Buscar

escola, familia e comunidade 2

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 23 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Escola, Família e 
Comunidade 
 
 
 
 
 
 
Material teórico 
 
 
Escola, Família, Comunidade e os Direitos Fundamentais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Responsável pelo Conteúdo: 
Profª. Ms. Janaina Pinheiro Vece 
 
Revisão Textual: 
Profª. Esp Vera Lidia de Sa Cicaroni 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Caro aluno, 
 
Nesta segunda unidade, serão discutidos os direitos humanos 
fundamentais e como as instituições Escola, Família e 
Comunidade lidam com a situação que se apresenta e 
garantem esses direitos. Vamos aprofundar nossos 
conhecimentos acerca desses temas a partir de duas 
referências importantes: a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos e o Programa Nacional de Direitos Humanos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Escola, Família, Comunidade e os 
Direitos Fundamentais 
Atenção 
 
Para um bom aproveitamento do curso, leia o material teórico atentamente antes de realizar 
as atividades. É importante também respeitar os prazos estabelecidos no cronograma. 
 
 
 
 
Leia as charges abaixo: 
 
Clauro Joel Almeida 
 
 
 
As charges apresentam uma crítica em comum: além da ignorância da sociedade em 
relação aos direitos humanos, a crítica também expõe o descaso das autoridades competentes 
para com as condições mínimas de sobrevivência, como: moradia, saúde, educação, lazer, 
entre outras. Afinal, como falar em direitos humanos se muitos não os usufruem?! 
As charges ainda se referem à ignorância daqueles que, de fato, desconhecem os 
direitos fundamentais da humanidade. 
A linguagem humorística procura nos conscientizar da importância de conhecermos os 
nossos direitos não só como cidadãos, mas também como profissionais da educação. 
Contextualização 
 
 
 
 
 
 
 
 
Para ter acesso às principais referências desta unidade, acesse os links: 
 
Direitos Fundamentais: Igualdade e Liberdade 
 
É inegável que a História, como ciência, explica a atual condição humana. Afinal, a 
organização da sociedade do século XXI é decorrência dos fatos passados. 
Desde a Antiguidade, a desvalorização dos direitos humanos e o desrespeito a eles têm 
estado presentes nas relações sociais. De acordo com Edgar Morin (2002, p.36), “O homem 
surgiu marginalmente no mundo animal e seu desenvolvimento marginalizou-o ainda mais”. A 
citação de Morin (2002) revela que, apesar de a humanidade ter se desenvolvido política e 
economicamente, a condição de vida do ser humano e as relações sociais sempre foram 
preocupações constantes e legitimadas ao longo da história. 
Há, praticamente, dois séculos, a relação entre Estado e Sociedade tem dominado o 
planeta. Essa relação tem se organizado numa identidade que, ao mesmo tempo, é territorial, 
política, cultural, histórica, mística e religiosa. Em meio a essa relação complexa reside a 
condição do homem que consiste em direitos civis, econômicos, sociais, culturais e 
ambientais. 
Material Teórico 
Nesta Unidade II, serão abordados os direitos fundamentais da humanidade e o papel 
de cada instituição – Escola, Família e Comunidade – na propagação e preservação 
desses direitos. Este texto está fundamentado em duas referências principais: a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e o Programa Nacional de 
Direitos Humanos (2009). O conteúdo teórico parte de uma abordagem geral dos 
movimentos e ações que ocorreram mundialmente para uma análise mais específica das 
medidas nacionais brasileiras que se referem aos direitos humanos. 
Boa leitura! 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
https://bit.ly/3YNu3g7 
Programa Nacional de Direitos Humanos 
https://bit.ly/3MbSoHy 
https://bit.ly/3YNu3g7
https://bit.ly/3MbSoHy
Para Edgar Morin (2002), a atual condição humana é resultado de uma sociedade 
universal, que é, ao mesmo tempo, biológica e totalmente cultural. Nessa perspectiva, as 
mobilizações mundiais em favor dos direitos da humanidade defendem o princípio da 
identidade nacional, continental e planetária. 
A criação da Organização das Nações Unidas, a ONU, é um exemplo dessa 
necessidade universal de direitos. A ONU é uma organização internacional formada por 
países, reunidos voluntariamente, que lutam e prezam pela paz e pelo desenvolvimento 
mundial. 
De acordo com o site da ONU no Brasil (2012): 
 
 
 
 
Os direitos humanos são estabelecidos por um conjunto de normas universais e 
específicas das nações. A seguir apresenta-se a análise da Declaração Universal dos Direitos 
Humanos (1948) e do Programa Nacional de Direitos Humanos (2009), procurando destacar, 
principalmente, como a Escola, a Família e a Comunidade têm adotado e praticado as 
normas estabelecidas por esses documentos. 
 
