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Curso: CIÊNCIAS CONTÁBEIS / ADMINISTRAÇÃO Disciplina: Capital de giro e análise financeira Capital de giro • Capital de giro são os recursos utilizados para suprir as necessidades financeiras da empresa ao longo do tempo e a análise das demonstrações financeiras. Através de indicadores permite avaliar a situação da empresa e corrigir os rumos se necessário. Fluxo de Recursos • Quando falamos em administração financeira, falamos em dinheiro, certo? • Os recursos financeiros formam o fluxo mais importante de todas as organizações. • Se fizermos uma analogia com o corpo humano, poderemos dizer que eles são o sangue que corre nas veias das organizações. • Eles devem fluir de forma a garantir que os recursos necessários para as atividades da empresa sejam captados e que os resultados sejam investidos para assegurar a continuidade da “vida” da organização. Administração Financeira • A Administração Financeira, enquanto disciplina, trata da gestão das finanças de empresas e organizações, como o nome já explica. As finanças correspondem a qualquer recurso financeiro que circula dentro e através da empresa, e a sua gestão inclui, portanto, o controle e planejamento de cada recurso disponível, em acordo com as necessidades e prioridades da organização. • O objetivo de uma boa gestão de finanças é justamente o desenvolvimento da empresa, estudando caminhos viáveis para conseguir recursos, evitando gastos desnecessários e pensando sempre na melhor maneira de conduzir os recursos. Por essa razão é que todos os aspectos de uma empresa estão sob a responsabilidade da administração financeira. • A escassez de informações financeiras precisas, normalmente devido à falta de planejamento e organização, é responsável pela falência de muitas empresas iniciantes no Brasil. A importância da gestão financeira é, portanto, inegável. Ela oxigena todos os setores da organização com os recursos necessários ao seu bom funcionamento, e quanto melhor é feito e executado o planejamento financeiro, mais chances a empresa tem de crescer e se desenvolver. Administrar com equilíbrio as atividades de captação de recursos e as de aplicação deles é a chave. Conceitos básicos da Administração Financeira • Controle de estoque • Conciliação bancária • Definição de custos e preços • Controle sobre o lucro • Destinação do lucro líquido • Planejamento financeiro Controle de estoque • Poucas empresas entendem a importância de um estoque bem planejado, da perspectiva financeira. Muitos problemas em negócios começam nesse setor, quando é negligenciado. Utilizando a Curva ABC, que lista em ordem crescente ou decrescente os produtos dos quais se tem maior ou menor necessidade no que diz respeito ao faturamento e volume de vendas é possível planejar melhor em que investir. Com base nesses dados, é possível programar com precisão compras e vendas, evitando desperdícios e trabalhando com estoque mínimo, aquele que garante apenas o necessário para a empresa conseguir lidar com atraso em entrega dos fornecedores. Assim, o controle de estoque bem feito evita mercadoria parada e contribui para um fluxo de caixa mais dinâmico. Conciliação bancária • Esse conceito trata de contas a pagar e receber. Um controle bem feito sobre o fluxo de caixa antecipa os momentos em que haverá sobra ou falta de recursos. Saber disso facilita a vida do gestor financeiro, que pode elaborar um planejamento financeiro melhor informado. Definição de custos e preços • É essencial ao administrador financeiro que a definição de custos e preços seja baseada nos princípios da administração financeira. Não adianta ter todas as outras partes da empresa em ótimo funcionamento se o preço das mercadorias está super valorizado ou estabelecido com base numa formação errônea. As vendas podem até ter um volume bom, mas um preço abaixo do possível poderia gerar prejuízo; assim como um custo superavaliado pode causar queda de vendas e a consequente perda de mercado. O correto para uma boa precificação é montar uma planilha de