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Aula 07

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CURSO ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO – ABIN 
PROFESSORES: CYONIL, ELAINE E SANDRO 
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Pessoal, nosso curso chega ao fim, agora mais do que nunca é 
hora de total concentração e de rever as dúvidas. Como prometido a 
aula de hoje será básica! Pouca teoria e poucas questões. O mais 
importante será ler e reler o código de ética, isso porque o código de 
ética é simples e claro, e ele costuma aparecer de forma literal na 
prova.. Claro que é importante “decorar” o decreto, mas entender 
alguns conceitos ajuda na resolução dos “casos hipotéticos” que a 
banca possa vir a sugerir. Assim, teremos algumas questões 
comentadas que considero ótimas, além de clássicas. 
Vamos começar a aula revendo a parte teórica relativa ao 
princípio da moralidade, depois disso vamos ver as tais questões 
comentadas acerca do tal princípio e logo após vamos ao Decreto 
(curtinho!) e depois vamos às questões da aula em si, combinado? 
Antes de entrar na aula, um conselho, pensem em um mundo 
ideal, mágico, onde todos fazem a coisa certa, justa. Vistam os olhos 
do cidadão, do pagador de impostos, e aí pense na resposta à 
pergunta. Esse é o nosso segredo! O Código de Ética é nosso “mundo 
ideal”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Moralidade 
O princípio da moralidade é “velho” conhecido, no entanto, 
explícito no texto constitucional a partir de 1988. Na doutrina 
francesa, Maurice Hauriou, depois de diferenciar a moral comum da 
moral jurídica, define a moralidade jurídica como o conjunto de 
regras de conduta tiradas da disciplina interior da Administração. 
Portanto, a conduta da Administração deve ser mais exigente 
do que simples cumprimento da frieza das leis, deve-se divisar o 
justo do injusto, o lícito do ilícito, o honorável do desonorável, o 
conveniente do inconveniente. A moralidade passa a ser pressuposto 
de validados dos atos do Estado, em toda nossa atuação estão 
presentes princípios da lealdade, da boa-fé, da fidelidade funcional. 
Lúcia de Figueiredo esclarece que a anulação de atos 
provenientes do excesso de poder é fundada tanto na noção de 
moralidade administrativa quanto na legalidade, de tal sorte que a 
Administração é ligada, em certa medida, pela moral jurídica, 
particularmente no que concerne ao desvio de poder. 
Lealdade, boa-fé, honestidade são preceitos éticos desejados 
pela sociedade que nos remunera direta ou indiretamente. Por isso, o 
princípio da moralidade pode ser considerado a um só tempo dever 
do administrador e direito público subjetivo. 
O legislador constitucional, sensibilizado com a moralidade, traz 
algumas aplicações práticas, a seguir: 
 Art. 5º, LXXIII (ação popular); 
 Art. 37, § 4º, e 85, V, (atos de improbidade 
administrativa) 
A probidade é um aspecto da moralidade. De acordo com o 
Dicionário Aurélio (eletrônico), probidade diz respeito à integridade 
de caráter, honradez, ou seja, conceito estreitamente correlacionado 
com o de moralidade administrativa, tal como afirmado pelo 
examinador. 
De fato, a Constituição Federal dispensou trato diferenciado à 
probidade. Vejamos o que prevê o §4º do art. 37: 
Os atos de improbidade administrativa importarão a 
suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível. 
O assunto improbidade é tão importante na ordem jurídica 
brasileira, a ponto de contar com norma própria: a Lei de 
Improbidade Administrativa (Lei 8.429/1992), a ser tratada em 
tópico específico. 
À semelhança do LIMPE, o §4º do art. 37 da CF/1988, ao 
traduzir o princípio da probidade administrativa, também deve ser 
observado por toda a Administração Pública, construído pela seguinte 
ótica: é dever do Administrador Público agir de forma proba, honesta, 
leal, de boa-fé. 
A violação de tais deveres importa em ato de improbidade, 
punido na forma e gradação prevista na Constituição, e, de modo 
mais específico, de acordo com Lei 8.429/1992. 
 Art. 70 (princípios da legitimidade e economicidade, 
das quais irradia a moralidade). 
Os amigos são sabedores de que a Constituição Federal vigente 
consagra os controles interno e externo, este a cargo do Congresso 
Nacional com o auxílio dos Tribunais de Contas (controle 
parlamentar). 
O controle parlamentar está previsto, ainda, no art. 50 e seus 
parágrafos, além do § 3º do art. 58, que dá poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais às Comissões Parlamentares de 
Inquérito – CPIs. A esses órgãos incumbe controlar os atos da 
Administração, inclusive sob o aspecto da moralidade. 
 Art. 129, III (ação civil pública) 
A CF/1988 indica ser uma das funções institucionais do 
Ministério Público, estando regulamentada pela Lei 7.347/1985, como 
outro dos instrumentos de proteção à moralidade administrativa. 
Então, prontos para definir moralidade administrativa? 
O conceito talvez não, mas as aplicações vocês já estão 
treinados. O conceito de moralidade é um conceito jurídico 
indeterminado, tais como “bem comum” e “interesse público”. 
De fato, o Direito contém um sem-número de conceitos 
indeterminados, elásticos, plurissignificativos, os quais levam à 
loucura alguns, sobretudo aqueles da área das ciências mais precisas 
(as ditas “exatas”). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Nós temos amigos de engenharia, matemática e outras, que 
sempre dizem assim: mas que ciência ‘doida’ esse tal de direito, 
ein? Como é que pode uma situação concreta ter um moooonte 
de interpretações? Nossa resposta: o Direito é uma ciência do 
social, e suas interpretações irão mudar junto com a sociedade, 
resultando essa “multiplicidade” de interpretações. Com a mudança 
social, muda-se a interpretação... 
Realmente, a moralidade é um conceito indeterminado, como 
muitos outros. Mas qual seria a razão para que o legislador utilizasse 
essa “técnica” de conceitos indeterminados? 
Quando o legislador lança mão de conceitos vagos, 
indeterminados, faz com que uma norma tenha maior “longevidade”, 
ou seja, viva por mais tempo. Um exemplo torna mais claro. 
O art. 1º da Lei 10.520/2002 diz que o pregão, uma das 
modalidades de licitação, serve à aquisição de bens e serviços 
“comuns”. Vem a indagação: mas o que são ‘bens e serviços 
comuns’? Esse conceito é vago demais! De fato, o conceito é 
bastante “aberto”, ou, abstrato. Porém, isso é positivo, faz com que a 
norma “viva” mais tempo. 
Por exemplo, o pregão, há trinta anos, não serviria à aquisição 
de bens e serviços de informática, pois não eram comuns (no sentido 
de padronizados). Hoje, no entanto, o pregão servirá, sim, para boa 
parte destas aquisições, uma vez que muitos bens e serviços de 
informática são padronizados no mercado. É isso que queremos dizer 
com “a norma vive mais tempo”, ao se utilizar conceitos 
indeterminados. 
Apesar de tratar-se de um conceito vago, não está imune ao 
controle judicial. Basta ver o que diz o inc. XXXV do art. 5º da 
CF/1988 para chegar a essa conclusão. Relembremos o dispositivo: a 
lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a 
direito. 
Notem, nem mesmo a lei excluirá da apreciação judicial um ato 
que, ao menos potencialmente, possa causar prejuízos. A simples 
utilização de um conceito indeterminado, como a moralidade, não 
impede a atuação do Poder Judiciário de exercer o legítimo controle 
do ato. 
Mesmo que tal conceito seja empregado em sua “acepção 
pura”, ou seja, em seu sentido filosófico, entendida, portanto, como 
um conjunto de regras de conduta consideradas como válidas, querCURSO ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO – ABIN 
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de modo absoluto para qualquer tempo ou lugar, quer para grupo ou 
pessoa determinada (conceito extraído do Dicionário Aurélio 
Eletrônico), estará a salvo do controle judicial. 
