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41 - Vigilância Epidemiológica

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11/05/2023, 13:29 AVA UNINOVE
https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/9
Vigilância Epidemiológica
COMPREENDER A IMPORTÂNCIA DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DENTRO
DO CONTEXTO DO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE BRASILEIRO.
AUTOR(A): PROF. JUSSARA TOLARDO MESSAS MARCHI
AUTOR(A): PROF. SILVIA REGINA DOS SANTOS PEREIRA
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
O atual Sistema Único de Saúde (SUS) incorporou o Sistema Nacional de
Vigilância Epidemiológica (SNVE), definindo em seu texto legal (Lei nº 8.080/90)
a vigilância epidemiológica como “um conjunto de ações que proporciona o
conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores
determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva, com a
finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das
doenças ou agravos”. Além de ampliar o conceito, as ações de vigilância
epidemiológica passaram a ser operacionalizadas num contexto de profunda
reorganização do sistema de saúde brasileiro, caracterizada pela
descentralização de responsabilidades e integralidade da prestação de serviços.
Você pode compreender a Vigilância Epidemiológica (VE) como um processo que
tem início com a informação do problema de saúde que se destina à tomada de
decisões e, por essa razão define-se a Vigilância Epidemiológica por meio da
tríadeinformação – decisão – ação.A VE constitui-se em importante instrumento
de prevenção e controle de doenças e fornece importantes subsídios para o
planejamento, organização e operacionalização dos serviços de saúde, como
também para a normatização de atividades técnicas correlatas.
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PROPóSITO DA VIGILâNCIA EPIDEMIOLóGICA
Por propósito, a vigilância epidemiológica deve fornecer orientação
técnica permanente para os profissionais de saúde que têm a
responsabilidade de decidir sobre a execução de ações de controle de
doenças e agravos, tornando disponíveis, para esse fim, informações
atualizadas sobre a ocorrência dessas doenças e agravos, bem como dos
fatores que a condicionam, numa área geográfica ou população definida.
FUNÇÕES DA VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA:
coleta de dados;processamento dos dados coletados;
análise e interpretação dos dados processados;
recomendação das medidas de controle apropriadas;
promoção das ações de controle indicadas;
avaliação da eficácia e efetividade das medidas adotadas;
divulgação de informações pertinentes.
No entanto, as profundas mudanças no perfil epidemiológico das populações, no
qual se observa declínio das taxas de mortalidade por doenças infecciosas e
parasitárias e crescente aumento das mortes por causas externas e doenças
crônico-degenerativas, têm propiciado a discussão da incorporação de doenças e
agravos não-transmissíveis ao escopo de atividades da vigilância
epidemiológica. Iniciativas nesta direção estão sendo adotadas tanto pelo
Ministério da Saúde/SVS como por algumas secretarias estaduais e municipais
de saúde.
Agora, você vai aprender sobre a COLETA DE DADOS E INFORMAÇÕES!
As informações dependem, sobretudo, da adequada coleta de dados gerados no
local onde ocorre o evento sanitário (dado coletado). É também nesse nível que
os dados devem primariamente ser tratados e estruturados para se constituírem
em um poderoso instrumento – a informação –, capaz de subsidiar um processo
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dinâmico de planejamento, avaliação, manutenção e aprimoramento das ações.
Portanto, os responsáveis pela coleta devem ser preparados para aferir a
qualidade do dado obtido.
Outro aspecto relevante refere-se à representatividade dos dados, em relação à
magnitude do problema existente. Como princípio organizacional o sistema de
vigilância deve abranger o maior número possível de fontes geradoras,
cuidando-se de assegurar a regularidade e oportunidade da transmissão dos
dados. Geralmente, não é possível nem necessário conhecer a totalidade dos
casos. A partir de fontes selecionadas e confiáveis pode-se acompanhar as
tendências da doença ou agravo, com o auxílio de estimativas de subenumeração
de casos.
Quais os TIPOS DE DADOS utilizados em Vigilância Epidemiológica?
Dados demográï¬ cos, ambientais e socioeconômicos;
Dados de morbidade;
Dados de mortalidade;
Notificações de surtos e epidemias.