custos, onde devem ser inseridos custos fixos e variáveis, com o acréscimo da margem de lucro desejada. Pode-se dizer que preço = custos + despesas + lucro. Dessa forma, o valor estabelecido será aquele que atende aos objetivos da empresa. A partir dele, podem ser feitas comparações com a concorrência Controle sobre o lucro • Este procura corrigir o lucro, por assim dizer. Na prática, isso quer dizer adaptar o planejamento financeiro aos lucros obtidos. Por exemplo, se uma determinada meta não for alcançada é preciso fazer algum ajuste de rumo quanto aos investimentos, custos, despesas ou portfólio de mercadorias, por exemplo. Quando o lucro desejado é alcançado, a empresa precisa focar em repetir e expandir esse lucro, e a estratégia para isso deve ser inclusa no planejamento financeiro. Destinação do lucro líquido • Aqui é preciso relacionar áreas de investimento, financiamento e uso do lucro líquido da empresa. Por ser este lucro uma fonte de recursos da organização, é preciso determinar quanto dele deve ser retido. Decisões de financiamento e investimento cabem aqui. Para a administração financeira, é importante lembrar que, em relação a investimentos, há um retorno que deve ser alcançado. Usar lucros para financiar aplicações, portanto, só pode ser uma possibilidade quando a alternativa de investir promete retorno maior do que o que os proprietários conseguiriam se aplicassem os recursos eles mesmos. A chave está, portanto, na análise prévia dessas questões, que também deve ser feita em sintonia com as prioridades financeiras da empresa. Planejamento financeiro • Uma das atividades mais importantes quando se fala em administração de finanças é o planejamento financeiro. É esse planejamento que deve guiar as todas as ações da empresa. • 1. Faça uma projeção de receitas e despesas • Antes de mais nada, para iniciar o planejamento financeiro empresarial, analise o histórico de transações de entrada e saída recentes de caixa, a partir disso vai ser possível fazer uma projeção das despesas e receitas no fluxo de caixa. Mais do que isso, reúna documentos e registros que auxiliem no levantamento de dados. • 2. Contratar um consultor financeiro é uma saída • Empreendedores iniciantes muitas vezes têm vontade mas falta conhecimento técnico, e essa pode ser uma barreira na administração financeira da empresa, portanto, considerar contratar um consultor para colocar tudo em ordem pode ser uma saída. Esse profissional pode oferecer uma visão mais aprofundada de suas finanças e vai estudar as melhores alternativas de investimento para o crescimento do seu negócio, além disso, você aprende com ele como dar continuidade na gestão. • 3. Acompanhe suas movimentações financeiras • Apesar de ser um processo simples, muitos empresários não fazem um registro aprofundado de todas as despesas e receitas de sua empresa. Esse descuido, dá uma visão distorcida das finanças do negócio e dificulta a identificação de problemas, já que não se sabe de onde veio e para onde foi o dinheiro do orçamento empresarial. Use planilhas ou softwares de controle. • 4. Identifique os gastos que podem ser cortados • A partir do registro de todas as receitas e despesas de sua empresa, é possível enxergar com clareza de onde vem a maior parte de seus gastos, desse modo, cortar os excessos fica mais fácil. • 5. Estude a empresa • Para poder planejar, projetar faturamento, criar metas e mirar investimentos sem conhecer a própria empresa, é impossível. Por isso, analise fatores como tempo no mercado, público alvo, carteira de clientes e faturamento e também os fornecedores. Usar metodologias que ajudem a entender o funcionamento da empresa são uma ótima dica, busque análises como a SWOT, que define forças, oportunidades, fraquezas e ameaças. • 6. Faça provisões com diferentes cenários • Por meio das provisões, é possível criar vários cenários, do melhor aomenos favorável. Saber o que pode acontecer caso suas metas não sejam atingidas faz toda diferença no seu planejamento. Crie um cenário otimista com metas ambiciosas, um realista com