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HISTÓRICO DE ALTERAÇÕES Data Versão Descrição Autor 16/03/2016 01.00 Elaboração do documento Luís Carnielo; Dra. Ivanete Minotto 21/01/2021 02.00 Revisão e atualização do documento. Barbara Jenotti; Ivanete Minotto; Thais Sewaybrick LISTA DE APROVADORES Nome Cargo Luis Carnielo Gerente de Imagenologia Dr. Luis Tibana Superintendente Médico SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 9 2 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ................................................................... 9 2.1 Física na Ressonância Magnética .......................................................... 9 2.1.1 Formação de Imagens ......................................................................... 9 3 SEGURANÇA EM RM .............................................................................. 14 3.1 Tipos de Acidentes ................................................................................ 15 3.1.1 Efeito Projétil ...................................................................................... 15 3.1.2 Queimaduras por Acúmulo de Energia (SAR) / Temperatura ............ 17 3.2 Condições da Sala de Exame ............................................................... 18 3.2.1 Como reduzir o SAR? ........................................................................ 18 3.2.2 Queimaduras por Contato .................................................................. 20 3.2.3 Limpeza da Sala, Equipamento, Bobinas e Acessórios ..................... 23 3.2.4 Cuidados com equipamentos e bobinas ............................................ 24 3.2.5 Acidente com Gás Hélio .................................................................... 26 3.2.6 Proteção Contra Incêndio .................................................................. 26 4 SEGURANÇA DO PACIENTE EM RM ..................................................... 27 4.1.1 Ruído Acústico ................................................................................... 27 4.1.2 Tatuagens, Maquiagens e Implantes de Cílios na Ressonância ....... 27 5 CONTRASTE NA RM ............................................................................... 28 5.1 Risco de Fibrose Nefrogênica Sistêmica e Necessidade do Cálculo da Taxa de Filtração Glomerular ......................................................................... 29 5.2 Contraindicações absolutas ao meio de contraste (gadolínio) .............. 31 5.3 Interações Medicamentosas ................................................................. 31 5.4 Intervalo entre Administração de Contraste .......................................... 31 5.5 Utilização Injetora Automatizada de Contraste na RM .......................... 32 5.5.2 Indicações do uso de injetora automatizada de contraste ................. 32 5.5.3 Velocidade de injeção ........................................................................ 33 5.5.4 Considerações importantes antes do uso do contraste IV ................. 33 5.6 Acesso Venoso Central ......................................................................... 33 5.6.1 Resumo das orientações ................................................................... 35 5.7 Acesso Jugular Externa ........................................................................ 35 5.8 Acesso Venoso Periférico Não Recomendado ..................................... 36 5.8.1 Considerações finais após uso de contrastes .................................... 37 6 GESTANTES EM RM ............................................................................... 37 6.1 Realização de Ressonância Magnética sem Contraste IV .................... 37 6.2 Realização de Ressonância Magnética com Contraste IV .................... 38 6.3 Amamentação na RM ........................................................................... 38 7 JEJUM PARA PACIENTES AMBULATORIAIS E INTERNADOS ............ 38 8 ANESTESIA NA RM ................................................................................. 38 9 RESTRIÇÕES .......................................................................................... 39 9.1 Material Metálico na Ressonância Magnética ....................................... 39 9.2 Contraindicações .................................................................................. 40 9.2.1 Contraindicações Absoluta ................................................................ 40 9.2.2 Contraindicações Relativa ................................................................. 41 9.2.3 Sem Contraindicações ....................................................................... 43 10 PROTOCOLOS ..................................................................................... 44 10.1 Neuroradiologia.................................................................................. 44 10.1.1 Crânio Rotina .................................................................................. 44 10.1.2 Crânio MAV .................................................................................... 46 10.1.3 Angiorressonância de Crânio Arterial ............................................. 47 10.1.4 Angiorressonância de Crânio Venosa ............................................ 48 10.1.5 Apneia do sono ............................................................................... 50 10.1.6 Crânio Epilepsia ............................................................................. 51 10.1.7 Crânio Convulsivo .......................................................................... 52 10.1.8 Crânio Esclerose Múltipla ............................................................... 53 10.1.9 Crânio Parkinson ............................................................................ 54 10.1.10 Crânio Degenerativo ....................................................................... 55 10.1.11 Crânio ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica ou Doença do Neurônio Motor) 56 10.1.12 Crânio Chiari ................................................................................... 57 10.1.13 Órbita .............................................................................................. 58 10.1.14 Hipófise Microadenoma .................................................................. 59 10.1.15 Hipófise Macroadenoma/ Craniofaringoma .................................... 60 10.1.16 Face ................................................................................................ 61 10.1.17 Seios da Face ................................................................................. 62 10.1.18 Trigêmeos - Base do Crânio ........................................................... 63 10.1.19 Conduto Auditivo Interno (CAI) ....................................................... 64 10.1.20 Articulação Temporomandibular (ATM) .......................................... 65 10.1.21 Crânio Fluxo Liquórico .................................................................... 66 10.1.22 Crânio Perfusão .............................................................................. 68 10.1.23 Crânio Espectroscopia .................................................................... 70 10.1.24 Crânio Tractografia ......................................................................... 71 10.1.25 Pescoço .......................................................................................... 72 10.1.26 Angiorressonância de Carótidas ..................................................... 73 10.1.27 Coluna cervical ............................................................................... 74 10.1.28 Coluna Cervical com contraste ....................................................... 75 10.1.29 Coluna Torácica Rotina .................................................................. 76 10.1.30 Coluna Torácica com Contraste .....................................................77 10.1.31 Coluna Lombar Rotina .................................................................... 78 10.1.32 Coluna Lombar com Contraste ....................................................... 79 10.1.33 Sacrococcix .................................................................................... 80 10.2 Medicina Interna ................................................................................ 81 10.2.1 Tórax .............................................................................................. 81 10.2.2 Síndrome do desfiladeiro ................................................................ 82 10.2.3 Mamas ............................................................................................ 83 10.2.3.1 Mamas Nódulos e Próteses ........................................................... 83 10.2.3.2 Mamas Nódulos ............................................................................. 84 10.2.3.3 Mamas Próteses ............................................................................ 85 10.2.4 Coração .......................................................................................... 86 10.2.4.1 Coração Viabilidade ....................................................................... 90 10.2.4.2 Coração Viabilidade com Estresse ................................................ 93 10.2.4.3 Coração Displasia .......................................................................... 96 10.2.5 Abdome e pelve .............................................................................. 99 10.2.5.1 Abdome superior .......................................................................... 100 10.2.5.2 Colangiorressonância .................................................................. 102 10.2.5.3 Adrenais ....................................................................................... 104 10.2.5.4 Pelve Feminina Rotina ................................................................. 105 10.2.5.5 Pelve (Placenta Prévia) ................................................................ 107 10.2.5.6 Acretismo Placentário .................................................................. 108 10.2.5.7 Pelve Masculina Rotina ................................................................ 109 10.2.5.8 Pelve Fístula ................................................................................ 110 10.2.5.9 Pelve Próstata .............................................................................. 111 10.2.5.10 Pelve Reto HR ........................................................................... 113 10.2.5.11 Pênis .......................................................................................... 115 10.2.5.12 Bolsa Escrotal ............................................................................ 116 10.2.5.13 Abdome Total Feminino ............................................................. 118 10.2.5.14 Abdome Total Masculino ............................................................ 120 10.2.5.15 Urorressonância ......................................................................... 122 10.2.5.16 Enterorressonância .................................................................... 125 10.2.5.17 Defeco RM ................................................................................. 127 10.2.5.18 Angiorressonância de Artérias Renais ....................................... 129 10.2.5.19 Angiorressonância Abdominal.................................................... 130 10.2.5.20 Angiorressonância de Aorta Ilíacas e Membros Inferiores ......... 131 10.3 Musculoesquelético ......................................................................... 133 10.3.1 Ombro Rotina ............................................................................... 133 10.3.2 Ombro com Metal ......................................................................... 135 10.3.3 Esterno – músculo ........................................................................ 136 10.3.4 Plexo Braquial .............................................................................. 137 10.3.5 Braço ............................................................................................ 139 10.3.6 Cotovelo ....................................................................................... 140 10.3.7 Antebraço ..................................................................................... 142 10.3.8 Punhos ......................................................................................... 143 10.3.9 Mãos ............................................................................................. 145 10.3.10 Dedos ........................................................................................... 146 10.3.11 Parede Torácica ........................................................................... 147 10.3.12 Bacia Rotina ................................................................................. 148 10.3.13 Bacia com Metal ........................................................................... 149 10.3.14 Quadril .......................................................................................... 150 10.3.15 Sacro-ilíacas ................................................................................. 152 10.3.16 Coccix ........................................................................................... 153 10.3.17 Sínfise Púbica ............................................................................... 154 10.3.18 Plexo Lombar ............................................................................... 155 10.3.19 Plexo Sacral ................................................................................. 156 10.3.20 Coxa ............................................................................................. 157 10.3.21 Joelho ........................................................................................... 159 10.3.22 Joelho com Metal ......................................................................... 161 10.3.23 Perna ............................................................................................ 162 10.3.24 Pé ................................................................................................. 164 10.3.25 Antepé .......................................................................................... 165 10.3.26 Médiopé ........................................................................................ 167 10.3.27 Tornozelo/Retropé ........................................................................ 168 10.3.28 Angiorressonância de Membros Inferiores ................................... 170 11 ANEXOS ............................................................................................. 171 11.1 Equipamentos FIDI .......................................................................... 171 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1 - Spin Magnético .............................................................................. 10 Figura 2 – Exemplo de imagens ponderadas ................................................. 13 Figura 3 - Espectroscopia .............................................................................. 14 Figura 4 - Linha de 5 Gauss ........................................................................... 15 Figura 5 – Níveis de SAR ............................................................................... 17 Figura 6 – Posicionamento com separadores ................................................ 20 Figura 7 – Posicionamento do paciente ......................................................... 21 Figura 8 - Posicionamento correto de cabos ................................................. 21 Figura 9 – Posicionamento corretos de cabos ............................................... 22 Figura 10 – Posicionamentocom separador .................................................. 22 Figura 11 - Planejamento de Cortes ............................................................... 86 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 9 1 INTRODUÇÃO Este manual tem a finalidade de proporcionar as informações necessárias para a execução dos exames realizados nos equipamentos de alto campo de 1.5 T. As orientações e características de cada exame são descritas a fim de proporcionar o melhor entendimento do procedimento. 2 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA A ressonância magnética (RM) é um método de diagnóstico por imagem que utiliza ondas de radiofrequência em um forte campo magnético para obter informações detalhadas dos órgãos e tecidos internos do corpo, sem a utilização de radiação ionizante. As primeiras imagens fornecidas por esta técnica foram produzidas há mais de 20 anos e desde então vem ocorrendo um crescimento no desenvolvimento e comercialização de produtos e softwares, que resultaram em exames com imagens de alta resolução anatômica. O método apresenta grande potencial diagnóstico, poucos efeitos deletérios e muitos benefícios por fornecer informações precisas em qualquer plano anatômico com bom contraste e resolução espacial. 2.1 Física na Ressonância Magnética 2.1.1 Formação de Imagens Na técnica de ressonância magnética aplicada à medicina trabalha-se principalmente com as propriedades magnéticas do núcleo de hidrogênio (H+), que é o menor núcleo que existe e consta de um próton. O próton tem carga positiva, e devido ao movimento giratório deste em torno do seu próprio eixo, gera-se um pequeno campo magnético, isto é, para cada próton temos também o que chamamos de um spin magnético. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 10 Como descrito acima, a imagem de ressonância magnética baseia-se no sinal proporcionado pelo núcleo de hidrogênio por duas razões: ▪ o sinal magnético do seu núcleo é bem superior ao de outros núcleos magnéticos. ▪ é o átomo mais abundante no corpo humano, devido à sua alta concentração da água. No corpo humano temos milhões e milhões de prótons. Quando os prótons não se encontram sob a influência de nenhum campo magnético exterior, o spin magnético de cada um deles está apontando para uma direção diferente, de maneira que a soma vetorial de todos eles são iguais a zero. Figura 1 - Spin Magnético Para a obtenção de imagens pelo método, o paciente é submetido a um forte campo magnético (B0), gerado pela corrente elétrica de um supercondutor, continuamente refrigerado por uma temperatura de até 4K (Kelvin), por meio de hélio líquido, a fim de manter as características supercondutoras do magneto. O campo magnético é maior e mais homogêneo no centro do magneto, onde o paciente será posicionado, mas não devemos esquecer que também existe um campo magnético externo, o suficientemente forte para causar acidentes. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 11 Após o paciente ser exposto ao campo magnético, os spins alinham-se em paralelo ou antiparalelo ao B0. Para que os prótons sejam orientados em antiparalelo ao B0, é necessário apresentar maior energia potencial. Por isso, no estado de equilíbrio, temos um pequeno número de spins em paralelo ao B0. O movimento realizado pelo próton é denominado precessão, cujo movimento consiste na mudança de eixo de rotação de um objeto. A velocidade deste movimento pode ser caracterizada através da frequência de precessão do próton (o), que representa o número de vezes que o próton realiza o movimento de precessão por segundo. Esta frequência não é constante, ela depende diretamente da intensidade do campo magnético onde o próton se encontra. A equação de Larmor permite calcular a frequência de precessão, sendo a equação representada por: o = . B0. No qual é a constante giromagnética e B0 é a intensidade do campo magnético externo (em tesla). Por exemplo, em um campo magnético de 1.5T a frequência de precessão é aproximadamente 63 MHz, isto é, o spin dá 63 milhões de voltas em torno do B0 por segundo. Embora exista uma magnetização diferente de zero, ela ainda não pode ser medida, para isso precisamos deslocar a magnetização para um eixo perpendicular ao B0, o qual chamamos de eixo transversal (xy). Para passar a magnetização do eixo longitudinal (z) ao transversal, precisamos emitir uma onda eletromagnética da mesma frequência que , o que chamamos de onda de radiofrequência (RF) com campo magnético de B1 (que corresponde à amplitude da onda) e perpendicular ao B0. Como a frequência do B1 corresponde a temos o que se descreve classicamente como efeito de ressonância, no qual o B0 é anulado e a magnetização somente sofre o efeito do B1 e com isso, passa a fazer um movimento de precessão em torno de B1, no eixo transversal, sem deixar de girar em torno de B0. Quando a magnetização estiver sobre o eixo transversal, a onda de RF é desligada e podemos começar medir a magnetização com o receptor neste eixo. O que nosso receptor registra é uma voltagem induzida pelo movimento de precessão da magnetização transversal em torno ao B0, que oscila com e cuja amplitude vai diminuindo exponencialmente. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 12 Este sinal é o que se chama de free induction decay (FID) ou decaimento de indução livre (DIL). A amplitude do FID diminui com o tempo por causa do processo de relaxamento, que é o mecanismo pelo qual a magnetização vai retornar lentamente ao estado inicial de equilíbrio. A velocidade do retorno ao estado de equilíbrio varia de acordo com o tipo de tecido. Lembre-se que no estado de equilíbrio o vetor de magnetização total está apontando na direção z do campo magnético externo B0 e não há nenhum componente de magnetização transversal. O processo de relaxamento pode ser distinguido através de dois tipos: relaxamento longitudinal e relaxamento transversal, os quais são descritos pelas constantes de tempo T1 e T2, respectivamente. Quanto mais longo o T1 e o T2 mais tempo demora o processo de relaxamento. T2 é sempre menor (ou igual) a T1, isto é, para retornarem aos seus valores iniciais, a magnetização transversal decresce mais rapidamente do que a magnetização longitudinal. O valor de T1 e T2 depende da intensidade das interações entre os spins magnéticos e da frequência com que estas interações estão sendo moduladas. Pode se falar que T1 e T2 dependem das propriedades moleculares de cada tecido, e assim podemos diferenciar a gordura, a substância branca, a substância cinzenta, o edema ou o líquor através de seus diferentes tempos de relaxamento, já que T1 e T2 aumentam nesta ordem. Na hora de registrar o “FID” nós podemos escolher certos parâmetros que vão determinar se o contraste da imagem final vai ser ponderado em T1, T2 ou densidade de prótons (DP). Na imagem com ponderação em T1, os tecidos com tempo de repetição longo aparecem com hipossinal e tecidos com tempo curto com hipersinal. Na imagem ponderada em T2, os tecidos apresentam tempo curto com hipossinal e tecidos com tempo longo aparecem com hipersinal. Na imagem ponderada em DP, o T1 e T2 é minimizado de tal maneira que o contraste final da imagem representa a densidade de prótons no tecido. Por isso, em lugares onde temos acúmulo de água (por exemplo, em edemas) podemos observar hipersinal. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 13 Na RM é possível utilizar contraste paramagnético, em geral derivados de gadolínio, cuja função é diminuir os tempos de relaxamentodos tecidos com os quais entram em contato. Os elétrons do gadolínio podem interagir intensamente com os spins magnéticos dos nossos prótons, fazendo com que relaxem rapidamente, ou seja, reduz o T1 e T2 dos nossos tecidos. Por isso, se obtivemos imagens ponderadas em T1 após injeção do contraste, podemos observar hipersinal nas regiões onde o contraste paramagnético percorre, por exemplo no cérebro, nas regiões onde temos quebra de barreira hematoencefálica. A seguir podemos observar exemplos de imagens ponderadas em T2, FLAIR e T1 pré e pós contraste paramagnético. Figura 2 – Exemplo de imagens ponderadas T1 pré T1 pós T2 Flair Além destas imagens morfológicas, também é possível adquirir imagens pesadas em fluxo (angiografias), difusão, perfusão ou imagens funcionais (através das quais pode se estudar a ativação cerebral). Outra aplicação da RM é a espectroscopia que representa uma análise bioquímica do tecido “in vivo” (conforme imagem abaixo). Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 14 Figura 3 – Espectroscopia ] 3 SEGURANÇA EM RM Os incidentes e acidentes relacionados a este tipo de método têm aumentado exponencialmente, isto se deve a vários fatores como o aumento de potência dos campos magnéticos, das bobinas de gradiente e do aumento no número de canais das bobinas. A maioria dos acidentes decorrem do aparente descumprimento de princípios de segurança ou do uso de informações equivocadas e desatualizadas, principalmente no que diz respeito aos diversos tipos de metais e aparelhos implantáveis. Devemos nos atentar aos riscos e acidentes relacionados a atração exercida pelo magneto sobre materiais ferrosos, as queimaduras provocadas por acúmulo de energia (SAR) e aos critérios de utilização do contraste a base de Gadolínio. Desta forma é necessário um minucioso rastreamento a respeito dos aspectos de segurança, através do correto preenchimento dos questionários, da sinalização do ambiente de trabalho, da utilização dos equipamentos de segurança, do correto posicionamento dos pacientes, do treinamento dos profissionais envolvidos na operação do serviço e do conhecimento da natureza dos aparelhos e materiais cirúrgicos, compatíveis com o método. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 15 3.1 Tipos de Acidentes 3.1.1 Efeito Projétil Grande parte dos acidentes ocorridos com equipamentos de ressonância magnética está relacionada ao chamado “efeito projétil”, ou seja, à atração exercida pelo magneto sobre materiais ferrosos. O campo magnético produzido por um equipamento de ressonância magnética é cerca de 30.000 vezes maior do que o da Terra (isto é válido para magnetos de 1,5 Teslas). Este campo magnético atrai objetos ferromagnéticos com uma força diretamente proporcional à sua massa, ou seja, quando maior o objeto, maior a força de atração. Muito embora a força de atração exercida pelo magneto seja muito grande, este campo é restrito às proximidades do equipamento. Uma potência de campo considerada segura para marcapassos, desfibriladores, clipes de aneurisma e outros dispositivos implantáveis é de 5 Gauss (1Tesla = 10.000 gauss), portanto, é de extrema importância que você saiba a que distância do magneto se encontra a “linha de 5 gauss” do seu equipamento. O esquema a seguir exemplifica como se comportam as linhas de atração e mostra a posição da linha de 5 gauss de um magneto típico de 1,5 Tesla. Figura 4 - Linha de 5 Gauss É importante observar que esta linha pode variar de posição de uma instalação para outra, mesmo para magnetos de mesma potência e do mesmo fabricante. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 16 Consulte o projeto de instalação para conhecer melhor o seu equipamento. Os cuidados com a força de atração do campo magnético devem ser os seguintes: ▪ Trocar a roupa de todos os pacientes por vestimenta adequada; ▪ Retirar todos os acessórios (brincos, pulseiras, relógios, piercings etc.) do paciente/acompanhante; ▪ Não permitir que macas, cadeiras de roda e cilindro de oxigênio não compatíveis com ressonância permaneçam no setor. Caso não seja possível, identificar de modo bem visível os itens que não forem compatíveis; ▪ Não permitir tesouras, bisturis ou outros objetos perfuro cortantes de metal no setor, mesmo fora da sala de exames; ▪ Os extintores de incêndio, mesmo que fiquem fora da sala de exames, devem ser compatíveis com ressonância; ▪ Os laringoscópios e outros materiais de intubação e/ou emergência também devem ser compatíveis com ressonância; ▪ Deve ser elaborado um checklist (preenchimento e assinatura do questionário de segurança por todos os colaboradores envolvidos no procedimento) para ser efetuado com todos os pacientes e acompanhantes imediatamente antes de entrarem na sala de exames; ▪ Toda equipe que trabalha no setor (enfermagem, manutenção, limpeza, CIPA, bombeiros e médicos) deve ser treinada e mantida atualizada; ▪ O acesso ao setor de ressonância magnética deve ser sempre controlado e supervisionado; ▪ A sinalização deve ser sempre mantida em lugar visível; ▪ Caso aconteça um acidente com material de grande massa (maca, torpedo, enceradeira etc.), não envolvendo risco de vida, não tente retirar o objeto. Entre em contato com a supervisão técnica imediatamente. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 17 ▪ Em caso de incêndio ou acidentes com material de grande massa, que envolvam risco de vida, o botão de quench (localizado dentro da sala de comando) deverá ser acionado imediatamente; ▪ A responsabilidade por permitir ou não o acesso à sala de exames é do operador, portanto, este deve assegurar-se de que todos os procedimentos de segurança foram seguidos; 3.1.2 Queimaduras por Acúmulo de Energia (SAR) / Temperatura O SAR (specific absorption rate) é definido como sendo a potência de radiofrequência absorvida por unidade de massa por um objeto (ou corpo) e é medido em Watts por quilograma (W/kg). O SAR pode ser entendido como o potencial de aquecimento de um tecido por deposição de rádio frequência (RF). A falta de homogeneidade do campo de RF leva a uma deposição também não homogênea do SAR, o que faz com que diferentes valores máximos permitidos sejam definidos para cada parte do corpo. Os níveis permitidos pelo FDA são divididos em três modos de operação conforme a intensidade e diversos subgrupos baseados na região anatômica: Figura 5 – Níveis de SAR Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 18 O depósito exagerado de SAR em um determinado tecido pode levar a queimaduras graves. A fim de evitar estes efeitos, os equipamentos de ressonância magnética possuem alguns recursos automatizados que impedem que os limites máximos sejam ultrapassados, porém, em algumas condições especiais, mesmo estes limites já são demasiadamente elevados (ex.: pacientes com febre ou anestesiados; obesos; mau funcionamento do sistema de ar condicionado; etc.). 3.2 Condições da Sala de Exame Alguns cuidados devem ser tomados em relação a temperatura e umidade da sala: ▪ Manter a temperatura da sala entre 18 ºC e 22 ºC e a umidade entre 40% e 60%; ▪ Não utilizar cobertores; ▪ Deixar o sistema de ventilação do gantry sempre ligado; 3.2.1 Como reduzir o SAR? Durante o manuseio dos parâmetros técnicos de uma sequência, é possível controlar o nível de SAR através de diversos recursos. Os parâmetros que influenciam no SAR são: a) Tempo de repetição TR Conforme já vimos, o SAR éo valor que representa a quantidade de radiofrequência que um corpo absorve e que esta energia se transforma em calor; portanto, com um incremento nos valores de tempo de repetição, este corpo terá Caso a temperatura da sala chegue em 27 graus e a umidade alcance 70%, a rotina deve ser interrompida até a normalização dos valores. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 19 intervalos maiores entre os pulsos de RF dissipando esta energia, resultando em uma menor quantidade de calor acumulado. b) Número de cortes Se um menor número de cortes for feito, menos pulsos de radiofrequência serão aplicados, reduzindo o valor do SAR. c) Flip Angle É o ângulo aplicado ao vetor de magnetização pelo pulso de RF durante a excitação dos prótons. Valores maiores de flip angle, necessitam de maior energia para vencer o alinhamento ao campo principal. O valor usualmente utilizado nas sequências SE e TSE é 90º, porém em algumas circunstâncias especiais este valor pode ser alterado; estas mudanças levam a alterações no contraste das imagens e na relação entre sinal vs ruído (SNR). d) Fator Turbo Nas sequências TSE (turbo spin echo) além do pulso de excitação de 90º são aplicados “n” pulsos de 180º (sendo n = fator turbo). Para levarmos os spins para um alinhamento antiparalelo, a quantidade de energia que deve ser aplicada é muito maior do que a necessária para levá-los a uma posição de 90º, portanto, através da redução do número de “fator turbo” também se reduz o SAR. e) Banda de Saturação A utilização de bandas de saturação (REST) aumentará a quantidade de energia transmitida ao paciente, elevando o nível de SAR, especialmente em equipamentos de 3,0T, onde o sinal intrínseco é bastante elevado e para anulá-lo é necessário um pulso de intensidade maior. Portanto, somente devemos utilizar bandas de saturação quando estas forem absolutamente necessárias. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 20 3.2.2 Queimaduras por Contato Este é o tipo de acidente mais frequente nos serviços de ressonância magnética. Isso se deve ao significativo aumento de potência dos gradientes e o consequente aumento da corrente que passa pelos cabos. Qualquer material condutivo (cabos das bobinas ou mesmo a pele do paciente) pode gerar corrente elétrica quando a bobina de gradientes (campo de b1) começa a trabalhar. O princípio de funcionamento é o mesmo do alternador de um carro: um campo magnético que se move ao redor de condutores elétricos gera uma corrente elétrica e no caso do corpo humano, esta corrente gera calor ao encontrar a resistividade da pele. O SAR não tem relação direta com este tipo de queimadura, portanto, de nada adianta reduzir os níveis de radiofrequência de um exame se o paciente estiver posicionado de modo errado. Os seguintes cuidados devem SEMPRE ser seguidos: ▪ O paciente não deve nunca manter contato direto com os cabos das bobinas, do VCG, ou qualquer outro dispositivo conectado no equipamento da Ressonância Magnética ou dos equipamentos de sedação. ▪ Ao posicionar o paciente utilize sempre espumas ou separadores conforme ilustrações abaixo: Figura 6 – Posicionamento com separadores Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 21 ▪ O paciente deve ser posicionado de modo que não mantenha contato pele; Figura 7 – Posicionamento do paciente ▪ Não permita que os cabos fiquem encostados na bobina de corpo (Q- body) Figura 8 - Posicionamento correto de cabos ▪ Os cabos nunca podem formar um arco (loop) Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 22 Figura 9 – Posicionamento corretos de cabos ▪ A pele do paciente não deve entrar em contato direto com a bobina (especialmente a Q-body), para este fim existem diversos tipos de espumas e separadores. Figura 10 – Posicionamento com separador ▪ Nunca utilize nenhum equipamento cujo cabo ou seu isolamento estejam danificados. ▪ Nunca utilize combinações de bobinas que não estejam previstas no manual do equipamento. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 23 3.2.3 Limpeza da Sala, Equipamento, Bobinas e Acessórios Após atendimento de casos que exijam precaução de contato e/ou respiratório, deverá ser feita uma limpeza terminal na sala, que deverá ser feita pela equipe de higienização dedicada ao setor. Após atendimentos de pacientes que não ofereçam nenhum risco de contaminação, deverá ser feita uma limpeza concorrente. Para limpeza da mesa de exames, superfícies, equipamento e campainha, devemos utilizar um pano macio, umedecido em quaternário de amônio (Lapseptic®). Caso o desinfetante seja em spray, NUNCA borrifar direto na superfície a ser limpa e não adentrar com a embalagem dentro do campo magnético, pois o vapor pode causar incêndio, lesões corporais e até mesmo danos ao equipamento, como corrosão. Para a limpeza de colchonetes, sacos de areia e almofadas, devemos seguir a mesma orientação acima, porém, só reutilizá-los quando estiverem completamente secos. A limpeza de bobinas exige cuidados especiais: 1º) desconectar a bobina do equipamento; 2º) apoiar a bobina em uma superfície estável, como a mesa de exames. Evitar retirar a bobina da sala de exames, para minimizar o risco de quedas e contaminação ao ambiente externo; 3º) utilizar um pano macio, umedecido em quaternário de amônio (LabSeptic®); 4º) limpar toda a superfície da bobina, com exceção de pinos e conectores; para a limpeza das superfícies internas, utilizar a parte do pano que ainda não foi umedecida; 5º) NUNCA borrifar a solução diretamente na bobina! Elas possuem componentes eletrônicos sensíveis que podem ser danificados. 6º) Utilize um pano seco e macio para retirar o excesso de produto – a bobina só deverá ser reutilizada quando estiver completamente seca. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 24 IMPORTANTE: observar os cuidados relacionados à segurança no ambiente da ressonância magnética no que se refere à proibição de entrada de objetos incompatíveis com o campo magnético. Somente pessoas autorizadas e treinadas devem atuar no local, incluindo profissionais de limpeza e manutenção. Para a limpeza de colchonetes, sacos de areia e almofadas, devemos seguir a mesma orientação acima, porém, só reutilizá-los quando estiverem completamente secos. A limpeza de bobinas exige cuidados especiais: 1º) desconectar a bobina do equipamento; 2º) apoiar a bobina em uma superfície estável, como a mesa de exames. Evitar retirar a bobina da sala de exames, para minimizar o risco de quedas e contaminação ao ambiente externo; 3º) utilizar um pano macio, umedecido em quaternário de amônio (LabSeptic®); 4º) limpar toda a superfície da bobina, com exceção de pinos e conectores; para a limpeza das superfícies internas, utilizar a parte do pano que ainda não foi umedecida; 5º) NUNCA borrifar a solução diretamente na bobina! Elas possuem componentes eletrônicos sensíveis que podem ser danificados. 6º) Utilize um pano seco e macio para retirar o excesso de produto – a bobina só deverá ser reutilizada quando estiver completamente seca. IMPORTANTE: observar os cuidados relacionados à segurança no ambiente da ressonância magnética no que se refere à proibição de entrada de objetos incompatíveis com o campo magnético. Somente pessoas autorizadas e treinadas devem atuar no local, incluindo profissionais de limpeza e manutenção. 3.2.4 Cuidados com equipamentos e bobinas O cuidado com o equipamento e bobinas é uma das atribuições técnicas.Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 25 Em caso de problemas técnicos ou mau funcionamento das bobinas, imediatamente a supervisão deve ser comunicada para abertura de chamado junto ao fabricante. Para evitarmos que falhas, acidentes e quebras sejam evitados, seguem alguns cuidados a serem tomados: ▪ A montagem/desmontagem de bobinas é de responsabilidade técnica, sendo assim, primeiro realize toda a desmontagem, limpeza e guarda da bobina já utilizada antes da colocação da próxima bobina a ser utilizada; ▪ Desconecte os cabos da bobina ao término do exame, antes da retirada da mesa e paciente; ▪ Sempre mantenha os pinos do conector preservados: após o uso da bobina coloque a tampa protetora e a encaixe corretamente; não é recomendado pelos fabricantes que os pinos fiquem expostos a poeira, podendo danificar as conexões; ▪ Em caso de bobinas que possuam duas peças ou mais, sempre verifique se todas as partes estão bem encaixadas, ou as transporte separadamente, sem risco de quedas; ▪ Ao guardar as bobinas nos armários, avalie o sentido em que os cabos estão enrolados e respeite este posicionamento, evitando desta forma o estresse do cabo em sua base; se estiver em sentido horário, evite a guarda no sentido oposto. ▪ Ao realizar o transporte de bobinas grandes e/ou pesadas, evite realizá-lo sozinho (a), visando uma ação ergonomicamente correta; ▪ Para realizar a higienização, nunca retire as bobinas de dentro da sala de exames e sempre as deixe em cima de uma superfície fixa e segura (como e própria mesa de exames); ▪ Nunca higienize as bobinas borrifando ou aplicando o desinfetante diretamente nelas; sempre utilize um pano macio (Perfex®) e não encharcado; ▪ Em caso de trincas, rasgos ou quebra de alguma parte da bobina, comunique imediatamente a supervisão – além de oferecer riscos aos pacientes, pode Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 26 haver uma piora do dano caso seja continuado seu uso sem avaliação técnica do fabricante. 3.2.5 Acidente com Gás Hélio O gás hélio é inerte e não tóxico, porém, está armazenado a uma temperatura muito baixa dentro do magneto e pode causar queimaduras graves caso entre em contato direto com a pele. Por este motivo, nunca tente bloquear a saída do gás hélio no caso de um quench. Um magneto contém cerca de 1650 litros de hélio líquido sob pressão em seu interior. Quando a válvula de alívio é liberada, este líquido evapora e cada litro passa a ocupar cerca de 0.76 metros cúbicos (760 litros), substituindo desta forma parte do ar da sala e podendo asfixiar paciente, acompanhantes ou operadores. Para que isso não ocorra, o sistema é dotado de uma bomba que suga o ar de dentro da sala de exames e o leva até o ambiente externo. O software checa o funcionamento desta bomba a cada instante e bloqueia o sistema caso não exista pressão de sucção suficiente na tubulação de gás (quench pipe) para fora do prédio. Neste caso a equipe de manutenção deverá ser acionada. 3.2.6 Proteção Contra Incêndio Em casos de sinistros em salas de ressonância magnética, devemos atentar para o tipo de extintor adequado a ser utilizado no local. Para estes locais, o extintor de incêndio portátil indicado deve possuir carga de gás halogenado Fe-36 (HFC - 236 fa) de acordo com a norma ABNT NBR 15808 e deve ser fabricado em aço inox. Esse tipo de extintor não danifica equipamentos eletrônicos sensíveis, não contém material ferroso e são aplicáveis para as classes de fogo A, B e C, no entanto, por tratar-se de produto químico, o uso requer conhecimento prévio de seus perigos aos usuários, bem como treinamento para utilização correta do equipamento. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 27 4 SEGURANÇA DO PACIENTE EM RM 4.1.1 Ruído Acústico Os equipamentos de ressonância magnética produzem um ruído acústico bastante forte devido ao chaveamento das bobinas de gradiente. Quanto maior a potência, maior será o ruído. O FDA estipula 140 dB como limite máximo permitido, desde que as pessoas envolvidas estejam utilizando protetores específicos para este fim. As crianças e os pacientes sedados são os mais susceptíveis a danos causados por ruídos elevados, portanto, os cuidados devem ser dobrados com este tipo de pacientes. Existe um recurso de software (Soft Tone) que permite uma redução nos níveis de ruído acústico, porém, não pode ser utilizado com o gradiente em modo “maximum”, sendo necessário a utilização de protetor auditivo (tipo concha, disponibilizado pelo fabricante, ou de silicone). 4.1.2 Tatuagens, Maquiagens e Implantes de Cílios na Ressonância Pacientes com tatuagens ou maquiagem definitiva devem ser orientados sobre possível risco de aquecimento no local e ou distorção do desenho. Deve se evitar a realização de RM nos primeiros 30 dias após a realização da tatuagem ou maquiagem, exceto em casos em que o exame é imprescindível para diagnóstico, tratamentos e condutas rápidas. Em paciente sob anestesia ou rebaixamento do nível de consciência o responsável pelo paciente deve ser orientado sobre os riscos de aquecimento e distorção do desenho. Nestes casos quando a tatuagem for realizada em menos de 30 dias também deve ser avaliado o risco benefício para a realização do exame juntamente com a equipe médica. Sempre solicitar ao paciente ou responsável a assinatura do termo de consentimento de realização de exame em paciente com tatuagem. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 28 Em caso de a tatuagem ser no mesmo local de estudo ou no maior campo magnético, o técnico deve realizar o exame no menor tempo possível, evitando exames múltiplos, e observar a tatuagem entre os intervalos das sequências. Pacientes com cílios postiços (magnéticos ou colados) ou com fios colados fio a fio deverão retirar os mesmos antes de qualquer ressonância magnética. Na impossibilidade de retirada ou recusa do paciente o exame deve ser cancelado ou remarcado. Em casos em que o exame é imprescindível para diagnostico, tratamentos e condutas rápidas (exemplo trauma raquimedular/compressão medular e AVC agudo), primeiramente verificar a possibilidade de retirar os cílios, não sendo possível, realizar o exame somente em cílios colocados fio a fio. 5 CONTRASTE NA RM A utilização do contraste na RM deve seguir alguns critérios de segurança com o objetivo de evitar o surgimento da Fibrose Sistêmica Nefrogênica (FSN) em pacientes com disfunção renal. A Fibrose sistêmica nefrogênica (FSN), também conhecida como dermopatia fibrosante nefrogênica (DFN), é uma condição que pode ocorrer em pacientes com disfunção renal. Além das lesões cutâneas, esta síndrome inclui fibrose de músculo esquelético, articulações, fígado, pulmão, coração e pode ser fatal. Todo paciente com alterações no resultado de creatinina sérica ou com risco de algum grau de insuficiência renal (exemplo: idosos, diabéticos e hipertensos) deve ter sua função renal avaliada através do cálculo do clearance de creatinina, visando à segurança na administração do contraste. O resultado da taxa de filtração glomerular no caso destes pacientes deverá ser avaliado pelo médico responsável para determinação de conduta. O paciente de ambulatório do grupo de risco (paciente com mais de 60 anos, DM, HAS tratada com medicamento e paciente com disfunção renal, insuficiência renal, cirurgia renal), deve apresentar o exame de creatinina com o tempo inferior ou igual a 30 dias. Para pacientes internados, o prazo de exame a ser considerado Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 29 deve ser inferiora 2 dias, utilizar o exame mais recente disponível no prontuário do paciente. Cada caso deverá ser avaliado com a equipe médica. 5.1 Risco de Fibrose Nefrogênica Sistêmica e Necessidade do Cálculo da Taxa de Filtração Glomerular A FSN pode em pacientes com insuficiência renal, cuja taxa de filtração glomerular calculada seja ≤ 30ml/min, envolvendo pacientes em hemodiálise, diálise peritoneal, receptores de transplante renal doença renal crônica avançada e com insuficiência renal aguda sem necessidade de diálise. O tempo de jejum para a administração do meio de contraste é de 02 (duas) horas e o cálculo da dose final de contraste pode ser consultado na tabela em anexo e deverá ser prescrito pelo médico responsável. Para a solicitação de creatinina sérica, é necessário avaliar os critérios abaixo: ▪ Diálise ▪ Transplante de rim ▪ Rim único ▪ Cirurgia renal ▪ Doença renal ▪ História de câncer conhecido envolvendo rim (s) ▪ Proteína na urina ▪ Transplante hepático ▪ Insuficiência hepática ▪ Gota ▪ Hipertensão arterial ▪ Diabetes mellitus ▪ Lúpus eritematoso sistêmico ▪ Mieloma múltiplo ▪ Insuficiência cardíaca congestiva ▪ Idade igual ou superior a 60 anos Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 30 Nos demais pacientes, não é necessária a solicitação da creatinina sérica. A estimativa da filtração glomerular é feita através da seguinte fórmula: [((140-Idade) x Peso (kg)) / (Creatinina Plasmática (em mg/dL) x 72)] Masculino: Valor multiplicado por 1.00 = resultado (mL/min) Feminino: Valor multiplicado por 0.85 = resultado (mL/min) Crianças: para calcular a taxa de função renal em crianças, utilizar a equação Schwartz. Conforme descrito abaixo: TFG (mL / min / 1,73 m 2) = (0,41 × altura*) / creatinina sérica *Altura em cm Do resultado dos cálculos acima serão considerados os valores de clearance: ▪ Maior que 60 = realizar o exame normalmente ▪ Entre 30 e 60 = o exame pode ser realizado, com a menor dose possível de contraste, avaliando o risco benefício ▪ Menor que 30 = não injetar. ▪ Crianças: considerar mesmo critério do adulto, todavia utilizar outra forma para cálculo da TFG. Atenção: Pacientes em tratamento de hemodiálise não devem ser submetidos a injeção de contraste com gadolínio em hipótese alguma. Nota: para maiores informações, consultar o Manual de Proteção Renal - contraste paramagnético. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 31 5.2 Contraindicações absolutas ao meio de contraste (gadolínio) ▪ Taxa de filtração glomerular inferior a 30; ▪ Antecedentes alérgicos graves ao uso de meio de contraste (Ex.: broncoespasmo, edema de glote, parada cardiorrespiratória); ▪ Asma (sempre alinhar com o médico radiologista); ▪ Avaliação de estado clínico atual pelo médico do setor; ▪ Pacientes em tratamento de hemodiálise; ▪ Gestantes. 5.3 Interações Medicamentosas Não é necessário suspender o uso da Metformina para os exames de RM que necessitam de contraste endovenoso. 5.4 Intervalo entre Administração de Contraste ▪ Gadolínio x Gadolínio: Intervalo de 48 horas entre as administrações intravenosas. ▪ Gadolínio x Iodado: Não é necessário intervalo, porém a tomografia com contraste deve ser realizada antes da ressonância com contraste - caso necessário repetir um dos exames, respeitar o prazo de 48 horas para a injeção de contraste. Observação: Em caso da necessidade de repetir o exame com contraste em intervalo menor do que 48 horas, sendo o exame imprescindível ao diagnóstico do paciente, este intervalo pode ser menor desde que a sua taxa de filtração glomerular esteja dentro dos limites da normalidade e/ou avaliados os riscos/benefícios com o médico do paciente. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 32 5.5 Utilização Injetora Automatizada de Contraste na RM O volume de contraste utilizado dependerá do estudo a ser realizado e da marca do contraste utilizado conforme especificado na tabela em anexo. O contraste deve ser prescrito pelo médico responsável. 5.5.1 Cuidados com o acesso venoso X injetora automatizada de contraste ▪ Veia antecubital calibrosa preferencialmente ▪ Cateter compatível com o fluxo de injeção necessário ao protocolo e condição clínica/etária do paciente (22GA, 20GA, 18 GA) ▪ Monitorização no início da injeção pela auxiliar de enfermagem (prevenção de extravasamento de contraste) ▪ NÃO usar veia já cateterizada há mais de 24 horas ▪ NÃO usar butterfly ▪ NÃO usar acesso venoso central ▪ NÃO usar veia da mão, pé ou tornozelo 5.5.2 Indicações do uso de injetora automatizada de contraste ▪ Angioressonância ▪ Estudos dinâmicos (exames de mamas, abdome superior e viabilidade cardíaca) ▪ Perfusões Nota: para maiores informações consultar o Manual de Acesso Venoso para administração de contraste Nota: em unidades que não possuem injetora de contraste na RM, consultar assistente de imagem para orientações sobre a injeção manual nos protocolos acima Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 33 5.5.3 Velocidade de injeção ▪ Injetora automatizada de contraste o Angioressonância: 2 - 3 ml/s o Estudo dinâmico: 2 - 3 ml/s o Perfusão em T1 do crânio: 5 ml/s o Perfusão em T2 do crânio: 5ml/s o Perfusão da próstata: 3 ml/s o Perfusão cardíaca: 3,5 ml/s ▪ Injeção manual o Demais exames sem indicação específica de injetora automatizada de contraste 5.5.4 Considerações importantes antes do uso do contraste IV ▪ Usar a injetora de contraste nos protocolos que tiver indicação para uso e nas situações sinalizadas pelo assistente de imagem. ▪ Nunca administrar contraste em acesso venoso puncionado há mais de 24 horas. ▪ Não usar acesso venoso central. ▪ Não usar acesso jugular externa 5.6 Acesso Venoso Central O uso de acesso venoso central pode ser realizado em casos em que o fabricante do cateter autoriza a sua utilização, como por exemplo cateteres Powers, após seguir todos os cuidados de enfermagem antes da realização do exame. Para os demais casos o uso é reservado somente para situações de urgência onde a necessidade do exame supera os riscos envolvidos no procedimento. Antes do procedimento devem ser observados os seguintes critérios para a utilização do acesso venoso central: Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 34 ▪ Sempre tentar primeiramente um acesso venoso periférico; ▪ O médico solicitante do exame deve assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para uso do acesso venoso central, e o exame deve ter acompanhamento médico. ▪ O setor de origem do paciente deve certificar o correto posicionamento da linha; ▪ Cortes tomográficos preliminares direcionados ou RX simples devem ser realizados para determinação da localização exata da extremidade distal do cateter central. ▪ Antes de realizar a administração do contraste, verificar se o cateter está pérvio, necessário realizar o teste de refluxo venoso; ▪ Nota: O enfermeiro/enfermagem deve saber identificar o tipo de cateter que o paciente possui, e conhecer a forma correta da manipulação deste cateter, evitando danos ao paciente, exemplo: administração de solução de heparina usada na manutenção da via do cateter. ▪ Para reduzir os riscos de infecção, perda do cateter e outros riscos, a FIDI recomenda que a manipulação do cateter central deve ser realizada pela enfermagem do hospital ou profissional capacitado/experiente para manipulação do cateter (médico, enfermagem). ▪ Se o meio de contrastea ser utilizado for o iodado (tomografia), este deve ser previamente aquecido à 37°C com o objetivo de se reduzir a sua viscosidade; ▪ A infusão deve ser feita por bomba injetora com fluxo de até 1,5 ml/s e nos casos de exames angiográficos de até 2,5 ml/s. A pressão máxima da bomba injetora deve ser reduzida para 150 psi (10,3 bar); O setor solicitante deve estar ciente das limitações do uso desta técnica e que a qualidade diagnóstica poderá ser prejudicada, especialmente nos exames angiográficos; ▪ Não utilizar uma velocidade de infusão acima de 1,5 ml/s ou realizar injeção manual do contraste quando possível (pediatria, volumes pequenos de contraste, Port-a-cath). Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 35 5.6.1 Resumo das orientações 1. O uso de cateter venoso central é contraindicado para administração de contraste. 2. Utilizar esta via somente quando a necessidade ou os benefícios superam o risco do seu uso. 3. Seguir todas as orientações de cuidado prévio ao uso do cateter. 4. Sempre consultar o manual do fabricante do cateter para confirmar velocidade e fluxo indicados. 5. Cateteres Powers, Dignity- Medcomp, PowerPort, Picc Power – Bard cujo fabricante autoriza o uso com alto fluxo/ alta pressão a FIDI orienta usar a velocidade máxima de 3,5 ml/s para exames angiográficos e TEP. 6. Demais cateteres cujo fabricante não autoriza o uso com alto fluxo/alta pressão, orienta-se usar velocidade máxima de 2,5 ml/s para exames angiográficos e TEP e 1,5 ml/s para demais exames. 5.7 Acesso Jugular Externa A injeção do meio de contraste intravenoso pela veia jugular externa é a princípio contraindicada. O risco de extravasamento pode ocasionar dissecção de espaços cervicais, síndrome compartimental com risco de morte, hematomas cervicais e extravasamento do contraste para o mediastino. Entretanto, há casos excepcionais em que os pacientes não possuem outro acesso venoso periférico adequado e a necessidade / benefício do exame com contraste supera os riscos acima descritos. Antes do procedimento devem ser observados os seguintes critérios: ▪ Sempre tentar primeiramente um acesso venoso periférico; Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 36 ▪ O médico solicitante do exame deve assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido para uso do acesso venoso jugular, e o exame deve ter acompanhamento médico. ▪ O setor de origem do paciente deve certificar o correto posicionamento da linha; ▪ Antes de realizar a administração do contraste, verificar se o cateter está pérvio, sendo necessário realizar o teste de refluxo venoso; ▪ Se o meio de contraste a ser utilizado for o iodado (tomografia), este deve ser previamente aquecido à 37°C com o objetivo de se reduzir a sua viscosidade; ▪ A infusão deve ser feita por bomba injetora com fluxo de até 1,5 ml/s e nos casos de exames angiográficos de até 2,5 ml/s. A pressão máxima da bomba injetora deve ser reduzida para 150 psi (10,3 bar); O setor solicitante deve estar ciente das limitações do uso desta técnica e que a qualidade diagnóstica poderá ser prejudicada, especialmente nos exames angiográficos; ▪ Com o protocolo acima descrito, os riscos decorrentes do uso de cateter de veia jugular externa para a infusão do meio de contraste devem ser conhecidos e autorizados pelo médico responsável do setor de origem (com assinatura de termo de autorização de procedimento com riscos conhecidos); Para maiores informações, consultar o Manual de Acesso Venoso. 5.8 Acesso Venoso Periférico Não Recomendado Para exame que o paciente possua acesso venoso periférico não recomendado para meio de contraste (acesso anômalo, exemplo: cerebral) é Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 37 necessário a autorização do médico solicitante e assinatura do “termo de consentimento médico livre e esclarecido para administração de contraste via acesso venoso periférico não recomendados para meios de contraste” O uso é reservado somente para situações de urgência onde a necessidade do exame supera os riscos envolvidos no procedimento e não está disponível outro acesso venoso periférico, preferencialmente puncionados nos membros superiores. Nesses casos, deve ser realizado o teste do refluxo venoso, injeção de solução salina através do cateter para verificar a presença de obstrução e desconforto do paciente. A administração do contraste deve obedecer à taxa de fluxo máxima de 1,5ml/s, a fim de evitar o extravasamento de contraste na região. 5.8.1 Considerações finais após uso de contrastes ▪ Verificar o estado geral do paciente ▪ Manter em observação na sala de recuperação por 30 minutos após a injeção. ▪ Dar alta ao paciente após anamnese, com orientações gerais. 