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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Olá a todos! Chegamos à nossa última aula de ARM para este concurso da ABIN. Nesta aula de hoje, veremos os tópicos restantes e faremos, também, vários exercícios de 2010. Em relação à correção dos itens do concurso do MPU/2010, vamos fazer uma pequena alteração. Quem fez a prova do MPU sabe que o resultado (e, portanto, o gabarito definitivo) estava previsto para sair nessa última sexta-feira, dia 08. Quando eu fiz o calendário deste curso (e como, desde o início, eu prometi a correção dos itens deste concurso do MPU), levei este fato em consideração. O CESPE, entretanto, adiou a divulgação do resultado e, com isso, a divulgação, também, do gabarito oficial das questões. A previsão é que, na próxima sexta-feira, dia 15, saiam, finalmente, estes dados. Portanto, vou combinar com vocês que, na próxima quarta-feira, dia 20, eu publico um material extra, com a resolução destes itens, com o gabarito definitivo dado pela banca examinadora. Você, concursando, sabe da importância de se estudar pelo gabarito definitivo da banca (e não pelo preliminar), porque, muitas vezes, a banca comete deslizes impressionantes. Então, como o nosso concurso da ABIN ainda será dentro de alguns dias, prefiro esperar o gabarito definitivo, para lhe fornecer um material totalmente correto, que lhe servirá, inclusive, para seus estudos futuros. Combinado assim? Vamos, então, à nossa aula de hoje. 1. (CESPE – UEPA – 2008) Materiais escassos no mercado, de alto custo de aquisição, armazenagem ou transporte e de difícil previsão são classificados como materiais críticos. Item certo. Por meio deste item, vamos começar a estudar as classificações dos materiais. A classificação de materiais nada mais é do que o agrupamento de materiais com características semelhantes. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Existem diversas formas de classificar os materiais. A questão pergunta sobre os materiais críticos: Materiais críticos são aqueles materiais que a empresa só desejará utilizar em momentos críticos, delicados. Em situações normais, a empresa prefere não fazer uso desses materiais, pois eles geralmente requerem cuidados especiais. Existem certas razões que podem fazer com que o material seja classificado como crítico. Veja algumas dessas razões: – existência de único fornecedor; – escassez no mercado; – material de difícil fabricação ou obtenção; – material de elevado valor; – material de elevado custo de armazenagem; – material de difícil transporte; – material de elevado custo de transporte; – material perecível; – material de alta periculosidade; – material de grandes dimensões; O próprio conceito implica que deve haver, em uma organização, poucos materiais críticos. Afinal, não é razoável que uma organização possua muitos materiais que exigem esforços extras. Ou seja, a empresa sempre vai preferir utilizar o menor número de materiais críticos possível. Voltando ao nosso item: materiais críticos são aqueles que exigem cuidados especiais da empresa, como, por exemplo, os materiais escassos no mercado, de alto custo de produção, armazenagem ou transporte e de difícil previsão. Note que não são só esses os materiais críticos, mas, nem por isso, o item deixa de estar correto. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 2. (CESPE – TSE – 2006) Materiais que requerem cuidados especiais na armazenagem e no transporte são classificados como materiais críticos. Item certo. Agora ficou fácil responder ao item, não é mesmo? Ele é praticamente igual ao item anterior. Materiais críticos, como você já sabe, são aqueles que exigem cuidados especiais da empresa, como, por exemplo, os materiais que requerem cuidados especiais na armazenagem e no transporte. Mais uma vez, não são só esses os materiais críticos, mas, nem por isso, o item deixa de estar correto. 3. (CESPE – TJPA – 2006) Quanto ao tipo de demanda, os materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque. Item certo. Vamos aproveitar a questão, que é bem simples, para destrinchar essa classificação quanto ao tipo de demanda. Quanto ao tipo de demanda, os materiais podem ser classificados em de estoque ou não de estoque. MATERIAIS DE ESTOQUE São os materiais para os quais são estabelecidos parâmetros de ressuprimento automático, independentemente da participação do usuário. São os materiais que devem existir em estoque. O ressuprimento automático dos materiais de estoque leva em conta a participação desses materiais no processo produtivo e a demanda deles prevista. De acordo com o professor João José Viana, os materiais de estoque também podem sofrer algumas classificações, a saber: a) Quanto à aplicação: a.1) Matérias-primas: materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo da empresa; ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 a.2) Produtos em fabricação: são os que estão sendo processados ao longo da produção; a.3) Produtos acabados: são os produtos já prontos, constituintes do estágio final do processo produtivo; a.4) Materiais de manutenção: materiais de consumo aplicados em manutenção, usados repetidas vezes; a.5) Materiais de consumo: materiais de consumo, usados repetidas vezes, desde que não aplicado em manutenção. a) Quanto à importância operacional: b.1) Materiais X: de aplicação não importante, há um material de uso similar na empresa; b.2) Materiais Y: podem ter ou não similar na empresa, mas sua importância é mediana; b.3) Materiais Z: materiais essenciais; não existem similares na empresa. MATERIAIS DE NÃO ESTOQUE São, ao contrário dos materiais de estoque, materiais que necessitam de solicitação direta do usuário para provocar a sua aquisição (leia- se: seu ressuprimento não é automático). A questão em análise está duplamente correta: primeiro, ao afirmar que os materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque; segundo, ao afirmar que esta classificação é relacionada ao tipo de demanda. 4. (CESPE – IPOJUCA – 2009) A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar no hospital. Item errado. Aproveitando a explicação acima, acerca da importância operacional dos materiais de estoque, vamos resolver este item. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Na classificação XYZ, os itens X são aqueles de aplicação não importante, em que há um material de uso similar na empresa. Os materiais vitais ou críticos para a produção, sem similar no hospital, são, por sua vez, os materiais Z. 5. (CESPE – DETRAN PA – 2006) Tintas pretas para fazer retoques na pintura de um automóvel, ao serem estocadas, são consideradas estoque de produto acabado. Item errado. As tintas utilizadas no retoque da pintura de um automóvel são uma das matérias-primas utilizadas na sua fabricação. Este item é importante para a gente desenvolver um raciocínio muito útil ao concursando. Aprenda a gastar bem o seu tempo na hora da prova e limite-se a responder àquilo que o item está perguntando. Veja só, o examinador quer saber se tintas pretas, utilizadas para fazer retoques na pintura de um automóvel, são consideradas produto acabado. O que é um produtoacabado? É aquele produto já pronto, constituinte do estágio final do processo produtivo. Ora, no caso em análise, se tem uma coisa que a tinta não é é produto acabado, concorda? Em verdade, a tinta só é produto acabado, de forma geral, em uma loja que vende tintas. Lá, sim, ela é o produto acabado, pronto para ser vendido. O que eu quero dizer é que, nesta questão, você só precisa saber se a tinta é, ou não, produto acabado, mas não precisa saber o que ela é, de fato. Entende? Você possui dois caminhos para resolver a questão: O primeiro deles é saber o que a tinta é, de fato, no processo produtivo. Sabendo que ela é matéria-prima utilizada na fabricação de um carro, fica fácil saber que ela não é produto acabado. O segundo caminho é simplesmente saber que a tinta não é produto acabado – e esta informação já é suficiente para marcar o item como errado. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Pode ser que alguns alunos tenham acertado este item no concurso do DETRAN sem sequer saber que a tinta, no caso, era classificada como matéria-prima. Bastava saber que ela não era produto acabado. Então, não perca tempo, na hora da prova, pensando o que a tinta é (se é matéria-prima, se é material de manutenção, de consumo...). Gaste os seus minutos avaliando apenas aquilo que é necessário à correta resolução do item. Uma vez, um professor meu de física me disse algo que eu nunca mais vou esquecer na vida. Tanto é que, à época, eu tinha 15 anos e nunca mais esqueci (convenhamos que não se passaram tantos anos assim, né, rs...). Faça um teste aí onde você está. Imagine que você está com uma coceirinha atrás da orelha direita. Para coçar a orelha direita, você tem duas opções: utilizar a mão direita (coce aí, para você ver) ou a mão esquerda. Ao utilizar a mão esquerda, você precisará fazer um movimento muito amplo, desajeitado, mas, ainda assim, alcançará o seu objetivo. Em uma prova de concurso público (a cada item, em verdade), você está fazendo um teste desse. Ao perder tempo imaginando qual a classificação correta da tinta, você está coçando a orelha direita com a mão esquerda, mas, ainda assim, acertará ao item. Ao pensar objetivamente que a tinta não é produto acabado e esta informação já lhe basta, você está coçando a orelha direita com a mão direita. Caramba, de tanto falar em orelha coçando, aposto que a sua começou a coçar, de verdade, não foi? rs. Bom, me empolguei na análise aqui, mas acho que este raciocínio pode te ajudar, na hora da prova. Espero que, como eu, você nunca mais se esqueça dessa historinha e que isto lhe sirva, não só em ARM, mas em todas matérias que você precisar estudar. Passemos ao próximo item. 6. (CESPE – DETRAN PA – 2006) Se um carro, em fase final do processo de restauração, sai da referida unidade passa a ser considerado peça de manutenção. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Item errado. Um carro, em fase final do processo de restauração, é já considerado produto acabado. Em verdade, o carro, neste caso, nada tem a ver com peça de manutenção, né? Materiais de manutenção são, como o nome indica, materiais de consumo aplicados em manutenção, usados repetidas vezes. 7. (CESPE – DETRAN PA – 2006) Os vidros à prova de bala utilizados no processo de blindagem de um carro oficial são considerados matéria-prima. Item certo. Os vidros à prova de bola são uma das matérias-primas, dos insumos utilizadas na blindagem de um carro oficial. 8. (CESPE – TJPA – 2006) Material deteriorado pelo tempo de uso e sem qualquer outra utilização é chamado de material obsoleto. Item errado. Existe alguma confusão entre os materiais obsoletos e inservíveis: Um material obsoleto é aquele antigo, ultrapassado. Hoje, um vídeo cassete é já obsoleto, pois a maioria das pessoas tem, em suas casas, aparelhos de DVD. Isso não significa, entretanto, que o vídeo cassete não possua qualquer outra utilização. Ele ainda possui suas funções, apesar de ultrapassado. Material inservível, por sua vez, é o material que já não possui mais utilidade, que está deteriorado, danificado e sua recuperação é economicamente inviável. Um aparelho de DVD danificado pode ser inservível, se o seu concerto for mais caro do que um aparelho novo, por exemplo. O item define o material inservível, aquele deteriorado pelo tempo e sem qualquer outra utilização. Fique atento a esta diferença! ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 9. (CESPE – SERPRO – 2010) O inventário anual se caracteriza como aquele destinado a comprovar a existência da quantidade e do valor dos itens previstos no patrimônio de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício, constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. Item certo. Inventário é um tema que tem sido muito cobrado pelo CESPE em suas provas recentes. Tanto é que os próximos 6 itens falam sobre o tema e são todos de 2009 ou 2010. A maioria deles, cobrando a diferença entre os dois tipos de inventário. Inventário é, pois, a contagem física dos itens de um estoque. É realizado para verificar se os sistemas contábeis da empresa estão refletindo a realidade. Como resultado, o inventário fornece as quantidades reais em prateleira de cada produto e, como consequência, o valor do estoque. Quem já trabalha em certas repartições públicas sabe bem o que é o inventário. É que é comum, no final do ano, a realização deles e, geralmente, é aquela loucura: “alguém sabe cadê aquela fita que estava sob a responsabilidade da nossa seção?”, rs. São dois os tipos de inventários: INVENTÁRIOS ANUAIS Também chamados de inventários gerais. São os inventários realizados em períodos determinados; no caso, ao final do exercício fiscal. Abrangem todos os itens de estoque de uma só vez e, por isso, são de longa duração. INVENTÁRIOS ROTATIVOS São aqueles realizados mais de uma vez ao ano, geralmente a cada saída ou entrada do material. É o tipo de inventário aconselhável para produtos de alto valor. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Uma loja de jóias caras não fará, por óbvio, somente inventários anuais; fará inventários rotativos, com maior frequência. Por outro lado, uma papelaria não possui condições de fazer um novo inventário a cada entrada ou saída de um simples lápis; por isso, faz inventários anuais. Deu pra entender a diferença? Voltando ao item, o inventário anual é aquele realizado ao final do exercício fiscal, que abrange todos os itens do estoque. Os inventários anuais e rotativos (e não só os anuais) são destinados a comprovar a existência da quantidade e do valor dos itens previstos no patrimônio de cada unidade gestora. Afirmação correta, portanto. 