E, agora, prontos para separar a moralidade da 
legalidade? E a moralidade comum da jurídica? 
É de interesse a distinção entre a legalidade e moralidade, 
enquanto princípios, os quais, por razões óbvias, não podem ser 
entendidos como sinônimos perfeitos. 
Pelo princípio da legalidade, a Administração Pública só pode 
atuar de acordo com o que a lei estabelece ou autoriza. Já a 
moralidade é um dos conceitos que conta com um dos maiores graus 
de abstração no mundo jurídico: o que seria a “moral”? 
Ainda que o conceito seja passível de inúmeras interpretações, 
é claro que sua definição perpassa por uma noção muito subjetiva, 
influenciada, ainda, pelo momento histórico vivido. Exemplo disso é o 
nepotismo. 
Há dez, vinte anos, seria impensável alguma autoridade judicial 
dizer que a prática do nepotismo não se alinhava ao princípio da 
moralidade. Hoje, felizmente, nosso direito evoluiu, e a nomeação de 
parentes para cargos de chefia passou a ser refutada pela sociedade, 
bem como por tribunais judiciais. 
O princípio da moralidade tem profunda relação com o “padrão 
de comportamento” desejável dos agentes públicos, estreitando-se 
com o que poderia nominar, sinteticamente, por ética. 
Por dizer respeito a “comportamento”, nota-se extrema 
dificuldade em tentar se “isolar” uma moral essencialmente 
administrativa, ou seja, do Estado. De fato, para se chegar ao 
conceito de padrão, o intérprete da lei será certamente influenciado 
pela noção de moral “comum”, que prevalece no seio da sociedade 
em determinado momento histórico. 
Em síntese: a “moralidade” administrativa e a comum são 
indissociáveis, não havendo como se falar de uma sem se abordar a 
outra. 
Breves exemplificações a título elucidativo. 
O servidor “X” é dono de restaurante, para tanto, no lugar de 
empregar particulares, contrata parentes próximos. Pergunto: houve 
ofensa à moralidade administrativa e a moralidade comum? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Obviamente que não, no presente caso, sua conduta particular em 
nada denigre a imagem como servidor da Administração. 
Agora, o servidor “X”, ao chegar a casa, bate em seu filho, em 
razão de pirraças sucessivas. Pergunto: há ofensa a moralidade 
administrativa e a comum? Logicamente que a moralidade comum 
fica afetada, o que não implica dizer que o servidor deixará de ser um 
bom administrador, portanto, evidência de que a moralidade comum 
nem sempre atingirá a administrativa, o que significa dizer que a 
moralidade administrativa nem sempre coincide com a 
moralidade comum. 
Por fim, o servidor “X” contrata um parente para assumir um 
cargo comissionado. Pergunto: a moralidade administrativa e a 
moralidade comum ficam ofendidas? Nesse caso sim, isso porque os 
cidadãos, em geral, entendem como sendo imoral o favorecimento de 
parentes (nepotismo), sendo, igualmente, prática repelida 
internamente (por ofensiva à moralidade administrativa), portanto, 
determinados comportamentos administrativos ofensivos à 
moral comum podem mesmo ensejar a invalidação do ato. 
Com outras palavras, o princípio da moralidade administrativa 
se vincula a uma noção de moral jurídica, que não se confunde, 
necessariamente, com a moral comum. Por isso, é pacífico que a 
ofensa à moral comum pode vir a implicar, a depender da situação 
concreta, ofensa ao princípio da moralidade administrativa. 
É fácil observar a consagração do princípio da moralidade 
administrativa, mesmo em âmbito constitucional. Dessa maneira, 
cabe aos órgãos competentes e aos cidadãos em geral diligenciar aos 
órgãos judiciais para que invalidem atos ofensivos à moral, com a 
consequente aplicação das devidas punições aos responsáveis. 
Nesse contexto, cabe ao Judiciário o controle do ato 
administrativo, tanto sob o aspecto da legalidade quanto sob o 
aspecto da moralidade. Exemplo disso é a prática do nepotismo, a 
qual é vista como imoral por diversos tribunais judiciais, como o 
próprio STF. 
Por fim, ressaltamos que legal e moral são qualificativos 
próximos, mas não idênticos. Ambos têm origem em um mesmo 
conceito: a conduta, mas possuem círculos de abrangência 
diferenciados. Vejamos um exemplo concreto. 
Imagine-se que um servidor da Receita Federal passe a 
namorar a filha do Ministro da Fazenda, que é muito ciumento. Tão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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logo descobre o relacionamento, o Ministro remove o servidor, 
transferindo-o para um distante rincão de nosso país, no intuito de 
separar o casal. 
Pergunta-se: a conduta da autoridade seria legal? A princípio, 
sim. Todavia, no aspecto do comportamento esperado da autoridade, 
o ato não se alinharia à moral, daí porque deveria ser anulado, uma 
vez que conteria um desvio de finalidade, ou seja, praticado visando 
a fins outros, que não o interesse público. 
Ainda que se trate de conceitos concêntricos (origem no mesmo 
conceito: a conduta), moralidade e legalidade distinguem-se: 
cumprir aparentemente a lei não implica necessariamente a 
observância da moral. 
Vamos trabalhar, agora, as regras sobre o nepotismo, tema de 
maior incidência nos últimos concursos, especialmente organizados 
pelo Cespe, logo, toda a atenção. 
Nepotismo funciona como uma espécie de favoritismo, 
preferência, por alguns. No direito administrativo brasileiro, o 
nepotismo tem sido identificado pela nomeação de parentes para 
cargos de chefia. 
Não há uma LEI que vede, expressamente, o nepotismo no 
âmbito de todas as esferas federativas. Não obstante prática 
indesejável, o nepotismo não seria, então, uma ilegalidade explícita, 
por falta de lei que assim estabeleça. 
Todavia, além do princípio da legalidade, cabe observar e 
aplicar outros princípios constitucionais na produção de atos 
administrativos. O nepotismo precisa ser combatido, integrando todos 
os princípios constitucionais, o que, por sorte da moralidade e da 
eficiência, já foi feito pelo Supremo Tribunal Federal - STF. 
Ao apreciar a Ação Declaratória de Constitucionalidade 12/2006 
– ADC 12, em que se discutia Resolução do CNJ, a qual vedava a 
nomeação de parentes dentro do Poder Judiciário, a Corte 
Constitucional entendeu que o nepotismo é uma afronta a princípios 
de Administração Pública constantes do art. 37 da CF/1988, 
principalmente aos princípios da impessoalidade, moralidade, 
eficiência e igualdade. 
Os amigos concursandos mais atualizados se questionam: é 
verdade que só o Poder Judiciário está sujeito à vedação do 
nepotismo? Não é verdade! Vejamos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Com base no princípio da eficiência, da moralidade, e em 
outros fundamentos constitucionais, o STF, por meio da Súmula 
Vinculante 13, entendeu que viola a Constituição a nomeação de 
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante 
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de 
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta. 
A presente Súmula só faz reafirmar o entendimento do STF: a 
vedação ao nepotismo não exige edição de lei formal, visto que a 
proibição é extraída diretamente dos princípios constitucionais que 
norteiam a atuação administrativa. 
Com a edição dessa Súmula, a regra do nepotismo, antes só 
existenteno Poder Judiciário (Resolução do CNJ), foi estendida 
para qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas (o que a doutrina chama de nepotismo cruzado). 
No entanto, duas exceções à Súmula merecem 
destaques. 