 
 
Declaração Universal dos Direitos Humanos 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) foi pensada para delinear os 
direitos básicos dos cidadãos do mundo inteiro. Seus ideais foram construídos após a Segunda 
Guerra Mundial, que terminou no ano de 1945. Sua elaboração contou com a participação de 
mais de 50 representantes de diferentes países, e foi adotada e proclamada em 10 de 
dezembro de 1948 pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas. 
Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, 
independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer 
outra condição. Os direitos humanos incluem o direito à vida e à liberdade, à 
liberdade de opinião e de expressão, o direito ao trabalho e à educação, entre e 
muitos outros. Todos merecem estes direitos, sem discriminação. 
 
Explore 
Assista ao vídeo A ONU é seu Mundo e saiba mais sobre a Organização: 
http://www.youtube.com/watch?v=Ln9NtMjmt-o 
http://www.youtube.com/watch?v=Ln9NtMjmt-o
http://www.youtube.com/watch?v=Ln9NtMjmt-o
Embora não represente obrigatoriedade legal, o documento é a principal referência 
sobre o assunto no mundo, pois pressupõe um ideal comum a ser atingido por todos os povos 
e todas as nações, com o intuito de que os cidadãos e os órgãos sociais se esforcem, por 
intermédio da educação, para valorizar e respeitar os direitos e a liberdade dos seres 
humanos. 
Historicamente outras mobilizações aconteceram contra a desvalorização da condição 
humana. A maior parte delas foi realizada pós-revoluções e guerras mundiais. A Declaração 
de Direitos Inglesa, de 1689, a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, de 1789, e 
a própria criação da ONU, no ano de 1945, são exemplos das manifestações que ocorreram 
antes da Declaração Universal. 
 
 
 
Afinal, o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos? 
O Preâmbulo da Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) apresenta a 
seguinte introdução: 
A ASSEMBLEIA GERAL proclama a presente DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS 
DIRETOS HUMANOS como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas 
as nações, com o objetivo de que cada indivíduo e cada órgão da sociedade, tendo 
sempre em mente esta Declaração, se esforce, através do ensino e da educação, por 
promover o respeito a esses direitos e liberdades, e, pela adoção de medidas 
progressivas de caráter nacional e internacional, por assegurar o seu reconhecimento e 
a sua observância universal e efetiva, tanto entre os povos dos próprios Estados- 
Membros, quanto entre os povos dos territórios sob sua jurisdição. 
 
 
Na introdução do documento, é possível destacar alguns ideais presentes nessa 
declaração: a universalização dos direitos; a parceria internacional; o estreitamento da relação 
entre sociedade civil e Estado; e, por fim, o ensino e a educação como meio de formar 
cidadãos conscientes de seus direitos e respeitosos à liberdade. 
Os ideais concebidos pelo documento mostram, principalmente, que a sociedade 
mundial evoluiu no que se refere aos laços entre Nações e o Estado, diferindo do modelo 
fragmentado e desarticulado presente na Antiguidade e nas Idades Média e Moderna. 
Informação 
Que segundo o Guinness Book of World Records, a Declaração Universal dos Direitos Humanos é 
o documento traduzido para o maior número de línguas? 
Em Dezembro de 2012,o site oficial da Declaração Universal dos Direitos Humanos informou a 
existência de 403 traduções disponíveis! 
Os 30 artigos que compõem a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) 
foram desenvolvidos considerando: 
 o reconhecimento da dignidade de todo ser humano como fundamento da liberdade, da justiça 
e da paz no mundo; 
 a crença da liberdade como a mais alta aspiração da humanidade; 
 a necessidade de que os direitos humanos sejam protegidos por lei, sendo essa medida 
essencial para repelir a tirania e a opressão; 
 a promoção e o desenvolvimento de relações amistosas entre as nações; 
 a fé nos direitos humanos fundamentais, na dignidade e no valor do ser humano e na 
igualdade de direitos entre homens e mulheres como progresso nas relações universais; 
 a necessidade de que os Estados-Membros se comprometam, com a colaboração das Nações 
Unidas, a promover a observância desses direitos e liberdades; 
 a importância da compreensão comum dos direitos e liberdades da humanidade para o pleno 
cumprimento desse compromisso. 
 
