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Conservação por Redução de Atividade de Água Prof. Julio Cesar Barbosa Rocha Introdução a Tecnologia de Alimentos Prof. Julio Rocha2 Introdução • A deterioração de alimentos está relacionada à presença de água, processos microbiológicos de degradação ou processos bioquímicos dependem da presença de solvente; • Podemos afirmar que a água é um fator limitante para a conservação de alimentos. Prof. Julio Rocha3 Introdução • Com base nisso temos alguns conceitos importantes: • Umidade é teor de água total presente em um alimento, é dada por: • Essa é a chamada umidade base úmida ou umidade b.u. Umidade(b .u .)=Massada Águana Amostra Massada Amostra ∗100 Prof. Julio Rocha4 Introdução • Da mesma maneira posso considerar o teor de umidade considerando apenas a fração não volátil: • Como podemos ver os valores de umidade b.s. serão maiores que os valores b.u. Umidade(b . s .)= Massa da Água Massada Amostra Seca ∗100 Prof. Julio Rocha5 Introdução • Exemplo: • Malte de cevada possui 5% de umidade b.u.. Qual é o valor da umidade b.s.? Prof. Julio Rocha6 Introdução Umidade (b .u .)= 5 100 ∗100=5% Umidade(b . s .)= 5 95 ∗100=5,26% Prof. Julio Rocha7 Introdução • Exemplo: • Uma calda de açúcar 30°Brix possui quanto de umidade? Calcule base seca e base úmida. Prof. Julio Rocha8 Introdução • O que significa esse valor? Um .(b .u .)= 70 100 ∗100=70% Um .(b . s .)=70 30 ∗100=233,3% Prof. Julio Rocha9 Introdução • A umidade base seca é mais usual para processos, pois mantem os valores de sólidos constantes, porém a umidade base úmida é mais comumente utilizada em tabelas e dados de literatura; • Quando não houver informação se é base seca ou úmida considere base úmida. Prof. Julio Rocha10 Introdução Prof. Julio Cesar Barbosa Rocha Prof. Julio Rocha11 Atividade de Água • Umidade e atividade de água de alguns alimentos: Prof. Julio Rocha12 Atividade de Água • Apenas a presença de água em um alimento não explica o processo de degradação; • Precisamos compreender se essa água está disponível ou não para processos microbiológicos e bioquímicos nesse conceito temos a definição de atividade de água. Prof. Julio Rocha13 Atividade de Água • A atividade de água é também conhecida como pressão de vapor relativa (PVR); • A engenharia de alimentos existe para aumentar a estabilidade e disponibilidade de alimento, de modo que o uso de modificação na atividade de água é uma estratégia muito válida; • Os principais processos que atuam dessa forma são: desidratação, evaporação/concentração, liofilização e crioconcentração. Prof. Julio Rocha14 Atividade de Água Prof. Julio Cesar Barbosa Rocha Prof. Julio Rocha15 Atividade de Água • A atividade de água é dada pela equação: • Onde: aw= P P0 aw=atividade de água P=pressãode vapor do alimento P0=pressão de vapor daágua namesma condição Prof. Julio Rocha16 Atividade de Água • Pressão de Vapor • “É a pressão exercida por um vapor quando este está em equilíbrio termodinâmico com o líquido que lhe deu origem, ou seja, a quantidade de líquido (solução) que evapora é a mesma que se condensa. A pressão de vapor é uma medida da tendência de evaporação de um líquido.” Prof. Julio Rocha17 Atividade de Água • A pressão de vapor de um alimento é dependente de: • Quantidade de água; • Temperatura; • Concentração de solutos (em especial açúcares e sais). Prof. Julio Rocha18 Atividade de Água • Essa alteração de pressão de vapor ocorre porque uma fração da água se liga muito fortemente à grupos funcionais específicos (hidroxilas, carbonilas, amino ácidos e pontes de hidrogênio); • Essa água ligada forma a chamada monocamada de BET (Brunauer-Emmet-Teller). Prof. Julio Rocha19 Atividade de Água • Um alimento com uma umidade no nível da monocamada de BET terá o seu estado mais estável, abaixo desse nível aumenta-se a taxa de oxidação de gorduras e acima temos reações enzimáticas e microbiológicas além de escurecimento por Maillard. Prof. Julio Rocha20 Atividade de Água Prof. Julio Rocha Prof. Julio Rocha21 Atividade de Água • A movimentação da água do alimento para o meio e do meio para o alimento depende de condições do próprio alimento e do meio em que ele está; • Um alimento deixado em um ambiente em temperatura constante e umidade, irá entrar em equilíbrio com o meio, ou seja a sua massa irá estabilizar. Prof. Julio Rocha22 Atividade de Água • O estudo da variação da umidade sob diferentes condições de umidade relativa, gera uma curva chamada “isoterma de sorção de água”; • Essas curvas serão diferentes para diferentes temperaturas, estruturas físicas, composição químicas e quantidade de água ligada. Prof. Julio Rocha23 Atividade de Água • Isotermas de Sorção: Prof. Julio Rocha24 Atividade de Água • Pode-se fazer um modelo matemático para estabelecer o comportamento do alimento; • A umidade relativa observada nesse estudo é equivalente à atividade de água. Prof. Julio Rocha25 Atividade de Água • Soluções saturadas usadas para controlar umidade relativa: Prof. Julio Rocha26 Atividade de Água • Quando a aw está abaixo de 0,6 temos praticamente o encerramento de toda atividade microbiana; • Abaixo de 0,7 temos a inibição da maioria dos fungos; • Abaixo de 0,8 temos a inibição da maioria das leveduras; • Abaixo de 0,9 temos a inibição da maioria das bactérias. Prof. Julio Rocha27 Atividade de Água • Temos que considerar que a conservação de alimentos combina outros fatores como pH, conservantes químicos e atmosfera modificada; • Fazendo isso estamos combinando mecanismos de conservação e aumentando a vida de prateleira dos alimentos. Prof. Julio Rocha28 Atividade de Água Alimento pH aw Shelf life Observações Carne fresca >4,5 >0,95 Dias Cons. Refrigeração Carne cozida >4,5 0,95 Semanas Temp. amb quando embalada Salsichas secas >4,5 <0,90 Meses Cons. por sal e aw baixa Hortaliças frescas >4,5 >0,95 Semanas Estável (respiração) Picles <4,5 >0,90 Meses Baixo pH e embalagem Pão >4,5 >0,95 Dias Processo térmico e aw Bolo de frutas >4,5 <0,90 Semanas Processo térmico e aw Leite >4,5 >0,95 Dias Cons. Refrigeração Iogurte <4,5 <0,95 Semanas Baixo pH e refrigeração Leite em pó >4,5 <0,90 Meses Baixa aw • Quando temos modificações na atividade de água são relevantes e mostrados na tabela. Prof. Julio Rocha29 Referências • Colestino, S. M. C. (2010). Princípios de Secagem de Alimentos. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, (2176–5081), 50. • Fellows, P. J. Tecnologia do processamento de alimentos: princípios e prática. 2ª Edição, Porto Alegre: Artmed, 2006. Slide 1 Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Introdução Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Atividade de Água Referências
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