadro: Consumo mensal de eletrodomésticos.
Extraído de: Alexander; Sadiku, 2013.
Considere uma residência, onde o consumo ao final do mês tenha sido de 800kWh. É desejável calcular o
consumo mensal (em reais) utilizando os seguintes dados da escala tarifária residencial:
Tarifa mensal básica a ser paga pela operação do sistema é de R$19,00.
O custo dos primeiros 100kWh é de R$0,16/kWh.
O custo dos 200kWh seguintes é de R$ 0,10/kWh.
O custo dos kWh seguintes é de R$0,05/kWh.
Observa-se que o custo do kWh reduz à medida que o consumo aumenta.
Para o cálculo final da tarifa, devemos:
Considerar os primeiros kWh, onde: 100x0,16=R$16,00
Considerar os 200kWh seguintes: 200x0,10=R$20,00
Considerar os kWh restantes: 500x0,05=R$25,00
Para o cálculo do valor final da conta, devemos observar que a tarifa básica deve ser incluída:
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De posse desse resultado, é possível calcular ainda o custo médio do Kwh, onde:
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VERIFICANDO O APRENDIZADO
V f = 16 + 20 + 25 + 19 = R$80,00
Custo médio = = 0,10/kWh80100+200+500
1. CONSIDERE UMA DIFERENÇA DE POTENCIAL DE 9,0V APLICADA EM UM
RESISTOR CUJO VALOR É DE 3,0Ω. CALCULE A CORRENTE ELÉTRICA QUE
PERCORRE O RESISTOR E A POTÊNCIA DISSIPADA POR ELE. ASSINALE A
ALTERNATIVA CORRETA:
A) 1,0A e 9,0W
B) 2,0A e 18,0W
C) 3,0A e 27,0W
D) 4,0Ae 36,0W
E) 5,0A e 45,0W
2. UMA LÂMPADA POSSUI OS SEGUINTES DADOS NOMINAIS: 6,0V; 20MA.
CONSIDERANDO ESSAS INFORMAÇÕES, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA EM
RELAÇÃO À RESISTÊNCIA ELÉTRICA DO SEU FILAMENTO:
A) 150Ω, sempre, com a lâmpada acesa ou apagada.
B) 300Ω, sempre, com a lâmpada acesa ou apagada.
C) 300Ω com a lâmpada acesa e tem um valor bem maior quando apagada.
D) 300Ω com a lâmpada acesa e tem um valor bem menor quando apagada.
E) 600Ω com a lâmpada acesa e tem um valor bem maior quando apagada.
GABARITO
1. Considere uma diferença de potencial de 9,0V aplicada em um resistor cujo valor é de 3,0Ω. Calcule a
corrente elétrica que percorre o resistor e a potência dissipada por ele. Assinale a alternativa correta:
A alternativa "C " está correta.
Para calcular a corrente que circula pelo circuito, aplica-se a Lei de Ohm, sendo:
v = Ri
i = = 3A93
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De posse da corrente calculada, deseja-se saber a potência dissipada nesse resistor. Dessa forma, é
necessário manipular as equações como se segue:
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Assim:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Sendo:
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2. Uma lâmpada possui os seguintes dados nominais: 6,0V; 20mA. Considerando essas informações,
assinale a alternativa correta em relação à resistência elétrica do seu filamento:
A alternativa "D " está correta.
Para calcular o valor da resistência, aplica-se a Lei de Ohm, sendo:
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Assim:
p = vi
v = Ri
p = Ri ²
p = 3(3)
2
= 27W
v = Ri
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A resistência varia com a temperatura. Assim, quanto maior a temperatura, menor é a resistência, fazendo com
que o aquecimento promova a perda de energia, efeito Joule. Quando a lâmpada se encontra apagada, a
temperatura é inferior. Desse modo, a resistência é menor.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste conteúdo, tratamos de conceitos básicos para o estudo introdutório da eletricidade aplicada.
No Módulo 1, apresentamos os conceitos referentes à eletrostática e eletrodinâmica, permitindo identificar como
a corrente elétrica se dá dentro de um condutor. No Módulo 2, destacamos as características do sistema elétrico
de potência, desde a geração até o consumo, bem como as novas fontes de energia emergentes, além de suas
vantagens e desvantagens. Por fim, no Módulo 3, mostramos uma aplicação dos conceitos elétricos no
cotidiano, destacando o entendimento desses conceitos e como eles afetam no valor pago na tarifa de energia.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
R = = = 300Ωv
i
6
2m
ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. Fundamentos de Circuitos Elétricos. 5. ed. Porto Alegre: AMAGH,
2013.
AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA. ANEEL.. Consultado na Internet em: 29 jun. 2021.
BEM INTERATIVO. Produção de Energia Primária. Shynepe. Consultado na Internet em: 29 jun. 2021.
BOYLESTAD, R. L. Introdução à análise de circuitos. Rio de Janeiro: Prentice Hall do Brasil, 1998.
CRUZ, E. C. A. Eletricidade aplicada em corrente contínua: teoria e exercícios. 2. ed. São Paulo: Érica, 2011.
EDMINISTER, J. A.; NAHVI, M. Circuitos elétricos: reedição da edição clássica. 2. ed. São Paulo: Pearson
Education do Brasil, 1991.
EMPRESA DE PESQUISA ENERGÉTICA. EPE. Matriz Energética e Elétrica.. Consultado na Internet em: 29
jun. 2021.
GUSSOW, M. Eletricidade básica. São Paulo: Makron Books, 1985.
JOHNSON, D. E.; HILBURN, J. L.; JOHNNY, R. J. Fundamentos de Circuitos Elétricos. PHB, 1994.
MARKUS, O. Circuitos Elétricos: Corrente Contínua e Corrente Alternada. Rio de Janeiro: Érica, 2001.
SENAI-SP. Educação Continuada – Circuitos em Corrente Alternada. Consultado na Internet em: 29 jun.
2021. São Paulo, 2002.
EXPLORE+
Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, a EPE oferece uma página interativa com os
dados energéticos. Nela, estão expostas informações quanto à geração e ao consumo no Brasil, além de
dados referentes ao comércio de energia.
CONTEUDISTA
Isabela Oliveira Guimarães

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