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CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 1 PINTURAS TC 025 Construção II Construção Civil II (TC-025) PINTURAS Ministério da Educação Universidade Federal do Paraná Setor de Tecnologia Departamento de Construção Civil Versão 2020 Professores José de Almendra Freitas Jr. - freitasjose@terra.com.br Heloisa Fuganti Campos - heloisacampos@ufpr.br Barbara Talamini Villas Bôas - barbaratvb@gmail.com PINTURAS TC 025 Construção II • Na construção civil a pintura representa uma operação de grande importância, uma vez que as áreas pintadas são, normalmente, muito extensas, implicando em alto custo • Há uma tendência natural em considerar a pintura uma operação de decoração, porém, além de decorar e proteger o substrato, a tinta pode oferecer melhor higienização dos ambientes, servindo também para sinalizar, identificar, isolar termicamente, controlar luminosidade e podendo ainda ter suas cores utilizadas para influir psicologicamente sobre as pessoas INTRODUÇÃO PINTURAS TC 025 Construção II 3 • Camada de recobrimento de uma superfície, obtida pela aplicação de tintas e vernizes, através de técnicas específicas • Na construção civil é uma camada de acabamento na forma de uma película aderente, estratificada e de espessura total ~ 1,0 mm DEFINIÇÃO PINTURAS TC 025 Construção II 4 • NBR 11702: Tintas para construção civil - Tintas, vernizes, texturas e complementos para edificações não industriais - Classificação e requisitos. ABNT, 2019. • NBR 16211: Tintas para construção civil - Verniz brilhante à base de solvente monocomponente - Requisitos de desempenho de tintas para edificações não industriais. ABNT, 2019. • NBR 14942: Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação do poder de cobertura de tinta seca. ABNT, 2019. • NBR 14940: Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação da resistência à abrasão úmida. ABNT, 2018. NORMAS PINTURAS TC 025 Construção II 5 • NBR 14943: Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação do poder de cobertura de tinta úmida. ABNT, 2018. • NBR 15494: Tintas para construção civil - Requisitos de desempenho de tintas para edificações não industriais - Tinta brilhante à base de solvente com secagem oxidativa. ABNT, 2015. • NBR 13245: Tintas para construção civil - Execução de pinturas em edificações não industriais - Preparação de superfície. ABNT, 2011. • NBR 15078:Tintas para construção civil - Método para avaliação de desempenho de tintas para edificações não industriais - Determinação da resistência à abrasão úmida sem pasta abrasiva. ABNT, 2006. NORMAS PINTURAS TC 025 Construção II 6 • Decoração • Proteção da base (durabilidade dos substratos): ü Impedir corrosão de metais ü Reduzir absorção de água em materiais porosos ü Retardar degradação das superfícies • Funções especiais: ü Garantir higiene, retardar chama ü Reduzir reflexão da radiação infravermelho ü Propiciar superfícies com propriedades autolimpantes e anti-estáticas ü Identificar/sinalizar FUNÇÕES http://terra.com.br http://gmail.com http://gmail.com CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 2 PINTURAS TC 025 Construção II 7 Pincéis/trinchas Desempenadeiras de aço Espátula Lixas Revolver/Pistola Escovas de Aço FERRAMENTAS Rolos PINTURAS TC 025 Construção II 8 • Pincéis e trinchas: utilizados na aplicação de esmaltes, impregnantes, vernizes, tintas látex e complementos para pintar cantos, recortes e pequenas áreas • Rolos de lã de carneiro e lã sintética: utilizados para aplicação de tintas látex • Rolos de lã sintética de cerdas baixas: possuem pelos mais curtos para aplicação de produto epóxi e tintas látex • Rolos de espuma de poliéster: rolos desenvolvidos para a aplicação de esmaltes, vernizes e complementos • Rolos de espuma rígida: utilizados na aplicação de acabamentos texturizados FERRAMENTAS PINTURAS TC 025 Construção II 9 • Desempenadeiras de aço: utilizadas para