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AD1 GEO URB BRA - SARA DUARTE DE ANDRADE ARAUJO

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ 
AVALIAÇÃO À DISTÂNCIA 
Aluno(a): SARA DUARTE DE ANDRADE ARAUJO 
Matrícula: 20112140284 Polo: CAMPO GRANDE 
 
1. “O período colonial (1500-1822) é o momento de expansão da área ocupada 
pela sociedade luso-brasileira, gênese da formação da rede urbana; quando os 
aglomerados passam a reunir condições substantivas para a realização das 
atividades agrárias, possibilitando uma transformação da relação hierárquica 
entre campo e aglomerados urbanos”. Nesse sentido aponte as principais 
estratégias usadas no período colonial que contribuíram para formação dos 
núcleos urbanos? 
RESPOSTA: À medida em que a cidade tornou a ação colonizadora mais eficaz e 
presença na paisagem conquistada mais comum, maior foi o empenho da 
Coroa portuguesa em controlar a criação de núcleos urbanos. 
O controle do Estado e da Igreja na fundação e expansão de núcleos urbanos, 
na organização e escoamento de mercadorias e a voracidade que caracterizou 
a exploração dos recursos naturais da colônia, influenciou diretamente a 
ordenação do espaço interno das cidades. 
O traçado prévio, organizando a ocupação do solo urbano, surgiu, 
historicamente como resposta às mudanças de funções adquiridas pela cidade 
na economia colonial e pela valorização do solo urbano decorrentes da 
concentração populacional. Embora a Igreja, unida ao Estado, tenha sido 
responsável em grande parte pela expansão urbana, a sua distribuição espacial 
ao longo do litoral correspondeu, sem dúvida, aos objetivos econômicos e 
geopolíticos da Coroa portuguesa. A localização das cidades e o traçado dos 
caminhos que as interligavam, relacionaram-se diretamente com as 
necessidades de escoamento de mercadorias e controle da exploração de 
recursos naturais. 
 
2. “A mecanização do campo decorre dos processos de desenvolvimento do meio 
técnico-científico e mais recentemente do meio técnico-científico-
informacional, conforme detalhado por Milton Santos em sua obra (2004)”. A 
partir dessas mudanças aponte as implicações que a modernização na 
agricultura trouxe para o âmbito ambiental? 
RESPOSTA: Com a modernização do campo a produção foi intensificada e os 
latifúndios expandidos. Houve mudanças nas relações de trabalho e o aumento 
do êxodo rural. O grande número de maquinário no campo altera a dinâmica da 
produção e aumenta a degradação ambiental. Presume-se que os mais visíveis 
podem estar relacionados à perda da vegetação nativa e ao desenvolvimento 
econômico. Uma hipótese complementar é que existe uma heterogeneidade na 
relação entre os impactos ambientais e a capacidade de geração de riquezas. 
Ou seja, em algumas situações, o “custo” ambiental foi muito mais elevado 
frente aos retornos para as populações envolvidas. 
Embora todo o processo de modernização tenha sido importante para a 
economia do país, por outro lado contribuiu para o agravamento dos impactos 
ambientais, levando ao aumento da população e o descontrolado avanço da 
pobreza e miséria. E por parte dos grandes proprietários uma despreocupação 
com o meio ambiente em geral. 
 
3. Segundo Milton Santos, “o território não é um dado neutro nem um ator 
passivo. Produz-se uma verdadeira esquizofrenia, já que os lugares escolhidos 
acolhem e beneficiam os vetores da racionalidade dominante, mas também 
permitem a emergência de outras formas de vida.” (Santos, 2001, p. 80). 
Partindo da reflexão acima, explique de que forma o fenômeno da migração 
brasileira impacta na organização das cidades brasileiras. 
RESPOSTA: No Brasil, a questão do êxodo rural se intensificou com a modernização 
da indústria e mais da metade da população migrou para tentar uma vida melhor nas 
grandes cidades em razão da falta de empregos, esse fenômeno gerou consequências 
como uma diminuição e esvaziamento das zonas rurais, e crescimento desordenado 
nas cidades, causando graves problemas sociais. 
 