FONTES DE DADOS
A Notificação compulsória de doenças - é uma das principais fontes da Vigilância
Epidemiológica, a partir da qual, na maioria das vezes, se desencadeia o processo
de informação – decisão – ação. Por recomendação da 5ª Conferência Nacional
de Saúde, realizada em 1975, o Ministério da Saúde instituiu o Sistema Nacional
de Vigilância Epidemiológica (SNVE), por meio de legislação específica (Lei nº
6.259/75 e Decreto nº 78.231/76). Esses instrumentos legais tornaram
obrigatória a notificação de doenças transmissíveis selecionadas, constantes de
relação estabelecida por portaria.
Lei Federal nº 6.259, de 30 de outubro de 1975.
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Art. 8º – É dever de todo cidadão comunicar à Art. 8 É dever de todo cidadão
comunicar à autoridade sanitária local a ocorrência de fato, comprovada ou
presumível, de caso de doença transmissível, sendo obrigatória a médicos e
outros profissionais de saúde, no exercício da profissão, bem como aos
responsáveis por profissão, bem como aos responsáveis por organizações e
estabelecimentos públicos e particulares de saúde e ensino, a notificação de
casos suspeitos ou confirmados de doenças e agravos.
Art. 9 - É obrigatório proceder à investigação epidemiológica pertinente à
elucidação do diagnóstico e tomar medidas de controle cabíveis, no caso das
doenças do elenco de Doenças de Notificação Compulsória (DNC).
Ver lista de Doenças de Notificação Compulsória no link abaixo:
http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/sesap/DOC/DOC000000000032380.PDF
(http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/sesap/DOC/DOC000000000032380.PDF)
Esta relação de doenças é atualizada de acordo com o surgimento de novos
agravos. No processo de seleção das doenças notificáveis, esses critérios devem
ser considerados em conjunto, embora o atendimento a apenas alguns deles
possa ser suficiente para incluir determinada doença. Por outro lado, nem
sempre podem ser aplicados de modo linear, sem considerar a factibilidade de
implementação das medidas decorrentes da notificação, as quais dependem de
condições operacionais objetivas de funcionamento da rede de prestação de
serviços de saúde.
O caráter compulsório da notificação implica responsabilidades formais para
todo cidadão, e uma obrigação inerente ao exercício da medicina, bem como de
outras profissões na área da saúde. Mesmo assim, sabe-se que a notificação nem
sempre é realizada, o que ocorre por desconhecimento de sua importância e,
também, por descrédito nas ações que dela devem resultar. A experiência tem
evidenciado que o funcionamento de um sistema de notificação é diretamente
proporcional à capacidade de se demonstrar o uso adequado das informações
http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/sesap/DOC/DOC000000000032380.PDF
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recebidas, de forma a conquistar a confiança dos notificantes. O sistema de
notificação deve estar permanentemente voltado para a sensibilização dos
profissionais e das comunidades, visando melhorar a quantidade e qualidade dos
dados coletados mediante o fortalecimento e ampliação da rede.
Todas as unidades de saúde (públicas, privadas e filantrópicas) devem fazer parte
do sistema, bem como os profissionais de saúde e mesmo a população em geral.
Não obstante, essa cobertura universal idealizada não prescinde do uso
inteligente da informação, que pode basear-se em dados muito restritos para a
tomada de decisões oportunas e eficazes.
Aspectos que devem ser consideradosna notificação:
notificar a simples suspeita da doença. Não se deve aguardar a confirmação do
caso para se efetuar a notificação, pois isto pode significar perda da
oportunidade de intervir eficazmente;
a notificação tem de ser sigilosa, só podendo ser divulgada fora do âmbito
médico-sanitário em caso de risco para a comunidade, respeitando-se o direito
de anonimato dos cidadãos;
o envio dos instrumentos de coleta de notificação deve ser feito mesmo na
ausência de casos, configurando-se o que se denomina notificação negativa, que
funciona como um indicador de eficiência do sistema de informações.