aplicação de massas niveladoras ou texturas • Desempenadeira de plástico rígido: utilizada para aplicação de texturas • Lixas: utilizadas para uniformizar a superfície e criar aderência para a tinta • Espátulas de aço: utilizadas para aplicação de massas niveladoras, texturas ou na remoção de tinta seca • Escovas de aço: utilizadas para eliminar partes soltas ou mal aderidas à superfície a ser pintada • Pistola ou revolver de pintura: utilizados para aplicação de esmaltes e vernizes FERRAMENTAS PINTURAS TC 025 Construção II 10 • Pincel: ü Baixo custo (não necessita de equipamentos especiais) ü Desvantagens: Ø Riscos das cerdas Ø Desperdícios de tinta Ø Acabamento não uniforme FERRAMENTAS • Rolo: ü Baixo custo (não necessita de equipamentos especiais) ü Desvantagens: Ø Espirros de tinta na aplicação Ø Não cobre bem os cantos Rolo de espuma Rolo para textura PINTURAS TC 025 Construção II 11 • Pistolas: ü Melhor alinhamento e uniformidade na aplicação ü Menor desperdício de tinta e tempo reduzido na aplicação ü Desvantagens: Ø Custo (compressor de ar) Ø Névoa na aplicação (poluição) Ø Manutenção dos equipamentos Ø Necessidade de se proteger bem tudo que está no ambiente e não se deseja pintar FERRAMENTAS PINTURAS TC 025 Construção II 12 • Resinas: ü São responsáveis pela formação da película protetora na qual se converte a tinta depois de seca ü Tipos: Ø PVA e Acrílicas Ø Óleos Ø Alquídicas Ø Epoxi Ø Base de cal / cimento • Pigmentos: ü São partículas (pó) sólidas e insolúveis ü Tipos: Ø Ativos - conferem cor e poder de cobertura à tinta Ø Inertes (ou cargas) – proporcionam lixabilidade, dureza e consistência, entre outras características TINTAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL - COMPONENTES CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 3 PINTURAS TC 025 Construção II 13 • Solventes: ü Líquidos voláteis utilizados nas diversas fases de fabricação das tintas ü Confere à tinta as condições ideais de pintura, visando facilitar sua aplicação, seu alastramento, etc. • Aditivos: ü Componentes que participam em pequena quantidade na composição da tinta, porém, podem modificar significativamente as suas propriedades ü Os aditivos mais comuns são: secantes, anti espumantes, anti sedimentantes, anti pele, bactericidas e fungicidas TINTAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL - COMPONENTES PINTURAS TC 025 Construção II 14 • Resinas sintéticas ou orgânicas: ü PVAc ü Acrílico ü Alquídica ü Poliuretano ü Epóxi ü Base de borracha • Resinas Inorgânicas: ü Base de cimento ou cal • Resinas Naturais: ü Caseína, óleo de linhaça TINTAS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL - CLASSIFICAÇÃO PINTURAS TC 025 Construção II 15 • Finalidades: ü Selar (impermeabilizar) a superfície e diminuir o consumo de tinta ü Baixar o custo do sistema ü Proteger o polímero da tinta de eventual agressividade química do substrato ü Melhorar a aderência da camada de pintura ao substrato • Tipos: ü A base química do fundo tem que suportar a tinta aplicada sobre esta ü Normalmente usa-se um fundo da mesma base da tinta (não obrigatório) FUNDOS PREPARADORES DE SUPERFÍCIE PINTURAS TC 025 Construção II 16 • Finalidades: ü Regularizar imperfeições da superfície na superfície do revestimento que já foi selado (fundo), deixando esta bem lisa e pronta para a aplicação da tinta ü É aplicada com colher ou espátula de aço, em finas camadas, depois da secagem sofre lixamento com lixa fina • Tipos usuais na construção civil: ü Bases PVA – usos em interiores ü Base acrílica – uso em interiores e exteriores ü Para usos em madeiras e metais usa-se massas de polímeros com resistências mecânicas maiores (poliéster ou epoxi) MASSA CORRIDA PINTURAS TC 025 Construção II 17 F ilm es c on cr et o / P in tu ra s / L ix an do p ar a de m ão d e m as sa M 1 1. w m v Preparando para a aplicação de massa corridaPINTURAS TC 025 Construção II 18 F ilm es c on cr et o / P in tu ra s / a pl