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ESTATÍSTICA APLICADA 
AULA 1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof. Rodolfo dos Santos Silva 
 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Estatística Aplicada 
Olá, alunos e alunas do curso de serviço social. Estamos iniciando com 
este texto a disciplina de Estatística Aplicada. Com base nesse e em outros 
cinco textos e por meio de nossas aulas gravadas, você poderá acompanhar o 
desenvolvimento da disciplina e resolver alguns exercícios e atividades 
propostas. É importante destacar que a estatística é um instrumento 
fundamental de análise da realidade social valendo-se de uma base concreta 
de dados. Desmistificar as representações numéricas, os gráficos e as tabelas 
e quantidade de dados que elas apresentam é fundamental para o profissional 
de Serviço Social, pois representam uma fonte importante não só de 
informações, mas de poder. Com base na estatística é possível melhorar o 
desenvolvimento do trabalho do profissional de serviço social e intervir com 
conhecimento para transformar as condições de vida da população. Para 
contribuir com esse aprendizado, objetivando proporcionar um melhor 
acompanhamento do aluno do curso de serviço social e orientá-lo em suas 
pesquisas individuais, é apresentada a seguir a ementa da disciplina. 
Ementa da disciplina 
Elaboração de tabelas e gráficos. Estudos de população. Análise de 
dados, tabelas e gráficos estatísticos. Testes e medidas complementares. 
Banco de dados. Exercícios de aplicação dos conhecimentos estatísticos a 
realidade profissional. Organização e apresentação de dados estatísticos. 
Distribuição de frequência. Medidas de dispersão ou variabilidade. Noções de 
probabilidade. Principais distribuições de probabilidade. Noções de técnicas de 
amostragem. Construção e uso de números índices. Séries temporais. Análise 
de regressão. Análise de correlação. 
Introdução 
Nesta aula você vai aprender que a estatística é uma parte da 
matemática aplicada e perceber que historicamente ela foi constituída como 
uma importante ferramenta econômica, política e social. É provável que você 
enquanto aluno ou aluna do curso de serviço social esteja se perguntando por 
 
 
3 
que tem de estudar uma disciplina quantitativa em um curso da área de 
humanas? É importante que você saiba, que a estatística faz parte de um 
conjunto de disciplinas que integram o ramo da matemática aplicada. Essa 
parte estuda os fenômenos sociais ou naturais, com o objetivo de medir e 
estimar os impactos desses fenômenos e suas implicações sobre a realidade. 
Em nossas aulas, você vai entender a origem e a etimologia da palavra 
Estatística e principalmente identificar sua aplicação nas ciências humanas, 
especificamente no curso de serviço social. 
TEMA 1 – A ESTATÍSTICA E SUAS ORIGENS 
1.1 Onde surgiu? 
O termo Estatística vem da palavra latina "status", o que representa a 
sua relação com o Estado. É a partir dos grandes reinos e impérios que surge a 
necessidade de quantificação da existência de tudo que há no mundo. 
Homens, mulheres, jovens, crianças e animais, tudo deveria ser contado, 
conforme o Estado, para diversos fins, principalmente para medir sua força 
econômica e militar, caso houvesse a necessidade de confronto com outros 
povos. Para isso, foram estabelecidos os "censeres", palavra de origem latina 
utilizada na Roma Antiga, para denominar o levantamento sobre toda riqueza e 
braços fortes para trabalhar e para servir os exércitos romanos ordenado pelo 
imperador Cesar Augusto. Após o “censere”, o imperador estabeleceu uma 
espécie de cobrança de taxas para aumentar a arrecadação de seu império e 
reuniu uma grande quantidade de jovens para fortalecer os seus exércitos. Do 
“censeres” origina-se o “census”, do “census”, a palavra censo. 
1.2 Qual a sua importância? 
A Estatística surgiu de muito tempo e tem sua relevância relacionada à 
necessidade do Estado de conhecer adequadamente o seu território 
quantificando a sua população, os nascimentos, os óbitos e as riquezas e, por 
meio desses dados, fazer estimativas para o futuro. Para se certificar que isso 
seria realizado a cada período, foi estabelecido o censo. Para Bobbio, 
Matteucci e Pasquino (2010), o censo já era utilizado no Antigo Egito e nos 
reinos do oriente e tinham dupla função, uma para fins bélicos e outra para 
4 
estabelecer a quantidade de bens existentes e a posição social das pessoas 
em relação a esses bens. 
Sandroni (2007) afirma que foram muitas as motivações para se fazer 
esse processo de quantificação no decorrer da história. Conforme esse autor, o 
primeiro censo realizado no Brasil ocorreu em 1872 e destinava-se apenas à 
contagem populacional. A partir daí, é que esse tipo de contagem passou a ser 
realizado a cada 10 anos. “Em 1920, o campo de investigação ampliou-se e, a 
partir de 1970, o recenseamento incluía os censos demográficos (população e 
habitação), agropecuário, industrial, comercial e de serviços; esses últimos a 
cada cinco anos” (Sandroni, 200, p.132). 
TEMA 2 – A ESTATÍSTICA E SUA HISTÓRIA 
2.1 John Graunt e sua “tábua da imortalidade” 
Figura 1 – John Graunt 
Fonte: Alchetron.com, S.d. 
O método de quantificação estatística passa a ter relevância na história, 
principalmente a partir da Idade Média, quando essas informações 
populacionais passam a ser coletadas para fins de cobrança de impostos e 
também para a guerra. Com base nas mortes ocorridas em Londres no início 
do Século XVII, com boletins semanais sobre a grande quantidade de mortes 
ocorridas devido à epidemia que assolou a cidade no período, John Graunt 
(1620-1674) foi um dos primeiros a levantar a expectativa de vida da 
população, ao criar uma tabela com a quantidade de óbitos e relacioná-los com 
 
