Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE TIRADENTES RESENHA SOBRE “ O Experimento da Prisão de Stanford” Resenha crítica apresentada à disciplina Psicologia e Ética Profissional, ministrada pela profeª. Michelle Leite. Autor: Yasmin Victória Nascimento Carvalho Aracaju – SE 2023. A "Prisão de Stanford", também conhecida como o Experimento da Prisão de Stanford, foi um estudo psicológico realizado em 1971 por Philip Zimbardo na Universidade Stanford. Este experimento envolveu a simulação de uma prisão, projetado para investigar as dinâmicas e a influência sobre o comportamento humano, em contextos de encarceramento, no entanto, a Prisão de Stanford gerou diversas controvérsias e uma série de críticas ao longo dos anos, uma das principais críticas ao estudo é a falta de profissionalismo ético, os participantes do projeto foram divididos aleatoriamente para desempenhar papéis de prisioneiros e guardas, com o objetivo de destacar as interferências geradas pelo poder no comportamento, os participantes que assumiram o papel de guardas abusam fisicamente e psicologicamente dos prisioneiros, resultando em danos psicológicos, o estudo foi interrompido após apenas seis dias, ainda que, o objetivo primário fosse durar semanas, devido à gravidade dos abusos, todavia, levantou questões importantes sobre a perspectiva do funcionamento ético durante as pesquisas psicológicas e a necessidade de proteção aos participantes dos experimento. Algumas críticas questionam a validade dos resultados da pesquisa, argumentando que os participantes podem ter agido de maneira mais extrema do que o normal devido à pressão social e ao conhecimento de que estavam participando de um estudo, os guardas adotaram um comportamento abusivo, submetendo os prisioneiros a situações de extrema humilhação. O recrutamento dos participantes foi feito de maneira informal, por meio de anúncios em jornal, sem que houvesse uma avaliação psicológica prévia. O papel de Philip Zimbardo como diretor do estudo é frequentemente criticado. Ele assumiu o papel de "superintendente" da prisão e, segundo algumas opiniões, desempenhou um papel ativo na criação de um ambiente abusivo. Isso levanta questões sobre o papel do pesquisador na influência e alteração dos resultados. Outra crítica é que os resultados do estudo podem não ser facilmente generalizáveis para situações reais de prisão, pois os participantes eram estudantes universitários e sabiam que estavam participando de um experimento. Algumas informações surgiram após o estudo que levantam preocupações sobre sua condução. Por exemplo, Zimbardo admitiu que encorajou os guardas a serem mais agressivos e que estava mais preocupado com a publicidade do que com a segurança dos participantes. Em resumo, a Prisão de Stanford é um estudo amplamente criticado devido a questões éticas, de validade e de interpretação dos resultados. Embora tenha contribuído para nossa compreensão dos efeitos do poder e do ambiente na psicologia humana, deve ser abordado com cautela e consideração das críticas que levantou ao longo dos anos. A pesquisa ética e a transparência são fundamentais em qualquer estudo psicológico para evitar danos aos participantes e garantir a credibilidade dos resultados. Referências: MANHÃ TRANQUILA DE DOMINGO, Uma. Experiência da Prisão de Stanford–Zimbardo, 1971 (texto original completo).
Compartilhar