ic an do m as sa M 1 3. w m v Aplicação de Massa corrida CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 4 PINTURAS TC 025 Construção II 19 Fi lm es c on cr et o / P in tu ra s / L ix ad ei ra .w m v Lixando a Massa corrida (mecânico) PINTURAS TC 025 Construção II 20 • Latex PVA: ü Solução de polímeros vinílicos, dispersos em água, pigmentos minerais coloridos, cargas e aditivos ü Possui grande rendimento e durabilidade, sendo a tinta mais utilizada ü Ótimo desempenho nas repinturas ü Indicada para pinturas internas sobre superfícies de reboco, massa corrida, massa acrílica, texturas, gesso, madeiras, etc. ü As cores são desenvolvidas com alta tecnologia, ficando assim, firmes e sólidas ü PVA é o material usado na produção ü Não é adequado em áreas molhadas ü São levemente permeáveis a água e ao vapor, permitindo a saída da água residual em concretos, argamassas e gesso TINTAS – TIPOS PRINCIPAIS (quanto a base química) PINTURAS TC 025 Construção II 21 Aplicação de tinta PVA com pistola F ilm es c on cr et o / P in tu ra s / P in tu ra la te x co m p is to la .w m v PINTURAS TC 025 Construção II 22 • Acrílica: ü Solução de copolímeros acrílicos ou estireno acrílico, em água, contendo pigmentos minerais coloridos, cargas e aditivos ü Indicada para superfícies de alvenaria interna e externa ü Diferença do látex é que contém resinas acrílicas, suporta muito melhor os raios UV e as intempéries ü Alta impermeabilidade, adequada para pinturas externas e áreas úmidas ü Acabamentos como semibrilho e fosco ü Com este tipo de tinta pode-se produzir texturas que são obtidas através de instrumentos específicos como rolos, vassouras, espátulas e outros, para cada tipo de acabamento ü Mais cara que o látex ü São levemente permeáveis ao vapor, permitindo a saída da água residual em concretos, argamassas e gesso TINTAS – TIPOS PRINCIPAIS (quanto a base química) PINTURAS TC 025 Construção II 23 • Esmaltes (base alquídica): ü Indicadas para metais e madeira, com acabamento fosca, semibrilhante ou brilhante ü Não é solúvel em água ü Forma película sobre a superfície à não é muito adequada para uso direto sobre alvenarias ou concreto (em especial novos), pois a umidade residual destes substratos podem causar o surgimento de bolhas e causar descascamento • Base de Cal (cal hidratada é diluída em água e mais fixador): ü Muito barato, fácil aplicação ü Baixa resistência à abrasão e não resiste à umidade ü Usado em muros e exteriores • A base de cimento: ü Cimento em suspensão na água, acabamento com toque rústico TINTAS – TIPOS PRINCIPAIS (quanto a base química) PINTURAS TC 025 Construção II 24 • Texturizada acrílica: ü Tinta acrílica com pigmentos minerais coloridos, grãos sólidos para efeito de textura, aditivos e hidrorrepelentes, produz um revestimento mais espesso e “texturizado” • Resina epóxica bi-componente ou a base de água: ü Para pintura de ambientes expostos a condições químicas agressivas, suporta muito bem a água, não suporta raios UV ü Pinturas de alto desempenho em estacionamentos • Borracha clorada: ü Indicada para piscinas, coberturas, tanques de concreto, de fibrocimento, etc. ü Secagem rápida, ao toque 30 segundos; tráfego de 4 horas a 6 horas e cura completa em 48 horas TINTAS – TIPOS PRINCIPAIS (quanto a base química) CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 5 PINTURAS TC 025 Construção II 25 • Verniz (pintura não opaca ou semi transparente): ü Ambientes externos e internos de madeira ü Acabamentos brilhante e fosco podendo conter corantes nas cores de madeiras nobres (Mogno, Imbuia, Cedro e Cerejeira) ü Podem possuir filtro solar, acabamento fosco ou brilhante ü Alquídico – Protege madeira da radiação solar e intempéries. ü Poliuretânico – Tem maior aderência, resistência mecânica, de abrasão e aos raios UV à Indicados para madeira, concreto aparente, cerâmica e pedras • Silicones líquidos: ü Indicados para impermeabilizar superfícies de blocos