 
5 
as idades em que eles ocorriam na cidade londrina. Essa tabela ficou 
conhecida como tábua da mortalidade. Sua tábua da mortalidade passou a ser 
a base para o desenvolvimento das ciências atuariais e para a demografia, 
além de dar uma importante contribuição para a aritmética política. 
2.2 William Petty e sua aritmética política 
Figura 2 – William Petty 
 
Fonte: Domínio público. 
William Petty (1623-1687) desenvolveu um método estatístico para 
quantificar e analisar a riqueza existente em um reino. Seus estudos, foram 
denominados por ele mesmo de aritmética política. Por ter relações especificas 
com o Estado e suas formas de gastos e arrecadações, seus escritos serviram 
para fundamentar análises econômicas e sociais e deram ao seu autor o 
reconhecimento como precursor da estatística econômica. 
 
 
 
6 
2.3 A estatística de Gottfried Anchewall 
Figura 3 – Gottfried Anchewall 
 
 
Fonte: Zentrum für statistik, S.d. 
Para Crespo (2005) foi Gottfried Achenwall (1719-1772), um jurista e 
historiador alemão, quem denominou de Estatística o ramo da matemática 
aplicada, principal instrumento utilizado nas primeiras análises sistemáticas de 
fatos econômicos e sociais, com objetivos, métodos e formas de interrelações 
com outras ciências. 
TEMA 3 – A MULTIDISCIPLINARIDADE DO MÉTODO ESTATÍSTICO 
3.1 A metodologia da estatística aplicada 
A estatística aplicada tem uma metodologia apropriada para coletar, 
organizar, descrever, analisar e interpretar os fenômenos quantitativos 
econômicos ou sociais. Diferentemente do método experimental, aplicado nas 
ciências naturais, o método da estatística aplicada busca, por meio da 
estatística descritiva e da estatística indutiva (ou inferencial) sua 
fundamentação para analisar os dados obtidos e, a partir de então, subsidiar a 
tomada de decisões. A estatística descritiva tem como objetivo coletar, 
organizar, descrever, analisar e interpretar os fenômenos, enquanto a 
estatística dedutiva ou inferencial, visa, com base em determinados resultados 
da amostra de uma população, tirar conclusões e decidir commaior 
propriedade. O método estatístico por meio de sua multidisciplinaridade permite 
uma análise fundamentada baseado em dados concretos da realidade 
econômica, política e social. 
http://www.google.com.br/url?sa=i&rct=j&q=&esrc=s&source=images&cd=&ved=2ahUKEwjawea73NLZAhVHpFkKHXDpAbAQjRx6BAgAEAY&url=http://www.statistics.uni-goettingen.de/index.php?id=71&psig=AOvVaw1KwQqlZvukw2il64994n0e&ust=1520254728054008
 
 
7 
TEMA 4 – O MÉTODO ESTATÍSTICO E SUAS FASES 
No serviço social, as fases do método estatístico são fundamentais para 
a compreensão de como o Estado se apropria dos dados para propor, elaborar, 
realizar e avaliar as políticas públicas. Assim, para entender a estatística é 
fundamental entender a composição das fases do método estatístico. A 
primeira fase é a coleta de dados. 
4.1 Coleta de dados 
A partir da coleta de dados que se pode mensurar quantitativamente os 
fenômenos. Pode ser feita de forma direta, quando se faz um levantamento do 
número de registros de atendimentos do CRAS, do número de dependentes 
dos programas sociais daquela comunidade, alunos matriculados na escola do 
bairro, etc. Pode ser também de forma indireta, quando se busca dados 
produzidos por outros institutos de pesquisas, universidades ou órgãos 
públicos como: população em situação de rua do país, número de habitantes 
da cidade, etc. Após o levantamento dos dados, se faz o processamento 
desses dados para fins de apuração com critérios predefinidos. 
4.2 Percepção sobre a coleta de dados 
Ao se deparar com os dados, é necessário percebê-los cuidadosamente, 
procurando verificar se condizem com a realidade, verificando criticamente 
cada detalhe para não cair em erros rudes que tendem a influenciar os 
resultados da pesquisa. Esses erros podem facilmente ser identificados como 
falhas na coleta de dados: o informante nem sempre pode fornecer 
informações corretas, principalmente porque ele pode não entender a pergunta 
a ele dirigida. Internamente, podem ser cometidos erros de interpretação sobre 
o que foi respondido. 
4.3 Contagem a apuração da coleta de dados 
Ao obter os dados, deve-se organizar, contar, classificar e processar os 
dados coletados de acordo com os critérios previamente estabelecidos. Isso 
pode ser realizado tanto manualmente como através de digitalização. 
 