Fundamentados nessas considerações, os artigos apresentam, detalhadamente, os 
direitos e liberdades, sem distinção de espécie, preservando a consciência de igualdade e 
liberdade. A Declaração Universal defende que todo ser humano tem direito ao trabalho, que 
a escravidão e o tráfico de escravos são proibidos em todas as suas formas e que todo 
indivíduo tem direito à proteção da lei contra interferências ou ataques à sua vida privada. 
Nos artigos também são apontados o direito à nacionalidade, à segurança, à constituição 
familiar, ao repouso e lazer e à participação livre da vida cultural da comunidade. 
 
A seguir são destacados os direitos relacionados aos ambientes escolar, familiar e 
comunitário, sendo estes apresentados com mais profundidade. 
No Artigo 16, no Item 3, a Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) adverte 
que “A família é o núcleo natural e fundamental da sociedade e tem direito à proteção da 
sociedade e do Estado”. 
 
Explore 
Assista ao vídeo produzido em Portugal que sintetiza os 30 artigos apresentados na Declaração 
Universal dos Direitos Humanos (1948): 
https://www.youtube.com/watch?v=cs5-rbwUGQQ 
https://www.youtube.com/watch?v=cs5-rbwUGQQ
Ao conceber a família como núcleo natural e fundamental da sociedade, o documento 
revela a concepção familiar da Era Contemporânea. No contexto contemporâneo, a família é 
considerada a primeira instituição natural responsável pela formação integral do seu membro, 
o que incluí os fatores biológicos, sociais e psíquicos. 
O Item 1 do Artigo 26 destaca: 
 
 
Essa asserção de que “Todo o ser humano tem direito à instrução” deixa nítida a 
superação de educação elitista e seletiva que vigorava nas eras anteriores e propõe a oferta 
democrática do ensino. Observa-se que a Educação, no século XXI, é pautada no princípio de 
igualdade. 
Para a preservação e garantia do direito à educação, a Organização das Nações Unidas 
para a Educação, Ciência e Cultura - UNESCO - na Conferência Mundial de Jomtien, 
Tailândia, realizada entre 5 e 9 de março de 1990, proclamou a Declaração Mundial sobre a 
Educação para Todos: satisfação das necessidades básicas de aprendizagem. 
O manifesto sobre a Educação para Todos surgiu posteriormente à Declaração 
Universal dos Direitos Humanos (1948), em decorrência da observação de que, apesar de 
quarenta anos de esforços para assegurar o direito à educação, a realidade ainda mostrava 
um quadro muito precário, com altas taxas de analfabetismo, dificuldade no acesso ao ensino 
fundamental e um índice significativo de evasão escolar. 
 
 
 
O Item 1 do Artigo 27 da Declaração Universal dos Direitos Humanos(1948) diz: 
 
 
Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos nos 
graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A instrução 
técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior, está 
baseada no mérito. 
 
Explore 
Para saber mais sobre a Declaração de Jomtien, acesse o site oficial da representante da 
UNESCO no Brasil: 
http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf 
Todo ser humano tem o direito de participar livremente da vida cultural da 
comunidade, de fruir as artes e de participar do processo científico e de seus 
benefícios. 
http://unesdoc.unesco.org/images/0008/000862/086291por.pdf
Esse item revela a importância que a comunidade tem sobre a formação cultural do ser 
humano; mostra que o contato social, neste século, vai além das relações de trabalho e 
religiosas que prevaleciam nos tempos passados. As relações familiares, sociais, profissionais e 
religiosas são valorizadas como intercâmbios que colaboram para o desenvolvimento 
biopsicossocial do sujeito, respeitando o direito à liberdade de ir e vir. 
No entanto não se deve supor que vivemos numa sociedade plena de direitos, pois o 
Item 1, do Artigo 29, determina que “Todo ser humano tem deveres para com a comunidade, 
na qual o livre e pleno desenvolvimento de sua personalidade é possível”. 
Dessa forma, considera-se que, para garantir e cumprir os direitos fundamentais à 
humanidade, também é preciso compreender os deveres que os cidadãos têm para com a 
sociedade. 
 