cerâmicos, concreto aparente, telhas etc. OUTROS PRODUTOS PARA PINTURAS PINTURAS TC 025 Construção II 26 Tipo Características Uso Látex (PVA) • Tinta a base de água • Não lavável • Secagem rápida • Média cobertura Alvenarias • Interiores Acrílica • Tinta à base de água• Excelente lavabilidade e cobertura Alvenarias • Exteriores • Interiores Esmaltes Sintéticos (alquídica) • Tinta à base de solventes (já existem a base de água) • Ótimo acabamento • Resistência a intempéries • Bom alastramento • Ótima resistência ao mofo Superfícies internas e externas de: • Madeiras • Metais TINTAS – TIPOS, CARACTERÍSTICAS E USOS PINTURAS TC 025 Construção II 27 Tipo Características Uso Tinta á óleo • Ótima resistência à intempéries • Fácil aplicação • Boa cobertura e flexibilidade Excelente aderência em vários tipos de superfícies A base de cal • Mais econômica • Superfície fosca e lisa • Mistura-se água • Tem qualidade de acabamento inferior • Pouco aderente a madeira e metais Usada para a pintura de meio fio, muros, calçadas e postes A base Epóxi • Alta resistência a abrasão e a agentes químicos • Suscetível a raios UV Ambientes quimicamente agressivos como o revestimento de banheiro e cozinhas TINTAS – TIPOS, CARACTERÍSTICAS E USOS PINTURAS TC 025 Construção II 28 • Preparo: ü A superfície deve estar firme, limpa, seca, sem poeira, gordura, sabão ou mofo ü Partes soltas ou mal aderidas devem ser eliminadas, raspando-se ou escovando- se ou lixando a superfície ü Profundas imperfeições da parede devem ser corrigidas com reboco ü As imperfeições rasas da superfície devem ser corrigidas com massa acrílica (externo) ou com massa corrida PVA (interno) ü Manchas de gordura ou graxa devem ser eliminadas com água e detergente Ø Partes mofadas devem ser lavadas com uma solução 1:1 de água sanitária ü Deve-se eliminar qualquer espécie de brilho, usando lixa de grana adequada EXECUÇÃO PINTURAS TC 025 Construção II 29 • Sobre argamassas, gesso e concreto: ü Cura ou endurecimento adequado do substrato ü Lavagem com detergente (repinturas sobre base antiga) ü Secagem total do emboço/reboco ü Preparação do substrato com lixamento ü Aplicação do fundo selador (opcional) ü Secagem do fundo ü Aplicação da massa corrida (PVA ou acrílica) ü Secagem da massa ü Lixamento da massa ü Aplicação da tinta (PVA ou acrílica) Ø Quantas demãos forem necessárias para proporcionar o cobrimento adequado EXECUÇÃO PINTURAS TC 025 Construção II 30 • Sobre madeira: ü A madeira deve estar seca, teor de umidade entre 5 e 12% ü Remover graxas, gorduras e resinas com a aplicação de solventes ü Lixar quando necessário ü Buracos e frestas devem ser calafetados com massa apropriada para madeira e depois lixados após secagem EXECUÇÃO CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 6 PINTURAS TC 025 Construção II 31 • Sobre madeira: ü A pintura é feita após a preparação da superfície e geralmente tem 3 etapas: Ø Seladora (fundo) Ø 1ª demão Ø 2ª demão ou acabamento EXECUÇÃO PINTURAS TC 025 Construção II 32 • Sobre metal: ü Remover gorduras, graxas e sujeira ü Limpeza de metais ferrosos por lixamento, escovamento ou jateamento ü Primer (fundo): Ø Primeira demão da pintura Ø Cria aderência da tinta ao metal Ø Protege contra corrosão ü Pintura aplicada sobre o primer (fundo) Ø Deve ser compatível com o primer Ø Protege contra intempéries Ø Dá acabamento Ø Quantas demãos forem necessárias para o cobrimento adequado EXECUÇÃO PINTURAS TC 025 Construção II 33 APLICAÇÕES EM OUTRAS SUPERFÍCIES • Em pavimentos: ü Proteção e resistência ü Concreto e asfalto ü Sinalização horizontal • Em telhados: ü Limpeza das telhas ü Fundo selador ü Tinta látex acrílica, resina acrílica ou esmalte sintético para acabamento PINTURAS TC 025 Construção II 34 • Pintura pisos – epóxi: ü Preparação, tratamento de fissuras ü Fundo primer, polimento ü Aplicação da pintura epoxi APLICAÇÕES EMOUTRAS SUPERFÍCIES PINTURAS TC 025 Construção II 35 • No processo