A primeira diz respeito aos servidores já admitidos via 
concurso público, os quais, na visão do STF, não podem ser 
prejudicados em razão do grau de parentesco, inclusive porque tais 
servidores passaram por rigorosos concursos públicos, tendo, 
portanto, o mérito de assumir um cargo de chefia, de direção. Se 
entendêssemos diferente disso, alguns servidores seriam punidos 
eternamente, apesar de competentes para galgarem postos mais 
elevados. 
A segunda exceção foi cobrada pelo Cespe. Na Reclamação 
6650 – PR, o STF reafirmou seu posicionamento no sentido de que a 
Súmula 13 não se aplica às nomeações para cargos de 
natureza política (Secretário Estadual de Transporte, no caso da 
decisão). 
Relativamente aos membros dos Tribunais de Contas, o STF 
recentemente afirmou, categoricamente, que os tais agentes são 
simples auxiliares do Legislativo (os legítimos políticos), não 
podendo, portanto, serem enquadrados como políticos (são cargos 
administrativos, de natureza técnica). Logo, a nomeação de parentes 
não constituirá exceção à vedação do nepotismo (fiquem de olho!). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Por todo o exposto, fácil observar que não faltam instrumentos 
de combate a condutas e atos ofensivos ao princípio da moralidade 
administrativa. Cabe aos órgãos competentes e aos cidadãos em 
geral diligenciar para que todos estejam realmente mais envolvidos 
com os valores morais que devem inspirar uma sociedade justa e 
igualitária. 
1) (2007/Esaf – Procurador do Distrito Federal) Considerando que o 
Direito Administrativo Brasileiro encontra-se informado por princípios, 
examine os itens a seguir: 
I. Em atenção à necessidade de se preservar os padrões de 
moralidade no serviço público, sublinha-se a disciplina aprovada pelo 
Conselho Nacional de Justiça, em resolução regulamentadora de 
dispositivo constitucional, pela qual ficou expressamente vedada a 
condenável prática do nepotismo; 
II. O princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse 
privado é princípio geral de Direito. Nesse diapasão, como expressão 
dessa supremacia, a Administração, por representar o interesse 
público, tem a possibilidade, nos termos da lei, de constituir terceiros 
em obrigações mediante atos unilaterais; 
III. O princípio da impessoalidade aparece expressamente 
mencionado na Lei n. 9.784/99, abrangendo a presunção de verdade 
e de legalidade que devem nortear os atos praticados pela 
Administração Pública; 
IV. Quanto ao princípio da continuidade do serviço público, entende-
se a possibilidade, para quem contrata com a Administração, de 
invocar a exceptio non adimpleti contractus nos contratos que 
tenham por objeto a execução de serviço público; 
V. O princípio da Segurança Jurídica, disposto na Lei n. 9.784/99, 
justifica-se pelo fato de ser comum, na esfera administrativa, haver 
mudança de interpretação de determinadas normas legais, com a 
conseqüente mudança de orientação, em caráter normativo, 
vedando, assim, aplicação retroativa. 
A quantidade de itens incorretos é igual a: 
a) 1 b) 5 c) 3 d) 4 e) 2 
Comentários: 
Vamos direto às análises. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Item I – CORRETO. A Resolução 7/2005 do CNJ vedou a 
prática de nepotismo no Poder Judiciário. Os amigos concursandos 
mais atualizados se questionam: é verdade que só o Poder 
Judiciário está sujeito à vedação do nepotismo? Não é bem 
assim! Vejamos. 
Com base no princípio da eficiência, da moralidade, e em 
outros fundamentos constitucionais, o STF, por meio da Súmula 
Vinculante 13, entendeu que viola a Constituição a nomeação de 
cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por 
afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante 
ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de 
direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em 
comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na 
administração pública direta e indireta. 
A presente Súmula só faz reafirmar o entendimento do STF: a 
vedação ao nepotismo (prescinde) não exige edição de lei formal, 
visto que a proibição é extraída diretamente dos princípios 
constitucionais que norteiam a atuação administrativa. 
Com a edição dessa Súmula, a regra do nepotismo, antes só 
existente no Poder Judiciário (Resolução do CNJ), foi estendida 
para qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal 
e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações 
recíprocas (o que a doutrina chama de nepotismo cruzado). 
No entanto, duas exceções à Súmula merecem 
destaques. 
A primeira diz respeito aos servidores já admitidos via 
concurso público, os quais, na visão do STF, não podem ser 
prejudicados em razão do grau de parentesco, inclusive porque tais 
servidores passaram por rigorosos concursos públicos, tendo, 
portanto, o mérito de assumir um cargo de chefia, de direção. Se 
entendêssemos diferente disso, alguns servidores seriam punidos 
eternamente, apesar de competentes para galgarem postos mais 
elevados. 
 A segunda exceção pode ser extraída da Reclamação 6650 – 
PR, em que o STF reafirmou seu posicionamento no sentido de que a 
Súmula 13 não seja aplicável às nomeações para cargos de 
natureza política (Secretário Estadual de Transporte, no caso da 
decisão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Item II – CORRETO. A supremacia é a prerrogativa (poder) 
que detém o Estado para fazer valer o interesse público, como, por 
exemplo, o ato expropriatório. Nesse caso, é plenamente cabível a 
unilateralidade (a verticalidade) sobre os destinatários. 
Item III – INCORRETO. Item perverso! Ao lermos a Lei n. 
9.784/1999 e compará-lo com o caput do art. 37 do texto 
constitucional, percebemos que os princípios da publicidade e da 
impessoalidade não foram reproduzidos expressamente, apenas 
implicitamente, daí a incorreção do quesito. E mais: não é correto 
afirmar que o referido princípio engloba a presunção de legalidade e 
de verdade, enfim, a impessoalidade não é maior ou menor que a 
legalidade, possuindo, assim, campo autônomo de aplicação. 
Item IV – INCORRETO. Pura maldade. Um bom candidato 
sabe que, depois de 90 dias, o contratado pode suspender a 
execução dos serviços, a considerar, obviamente, o inadimplemento 
do Estado. Contudo, essa regra é válida tão-somente para contratos 
administrativos regidos pela Lei n. 8.666/1993, isso porque, 
tratando-se de serviços públicos, a interrupção dar-se-á só com o 
trânsito em julgado da sentença judicial, daí a incorreção do 
quesito. 
Outras aplicações do princípio da continuidade são: a suplência, 
a substituição e a restrição (e não proibição) ao direito de greve. 
Item V – CORRETO. O item está perfeito, o princípio da 
segurança impede o caráter retroativo das interpretações não-
benéficas. 
 
 Gabarito: item E. 
2) (2007/FGV – TJ/PA - Juiz Substituto) Analise as afirmativas a 
seguir: 
I. A conduta do administrador público em desrespeito ao princípio da 
moralidade administrativa enquadra-se nos denominados “atos de 
improbidade”. Tal conduta poderá ser sancionada com a suspensão 
dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade 
dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação prevista 
em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
II. O princípio da democracia participativa é instrumento para a 
efetividade dos princípiosda eficiência e da probidade administrativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III. Além dos agentes públicos, terceiros podem ser sujeitos ativos de 
improbidade administrativa. O terceiro, quando beneficiário direto ou 
indireto do ato de improbidade, só pode ser responsabilizado por 
ação dolosa, ou seja, quando tiver ciência da origem ilícita da 
vantagem. 
Assinale: 
a) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
e) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentários: 
O Professor agradece! Todos os itens estão corretos, logo, por 
que comentá-los?! Teimosia é nossa retórica! Vamos apreender o 
Direito Administrativo nem que seja por osmose! 
Item I – CORRETO. Bom, esse item é para dar uma 
“palhinha” (não é o jogador de futebol, viu!) leve no tema 
improbidade administrativa. 