metas mais possíveis e um pessimista, no qual uma situação adversa pode afetar o desempenho. Dessa forma, você não será pego de surpresa. • 7. Estabeleça os objetivos e ações para o futuro • Feito todo o processo de estudo interno da empresa, projeção de cenários, corte de gastos do orçamento e um acompanhamento diário de todas as movimentações financeiras que envolvem o negócio, é hora de analisar onde a sua empresa pode chegar. • • Quais os objetivos da empresa dentro de determinado período? • • Quais as ações serão realizadas? • • Quais funcionários serão responsáveis por cada tarefa? • • Durante quanto tempo serão realizadas as ações até esperar os primeiros resultados? • 8. Mensure os resultados • Realizar todos os passos anteriores e deixar tudo no papel, de nada vai adiantar para o seu sucesso financeiro empresarial, mensurar os seus resultados é o que vai abrir seus horizontes sobre a saúde da sua empresa. Acompanhe rigorosamente os seus resultados. Capital de Giro • O Capita de Giro refere-se aos recursos correntes de curto prazo pertencentes à empresa. • Dessa forma, o capital de giro corresponde aos recursos aplicados no ativo circulante da empresa, formado basicamente pelas disponibilidades, valores a receber e estoques. • Esses recursos são utilizados pela empresa para manter suas atividades operacionais que compreendem desde a aquisição de matérias-primas (ou mercadorias), passando pelo processo transformação e de comercialização, até o efetivo recebimento pela venda dos produtos acabados (ou mercadorias). • Contudo, os valores registrados no Ativo, que por sua vez são chamados de aplicações, são financiados pelos valores registrados no Passivo, chamados de origens. Desse modo, a administração do capital de giro está relacionada com a gestão das contas que representam os elementos de giro, ou seja, ativos e passivos circulantes, bem como as inter-relações existentes entre elas. • O capital de giros pode ser segmentado em: • fixo (ou permanente) e • variável (ou sazonal) • Capital de Giro Fixo: refere-se ao volume de mínimo de ativo circulante necessário para manter a empresa em condições normais de funcionamento. • Capital de Giro Variável: refere-se às necessidades adicionais e temporais de recursos ocorridas em determinado período, determinadas principalmente em função de compras antecipadas de estoque, atraso no recebimento de clientes, sazonalidade nas vendas em períodos distintos entre outros fatores. Fundamentos do Capital de Giro. O capital de giro inclui os ativos circulantes de uma empresa, ou seja, caixa e títulos negociáveis de curto prazo além de contas a receber e estoques. 32 Fundamentos do Capital de Giro Líquido. Também compreende passivos circulantes, incluindo fornecedores, instituições financeiras a pagar e despesas a pagar. O capital de giro líquido é dado pela diferença entre ativos e passivos circulantes. 33 Fundamentos do Capital de Giro Líquido. A rentabilidade é dada pela relação entre receitas e custos gerados pelo uso tanto do ativo circulante como do permanente. Assim, os lucros aumentam pela elevação da receita ou redução dos custos. Compensação entre Rentabilidade e Risco 34 35 Fundamentos do Capital de Giro Líquido. O risco é dado pela probabilidade da empresa não honrar seus compromissos de curto prazo. Assim, quanto maior o capital circulante líquido menor será essa probabilidade. Compensação entre Rentabilidade e Risco Fundamentos do Capital de Giro Líquido. Compensação entre Rentabilidade e Risco Ativo Permanente Passivo Circulante Passivo Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido Ativo CirculanteBaixo retorno Alto retorno Baixo custo Alto custo Capital de Giro Líquido Positivo 36 Compensação entre Rentabilidade e Risco Baixo retorno Alto retorno Baixo custo Alto custo Ativo Permanente Passivo Circulante Passivo Exigível a Longo Prazo Patrimônio Líquido Ativo Circulante Capital de Giro Líquido Negativo Fundamentos do Capital de Giro Líquido. 