de pintura, existem vários fatores envolvidos: ü Condições da superfície ü Condições do meio ambiente ü Características e limitações do produtos ü Fator humano • Diante dessas e outras variáveis, durante ou mesmo após o término da pintura, podem ocorrer manifestações patológicas MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS • Mais comuns: PINTURAS TC 025 Construção II 36 • Bolhas: ü São pontos na pintura que se levantam em formato de bolhas ü Podem ser muito pequenos (micro) ou maiores ü Normalmente, aparecem em pontos isolados e tem como causa a formação de pressão de vapor pela existência de líquidos no substrato (água nas argamassas e concreto e resina nas madeiras) MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 7 PINTURAS TC 025 Construção II 37 • Bolhas: ü Causa 1: Ø Podem ocorrer quando for aplicada massa corrida PVA em exteriores, pois o produto é indicado apenas para superfícies internas (suporta mal UV e umidade) ü Solução 1: Ø Remover, por meio de raspagem, toda a massa corrida PVA Ø Aplicar fundo preparador de paredes (acrílico) Ø Aplicar massa acrílica ü Causa 2: Ø Ocorre quando o pó não foi eliminado após lixamento da massa PVA ou quando a tinta não foi devidamente diluída ü Solução 2: Ø Lixar e raspar as partes soltas eliminando o póDiluir a tinta na proporção indicada na embalagem e repintar MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 38 • Bolhas: ü Causa 3: Ø A parede apresentou infiltração de umidade que ocorrem principalmente em rodapés, parede de divisa, muros encostados em barrancos, lajes, etc. (atingida a pressão de vapor no substrato) ü Solução 3: Ø Encontrar e corrigir a origem da umidade e proceder com a solução Ø Repintar, utilizando técnicas de repintura reforçando a qualidade do substrato MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 39 • Descascamento: ü É quando a tinta começa a se soltar da superfície ü Pequenas infiltrações de umidade provocam a saponificação (quebra) do polímero da tinta ü Pode ocorrer por falta de aderência em superfícies que receberam pintura sobre partes soltas, reboco não curado, superfícies com brilho ou com infiltração de umidade (eflorescência de umidade com pH elevado) MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 40 • Descascamento: ü Causa 1: Ø A aderência da tinta sobre a superfície pulverulenta não é boa, ocasionando o descascamento ü Solução 1: Ø Raspar ou escovar a superfície até a remoção total das partes soltas ou mal aderidas Ø Aplicar uma ou duas demãos de fundo preparador de paredes de melhor qualidade que o original Ø Repintar MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ü Causa 2: Ø A superfície, como madeira ou metal, apresenta um acabamento liso ou com brilho, prejudicando assim a aderência ü Solução 2: Ø Raspar, lixar até remoção completa do brilho e das partes soltas Ø Certificar-se de que a superfície está porosa Ø Remover o pó Ø Repintar PINTURAS TC 025 Construção II 41 • Descascamento: ü Causa 3: Ø A superfície apresentou infiltração de umidade, originando o descascamento ü Solução 3: Ø Encontrar a origem da umidade e proceder com a solução Ø Repintar, utilizando técnicas de repintura com massa e fundo de qualidade superior ao original MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 42 • Eflorescência: ü É caracterizada pelo aparecimento de manchas esbranquiçadas na superfície pintada ü Obs: dependendo da cor, a mancha pode apresentar outra coloração MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 8 PINTURAS TC 025 Construção II 43 • Eflorescência: ü Causa: Ø Tinta aplicada sobre reboco úmido ou devido à infiltração Ø Ocorre devido à migração de umidade do interior para o exterior, carregando consigo sais solúveis Ø Enquanto a umidade ou os sais solúveis não tiverem sido totalmente eliminados, a situação persistirá ü Solução: Ø Eliminar eventuais infiltrações Ø Aguardar a secagem da superfície Ø Raspar a superfície