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Negócios e Fatos Jurídicos Defeitos dos Negócios Jurídicos

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[Sobrenome] 1 
Negócios e Fatos Jurídicos 
Defeitos dos Negócios Jurídicos 
 
Os defeitos dos negócios jurídicos nada mais é que uma anomalia no negócio, a qual 
vicia à vontade, sendo caracterizados como erro e ignorância. O Código Civil Brasileiro de 
2002 possui prescrito em seu ordenamento cinco espécies de defeitos do negócio jurídico, 
sendo eles: dolo, erro, coação, simulação e fraude contra credores. 
Dolo é o artifício astuciosa, adotada pelo agente ou terceiro, tem o objetivo de induzir 
a outra parte à prática do ato inflacionário, beneficiando a si próprio ou a terceiros. Tal defeito 
possui diversas vertentes, sendo elas: Dolo principal e acidental, dolo bonus e malus, dolo 
comissivo e omissivo, dolo de terceiros, dolo do representante da parte, dolo bilateral e dolo 
de aproveitamento. Cada uma das vertentes criadas para verificar a eficácia do negócio jurídico. 
Erro é a interpretação errônea da realidade, o que pode tornar o negócio jurídico 
tornando o negócio nulo ou anulável. O conceito de ignorância nada mais é que a ausência do 
conhecimento da parte dobre a realidade dos fatos ou da lei. Para que um negócio jurídico seja 
considerado anulável por um erro, as declarações de vontade devem emanar erro substancial 
que poderia ser percebido por pessoa de diligências normais. 
Sendo assim, tanto quando no erro quanto a ignorância, o agente pratica um negócio 
que não celebraria caso tivesse conhecimento das circunstâncias, suas espécies são 
classificadas conforme a importância do erro, sendo classificado como substancial, é aquele 
que o erro recai sobre as circunstâncias, ou seja, o que o erro incide dobre a substância do ato 
que foi praticado. 
Já o erro acidental, é aquele que o erro recai sob os elementos circunstanciais, não 
causando prejuízo as partes que celebraram o negócio jurídico, ou seja, mesmo que seja 
reconhecido o erro, não terá grande relevância na vontade real do negócio celebrado, assim 
como previsto no art. 139 do C.C. 
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Coação é a pressão moral ou psicológica, podendo conter ameaça, tendo a 
finalidade de manipular e obrigar alguém a realizar determinado negócio. Podendo ser 
dividida por espécies, sendo elas: absoluta ou física, relativa ou moral. 
A espécie caracterizada como absoluta, é aquela que manipula completamente à 
vontade do indivíduo, tornando inexistente a vontade, caracterizando a nulidade do 
negócio jurídico, o que torna o negócio jurídico inexistente. 
Os doutrinadores consideram a coação moral a que mais viola o quesito da 
vontade, sendo um deles a coação moral, o vício de vontade propriamente dito deve estar 
presente e sua vontade cerceada, ou seja, a vontade não é totalmente excluída. 
Para ser reconhecido o vício de coação no negócio jurídico são necessários alguns 
requisitos, podendo ou não configurar o vício de consentimento, confirmando se existe a 
causa determinada do ato e sua relação de casualidade entre a coação e o ato negocial 
celebrado, deverá ser comprovada a gravidade da ameaça de dano moral ou material, 
assim como versa os artigos. 152 e 153 do C.C. 
Diferente das apresentadas anteriormente, a coação de terceiros sempre terá vicio, 
o que torna o negócio jurídico anulável, assim como especificado nos artigos. 154 e 155 
do C.C. Outro negócio jurídico que é destinado a prejudicar terceiros na celebração do 
negócio é a simulação. 
Alguns doutrinadores classificam a simulação em duas modalidades, sendo elas a 
simulação absoluta e a simulação relativa. A considerada relativa pode ser apresentada 
em dois tipos de negócios jurídicos, o simulado, que é aquele que não corresponde à 
intenção das partes, o dissimulado é aquele que corresponde à intenção das partes. 
A simulação absoluta possui aparência de um negócio jurídico que não 
corresponde a sua essência, pois as partes não desejam realizar nenhum tipo de negócio. 
No art. 167 do C.C., versa sobre o negócio jurídico simulado, especificando todas as 
características que torna o negócio simulado nulo. 
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Fraude contra credores é dividida por duas vertentes, sendo elas: vício de 
consentimento e vício social, os vícios de consentimento são caracterizados por 
apresentar desacordo entre a manifestação e a execução da vontade. Já o vício social é o 
negócio jurídico em desconformidade com a lei e a boa-fé, tendo o objetivo prejudicar 
terceiros. Tais vícios são chamados de fraude contra credores e simulação. 
Envolvendo a prática realizada pelo devedor insolvente ou que pode se tornar 
insolvente, ou seja, acontece quando o devedor, tendo objetivo de prejudicar os direitos 
dos credores em receber o que foi garantido, sendo especificado nos artigos 158 ao 165 
do Código Civil Brasileiro. Existem suas caracterizações legais que são necessárias, seus 
elementos são: objetivo e subjetivo. 
Seus elementos objetivos são caracterizados pela atuação em juízo ao credor, 
devendo ser comprovado o nexo causal, já os elementos subjetivos, são aqueles que se 
manifestam com a intenção de prejudicar o credor, também devendo ser comprovado. 
Assim como apresentamos, os defeitos dos negócios jurídicos são as imperfeições 
já previstas em nosso ordenamento, que pode tornar o negócio nulo ou anulável, tendo 
como requisito indispensável a declaração da vontade e sua existência. 
 
 
 
Fontes: 
• https://arquivo.fmu.br/prodisc/direito/vsr.pdf 
• https://www.direitodefamilia.adv.br/2020/wp-
content/uploads/2020/07/leonardo-gomes-guia-dos-defeitos.pdf 
• https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/29497/defeitos-dos-
negocios-juridicos 
https://arquivo.fmu.br/prodisc/direito/vsr.pdf
https://www.direitodefamilia.adv.br/2020/wp-content/uploads/2020/07/leonardo-gomes-guia-dos-defeitos.pdf
https://www.direitodefamilia.adv.br/2020/wp-content/uploads/2020/07/leonardo-gomes-guia-dos-defeitos.pdf
https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/29497/defeitos-dos-negocios-juridicos
https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Artigos/29497/defeitos-dos-negocios-juridicos
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• https://blog.neoway.com.br/fraude-contra-
credores/#:~:text=O%20que%20é%20fraude%20contra%20credores%3F,obri
gações%20para%20com%20o%20credor. 
• https://letang.com.br/fraude-contra-credores/ 
Doutrina: 
• Maria Helena Diniz - Manual de Direito Civil 
• Nehemias Domingos de Melo – Teoria geral das pessoas, dos bens e dos 
negócios jurídicos. 
Defeitos dos negócios jurídicos - Código Cível: 
Artigos. 138 ao 155 do C.C - 157 ao 165 do C.C. 
Fraude contra credores – art. 591 e 593 do C.C. 
https://blog.neoway.com.br/fraude-contra-credores/#:~:text=O%20que%20é%20fraude%20contra%20credores%3F,obrigações%20para%20com%20o%20credor
https://blog.neoway.com.br/fraude-contra-credores/#:~:text=O%20que%20é%20fraude%20contra%20credores%3F,obrigações%20para%20com%20o%20credor
https://blog.neoway.com.br/fraude-contra-credores/#:~:text=O%20que%20é%20fraude%20contra%20credores%3F,obrigações%20para%20com%20o%20credor
https://letang.com.br/fraude-contra-credores/

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