4. “O expressivo processo de urbanização do país e o fortalecimento das funções 
urbanas, as mudanças no interior dos processos produtivos, o papel dos meios 
de transportes e de comunicações e a revolução científica e tecnológica são 
constatações que revelam o surgimento de novas formas de organização 
socioespacial e que impõem uma revisão do real alcance das respostas por 
parte das políticas públicas e programas governamentais”. Neste contexto 
pesquise sobre sua cidade destacando quais os tipos de políticas públicas foram 
implementados na área de habitação nos últimos 20 anos? 
RESPOSTA: Investimentos sem precedentes nos transportes públicos e na habitação 
social marcaram o Brasil de 2009 a 2016. Num contexto de rápido crescimento 
económico, grandes programas de investimento em infraestruturas e eventos 
internacionais de alto nível, políticas sociais ambiciosas foram implementadas em todo 
o país. O programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), atualmente o principal e único 
canal de produção de habitação social, foi criado em 2009. O programa entregou 
efetivamente um número impressionante de unidades habitacionais a preços 
acessíveis, reduzindo o histórico déficit habitacional do país, com mais de 4,5 milhões 
de unidades distribuídas à população. No entanto, também recebeu críticas e críticas 
negativas pelo planejamento, design e qualidade de seus produtos finais. No Rio de 
Janeiro, por exemplo, o programa de habitação social foi utilizado para realocar 
moradores de favelas que foram despejados do centro da cidade. Durante as décadas 
de 1960 e 1970, 175 mil moradores foram transferidos para 40 mil casas que foram 
construídas em assentamentos como Cidade de Deus e Vila Kennedy. Mas estes 
empreendimentos estavam tão mal localizados que, em poucos anos, com o atual 
programa MCMV, o padrão não mudou. No Rio de Janeiro, por exemplo, 53% das 
unidades do MCMV entregues entre 2009 e 2013 foram construídas na longínqua Zona 
Oeste, a 50 km do centro da cidade. Os moradores que moram na Zona Oeste têm até 
quatro horas e múltiplas taxas de transferência para longe das áreas de trabalho e dos 
centros de recursos urbanos do Centro e da Zona Sul. Ao construir em terrenos fora da 
expansão urbana, é responsabilidade do poder público municipal levar a infraestrutura 
e os serviços básicos necessários aos novos moradores; isso causa custos 
adicionais. Foram realizadas revisões do regulamento do programa MCMV para sua 
nova fase de investimentos e recomendações adotadas pela Secretaria de Habitação 
do Ministério das Cidades. Estes sublinham a ineficiência financeira da localização de 
habitações na periferia. Simultaneamente, dotam os decisores do governo com 
ferramentas para planear soluções mais sustentáveis. Foram estabelecidos novos 
parâmetros que vinculam o acesso à mobilidade sustentável (caminhada, bicicleta e 
transporte público) com melhores localizações para projetos habitacionais. 
Como diz a urbanista brasileira Raquel Rolnik: “Nosso déficit não é de casas, é de 
cidade” – “Nosso déficit não é tanto de unidades habitacionais, mas de urbanidade”. É 
crucial assegurar que as políticas e programas de habitação social sejam reunidos num 
todo coerente, para que tais esforços massivos resultem não apenas numa oferta 
quantitativa, mas qualitativa de habitação, com acesso a serviços e mobilidade. A 
habitação não consiste apenas em colocar um teto sobre a cabeça das pessoas, mas 
em criar lugares que sejam acolhedores e que estejam ligados aos recursos da cidade a 
que pertencem. 
https://www.urbanet.info/ 
5. Elabore um resumo sobre o c -IDHM, da sua cidade, considerando os três 
indicadores usados pela PNUD-ONU: Educação, Expectativa de Vida e Renda 
Per Capita, comparando os dados de 2000 e 2021, identificando possíveis 
mudanças nas condições de vida da população da sua cidade. 
 
 
 
 
RESPOSTA: De acordo com os dados de 2000, o IDH do Rio de Janeiro era 0,664 
e teve um aumento em 2021, pra 0,762. Embora apresente deficiências no 
sistema educacional, O IDH do Rio de Janeiro é consideradode médio para alto, 
pois vem apresentando bons resultados econômicos. A expectativa de vida no 
município também aumentou, embora bem pouco, colaborando com o índice. 
 
 
 
PENA, Rodolfo F. de Alves. Efeitos da mecanização no campo. Mundo Educação. 
Disponível : www.mundoeducacao.uol.com.br. Acesso em 27 de agosto de 
2023. 
 
SUZUKI, Júlio Cesar. COSTA, Everaldo Batista da. AGLOMERAÇÕES URBANAS 
BRASILEIRAS DOS SÉCULOS XIX E XX: significados na produção do território. 
MERIDIANO – Revista de Geografía, número 1, 2012 – versão digital. Disponível 
em: http://www.revistameridiano.org/ Acesso em 27 de agosto de 2023. 
 
Site ATLAS BRASIL. Disponível em:<http://www.atlasbrasil.org.br/>. Acesso em 
27 de agosto de 2023. 
 
LINKE, Clarisse Cunha. Site URBANET INFO. Disponível em 
:https://www.urbanet.info/. Acesso em 27 de agosto de 2023. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.atlasbrasil.org.br/
https://www.urbanet.info/

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