afetada Ø Aplicar uma demão de fundo preparador e repintar MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 44 • Manchas – chuva: ü São manchas que aparecem na superfície recém pintada, devido a pingos de chuva ou água em pontos isolados ü Também podem ocorrer em superfícies recém pintadas expostas a baixa temperatura ü É mais comum ocorrer em cores intensas e acabamento fosco MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 45 • Manchas – chuva: ü Causa: Ø Os pingos de chuva, água e baixas temperaturas provocam a extração de substâncias solúveis que afloram e mancham o filme da tinta ü Solução: Ø Lavar toda a superfície com água limpa em abundância Ø É normal o aparecimento de espuma MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS É importante que a lavagem da superfície seja feita o mais rápido possível, pois, se acontecer após alguns dias, as manchas permanecerão à o tempo de cura/secagem da tinta látex é de ~ 20 dias PINTURAS TC 025 Construção II 46 • Mofo, bolor ou fungos: ü São manchas que aparecem na superfícies, devido à proliferação de micro organismos que se desenvolvem em condições ambientais e superficiais favoráveis ü São diferentes das algas, pois não necessitam de luz para sobreviver MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 47 • Mofo, bolor ou fungos: ü Causa: Ø Mofo, bolor e fungos constituem-se num grupo de seres vivos vegetais, que se proliferam em condições favoráveis, principalmente em climas quentes e úmidos, mal ventilados ou mal iluminados, produzindo o escurecimento da película da tinta e decompondo-a ü Solução: Ø Lavar a superfície com uma solução de água sanitária na proporção de 1:1, molhando constantemente a superfície com a solução durante um período de seis horas Ø Enxaguar a superfície com água em abundância Ø Deixar secar e repintura MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 48 • Enrugamento: ü Normalmente, ocorre após a aplicação de esmalte ou verniz de base alquídica ü Certos pontos da pintura ficam com aspecto enrugado ü Em alguns casos, a secagem desses pontos é retardada e existe uma perda de brilho MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 9 PINTURAS TC 025 Construção II 49 • Enrugamento: ü Causas: Ø Aplicadas demãos de tinta muito espessas Ø Aplicação sobre a superfície ou em ambientes com temperatura excessivamente quente Ø Não foi respeitado o intervalo entre as demãos ü Solução: Ø Remover toda a tinta com auxílio de removedor Ø Limpar bem a superfície com pano embebido em aguarrás, certificar-se da total remoção do removedor da superfície Ø Aplicar o sistema de pintura seguindo todas as recomendações do fabricante, inclusive utilizando o solvente recomendado e respeitando o intervalo entre demãos MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 50 • Baixa cobertura: ü É quando se aplica várias demãos de tinta e a pintura anterior ou fundo ainda pode ser visto, dando um aspecto manchado MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 51 • Baixa cobertura: ü Causa 1: Ø Uma das causas mais comuns é a diluição excessiva, ou seja, quando se adiciona uma quantidade de diluente bem maior que a recomendada pelo fabricante ü Solução 1: Ø Sempre respeitar as informações e aplicar o produto de acordo com as instruções contidas nas embalagens MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ü Causa 2: Ø Falta de homogeneização do produto antes de aplicar ü Solução 2: Ø Homogeneizar a tinta com ferramenta retangular até o produto alcançar uma boa consistência PINTURAS TC 025 Construção II 52 • Baixa cobertura: ü Causa 3: Ø Superfícies muito absorventes (reboco novo, massa corrida, gesso) ü Solução 3: Ø Se o produto já foi aplicado, serão necessárias mais demãos, se ainda não foi aplicado, aplicar previamente o fundo para a superfície, conforme indicado na embalagem MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 53 • Diferençade tonalidade: ü É quando uma