Aula 05

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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS PARA ABIN 
PROFESSORA: CAROLINA TEIXEIRA 
AULA 5 (EXTRA) 
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Olá a todos! 
Hoje, como combinado na última aula, vou disponibilizar a correção, 
de acordo com o gabarito definitivo, dos itens do último concurso do 
MPU, de ARM. 
Espero que você seja um dos felizardos que teve o nome no Diário 
Oficial da União neste concurso do MPU, mas, se não foi dessa vez, 
não há problema. Outras oportunidades de ótimos cargos virão, 
inclusive este, da ABIN. Por isso, dê um gás final nessas semanas 
que antecedem à prova, pois, como você sabe, elas são 
fundamentais. 
Olha, em relação a essas últimas semanas que antecedem à prova, 
eu possuo uma visão sobre elas. 
Às vezes, a gente estuda uma matéria durante os meses de 
preparação intensa para um concurso, mas esquece de revisá-la e, 
então, não consegue responder a um item na hora da prova, porque 
faltou lembrar-se de algum detalhe, mínimo. 
Portanto, a minha sugestão é que, nas duas últimas semanas, você 
se concentre em revisar aquilo que você já estudou e, se houver 
tempo, aprender algum ou outro tópico do edital ainda não estudado. 
É claro que isso é muito pessoal e cada um possui o seu próprio 
método de estudo e seu respectivo cronograma, mas, se você estiver 
em um impasse entre aprender tópicos novos e revisar os antigos, 
eu, de forma geral, no seu lugar, daria, neste momento, prioridade à 
revisão. 
Mas, como eu disse, isso é mesmo só a minha visão pessoal – não há 
nenhuma regra nesse sentido, que deva, necessariamente, ser 
seguida. Pode ser que, de acordo com o seu cronograma de estudos, 
você tome uma atitude totalmente diferente da que eu tomaria e isto 
seja uma decisão muito acertada! 
Pois bem, vamos aos exercícios? Vamos começar pelos itens da prova 
de analista administrativo: 
141. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) As 
estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de 
armazenagem independem dos objetivos organizacionais. 
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Item errado. 
Unidades de armazenagem são estruturas destinadas a arrumação, 
localização e segurança de materiais em estoque. 
Podem ser estantes, cabides, estrados, paletes, ganchos, etc. É claro 
que a escolha desses diferentes tipos de armazenagem depende, e 
muito, dos objetivos organizacionais. 
Vamos pensar em um exemplo bem simples, quase infantil. Imagine 
que você precise armazenar algumas roupas suas (calças, bermudas, 
camisetas...). Você, para isso, tem algumas opções. Pode colocá-las, 
por exemplo, em cabides ou em estantes. Se usar cabides, precisará 
de um espaço vertical maior e não amassará as roupas. Se, por outro 
lado, decidir usar estantes, precisará de maior espaço horizontal, 
pouco espaço vertical e poderá amassá-las. Como escolher, então, a 
unidade de armazenagem? De acordo com os seus objetivos, oras. 
Essas roupas serão armazenadas limpas, para serem imediatamente 
vestidas, ou serão armazenadas em um local para serem passadas? 
Percebeu como a escolha da unidade de armazenagem depende, 
diretamente, dos objetivos organizacionais? 
142. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) Os 
equipamentos e instrumentos utilizados na movimentação de 
materiais em estoques independem da estrutura física e do 
leiaute da unidade. 
 
Item errado. 
Eu diria que este foi o item mais fácil da prova. Acredito que 
conseguiu acertá-lo até quem nunca tinha estudado nossa matéria. 
 
Imagine que, na sua empresa, você precise movimentar determinado 
material. Para decidir que equipamento ou instrumento você utilizará 
nessa tarefa, qual a primeira coisa que você precisará saber? 
Justamente a estrutura física e o leiaute da unidade. 
 
Pegando exemplos extremos, faz toda diferença movimentar 
estoques de toalhas de banho, de computadores ou de caminhões, 
certo? 
 
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As técnicas de estocagem devem adequar os seus equipamentos e 
modos de estocagem às dimensões e características dos materiais e 
produtos. 
 
É por que se diz que uma política adequada de movimentação dos 
materiais é muito benéfica à empresa, ao reduzir custos, aumentar a 
capacidade produtiva e oferecer melhores condições de trabalho aos 
colaboradores da empresa. 
 
143. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) A 
rotatividade de um estoque é determinada pelo número de 
vezes que os itens armazenados são renovados em 
determinado período de tempo. 
 
Item certo 
 
Quando estudamos estoque, vimos que vários conceitos relacionados 
a ele são exigidos em concursos públicos. Na aula 2, resolvemos 
alguns exercícios que exigiam o conceito de giro de estoque. 
 
O giro de estoque, também chamado de rotatividade, é representado 
pela seguinte equação: 
 
Giro = consumo médio anual 
estoque médio 
 
Expressa exatamente o quanto o estoque gira, roda, em um 
determinado período de tempo. E, por isto, a questão está correta! 
 
144. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) Os 
materiais disponíveis para armazenamento e estoque devem 
ser classificados, de modo a se estabelecer um processo de 
identificação, codificação, cadastramento e catalogação. 
 
Item certo 
 
A classificação de materiais nada mais é do que o agrupamento de 
materiais com características semelhantes. 
 
Existem diversas formas de classificar os materiais. Durante as aulas, 
vimos que os materiais podem ser classificados em materiais críticos, 
materiais de estoque, de não estoque, dentre outros. 
 
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O livro de Marco Aurélio Dias (descrito na bibliografia) nos dá uma 
boa ideia do objetivo da classificação de materiais. Por isso, vamos 
recorrer a ele, o autor preferido do Cespe: 
 
“O objetivo da classificação de materiais é definir uma catalogação, 
simplificação, especificação, normalização, padronização e codificação 
de todos os materiais componentes do estoque da empresa. A 
necessidade de um sistema de classificação é primordial para 
qualquer departamento de materiais, pois, sem ele, não podem 
existir um controle eficiente dos estoques, procedimentos de 
armazenagem adequados e uma operacionalização do almoxarifado 
de maneira correta. 
 
Simplificar material é, por exemplo, reduzir a diversidade de um item 
empregado para o mesmo fim. Assim, no caso de haver duas peças 
para uma finalidade qualquer, aconselha-se a simplificação, ou seja, 
a opção pelo uso de uma delas. Ao simplificarmos um material, 
favorecemos sua normalização, reduzimos as despesas ou evitamos 
que elas oscilem. Por exemplo, cadernos com capa, números de 
folhas e formato idênticos contribuem para que haja a normalização. 
Ao requisitar uma quantidade desse material, o usuário irá fornecer 
todos os dados (tipo de capa, número de folhas e formato). Isso vai 
facilitar, sobremaneira, não somente sua aquisição, como também o 
desempenho daqueles que se servem do material. A não simplificação 
(padronização) pode confundir o usuário do material, se este um dia 
apresentar uma forma e, outro dia, outra forma de maneira 
totalmente diferente. 
 
Aliada a uma simplificação, é necessária uma especificação do 
material, que é uma descrição minuciosa, e possibilita melhor 
entendimento entre o consumidor e o fornecedor quanto ao tipo de 
material a ser requisitado. 
 
A normalização ocupa-se da maneira pela qual devem ser utilizados 
os materiais em suas diversas finalidades e da padronização e 
identificação do material e que tanto o usuário como o almoxarifado 
possam requisitare atender aos itens, utilizando a mesma 
terminologia. A padronização é aplicada também no caso de peso, 
medida e formato. 
 
Classificar um material é, então, agrupá-lo segundo sua forma, 
dimensão, peso, tipo, uso, etc. A classificação não deve gerar 
confusão, ou seja, um produto não poderá ser classificado de modo 
que seja confundido com outro, mesmo sendo este semelhante. A 
classificação, ainda, deve ser feita de maneira que cada gênero de 
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material ocupe seu respectivo local. Por exemplo: produtos químicos 
poderão estragar produtos alimentícios se estiverem próximos entre 
si. Classificar material, em outras palavras, significa ordená-lo 
segundo critérios adotados, agrupando-o de acordo com a 
semelhança, sem, contudo, causar confusão ou dispersão no espaço e 
alteração na qualidade. 
 
Em função de uma boa classificação do material, poderemos partir 
para a codificação dele, ou seja, representar todas as informações 
necessárias, suficientes e desejadas por meio de números e/ou letras 
com base em toda a classificação obtida do material.”. 
 