37 Compensação entre Rentabilidade e Risco Quociente Variação Quociente Efeito sobre a Rentabilidade Efeito sobre o Risco Ativo Circulante / Ativo Total Aumento Diminuição Diminuição Ativo Circulante / Ativo Total Diminuição Aumento Aumento Fundamentos do Capital de Giro Líquido. 38 Compensação entre Rentabilidade e Risco Quociente Variação Quociente Efeito sobre a Rentabilidade Efeito sobre o Risco Passivo Circulante / Ativo Total Aumento Aumento Aumento Passivo Circulante / Ativo Total Diminuição Diminuição Diminuição Fundamentos do Capital de Giro Líquido. 39 Exigências de Financiamento. Quando as vendas de uma empresa são constantes o investimento em ativos será constante e a mesma enfrentará uma exigência de financiamento permanente. Agora, se as vendas forem cíclicas o financiamento também será ciclico. 40 41 Exigências de Financiamento. Uma empresa produtora de bombas para bicicletas apresenta exigências de financiamento ciclico. Embora a necessidade de financiamento dos ativos permanentes seja constante em U$135.000 a necessidade de ativos circulantes não é constante. 42 Exigências de Financiamento. Assim, ela sofre uma oscilação entre U$35.000 a U$990.000, com uma média de U$101.250. 43 Exigências de Financiamento. tempo Necessidade total de capital Necessidade total de ativo permanente e circulante 135.000 1.125.000 Necessidade total de ativo circulante 44 Exigências de Financiamento. Ao tomar recursos emprestados a empresa consegue taxa de 6,25% ao ano para o curto prazo e de 8% para o longo prazo. Além disso pode aplicar o excedente a 5% ao ano. Estratégia Agressiva e Conservadora Exigências de Financiamento. Neste caso a empresa corre risco para obter lucratividade. Contrata fundos de curto prazo para atender as suas necessidades circulantes e fundos de longo prazo para suas necessidades permanentes. Estratégia Agressiva 45 Exigências de Financiamento. Neste caso a empresa não corre risco e apresenta baixa lucratividade. Contrata fundos de longo prazo para atender as suas maiores necessidades. Estratégia Conservadora 46 Necessidades Circulantes U$101.250 x 0,0625 = 6.328 Necessidades Permanentes U$135.000 x 0,08 = 10.800 TOTAL U$17.128 Estratégia Agressiva Exigências de Financiamento. Necessidades Circulantes e Permanentes U$1.125.000 x 0,08 = 90.000 Aplicação Financeira U$888.750 x 0,05 = 44.437,5 TOTAL U$45.562,5 Estratégia Conservadora ANALISE VERTICAL E HORIZONTAL • A análise vertical e horizontal do balanço patrimonial de uma empresa é um instrumento de controle que aprimora a compreensão sobre a situação do negócio e aprimora a tomada de decisões. Podemos dizer que ela indica a viabilidade da organização, pois favorece a visão de longo prazo sobre as condições financeiras, https://blog.fortestecnologia.com.br/balanco-patrimonial-o-que-nao-pode-faltar-na-sua-analise/ • Por meio dessa análise, é possível avaliar, ainda, a representatividade e a evolução de indicadores importantes, como endividamento, geração de receitas, saldos a receber e a pagar, entre outras contas que impactam o patrimônio da organização. Assim, o acompanhamento rotineiro das operações é feito de forma mais eficaz e possíveis problemas podem ser diagnosticados e corrigidos rapidamente. Qual a diferença entre análise vertical e análise horizontal? • A principal diferença entre a análise vertical e a análise horizontal está no período analisado. • análise vertical, a avaliação tem o objetivo de verificar o desempenho de diferentes contas ou grupos de contas dentro do mesmo período analisado. • análise horizontal é usada para fazer a comparação entre períodosdiferentes, considerando as mesmas contas. https://blog.fortestecnologia.com.br/entenda-a-diferenca-entre-analise-horizontal-e-analise-vertical/ https://blog.fortestecnologia.com.br/entenda-a-diferenca-entre-analise-horizontal-e-analise-vertical/ https://blog.fortestecnologia.com.br/entenda-a-diferenca-entre-analise-horizontal-e-analise-vertical/ Por que é importante fazer a análise vertical? • A análise vertical detalha a participação de cada item do balanço patrimonial sobre os ativos ou passivos totais. Por exemplo, qual é o percentual