6 GESTANTES EM RM 6.1 Realização de Ressonância Magnética sem Contraste IV Em caso da necessidade de realização de ressonância magnética no primeiro trimestre de gravidez, a paciente deverá trazer carta do médico solicitante explicando a necessidade do exame e se ele preenche todos os seguintes critérios: 1) as informações diagnósticas não podem ser obtidas através de outro método diagnóstico (exemplo ultrassom); 2) a realização da RM é fundamental para a saúde materno-fetal; 3) o exame não pode ser adiado para o segundo trimestre. Exames de RM no segundo e terceiro trimestres podem ser realizados normalmente sem a administração de contraste endovenoso. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 38 6.2 Realização de Ressonância Magnética com Contraste IV Não deve ser administrado o contraste IV em gestantes em qualquer idade gestacional. Em situações em que há risco de vida materna ou em que o exame é indispensável para o diagnóstico de patologia materna, sendo o uso de contraste imprescindível, deve-se conversar com o médico solicitante sobre os riscos e benefícios e obter termos de consentimento do médico solicitante e da paciente ou responsável assinados. Levar em consideração os itens abaixo: ▪ O resultado do exame altera conduta materno-fetal? ▪ A realização do exame não pode esperar o pós-parto? ▪ O diagnostico não pode ser conclusivo sem contraste? 6.3 Amamentação na RM A literatura atual define que é seguro para a mãe e lactente manter a amamentação mesmo depois de realizar estudo com contraste, pois a quantidade de contraste excretada no leite materno é muito pequena. 7 JEJUM PARA PACIENTES AMBULATORIAIS E INTERNADOS Jejum necessário para realização do exame de abdome e pelve: Mínimo de 4 horas, para os demais exames Mínimo de 2 horas, exceto para exames com sedação (ver item 8). 8 ANESTESIA NA RM Para a realização dos exames em pacientes sedados devemos redobrar a atenção em virtude da incomunicabilidade do mesmo, observando com mais critérios os aspectos de segurança envolvidos no método, limitando o tempo de realização do Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 39 procedimento em 2 horas, minimizando desta forma o risco de queimaduras por excesso de SAR. Deve-se sempre programar a realização dos exames para que sejam feitos de forma completa, respeitando as recomendações descritas acima para evitar a necessidade de nova anestesia. O procedimento de anestesia exige um tempo de jejum maior para reduzir riscos relacionados à broncoaspiração. Na FIDI o tempo de jejum preconizado para RM sob sedação: ▪ Lactentes: 4 horas de jejum para leite materno e 6 horas de jejum para leite não humanos e fórmulas; ▪ Não lactentes, crianças e adolescentes: 8 horas de jejum; ▪ Adulto: 8 horas dejejum e 2 horas para jejum de água. Durante toda a execução do exame a equipe de enfermagem e o anestesiologista devem permanecer na sala de comando acompanhando o paciente de forma que enxergue monitores com parâmetros vitais do paciente permitindo assistência imediata em caso de descompensação clínica ou intercorrências diversas. 9 RESTRIÇÕES 9.1 Material Metálico na Ressonância Magnética Na ausência de informações a respeito do material utilizado, sempre solicitar carta do médico solicitante antes da realização do exame. Abaixo seguem listas resumidas dos dispositivos e implantes que podem ser corriqueiramente encontrados na prática médica com suas respectivas recomendações a respeito da compatibilidade com o campo magnético As dúvidas relativas à compatibilidade do material ou acessórios na RM, podem ser discutidas com os médicos radiologistas da FIDI e consultadas nas especificações do fabricante. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 40 9.2 Contraindicações 9.2.1 Contraindicações Absoluta Em caso de dúvida consultar: http://www.mrisafety.com/TMDL_list.php ▪ Marcapasso (Cardíaco e outros); ▪ Cápsula endoscópica e monitor de medida de ph (phmetria); ▪ Cateter de Swan-Ganz ou cateter com eletrodos ou dispositivo eletrônico; ▪ Clamp carotídeo; ▪ Clipes de aneurisma cerebral ferromagnético (antes de 1995 todos são contraindicados) e os modelos em aço inox 17-7PH e 405; após 1995 somente com carta do médico solicitante informando material e compatibilidade com RM); ▪ Desfibrilador implantável; ▪ Fios Guias intravascular; ▪ Fios metálicos de localização pré cirúrgica; ▪ Halos Cranianos; ▪ Holter; ▪ Monitor de PIC (pressão intracraniana); ▪ Prótese coclear metálica, implantes otológicos e aparelhos não removíveis; ▪ Fixadores ortopédicos externos; ▪ Prótese ortopédica unilateral ou bilateral em pacientes sedados ou com rebaixamento do nível de consciência; ▪ Cânula de traqueostomia metálica. ▪ Aparelho de infusão interno ou externo (medicamento, insulina, neuroestimulador) ▪ Filtro de veia cava (Zenith AAA) ▪ http://www.mrisafety.com/TMDL_list.php Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 41 9.2.2 Contraindicações Relativa ▪ Pulseiras de identificação o Conduta: devem ser retiradas antes do exame e recolocadas após o término do exame pela equipe do hospital para a realização do exame. ▪ Expansor mamário o Conduta: desde que feita a consulta no manual de especificações do fabricante e/ou carta declarando compatibilidade com ressonância. ▪ Gestante o Conduta: consultar item 6 do manual. ▪ Implantes de aparelhos oculares o Conduta: desde que feita a consulta no manual de especificações do fabricante e/ou carta declarando compatibilidade com ressonância. ▪ Válvula mitral metálica o Conduta: o exame pode ser realizado desde que em aparelho de até 1,5T. ▪ Prótese peniana o Conduta: desde que feita a consulta no manual de especificações do fabricante e/ou carta declarando compatibilidade com ressonância. ▪ Prótese ortopédica o Conduta: Contraindicadas em caso de exames com sedação ou paciente confuso não contactuantes. ▪ Projétil arma de fogo. o Conduta: consultar radiologista ou médico responsável pelo paciente e solicitar RX/scout prévios ao exame para afastar proximidade de estruturas e/ou vasos importantes. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 42 Em caso de dúvida consultar: http://www.mrisafety.com/TMDL_list.php ▪ Fragmento metálico ou corpo estranho. o Conduta: consultar radiologista ou médico responsável pelo paciente e solicitar RX/scout prévios ao exame para afastar proximidade de estruturas e/ou vasos importantes. ▪ Fio guia metálico de localização pré cirúrgica mamária (exceto compatível) o Conduta: desde que feita a consulta no manual de especificações do fabricante e/ou carta declarando compatibilidade com ressonância. ▪ Tatuagem e Maquiagem permanente o Deve se evitar a realização de RM nos primeiros 30 dias após a realização da tatuagem ou maquiagem, exceto em casos em que o exame é imprescindível para diagnóstico, tratamentos e condutas rápidas. ▪ Implante de Cílios Pacientes com cílios postiços (magnéticos ou colados) ou com fios colados fio a fio deverão retirar os mesmos antes de qualquer ressonância magnética. Na impossibilidade de retirada ou recusa do paciente o exame deve ser cancelado ou remarcado http://www.mrisafety.com/TMDL_list.php Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 43 9.2.3 Sem Contraindicações Em caso de dúvida consultar: http://www.mrisafety.com/TMDL_list.php ▪ Cateter implantado (conhecido como: port-o-cath, Hickman e gabiport), exceto Swan-Ganz ou com eletrodos; ▪ Aparelhos ortodônticos; ▪ Cateteres urinários ¨duplo J¨; ▪ Diafragma contraceptivo; ▪ DIU e oclusor tubário ¨Essure¨; ▪ Esternorrafia inclusive em exames com anestesia; ▪ Material de osteossíntese (fixação) de craniotomia; ▪ Implantes dentários; ▪ Próteses internas ortopédicas independente do tempo de instalação do material, exceto em pacientes sedados ou inconscientes; ▪ Válvula cardíaca biológica (exemplo: Amplatzer®); ▪ Stent cardíaco; ▪ Molas de embolização. http://www.mrisafety.com/TMDL_list.php Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 44 10 PROTOCOLOS 10.1 Neuroradiologia 10.1.1 Crânio Rotina Nos exames de rotina de crânio, independente da clínica do paciente, deve-se realizar as sequências T1, T2, Flair, T2 Gradiente ou SWI e Difusão. Na difusão faz-se necessário gerar o mapa ADC e, no caso de haver imagem compatível com infartos agudos, caracterizados por restrição a difusão das moléculas de água, comunicar a equipe médica de plantão. Para evidenciar sinais de degradação da hemoglobina, utilizamos a sequência SWI ou T2 Gradiente nos casos abaixo: a) TCE independente do tempo da ocorrência; b) Pós-operatório c) Infartos cerebrais recentes para diferenciação e caracterização de etiologia isquêmica ou hemorrágica. d) Doença degenerativa, buscando caracterizar angiopatia amiloide pela presença de hemossiderina. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 200 20 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX FAT T2 5 mm 220 23 COR T2 5 mm 220 23 X AX SWI ou GRE 2 mm 220 120 SAG 3D CRÂNIO T1 1 mm 220 120 X Cefaléia, trauma, malformações, doenças vasculares (AVC) e etc. Abrangendo toda a região do encéfalo, incluindo toda a extensão do cerebelo. CONTRASTE SE NECESSÁRIO Observação: ▪ Reformatar a sequência sagital 3D pós nos planos coronal e axial Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 45 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 46 10.1.2 Crânio MAV As malformações arteriovenosas (MAV´s) são um grupo heterogêneo de anomalias vasculares do cérebro ligadas ao desenvolvimento. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 200 20 X AX FLAIR 5 mm 22023 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX FAT T2 5 mm 220 23 COR T2 5 mm 220 23 X AX SWI 2 mm 220 120 CONTRASTE SAG 3D CRÂNIO T1 1 mm 220 120 X MAV Abrangendo toda a região do encéfalo, sem cortar a região do cerebelo Programação Observação: ▪ Não realizar angiorressonância sem solicitação médica. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 47 10.1.3 Angiorressonância de Crânio Arterial Neste exame a principal sequência realizada é a 3D TOF. A programação deve iniciar acima das artérias pericalosas e terminar na base de C1. Após a aquisição realizar as reconstruções angiográficas separando as carótidas e a basilar. Enviar o exame completo para o PACS. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX FLAIR 5 mm 200 23 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX 3D TOF 2 mm 200 160 X Lesões vasculares, Aneurisma, MAV Abrangendo toda a região do encéfalo Programação Observação: ▪ Se o pedido médico for apenas Angio RM de Crânio, não especificando se é arterial ou venoso e o HD for inconclusivo, deve realizar apenas Angio RM Arterial. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 48 10.1.4 Angiorressonância de Crânio Venosa Este protocolo deve ser realizado quando há suspeita de trombose venosa, DVA ou quando o médico solicitar somente angiorressonância venosa. Realiza-se a sequência Sagital 3D como máscara e repete- se esta sequência 30 segundos após injeção do contraste. Processam-se a subtração e as reconstruções angiográficas. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 220 20 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX SWI 2 mm 220 30 SAG PRÉ FFE 2 mm 230 183 SAG PÓS FFE 2 mm 230 183 X COR 2D TOF 2 mm 230 183 X SAG 2D TOF 2 mm 230 183 X QUANDO REALIZADO SEM CONTRASTE CONTRASTE Abrangendo toda a região do encéfalo Avaliação dos Vasos, Aneurisma, MAV e Trombose Venosa Programação Observações: ▪ Caso o paciente não autorize a injeção do contraste ou esta for contraindicada, realizar COR e SAG 2D TOF. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 49 Reconstrução Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 50 10.1.5 Apneia do sono Além dos cortes axiais habituais, é importante realizar as sequências dinâmicas nos planos sagital e axial nas áreas de afilamento do canal aéreo ou ao nível do palato e base da língua. As prescrições para o estudo dinâmico do canal aéreo devem ser realizadas tanto em repouso, como durante a realização da manobra de Muller (Inspiração com contenção mecânica por fechamento das vias aéreas superiores). HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T2 5 mm 260 20 X SAG T1 5 mm 260 20 X AX 3D FFE 1 mm 224 180 COR T1 5 mm 260 20 X AX SUP T2 5 mm 19 159 AX INF T2 5 mm 19 150 Apnéia do sono Abrangendo toda a região do encéfalo, sem cortar a região do cerebelo Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 51 10.1.6 Crânio Epilepsia A doença é caracterizada pela ocorrência de crises epilépticas, que se repetem a intervalos variáveis. Essas crises são as manifestações clínicas de uma descarga anormal de neurônios, que são as células que compõem o cérebro. A epilepsia do lobo temporal é a principal causa de epilepsias refratárias e associa-se à atrofia e à esclerose do hipocampo, por este motivo, a sequência de orientação coronal deve ser realizada de forma perpendicular ao plano do lobo temporal, incluindo toda a região do hipocampo. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AXIAL 3D FLAIR - VOLUME 1 mm 220 170 X AXIAL DIFUSÃO 5 mm 220 30 AXIAL FAT T2 5 mm 220 23 AXIAL SWI 2 mm 220 120 COR HIPOCAMPO T2 3 mm 160 20 X AXIAL 3D T1 - VOLUME 1 mm 160 170 X SAG 3D CRÂNIO T1 1 mm 220 120 X Abrangendo toda a região do encéfalo, incluindo toda a região do cerebelo Epilepsia CONTRASTE SOMENTE SE NECESSÁRIO Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 52 10.1.7 Crânio Convulsivo Convulsão é a contratura involuntária da musculatura, que provoca movimentos desordenados. Geralmente é acompanhada pela perda da consciência. As convulsões acontecem quando há a excitação da camada externa do cérebro. A sequência 3D isotrópica deverá ser realizada neste protocolo com a finalidade de se realizar as reformatações em diferentes planos, na menor espessura, para melhor estudo do hipocampo. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 200 20 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX FAT T2 5 mm 220 23 COR T2 5 mm 220 23 X AX SWI 2 mm 220 120 SAG 3D CRÂNIO T1 1 mm 220 120 X Abrangendo toda a região do encéfalo, incluindo toda a região do cerebelo. Crises Convulsivas CONTRASTE Programação Observação: ▪ Independente da injeção do contraste, sempre realizar uma sequência Sagital T1 volumétrica. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 53 10.1.8 Crânio Esclerose Múltipla Neste exame realiza-se a sequência MTC (transferência de magnetização), que aumenta a sensibilidade na detecção de placas de desmielinização na fase aguda, e tem impacto decisivo na abordagem terapêutica da doença. Neste exame, a injeção de contraste deve ser realizada precocemente. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG 3D FLAIR 1 mm 230 250 X AX MTC T1 5 mm 220 23 X AX T2 FINO NA FP 1 mm 220 23 AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX MTC T1 1 mm 220 23 X AX T2 FINO NA FP 1 mm 220 23 AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX MTC T1 1 mm 220 23 X AXIAL 3D T1 1 mm 230 250 X CONTRASTE Esclerose múltipla Abrangendo toda a região do encéfalo, sem cortar a região do cerebelo Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 54 10.1.9 Crânio Parkinson Neste protocolo realiza-se a sequência SE DP/T2 para evidenciar alterações nos núcleos da base. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 200 20 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX T1 5 mm 220 23 COR T2 5 mm 220 23 X AX SWI / GRE 2 mm 220 120 AX DP T2 5 mm 220 23 Histórico com Doença de Parkison Abrangendo toda a região do encéfalo, sem cortar a região do cerebelo Programação Observação: ▪ Se possível, fazer um SWI com 1mm. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 55 10.1.10 Crânio Degenerativo Para pacientes com história de doença degenerativa ou perda de memória, são realizados o protocolo de rotina mais a sequência Cor T2 fino, perpendicular ao plano do lobo temporal. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 200 20 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX FATT2 5 mm 220 23 AX SWI 2 mm 220 120 COR FAT T2 HIPOC 3 mm 220 28 X SAG 3D CRÂNIO T1 1 mm 220 120 X Abrangendo toda a região do encéfalo, sem cortar a região do cerebelo Histórico de doença degenerativa; perda de memória CONTRASTE SE NECESSÁRIO Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 56 10.1.11 Crânio ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica ou Doença do Neurônio Motor) Nessa doença, as células nervosas se quebram, o que reduz a funcionalidade dos músculos aos quais dão suporte. A causa é desconhecida. O principal sintoma é a fraqueza muscular. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 220 20 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX MTC T1 5 mm 220 23 COR T2 2 mm 220 25 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX SWI ou GRE 2 mm 220 25 Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) Abrangendo toda a região do encéfalo,incluindo toda a extensão do cerebelo. Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 57 10.1.12 Crânio Chiari A síndrome de Arnold Chiari consiste em uma malformação rara e congênita do sistema nervoso central localizada na fossa posterior da base cerebral e para estes casos será realizada a sequência Sagital 3D Drive, para um estudo mais detalhado da porção baixa do cerebelo e do tronco cerebral. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 5 mm 200 20 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX T2 5 mm 220 23 COR T2 5 mm 220 23 X AX SWI 2 mm 220 120 AX T1 5 mm 220 23 SAG 3D T2 2 mm 200 20 Síndrome de Chiari Abrangendo toda a região do encéfalo, incluindo toda a extensão do cerebelo e transição crânio- cervical. Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 58 10.1.13 Órbita Orientar o paciente para não movimentar o globo ocular durante o exame para não prejudicar a avaliação da musculatura peri-orbitária. Os cortes axiais devem seguir a angulação no nervo óptico, e os coronais perpendiculares ao mesmo HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T1 3mm 150 16 AX FAT T2 3mm 150 16 COR T1 4 mm 150 20 X COR FAT T2 4 mm 150 20 X CONTRASTE COR FAT T1 4 mm 150 20 X AX FAT T1 3 mm 150 16 X Abcesso Orbital, Distúrbio Visual, Glaucoma, Doença de Graves, Quiasma óptico, Processo Inflamatório/Infeccioso, Tumores e etc. Os cortes axiais devem seguir a angulação no nervo óptico, e os coronais perpendiculares ao mesmo. Programação Observação: ▪ Exame com HD de Neurite, Doença Desmielinizante / Esclerose Múltipla deve ser realizada o AX DIFUSÃO Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 59 10.1.14 Hipófise Microadenoma Neste exame são realizados cortes finos nos planos sagitais e coronais, estes orientados paralelamente ao dorso selar. Realiza-se, ainda, neste exame, a injeção de contraste de forma dinâmica. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 3 mm 100 9 X COR T1 3 mm 100 9 X COR FAT T2 3 mm 100 9 CONTRASTE COR DINÂMICO T1 3 mm 140 6 X SAG T1 3 mm 100 9 COR T1 3 mm 100 9 Microadenoma, Alterações da Prolactina, Doença de Cushing, Acromegalia, GH, Processos Inflamatórios/Infeccios os e Tumores Abrangendo toda região da cavidade selar, seios cavernosos e esfenoidal e cisterna supra-selar Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 60 10.1.15 Hipófise Macroadenoma/ Craniofaringoma Neste exame são realizados cortes finos nos planos sagitais e coronais, estes orientados paralelamente ao dorso selar. Para esta HD não há necessidade do estudo dinâmico, somente realizar este protocolo quando no pedido médico a hipótese diagnostica for macroadenoma. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX CRÂNIO FLAIR 5 mm 220 23 X SAG SELA T1 4 mm 100 12 COR SELA T1 4 mm 100 12 COR SELA T2 4 mm 100 12 X CONTRASTE SAG 3D CRÂNIO T1 1.0 mm 220 160 X COR SELA T1 4 mm 12 100 Macroadenoma e Faringeoma Abrangendo toda região da cavidade selar, seios cavernosos e esfenoidal e cisterna supra-selar Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 61 10.1.16 Face HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 3D 5 mm 150 75 X AX T1 5 mm 150 19 AX FAT T2 5 mm 150 19 X COR FAT T2 5 mm 150 19 CONTRASTE AX FAT T1 5 mm 150 19 X COR FAT T1 5 mm 150 19 Sinusopatia, Desvio de Septo, Glândulas Salivaes, Palato, Língua, Nasofaringe, Processos Inflamatórios/Infeccios os e Tumores Abrange toda a área da face: do seio frontal ao mento Programação Observação: ▪ Nos casos de aparelho ortodôntico ou implantes metálicos substituir a sequência T2 com saturação de gordura pela sequência IR. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 62 10.1.17 Seios da Face HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 3D 5 mm 150 75 X AX T1 5 mm 150 19 AX FAT T2 5 mm 150 19 X COR FAT T2 5 mm 150 19 CONTRASTE AX FAT T1 5 mm 150 19 X COR FAT T1 5 mm 150 19 Sinusopatia, Desvio de Septo, Glândulas Salivaes, Palato, Língua, Nasofaringe, Processos Inflamatórios/Infeccios os e Tumores Abrange desde o seio frontal ao palato Programação Observação: ▪ Nos casos de aparelho ortodôntico ou implantes metálicos substituir a sequência T2 com saturação de gordura pela sequência IR. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 63 10.1.18 Trigêmeos - Base do Crânio HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR FAT T2 3mm 140 12 AX T2 3mm 140 12 AX 3D BALLANCE/CISS/FIESTA 1.1 mm 140 75 X AX T1 3 mm 140 14 X CONTRASTE AX FAT T1 3 mm 140 14 X COR FAT T1 3 mm 140 12 Nevralgia do Trigêmio Abrando toda a raiz dos nervos. Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 64 10.1.19 Conduto Auditivo Interno (CAI) Neste exame são realizados cortes finos e volumétricos com a finalidade de estudar todo o trajeto do nervo-vestíbulo coclear (oitavo par) e ângulo ponto- cerebelar, nos planos axiais e coronais. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX CAI DIFUSÃO 3mm 180 12 AX T2 3mm 140 12 AX 3D BALLANCE/CISS/FIESTA 1.1 mm 140 75 X AX T1 3 mm 140 14 X CONTRASTE AX FAT T1 3 mm 140 14 X COR FAT T1 3 mm 140 12 Colesteatoma, Zumbido, Cisto Epidermóide/Aracnoid e, Vertigem, Neurinoma do acústico, Schwannoma, Estudo do VII e VIII Par Craniano, Síndrome do Vestíbulo Coclear , Processos Inflamatórios/Infeccios os e Tumores. Abragendo toda a região do conduto auditivo interno ProgramaçãoManual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 65 10.1.20 Articulação Temporomandibular (ATM) Realizar cortes sagitais e coronais com a boca fechada e em abertura máxima. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG FECHADO DP 2.5 mm 80 18 X SAG FAT FECHADO T2 2.5 mm 80 18 COR FAT FECHADO DP 3.0 mm 80 12 X SAG ABERTO DP 2.5 mm 80 18 X Disfunção Articular, Oclusão, Protusão, Retração, Bruxismo, Dor Articular, Processos Degenerativos, Artrite, Processos Inflamatórios/Infeccios os e Tumores Abrangendo toda a região da Articulação Temporomandibular Programação Observações: ▪ Nos casos de aparelho ortodôntico ou implantes metálicos substituir a sequência T2 com saturação de gordura pela sequência IR. ▪ Na sequência que solicita a boca aberta, deve ser realizada abertura máxima. ▪ Medir abertura máxima bucal e deixar anotado no questionário do paciente. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 66 10.1.21 Crânio Fluxo Liquórico Para este exame é necessária a utilização do VCG, a série em axial obliquo deve ser programada perpendicularmente a região do aqueduto para a quantificação do fluxo liquórico. Neste protocolo realizam-se ainda, a sequência DP sem compensação de fluxo, para caracterização do sinal do aqueduto. A sequência 3D T2 servirá para avaliação do aqueduto de Sylvius e III e IV ventrículos. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T2 BALLANCE 1 mm 140 50 X AX FLAIR 5 mm 220 23 X AX DIFUSÃO 5 mm 220 30 AX DP T2 5 mm 220 23 X AX FLUXO - VENC 10ml/s AX FFE 4 mm 80 1 AX FLUXO - VENC 15ml/s AX FFE 4 mm 80 1 SAG FLUXO PC 10 mm 220 1 Hidrocefalia A região de interesse do estudo é o aqueduto de Silvyus, onde as sequencias Axial e Sagital FFE devem ser programadas. Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 67 Pós Processamento Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 68 10.1.22 Crânio Perfusão Para esta modalidade de exame é necessário um acesso venoso de boa qualidade para suportar a infusão do contraste a 5ml/s. O início do contraste é realizado durante a aquisição da 2ª fase de cortes. Após a aquisição completa, a série é processada para avaliar a curva de decaimento e os gráficos coloridos. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes PERFUSÃO EM T1 COR T2 5 mm 220 30 AX FAT T2 5 mm 220 30 PERFUSÃO EM T2 AX 3D - T1 1 mm 220 20 X CONTRASTE - BOMBA INJETORA 5 ML -SEG CONTRASTE - BOMBA INJETORA 5 ML-SEG Varia de acordo com a localização da lesão. Todos os exames pré- operatórios com suspeita de tumor e pós operatório apenas de tumor glial LOCALIZADOR Programação Observações: ▪ A programação varia de acordo com a localização lesão. ▪ Devem ser processados todos os gráficos coloridos. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 69 Exemplos Exemplo de Gráfico da Perfusão Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 70 10.1.23 Crânio Espectroscopia A espectroscopia é uma técnica de pesquisa que estuda as propriedades magnéticas de certos núcleos atômicos para avaliar as propriedades físicas ou químicas de átomos ou moléculas nos quais eles estão contidos. Os principais metabólitos identificados pela espectroscopia são: N-acetil- aspartato, colina, creatina total, mio-inositol, glutamato/glutamina, lactato e lipídios. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência ROI SV PRESS - TE 144 20X20X20 SV PRESS - TE 30 20X20X20 Tumores, Doenças Degenerativas e mitocondriais, Encefalopatia hepática e etc Colocar o ROI em cima da lesão e/ou região afetada. Pós Processamento Observações: ▪ Geralmente, realizar a espectroscopia após contraste garante uma melhor amostragem na região de maior atividade tumoral. ▪ Sempre colocar os ROIs em uma área sadia e na outra área lesionada. Evitar calota craniana, sulcos, cisternas e ventrículos com a finalidade de mitigar a geração de artefatos. ▪ Utilizar Espectro com TE baixo de 30 ms para o estudo de doenças degenerativas como Alzheimer. Programar o voxel no giro do cíngulo posteriormente e na região mesial de um dos lobos temporais. ▪ Nos casos de massa tumoral, processo inflamatório/infeccioso utilizar sequências com TE intermediário - em torno de 135 ms. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 71 10.1.24 Crânio Tractografia A tractografia por ressonância magnética é realizada a partir do tensor de difusão, que possibilita delimitar fascículos e tratos nervosos por meio da anisotropia. Tem importante utilidade no planejamento cirúrgico de tumores e no seguimento de doenças neurodegenerativas. Programar os cortes em Axial 3D da base do crânio até o ápice, realizar as reconstruções do tracto corticoespinhal e mensurar o fator de anisotropia. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX 3D 1 mm 240 170 AX DTI 2 mm 240 50 Abrangendo toda a região do encéfalo, incluindo toda a área lesionada. Tumor, Lesão Expansiva Programação Pós Processamento Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 72 10.1.25 Pescoço HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX DIFUSÃO 5 mm 210 25 AX T1 SUP 4 mm 210 25 AX T1 INF 4 mm 210 25 AX STIR SUP 4 mm 210 25 X AX STIR INF 4 mm 210 25 X COR STIR 4 mm 250 25 CONTRASTE AX FAT T1 SUP 4 mm 210 25 X AX FAT T1 INF 4 mm 210 25 X COR FAT T1 4 mm 250 24 Glândulas (Parótidas, Submandibular, Sublingual); Tireóide, Orofaringe, Laringe, Processos Inflamatórios/Infeccios os e Tumores Abrangendo desde seio esfenoidal ao ápice pulmonar Programação Observação: ▪ Solicitar para o paciente evitar engolir a saliva durante a aquisição da sequência. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 73 10.1.26 Angiorressonância de Carótidas Para a realização deste exame faz-se necessário a realização de uma série máscara para a subtração da série pós contraste, garantindo assim uma melhor qualidade ao modelo 3D. Neste exame utiliza-se a bomba injetora a uma velocidade de 3ml/s; a monitorização da chegada do contraste nos vasos cervicais é feita através da série 2D Bolustrack. O estudo deverá conter toda a carótida desde o arco aórtico até a porção intracraniana, a emergência das vertebrais na artéria basilar é que determina o limite superior no estudo. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SURV PC VEL 50 50 mm 300 2 AX FAT T1 5 mm 200 24 X COR PRE 1.2 mm 350 130 X BOLUSTRAK 2D FFE 80 mm 450 1 CONTRASTE COR PÓS 3D FFE 1.2 mm 350 130 X Estenose, Alterações Vasculares Abrangendo toda região da carótida desde o arco aórtico atéa porção intracraniana Reconstrução Observação: ▪ Se o paciente não autorizar o contraste ou esta for contraindicada, realizar o 2D TOF ou 3D TOF nos bulbos carotídeos. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 74 10.1.27 Coluna cervical Os cortes axiais devem ser orientados paralelamente ao disco intervertebral iniciado em C2/C3 até C7/T1. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T2 3 mm 200 20 X SAG T1 3 mm 220 23 X SAG IR 3 mm 220 30 AX T2 3 mm 220 23 AX FFE 3 mm 220 23 X Hérnia discal, Trauma, Protusão discal e etc. Abrangendo a região do C2 a T1 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 75 10.1.28 Coluna Cervical com contraste HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T2 3 mm 238 12 X SAG T1 3 mm 238 12 AX T2 3 mm 150 27 AX T1 3 mm 150 27 X SAG FAT T1 3 mm 238 12 AX FAT T1 3 mm 150 27 X SAG SEM FAT T1 3 mm 238 12 AX SEM FAT T1 3 mm 150 27 X CONTRASTE - SE NÃO HOUVER METAL CONTRASTE - SE NÃO HOUVER METAL Tumor, Compressão Medular, Pós Operatório, Esclerose Múltipla e etc Abrangendo toda a região C2 ao T1 Programação Observações: ▪ Em casos pós cirúrgicos, realizar o contraste somente se a cirurgia for por via posterior/e ou suspeita de infecção no sítio cirúrgico. ▪ Além disso, injetar contraste para os pacientes com história cirúrgica com período igual ou inferior a três anos. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 76 10.1.29 Coluna Torácica Rotina Os cortes axiais devem ser orientados paralelamente ao disco intervertebral. Nas colunas com cifose acentuada realizar até três blocos paralelos aos discos intervertebrais de C7/T1 até T12/L1. É imprescindível a realização de uma sequência sagital localizadora, que comtemple os níveis cervicais. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T2 3 mm 330 12 SAG T1 3 mm 330 12 X SAG FAT T2 3 mm 330 12 X AX SUPERIOR T2 3 mm 150 22 X AX INFERIOR T2 3 mm 150 22 X Hérnia discal, Trauma, Protusão discal e etc. Abrangendo a região do C7 a L1 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 77 10.1.30 Coluna Torácica com Contraste HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T2 3 mm 330 12 X SAG T1 3 mm 330 12 SAG FAT T2 3 mm 330 12 AX SUPERIOR T2 5 mm 150 22 AX INFERIOR T2 5 mm 150 22 AX SUPERIOR T1 5 mm 150 22 X AX INFERIOR T1 5 mm 150 22 X AX T1 5 mm 150 44 SAG FAT T1 3 mm 330 12 X AX SUPERIOR SEM SATURAÇÃO T1 5 mm 150 22 X AX INFERIOR SEM SATURAÇÃO T1 5 mm 150 22 X SAG SEM SATURAÇÃO T1 3 mm 330 12 X AX SUPERIOR COM SATURAÇÃO T1 5 mm 150 22 X AX INFERIOR COM SATURAÇÃO T1 5 mm 150 22 X SAG COM SATURAÇÃO T1 3 mm 330 12 X CONTRASTE - SE HOUVER METAL CONTRASTE - SE NÃO HOUVER METAL Tumor, Compressão Medular, Pós Operatório e etc Abrangendo toda a região C7 a L1 Programação Observação: ▪ Injetar contraste para os pacientes com história cirúrgica com período igual ou inferior a três anos. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 78 10.1.31 Coluna Lombar Rotina HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR STIR 4 mm 160 12 X SAG FAT T2 4 mm 160 12 X SAG T2 4 mm 160 12 SAG T1 4 mm 160 12 AX - BLOCO INFERIOR T2 4 mm 150 22 X AX - BLOCO SUPERIOR T2 4 mm 150 20 X Hérnia discal, Trauma, Protusão discal e etc. Abrangendo a região do T12 a S1 Programação Observação: ▪ Nos exames de coluna com presença de material metálico com potencial de distorção devemos substituir as sequências T2 com Fat-Sat por sequências IR. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 79 10.1.32 Coluna Lombar com Contraste HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG FAT T2 4 mm 160 12 X SAG T2 4 mm 160 12 SAG T1 4 mm 160 12 AX BLOCO INFERIOR T2 4 mm 180 22 AX BLOCO SUPERIOR T2 4 mm 180 20 AX T1 4 mm 180 22 X AXIAL SEM SATURAÇÃO T1 3 mm 180 22 X SAGITAL SEM SATURAÇÃO T1 3 mm 160 12 AXIAL COM SATURAÇAO T1 3 mm 180 22 X SAGITAL COM SATURAÇÃO T1 3 mm 160 12 Tumor, Compressão Medular, Pós Operatório e etc Abrangendo toda a região T12 ao S1 CONTRASTE - QUANDO HOUVER METAL CONTRASTE - SEM METAL Programação Observação: ▪ Injetar contraste para os pacientes com história cirúrgica com período igual ou inferior a três anos. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 80 10.1.33 Sacrococcix HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG FAT T2 4 mm 150 12 X SAG T2 4 mm 150 12 SAG T1 4 mm 150 12 AX SUP FAT T2 3 mm 120 22 X AX INF FAT T2 3 mm 120 22 X COR FAT T2 4 mm 150 14 X CONTRASTE SAG FAT T1 4 mm 150 12 AX FAT T1 3 mm 120 22 X AX FAT T1 3 mm 120 22 Trauma, Tumor, Dor não especificada Abrangendo toda a região do sacro coccix Programação Observações: ▪ Dentro das possibilidades, a utilização do marcador auxilia no planejamento do exame. ▪ O contraste é necessário para este estudo. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 81 10.2 Medicina Interna 10.2.1 Tórax O estudo de tórax pela ressonância magnética é extremamente limitado devido à pouca concentração de hidrogênio, portanto nos casos de estudo para nódulo pulmonar, interstício pulmonar, bronquiectasia e outras indicações o estudo não é indicado. A utilização de marcadores é altamente recomendável para facilitar o planejamento dos cortes nos casos de parede torácica ou de arcos costais. Nos exames de tórax é necessária a utilização de monitorização cardíaca com a utilização do VCG/ECG ou o pulso periférico (PPU), juntamente com o trigger respiratório, para o acompanhamento das apneias expiratórias. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR T2 5 mm 450 36 X AX T1 FREE 5 mm 380 25 AX T2 80 5 mm 380 25 AX T2 210 5 mm 380 25 AX FAT T2 5 mm 380 23 X DIFUSÃO EPI 5 mm 380 28 AX 3D FFE 3.6 mm 330 126 AX 3D FFE 3.6 mm 330 126 X COR T1 FAT 5 mm 450 36 X Trauma, Tumor, Dor não especificada Desde as clavículas até o término do último par de costelas e dos pulmões. CONTRASTE Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 82 10.2.2 Síndrome do desfiladeiro Para os exames com hipótese diagnóstica de síndrome do desfiladeiro, devemos realizar o exame em duas etapas a primeira com a programação da sequência sagital T1 com o braço ao longo do corpo do lado da queixa , depois reprogramar o exame com o braço em abdução, realizar a sequência angiográfica da artéria subclávia e repetir sequencia sagital T1 com o braço em abdução e a cabeça virada para o lado oposto ao lado da queixa HD Ponto de referência anatômica PlanoSequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG PLEXO (BRAÇO P/ BAIXO) T1 3 mm 280 20 COR 3D FFE 2.2 mm 320 75 BOLUSTRACKER 2D FFE 80 530 1 CONTRASTE COR 3D FFE 2.2 mm 320 75 X SAG PLEXO (BRAÇO EM ABDUÇÃO) T1 3 mm 280 20 Síndrome do Desfiladeiro Toracico Abrangendo toda região da abertura do tórax (delimitado desde a primeira costela, e pela borda superior do manúbrio esternal) até a região axilar Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 83 10.2.3 Mamas A presença da prótese de silicone torna-se um dificultador para a saturação homogênea da gordura, sendo às vezes necessário realizar calibração manual, ajustando os picos da água, gordura e silicone. O estudo dinâmico das mamas tem como propósito caracterizar as eventuais áreas de realces e incluí-las no critério BIRADS®. São estudadas as curvas e realce (ascendente, platô, wash-out). 10.2.3.1 Mamas Nódulos e Próteses HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX FAT T2 3 mm 320 55 X AX SILICONE ONLY BILATERAL T2 3 mm 320 150 X SAG SILICONE ONLY BILATERAL T2 3 mm 320 150 SAG SEM FAT BILATERAL T2 3 mm 320 150 SAG SEM FAT BILATERAL T1 GRADIENTE 3 mm 220 36 X AX DIN PRÉ 3D FFE 2 mm 320 150 CONTRASTE AX DIN PÓS 3D FFE 2 mm 320 150 AX HR 3D FFE 1.6 mm 320 187 X Avaliar nodulações em mamas com próteses Desde a região das axilas até o fim das pregas mamárias. Observações: ▪ O AX dinâmico deverá ser 6 fases (pré + 5 fases) com 1.30 segundos cada subtração e a aquisição todas separadas. ▪ O exame deverá ser realizado entre o 7° e 14° dia do ciclo menstrual. Caso a paciente esteja fora deste período, o exame poderá ser realizado mediante anotação no sistema e prontuário. ▪ Devem ser interrompidos reposições hormonais nos 30 dias que antecedem o exame. ▪ Levar todos os exames anteriores (US e Mamografia). Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 84 Programação 10.2.3.2 Mamas Nódulos HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX FAT T2 3 mm 320 55 X AX SEM FAT T1 DIR 3 mm 220 36 X AX SEM FAT T1 ESQ 3 mm 220 36 X AX DIN PRÉ 3D FFE 2 mm 320 150 CONTRASTE AX DIN PÓS 3D FFE 2 mm 320 150 AX HR 3D FFE 1.6 mm 320 187 X Nódulo Desde a região das axilas até o fim das pregas mamárias. Observações: ▪ O AX dinâmico deverá ser 6 fases (pré + 5 fases) com 1.30 segundos cada subtração e a aquisição todas separadas. ▪ O exame deverá ser realizado entre o 7° e 14° dia do ciclo menstrual. Caso a paciente esteja fora deste período, o exame poderá ser realizado mediante anotação no sistema e prontuário. ▪ Levar todos os exames anteriores (US e Mamografia). Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 85 Programação 10.2.3.3 Mamas Próteses HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX FAT T2 3 mm 320 55 X AX SILICONE ONLY BILATERAL T2 3 mm 320 150 X SAG SILICONE ONLY BILATERAL T2 3 mm 320 150 SAG SEM FAT BILATERAL T2 3 mm 320 150 SAG SEM FAT BILATERAL T1 GRADIENTE 3 mm 220 36 LER A OBSERVAÇÃO Avaliar a prótese mamária Desde a região das axilas até o fim das pregas mamárias. Programação Observações: ▪ Em caso de contratura com seroma, injetar contraste e realizar o axial dinâmico. ▪ O exame não precisa ser realizado de acordo com o ciclo menstrual e não há necessidade de suspender os tratamentos hormonais. ▪ Levar todos os exames anteriores (US e Mamografia). Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 86 10.2.4 Coração No estudo do coração o ECG/VCG é condição fundamental para a realização do exame, portanto é imprescindível que a onda QRS apresente um bom traçado sem interferências. Deve-se garantir o melhor contato possível dos eletrodos com a pele; a limpeza do local com solução adstringente melhora o contato. A tricotomia deverá ser realizada quando houver excesso de pelos. Umedecer os eletrodos com uma gota de gel favorece a transmissão dos pulsos elétricos. A utilização do trigger respiratório é importante para o acompanhamento das apneias expiratórias, manobra necessária para a aquisição dos cortes. É indispensável um bom conhecimento da anatomia cardíaca. Basicamente é necessário estabelecer cortes evidenciando as quatro câmaras (4CH longitudinal – Long Axis), duas câmaras (2CH axial –short axis), e via de saída do VE (VSVE). Figura 11 - Planejamento de Cortes Em todos os estudos do coração é necessária a utilização do contraste. Como regra tem-se o emprego de 0,4 ml/Kg de gadolínio. Nos estudos de perfusão do miocárdio, o fluxo de injeção deverá ser de 5 ml/s. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 87 HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T2 8 mm 350 28 X LOC 2 CH - FFE 8 mm 320 1 LOC 4 CH - FFE 8 mm 320 1 AX IAL EC - FFE 8 mm 280 10 4 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 2 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 X VSVE 2D -FFE 8 mm 280 1 AX 3D PSIR 8 mm 320 10 4 CH PSIR 8 mm 320 1 X 2 CH PSIR 8 mm 320 1 X VSVE PSIR 8 mm 320 1 Aneurisma, Dissecação da Aorta, Planejamento de Stent, Úlcera Aórticas, Arritmia, Infarto Abrangendo toda a região do coração Programação • Passar uma linha na imagem do plano coronal que inclua VD, VE e o SIV para obter a imagem axial do tórax. Passar uma linha no VE que atravesse a V. Mitral e ápice VE. Eixo longo vertical Eixo Longo Horizontal - 4 câmeras • Utilizando a imagem de 2CH passar uma linha através do ápice ao AE. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 88 Eixo curto • Sempre de forma ortogonal ao VE, e da base até o ápice, podendo em alguns casos ser estendido aos átrios. Utilizando a imagem 4CH passar uma linha perpendicular ao SIV e paralelo ao plano da v. mitral. Plano Longo Radial – 4 Câmeras • Utlizando o EC, passar uma linha perpendicular ao SIV. Em geral a linha atravessa a margem aguda da parede livre do VE, logo acima do diafragma (em paralelo) e no EL vertical atravessa o ponto médio da v. Mitral até o ápice. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 89 Eixo Longo Radial – VSVE- 3 câmeras • Utlizando o EC na base cardíaca, passar uma linha através da V. Mitral e V. Aórtica. Eixo Longo Radial – 2 câmeras • A linha é o planejamento do eixo longo 2CH verdadeiro. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 90 10.2.4.1 Coração Viabilidade Busca-se com o estudo analisar áreas de necrose e sua interferência na dinâmica do músculo cardíaco. No estudo Morfofuncional é realizado o protocolo de viabilidade acrescido de sequências específicas para o estudo da morfologia cardíaca. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T2 8 mm 350 28 X LOC 2 CH - FFE 8 mm 320 1 LOC 4 CH - FFE 8 mm 320 1 AX IAL EC - FFE 8 mm 280 10 X 4 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 2 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 VSVE 2D -FFE 8 mm 280 1 AX 3D PSIR 8 mm 320 10 X 4 CH PSIR 8 mm 320 1 2 CH PSIR 8 mm 320 1 VSVE PSIR 8 mm 320 1 Estudo de Viabilidade; Necrose Abrangendo toda a região do coração Programação• Passar uma linha na imagem do plano coronal que inclua VD, VE e o SIV para obter a imagem axial do tórax. Passar uma linha no VE que atravesse a V. Mitral e ápice VE. Observações: ▪ Em todos os estudos do coração é necessária a utilização do contraste. Como regra tem-se o emprego de 0,4 ml/Kg de gadolínio. ▪ Nos estudos de perfusão do miocárdio, o fluxo de injeção deverá ser de 5 ml/sg. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 91 Eixo longo vertical Eixo Longo Horizontal - 4 câmeras • Utilizando a imagem de 2CH passar uma linha através do ápice ao AE. Eixo curto • Sempre de forma ortogonal ao VE, e da base até o ápice, podendo em alguns casos ser estendido aos átrios. Utilizando a imagem 4CH passar uma linha perpendicular ao SIV e paralelo ao plano da v. mitral. Plano Longo Radial – 4 Câmeras • Utlizando o EC, passar uma linha perpendicular ao SIV. Em geral a linha atravessa a margem aguda da parede livre do VE, logo acima do diafragma Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 92 (em paralelo) e no EL vertical atravessa o ponto médio da v. Mitral até o ápice. Eixo Longo Radial – VSVE- 3 câmeras • Utlizando o EC na base cardíaca, passar uma linha através da V. Mitral e V. Aórtica. Eixo Longo Radial – 2 câmeras • A linha é o planejamento do eixo longo 2CH verdadeiro. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 93 10.2.4.2 Coração Viabilidade com Estresse Busca-se com este estudo, além da avaliação de possíveis áreas de necrose, também aquelas com potencial risco de infarto sob condição de estresse. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T2 8 mm 350 28 X LOC 2 CH - FFE 8 mm 320 1 LOC 4 CH - FFE 8 mm 320 1 AX IAL EC - FFE 8 mm 280 10 X 4 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 2 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 VSVE 2D -FFE 8 mm 280 1 PERFUSÃO/ ESTRESSE EPI 8 mm 350 1 PERFUSÃO/ REPOUSO EPI 8 mm 350 1 AX 3D PSIR 8 mm 320 10 X 4 CH PSIR 8 mm 320 1 2 CH PSIR 8 mm 320 1 VSVE PSIR 8 mm 320 1 Estudo de Viabilidade com Estresse Abrangendo toda a região do coração Programação • Passar uma linha na imagem do plano coronal que inclua VD, VE e o SIV para obter a imagem axial do tórax. Passar uma linha no VE que atravesse a V. Mitral e ápice VE. Observações: ▪ Em todos os estudos do coração é necessária a utilização do contraste. Como regra tem-se o emprego de 0,4 ml/Kg de gadolínio. ▪ Nos estudos de perfusão do miocárdio, o fluxo de injeção deverá ser de 5 ml/sg. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 94 Eixo longo vertical Eixo Longo Horizontal - 4 câmeras • Utilizando a imagem de 2CH passar uma linha através do ápice ao AE. Eixo curto • Sempre de forma ortogonal ao VE, e da base até o ápice, podendo em alguns casos ser estendido aos átrios. Utilizando a imagem 4CH passar uma linha perpendicular ao SIV e paralelo ao plano da v. mitral. Plano Longo Radial – 4 Câmeras • Utlizando o EC, passar uma linha perpendicular ao SIV. Em geral a linha atravessa a margem aguda da parede livre do VE, logo acima do diafragma Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 95 (em paralelo) e no EL vertical atravessa o ponto médio da v. Mitral até o ápice. Eixo Longo Radial – VSVE- 3 câmeras • Utlizando o EC na base cardíaca, passar uma linha através da V. Mitral e V. Aórtica. Eixo Longo Radial – 2 câmeras • A linha é o planejamento do eixo longo 2CH verdadeiro. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 96 10.2.4.3 Coração Displasia Entre outras indicações serve para avaliar áreas de depósito de gordura na parede do VD. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T2 8 mm 350 28 X LOC 2 CH - FFE 8 mm 320 1 LOC 4 CH - FFE 8 mm 320 1 AX IAL EC - FFE 8 mm 280 10 X 4 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 2 CH 2D -FFE 8 mm 280 1 RVOT 2D -FFE 8 mm 280 1 4CH T1 8 mm 320 6 4CH FAT T1 8 mm 320 6 AX 3D PSIR 8 mm 320 10 X 4 CH 3D PSIR 8 mm 320 10 RVOT 3D PSIR 8 mm 320 10 Displasia Abrangendo toda a região do coração Programação • Passar uma linha na imagem do plano coronal que inclua VD, VE e o SIV para obter a imagem axial do tórax. Passar uma linha no VE que atravesse a V. Mitral e ápice VE. Observações: ▪ Em todos os estudos do coração é necessária a utilização do contraste. Como regra tem-se o emprego de 0,4 ml/Kg de gadolínio, com exceção do Gadovist®, onde a dose se torna 0,2ml/Kg. ▪ Apenas nos estudos de perfusão do miocárdio, o fluxo de injeção deverá ser de 5 ml/sg. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 97 Eixo longo vertical Eixo Longo Horizontal - 4 câmeras • Utilizando a imagem de 2CH passar uma linha através do ápice ao AE. Eixo curto • Sempre de forma ortogonal ao VE, e da base até o ápice, podendo em alguns casos ser estendido aos átrios. Utilizando a imagem 4CH passar uma linha perpendicular ao SIV e paralelo ao plano da v. mitral. Plano Longo Radial – 4 Câmeras • Utlizando o EC, passar uma linha perpendicular ao SIV. Em geral a linha atravessa a margem aguda da parede livre do VE, logo acima do diafragma Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 98 (em paralelo) e no EL vertical atravessa o ponto médio da v. Mitral até o ápice. Eixo Longo Radial – VSVE- 3 câmeras • Utlizando o EC na base cardíaca, passar uma linha através da V. Mitral e V. Aórtica. Eixo Longo Radial – 2 câmeras • A linha é o planejamento do eixo longo 2CH verdadeiro. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 99 10.2.5 Abdome e pelve Os exames de abdome sofrem grande influência dos movimentos respiratórios e do peristaltismo intestinal, o que pode causar artefatos. Para minimizar os movimentos peristálticos intestinais utiliza-se Buscopan® simples, que tem duração aproximada de 15 minutos quando injetado por via endovenosa. Para minimizar os artefatos gerados pelos movimentos respiratórios utilizamos o “trigger respiratório”. Nas sequências em apneia, o paciente deverá ser orientado adequadamente para realizar as apneias em inspiração e, caso necessário, o tempo das séries devem ser ajustados para a capacidade (tempo de apneia) de cada paciente. A utilização da bomba injetora faz-se importante na realização dos exames de angiorressonância para garantir a velocidade constante do bolus. Na sequência de difusão do fígado devemos utilizar os seguintes valores de b: 50, 800 Tempo de intervalo para a aquisição das imagens no protocolo ▪ Abdome fase arterial: 30s, após o início da injeção ▪ Abdome fase portal: 60s. ▪ Abdome fase de equilibro: entre 2 e 3 minutos ▪ Abdome fase tardia: 05 minutos Nos exames da pelve não se utiliza o trigger respiratório, portanto para minimizar os artefatos de respiração utilizar a fase RL (direito-esquerdo) no plano axial e SI (superior-inferior) no plano sagital. Para as hipóteses diagnósticas de fistula perianal, angular os cortes axiais perpendiculares ao plano do reto e o coronal perpendicular ao plano axial. Para os casos de tumor de reto não utilizar gel retal. Na sequência de difusão da pelve devemos utilizar os seguintes valores de b:50 e 800. ▪ Indicações de gel vaginal: Endometriose e pacientes com mais de 60 anosManual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 100 ▪ Indicações de gel retal: Endometriose Obs.: Nos exames para avaliação e controle de endometriose é necessária a utilização do gel endovaginal 60 ml e retal 180 ml para melhor caracterizar possíveis implantes na região do fundo de saco, e a bexiga deve estar em média repleção. Cuidado: não administrar gel endovaginal em pacientes virgens e menores de idade. 10.2.5.1 Abdome superior Neste protocolo estudamos do fígado ao pólo inferior dos rins conforme orientações gerais do item 10.2.5 HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 AX FAT T2 5 mm 350 36 X AX T2 160 7 mm 350 36 COR T2 6 mm 450 24 X AX FINO T2 4 mm 350 48 AX DUAL IN OUT 6 mm 350 28 COR BALLANCE 4 mm 350 28 AX DINAMICO 3D FFE 3.6 mm 350 126 CONTRASTE COR 3D FFE 3 mm 450 120 X Avaliar alterações do fígado, pâncreas, baço, rins, supra- renais, retroperitônio Antes do início do figado até o término do polo inferior dos rins. Observações: ▪ Buscopan®- utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan® deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan® deve ser realizada antes das aquisições pós contraste. ▪ Os valores da difusão devem ser B50 e B800. ▪ Grajaú com 6 mm de espessura na Difusão. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 101 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 102 10.2.5.2 Colangiorressonância O estudo das vias biliares e dos ductos pancreáticos pode ser prejudicado pela presença de conteúdo líquido no estômago e duodeno, ocasionando a superposição do sinal do líquido sobre as estruturas de interesse. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T2 160 5 mm 350 36 COR T2 T2 6 mm 450 24 X AX FINO NO DPP T2 3 mm 350 15 X AX FINO NO DPP T2 3 mm 350 15 X AX DUAL IN OUT 6 mm 350 28 COR BALLANCE 4 mm 350 28 COR HASTE 4 mm 350 28 COR 3D SE 1.6 mm 300 120 RADIAL 2D SE 40 mm 300 9 X Estudos de vias biliares e ductos pancreáticos Antes do início do fígado até o final do polo inferior do rim. As sequencias especificas são focadas na vesícula, pâncreas e vias biliares. Programação Observações: ▪ Buscopan®- utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan® deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan® deve ser diluída em 100ml de solução fisiológica, e ficará em gotejamento contínuo durante a realização do exame. ▪ Os valores da difusão são de B50 e B800. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 103 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 104 10.2.5.3 Adrenais Este estudo é indicado para a avaliação de massas ou nódulos na região das supra renais. Os adenomas das adrenais possuem gordura intracelular, e são caracterizados pela constatação da queda de sinal na sequência out-phase. Os adenomas estão localizados na topografia das suprarrenais. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 AX FAT T2 80 5 mm 350 36 COR T2 80 4 mm 250 20 AX FINO T2 80 4 mm 350 36 X COR IN OUT 4 mm 350 48 AX IN OUT 5 mm 350 28 AX ABD DINAMICO 3D FFE 3.6 mm 330 160 CONTRASTE AX ABD 3D FFE 3.6 mm 330 126 X Avaliação de massas ou nódulos na regiao das supra renais Meio do fígado até o meio dos rins Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 105 10.2.5.4 Pelve Feminina Rotina HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 COR T2 5 mm 250 36 X AX T1 5 mm 200 36 X AX T2 5 mm 200 36 AX FAT T1 5 mm 200 36 AX DUAL IN OUT 5 mm 200 36 SAG T2 5 mm 200 36 X SAG FAT T2 5 mm 200 36 SAG DIN PRÉ 3D FFE 3.6mm 330 126 CONTRASTE SAG DIN POS 3D FFE 3.6 mm 330 126 X AX GRADIENTE T1 5 mm 200 36 X Endometriose, Cisto, Mioma, Tumores, Dor não especificada Incluindo toda a cavidade pélvica até o fechamento da sinfise púbica. Observações: ▪ Indicações do Gel Vaginal (60 ml): Endometriose e pacientes com mais de 60 anos. ▪ Indicações do Gel Retal (180 ml): Endometriose. ▪ Não administrar gel endovaginal em pacientes virgens, menores de idade e/ou que não autorizem o seu uso. ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan®: deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan®: deve ser realizada antes da injeção do contraste. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 106 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 107 10.2.5.5 Pelve (Placenta Prévia) A placenta prévia é a implantação da placenta na porção mais baixa da cavidade uterina, recobrindo o orifício interno do colo do útero (canal do parto) ou perto deste. A placenta é uma estrutura que fornece alimentos e oxigênio ao bebê, além de remover os resíduos no sangue do feto. Durante a gravidez, a placenta se move conforme o útero se estende e cresce. No geral, a placenta está mais baixa no início da gravidez, mas tende a se movimentar para cima conforme a gravidez progride. No terceiro trimestre, a placenta deve estar perto do topo do útero, de modo que o colo do útero tenha um caminho claro para o parto. Se a placenta está muito próxima ao orifício interno do colo uterino ou então implantada parcialmente ou totalmente sobre ele, essa é uma condição conhecida como placenta prévia ou placenta baixa, e pode aumentar o risco de hemorragia grave antes ou durante o parto. Para a realização deste exame utilizamos sequências rápidas para evitar artefatos de respiração e movimento fetal. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX SUP T2 5 mm 350 20 X AX INF T2 5 mm 350 20 X COR SUP T2 5 mm 350 20 X COR INF T2 5 mm 350 20 X SAG SUP T2 5 mm 350 20 X SAG INF T2 5 mm 350 20 X AX SUP T1 5 mm 350 20 AX INF T1 5 mm 350 20 SAG BALANCE T2 5 mm 350 40 Placenta Prévia Abrangendo toda região do colo do útero, até o fechamento da sinfise pubica Programação Observações: ▪ Não utilizar o contraste neste exame. ▪ Tomar cuidado com a programação para não cortar a região pélvica baixa Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 108 10.2.5.6 Acretismo Placentário Acretismo placentário é quando a placenta se fixa profundamente na parede uterina, ultrapassando o limite normal de fixação. Ela pode ser classificada em acreta (quando está inserida profundamente na decídua – camada interna do útero), increta (quando chega a musculatura uterina) ou percreta (quando ultrapassa a musculatura uterina podendo invadir até órgãos adjacentes, como a bexiga). HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX HASTE E TRUFFI - PLACENTA T2 5 mm 350 32 X CORHASTE E TRUFFI T2 5 mm 350 32 SAG HASTE E TRUFFI T1 5 mm 350 32 X MAIOR EIXO COLO UTERINO TRUFFI 3 mm 250 28 MENOR EIXO COLO UTERINO TRUFFI 3mm 250 28 SAG TRIVE 3D T1 2 mm 350 120 Acretismo Placentário Deve incluir todo o útero até o fechamento da sinfise púbica. Programação Observação: ▪ Gel vaginal - 60 ml Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 109 10.2.5.7 Pelve Masculina Rotina HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentaçã o dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 COR T2 5 mm 200 25 X AX T1 5 mm 200 36 X AX T2 5 mm 200 36 AX DUAL IN OUT 5 mm 200 36 AX LARGE FOV T2 5 mm 350 36 SAG T2 5 mm 200 25 X CONTRASTE AX FAT T1 5 mm 200 36 X Pelve Masculina Incluindo toda a cavidade pelvica até o fechamento da sinfise púbica Programação Observações: ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan®: deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan®: deve ser realizada antes da injeção do contraste. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 110 10.2.5.8 Pelve Fístula HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR FINO T2 4 mm 200 20 COR FINO T2 FAT 4 mm 200 20 X AX FINO T2 4 mm 200 27 AX FINO T2 FAT 4 mm 200 27 X AX LARGE FOV T2 5 mm 350 32 AX DIN PRÉ 3D FFE 3.6 mm 330 126 CONTRASTE AX DIN PÓS 3D FFE 3.6 mm 330 126 X COR FAT T1 4 mm 250 20 X Fistula Incluindo toda a cavidade pélvica até o termino do trajeto da fistula. Programação Observações: ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan®: deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan® deve ser realizada antes da injeção do contraste. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 111 10.2.5.9 Pelve Próstata Este exame tem indicação específica para a avaliação da cápsula prostática nos casos de CA de próstata. A caracterização do seu acometimento muda significativamente a abordagem da doença. O tempo decorrido desde a realização da biópsia deverá ser relatado, pois auxilia na melhor caracterização das áreas de hemorragia devidas ao procedimento. Para o estadiamento e avaliação da cápsula não é necessária a utilização do contraste EV. Nas prostatectomias radicais com aumento de PSA, o contraste é importante para surpreender eventuais áreas de recidiva. Incluir na programação as vesículas seminais. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 4 mm 300 30 COR T2 4 mm 150 20 X AX LARGE FOV T2 4 mm 350 36 X AX T1 4 mm 150 20 X AX T2 4 mm 150 20 AX DUAL IN OUT 4 mm 150 20 SAG T2 4 mm 300 20 CONTRASTE PERFUSÃO EPI 3 mm 300 16 AX FAT T1 4 mm 200 20 X Avaliação de Cápsula Prostática; elevação de PSA; CA de Próstata Incluindo toda a cavidade pélvica até o fechamento da sínfise pubica. Programação Observações: ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan® deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan® deve ser realizada antes da injeção do contraste. ▪ Para avaliação e estadiamento da cápsula não é necessário o uso do contraste. ▪ Perfusão: quantidade de contraste 0,4 ml/kg, com exceção do Gadovist® que a dose é de 0,2ml/kg. Preparo com Minilax® (sorbitol + laurilsulfato de sódio) ▪ O uso do Minilax® visa o esvaziamento da ampola retal para otimizar o estudo. ▪ O preparo deverá ser realizado em casa conforme orientação previa. ▪ O paciente deverá aplicar todo o conteúdo de uma bisnaga por via retal, 4 horas antes do exame. Espera-se que o efeito laxativo se dê entre 5 a 40 minutos após a aplicação. ▪ Caso o paciente não evacue, presume-se que a ampola retal já esteja vazia. Nestes casos, o exame será iniciado pela difusão, pois será a sequência que mostrará se o preparo está de fato adequado. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 112 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 113 10.2.5.10 Pelve Reto HR HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR T2 5 mm 200 25 X AX T1 5 mm 200 28 AX T2 5 mm 200 28 AX LARGE FOV T2 5 mm 350 32 AX FAT T1 5 mm 200 28 X SAG T2 5 mm 200 25 SAG FAT T2 5 mm 200 25 X AX RETO T2 3 mm 160 40 SAG RETO T2 3 mm 160 28 AX DUAL FFE 5 mm 200 28 AX PELVE 3D FFE 4 mm 295 126 CONTRASTE AX FAT 3D FFE 4.5 mm 295 126 X Endometriose, Cisto, Mioma, Tumores, Dor não especificada Abrangendo toda região pelve, com aquisições específicas para o reto Programação Observações: ▪ O AX T2 deve ser programado em perpendicular ao maior eixo do reto. ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan® deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan® deve ser realizada antes da injeção do contraste. ▪ Caso seja visualizado fístula, corte sempre angulado ao canal anal. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 114 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 115 10.2.5.11 Pênis Para este exame, sempre que possível, utilize a bobina de superfície para melhorar a relação sinal ruído. Um ponto de atenção refere-se à respiração, que deverá ser a mais superficial possível para não promover artefatos de movimento. Posicionamento: Paciente em decúbito dorsal, preferencialmente na posição head-first, com o pênis posto sobre a parede pélvica. Solicitar que o pênis seja fixado com fita adesiva pelo paciente; não retirar a roupa íntima para auxiliar a manter o posicionamento. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR FINO T2 3 mm 200 20 X SAG FINO T2 3 mm 200 20 X AX FINO T2 3 mm 200 20 X AX FINO FAT SAT T2 3 mm 200 20 AX DUAL IN OUT 5 mm 200 20 CONTRASTE COR FINO T1 3 mm 200 20 X SAG FINO T1 3 mm 200 20 X AX FINO T1 3 mm 200 20 X Avaliação de prótese; PSA Abrangendo toda região do pênis Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 116 10.2.5.12 Bolsa Escrotal O exame de bolsa escrotal tem a função de avaliar testículos e epididimos, e será solicitado para estudo das estruturas da região. As principais indicações clínicas são: ▪ avaliação de nódulos e tumores; ▪ avaliação de doenças inflamatórias e infecciosas; ▪ avaliação de trauma e torção do testículo; ▪ avaliação de causas de aumento da bolsa testicular. Comumente, o estudo é realizado com a administração de contraste. Devemos sempre nos atentar quanto a solicitação médica; quando for solicitada RM Pélvica e RM de Bolsa Testicular, serão dois exames; quando for para estadiamento tumoral e houver somente a solicitação de RM de bolsa testicular, devemos acrescentar sequencias da pelve para complementação de estudo (acrescentar os três planos T2 e um Axial pós contraste). HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessur a FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T2 4 mm 20020 COR T2 4 mm 200 20 COR FAT OU STIR T2 4 mm 200 20 X SAG T2 4 mm 200 20 DIFUSÃO EPI 5 mm 200 20 AX FAT T1 4 mm 200 20 X AX DINÂMICO 3DFFE 3 mm 300 90 CONTRASTE AX DINÂMICO 3DFFE 3 mm 300 90 COR FAT T1 4 mm 200 20 Nódulos; tumores; doenças inflamatórias e infecciosas; aumento da bolsa testicular Final da sínfise púbica até o fim da bolsa testicular; incluir a fáscia retrovesical e toda a bolsa testicular. Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 117 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 118 10.2.5.13 Abdome Total Feminino HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 40 AX FAT T2 5 mm 350 40 X AX T2 160 7 mm 350 40 COR T2 6 mm 450 28 X AX FINO T2 4 mm 350 30 AX DUAL IN OUT 6 mm 350 28 COR BALLANCE 4 mm 350 28 AX INTERMEDIÁRIO T2 5 mm 250 25 AX PELVE T2 5 mm 200 36 X AX LARGE FOV T2 5 mm 350 36 AX PELVE T1 5 mm 200 36 AX PELVE T1 FAT 5 mm 200 36 COR PELVE T2 5 mm 200 25 SAG PELVE T2 5 mm 200 25 X AX PELVE DUAL IN OUT 5 mm 200 36 DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 AX DINAMICO 3D FFE 3.6 mm 330 126 CONTRASTE SAG PELVE 3D FFE 3.6 mm 330 126 X AX PELVE T1 FAT 5 mm 200 28 X Avaliação Estudo do fígado, vesícula biliar, baço, rins, pâncreas, glândulas supra- renais, estômago, intestino, delgado, intestino grosso, órgãos reprodutivos e reto Antes do inicio do fígado até o fechamento da sinfise pubica Programação Observações: ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan®: deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan®: deve ser realizada antes da injeção do contraste. ▪ Os valores da difusão são de B50 e B800. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 119 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 120 10.2.5.14 Abdome Total Masculino HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 AX FAT T2 5 mm 350 36 X AX T2 160 7 mm 350 36 COR T2 6 mm 450 24 X AX FINO T2 4 mm 350 48 AX DUAL IN OUT 6 mm 350 28 COR BALLANCE 4 mm 350 28 AX INTERMEDIÁRIO T2 6 mm 250 24 AX PELVE T2 5 mm 200 36 X AX LARGE FOV T2 5 mm 350 36 AX PELVE T1 5 mm 200 36 AX DUAL IN OUT 5 mm 200 36 COR PELVE T2 5 mm 200 25 SAG PELVE T2 5 mm 200 25 X AX PELVE DUAL 5 mm 200 36 DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 AX DINAMICO 3D FFE 3.6 mm 330 126 CONTRASTE COR PELVE 3D FFE 3.6 mm 330 126 X Avaliação Estudo do fígado, vesícula biliar, baço, rins, pâncreas, glândulas supra- renais, estômago, intestino delgado, intestino grosso e reto Antes do inicio do fígado até o fechamento da sinfise pubica. Observações: ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan® deve ser feita após a realização do localizador o A segunda ampola do Buscopan® deve ser realizada antes da realização do contraste ▪ Os valores da difusão são de B50 e B800. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 121 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 122 10.2.5.15 Urorressonância Este estudo é dirigido para a avaliação do sistema excretor e vias urinárias do pólo superior dos rins até a bexiga, conforme as orientações gerais do item 9.2.6 Preparo: ▪ Fazer abdome começando pela pelve com moderada repleção vesical. Em casos de tumores vesicais, é necessária a realização do dinâmico na pelve. ▪ Lasix em gotejamento quando for começar o abdome superior – 1 ampola para 250 ml de soro, em gotejamento, não deve ser rápida. ▪ Injetar e fazer 6 dinâmicos, e depois pós da pelve. ▪ Após, axial em 3 blocos, iniciando no polo superior do rim, sem nenhuma perda de segmento, até a uretra. ▪ FOV coronal pequeno abdome e pelve na fase excretora. ▪ FOV coronal grande fase excretora. ▪ Se não tiver excreção retirar paciente, fazer outro exame e depois realizar nova fase excretora. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 AX FAT T2 5 mm 350 36 X AX T2 80 5 mm 350 28 AX DUAL IN OUT 6 mm 350 24 COR T2 6 mm 450 28 X COR BALLANCE 4 mm 350 36 AX PELVE T2 5 mm 200 28 X AX PELVE T1 5 mm 350 28 AX ABD PELVE 3D FFE 3.6 mm 330 126 CONTRASTE AX ABD PELVE 3D FFE 3.6 mm 330 126 X URO 3D FFE 3 mm 200 70 AX PELVE T1 FAT 5 mm 200 28 X Avaliação do sistema excretor e vias urinárias Antes do início do polo superior dos rins até o término bexiga Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 123 Programação Observações: ▪ Buscopan® - utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan® deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan® deve ser realizada antes de injetar o contraste. ▪ Lasix em gotejamento quando for começar o abdome superior – 1 ampola para 250 ml de soro, em gotejamento, não deve ser rápida. ▪ AX T1 FAT PÓS GD em 3 blocos, iniciando no polo superior do rim, sem nenhuma perda de segmento, até a uretra. ▪ Se não tiver excreção retirar paciente, fazer outro exame e depois realizar nova fase excretora. ▪ Se for sem contraste, realizar as mesmas fases com inclusão da sequência da colangio. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 124 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 125 10.2.5.16 Enterorressonância O exame de enterorressonância é um excelente método de imagem e permite a avaliação dinâmica das alças intestinais através das sequências CINE, e frequentemente é solicitado para o diagnóstico e acompanhamento da doença de Crohn. Para o sucesso deste exame é necessário o preparo adequado. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 AX FAT T2 5 mm 350 36 X AX T2 160 5 mm 350 36 AX DUAL IN OUT 6 mm 350 28 COR T2 6 mm 450 24 X COR BALLANCE 4 mm 350 28 AX PELVE T2 5 mm 200 36 X SAG PELVE T2 5 mm 240 28 COR CINE POSTERIOR 10 mm 330 20 COR CINE MEDIANO 10 mm 330 1 COR CINE ANTERIOR 10 mm 330 1 COR PRE 3D FFE 3.6 mm 330 126 CONTRASTE COR DINAMICO 3D FFE 3.6 mm 330 126 X Doença de Crohn Inclusão de todo o abdome com enfase no intestino delgado. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 126 Programação Observações: ▪ A ampola do Buscopan® é administrada antes da realização do contraste. ▪ Paciente deve ser orientado a permanecer em jejum de 4 horas, não há necessidade de preparo na véspera do exame. ▪ Diluir 7 envelopes de Muvinlax® em 2 litros de água, orientar o paciente a ingerir o volume em 40 minutos e logo em seguida iniciar o exame. ▪ A ingestão do Muvinlax® deve ser fracionada, de 5 em 5 minutos, não deve ser tomado todo o conteúdode uma vez. ▪ O paciente deve ser colocado em sala até 45 minutos após o início da ingestão do Muvinlax®. Fazer uma aquisição coronal para avaliar a distensão das alças. ▪ Atenção: o exame é para avaliação do intestino delgado que deve estar adequadamente distendido, e não do colón. ▪ Caso não esteja adequada a distensão, administrar mais 1 litro de água com 5 saches de Muvinlax® em 15 a 20 minutos. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 127 10.2.5.17 Defeco RM As desordens do assoalho pélvico são comuns e de etiologia complexa e multifatorial, manifestando- se como incontinência urinária ou fecal, constipação e prolapso de órgãos pélvicos, afetando notadamente a população feminina acima dos 60 anos. Atualmente acredita-se que mais de 15% das pacientes multíparas sofram de algum tipo de disfunção pélvica sendo previsto um aumento do número de casos tendo em vista o aumento da expectativa de vida da população. Outros fatores de risco em questão incluem lesão neuromuscular por parto vaginal, esforço evacuatório crônico, DPOC, histerectomia, trauma e aumento crônico da pressão intra-abdominal. O preparo deste exame consiste em jejum de 04 horas, administração do Buscopan® 15 minutos antes do início do exame e orientação do paciente para o movimento de esforço (Valsalva) durante a sequência dinâmica. Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes DIFUSÃO EPI 5 mm 350 36 SAG T2 T2 5 mm 350 25 X COR T2 5 mm 450 25 X AX T1 5 mm 350 32 AX T2 5 mm 350 32 X REPOUSO DINAMICO FFE 5 mm 240 1 FASE EVACUATORIA DINAMICO FFE 5 mm 240 1 Abrangendo o assoalho pélvico Observações: ▪ Buscopan® – utilizar 2 ampolas. o A primeira injeção de Buscopan® deve ser feita após a realização do localizador. o A segunda ampola do Buscopan® deve ser realizada antes do contraste. ▪ Orientação do paciente para o movimento de esforço (Valsalva) durante a sequência dinâmica. ▪ As fases dinâmicas devem possuir 30 fases. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 128 Programação Axial Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 129 10.2.5.18 Angiorressonância de Artérias Renais HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 350 28 X AX BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 375 36 X SAG BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 375 25 X AX FFE T1 4 mm 330 126 COR 3D FFE 2 mm 320 75 BOLUS TRACKER 2D FFE 80 mm 530 1 CONTRASTE COR 3D FFE 2 mm 320 75 AX FFE T1 4 mm 330 126 X Estenose, Alterações Vasculares Incluir toda a extensão renal. Programação Pós Processamento Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 130 10.2.5.19 Angiorressonância Abdominal HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 350 28 X AX BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 375 36 X SAG BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 375 25 X AX PRÉ FFE T1 4 mm 330 126 COR 3D FFE 3 mm 320 75 BOLUS TRACKING 2D FFE 80 mm 530 1 CONTRASTE COR 3D FFE 3 mm 320 75 AX PÓS FFE T1 4 mm 330 126 X Estenose, Alterações Vasculares Incluir toda a região da aorta abdominal e artérias ilíacas Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 131 10.2.5.20 Angiorressonância de Aorta Ilíacas e Membros Inferiores O estudo da aorta e seus ramos deve ser realizado, preferencialmente, com as bobinas de abdome. O monitoramento da chegada do contraste é feito através do flúor trigger, para os exames de angiorressonância abdominal ilíacas e membros inferiores, o estudo deve ser feito também em cortes axiais T2 e axial 3D T1 pré e axial pós contraste para o estudo da luz do vazo. Nestes exames a bomba de infusão deverá ser utilizada com velocidade de 3ml/s com dose máxima de 40 ml de contraste e 40 ml de soro. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 350 28 X AX BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 375 36 X SAG BALLANCE/FIESTA/CISS 4 mm 375 25 X AX PRÉ FFE T1 4 mm 330 126 COR 3D FFE 2.2 mm 330 90 BOLUS TRACKING 2D FFE 4 mm 530 1 CONTRASTE COR 3D FFE 2.2 mm 330 90 AX PÓS FFE T1 4 mm 330 126 X Estenose, Alterações Vasculares Incluir toda a aorta ilíaca até articulação tibio-társica Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 132 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 133 10.3 Musculoesquelético Nos exames dos segmentos apendiculares será estudado, exclusivamente, o sistema musculoesquelético. Buscar sempre evidenciar a área de interesse, adotando a bobina adequada para o estudo pretendido, bem como espessura e espaçamento dos cortes adaptados àquilo que se pretende. Utilizar marcadores para indicar ponto doloroso, quando aplicável. Especialmente nos tumores ósseos, a avaliação da capa de cartilagem é importante para sua caracterização. 10.3.1 Ombro Rotina Quanto à programação dos cortes, nos planejamentos coronais, quando o ângulo for superior a 45º a imagem aparecerá invertida (isto é, no lado esquerdo o úmero aparece à direita e vice-versa). Neste caso, é preciso inverter a imagem, corrigindo a lateralidade. O posicionamento do braço deverá ser em rotação externa durante a realização do exame. Rotineiramente, não é necessária a injeção do contraste. Esta se faz necessária somente nos casos de tumores, capsulite adesiva e artrite reumatoide HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX DP SPAIR 3.5 mm 140 19 X COR T2 OU DP SPIR 3.5 mm 140 14 X SAG DP SPIR 3 mm 140 19 X SAG T1 3 mm 140 19 COR T1 3.5 mm 140 14 Trauma, Dor não especificada e Ruptura do Manguito Rotador Abrangendo o plano capsular glenoumeral Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 134 Programação Observações: ▪ Rotineiramente, não é necessária a injeção do contraste, exceto em casos de tumores, capsulite adesiva e artrite reumatoide. ▪ Atenção quanto ao posicionamento e programação dos cortes - o ombro deve estar em rotação externa e a angulação deve ser correta. ▪ Os cortes do plano Sagital devem se estender até os ventres musculares do manguito rotador para avaliação do seu trofismo. ▪ Se for necessário contraste, deve ser realizado AX FAT T1 e COR FAT T1. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 135 10.3.2 Ombro com Metal HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX IR 3.5 mm 140 19 X COR T1 3 mm 120 19 COR IR 3 mm 120 19 X SAG DP 3 mm 140 23 SAG IR 3 mm 140 23 X Ombro com metal Abrangendo o plano capsular glenoumeral Programação Observações: ▪ Rotineiramente, não é necessária a injeção do contraste, exceto em casos de tumores, capsulite adesiva e artrite reumatoide. ▪ Atenção quanto ao posicionamento e programação dos cortes - o ombrodeve estar em rotação externa e a angulação deve ser correta. ▪ Os cortes do plano Sagital devem se estender até os ventres musculares do manguito rotador para avaliação do seu trofismo. ▪ Se for necessário contraste, deve ser realizado AX T1 e COR T1 sem saturação de gordura. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 136 10.3.3 Esterno – músculo Para este estudo o paciente deverá permanecer em decúbito ventral, o que praticamente anula o efeito do artefato respiratório sobre a região de interesse. A utilização de bandas de saturação é importante para minimizar os artefatos. Para este exame podemos utilizar a bobina de Abdome ou ainda a bobina de coluna. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR FAT T2 3 mm 280 19 X AX FAT T2 6 mm 160 32 X AX T1 6 mm 160 32 SAG T1 3 mm 280 23 X SAG FAT T2 3 mm 280 23 CONTRASTE AX FAT T1 6 mm 160 32 X SAG FAT T1 3 mm 260 23 Trauma, Tumor, Dor não especificada Abrangendo toda a região do esterno Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 137 10.3.4 Plexo Braquial O estudo do Plexo Braquial compreende a realização de sequências dirigidas para a coluna cervical; os cortes axiais deverão abranger desde C2 até T3, sendo realizada sequência 3D volumétrica com alta resolução. Traumas cervicais com suspeita de avulsão de raiz, tumores de fossa supra clavicular, alterações pós actínicas, são as indicações mais frequentes para este tipo de exame. Os cortes sagitais do plexo devem iniciar na metade do canal medular, seguindo lateralmente até o y da escápula. Para este exame a bobina mais adequada é a neurovascular, sendo possível também utilizar a bobina de abdome. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG CERVICAL T2 3 mm 130 12 DIFUSÃO IR 2 mm 300 75 AX FAT VISTA 3 mm 90 36 AX FAT VISTA 3 mm 90 36 COR PLEXO T1 2 mm 200 9 X COR STIR 2 mm 200 9 AX STIR 4 mm 150 23 X SAG T1 3 mm 150 24 X SAG STIR 4 mm 150 23 Trauma, Tumor, Dor não especificada Abrangendo toda a região do plexo braquial. No axial deverão abranger C2 até T3 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 138 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 139 10.3.5 Braço HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR T1 5 mm 300 20 SAG FAT T2 5 mm 280 20 X SAG T1 5 mm 280 20 AX FAT T2 5 mm 160 23 AX FAT T1 5 mm 160 23 X CONTRASTE AX FAT T1 5 mm 160 23 X COR FAT T1 5 mm 300 20 Abrangendo a região do braço Trauma, Dor não especificada e Tumor Programação Observações: ▪ Indicações ao uso de contraste: tumores, abcessos, processos inflamatórios/infecciosos, coleções, fasceite necrotizante e síndrome compartimental. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 140 10.3.6 Cotovelo O posicionamento para este exame poderá ser realizado de duas maneiras: 1. Em decúbito ventral com extensão do braço para frente (posição de nadador) 2. Em decúbito dorsal, lateralizando ao máximo o paciente para que o cotovelo fique o mais central possível. Os cortes axiais deverão estender-se desde 2 cm acima dos epicôndilos e inferiormente até 1 cm após a tuberosidade radial, na região da aponeurose dos tendões do bíceps. A utilização do contraste fica restrita apenas para os casos de processo expansivo e artrite reumatoide. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T1 4 mm 120 19 X AX FAT T2 4 mm 120 19 COR FAT T2 3 mm 120 15 X COR T1 3.5 mm 120 12 SAG FAT T2 3 mm 120 19 CONTRASTE AX FAT T1 4 mm 120 120 X COR FAT T1 3 mm 120 120 Trauma, Dor não especificada e Tumor Abrangendo a região do cotovelo Observação: ▪ A utilização do contraste fica restrita apenas para os casos de processo expansivo e tumores. ▪ O FoV deve incluir à inserção do tendão do bíceps distal. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 141 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 142 10.3.7 Antebraço O posicionamento deve ser em decúbito ventral, na posição mediana da mesa. Em casos de abcessos e tumores, proceder a injeção do contraste. Nos tumores de bainha nervosa, como oschwannoma, abcessos com alto conteúdo proteico e naqueles tumores com áreas hemorrágicas, a sequência T1 com saturação de gordura, previamente à injeção do contraste, é importante para melhor caracterização do eventual realce. Sempre prescrever os três planos na sequência T2 com saturação de gordura. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX T1 5 mm 110 36 X AX FAT T2 5 mm 110 36 COR T1 4 mm 300 15 COR IR 4 mm 300 15 SAG T1 4 mm 300 15 SAG FAT T2 4 mm 300 15 X CONTRASTE AX FAT T1 5 mm 110 36 X COR FAT T1 4 mm 300 15 Trauma, Dor não especificada e Tumor Abrangendo a região do antebraço Programação Observações: ▪ Indicações ao uso de contraste: tumores, abcessos, processos inflamatórios/infecciosos, coleções, fasceite necrotizante e síndrome compartimental. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 143 10.3.8 Punhos Pacientes obesos devem ser posicionados em decúbito ventral com o punho na posição mediana da mesa. Os demais poderão realizar o exame em decúbito dorsal com o braço estendido ao longo do tronco. No entanto, posicionar o paciente o quanto possível para o lado contrário ao estudo, buscando com isso trazer a região de interesse mais próxima ao centro do magneto. Para este estudo pode-se utilizar as seguintes bobinas: bobina de Punho (Wrist de 4 e 8 canais), bobina de Joelho (Knee), bobina Flex S.Os cortes coronais deverão ser orientados paralelamente a linha rádio- ulnar, os axiais deverão estender-se desde o processo estilóide do rádio/ulnar até a porção proximal dos metatarsos. A utilização do contraste fica restrita apenas para os casos de processo expansivo e artrite reumatoide HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR DP SPIR 2 mm 70 15 COR T1 2 mm 70 15 X SAG DP SPIR 2.5 mm 70 23 X AX T1 2.5 mm 70 23 X AX DP STIR 2.5 mm 70 23 CONTRASTE AX FAT T1 2.5 mm 70 23 COR FAT T1 2 mm 70 15 Trauma, Dor não especificada, Artrite Reumatóide, Tumor e Abcesso Referencia proximal: rádio distancial,incluindo a intersecção proximal dos compartimentos extensores Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 144 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 145 10.3.9 Mãos Realizar o exame em decúbito ventral com o braço estendido ao longo do tronco, no entanto posicionar o paciente o quanto possível para o lado contrário ao estudo, buscando, com isso trazer a região de interesse mais próxima ao centro do magneto. Nos casos de artrite reumatoide,realizar os cortes axiais até a falange distal dos dedos. Coronal e Sagital T1 em FOV único se possível. A utilização do contraste fica restrita apenas para os casos de processo expansivo e artrite reumatoide HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR DP SPIR 3 mm 200 12 COR T1 3 mm 200 12 X SAG FAT DP 3 mm 200 19 X AX T1 3 mm 132 20 X AX FAT DP 3 mm 132 20 CONTRASTE AX FAT T1 3 mm 132 20 X SAG FAT T1 3 mm 200 19 Trauma, Dor não especificada, Artrite Reumatóide, Tumor e Abcesso Abrangendo toda a mão até região da falange distal Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 146 10.3.10 Dedos Realizar o exame em decúbito ventral com o braço estendido ao longo do tronco, no entanto posicionar o paciente o quanto possível para o lado contrário ao estudo, buscando, com isso trazer a região de interesse mais próxima ao centro do magneto. Caso o pedido médico especifique, haja queixa localizada ou outro exame que indique problema localizado, fazer cortes interessando a região com menor espessura e cobertura. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR T1 3 mm 150 9 COR FAT DP 3 mm 150 9 X SAG FAT DP 3 mm 150 9 X AX FAT DP 3 mm 100 24 X AX T1 T1 3 mm 100 24 CONTRASTE AX FAT T1 3 mm 100 24 X SAG FAT T1 3 mm 150 9 Trauma, Dor não especificada, Artrite Reumatóide, Tumor e Abcesso Abrangendo toda a falange desde a porção proximal até distal Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 147 10.3.11 Parede Torácica Parede torácica anterior: Paciente preferencialmente na posição head first e em decúbito ventral, a fim de minimizar os artefatos de respiração. Utilizar marcador (cápsula de vitamina E) para sinalizar o local da queixa de dor e/lesão palpável. Para este exame devemos utilizar a bobina de abdômen. Parede torácica posterior: Paciente preferencialmente na posição head first e em decúbito dorsal. Utilizar marcador (cápsula de vitamina E) para sinalizar o local da queixa de dor e/lesão palpável. A barra de saturação posicionada anteriormente, serve como ferramenta de auxílio para minimizar artefatos de respiração. Para este exame devemos utilizar a bobina de abdômen. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR FAT T2 4 mm 310 19 X AX FAT T2 6 mm 380 32 X AX T1 6 mm 380 32 SAG T1 4.5 mm 260 23 X SAG FAT T2 4.5 mm 260 23 CONTRASTE AX FAT T1 6 mm 380 32 X SAG FAT T1 4.5 mm 260 23 Trauma, Tumor, Dor não especificada Abrangendo toda a região da parede toracica Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 148 10.3.12 Bacia Rotina Individualizar a orientação da fase para cada estudo. Avaliação de alterações na crista-ilíaca pode ser prejudicada por artefatos de peristalse. Quando o direcionamento da fase for LR, alterações na região sacral tem prejuízo pela adoção da fase AP. Na bacia, nas suspeitas de síndrome do pririforme, os cortes axiais devem conter toda a tuberosidade isquiática. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR T2 SPIR 5 mm 300 25 X COR T1 5 mm 300 25 AX T2 SPAIR 7 mm 350 23 X AX T1 7 mm 350 23 CONTRASTE AX FAT T1 7 mm 350 23 X COR FAT T1 5 mm 300 25 Necrose, Edema, Abcesso, Trauma, Tumor, Tendinite e Úlcera Abrangendo toda a região da bacia Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 149 10.3.13 Bacia com Metal HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR STIR 5 mm 300 25 X COR T1 5 mm 300 25 AX STIR 7 mm 350 23 X AX T1 7 mm 350 23 CONTRASTE AX T1 7 mm 350 23 X COR T1 5 mm 300 25 Bacia com prótese Abrangendo toda a região da bacia Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 150 10.3.14 Quadril O estudo é sempre unilateral. Nos planos axiais incluir sínfise púbica e bursa trocantérica. O estudo off Center traz prejuízo tanto ao sinal como também a saturação de gordura, portanto o quadril em estudo deverá estar o mais próximo possível do centro do magneto. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes AX DP SPAIR 4 mm 160 19 AX T1 4 mm 160 19 X COR DP SPIR 4 mm 150 14 X SAG DP SP 4 mm 150 16 X OBLÍQUO T1 4 mm 150 16 Trauma, Tumor, Dor não especificada, Alteração no acetábulo, Osteocondromatose e Lesão de Labrum Abrangendo todo o plano articular do quadril Programação Observações: ▪ O estudo é sempre unilateral. Nos planos axiais incluir sínfise púbica e bursa trocantérica. ▪ O contraste é necessário apenas em processos expansivos. ▪ Se for necessário o contraste, realizar AX T1 e COR T1 pós gadolíneo. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 151 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 152 10.3.15 Sacro-ilíacas HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T2 3mm 150 12 X COR T2 3mm 150 16 COR T1 3 mm 150 16 X COR T2 SPAIR 3 mm 150 16 AX T2 SPIR 3 mm 120 12 AX T1 3 mm 120 12 X CONTRASTE AX FAT T1 3 mm 120 12 X COR FAT T1 3 mm 150 16 Sacroiliíte; alterações na articulação sacro- ilíacas Abragendo toda a região sacro-ilíaca Programação Observações: ▪ O contraste é necessário para este estudo. ▪ As aquisições dos planos coronal e axial devem ser oblíquos no eixo da articulação sacroiliaca ▪ Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 153 10.3.16 Coccix HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG FAT T2 4 mm 130 12 X SAG T2 4 mm 130 12 SAG T1 4 mm 130 12 AX T1 3 mm 100 28 AX FAT T2 3 mm 12 100 X COR FAT T2 4 mm 12 12 X CONTRASTE SAG FAT T1 4 mm 130 12 AX FAT T1 3 mm 100 28 Trauma, Tumor, Dor não especificada Abrangendo toda a região do coccix Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 154 10.3.17 Sínfise Púbica Necessário abranger tanto a inserção da fáscia da musculatura reto- abdominal, como aquela dos adutores, tanto no plano axial como no coronal O contraste é necessário para este estudo. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR FAT T2 3 mm 180 16 COR T1 3 mm 180 16 X AX FAT T2 4 mm 200 20 AX T1 4 mm 200 20 X SAG FAT T2 3 mm 200 12 X CONTRASTE AX T1 4 mm 200 20 X COR T1 3 mm 200 16 Trauma, Dor não especificada e Tumor Abrangendo toda inserção da fascia da musculatura reto- abdominal Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 155 10.3.18 Plexo Lombar HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos FilmesCOR LOMBAR T2 4 mm 160 12 SAG LOMBAR T2 4 mm 160 12 X AX PLEXO T1 4 mm 150 20 X AX PLEXO T2 4 mm 150 20 COR PLEXO STIR 4 mm 160 12 X DIFUSÃO PLEXO AX 3 mm 150 140 CONTRASTE AX PÓS TRIVE 4 mm 150 20 X COR PÓS TRIVE 4 mm 160 12 SAG FAT LOMBAR T1 4 mm 160 12 Plexo lombar Abragendo da L3 a S5 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 156 10.3.19 Plexo Sacral HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG T1 4 mm 150 15 SAG FAT T2 4 mm 150 15 X SAG T2 4 mm 150 15 COR T1 4 mm 150 23 COR FAT T2 4 mm 150 23 AX SUP T2 4 mm 180 27 X AX INF T2 4 mm 180 22 X AX SUP T1 4 mm 180 22 AX INF T1 4 mm 180 22 Abrangendo toda região do sacro Trauma, Dor não especificada e Tumor Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 157 10.3.20 Coxa No estudo de lesões musculares da coxa, utilizar marcador para identificar o ponto doloroso. Como o quadro álgico pontual pode ser dor referida, incluir no estudo a inserção dos feixes musculares na espinha ilíaca e região isquiática.Nos casos de abcessos e tumores, proceder à injeção do contraste. Nos tumores de bainha nervosa, como o schwannomaabcessos com alto conteúdo proteico e naqueles tumores com áreas hemorrágicas, a sequência T1 com saturação de gordura previamente à injeção do contraste é importante para melhor caracterização do eventual realce. Sempre prescrever os três planos T2 com saturação de gordura. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR T2 SPAIR 6 mm 400 20 AX T2 SPAIR 8 mm 280 36 COR T1 6 mm 400 20 X SAG T2 SPAIR 6 mm 400 20 X AX T1 8 mm 280 36 X CONTRASTE AX T1 8 mm 280 36 X COR T1 6 mm 400 20 Necrose, Edema, Abcesso, Trauma, Tumor, Tendinite e Úlcera Abrangendo toda a região da coxa Programação Observações: ▪ No estudo de lesões musculares da coxa, utilizar marcador para identificar o ponto doloroso. ▪ Indicações ao uso de contraste: tumores, abcessos, processos inflamatórios/infecciosos, coleções, fasceite necrotizante e síndrome compartimental. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 158 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 159 10.3.21 Joelho O plano sagital seguirá a orientação da esquerda para a direita em ambos os joelhos. Rotineiramente o contraste não é utilizado. Nos casos de clínica de sinovite (dor, edema e hiperemia local), com aumento da bursa articular, pós-operatórios recentes com sinais flogísticos, pacientes portadores de artrite reumatoide e tumores sempre proceder à injeção do meio de contraste. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG DP SPAIR 4 mm 150 15 X COR T1 3.5 mm 130 19 X COR DP 3.5 mm 130 19 AX T2 SPAIR 3 mm 160 23 X Condromalacia patelar, trauma, artrite reumatóide, tumor, osteocondrite e etc Abrangendo todo plano articular do joelho Programação Observações: ▪ Rotineiramente o contraste não é utilizado. ▪ Nos casos de clínica de sinovite (dor, edema e hiperemia local), com aumento da bursa articular, pós-operatórios recentes com sinais flogísticos, pacientes portadores de artrite reumatoide e tumores sempre proceder à injeção do meio de contraste. ▪ Caso seja necessário o contraste, deve realizar AX FAT T1 e COR FAT T1. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 160 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 161 10.3.22 Joelho com Metal HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG STIR 4 mm 160 19 X SAG T1 3 mm 160 19 COR T1 3 mm 130 19 X COR FAT DP 3 mm 130 19 AX STIR 3 mm 140 19 X Joelho com prótese Abrangendo todo plano articular do joelho Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 162 10.3.23 Perna Nos casos de abscessos e tumores, proceder à injeção do contraste. Nas suspeitas de fratura de estresse, para melhor visualização das lesões periosteais, uma boa resolução espacial é desejada. Isso é possível através de um FOV pequeno e menor espessura de corte, na ordem de 4 mm. A utilização do marcador é importante nestes casos. Nos tumores de bainha nervosa, como o schwannoma, abscessos com alto conteúdo proteico e naqueles tumores com áreas hemorrágicas, a sequência T1 com saturação de gordura é importante para melhor caracterização do eventual realce. Este pode ser superestimado, haja vista nestes casos o hipersinal, na sequência T1 com pulso de saturação de gordura, pode estar presente na ausência do gadolínio. Sempre prescrever os três planos na sequência T2 com pulso de saturação de gordura. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes COR T2 SPAIR 6 mm 420 15 AX T2 SPAIR 8 mm 140 20 COR T1 6 mm 420 15 X SAG T2 SPAIR 6 mm 420 20 X AX T1 8 mm 140 20 X CONTRASTE AX T1 8 mm 140 15 X COR T1 6 mm 420 15 Necrose, Edema, Abcesso, Trauma, Tumor, Tendinite e Úlcera Abrangendo toda a região da perna Observações: ▪ No estudo de lesões musculares, utilizar marcador para identificar o ponto doloroso. ▪ Indicações ao uso de contraste: tumores, abcessos, processos inflamatórios/infecciosos, coleções, fasceite necrotizante e síndrome compartimental. ▪ Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 163 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 164 10.3.24 Pé HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG DP SPAIR 3 mm 240 19 SAG T1 3 mm 240 19 X AX DP SPAIR 3.5 mm 240 24 AX T1 3.5 mm 240 24 X COR T1 3 mm 140 22 COR DP SPAIR 3 mm 140 22 X CONTRASTE SAG FAT T1 3 mm 240 19 X AX FAT T1 3 mm 240 24 Trauma, Tumor, Osteomelite e Ruptura de Ligamento Abrangendo todo o pé Programação Observações: ▪ Quando o pedido médico solicita RM PÉ, sugerimos ao Tecnólogo/Biomédico escolher entre os protocolos de antepé ou tornozelo conforme a hipótese diagnóstica/indicação clínica. ▪ Para os casos de pé diabético / osteomielite, podemos utilizar um FoV abrangendo toda a extensão do pé, que permite uma avaliação mais global do processo e não há necessidade de avaliação de pequenas estruturas ligamentares. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 165 10.3.25 Antepé O posicionamento em decúbito ventral melhora a sensibilidade para a detecção das lesões. O plano axial deverá ser paralelo aos metatarsos, os cortes coronais perpendiculares aos metatarsos. Já o plano sagital segue o modelo da esquerda para a direita. O contraste é rotineiramente utilizado. Para o médio pé o paciente poderá ser posicionado em decúbito dorsal; orientar os planos axial, coronal e sagital em relação ao metatarso. Focar estudo noplanejamento dos cortes para a região de interesse. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG DP SPAIR 3 mm 140 15 SAG T1 3 mm 140 15 X AX DP SPAIR 3 mm 140 23 AX T1 3 mm 140 23 X COR T1 3 mm 140 23 COR DP SPAIR 3 mm 140 23 X CONTRASTE COR FAT DP 3 mm 140 15 X AX FAT T1 3 mm 140 15 Neuroma Abrangendo toda região do antepé Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 166 Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 167 10.3.26 Médiopé HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG DP SPAIR 3 mm 160 19 SAG T1 3 mm 160 19 X AX DP SPAIR 3.5 mm 150 20 AX T1 3.5 mm 150 20 X COR T1 3 mm 150 20 COR DP SPAIR 3 mm 150 20 X Dor na região do médio pé; Fratura de Lisfranc Abrangendo todo o médio pé Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 168 10.3.27 Tornozelo/Retropé O plano sagital seguirá a orientação da esquerda para a direita, o plano axial deverá iniciar acima da interlínea tíbio-talar no plano coronal, deverá iniciar no calcâneo e terminar no navicular, junto à inserção do tendão tibial posterior. Nas entorses de repetição, em que não haja caracterização de lesão dos tendões dos compartimentos medial e lateral, executar a sequência obliqua, com o objetivo de conseguir cortes axiais na porção de maior curvatura dos tendões dos compartimentos lateral e medial. Rotineiramente o contraste não é utilizado, com exceção de tumores e artrite reumatoide. HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes SAG DP SPAIR 3 mm 160 15 SAG T1 3 mm 160 19 X AX DP SPAIR 3.5 mm 150 19 AX T1 3.5 mm 150 23 X COR DP SPAIR 3 mm 150 23 X Trauma, Tumor, Osteomelite e Ruptura de Ligamento incluindo desde o tendão calcâneo até a base dpo V metatarso Programação Observações: ▪ Em casos de suspeita de fasciite plantar o contraste não é necessário. ▪ Tumor e Osteomielite devem-se injetar contraste; realizar SAG FAT T1 e COR FAT T1 Pós Contraste ▪ Nas entorses de repetição, executar a sequência coronal obliqua, com a programação dos cortes relacionada ao eixo do ligamento calcâneo-fibular. Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 169 Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 170 10.3.28 Angiorressonância de Membros Inferiores HD Ponto de referência anatômica Plano Sequência Espessura FOV Número de Cortes Documentação dos Filmes 3 SURV'S 2D FFE 30 mm 450 31 PERNAS 3D FFE 1.7 mm 430 102 X COXAS 3D FFE 3 mm 430 60 X PELVE 3D FFE 3.2 mm 430 60 X BOLUS TRACKER 2D FFE 80 mm 530 1 CONTRASTE PERNAS 3D FFE 1.7 mm 430 102 X COXAS 3D FFE 3 mm 430 60 X PELVE 3D FFE 3.2 mm 430 60 X Estenose, Alterações Vasculares Incluir toda a região ilíacas comum até articulação tíbio társica Programação Manual de Procedimentos Ressonância Magnética Código: RM - 001 – Versão: 2.0 – 21.01.2021 171 11 ANEXOS 11.1 Equipamentos FIDI Unidade Equipamento H. Regional de Presidente Prudente Philips Ingenia 1,5 T Conjunto Hospitalar do Mandaqui Philips Ingenia 1,5 T IAMSPE - Inst. Ass. Méd. Serv. Publ. Est. Philips Achieva 1,5 T H. Geral Grajaú GE LX Gold Seal 1,5T H. Guilherme Alvaro Philips Achieva 1,5 T C. Limpo - H M Dr. Fernando M. P. Rocha Philips Intera 1.5 T Pulsar Ermelino - HM Pf. Dr. Alípio Correa Neto GE Brivo MR3 1,5T H. Regional de Osasco GE Óptima 450 1,5T