Após a codificação, os materiais devem ser cadastrados nos sistemas 
da empresa e, por fim, deve ser feita sua catalogação. Catalogação é 
a descrição de algo para que, depois, ele seja identificado com 
precisão. 
 
145. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) A 
classificação ABC, fundamentada nos estudos de Vilfrido 
Pareto, tem o objetivo de definir os itens de maior valor de 
demanda. 
 
Item certo. 
 
A curva ABC é utilizada justamente para isso, para classificar 
materiais em função do valor e da quantidade de consumo e da 
quantidade de consumo – vimos isto exaustivamente na aula 3, 
lembra-se? 
 
O que pode ter confundido alguns alunos foi a afirmação de que ela 
está fundamentada nos estudos de Vilfrido Pareto. Você já deve ter 
estudado, em algum momento da sua vida, sobre o princípio de 
Pareto, que diz que, para muitos fenómenos, 80% das consequências 
advêm de 20% das causas. 
 
É bom você saber que a curva ABC é baseada no teorema desse cara, 
o economista Vilfredo Pareto e que, por isso, é também chamada de 
curva 80-20. 
 
Esse princípio de Pareto é utilizado nas empresas para estabelecer 
uma ordenação nas causas das perdas que devem ser sanadas. O 
objetivo do princípio é bem parecido com o objetivo da curva ABC, 
não é mesmo? 
 
 
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146. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) O 
método FIFO (ou PEPS) prioriza a ordem cronológica da 
entrada dos itens em estoque, ou seja, o último item a entrar 
é o primeiro a ser considerado para efeito de cálculo de custo. 
 
Item errado 
 
Este item foi meramente conceitual. O método PEPS é, literalmente, 
aquele em que o “primeiro a entrar é o primeiro a sair” do estoque. 
 
Este método a que o item se refere é o UEPS, em que o último item a 
entrar no estoque é o primeiro a sair. 
 
147. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) O 
custo do estoque de segurança deve ser calculado usando-se 
os juros correspondentes à imobilização de capital necessário 
para mantê-lo, sendo, nesse caso, desnecessário considerar 
custos de armazenagem, seguro, depreciação. 
 
Item errado 
 
(Neste item, o CESPE mudou o gabarito preliminar.) 
 
É claro que, para calcular o custo do estoque de segurança, é 
necessário considerar custos de armazenagem, seguro, depreciação. 
Como vimos este assunto na aula demo (há mais de mês atrás), 
vamos aproveitá-lo para fazer uma revisãozinha sobre o tema? 
 
Os estoques são muito importantes para as empresas, mas custam 
dinheiro. Veja como os estoques consomem dinheiro: aluguel; 
equipamentos de movimentação, custo da mão-de-obra, seguros... 
 
Além desses, há, ainda, outros custos em armazenar estoques. São 
eles: juros, depreciação, deterioração, obsolescência, conservação. 
Todos esses custos podem ser agrupados nas seguintes modalidades: 
custos de capital (que englobam, por exemplo, juros e depreciação), 
custos com pessoal (que englobam salários), custos com edificação 
(aluguel, impostos, luz, água) e custos de manutenção 
(obsolescência, equipamento). Para concurso, não há necessidade de 
decorar as modalidades, mas é bom saber que os custos de 
armazenagem podem ser agrupados e que abrangem custos de 
diversas áreas (capital, pessoal, etc). 
 
148. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) Para 
otimizar o uso dos recursos financeiros e orçamentários, é 
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possível desenvolver e usar modelos matemáticos e 
estatísticos que reduzam a necessidade de estoque, 
preservando-se, contudo, os interesses e as capacidades 
operativas. 
 
Item certo. 
 
Vimos, durante as aulas anteriores, que a tendência atual é de 
manutenção de menos estoques nas empresas, por conta de todo o 
custo que eles geram. 
 
Há alguns anos, entretanto, as empresas mantinham grandes 
volumes de estoques e, apesar dos custos, possuíam a vantagem de 
“empurrar” o processo de produção. 
 
Para decidir em que volume os estoques devem ser mantidos, as 
empresas valem-se de métodos matemáticos e estatísticos (estes, 
sim, muitas vezes bem complexos), para fazer a decisão do “ponto 
ótimo”, aquele que preserve os interesses e as capacidades 
operativas da empresa, sem, contudo, gerar custos exorbitantes. 
Item corretíssimo, portanto. 
 
149. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) 
Métodos de previsão de estoque, embasados em média móvel, 
além de apresentarem formulação excessivamente complexa, 
constituem procedimento que prioriza os dados mais recentes 
em detrimentos dos mais antigos. 
Item errado 
Esse item foi muito fácil para quem fez o nosso curso, não é? 
Métodos de previsão de estoque, como nós estudamos durante o 
curso, são os métodos que, como o nome diz, prevêem o estoque 
provável do próximo período. São alguns eles: método da média 
móvel, método do último período, método da média móvel 
ponderada... Lembrou-se? 
Esses métodos constituem procedimento que, de fato, prioriza os 
dados mais recentes em detrimento dos mais antigos. Veja o que 
falamos na aula demo sobre o método da média móvel ponderada: 
“O importante, conceitualmente, para as provas do Cespe nesse 
método é que você saiba que os períodos mais próximos recebem 
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peso maior do que aqueles mais distantes no tempo. E, se você parar 
para pensar, vai ver que faz muito sentido: se você está prevendo o 
consumo para dezembro, é bastante lógico que os meses de 
novembro e outubro recebam mais peso no seu cálculo do que os 
meses de maio ou junho, não é mesmo?” 
 
Até aí, tudo certo na questão. O erro está em dizer que os métodos 
apresentam formulação excessivamente complexa. Muito pelo 
contrário; os métodos são super simples. Aqueles embasados em 
média móvel envolvem apenas o cálculo da média móvel que, como 
vimos, nada mais é do que aquele média, que aprendemos ainda no 
primeiro grau. Vamos rever como se faz o cálculo de média móvel 
simples, para dar uma refrescada na memória? 
A média móvel é, simplesmente, a média, aquele que você aprendeu 
a calcular no ensino fundamental. Se você tirou 8 na primeira prova e 
6 na segunda prova, a sua média do bimestre será 7: (8+6)/2 = 7 
O ideal é que você se lembre, na hora da prova, de como se faz uma 
média aritmética simples, tal qual aquela que você fazia na escola 
para descobrir se tinha atingido ou não a média parapassar (o 
cálculo que fizemos acima, da média das provas). 
Como eu sei, entretanto, que alguns alunos gostam da fórmula e se 
sentem mais seguros com ela, aí vai a fórmula da média móvel 
simples: 
 
 
150. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) O fluxo 
de informações é o sustentáculo do processo de 
abastecimento da cadeia de suprimentos e, caso essa 
comunicação não flua de forma eficiente, é possível que ocorra 
excesso de estoque ao longo dessa cadeia – o chamado efeito 
Forrester. 
Item certo. 
Efeito Forrester é também conhecido como “efeito chicote”. 
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Para lhe ajudar a entender este conceito, vamos pensar naquela 
brincadeira infantil chamada “telefone sem fio”. Já brincou disso? 
É assim: todos sentam-se em círculo. O primeiro da brincadeira fala 
uma frase no ouvido do colega. O colega que ouviu a frase repete-a 
no ouvido no próximo colega, até o círculo acabar e a frase retornar 
ao ouvido de que a criou. 
A graça da brincadeira está porque, sempre, ao final, chega ao 
ouvido do autor da frase algo totalmente diferente do que ele, de 
fato, disse. 
O Efeito Forrester diz justamente isso, que, ao longo de uma cadeia 
de suprimentos, se a demanda por produtos for transmitida ao longo 
de uma série de estoques, então a variação da demanda aumentará 
com cada transferência. 
 
Isso quer dizer que, em um sistema de previsão de demanda, 
existem sempre erros associados. Esses erros se propagam e, o mais 
grave, amplificam-se ao serem transmitidos de empresa a empresa 
dentro da cadeia de valores, no sentido cliente -> fornecedor. 
 
Portanto, a variação da procura aumenta à medida que avança na 
cadeia. Deu pra entender? E é isto que o item está dizendo. Correto, 
portanto. 
 