Sua seleção baseia-se na magnitude (medida pela frequência), potencial de
disseminação, transcendência (medida pela letalidade, severidade, relevância
social e econômica), vulnerabilidade (existência de instrumentos de prevenção),
compromissos internacionais de erradicação, eliminação ou controle, epidemias,
surtos e agravos inusitados – critérios que são observados e analisados em
conjunto:
Resultados de exames laboratoriais;
Declarações de óbitos;
Maternidades (nascidos vivos);
Hospitais e ambulatórios
;Investigações epidemiológicas;
Estudos epidemiológicos especiais;
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Sistemas sentinela;
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE);
Imprensa e população, dentre outros.
DIAGNÓSTICO DE CASOS
Os profissionais deverão estar tecnicamente capacitados e dispor de recursos
complementares para a confirmação da suspeita clínica. A correta e oportuna
realização do diagnóstico e tratamento assegura a confiança da população em
relação aos serviços, contribuindo para a eficiência do sistema de vigilância.
INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA
Em geral, os pacientes que apresentam quadro clínico compatível com doença
incluída na lista de notificação compulsória, ou algum agravo inusitado,
necessitam de atenção especial tanto da rede de assistência à saúde quanto dos
serviços de vigilância epidemiológica, os quais devem ser prontamente
disponibilizados. Salientam-se, portanto, os procedimentos a seguir descritos.
Assistência médica ao paciente − primeira providência a ser tomada no sentido
de minimizar as consequências do agravo para o indivíduo. Quando a doença for
de transmissão pessoa a pessoa, o tratamento contribui para reduzir o risco de
transmissão. Portanto, dependendo da magnitude do evento, a equipe de
vigilância epidemiológica deve buscar articulação com os responsáveis pela rede
de assistência à saúde, para que seja organizado o atendimento à população.
Qualidade da assistência − verificar se os casos estão sendo atendidos em
unidade de saúde com capacidade para prestar assistência adequada e oportuna,
de acordo com as características clínicas da doença.
Proteção individual − quando necessário, adotar medidas de isolamento,
considerando a forma de transmissão da doença (entérica, respiratória, reversa,
etc.).
Proteção da população − logo após suspeita diagnóstica, adotar as medidas de
controle coletivas específicas para cada tipo de doença.
PROCESSAMENTO E ANÁLISE DE DADOS
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Os dados colhidos são consolidados (ordenados de acordo com as características
das pessoas, lugar, tempo, etc.) em tabelas, gráficos, mapas da área em estudo,
fluxos de pacientes e outros. Essa disposição fornecerá uma visão global do
evento, permitindo a avaliação de acordo com as variáveis de tempo, espaço e
pessoas (quando? onde? quem?) e de associação causal (por quê?), e deve ser
comparada com períodos semelhantes de anos anteriores. É importante lembrar
que, além das frequências absolutas, o cálculo de indicadores epidemiológicos
(coeficientes de incidência, prevalência, letalidade e mortalidade) deve ser
realizado para efeito de comparação.
DECISÃO – AÇÃO
Todo sistema de vigilância tem por objetivo o controle, a eliminação ou a
erradicação de doenças, o impedimento de óbitos e sequelas. Dessa forma, após
a análise dos dados, deverão ser definidas imediatamente as medidas de
prevenção e controle mais pertinentes à situação. Isso deve ser feito no nível
mais próximo da ocorrência do problema, para que a intervenção seja mais
oportuna e, consequentemente, mais eficaz.
PROGRAMA NACIONAL DE IMUNIZAÇÕES (PNI) E VIGILÂNCIA
EPIDEMIOLÓGICA
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Legenda: VIGILâNCIA EPIDEMIOLóGICA E IMUNIZAçãO
ATIVIDADE FINAL
A vigilância epidemiológica tem como propósito fornecer orientação
técnica permanente para os que têm a responsabilidade de decidir
sobre a execução de ações de controle de doenças e agravos.
Considerando essa afirmação, assinale a alternativa correta.
A. A informação limita o desencadear de ações por meio do planejamento.
B. O eixo central da vigilância epidemiológica é o processo de informação-
decisão-ação.
C. O planejamento em saúde independe das informações e da epidemiologia
D. Informação é o dado não analisado.
REFERÊNCIA
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de
vigilância epidemiológica. – 6. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2005.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Manual de Normas e Procedimentos
para Vacinação. – Brasília: Ministério da Saúde, 2014.
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