Os atos de improbidade podem importar em (§4º do art. 37 da 
CF/1988): 
- suspensão dos direitos políticos; 
- perda da função pública; 
- indisponibilidade dos bens; e 
- ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas 
em lei. 
O grifo é para que os amigos notem que as punições 
decorrentes dos atos de improbidade deverão ser graduadas, na 
forma prevista em Lei. 
A Lei de Improbidade – Lei n. 8.429/1992 – fixa três tipos de 
improbidade, estabelecendo punições correspondentes, que levam 
em conta a disposição constitucional (as punições devem ser 
proporcionais): enriquecimento ilícito, os que acarretem prejuízo ao 
erário, e lesão a princípios da Administração. 
Por exemplo: a suspensão dos direitos políticos para a 
prática de enriquecimento ilícito varia de 8 a 10 anos e a multa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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civil aplicada pode chegar até três vezes o valor do 
enriquecimento. Já para as lesões aos princípios, a suspensão 
dos direitos políticos varia de três a cinco anos e a multa civil 
é de até 100 vezes o valor da remuneração do agente. 
Notamos, portanto, que há “gradação” nas punições aplicáveis 
às condutas de improbidade. O enriquecimento ilícito, por se tratar de 
hipótese mais gravosa, é punido mais duramente pela Lei. Sem 
dúvida, é correto que as punições decorrentes de atos de 
improbidade administrativa devem ser tanto mais duras quanto mais 
graves forem as infrações cometidas. 
A proporcionalidade das penas vale não só para as condutas 
caracterizadas como ímprobas, mas para toda sorte de punições a 
serem aplicadas em nossa ordem jurídica, as quais, portanto, 
precisam ser “dosadas” de acordo com a gravidade da conduta do 
infrator. 
 Item II – CORRETO. Democracia representativa é coisa do 
passado, a onda do momento é namorar pelado, ops...(que baixaria! 
☺), a onda do momento é a democracia participativa, em que os 
cidadãos participam dos e fiscalizam os atos da Administração 
Pública, exemplo das reclamações dos usuários dos serviços públicos 
e das denúncias aos órgãos de controle. 
Item III – CORRETO. Os atos de improbidade administrativa 
também alcançam terceiros, desde que tenham agido em conluio, daí 
a correção do item. 
Gabarito: alternativa E. 
3) (2005/Cespe – TJBA/Juiz Substituto) A moralidade administrativa 
possui conteúdo específico, que não coincide, necessariamente, com 
a moral comum da sociedade, em determinado momento histórico; 
não obstante, determinados comportamentos administrativos 
ofensivos à moral comum podem ensejar a invalidação do ato, por 
afronta concomitante à moralidade administrativa. 
 Comentários: 
 A questão é bem interessante, vejamos. O servidor “X” é dono 
de restaurante, para tanto, no lugar de empregar particulares, 
contrata parentes próximos. Pergunto: houve ofensa à moralidade 
administrativa e a moralidade comum? Obviamente que não, no 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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presente caso, sua conduta particular em nada denigre a imagem 
como servidor da Administração. 
Agora, o servidor “X”, ao chegar em casa, bate em seu filho, 
em razão de pirraças sucessivas. Pergunto: há ofensa as moralidades 
administrativa e a comum? Logicamente que a moralidade comum 
fica afetada, o que não implica dizer que o servidor deixará de ser um 
bom administrador, portanto, evidência de que a moralidade comum 
nem sempre atingirá a administrativa, o que significa dizer que a 
moralidade administrativa nem sempre coincide com a 
moralidade comum. 
Por fim, o servidor “X” contrata um parente para assumir um 
cargo comissionado. Pergunto: ficam ofendidas as moralidades 
administrativa e a comum? Nesse caso sim, isso porque os cidadãos, 
em geral, entendem como sendo imoral o favorecimento de parentes 
(nepotismo), sendo, igualmente, prática repelida internamente (por 
ofensiva à moralidade administrativa), portanto, determinados 
comportamentos administrativos ofensivos à moral comum 
podem mesmo ensejar a invalidação do ato. 
Com outras palavras, o princípio da moralidade administrativa 
se vincula a uma noção de moral jurídica, que não se confunde, 
necessariamente, com a moral comum. Por isso, é pacífico que a 
ofensa à moral comum pode vir a implicar, a depender da situação 
concreta, ofensa ao princípio da moralidade administrativa. 
 
 Gabarito: CERTO. 
4) (2008/Esaf – APO) O servidor público não poderá jamais desprezar 
o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir 
somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o 
inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre 
o honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, 
caput, e § 4º, da Constituição Federal. 
De acordo com o Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal, estão corretos todos os enunciados 
abaixo, exceto: 
a) a função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, não se confunde com a vida particular de cada servidor 
público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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sua vida privada em nada poderão acrescer ou diminuir o seu bom 
conceito na vida funcional. 
b) é dever do servidor público resistir a todas as pressões de 
superiores hierárquicos, de contratantes, de interessados e de outros 
que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas 
em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las. 
c) toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou 
falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. 
d) é dever do servidor público cumprir, de acordo com as normas do 
serviço e as instruções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, 
tanto quanto possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo 
tudo sempre em boa ordem. 
e) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção 
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é 
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade 
do ato administrativo. 
 Comentários: 
Fatos e atos verificados na conduta do dia a dia (na vida 
privada do servidor) podem sim acrescer ou diminuir o seu bom 
conceito na vida funcional, como por exemplo, a conduta 
escandalosa, daí a incorreção do item “A”. 
 Gabarito: item A. 
5) (2006/Esaf – Estado/CE – Aud. Fiscal Receita Estadual) Selecione 
a opção que apresenta corretamente princípios constitucionaisde 
natureza ética. 
a) Eficiência é um princípio ético e moral que se acentua a partir da 
década de 70, associado à reivindicação geral de democracia 
administrativa, e significa dar transparência às ações de governo. 
b) O princípio da publicidade diz respeito ao direito do cidadão de 
receber dos órgãos públicos informações do seu interesse particular 
ou de interesse coletivo e geral. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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c) O princípio da continuidade justifica a proibição de greve dos 
servidores públicos, conforme Constituição de 1988 que remete à lei 
específica as punições e penalidades advindas da greve. 
d) Segundo o princípio da impessoalidade, o órgão público pode agir 
por fatores pessoais e subjetivos, dando cumprimento aos princípios 
da legalidade e isonomia que rege o direito administrativo. 
e) O princípio da moralidade administrativa obriga que todo 
funcionário público aja conforme a lei, utilizando eficazmente o erário 
público proveniente de impostos pagos pelo cidadão. 
 Comentários: 
Questão excelente! Saudosa Esaf! Decorar é importante, isso é 
indiscutível, contudo, se primeiro aprendermos, o processo de 
decorar fica mais fácil. Vejamos. 
O princípio da publicidade vai ao encontro da democracia, 
permitindo o controle da gestão, trazendo às claras o que é feito da 
coisa pública. A transparência, portanto, é um dos fins objetivados 
por intermédio do princípio da publicidade. 
Além disso, a publicidade é da essência da República, que 
demanda transparência. Por outro lado, o devido processo legal (art. 
5º, inciso LV, da Constituição Federal), com suas consequências 
naturais (ampla defesa e contraditório), só pode se concretizar se 
existente a publicidade. 
 A publicidade não é elemento de formação do ato, mas 
sim requisito de sua moralidade e eficácia, entendida esta última 
como aptidão do ato para produção dos seus efeitos, daí a correção 
da alternativa B. 
Como assim publicidade não é elemento de formação? São 
cinco os elementos do ato administrativo, a serem examinados no 
tópico pertinente ao assunto. Apenas para registro, vejamos desde 
logo os mencionados elementos: competência (sujeito, agente); 
finalidade; forma; motivo; e objeto (conteúdo). Não há elemento 
publicidade, sinal de que não é elemento formativo, mas sim 
requisito de eficácia e não de validade. 