E chegamos ao fim das questões de ARM da prova do MPU, super 
recente, aplicada mês passado. Eu achei a prova tranqüila, com 
questões relativamente fáceis, de temas já exaustivamente cobrados 
pelo CESPE em suas provas anteriores. 
Esta última questão, do Efeito Forrester, foi aquela “questão-
surpresa”, que exigia do candidato conhecimentos inéditos. Nesse 
caso, o item não desequilibra, pois a maioria dos concurseiros não 
sabia do que se tratava. Se você fez o concurso do MPU e errou 
alguns desses itens e, agora, refazendo-os, calmo em sua casa, você 
percebeu que, na verdade, eles são tranqüilos, não fique de luto não. 
É muito comum isso acontecer. 
Na hora da prova, temos que levar em conta o fator emocional, que, 
apesar de muitos candidatos insistirem em ignorá-lo, deve ser muito 
bem tratado. É justamente por isso que devemos fazer mais e mais 
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exercícios da banca examinadora, para chegarmos muito seguros e 
confiantes no dia da prova. 
Passemos, então, agora, à resolução da prova de técnico 
administrativo. Esta, muito mais polêmica que a de analista. Alguns 
itens estavam, na minha opinião, totalmente fora do edital, mas 
comentaremos sobre eles, pontualmente, a seguir. 
121. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) A 
manutenção preventiva é realizada mediante o 
acompanhamento direto e constante dos componentes ou 
equipamentos e com base em análises feitas com sensores ou 
parâmetros específicos, prescindindo das indicações do 
fabricante. 
 
Item errado. 
Esse item exigiu, na minha opinião, mais conhecimentos da língua 
portuguesa do que de ARM em si, rs. 
Prescindir significa dispensar. 
Da forma como está escrito, o item dá a entender que a manutenção 
preventiva dos equipamentos e de seus componentes não necessita 
das indicações do fabricante. Ora, isso está totalmente errado! 
É claro que, para manter qualquer equipamento funcionando bem e 
dentro de seus padrões, é necessário considerar as indicações do 
fabricante, como, por exemplo, a temperatura, a umidade e o local 
em que ele deve ser mantido. 
122. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) 
Considere que, em certa organização, serão estocadas, por um 
ano, 60.000 unidades de determinado item. Considere, ainda, 
que o preço de cada item seja igual a R$ 3,00 e que a taxa 
anual de armazenagem de cada item seja equivalente a 15% 
do seu preço. Nessa situação, o custo de armazenagem anual 
de todos esses itens será igual a R$ 30.000,00. 
 
Item errado. 
O item pede o custo de armazenagem anual de TODOS esses itens. 
A taxa anual de armazenagem é equivalente a 15% de seu preço. 
Precisamos, dessa forma, descobrir o valor do preço total. 
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Se são 60.000 unidades e cada uma custa R$ 3,00, o preço de todos 
esses itens é de R$ 180.000 (60.000 X 3 = 180.000). 
Se a taxa anual de armazenagem é equivalente a 15% do preço, o 
custo de armazenagem anual de todos os itens é igual a R$ 27.000 
(0,15 X 180.000 = 27.000). 
Portanto, o item está errado, pois diz que este custo será de R$ 
30.000 (e não de R$ 27.000, que é o valor correto). 
123. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) De 
acordo com a classificação ABC, utilizada como método de 
administração de estoques, incluem-se na categoria C os itens 
presentes em menor quantidade no estoque. 
 
Item errado. 
Se eu precisasse escolher o assunto queridinho do CESPE em 2010, 
eu escolheria a curva ABC. Durante o nosso curso, estudamos 
inúmeros itens deste ano sobre este assunto e, nessa prova do MPU, 
a classificação ABC caiu na prova de técnico e também na de analista 
(aplicadas em dias diferentes). 
 
Vamos rever a classificação dos itens de acordo com este método? 
 
- Classe A: são os itens mais importantes e, por isso, devem receber 
especial atenção da administração; 
 
- Classe B: chamados itens intermediários, são mais importantes que 
os itens da classe C e menos importantes que itens da classe A; 
 
- Classe C: são os itens menos importantes e, por isso, não 
necessitam de especial atenção da administração. 
 
Aquele quadrinho, que vimos durante a aula, vale neste caso 
também. Aqui está outra boa razão para você se familiarizar bem 
com este quadro: a sua incidência em provas bastante recentes do 
CESPE. 
 
ITENS A ITENS B ITENS C 
Alta importância Média importância Baixa importância 
Menor quantidade de 
itens (10% a 20% do 
Média quantidade de Maior quantidade de 
itens (40% a 50% do 
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total) itens (30% do total) total) 
 
Portanto, o item está errado, pois os itens C abrangem a maior 
quantidade de itens em estoque. 
 
124. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) No 
Brasil, a utilização do método UEPS nas organizações é 
proibida tendo em vista aspectos de contabilidade de custos 
presentes na legislação tributária brasileira. 
 
Item certo. 
Ao estudar os métodos de avaliação de estoques, vimos uma 
observação importante: 
Os métodos de avaliação de estoques normalmente usados e 
admitidos pela legislação fiscal são o custo médio e o PEPS, mas, 
nem por isso, o UEPS deixa de ser cobrado em provas de concursos 
públicos. 
 
E é exatamente isto que a questão está falando: o método UEPS é 
proibido pela legislação fiscal brasileira (guarde isto!). Mas, como eu 
disse, nem por isso ele deixa de ser cobrado em concurso público – 
por isso você deve sabê-lo muito bem! 
Além de saber calculá-lo, você deve estar ciente de que ele é proibido 
pela legislação brasileira. 
125. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) No que 
se refere à armazenagem de recursos materiais, o uso de 
prateleiras é adequadoà estocagem de materiais de 
dimensões variadas. 
 
Item certo. 
 
Em toda a prova (tanto de técnico como de analista), essa foi a 
questão de que eu menos gostei. Eu sempre gostei de questões 
objetiva, que lhe dão segurança na hora de responder. 
 
Esse item, entretanto, eu achei subjetivo. O que o examinador quis 
dizer com “dimensões variadas”? 
 
As prateleiras devem, segundo Marco Aurélio Dias, ser utilizadas para 
peças maiores ou para apoio de gavetas ou caixas padronizadas. Os 
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itens menores, segundo o mesmo autor, devem ser estocados em 
caixas (imagine, por exemplo, parafusos estocados em prateleiras). 
 
A prateleira é, de fato, utilizada para estocar materiais com 
dimensões variadas, mas desde que se trate de peças maiores. Por 
isto, o CESPE o considerou correto. 
 
126. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) 
Considere que o responsável pelo setor de estoque de certa 
organização pretenda adotar um método de inventário físico 
que permita que os artigos de alta rotatividade sejam 
contados com mais frequência que os de baixa rotatividade. 
Nessa situação, o responsável pelo referido setor deve adotar 
o método de inventário periódico. 
 
Item errado. 
 
Eu disse a você que, se pudesse escolher o assunto preferido do 
CESPE neste ano de 2010, escolheria classificação ABC. Se você me 
pressionasse ainda mais (rs) e quisesse saber o assunto que, na 
minha opinião, foi o segundo preferido do CESPE este ano, eu diria 
que foi inventários. 
 
A diferença entre os tipos de inventário é muito cobrada. Para sabê-
la, vamos voltar àquele nosso outro quadrinho, também muito útil: 
 
GERAL (anual ou periódico) ROTATIVO 
Realizado em determinados 
períodos 
Realizado mais de uma vez ao 
ano 
Geralmente, ao final do exercício 
fiscal (por razões legais) 
Geralmente, a cada entrada ou 
saída de material 
Abrange todos os itens do estoque 
de uma só vez 
Aconselhável para produtos de 
alto valor 
Demorados Costumam ser mais rápidos 
 
Veja que um inventário geral pode ser realizado em períodos 
determinados, mais de uma vez ao ano, se for o caso. Aí, então, não 
será inventário anual; será periódico. 
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De toda forma, em todos eles a contagem dos itens em estoque é 
feita de uma só vez. 
Voltando ao item, inventário rotativo deve ser, como estudamos, o 
adotado para contagem dos itens que mais giram no estoque. O 
inventário periódico é para todos os itens em estoque. 
Os últimos itens da prova do MPU de técnico administrativo, de127 a 
132, foram anulados. Os itens tratavam da administração de recursos 
patrimoniais e não materiais (como dizia o edital). Por isso, o CESPE 
tomou a decisão correta ao anulá-los. 
 
Agora sim, chegamos, finalmente, ao final do nosso curso. Espero, de 
coração, que você tenha gostado e aproveitado bastante nossas 
aulas. Agora, você me encontra exclusivamente no fórum de dúvidas. 
 
Mantenha-se firme nos estudos e não deixe a peteca cair não. Crie 
forças, revise bem a matéria e chegue confiante no dia da prova. 
 
Depois, quero ouvir as histórias de aprovação, hein?! 
 