10. (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Os inventários gerais compreendem a contagem do estoque de todos os materiais de uma empresa. Item certo. Os inventários gerais (ou anuais) compreendem, de fato, todos os itens de uma empresa. Por esta razão, costumam ser demorados. Mais uma vez: esta diferença entre os dois tipos de inventários deve ficar muito clara na sua cabeça. Você já viu que, nos últimos anos, o CESPE tem adorado este tema! 11. (CESPE – AGU – 2010) Os inventários rotativos são efetuados no final de cada exercício fiscal da empresa e incluem a totalidade dos itens de estoque de uma só vez. Item errado. Esta é a definição de inventários anuais – e não de rotativos! Os inventáriosrotativos são realizados com mais frequência – em algumas empresas, realizados a cada entrada ou saída de produtos em estoque – e realizados somente em determinados itens. 12. (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Inventários rotativos são uma modalidade aplicada apenas em empresas automobilísticas. Item errado. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Toda vez que eu revejo esta questão eu fico me perguntando de onde o examinador tirou tanta criatividade para elaborá-la! rs. Inventários rotativos são, também, aplicados em empresas automobilísticas (seus produtos, os carros, são produtos de alto valor), mas não só nelas. Uma loja de jóias caras também o faz. Aliás, está relação não existe, viu? Toda vez que o examinador quiser te confundir, dizendo que algum inventário é realizado somente em determinado tipo de empresa, o item estará errado. A análise que você, na hora da prova, precisa fazer é: “será que, economicamente falando, é mais vantajoso para a empresa controlar a entrada e saída de materiais a cada nova movimentação ou somente depois de certo período de tempo”? Entendido? Vamos, para fechar este tema, fazer um quadro bem simples apontando a diferença entre os tipos de inventário? ANUAL (ou geral) ROTATIVO Realizado em períodos determinados Realizado mais de uma vez ao ano Geralmente, ao final do exercício fiscal (por razões legais) Geralmente, a cada entrada ou saída de material Abrange todos os itens do estoque de uma só vez Aconselhável para produtos de alto valor Demorados Costumam ser mais rápidos 13. (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Para um bom planejamento da operação de inventário, devem-se prever duas equipes, sendo uma para a contagem e outra para a revisão. Item certo. Em relação aos inventários, você precisa saber, além da diferença entre eles, alguns cuidados que precisam ser tomados no planejamento, para garantir a eficiência deles: ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 É recomendável que haja duas equipes para o levantamento. A primeira equipe será responsável pela primeira contagem (reconhecedores), a segunda cuidará da segunda contagem, que funcionará como uma revisão. Todos os equipamentos necessários devem ser providenciados com antecedência, como balanças e equipamentos de movimentação. Os itens a ser inventariados também devem ser dispostos da melhor forma possível, facilitando a identificação e a movimentação. Desse modo, como nós falamos acima, a literatura recomenda que, para um bom planejamento da operação de inventário, existam duas equipes: a primeira, que fará a contagem, e a segunda, que fará a revisão. 14. (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Cut-off pode ser definido como o ponto de corte a partir do qual as equipes de inventário trabalharão. Item certo. Conceito importante relacionado aos inventários, para concurso público, é o de cut-off. Por isso, vou, aqui, reproduzir todo o breve conteúdo relacionado ao tema, do livro de Marco Aurélio Dias (as informações completas estão na bibliografia) – o livro que o CESPE adota. “É um dos procedimentos mais importantes do inventário; se a sua organização não for benfeita, corre-se o risco de o inventário não corresponder à realidade. Poderá insistir em um mapa com todos os detalhes dos três últimos documentos emitidos antes da contagem (notas fiscais, notas de entrada, requisição de materiais, devolução de materiais). Não se recomenda que haja movimentação de materiais na data da contagem e que o departamento de compras instrua os fornecedores para que não sejam entregues materiais nesta data. O departamento de produção deverá requisitar com antecedência os suprimentos necessários à produção do dia do inventário e também a transferência, em tempo hábil, de produtos acabados para o almoxarifado. A expedição deverá também ser instruída para que os produtos faturados e não entregues sejam isolados dos demais itens que serão inventariados. Existem situações em que deverão ser feitos inventários sem parar a linha de produção, sem parar a expedição e o recebimento de materiais de fornecedores; neste caso, o controle de cut-off necessita ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 ser mais rígido ainda, para não correr o risco de existência de itens contados duas vezes ou não contados.” Resumindo: o cut-off realiza o confronto entre os documentos representativos das aquisições e vendas de mercadorias ou produtos (notas fiscais de entrada e de saída) com os respectivos registros contábeis e com o inventário físico. Além disso, o cut-off mostra o ponto em que, a partir do qual, os itens não serão inventariados. Esta é, pois, a definição de cut-off, o ponto a partir do qual os itens não serão mais inventariados. Ou, como disse o item, o ponto a partir do qual as equipes trabalharão. Seria mais ou menos assim: no último inventário, nós começamos a contar a partir do produto “x”; agora, neste inventário, retomaremos as contas a partir do próximo produto, depois do “x”. Eu sei que este conceito é meio abstrato e os alunos geralmente têm dificuldade nele. Então, se você não está conseguindo entender muito bem o que eu estou dizendo, não se preocupe, é difícil mesmo. Tanto é que recorri ao livro do Dias (no qual o CESPE se baseia) para tentar ajudar na explicação. Mas uma coisa é certa: eu já falei para você que acredito, de verdade, naquele método de estudar pelos itens corretos da banca examinadora. Pois, agora, estamos diante de um item bastante útil aos nossos estudos: a definição do CESPE sobre cut-off. Veja que não é esta a única definição do conceito, já que o próprio examinador escolheu muito bem as palavras, ao dizer: “pode ser definido como”. Então, se você precisar fazer uma revisão rápida antes da prova, sugiro que, neste tópico, tome como base o nosso maior doutrinador: a banca examinadora! Para ela, cut-off pode ser definido como o ponto de corte a partir do qual as equipes de inventário trabalharão. Guarde isto! 15. (CESPE – FUB – 2008) Em geral, os materiais de consumo devem ser armazenados de forma que os mais antigos possam ser utilizados primeiro. Item certo. Vamos aproveitar este item para ver os principais tópicos sobre almoxarifado? ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Almoxarifado é, em poucas palavras, o local destinado à guarda e conservação de materiais. Está diretamente ligado à movimentação e ao transporte interno de cargas. O almoxarifado pode ser chamado de armazém ou depósito e, independente da denominação, é muito útil às atividades da empresa. Procedimentos adequados de estocagem dos mais diferentes materiais permitem à empresa diminuir alguns custos operacionais, acelerar o processo produtivo e, em alguns casos, até diminuir etapas na fabricação do produto final. Um parêntese aqui: antes que você me pergunte, existe muita discussão acerca da diferença entre almoxarifado, armazém ou depósito. Inclusive, o CESPE não tem muita posição muito clara sobre o assunto. Vamos aos fatos: O livro do Dias, utilizado pelo CESPE em suas provas, diz, no capítulo referente às operações de almoxarifado, já no seu primeiro parágrafo, que “o almoxarifado, armazém ou depósito, não importa qual a sua denominação, está diretamente ligado à movimentação e transporte interno de cargas, e não se pode separá-lo”. Você concorda comigo que, por este primeiro parágrafo do Dias, ele (o autor) deixa claro que não faz distinção entre os termos, certo? Pois é, acontece que, em um item antigo, de 2005,o CESPE considerou o seguinte item, abaixo, como errado, o que deu a entender que ele faria distinção entre os termos. (CESPE - TRT 16° Região – 2005) O Depósito pode ser conceituado como o setor que tem por missão receber, conferir, armazenar, conservar e distribuir tudo o que é adquirido por setor de compras. A literatura, de forma geral, faz a seguinte distinção: almoxarifado é o local onde são armazenadas as matérias-primas e depósito e o local onde são armazenados os produtos acabados. Eu acredito que o CESPE, neste item, tenha feito essa distinção. O que você deve fazer, portanto, na hora da prova? Pergunta difícil essa, rs. A minha função como professora é alertá-lo para os possíveis entendimentos da banca e ajudá-lo a formar a sua opinião, para, na hora da prova, tomar a atitude correta. O que eu, Carolina, faria, pessoalmente, na hora da prova, é tentar seguir a recomendação da literatura, pois, neste caso, você poderá entrar com recurso, caso o gabarito esteja duvidoso. De toda forma, ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 isto é o que eu, Carolina, faria. Você, não necessariamente, precisa pensar assim. Eu, se tivesse feito a prova do TRT 16ª Região, entraria com recurso na questão, com base no livro do Dias, mas aposto que recursos não faltaram e, ainda assim, a banca não mudou a sua posição. No mundo ideal, as bancas examinadoras nunca errariam e seguiriam sempre uma mesma linha, clara e sem contradições. Infelizmente (ou felizmente, vai saber...), o mundo não é ideal e, na “vida real”, nem tudo o que acontece é estritamente linear. Fechado este parêntese, podemos voltar ao estudo do almoxarifado. Um almoxarifado adequado evita, ainda, acidentes de trabalho, desgastes desnecessários nos equipamentos de movimentação e fornece mais segurança àqueles que dele se utilizam. A empresa moderna se deu conta de todas essas vantagens obtidas ao se utilizar corretamente um almoxarifado e, hoje, possui sistemas bem sofisticados de manuseio e de armazenagem de materiais. Nem sempre foi assim, todavia. Os depósitos, há alguns anos, eram o pior local dentro da empresa, onde os materiais eram irresponsavelmente acumulados – o que gerava custos e esforços absolutamente desnecessários. Imagine como um sistema correto de armazenagem faz a diferença, especialmente em relação aos materiais críticos (lembra-se deles, do começo da nossa aula?), que podem exigir condições especiais de temperatura, de iluminação, de umidade, etc. São funções do almoxarifado: • Receber e conferir os materiais adquiridos pela empresa, para guarda e proteção; • Fornecer os materiais a outras áreas da empresa e aos usuários, quando requerido; • Atualizar e manter os registros necessários. O recebimento do material envolve algumas fases, a saber: entrada de materiais, em que os materiais chegam à empresa; conferência quantitativa e qualitativa, em que o responsável confere se o número de itens recebidos é igual ao requisitado e se esses itens estão ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 adequados; por fim, a regularização da compra, nos sistemas contábeis da empresa. A armazenagem compreende cinco fases, de acordo com o professor João José Viana: • Verificação das condições nas quais o material foi recebido, no tocante à proteção e embalagem; • Identificação dos materiais; • Guarda na localização adequada; • Informação da localização física de guarda ao controle; • Verificação periódica das condições de proteção e armazenamento; • Separação para distribuição. Voltando ao nosso item: os materiais de consumo mais antigos devem, de fato, de maneira geral, ser utilizados primeiro, já que possuem prazo de validade, não é mesmo? Perceba que, em algumas questões desse tema, você precisará utilizar o seu bom-senso também, aliado à teoria. Vimos, acima, que um correto sistema de armazenagem evita desperdícios, retrabalhos e faz a diferença, ao se valer de procedimentos corretos e eficazes. Vamos trazer o exemplo para a nossa casa (em vez de uma empresa), para facilitar o entendimento. Imagine que você compre um produto de limpeza (um “Pinho Sol”, por exemplo – está vendo que eu entendo tudo de limpeza, né? rs) neste mês e que, por algum motivo qualquer, não o utilize. Aí, no mês que vem, você compra outro Pinho Sol, como de costume. Se você utilizar sempre o Pinho Sol mais novo, o mais antigo, que não foi utilizado naquele mês determinado, acabará ficando velho, perdendo o prazo de validade e, assim, tornando-se inutilizável. Se você, por outro lado, como sugere a questão, utilizar o mais antigo, estará evitando estes problemas. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Portanto, com este exemplo super simples e valendo-se do seu bom- senso, fica claro que os materiais de consumo mais antigos devem, sim, ser utilizados primeiro. 16. (CESPE – FUNDAC – 2008) A armazenagem de materiais perigosos deve ser feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial. Item errado. Essa questão também foi bem fácil. Se alguém que não sabia o que é o almoxarifado (e materiais críticos, por conseqüência) fez esta prova, provavelmente acertou este item, porque ele não exigiu muito além de intuição. Entretanto, nós não estamos aqui, neste curso, para aprender a acertar os itens fáceis, não é mesmo? Existem itens difíceis sobre o tema e é por isto que estamos aqui! De toda forma, vamos resolvê- lo. Não restam dúvidas de que materiais perigosos devem receber atenção e proteção especiais, a fim de salvaguardar a segurança e integridade das pessoas que trabalham no almoxarifado. 