Podem ser listados, ainda, os seguintes objetivos cumpridos por 
intermédio do princípio da publicidade: 
 I) permitir o controle dos atos da Administração Pública, 
dando, inclusive, oportunidade ao controle social, assim entendido 
aquele realizado pela própria coletividade. Esse fim possui estreita 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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correlação com a transparência e com o princípio democrático: 
compreendendo-se democracia como governo do povo, é preciso que 
o povo saiba o que é feito com os recursos entregues à Administração 
Pública, por meio dos tributos que paga. 
II) desencadear o decurso dos prazos de interposição de 
recursos, que são contados a partir do momento em que o ato se 
torna público. Lembramos que se o ato alcança estranhos aos 
quadros da Administração deverá, salvo exceções, ser publicado; 
 III) marcar o início dos prazos de decadência e prescrição 
administrativas. 
No entanto, há exceções ao dever de a Administração tornar 
públicos seus atos, desde que assim necessário. Nesse sentido, a 
CF/1988 estabelece no inc. XXXIII do art. 5º: 
“todos têm direito a receber dos órgãos públicos 
informações de seu interesse particular, ou de interesse 
coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, 
sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas 
cujo sigilo seja imprescindível à segurança da 
sociedade e do Estado”. 
Os critérios para definição das informações essenciais à 
segurança da sociedade encontram-se regulamentados pela Lei n. 
11.111/2005. 
Outro dispositivo do texto constitucional que permite certa 
restrição à necessidade de a Administração dar publicidade a seus 
atos é o inc. LX do art. 5º, com a seguinte redação: a lei só poderá 
restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da 
intimidade ou o interesse social o exigirem. 
Em síntese: ainda que a publicidade (não a publicação) seja 
um princípio para os atos da Administração Pública (como requisito 
de eficácia e de moralidade), não se reveste de caráter absoluto, 
encontrando exceções no próprio texto da CF/1988. 
Vamos entrar agora no Código de ética propriamente dito. 
Atentem principalmente para as regras deontológicas. O estudo do 
código de ética é muito tranquilo, ele tem apenas 4 páginas e 
recomendo a leitura a todos vocês, visto que sempre encontramos 
questões literais nas provas. Optei por não apagar o texto antigo, 
sempre tem curiosos que querem saber como era antes ... por isso o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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texto antigo está apenas tachado, ok? Aliás, as bancas adoram trazer 
regras antigas para confundir candidatos, de olho nisso! O tamanho 
da letra do código está normal, nada de letrinha muito pequena, 
assim a leitura não fica muito cansativa. 
 
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE 
JUNHO DE 1994 
 0 PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições que 
lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o 
disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 da 
Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 da 
Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992, 
 DECRETA: 
 Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. 
 Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Federal 
direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as providências 
necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive mediante a 
Constituição da respectiva Comissão de Ética, integrada por três 
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego 
permanente.
 Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será 
comunicada à Secretaria da Administração Federal da Presidência da 
República, com a indicação dos respectivos membros titulares e 
suplentes. 
CAPÍTULO I Seção I 
Das Regras Deontológicas 
 I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais são primados maiores que devem nortear o servidor 
público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já que 
refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus atos, 
comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da 
honra e da tradição dos serviços públicos. 
 II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento 
ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o 
legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o honesto e o 
desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da 
Constituição Federal. 
Esse dispositivo confirma que não pode o ato 
ser legal e não moral, se não for moral será 
ilícito. 
 III - A moralidade da Administração Pública não se limita à 
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que 
o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a 
finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a 
moralidade do ato administrativo. 
Atentem para a expressão “bem comum” . 
 IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos 
pagos direta ouindiretamente por todos, até por ele próprio, e por 
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se 
integre no Direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de 
sua finalidade, erigindo-se, como conseqüência, em fator de 
legalidade. 
 V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a 
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-
estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito desse 
trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio. 
 VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional 
e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. 
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em sua 
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional. 
 VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações 
policiais ou interesse superior do Estado e da Administração 
Pública, a serem preservados em processo previamente declarado 
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato 
administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando 
sua omissão comprometimento ético contra o bem comum, imputável 
a quem a negar. 
 As possibilidades de sigilo são 3. 
 VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode 
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria 
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do 
erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a 
dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
 IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados 
ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar 
mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente 
significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a 
qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por 
descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao 
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens 
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas 
esperanças e seus esforços para construí-los. 
 X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de 
solução que compete ao setor em que exerça suas funções, 
permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de 
atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra 
a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano 
moral aos usuários dos serviços públicos. 
 XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens 
legais de seus superiores, velando atentamente por seu 
cumprimento, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos 
erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis 
de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da 
função pública. 
 XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de 
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que 
quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
 XIII - 0 servidor que trabalha em harmonia com a estrutura 
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora 
e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade pública é a 
grande oportunidade para o crescimento e o engrandecimento da 
Nação. 
Seção II 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
 XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
 a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou 
emprego público de que seja titular; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e 
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver 
situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de 
qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor 
em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao 
usuário; 
 c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade 
do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas 
opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; 
 d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição 
essencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu 
cargo; 
 e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços 
aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o público; 
 f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios 
éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços 
públicos; 
 g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, 
respeitando a capacidade e as limitações individuais de todos os 
usuários do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou 
distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho 
político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes 
dano moral; 
 h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de 
representar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura 
em que se funda o Poder Estatal; 
 i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de 
contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer 
favores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações 
imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
 j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências 
específicas da defesa da vida e da segurança coletiva; 
 l) ser assíduo e freqüente ao serviço, na certeza de que sua 
ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo 
negativamente em todo o sistema; 
 m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer 
ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as providências 
cabíveis; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, 
seguindo os métodos mais adequados à sua organização e 
distribuição; 
 o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com 
a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a 
realização do bem comum; 
 p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao 
exercício da função; 
 q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de 
serviço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
 r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções 
superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, 
com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre em boa 
ordem. 
 s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de 
direito; 
 t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais 
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos 
legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos 
jurisdicionados administrativos; 
 u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder 
ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo 
que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer 
violação expressa à lei; 
 v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe 
sobre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral 
cumprimento. 
Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
 XV - E vedado ao servidor público; 
 a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, 
posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si ou 
para outrem; 
 b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores 
ou de cidadãos que deles dependam;CURSO ON-LINE – DIREITO ADMINISTRATIVO – ABIN 
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 c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente 
com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética de 
sua profissão; 
 d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício 
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou 
material; 
 e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu 
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; 
 f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, 
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores; 
 g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo 
de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou 
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer 
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro 
servidor para o mesmo fim; 
 h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva 
encaminhar para providências; 
 i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do 
atendimento em serviços públicos; 
 j) desviar servidor público para atendimento a interesse 
particular; 
 l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente 
autorizado, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao 
patrimônio público; 
 m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito 
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de amigos 
ou de terceiros; 
 n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente; 
 o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a 
moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
 p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
CAPÍTULO II 
DAS COMISSÕES DE ÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública 
Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer 
órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder 
público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de 
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no 
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-
lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento 
susceptível de censura. 
 XVII -- Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores 
públicos e respectivos suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo 
sobre ato, fato ou conduta que considerar passível de infringência a 
princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda conhecer de 
consultas, denúncias ou representações formuladas contra o servidor 
público, a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja 
análise e deliberação forem recomendáveis para atender ou 
resguardar o exercício do cargo ou função pública, desde que 
formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados administrativos, 
qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades 
associativas regularmente constituídas. (Revogado pelo Decreto nº 
6.029, de 2007)
 XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos 
encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, os 
registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir e 
fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos 
próprios da carreira do servidor público. 
 XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de 
Ética, para a apuração de fato ou ato que, em princípio, se apresente 
contrário à ética, em conformidade com este Código, terão o rito 
sumário, ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas este, se 
a apuração decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre 
recurso ao respectivo Ministro de Estado. (Revogado pelo Decreto nº 
6.029, de 2007)
 XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua 
reincidência, poderá a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e 
respectivo expediente para a Comissão Permanente de Processo 
Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, cumulativamente, se 
for o caso, à entidade em que, por exercício profissional, o servidor 
público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O 
retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará 
comprometimento ético da própria Comissão, cabe ndo à Comissão de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Ética do órgão hierarquicamente superior o seu conhecimento e 
providências. (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
 XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise de qualquer 
fato ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão 
resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos interessados, 
divulgadas no próprio órgão, bem como remetidas às demais 
Comissões de Éti ca, criadas com o fito de formação da consciência 
ética na prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo 
o expediente deverá ser remetida à Secretaria da Administração 
Federal da Presidência da República. (Revogado pelo Decreto nº 
6.029, de 2007)
 XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de 
Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo 
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do 
faltoso. 
 XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de 
fundamentar o julgamento da falta de ética do servidor público ou do 
prestador de serviços contratado, alegando a falta de previsão neste 
Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos 
princípios éticos e morais conhecidos em outras profissões; 
(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
 XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, 
entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, 
contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza 
permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição 
financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão 
do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as 
entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de 
economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do 
Estado. 
 XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que 
qualquer cidadão houver de tomar posse ou ser investido em função 
pública, deverá ser prestado, perante a respectiva Comissão de Ética, 
um compromisso solene de acatamento e observância das regras 
estabelecidas por este Código de Ética e de todos os princípios éticos 
e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes. 
(Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
LISTA DE QUESTÕES DE ÉTICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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(Cespe – ANAC/CF/2009) Com relação às regras atinentes ao Código 
de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue 
os itens a seguir. 
1. A comissão de ética de cada órgão ou entidade deve ser composta 
por cinco titulares e respectivos suplentes, podendo integrá-la 
qualquer detentor de cargo público, seja este efetivo ou 
comissionado. (Certo/Errado) 
2. A conduta de um chefe de repartição de aliciar servidores 
subordinados para participar de reuniões de partido político com o 
nítido propósito de obter a filiação destes é expressamente vedada 
pela Lei n.º 8.112/1990. (Certo/Errado) 
3. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos 
bens e o ressarcimento ao erário, na forma egradação previstas em 
lei, sem prejuízo da ação penal cabível. (Certo/Errado) 
4. Entre as penas estipuladas na Lei n.º 8.429/1992, que trata dos 
atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário, 
consta a mais gravosa, que estipula a perda permanente dos direitos 
políticos. (Certo/Errado) 
5. Os preceitos básicos expressamente consignados no Código de 
Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal incluem a 
recomendação de cortesia e boa vontade com o público. 
(Certo/Errado) 
6. (2007/CESPE/SEAD/Polícia Civil-PA- Assistente Administrativo) 
Acerca dos princípios de ética e cidadania que devem pautar a 
conduta da população e, em especial, dos servidores públicos, 
assinale a opção correta. 
A. Os princípios da ética e da cidadania têm por base o respeito às 
pessoas e a defesa de valores socialmente aceitos e justificáveis, tais 
como solidariedade, responsabilidade e justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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B. Embora tanto ética como moral possuam características positivas, 
ambas representam valores distintos e seus princípios não estão 
diretamente relacionados. 
C. Desde que não seja contrário à lei, todo tipo de comportamento de 
um cidadão deve ser considerado ético. 
D. O comprometimento com a realidade da comunidade e do país é 
dispensável para o exercício pleno da cidadania. 
7. (2009/CESPE – ANATEL - nível superior) A publicidade de qualquer 
ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, 
ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem 
comum, imputável a quem a negar, sendo ressalvados, apenas, os 
casos de segurança nacional e investigações policiais. (Certo/Errado) 
8. (2009/ CESPE – ANATEL – nível superior) O trabalho que o 
servidor público desenvolve perante a comunidade é um acréscimo ao 
seu próprio bem-estar, já que este é também um cidadão, integrante 
da sociedade. Em decorrência, o êxito desse trabalho pode ser 
considerado como seu maior patrimônio, e sua remuneração, 
custeada pelos tributos pagos direta ou indiretamente por todos, 
exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa se 
integre no direito, como elemento indissociável de sua aplicação e de 
sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em fator de 
legalidade. (Certo/Errado) 
9. (2009/ CESPE – ANATEL – nível superior) O servidor público deve 
saber que causará dano moral quando tratar mal uma pessoa que 
paga tributos direta ou indiretamente, bem como quando deixar 
qualquer pessoa à espera de solução que compita ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou 
qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço. Isso não 
caracteriza apenas atitude contra a ética ou ato de desumanidade, 
mas principalmente grave dano moral aos usuários dos serviços 
públicos. (Certo/Errado) 
10. (2009/ CESPE – ANATEL – nível superior) O servidor público deve 
abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou 
autoridade com finalidade estranha ao interesse público, ainda que 
observando as formalidades legais e não cometendo qualquer 
violação expressa à lei. Deve, isto sim, exercer as prerrogativas 
funcionais que lhe sejam atribuídas, com estrita moderação, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos 
usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos. 
(Certo/Errado) 
11. (2008/ CESPE – ANATEL - adaptada) O servidor deve ter 
consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se 
materializam na adequada prestação dos serviços públicos. Para que 
isso ocorra, deve ele ser probo, reto, leal, justo e cortês, respeitando 
a capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do 
serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou distinção de 
raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e 
posição social, escolhendo sempre, quando estiver diante de duas 
opções, a melhor e mais vantajosa para o Estado, aperfeiçoando, 
com isso, o processo de comunicação corporativa. (Certo/Errado) 
12. (2008/CESPE – MMA – ANALISTA DE CONCENTRAÇÃO I) 92 No 
termos do Código de Ética Profissional do servidor público civil do 
Poder Executivo Federal, é vedado ao servidor público deixar de 
utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance, ou do seu 
conhecimento, para atendimento do seu mister. (Certo/Errado) 
(2009/CESPE – INSS - Atividade Técnica de Suporte) A respeito da 
ética no serviço público, julgue os itens que se seguem. 
13. A comissão de ética de um órgão da administração pública pode 
aplicar penalidade de suspensão a um servidor, dependendo da 
gravidade da infração cometida por ele. (Certo/Errado) 
14. (2010/CESPE – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO) A comissão de 
ética, ao apurar que um servidor público cometeu um delito ético, 
pode aplicar, no máximo, a pena de 
a) censura. 
b) demissão do servidor estável. 
c) exoneração do servidor comissionado. 
d) remoção do servidor. 
e) suspensão dos vencimentos por um período não superior a trinta 
dias. 