Um forte abraço e força na peruca nos estudos, 
Carol. 
carolina@pontodosconcursos.com.br 
 
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QUESTÕES DA PROVA DE ANALISTA ADMINISTRATIVO 
 
141. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) As 
estratégias de utilização dos diferentes tipos de unidades de 
armazenagem independem dos objetivos organizacionais. 
142. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) Os 
equipamentos e instrumentos utilizados na movimentação de 
materiais em estoques independem da estrutura física e do 
leiaute da unidade. 
 
143. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) A 
rotatividade de um estoque é determinada pelo número de 
vezes que os itens armazenados são renovados em 
determinado período de tempo. 
 
144. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) Os 
materiais disponíveis para armazenamento e estoque devem 
ser classificados, de modo a se estabelecer um processo de 
identificação, codificação, cadastramento e catalogação. 
 
145. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) A 
classificação ABC, fundamentada nos estudos de Vilfrido 
Pareto, tem o objetivo de definir os itens de maior valor de 
demanda. 
 
146. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) O 
método FIFO (ou PEPS) prioriza a ordem cronológica da 
entrada dos itens em estoque, ou seja, o último item a entrar 
é o primeiro a ser considerado para efeito de cálculo de custo. 
 
147. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) O 
custo do estoque de segurança deve ser calculado usando-se 
os juros correspondentes à imobilização de capital necessário 
para mantê-lo, sendo, nesse caso, desnecessário considerar 
custos de armazenagem, seguro, depreciação. 
 
148. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) Para 
otimizar o uso dos recursos financeiros e orçamentários, é 
possível desenvolver e usar modelos matemáticos e 
estatísticos que reduzam a necessidade de estoque, 
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preservando-se, contudo, os interesses e as capacidades 
operativas. 
 
149. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) 
Métodos de previsão de estoque, embasados em média móvel, 
além de apresentarem formulação excessivamente complexa, 
constituem procedimento que prioriza os dados mais recentes 
em detrimentos dos mais antigos. 
150. (CESPE – MPU – 2010 – ANAL. ADMINISTRATIVO) O fluxo 
de informações é o sustentáculo do processo de 
abastecimento da cadeia de suprimentos e, caso essa 
comunicação não flua de forma eficiente, é possível que ocorra 
excesso de estoque ao longo dessa cadeia – o chamado efeito 
Forrester. 
 
QUESTÕES DA PROVA DE TÉCNICO ADMINISTRATIVO 
 
121. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) A 
manutenção preventiva é realizada mediante o 
acompanhamento direto e constante dos componentes ou 
equipamentos e com base em análises feitas com sensores ou 
parâmetros específicos, prescindindo das indicações do 
fabricante. 
 
122. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) 
Considere que, em certa organização, serão estocadas, por um 
ano, 60.000 unidades de determinado item. Considere, ainda, 
que o preço de cada item seja igual a R$ 3,00 e que a taxa 
anual de armazenagem de cada item seja equivalente a 15% 
do seu preço. Nessa situação, o custo de armazenagem anual 
de todos esses itens será igual a R$ 30.000,00. 
 
123. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) De 
acordo com a classificação ABC, utilizada como método de 
administração de estoques, incluem-se na categoria C os itens 
presentes em menor quantidade no estoque. 
 
124. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) No 
Brasil, a utilização do método UEPS nas organizações é 
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proibida tendo em vista aspectos de contabilidade de custos 
presentes na legislação tributária brasileira. 
 
125. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) No que 
se refere à armazenagem de recursos materiais, o uso de 
prateleiras é adequado à estocagem de materiais de 
dimensões variadas. 
 
126. (CESPE – MPU – 2010 – TÉC. ADMINISTRATIVO) 
Considere que o responsável pelo setor de estoque de certa 
organização pretenda adotar um método de inventário físico 
que permitaque os artigos de alta rotatividade sejam 
contados com mais frequência que os de baixa rotatividade. 
Nessa situação, o responsável pelo referido setor deve adotar 
o método de inventário periódico. 
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GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
 
 
QUESTÕES DA PROVA DE ANALISTA ADMINISTRATIVO 
141 E 
142 E 
143 C 
144 C 
145 C 
146 E 
147 E 
148 C 
149 E 
150 C 
QUESTÕES DA PROVA DE TÉCNICO ADMINISTRATIVO 
121 E 
122 E 
123 E 
124 C 
125 C 
126 E