dos ativos circulantes (recursos disponíveis no curto prazo) em relação ao total dos ativos. Se uma empresa tem R$ 500 mil em ativos e, destes, R$ 250 mil são ativos circulantes, esse indicador será de 50%. O cálculo da análise vertical é importante para identificar uma série de questões fundamentais a gestão financeira da empresa, tais como: • percentual de receitas a receber no curto e no longo prazo; • peso das despesas sobre o patrimônio da empresa; • representatividade do estoque sobre o ativo; • montante percentual de dívidas e obrigações de curto e longo prazo; • impacto dos investimentos sobre o patrimônio. Qual a importância da análise horizontal? • Na análise horizontal, o objetivo é acompanhar o desempenho dos itens do balanço patrimonial de um período para o outro. Por exemplo, qual é a variação dos ativos totais de um ano para o outro. Se a empresa registrou um ativo total de R$ 500 mil em ativos em um ano e no outro esse indicador chegou a R$ 750 mil, houve uma variação de 50%. • A importância deste cálculo está nos indicativos que ele pode trazer sobre o crescimento ou redução em itens importantes a serem controlados, como valores a receber e a pagar, endividamento, entre outros. INDICADORES: ÍNDICES DE LIQUIDEZ • Os índices de liquidez são indicadores financeiros de análise de crédito que revelam quanto a empresa possui de recursos disponíveis para quitar suas obrigações com terceiros. A capacidade de pagamento de uma empresa é calculada por meio de um quociente que relaciona os valores de seu ativo com os valores de seu passivo. **** IMPORTANTE**** • Todas as informações necessárias para calcular um índice de liquidez estão disponível no balanço patrimonial da companhia. Solvência, em finanças e contabilidade, é o estado do devedor que possui seu ativo maior do que o passivo, ou a sua capacidade de cumprir os compromissos com os recursos que constituem seu patrimônio ou seu ativo. Portanto, do ponto de vista econômico, uma empresa é solvente quando está em condições de fazer frente a suas obrigações correntes e ainda apresentar uma situação patrimonial e uma expectativa de lucros que garantam sua sobrevivência no futuro. • Em regra geral, a solvência de uma empresa depende de um bom controle de seus fluxo de caixa e ciclo financeiro, além de suas capacidades de gerar lucro e de desenhar boas estratégias de financiamento e de investimento. https://pt.wikipedia.org/wiki/Finan%C3%A7as https://pt.wikipedia.org/wiki/Contabilidade https://pt.wikipedia.org/wiki/Ativo https://pt.wikipedia.org/wiki/Passivo_(contabilidade) https://pt.wikipedia.org/wiki/Patrim%C3%B4nio https://pt.wikipedia.org/wiki/Lucro Como analisar um índice de liquidez? Como regra geral, a leitura dos índices de liquidez é feita da seguinte maneira: • Índice de liquidez maior do que 1: a empresa possui alguma folga para cumprir com suas obrigações. • Índice de liquidez igual a 1: os valores à disposição da empresa empatam com as contas que ela tem para pagar. • Índice de liquidez menor do que 1: se a empresa precisasse quitar todas as suas obrigações no curto prazo, ela não teria recursos suficientes. Quanto maior for o índice de liquidez da empresa, maior tende a ser sua saúde financeira. • No entanto, esses índices contábeis não devem ser considerados isoladamente. Para ter uma visão geral do grau de liquidez de uma companhia, é preciso também ter em conta seu tipo de atividade e outros indicadores. • No caso de uma indústria, por exemplo, os estoques são um item de peso no seu ativo. No entanto, se essa empresa mantiver grandes estoques, mas não conseguir vendê-los, poderá ter problemas de endividamento. • Já uma empresa de serviços que só trabalha à vista e tem entradas de dinheiro diárias pode ter o seu desempenho nos indicadores de liquidez prejudicado por não contar nem com estoques nem com duplicatas de clientes. Porém, essa companhia pode, ainda assim, estar com sua saúde financeira em dia. • Por esse motivo, é importante que, na interpretação dos índices de liquidez, sejam considerados os valores médios