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O golpe militar de 1964 no Brasil Em março de 1964, um golpe militar derrubou o presidente João Goulart e instaurou uma ditadura que durou 21 anos. Conheça a história desse período conturbado do Brasil. José S. Cruz O contexto histórico do Brasil na década de 60 A década de 60 foi marcada pela agitação social e política em todo o mundo, com o surgimento de novos movimentos sociais e lutas por direitos civis. No Brasil, a economia passava por mudanças e o governo enfrentava crescente instabilidade política. Protestos e manifestações O país estava dividido entre os defensores das reformas de base e as forças conservadoras, que viam as mudanças propostas como ameaça à ordem estabelecida. O sonho do desenvolvimento O governo buscava modernizar a economia e promover o desenvolvimento, mas as desigualdades sociais ainda eram profundas, o que gerava tensões. O governo Geisel O governo militar implementou diversas medidas para controlar a inflação e modernizar a infraestrutura, mas ao mesmo tempo reprimia duramente a oposição política. José S. Cruz O cenário político pré-golpe Ao longo dos anos 60, o governo enfrentou crescente oposição por parte das forças conservadoras, que acusavam Jango Goulart de simpatia pelo comunismo e de planejar um golpe de estado. Em 1964, militares aproveitaram essa oposição para derrubar o presidente e tomar o poder. Ameaças comunistas Os militares alegavam que o país estava sob ameaça de uma "subversão comunista", que precisava ser combatida através de medidas drásticas. O envolvimento dos Estados Unidos Os Estados Unidos tinham interesse em manter a estabilidade política na América Latina e apoiaram o golpe no Brasil, oferecendo ajuda financeira e logística aos militares. A oposição política A medida que a ditadura se consolidava, a oposição organizava-se de diversas formas, resistindo através da luta armada, da imprensa alternativa e da mobilização popular. José S. Cruz O golpe militar de 1964 Em 31 de março de 1964, as tropas militares saíram às ruas para depor João Goulart e assumir o controle do país. O golpe contou com o apoio de amplos setores da sociedade civil, mas gerou grande instabilidade e violência. Os militares prometeram que sua intervenção seria temporária, mas a ditadura durou mais de duas décadas. 1964-1967 Fase inicial do regime militar, marcada pelo recrudescimento da repressão e pela cassação dos direitos políticos de opositores do regime. 2 1968-1974 O período de maior violência e repressão política, com o AI-5 e a perseguição sistemática a ativistas políticos. 3 1975-1985 Fase final do regime militar, marcada pela lenta abertura política e pelo início da transição democrática. José S. Cruz 1 Alguns grupos de oposição optaram pela luta armada, enfrentando os militares em combates violentos que devastaram algumas regiões do país. Os anos de chumbo Durante os anos de chumbo, a repressão política e cultural atingiu níveis nunca antes vistos no Brasil. A censura e a tortura eram usadas para silenciar oposicionistas e dissidentes. O cenário político estava polarizado e a violência era constante. A censura à imprensa Jornais, revistas e emissoras de TV e rádio sofriam forte censura por parte do regime militar, que queria controlar as informações que circulavam no país. A prática da tortura Ao longo dos anos de chumbo, milhares de pessoas foram presas, perseguidas e torturadas pelos militares, que buscavam obter informações e reprimir a resistência. A luta armada José S. Cruz A resistência e a repressão Mesmo com a forte repressão, vários grupos e movimentos políticos resistiram à ditadura de diversas formas, lutando pela redemocratização do Brasil e pelos direitos civis. A oposição teve que lidar com a censura, a perseguição e a violência, mas conseguiu manter viva a luta política. Os movimentos estudantis Os estudantes foram um dos principais grupos de resistência, organizando manifestações e greves que foram reprimidas com violência. 2 A imprensa alternativa Os jornais e revistas alternativos foram importantes veículos de oposição ao regime, denunciando a censura e a violência dos militares. 3 A igreja Católica Setores da igreja católica, como a Teologia da Libertação, se posicionaram contra a ditadura, defendendo a justiça social e os direitos humanos. 1 José S. Cruz A redemocratização do Brasil Com o desgaste do regime militar e a mobilização popular, a transição para a democracia começou a se tornar inevitável. Várias foram as articulações políticas para que isso acontecesse, e assim, os brasileiros conquistaram o direito de voltar a escolher livremente seus líderes pelo voto direto. As eleições diretas Em 1984, a oposição pressionou o governo militar a convocar eleições diretas para presidente. A proposta foi derrotada no Congresso, mas marcou o início do processo de abertura política. A eleição de Tancredo Neves Em 1985, os parlamentares elegeram Tancredo Neves como presidente. Ele morreu antes de assumir, mas a eleição abriu caminho para a redemocratização do país. A Constituinte de 1988 Em 1987, foi convocada a assembleia nacional constituinte que escreveu a Constituição de 1988, que garantiu a volta do estado de direito e dos direitos civis e políticos no país. José S. Cruz Consequências políticas, sociais e econômicas O golpe militar de 1964 teve profundas consequências para o Brasil, que ainda são sentidas hoje em dia. O país viveu anos de repressão política, censura e violência, que deixaram marcas profundas na sociedade e na economia. Políticas O país passou por uma longa ditadura militar que deixou muitos traumas e afetou a construção da democracia. Sociais A repressão e a violência do regime militar resultaram em uma sociedade profundamente polarizada e traumatizada. Econômicas A censura e a falta de liberdade acabaram afetando o desenvolvimento econômico do país, que ficou para trás em relação a outros países da região. José S. Cruz