17. (CESPE – UEPA – 2008) Melhores condições de compra de determinado bem são proporcionadas por situações nas quais existam materiais similares com a mesma qualidade do bem a ser adquirido, vários fornecedores para o mesmo bem e quantidades a serem adquiridas superiores às quantidades habituais. Item certo. Com este item, iniciamos nosso estudo sobre as compras na ARM. Situações que permitem melhorar as condições de compra são aquelas que permitem uma maior “barganha” no mercado, seja em relação ao preço, às condições de pagamento, ao prazo de entrega, etc. Para analisar, uma a uma, as situações descritas pelo item, vamos nos valer de alguns conceitos econômicos muito simples: Imagine a seguinte situação: só há, em um determinado momento no tempo, um fornecedor para certo material. Algum tempo depois, ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 surgem novos fornecedores para esse mesmo material. Os fornecedores irão concorrer entre si e, em regra, aquele que fornecer um material de mesma qualidade com preço inferior terá vantagem sobre os outros. Para o mercado, a situação descrita é bastante vantajosa: o monopólio deixa de existir e as empresas procuram adaptar os seus preços, para ganhar competitividade. Não há dúvidas de que o surgimento de novos fornecedores para o mesmo bem implica em melhores condições de compra. Aumento da quantidade a ser adquirida é outra situação que propicia melhores condições de compra. Pode-se trazer uma ilustração prática, do dia a dia. Se você vai à feira e compra uma cadeira de balanço para a sua avó, o preço é “X”. Se você decidir comprar duas cadeiras de balanço, uma para cada avó, você tem condições de levar cada uma por um preço menor que “X”, se souber negociar com o vendedor. Isso se chama economia de escala. Por fim, o surgimento de materiais similares com a mesmaqualidade também permite melhores condições de compra. Se, agora, após o surgimento desses materiais, o consumidor pode optar por qual material adquirir, resta óbvio que possui, em regra, melhores condições para negociar sua compra. Certo? 18. (CESPE – TJPA – 2006) Surgimento de novos fornecedores para o mesmo bem, aumento da quantidade a ser adquirida, surgimento de materiais similares com a mesma qualidade são situações que permitem melhorar as condições de compra. Item certo. Este item é exatamente igual ao anterior. Veja que ele está apenas reescrito com outras palavras (daí, mais uma vez, a importância de se fazer exercícios anteriores da banca examinadora, no estudo para concursos públicos). Todas as situações listadas no item podem proporcionar melhores condições de compra à empresa, como já vimos. 19. (CESPE – ANCINE – 2006) Atualmente, o responsável pelas compras deve buscar, nas negociações com fornecedores tradicionais, obter o máximo de vantagens para sua organização, estabelecendo uma ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 disputa na qual ele saia vencedor e a outra parte, perdedora. Item errado. O responsável pelas compras deve, sim, buscar, nas negociações com fornecedores tradicionais, obter o máximo de vantagens para sua organização. Afinal, não há nada de errado em obter vantagens, desde que lícitas, é claro. O erro da questão está em afirmar que, para obter tais vantagens, uma disputa em que uma parte saia vencedora e outra perdedora é necessária. Isto não é verdade. As negociações modernas envolvem o conceito de “ganha-ganha”, em que as duas partes deixam a negociação satisfeitas com os resultados que obtiveram. Se um lado da negociação está lucrando, não necessariamente o outro lado está sendo prejudicado. Pelo contrário, o ideal é que as duas partes saiam satisfeitas do negócio, e daí vem o nome: uma parte ganha e a outra também ganha. Bacana, né? Desse modo, a administração de compras deve prezar por relações “ganha-ganha” com todos os seus parceiros, sejam eles os fornecedores, os clientes, os colaboradores. Esse conceito, de “win-win” ou, em português, de “ganha-ganha”, apesar de não ser exigido em concursos públicos de forma nominal (leia-se: com o nome expressamente escrito no enunciado), tem sido muito cobrado em questões recentes. 20. (CESPE – MPETO – 2006) Embora elementos de competição estejam presentes em uma negociação de compras, ela não é uma disputa em que deva haver necessariamente um ganhador e um perdedor. Item certo. Correto, acabamos de ver isto. Nas negociações modernas, as duas partes devem ser ganhadoras. Não é necessário haver um perdedor. 21. (CESPE – ANCINE – 2006) Planejamento inadequado, falta de controle no consumo e má administração dos estoques são fatores que podem levar a unidade responsável por compras a tomar atitudes prejudiciais à empresa. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Item certo. A função compra é de fundamental importância à gestão de materiais e envolve uma série de atividades que, juntas, suprirão as necessidades de materiais da empresa. No início do processo de fabricação de um produto, as matérias- primas e os insumos devem estar disponíveis, para se garantir a continuidade do fluxo. O departamento de compras é responsável por providenciar esses insumos e, portanto, obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de atender aos programas de produção e seus objetivos. Na compra desses insumos e matérias-primas, é necessária atuação direta do setor de compras, com o objetivo de minimizar os gastos nessas operações. Afinal, quanto menores forem os preços das compras, mais lucro a empresa obterá e isso favorecerá a sua competitividade no mercado. Vale destacar que o objetivo do departamento não é tão somente conseguir os menores preços, mas aliá-los à qualidade dos produtos adquiridos, a boas condições de pagamentos, etc. Isso tudo, é claro, em uma negociação justa e digna para a empresa, em que a busca, lícita, dos seus objetivos seja atingida, sem que isso signifique prejuízo para os fornecedores (como vimos, no item acima). Uma correta gestão de compras é tão necessária à competitividade da empresa quanto uma correta gestão de estoques, que nós já estudamos. Ora, se os preços de venda são competitivos, a empresa pode melhorar seus resultados por meio do aumento da produtividade, de uma melhor gestão do material e de compras mais econômicas. Todas essas alternativas incluem, direta ou indiretamente, a administração de compras. A relação com o fornecedor é, também, de suma importância para uma adequada gestão de compras. Manter um cadastro atualizado e completo de possíveis fornecedores é recomendável e evita muitos problemas. O nosso item está, assim, corretíssimo. Uma unidade de compras deve prezar por um planejamento adequado, por um controle no consumo e por uma correta administração de estoques. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 22. (CESPE – TSE – 2006) Na seleção de fornecedores, além do preço, outros critérios devem ser considerados, como capacidade produtiva, prazo de entrega e condições de pagamento. Item certo. Como nós já vimos, não é só o preço que interessa aos compradores. Além dele, há, também, outros fatores que devem ser levados em conta: a capacidade produtiva, o prazo de entrega, as condições de pagamento, a qualidade, etc. 23. (CESPE – TJPA – 2006) No processo de escolha dos fornecedores, deve-se procurar aquele que atenda aos requisitos de preço, mas também de qualidade, capacidade operacional, serviços pós-venda, condições de pagamento e postura ética na negociação. Item certo. Item muito parecido com o anterior, do mesmo ano, mas mais completo. A escolha dos fornecedores não é tão fácil como se imagina e envolve a ponderação de diversos aspectos, como preço, qualidade, capacidade operacional, serviços pós-venda, condições de pagamento, postura ética na negociação e muitos outros. 24. (CESPE – TSE – 2006) Com o aumento da competitividade entre as empresas, a negociação de compras moderna é caracterizada pela disputa acirrada entre comprador e vendedor com a vitória de apenas um deles. Item errado. Como diria minha avó, “valei-me”! De novo, uma questão assim? Já até ficou chato estudar esses itens, né? rs. Você já está cansado de saber que, na negociação de compras moderna, não é preciso que uma parta saia perdendo. A negociação de compras moderna é norteada pelo conceito de “ganha-ganha”, em que as duas partes da negociação saem vitoriosas. O erro da questão está no trecho: “com a vitória de apenas um deles”. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 25. (CESPE – TJPA – 2006) As modernas estratégias de negociação requerem que o negociador procure alternativas criativas que atendam não só os interesses de sua organização, mas também as necessidades do fornecedor. Item certo. As modernas estratégias de negociação consideram o fornecedor não mais um inimigo da empresa, mas um parceiro, colaborador. Portanto, o administrador de compras deve procurar alternativas criativas para atender aos interesses de todos os envolvidos no processo, inclusive do fornecedor. 26. (CESPE – FCPTN PA – 2006) Condições de pagamento, prazo de atendimento do pedido, capacidade técnica, tempo de estabelecimento no mercado e preço são fatores a serem considerados na escolha de fornecedores. Item certo. Condições de pagamento, prazo deatendimento do pedido, capacidade técnica, tempo de estabelecimento no mercado e preço são alguns dos fatores a serem considerados na escolha de fornecedores. 27. (CESPE – GESTOR AC – 2006) A inadequada escolha de fornecedores pode gerar problemas em toda a cadeia de produção da empresa. Apesar disso, a área de compras não pode abrir mão do critério do menor preço no momento da seleção, pois altos custos podem comprometer a competitividade do produto final. Item errado. A primeira parte do item está correta. O erro da questão está em dizer que a área de compras não pode abrir mão do critério de menor preço em sua decisão. Ora, se tantos fatores são importantes na decisão (como vimos nos itens anteriores), o critério do menor preço pode não ser o determinante, em uma ponderação. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Pode ser outros critérios sejam, naquele momento, mais relevantes para a organização, como o prazo de entrega, a qualidade, as condições de pagamento, por exemplo. 28. (CESPE – GESTOR AC – 2006) Compras em emergência podem ser lesivas à empresa por dificultarem a concorrência e a escolha adequada do fornecedor. Item certo. Mais uma vez, itens que exigem da gente bom-senso. Ora, tudo que é feito sob caráter emergencial pode ser lesivo, concorda? É só trazer a situação para o seu dia-a-dia. Imagine que você precise vender o seu carro simplesmente para comprar um carro melhor, mais ano, sem pressa alguma. Ou, em outro caso, que você precise vender logo seu carro para conseguir dinheiro para uma viagem, por exemplo. É claro que, na primeira situação, você terá melhores condições de fazer uma boa compra, sem pressa, negociando com calma com as partes envolvidas. Na ARM, não é diferente não. Em uma situação de emergência, a empresa pode ser levada a realizar compras que, em situação normal, não realizaria. 29. (CESPE – IPAJM ES – 2006) O moderno negociador de compras deve sempre procurar vencer a negociação, extraindo o maior número possível de concessões dos fornecedores. Item errado. Ó, céus! Se você errar essa questão na hora da prova, eu não vou gostar muito não, rs. Negociador de compras e fornecedores são parceiros, na visão moderna de administração. Não há motivo para um deles se preocupar em “vencer” a negociação, pois ambos podem sair ganhadores. 30. (CESPE – SGA/AC – 2008) A atividade de compras possui tarefas relacionadas tanto com a administração financeira quanto com a administração de materiais. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Item certo. Para responder a esta questão, vamos, primeiro, descobrir as tarefas da atividade de compras. Para coordenar tantas atividades e atingir a todos esses requisitos, a seção de compras e, consequentemente, o administrador de compras possuem duro trabalho pelo frente. São atividades típicas da seção de compras, dentre outras: • Fazer um estudo de mercado; • Cuidar das relações comerciais com os fornecedores; • Realizar uma análise dos custos; • Selecionar mão-de-obra qualificada para vender os produtos; • Decidir em que quantidade e em que época comprar; • Encomendar as compras; • Acompanhar o recebimento de insumos e matérias-primas; • Providenciar armazenamento; • Manter os estoques mínimos no nível estabelecido; Este rol de atividades típicas do departamento de compras não é taxativo, o que significa dizer que, além dessas, existem, também, outras atividades que podem ser designadas ao setor de compras. Vale a observação de que as atividades citadas acima podem não ser, eventualmente, realizadas pelo setor de compras de uma empresa específica, dependendo da sua realidade. Portanto, a atividade de compras possui, além de suas atividades próprias, aquelas atividades que se relacionam com outras áreas da empresa, como a administração de estoques, administração da produção, administração financeira e de materiais. Na obtenção de um desconto, por exemplo, a atividade de compras e a administração financeira estão envolvidas. Na compra de insumos necessários à fabricação do produto final, a atividade de compras se relaciona com a administração de materiais. Ficou claro? ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 31. (CESPE – DFTRANS – 2008) Quantidade, preço e exigências funcionais são fatores a serem considerados na especificação de itens da relação de compras. Item certo. A relação de compras nada mais é do que a relação de itens que devem ser adquiridos. Nesta relação, é razoável constar, na especificação dos itens, as exigências funcionais desses materiais (leia-se: que atributos os materiais deverão ter para servir às funcionalidades da organização), a quantidade que deve ser adquirida e o preço estabelecido. 