apurados para o setor de atuação da empresa, a fim de traçar comparações mais precisas. • Além disso, os índices de liquidez não levam em conta a qualidade do ativo da empresa. Ou seja, se a empresa tiver muitas duplicatas a receber, pode ter um índice alto. Porém, se sua carteira de clientes não for boa pagadora, ela poderá ter problemas. Tipos de índices de liquidez A contabilidade trabalha com quatro diferentes tipos de índices de liquidez: • índice de liquidez corrente, • índice de liquidez seca, • índice de liquidez geral e • índice de liquidez imediata. **Cada um possui uma definição e um uso diferente.** • índice de liquidez corrente, • índice de liquidez seca, referem-se à capacidade de pagamento a curto prazo de uma empresa • índice de liquidez geral serve para medir essa capacidade no longo prazo • índice de liquidez imediata. como o próprio nome diz, tem relação com os valores que a companhia poderia dispor imediatamente para pagar suas dívidas Índice de liquidez corrente • Também chamado de índice de liquidez comum, o índice de liquidez corrente mede a capacidade de pagamento de uma empresa no curto prazo. • Ele é um dos indicadores mais conhecidos para se analisar a capacidade de pagamento de uma companhia. COMO CALCÚLAR O ÍNDICE DE LIQUIDEZ CORRENTE: • O índice de liquidez corrente é calculado dividindo-se o ativo circulante da empresa (seus direitos de curto prazo, como o dinheiro em caixa e os estoques) pelo passivo circulante (as dívidas a curto prazo, como empréstimos, impostos, pagamentos a fornecedores etc). Fórmula Índice de liquidez seca • O índice de liquidez seca é similar ao índice de liquidez corrente. A única diferença é que ele exclui os estoques do ativo circulante da empresa, já que esses direitos são menos realizáveis no curto prazo. • A liquidez seca considera, portanto, os valores de que a empresa dispõe para pagar suas contas no curto prazo ainda que não consiga vender nada do que tem estocado. • Como é mais rigoroso no cálculo do ativo, o índice de liquidez seca é menor do que a liquidez corrente. Fórmula Índice de liquidez imediata • É o mais conservador dos índices de liquidez. Esse indicador considera apenas a conta do balanço patrimonial da empresa que representa os valores já disponíveis, ou seja, o dinheiro em caixa, os saldos bancários e as aplicações financeiras de curto prazo. Além dos estoques, são excluídos, portanto, também direitos como os decorrentes das vendas a prazo. • O índice de liquidez imediata é bastante volátil e está mais sujeito às variações, já que os valores disponíveis são também aqueles mais fáceis de se movimentar. • Um índice de liquidez imediata alto não necessariamente significa que a empresa tem um bom controle de suas contas. Ter muito dinheiro em caixa pode ser prejudicial, por exemplo, no caso de uma inflação alta. Fórmula • O índice de liquidez geral busca dar uma visão da solvência de uma empresa no longo prazo. Por esse motivo, além dos itens considerados na liquidez corrente, o índice de liquidez geral adiciona os direitos e as obrigações da empresa para um prazo mais alargado, ou seja, seu Realizável a Longo Prazo e seu Exigível a Longo Prazo. Essas duas contas também podem ser obtidas no balanço patrimonial.Índice de liquidez geral • Sozinho, o índice de liquidez geral não possui tanta utilidade quanto os anteriores. Isso porque a empresa pode, por exemplo, ter feito um financiamento longo para investir em sua modernização, e os recursos para quitar essa dívida chegarão paulatinamente ao longo dos anos, não sendo necessários agora. • No entanto, a análise de uma série histórica da liquidez geral poderá demonstrar se a companhia está ganhando ou perdendo capacidade de pagamento. Fórmula Prazo médio de estocagem O prazo médio de estocagem se traduz em quanto tempo o estoque permanece na empresa. Ou seja, exibe o intervalo, em dias, que a organização leva para ser capaz de comercializar os itens que estão em estoque. O cálculo do prazo médio de estocagem se dá por: O PME equivale ao estoque médio dividido pelo