mesma cor apresenta tonalidades diferentes durante a aplicação do produto na superfície MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 54 • Diferença de tonalidade: ü Causa 1: Ø Se o ambiente a ser pintado for pequeno e pouco iluminado, pode ocorrer o escurecimento da tonalidade, devido à falta de iluminação ü Solução 1: Ø Se não for possível aumentar a iluminação do ambiente, será necessário clarear a tinta com utilização de branco ou escolher outra tonalidade MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ü Causa 2: Ø Parede com absorção diferente pode causar diferença de tonalidade e manchas ü Solução 2: Ø Aplicação de nova demão geral até uniformizar a absorção e tonalidade. DICA: quando realizar retoques isolados de massa na superfície, antes de aplicar um demão geral, aplique de uma a duas demãos sobre esse retoque CONSTRUÇÃO CIVIL II 18/05/2020 10 PINTURAS TC 025 Construção II 55 • Baixa lavabilidade: ü É quando durante o processo de limpeza da superfície, a tinta se desgasta com muito facilidade MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 56 • Baixa lavabilidade: ü Causa 1: Ø Se a diluição utilizada no produto for além da especificada na embalagem, a película formada pela tinta se torna frágil ü Solução 1: Ø Diluir conforme indicado na embalagem MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS ü Causa 2: Ø Se o número de demãos não for suficiente ou se o intervalo entre elas for muito curto, a película torna-se fraca, saindo com facilidade na limpeza ü Solução 2: Ø Aplicação de uma demão geral, respeitando o intervalo e diluição indicados na embalagem PINTURAS TC 025 Construção II 57 • Escorrimento: ü É quando há excesso de tinta na superfície e ela escorre MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II 58 • Escorrimento: ü Causa: Ø Diluição excessiva e utilização de solventes não especificados, aplicação de uma camada muito espessa ou sob condições de frio ou umidade ü Solução: Ø Se a tinta estiver úmida, passe o rolo novamente sobre o local, a fim de uniformizar a superfície Ø Se já estiver seca, lixe a superfície e aplique uma nova demão de tinta, respeitando a diluição e retirando o excesso de tinta do rolo MANIFESTAÇÕES PATOLÓGICAS PINTURAS TC 025 Construção II Referências: • ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575-1:2013 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos - Desempenho - Parte 1: Requisitos gerais, 2013. • ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 15575-4:2013 - Edifícios habitacionais de até cinco pavimentos - Desempenho - Parte 4: Requisitos para os sistemas de vedações verticais internas e externas,2013. • ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas NBR 13245:2011 - Tintas para construção civil — Execução de pinturas em edificações não industriais — Preparação de superfície, 2011. • ABRAFITI Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas – Programa Setorial de Qualidade de Tintas Imobiliárias, 2016. • Câmara Brasileira da Indústria da Construção C172d Desempenho de edificações habitacionais: guia orientado para atendimento à norma ABNT NBR 15575/2013. /Câmara Brasileira da Indústria da Construção. —Fortaleza: Gadioli Cipolla Comunicação, 2013. • Manual Treinamento Tintas Coral – Problemas e Soluções • MATTOS, Marianna Costa. Planejamento da vida útil na construção civil [manuscrito]: uma metodologia para a aplicação da Norma de Desempenho (NBR 15575) em sistemas de revestimentos de pintura / Marianna Costa Mattos. - 2013.. • Noronha, Marcos Paulo Pereira Métodos de Inspeção Final Visando a Obtenção da Conformidade na Entrega de Unidades Habitacionais ao Cliente/ Marcos Paulo Pereira Noronha – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola Politécnica, 2013. PINTURAS TC 025 Construção II freitasjose@terra.com.br heloisacampos@ufpr.br barbaratvb.ufpr@gmail.com http://terra.com.br
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