 
Sintetizando: 
 
 
Figura 1 - Organograma elaborado pela autora 
Programa Nacional de Direitos Humanos 
 
A Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) foi idealizada considerando: 
 
 
Sendo o Estado responsável por observar e acompanhar a garantia dos direitos 
humanos, cabe a ele criar medidas para o cumprimento de seu papel. No Brasil, o Programa 
Nacional de Direitos Humanos (2009) - PNDH - é um exemplo dessa ação, envolvendo os 
Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, o Ministério Público e a Defensoria Pública. 
O ano de 1996 data o lançamento do primeiro Programa Nacional de Direitos 
Humanos – PNDH-1. Seis anos depois, revisado, atualizado e ampliado com a incorporação 
dos direitos econômicos, sociais e culturais, o PNDH-2 foi publicado em 2002. O PNDH-3 é a 
versão atual, que foi editada no ano de 2009. 
A idealização do PNDH-3 (2009) foi baseada no debate público da 11ª Conferência 
Nacional dos Direitos Humanos no Brasil em decorrência da comemoração dos 60 anos da 
Declaração Universal. 
O PNDH-3 (2009) representa um roteiro para a constituição de uma sociedade livre, 
igual e fraterna. O diálogo entre Estado e sociedade civil consolida o fortalecimento da 
democracia no país, assim como reafirma a universalidade, indivisibilidade e interdependência 
dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais. 
Embora o PNDH-3 (2009) estabeleça coerência com os princípios e ideais da ONU, 
sua publicação, nos meados de 2009, foi palco de muitas controvérsias e críticas da sociedade 
civil ao governo vigente, por isso foi expedido pelo Decreto nº 7.037, de 21 de dezembro de 
2009, e atualizado pelo Decreto nº 7.177, de 12 de maio de 2010. 
 
 
(...) que os Estados-Membros se comprometeram a promover, em cooperação com as 
Nações Unidas, o respeito universal aos direitos humanos e liberdades fundamentais e 
a observância desses direitos e liberdades. 
 
Explore 
Confira a reportagem que retrata as contestações da sociedade civil ao PNDH-3 (2009): 
https://www.youtube.com/watch?v=E8vThYlrSms 
https://www.youtube.com/watch?v=E8vThYlrSms
O PNDH-3 (2009) está organizado em Eixos Orientadores: 
 Eixo I – Interação Democrática entre Estado e sociedade civil. 
 Eixo II – Desenvolvimento e Direitos Humanos. 
 Eixo III – Universalização dos Direitos em um Contexto de Desigualdades. 
 Eixo IV – Segurança Pública, Acesso à Justiça e Combate à Violência. 
 Eixo V – Educação e Cultura em Direitos Humanos. 
 Eixo VI – Direito à Memória e à Verdade. 
 
 
Adiante serão tratados especificamente os itens relacionados à Escola, Família e 
Comunidade, que interessam à disciplina. 
O Eixo III, que versa sobre a universalização dos direitoshumanos em contextos de 
desigualdades, aponta como objetivo estratégico o acesso à educação de qualidade e garantia 
de permanência na escola. Para tanto, são apresentadas ações programáticas, como: 
a) Ampliar o acesso à educação básica, a permanência na escola e a universalização 
do ensino no atendimento à educação infantil. 
Responsável: Ministério da Educação 
d) Apoiar projetos e experiências de integração da escola com a comunidade que 
utilizem sistema de alternância. 
Responsável: Ministério da Educação 
j) Fortalecer as iniciativas de educação popular por meio da valorização da arte e da 
cultura, apoiando a realização de festivais nas comunidades tradicionais e valorizando 
as diversas expressões artísticas nas escolas e nas comunidades. 
Responsáveis: Ministério da Educação; Ministério da Cultura; Secretaria Especial dos 
Direitos Humanos da Presidência da República. 
(BRASIL, 2009, p.145) 
 