15. (2009/CESPE – INSS - Atividade Técnica de Suporte) Para fins de 
apuração do comprometimento ético, entende-se como servidor 
público todo aquele que ocupa cargo efetivo na administração 
pública. (Certo/Errado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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16. (2010/CESPE – DPU – ANALISTA Técnico Administrativo) 
Determinado órgão público federal realizou reunião para definir a 
destinação de recursos financeiros para educação básica — 
complementação da União. A fim de subsidiar a decisão, um servidor 
público responsável pelos cálculos para a referida destinação 
apresentou slides contendo os seguintes dados por municípios: 
demanda populacional pelo serviço (isto é, o tamanho da população 
em idade escolar); oferta das instituições públicas de educação 
básica; recursos financeiros destinados no ano anterior; e, em função 
da relação demanda-oferta, projeção de recursos financeiros a serem 
destinados no ano seguinte. Após a apresentação, constatou-se que 
determinado município fora privilegiado com relação ao montante de 
recursos financeiros a serem destinados, em detrimento de outros 
municípios. Questionado, o servidor explicou que se baseara somente 
no critério populacional para elaborar a projeção de distribuição dos 
recursos financeiros e que, na realidade, não houve necessidade de 
considerar os outros dados. Após averiguação, a equipe comprovou 
que o município privilegiado realmente apresentava o maior 
contingente populacional, mas não aquele em idade escolar, 
conforme a apresentação dos slides. Verificou-se, posteriormente, 
que o município privilegiado era a localidade de origem do servidor, 
onde residia sua família. 
Considerando a situação hipotética apresentada acima, assinale a 
opção correta de acordo com o Código de Ética do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal (DL n.º 1.171/1994). 
a) A situação descrita caracterizou a utilização do cargo ou função 
para obtenção de favorecimentos para si ou para outrem, conduta 
esta que é vedada pelo código de ética em questão. 
b) A atitude do servidor obedeceu aos princípios da impessoalidade 
e da verdade, uma vez que ele utilizou o critério do maior 
contingente populacional ao destinar recursos financeiros ao 
município. 
c) Como o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a 
comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-
estar, porque, como integrante da sociedade, o êxito desse trabalho 
pode ser considerado como seu maior patrimônio, o servidor em 
questão agiu em consonância com o exercício de sua função pública. 
d) A apresentação do servidor cumpriuo dever de participar dos 
movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do exercício 
de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum. 
e) A conduta do servidor constituiu erro técnico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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17. (2010/CESPE – DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO) Assinale a 
opção correta acerca da comissão de ética prevista no Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
a) As ações de ética não devem guardar correlação com outros 
procedimentos administrativos da organização, como, por exemplo, a 
promoção de servidores. 
b) Para fins de apuração de comprometimento ético entende-se 
como servidor apenas o concursado, mesmo que ainda não estável. 
c) A comissão de ética deve ser formada, preferencialmente, pelos 
dirigentes da organização. 
d) À comissão de ética é vedado fornecer informações acerca dos 
registros da conduta ética dos servidores. 
e) Qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo 
poder público deverá criar uma comissão de ética. 
18. (2010/CESPE – UERN - TÉCNICO DE NÍVEL SUPERIOR) A respeito 
do comportamento profissional e da atitude do servidor no 
desempenho de suas funções, assinale a opção correta. 
a) O servidor deve ser probo e demonstrar integridade de caráter no 
desempenho de suas funções, todavia, pode escolher, entre duas 
opções, aquela que melhor atenda a seu interesse. 
b) O servidor deve ter consciência de que seu trabalho é regido por 
princípios éticos que se materializam na adequada prestação de 
serviços públicos. 
c) Não constitui conduta eticamente reprovável o retardamento, pelo 
servidor, da prestação de contas, por não se tratar a referida 
prestação de condição essencial da gestão dos bens e serviços que 
estejam a seu cargo. 
d) O servidor tem o dever de resistir a todas as pressões de 
superiores hierárquicos que visem obter favores ou vantagens 
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas, porém, 
não tem o dever de denunciá-las. 
e) O servidor deve ser assíduo no serviço, pois sua ausência, apesar 
de não gerar danos ao desenvolvimento do trabalho, provoca 
prejuízos diretos a seus interesses pessoais, com reflexos em sua 
situação funcional. 
19. (2009/CESPE - MCT-FINEP - JURÍDICA) Quanto aos deveres dos 
titulares de entidade ou órgão da administração pública federal, 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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direta e indireta, no que tange às comissões de ética, julgue os itens 
que se seguem. 
I - É seu dever assegurar as condições de trabalho para que a 
comissão de ética cumpra suas funções, até mesmo para que do 
exercício das atribuições de seus integrantes não lhes resulte 
qualquer prejuízo ou dano. 
II - É seu dever conduzir, em seu âmbito, a avaliação da gestão da 
ética, conforme processo coordenado pela Comissão de Ética Pública. 
III - É seu dever processar e julgar todos os infratores, bem como 
executar as penas cabíveis. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas o item I está certo. 
b) Apenas o item II está certo. 
c) Apenas o item III está certo. 
d) Apenas os itens I e II estão certos. 
e) Apenas os itens II e III estão certos. 
20. (2009/CESPE - MCT-FINEP – JURÍDICA) Com relação à conduta 
profissional do servidor público em suas relações com seus 
superiores, com os usuários dos serviços públicos e com a própria 
administração, assinale a opção correta. 
a) O servidor só pode omitir a verdade quando esta for contrária aos 
interesses da administração pública. 
b) Deve o servidor voltar toda a sua atenção às ordens legais de 
seus superiores, velando atentamente por seu cumprimento, 
evitando, assim, a conduta negligente, pois os repetidos erros, o 
descaso e o acúmulo de desvios só são justificados durante o 
movimento de greve. 
c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é 
fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre 
conduz à desordem nas relações humanas. 
d) Considerando o primado da excelência no atendimento aos 
usuários dos serviços públicos, é dever fundamental do servidor 
atender ao público, a tempo, nas atribuições do cargo ou função de 
que seja titular, ainda que isso prejudique seu rendimento nas 
demais tarefas que lhe cabem na prestação dos serviços públicos. 
e) O servidor deve estar consciente de que seu trabalho é regido por 
princípios éticos que se materializam no adequado atendimento ao 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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público. Deve, portanto, aperfeiçoar o processo de comunicação, 
evitando o uso da língua portuguesa culta. 
21. (2009/CESPE - MCT-FINEP – JURÍDICA) Quanto à conduta 
profissional do servidor público, em suas relações com seus colegas, 
com os usuários dos serviços públicos e com o patrimônio público, 
assinale a opção correta. 
a) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao 
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina e são 
fundamentais para amenizar os contratempos causados pela falta de 
estrutura organizacional do Estado e pelos entraves burocráticos que, 
de uma forma ou de outra, não podem ser superados na 
administração pública e que se materializam na prestação de serviços 
do servidor. 
b) O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura 
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, colabora 
e de todos pode receber colaboração. 
c) O servidor deve saber que seus vencimentos são suportados pelos 
cidadãos que pagam tributos ao Estado. Por conseguinte, deve o 
servidor periodizar o atendimento dado a esses cidadãos, em 
detrimento dos hipossuficientes. 
d) O servidor que causar dano a qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, deteriorando-o, por descuido ou má vontade, 
deverá arcar com os custos de sua reposição, pagar a multa devida e 
submeter-se a prisão domiciliar pelo tempo que for arbitrado pelo 
Conselho de Ética. 
e) Caracteriza desacato à autoridade o fato de o usuário insistir em 
encarar o servidor com olhar desafiador. Em tais circunstâncias, é 
permitido ao servidor interromper o atendimento e convocar a 
presença da polícia. 
Com referência ao Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal ( Decreto n.º 1.171/1994 ), julgue 
os itens seguintes. 
22. (2009/CESPE - MEC-FUB – ADMINISTRADOR) Os fatos e atos 
verificados na conduta do dia a dia do servidor em sua vida privada 
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
(Certo/Errado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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23.(2009/CESPE - MEC-FUB – ADMINISTRADOR) À comissão de ética 
incumbe fornecer aos organismos encarregados da execução do 
quadro de carreira dos servidores os registros acerca da conduta 
ética, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos 
os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. 