custo da mercadoria vendida, multiplicando-se o resultado dessa operação por 360. •Estoque Médio = diz respeito à média do estoque. Isto é, a soma do estoque inicial com o estoque final, dividido por dois. •Custo da Mercadoria Vendida = corresponde ao valor dos produtos que foram comercializados pela empresa durante determinado período. Prazo médio de pagamento •expressa quanto tempo a empresa demora para pagar os seus fornecedores. Calculamos esse índice dividindo a conta fornecedores por compras anuais e, da mesma forma que no prazo médio de recebimento, multiplicamos por 360. Prazo médio de recebimento •É utilizado para avaliar políticas de crédito e cobrança. Mede como a empresa faz a gestão das contas a receber de clientes. Calculamos esse índice dividindo a média de contas a receber pelas vendas anuais e, para termos a medida em dias, multiplicamos por 360 (neste caso, estamos supondo um ano de 360 dias). O que é o giro do ativo? •É chamado de giro do ativo o indicador contábil que relaciona os ativos de uma companhia com a sua receita líquida. Em outras palavras, o objetivo de se calcular o giro do ativo é medir se uma empresa está utilizando devidamente o seu ativo (bens, investimentos, estoque etc.) para produzir riqueza, através da venda de seus produtos e/ou serviços. Dessa forma, é possível definir métricas e aplicar mudanças nas estratégias empresariais, de modo que todo o potencial do ativo seja atingindo, criando mais lucro. https://maisretorno.com/blog/termos/a/ativos Indicadores de Margem de Lucro Margem de lucro bruto (ou margem bruta) •é calculada dividindo o lucro bruto pela receita de vendas (vendas/receitas líquidas). Essas contas fazem parte da DRE – Demonstração de Resultado do Exercício: •A margem bruta mede a porcentagem que fica para a empresa de cada R$ 1,00 das vendas (descontados os custos das mercadorias vendidas). •Interpretamos o resultado da seguinte forma: quanto maior a margem de lucro bruto, melhor. Margem de lucro operacional (ou margem operacional) •é calculada dividindo o lucro operacional pela receita de vendas (vendas/receitas líquidas). •A margem operacional mede a porcentagem que fica para a empresa de cada R$ 1,00 das vendas após todos os custos e despesas operacionais. Ela representa quanto a empresa está sendo eficiente na operação do seu negócio. •Interpretamos o resultado da seguinte forma: quanto maior a margem de lucro operacional, melhor. Margem de lucro líquida (ou margem líquida) •é calculada dividindo o lucro líquido pela receita de vendas (vendas/receitas líquidas). •A margem líquida mede a porcentagem que fica para a empresa de cada R$ 1,00 das vendas após todos os custos e despesas operacionais e, também, os não operacionais (financeiros e encargos). Ela mede se a empresa está gerando valor ou não. É tomada como uma medida de sucesso da empresa. •Interpretamos o resultado da seguinte forma: quanto maior a margem líquida •operacional, melhor. O que é ROA •ROA é uma sigla em inglês de Return on Assets e que em português significa Retorno Sobre o Ativo. •ROA é a rentabilidade do ativo total de uma empresa ou carteira de investimentos de um investidor. •Dessa maneira, a principal finalidade do ROA é mostrar para o empresário (e também o investidor), qual está sendo sua capacidade de gerar lucro com o montante de ativos que ele possui. https://maisretorno.com/blog/termos/a/ativos O que é ROE •ROE é a sigla para o termo em inglês Return on Equity, que significa Retorno sobre o Patrimônio. Este é um indicador que mede a capacidade de agregar valor de uma empresa à partir de seus próprios recursos e do dinheiro de investidores. •Esse é o retorno total do Lucro Líquido, medido como porcentagem do patrimônio líquido dos acionistas. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido mensura a rentabilidade de uma corporação ao revelar o quanto de lucro a companhia gera com o dinheiro investido pelos acionistas. https://www.tororadar.com.br/investimento/bovespa/rentabilidade-investimentos
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