Quando o assunto em pauta é democratização da educação e permanência na escola, 
o Ensino Fundamental, no Brasil, tem sido prioridade. A ação (a) revela a intenção de 
estender a garantia de acesso à educação à primeira etapa da educação básica, ou seja, às 
creches e instituições de Educação Infantil. É importante destacar que, atualmente, a 
educação é considerada como direito de todo o cidadão. 
Ao apoiar projetos e experiências de integração entre escola e comunidade e propor o 
fortalecimento de iniciativas para a valorização de festivais nas escolas e nas comunidades, as 
ações programáticas (d) e (j) favorecem a relação democrática e participativa entre as 
instituições. Nesse caso, a escola é apontada como um importante local onde se pode 
aprender democracia, exercitando-a. Isso se tornará possível se a comunidade puder participar 
dos espaços da escola, vivenciando atividades em que se envolva o maior número de sujeitos 
com o objetivo de proporcionar o estreitamento dessa relação. 
No Eixo V - Educação e Cultura em Direitos Humanos - o PNDH-3 (2009) traz 
algumas inovações ao currículo escolar. A Diretriz 19, que contribui para o fortalecimento dos 
princípios da democracia e dos Direitos Humanos nos sistemas de educação básica, tem como 
primeiro objetivo estratégico: 
a) Estabelecer diretrizes curriculares para todos os níveis e modalidades de ensino da 
educação básica para a inclusão da temática de educação e cultura em Direitos 
Humanos, promovendo o reconhecimento e o respeito das diversidades de gênero, 
orientação sexual, identidade de gênero, geracional, étnico-racial, religiosa, com 
educação igualitária, não discriminatória e democrática (BRASIL, 2009, p.154). 
 
 
A inclusão da educação e da cultura como direitos humanos no ensino básico está 
orientada para a educação para a paz, que é construída por atitudes acolhedoras à 
diversidade cultural e religiosa, bem como pelo respeito à dignidade humana, à liberdade, à 
justiça, à igualdade. A educação para tolerância está vinculada às manifestações de respeito 
aos direitos fundamentais do ser humano. 
É importante destacar que, mais do que um rol de assuntos que devem ser 
obrigatoriamente incluídos nos currículos das escolas, a exigência de acolhimento, respeito e 
tolerância traz, em seu bojo, o desvelamento das diferenças entre grupos humanos, isto é, o 
reconhecimento da formação multirracial do nosso país, questão que, se não for tratada com 
seriedade por escolas, famílias e comunidades, pode se converter em situações de racismo, 
preconceito e discriminação, que, por sua vez, interferem negativamente na formação do 
sujeito. 
Complementando, o PNDH-3 (2009, p.155), em sua ação programática (d), adverte 
sobre a necessidade de “Incluir conteúdos, recursos, metodologias e formas de avaliação da 
educação em Direitos Humanos nos sistemas de ensino da educação básica”. 
Um exemplo dessa ação são as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das 
Relações Étnico-raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (2004). 
O documento institui que não se pode estabelecer uma disciplina para tratar da temática das 
relações étnico-raciais, mas que, antes de ser um conteúdo trabalhado isoladamente em datas 
comemorativas, deve ser vivenciado cotidianamente nas relações escolares e comunitárias. 
Incluir, nos currículos das escolas brasileiras, a educação das relações étnico-raciais 
implica dar visibilidade a aspectos relativos à história da África, à cultura afro-brasileira, 
africana e indígena, à presença de personalidades negras na história do Brasil, à contribuição 
dos povos africanos à humanidade, dentre outros e divulgá-los nas instituições educacionais. 
Contudo, para além de temas a serem tratados nos currículos, tem-se lutado para que 
posturas e atitudes racistas e discriminatórias sejam inaceitáveis e amplamente combatidas no 
ambiente escolar. 
Sendo impossível desconsiderar o professor numa nova implementação de diretriz 
curricular, a ação programática (b) do Eixo V do PNDH-3 (2009) apresenta necessidade de: 
b) Promover a inserção da educação em Direitos Humanos nos processos de 
formação inicial e continuada de todos os profissionais da educação, que atuam nas 
redes de ensino e nas unidades responsáveis por execução de medidas 
socioeducativas (BRASIL, 2009, p.154). 
 