32. (CESPE – UEPA – 2008) O departamento de compras deve selecionar fornecedor que apresente os menores preços entre todos os concorrentes. Item errado. O departamento de compras poderá selecionar fornecedor que apresente os menores preços, mas isso não é uma necessidade (nós já vimos isto, em itens anteriores). Além do atributo preço, os fornecedores precisam ter, também, várias outras condições favoráveis à compra (como a qualidade do produto, o serviço pós-venda, o prazo de entrega). O departamento de compras pondera esses requisitos de acordo com as suas necessidades e, às vezes, compra de fornecedor que não apresenta o menor preço, mas que, em contrapartida, é satisfatório nos outros requisitos analisados. 33. (CESPE – CEHAP-PB – 2009) A qualificação dos fornecedores não se torna relevante para a análise, visto que o menor preço sempre é o que melhor atenderá os interesses da empresa compradora. Item errado. Ai, meu Jesus Cristinho! O menor preço é sempre o que melhor atenderá os interesses da empresa compradora? Já vimos, mais de uma vez, que não! Pode ser que o menor preço seja aquilo que atenderá os interesses da empresa compradora, mas isso não é uma verdade absoluta. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Em alguns casos, outros critérios são analisados (prazo de entrega, condições de pagamento) e levados mais em consideração pela empresa compradora. 34. (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Atualmente, a função de comprador não é mais a de anotador de pedidos, mas sim a de um conhecedor das mercadorias e dos fornecedores e um bom negociador. Item certo. Perfeita a colocação do examinador. Antigamente, o comprador era simplesmente um anotador de pedidos, mas, hoje, a tarefa está revestida de responsabilidades e, para exercê-la, é preciso conhecer com profundidade as mercadorias desejadas e ser um bom negociador. Agora, por fim, para encerrar a aula de hoje, vou falar um pouco sobre um tema relacionado à compras e outro à movimentação de materiais. Sobre estes temas, não encontrei exercícios recentes, mas, por desencargo de consciência, vou dar a teoria, de forma rápida e objetiva. A definição de uma estratégia correta de compras pode dar à empresa uma grande vantagem competitiva. Para concursos públicos, duas são as estratégias operacionais que definirão a forma de aquisição de recursos materiais: a horizontalização e a verticalização. Ambas têm vantagens e desvantagens e, em geral, o que é vantagem em uma estratégia é desvantagem na outra. VERTICALIZAÇÃO A empresa tentará produzir internamente tudo o que ela puder, ou seja, comprará a menor quantidadepossível de materiais e produzirá o máximo. Foi predominante no início do século XX, mas, hoje, não o é mais. Fazendo uma comparação simplificada, observe que, há alguns anos, era comum que uma família produzisse, em sua horta, todos os materiais de que precisava para manter uma alimentação equilibrada. Hoje, é mais fácil encontrar famílias produzindo batatas em grande quantidade e comprando os outros alimentos de que necessita. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 As principais vantagens da verticalização advêm da independência de terceiros. Produzindo grande parte do que necessita, a empresa adquire grandes vantagens. Não fica refém de terceiros e, por isso, tem maior liberdade e autonomia nas suas decisões de quando produzir, como produzir, em que quantidades. Muitas vezes, a empresa não consegue encontrar, no mercado, insumo que atenda de forma plena às suas necessidades. A verticalização elimina esse problema, já que a empresa poderá produzir produtos que vão totalmente ao encontro de seus anseios. Além disso, a organização mantém o domínio sobre a tecnologia própria – que, certamente, não será repassada aos concorrentes – e absorve os lucros que seria repassado aos fornecedores. Há, contudo, desvantagens na verticalização. Produzir tudo internamente não é fácil e exige, além de altos investimentos, aumento considerável da estrutura da empresa. Imagine quantos funcionários, quantos equipamentos a mais serão necessários para atender a toda essa demanda. E, com isso, a organização perde o foco, já que a atenção dos dirigentes estará difusa entre tantos processos e procedimentos. HORIZONTALIZAÇÃO A horizontalização é a estratégia oposta à verticalização: comprar, de terceiros, o máximo possível dos itens que compõem o produto final. É a estratégia preferida das empresas modernas, devido ao novo conceito de parceiras estratégicas nos negócios, que vem sendo desenvolvidas. É a tendência atual. As vantagens aqui são as desvantagens estudadas no método anterior, a saber: necessidade de menores investimentos, de menor estrutura; manutenção do foco da empresa em seu negócio principal; uso do conhecimento dos fornecedores para agregar valor aos seus produtos. As desvantagens da horizontalização são: dependência de terceiros, lucros menores (parte do lucro do processo como um todo vai para o fornecedor), menor autonomia e menor domínio sobre tecnologia. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Uma política adequada de movimentação dos materiais é muito benéfica à empresa, ao reduzir custos, aumentar a capacidade produtiva e oferecer melhores condições de trabalho aos colaboradores da empresa. MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS Livros acadêmicos de administração de recursos materiais exploram os equipamentos utilizados nessa movimentação, um a um, apresentando as vantagens e desvantagens da utilização de cada um. Em provas de concursos públicos, é suficiente saber o conceito de paletização. O palete tem sido muito usado nos últimos anos e facilita sobremaneira o transporte e a movimentação de materiais. Palete As técnicas de estocagem devem adequar os seus equipamentos e modos de estocagem às dimensões e características dos materiais e produtos. Sobre movimentação de materiais, é preciso saber que, além de ser uma ferramenta a ser explorada pela empresa (para reduzir custos, aumentar a capacidade produtiva, etc), ela, por si só, não agrega valor ao produto. O fato de um produto estar sendo movimentado de um local para o outro não agrega valor a ele; simplesmente prepara-o para o próximo passo da cadeia produtiva que, esta sim, agregará algum valor. Bom, acabamos, aqui, a nossa quarta e última aula. Em relação à resolução dos itens do MPU, na próxima quarta-feira, dia 20, eles estarão disponíveis no site. Isto, é claro, se o CESPE não adiar a divulgação do gabarito, mais uma vez. Eu, particularmente, acho que não vá haver adiamento, não... Peço desculpas pela frustração da sua expectativa de estudar os itens resolvidos já hoje, mas expliquei, no início desta aula, que a mudança foi gerada por um adiamento do resultado do gabarito definitivo pelo próprio CESPE. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 Obrigada a todos pela atenção e paciência durante o nosso curso. Espero que tenham gostado e eu continuo ativa no fórum de dúvidas. Continuem estudando firme para este concurso da ABIN. Estou torcendo por vocês! Um abraço e força na peruca nos estudos, Carol. carolina@pontodosconcursos.com.br ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1) (CESPE – UEPA – 2008) Materiais escassos no mercado, de alto custo de aquisição, armazenagem ou transporte e de difícil previsão são classificados como materiais críticos. 