(Certo/Errado) 
24. (2009/CESPE - MEC-FUB – ADMINISTRADOR) A pena aplicável ao 
servidor público pela comissão de ética é a de censura, advertência 
ou suspensão até trinta dias, e sua fundamentação constará do 
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com 
ciência do faltoso. (Certo/Errado) 
25. (2009/CESPE - MEC-FUB – ADMINISTRADOR) Para fins de 
apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público 
apenas aquele que ocupa cargo efetivo ou em comissão, no âmbito 
da administração pública federal direta, autárquica ou fundacional. 
(Certo/Errado) 
26. (2009/CESPE - MEC-FUB – ADMINISTRADOR) Os procedimentos 
administrativos a serem adotados pela comissão de ética para a 
apuração de fato ou ato que se apresentecontrário à ética devem ser 
públicos, não podendo, portanto, receber o rótulo de reservados. 
(Certo/Errado) 
27. (2009/CESPE - MEC-FUB – ADMINISTRADOR) É dever do servidor 
comunicar a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário ao 
interesse público, exigindo as providências cabíveis, salvo se 
envolverem a segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior da administração pública. (Certo/Errado) 
Julgue os itens em harmonia com as disposições do Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
28. (2008/CESPE – HEMOBRÁS – ANALISTA DE GESTÃO 
CORPORATIVA/ADMINISTRADOR) Não apenas a preocupação acerca 
do legal e do ilegal, do justo e do injusto, do conveniente e do 
inconveniente deve nortear as decisões do servidor público, mas, 
principalmente, a preocupação com o honesto e o desonesto, de 
acordo com os parâmetros constitucionais. (Certo/Errado) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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29. (2008/CESPE – HEMOBRÁS – ANALISTA DE GESTÃO 
CORPORATIVA/ADMINISTRADOR) Salvo os casos de segurança 
nacional, investigações policiais ou interesse superior do Estado e da 
administração pública, a serem preservados em processo 
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
qualquer ato administrativo constitui regra que deve ser seguida, sob 
pena de comprometimento ético contra o bem comum. 
(Certo/Errado) 
30. (2008/CESPE – HEMOBRÁS – ANALISTA DE GESTÃO 
CORPORATIVA/ADMINISTRADOR) A função pública deve ser tida 
como exercício profissional e, portanto, os fatos e atos verificados na 
conduta do dia-a-dia do servidor, em sua vida privada, não poderão 
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
(Certo/Errado) 
31. (2008/CESPE – HEMOBRÁS – ANALISTA DE GESTÃO 
CORPORATIVA/ADMINISTRADOR) Em todos os órgãos e entidades da 
administração pública federal direta, indireta autárquica e 
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça 
atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma 
comissão de ética, que pode instaurar procedimento do qual, ao seu 
fim, pode resultar pena de censura ou suspensão. (Certo/Errado) 
Julgue os itens a seguir de acordo com o Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo federal 
32. (2008/CESPE – ABIN - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) O servidor 
deve comportar-se com base na conduta ética, ainda que essa 
conduta venha a violar dispositivo legal. (Certo/Errado) 
33. (2008/CESPE – ABIN - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Os fatos e 
atos verificados na conduta do dia-a-dia do servidor em sua vida 
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida 
funcional, podendo caracterizar, inclusive, violação ao Código de 
Ética, o que será passível de censura. (Certo/Errado) 
Com base no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal - Decreto n.º 1.171/1994 -, julgue os itens 
que se seguem 
34. (2008/CESPE – ABIN - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Salvo os 
casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior do Estado e da administração pública, a serem preservados 
em processo previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a 
publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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eficácia e moralidade, ensejando sua omissão um comprometimento 
ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
(Certo/Errado) 
35. (2008/CESPE – ABIN - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) A comissão de 
ética tem competência para aplicar a pena de censura ou 
advertência. (Certo/Errado) 
Considerando os preceitos do Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue o item que se segue. 
36. (2008/CESPE – TEM – ADMINISTRADOR) As ordens de superiores 
hierárquicos devem ser sempre atendidas, sem questionamento, em 
respeito à hierarquia nas relações de trabalho. (Certo/Errado) 
Acerca do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal, julgue os próximos itens. 
37. (2008/CESPE – INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) Órgãos 
que exercem atribuições delegadas do poder público devem criar 
comissões de ética. (Certo/Errado) 
38. (2008/CESPE – INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) Age de 
modo equivocado o servidor público que, ao reunir documentos para 
fundamentar seu pedido de promoção, solicita a seu chefe uma 
declaração que ateste a lisura de sua conduta profissional. O 
equívoco refere-se ao fato de que, nessa situação, o pedido deveria 
ser feito não ao chefe, mas à comissão de ética, que tem a 
incumbência de fornecer registros acerca da conduta ética de servidor 
para instruir sua promoção. (Certo/Errado) 
39. (2008/CESPE – INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) Na 
estrutura da administração, os integrantes de comissão de ética 
pública têm cargo equivalente ao de ministro de Estado no que se 
refere a hierarquia e remuneração. (Certo/Errado) 
40. (2008/CESPE – INSS – ANALISTA DO SEGURO SOCIAL) Caso um 
servidor público tenha cometido pequenos deslizes de conduta 
comprovados por comissão de sindicância que recomende a pena de 
censura, o relatório da comissão de sindicância deve ser 
encaminhado para a comissão de ética, pois é esta que tem 
competência para aplicar tal pena ao servidor. (Certo/Errado) 
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2 12 22 32 
3 13 23 33 
4 14 24 34 
5 15 25 35 
6 16 26 36 
7 17 27 37 
8 18 28 38 
9 19 29 39 
10 20 30 40 
Confira o Gabarito 
1 E 11 E 21 B 31 E 
2 C 12 C 22 C 32 E 
3 C 13 E 23 C 33 C 
4 E 14 A 24 E 34 C 
5 C 15 E 25 E 35 E 
6 A 16 A 26 E 36 E 
7 E 17 E 27 E 37 C 
8 C 18 B 28 C 38 C 
9 C 19 D 29 C 39 E 
10 C 20 C 30 E 40 C 
QUESTÕES COMENTADAS 
(Cespe – ANAC/CF/2009) Com relação às regras atinentes ao Código 
de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, julgue 
os itens a seguir. 
1. A comissão de ética de cada órgão ou entidade deve ser composta 
por cinco titulares e respectivos suplentes, podendo integrá-la 
qualquer detentor de cargo público, seja este efetivo ou 
comissionado. (Certo/Errado) 
Comentários: A Comissão de Ética deverá ser integrada por 
três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou emprego 
permanente. 
Gabarito: Errado 
2. A conduta de um chefe de repartição de aliciar servidores 
subordinados para participar de reuniões de partido político com o 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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nítido propósito de obter a filiação destes é expressamente vedada 
pela Lei n.º 8.112/1990. (Certo/Errado) 
Comentários: É verdade. A lei traz entre suas proibições 
previstas no seu artigo 117: VII - coagir ou aliciar subordinados no 
sentido de filiarem-se a associação profissional ou sindical, ou a 
partido político; 
Gabarito: Certo 
3. Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos 
direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos 
bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em 
lei, sem prejuízo da ação penal cabível. (Certo/Errado) 
Comentários: Essas são as sanções previstas na lei 8429, 
percebam que o título, lá no caput, fala em Código de Ética do 
Servidor Público, assim, devemos ter em mente a 
interdisciplinaridade dessas leis. 
Gabarito: Certo 
4. Entre as penas estipuladas na Lei n.º 8.429/1992, que trata dos 
atos de improbidade administrativa que causam prejuízo ao erário, 
consta a mais gravosa, que estipula a perda permanente dos direitos 
políticos. (Certo/Errado) 
Comentários: A perda dos

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