Vemos que se exige dos profissionais da educação uma postura de reconhecimento dos 
direitos humanos. No entanto essa construção não ocorre no isolamento, mas sim como 
construção coletiva que envolve desde o sistema macro de ensino até o ambiente escolar 
propriamente dito, a escola. 
Com a preocupação de estabelecer uma política de direitos nas escolas, vários estatutos 
e documentos foram elaborados, entre os quais o Estatuto da Criança e do Adolescente (1990) 
e o documento denominado “Critérios para um Atendimento em Creches que Respeite os 
Direitos Fundamentais das Crianças”, expedido em 1995 e reeditado pelo MEC em 2009. 
Em meio a tantas transformações, a escola deve buscar oferecer um atendimento 
educacional que garanta o bem-estar e o desenvolvimento dos alunos, seguindo os 
pressupostos que se baseiam no respeito à dignidade e aos direitos básicos das crianças. 
Considerando a laicidade da escola e, ainda, a existência de uma política nacional de 
garantia dos direitos humanos, almeja-se a concretização da educação para e pela cidadania a 
partir da universalização de uma educação em direitos humanos, imprescindível à construção 
de uma sociedade verdadeiramente democrática. 
Sintetizando: 
 
 
 
 
Figura 2 - Organograma elaborado pela autora 
 
 
 
 
Atualmente a Carta da Terra apresenta os princípios da Declaração Universal 
dos Direitos Humanos, adequando-a e introduzindo necessidades dos tempos 
atuais, como as que se relacionam com questões ecológicas e de 
sustentabilidade. 
 
Para aprender um pouco mais sobre a Carta da Terra, acesse: 
https://bit.ly/3YHeua0 
A Carta da Terra também possui uma versão infantil, elaborada para que os Direitos 
Universais possam ser trabalhados desde a infância. 
Para ter acesso à Carta da Terra Infantil clique no link: https://bit.ly/3YMrHOt 
Conheça também o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos, que é um 
documento que contempla as políticas e ações a serem desenvolvidas pelos diversos órgãos 
públicos e entidades da sociedade civil sobre a educação em direitos humanos. 
Para acessar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos clique no endereço: 
https://bit.ly/3HZm7BR 
Material Complementar 
https://bit.ly/3YHeua0
https://bit.ly/3YMrHOt
https://bit.ly/3HZm7BR
 
 
 
 
BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 
das Relações Étnico-raciais e para o Ensino de Histórica e Cultura Afro-Brasileira 
e Africana. Brasília, DF, 2004. 
 
 , ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 8069/90, de 13 de julho de 
1990. Brasília, DF, 1990. 
 
 , Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica – Indicadores de 
Qualidade na Educação Infantil.Brasília, DF, 2009. 
 
 . Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Plano Nacional de Educação em 
Direitos Humanos. Brasília, DF, 2010. 
 
 . Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Programa Nacional de Direitos 
Humanos. 3ª Edição. Brasília, DF, 2009. 
 
MORIN, Edgar – A cabeça bem-feita: pensar a reforma, reformar o pensamento. Tradução 
de Eloá Jacobina. 7ª edição – Rio de Janeiro: Editora Bertrand Brasil, 2002. 
 
UNESCO – Declaração Universal dos Direitos Humanos. ONU– Brasília, DF, 1998. 
Referências 
 
 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
_________________________________________________________________________________ 
Anotações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Educação a Distância 
Cruzeirodo Sul Ed ucacional 
Campus Virtual 
 
www.cruzeirodosulvirtual.com.br 
Campus Liberdade 
Rua Galvão Bueno, 868 
CEP 01506-000 
São Paulo SP Brasil 
Te!: (55 11) 3385-3000 
( 
http://www.cruzeirodosulvirtual.com.br/
 
 
 
	II_Capa
	II_Teorico
	Escola Família e Comunidade
	Responsável pelo Conteúdo:
	Leia as charges abaixo:
	Para ter acesso às principais referências desta unidade, acesse os links:
	Declaração Universal dos Direitos Humanos
	Afinal, o que diz a Declaração Universal dos Direitos Humanos?
	Sintetizando:
	Programa Nacional de Direitos Humanos
	Sintetizando:
	_________________________________________________________________________________

Continue navegando