2) (CESPE – TSE – 2006) Materiais que requerem cuidados especiais na armazenagem e no transporte são classificados como materiais críticos. 3) (CESPE – TJPA – 2006) Quanto ao tipo de demanda, os materiais são classificados em materiais de estoque e não de estoque. 4) (CESPE – IPOJUCA – 2009) A classificação XYZ é um método de análise qualitativa que determina a criticidade dos materiais e dos medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles considerados vitais ou críticos para a produção, sem similar no hospital. 5) (CESPE – DETRAN PA – 2006) Tintas pretas para fazer retoques na pintura de um automóvel, ao serem estocadas, são consideradas estoque de produto acabado. 6) (CESPE – DETRAN PA – 2006) Se um carro, em fase final do processo de restauração, sai da referida unidade passa a ser considerado peça de manutenção. 7) (CESPE – DETRAN PA – 2006) Os vidros à prova de bala utilizados no processo de blindagem de um carro oficial são considerados matéria-prima. 8) (CESPE – TJPA – 2006) Material deteriorado pelo tempo de uso e sem qualquer outra utilização é chamado de material obsoleto. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 9) (CESPE – SERPRO – 2010) O inventário anual se caracteriza como aquele destinado a comprovar a existência da quantidade e do valor dos itens previstos no patrimônio de cada unidade gestora, existente em 31 de dezembro de cada exercício, constituído do inventário anterior e das variações patrimoniais ocorridas durante o exercício. 10) (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Os inventários gerais compreendem a contagem do estoque de todos os materiais de uma empresa. 11) (CESPE – AGU – 2010) Os inventários rotativos são efetuados no final de cada exercício fiscal da empresa e incluem a totalidade dos itens de estoque de uma só vez. 12) (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Inventários rotativos são uma modalidade aplicada apenas em empresas automobilísticas. 13) (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Para um bom planejamento da operação de inventário, devem-se prever duas equipes, sendo uma para a contagem e outra para a revisão. 14) (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Cut-off pode ser definido como o ponto de corte a partir do qual as equipes de inventário trabalharão. 15) (CESPE – FUB – 2008) Em geral, os materiais de consumo devem ser armazenados de forma que os mais antigos possam ser utilizados primeiro. 16) (CESPE – FUNDAC – 2008) A armazenagem de materiais perigosos deve ser feita no almoxarifado comum, sem qualquer tipo de proteção especial. 17) (CESPE – UEPA – 2008) Melhores condições de comprade determinado bem são proporcionadas por situações nas quais existam materiais similares com a mesma qualidade do bem a ser adquirido, vários fornecedores para o mesmo ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 bem e quantidades a serem adquiridas superiores às quantidades habituais. 18) (CESPE – TJPA – 2006) Surgimento de novos fornecedores para o mesmo bem, aumento da quantidade a ser adquirida, surgimento de materiais similares com a mesma qualidade são situações que permitem melhorar as condições de compra. 19) (CESPE – ANCINE – 2006) Atualmente, o responsável pelas compras deve buscar, nas negociações com fornecedores tradicionais, obter o máximo de vantagens para sua organização, estabelecendo uma disputa na qual ele saia vencedor e a outra parte, perdedora. 20) (CESPE – MPETO – 2006) Embora elementos de competição estejam presentes em uma negociação de compras, ela não é uma disputa em que deva haver necessariamente um ganhador e um perdedor. 21) (CESPE – ANCINE – 2006) Planejamento inadequado, falta de controle no consumo e má administração dos estoques são fatores que podem levar a unidade responsável por compras a tomar atitudes prejudiciais à empresa. 22) (CESPE – TSE – 2006) Na seleção de fornecedores, além do preço, outros critérios devem ser considerados, como capacidade produtiva, prazo de entrega e condições de pagamento. 23) (CESPE – TJPA – 2006) No processo de escolha dos fornecedores, deve-se procurar aquele que atenda aos requisitos de preço, mas também de qualidade, capacidade operacional, serviços pós-venda, condições de pagamento e postura ética na negociação. 24) (CESPE – TSE – 2006) Com o aumento da competitividade entre as empresas, a negociação de compras moderna é caracterizada pela disputa acirrada ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 entre comprador e vendedor com a vitória de apenas um deles. 25) (CESPE – TJPA – 2006) As modernas estratégias de negociação requerem que o negociador procure alternativas criativas que atendam não só os interesses de sua organização, mas também as necessidades do fornecedor. 26) (CESPE – FCPTN PA – 2006) Condições de pagamento, prazo de atendimento do pedido, capacidade técnica, tempo de estabelecimento no mercado e preço são fatores a serem considerados na escolha de fornecedores. 27) (CESPE – GESTOR AC – 2006) A inadequada escolha de fornecedores pode gerar problemas em toda a cadeia de produção da empresa. Apesar disso, a área de compras não pode abrir mão do critério do menor preço no momento da seleção, pois altos custos podem comprometer a competitividade do produto final. 28) (CESPE – GESTOR AC – 2006) Compras em emergência podem ser lesivas à empresa por dificultarem a concorrência e a escolha adequada do fornecedor. 29) (CESPE – IPAJM ES – 2006) O moderno negociador de compras deve sempre procurar vencer a negociação, extraindo o maior número possível de concessões dos fornecedores. 30) (CESPE – SGA/AC – 2008) A atividade de compras possui tarefas relacionadas tanto com a administração financeira quanto com a administração de materiais. 31) (CESPE – DFTRANS – 2008) Quantidade, preço e exigências funcionais são fatores a serem considerados na especificação de itens da relação de compras. 32) (CESPE – UEPA – 2008) O departamento de compras deve selecionar fornecedor que apresente os menores preços entre todos os concorrentes. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 33) (CESPE – CEHAP-PB – 2009) A qualificação dos fornecedores não se torna relevante para a análise, visto que o menor preço sempre é o que melhor atenderá os interesses da empresa compradora. 34) (CESPE – CEHAP-PB – 2009) Atualmente, a função de comprador não é mais a de anotador de pedidos, mas sim a de um conhecedor das mercadorias e dos fornecedores e um bom negociador. ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA AULA 4 GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 1 C 2 C 3 C 4 E 5 E 6 E 7 C 8 E 9 C 10 C 11 E 12 E 13 C 14 C 15 C 16 E 17 C 18 C 19 E 20 C 21 C 22 C 23 C 24 E 25 C 26 C 27 E 28 C 29 E 30 C 31 C 32 E 33 E 34 C
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