 
8 
4.4 Apresentação e disponibilização dos resultados coletados 
Para facilitar a apresentação e visualização dos resultados, os dados 
devem ser disponibilizados através de tabelas ou gráficos, que tornam rápida 
sua compreensão e facilitam o um exame mais detalhado do instrumental 
estatístico utilizado na coleta, na apuração criteriosa e disponibilização dos 
resultados. 
4.5 Análise dos resultados 
Tendo como objetivo proporcionar resultados que possam servir para 
extrair de uma amostra, conclusões sobre o todo (população), se busca a partir 
da estatística descritiva analisar os resultados alcançados, obtidos através da 
estatística indutiva ou inferencial, fazer as induções e possíveis previsões para 
a tomada de decisões. 
TEMA 5 – APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS ESTATÍSTICOS 
5.1 Apresentação dos resultados 
Após coletar os dados, classificá-los e processá-los, é importante 
apresentá-los mediante tabelas ou gráficos. Esta forma facilita a visualização e 
possibilita uma avalição rápida e segura dos resultados dos fenômenos 
apurados. Cada fenômeno analisado pode se obter vários resultados possíveis, 
dependendo da quantidade de variáveis analisadas, da amostragem e da 
população. Para entendermos um pouco mais sobre isso, vamos ver o que 
significam: variáveis, amostra e população. 
5.2 Variáveis 
Uma variável representa o conjunto de resultados possíveis de um 
fenômeno. A variável pode ser: 
a. Qualitativa – expressa em atributos como: sexo, cidade, raça, credo. ou 
quantitativa. 
b. Quantitativa – quando expressa em número: idade, altura, peso. 
 
 
 
9 
5.3 População 
População é o todo. É o conjunto de indivíduos, que possuem pelo 
menos uma característica comum. Por exemplo: quando estudamos as 
pessoas em situação de rua, consideramos como população todos os 
moradores nessa situação. 
5.4 Amostra 
Amostra: é uma parte do todo, ou seja, da população. No caso, da 
população de rua, se os pesquisados forem os atendidos por um determinado 
programa municipal, estes, podem ser considerados exemplo de uma amostra 
dessa população de rua. 
NA PRÁTICA 
Muito bem, alunos e alunas, do Curso de Serviço Social! Já vimos que a 
Estatística é uma importante ferramenta para compreender melhor a realidade 
social e tomar decisões. Para aprimorar o aprendizado durante esta nossa 
primeira aula, vamos à tarefa prática. Faça um levantamento sobre as 
principais variáveis que você pode pesquisar no seu bairro. Veja quais dessas 
variáveis são qualitativas e quais são quantitativas. 
FINALIZANDO 
(Nesta aula, você aprendeu que a Estatística é um ramo da matemática 
aplicada e que sua origem possui forte relação com a palavra latina "status" 
(Estado). Utilizada primeiramente para fins militares, a Estatística passou a 
servir também a partir do levantamento censitário, para estabelecer a 
quantidade de bens existentes e a posição social das pessoas em relação a 
esses bens. 
Aprendeu sobre as contribuições de grandes teóricos como John Graunt 
(1620-1674), William Petty (1623-1687) e de Gottfried Achenwall (1719-1772), 
que proporcionaram as bases teóricas para que a Estatística pudesse ser 
conhecida e se tornar um grande instrumento a ser utilizado nas análises dos 
fatos econômicos e sociais para a tomada de decisões. Estudou também, 
sobre as fases do método Estatístico e como essas fases, são fundamentais 
 
 
10 
para a compreensão como o Estado se apropria das pesquisas e dos dados 
estatísticos para propor, elaborar, realizar e avaliar as políticas públicas. 
 
 
 
11 
REFERÊNCIAS 
BOBBIO, N.; MATTEUCCI, N.; PASQUINO, G. Dicionário de Política. Brasilía: 
Ed. UNnB, 2010. 
BUSSAB. W. O.; MORETTIN, P. A. Estatística básica. São Paulo: Saraiva, 
2002. 
CASTANHEIRA, N. P. Estatística aplicada a todos os níveis. Curitiba: 
Intersaberes, 2012. 
CRESPO, A. A. Estatística fácil. São Paulo: Saraiva, 2009. 
PINHEIRO, I. et al. Estatística básica: a arte de trabalhar com dados. Rio de 
Janeiro: Elselvier, 2009. 
SANDRONI, P. Dicionário de economia do século XXI. São Paulo: Saraiva, 
2006.

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