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Jürgen Habermas
1929 (90 anos)
A RELIGIÃO COMO PORTADORA DE SENTIDO
Um pouco sobre Jürgen Habermas...
Filósofo alemão, nascido em 1929;
Trabalhou como assistente de Theodor Adorno; 
É um dos principais expoentes da segunda geração da Escola de Frankfurt;
Sua principal teoria é a do agir comunicativo.
O que ele busca...
Adorno e Horkheimer confundiram um tipo de racionalização com a própria razão. Não se pode negar a função comunicativa da razão ou reduzi-la a um simples utilitarismo;
Habermas busca um conceito de racionalidade que seja fundamentado nos processos de comunicação;
Somente pelo agir comunicativo é que se constrói uma base ética de uma sociedade;
seus objetivos... 
1) mostrar que o conceito de racionalidade comunicativa difere da racionalidade instrumental; 
2) sustentar um conceito de sociedade que engloba dois paradigmas, o de mundo da vida e o de sistema; 
3) delinear uma teoria da modernidade que dê conta das novas patologias sociais como decorrência da submissão da ação comunicativa aos imperativos do sistema.
Racionalidade e valores
A racionalidade instrumental visa intervir no mundo, visto como soma de tudo o que ocorre, e precisa ser controlado. Difere radicalmente do uso comunicativo, que problematiza o mundo em função da necessidade de reconhecer as situações em sua objetividade, tendo em vista o entendimento entre sujeitos capazes de linguagem e de ação.
- Os valores precisam ser reconhecidos, os participantes de uma comunidade podem fundamentar seus argumentos através de razões; estas são calcadas em pretensões de validez, abertas à crítica, à correção e a uma constante aprendizagem.
Crítica à Razão nua (razão secular)
A palavra “secularist” é muitas vezes usada pelo último Habermas.
a existência coletiva se organiza, longe de qualquer influência do religioso, baseando-se apenas no fundamento do intercâmbio das razões.
“o pensamento esclarecido pela razão nua” demonstrou “todos os seus limites”, e que convém superá-lo apoiando-se doravante sobre a base do religioso.
Crítica à Razão nua (razão secular)
Fecham-se cada um em si mesmo;
O mundo moderno, apresenta, aos olhos de Habermas, uma dupla qualidade:
Universo da autonomia = “Cada um deve conduzir a sua vida segundo as suas próprias preferências e suas próprias convicções” (Habermas apud PORTIER, 2013, p. 63)
Universo da solidariedade = Seu projeto é instaurar uma “comunidade moral”, na qual os homens estimem que devem tratar-se como fins em si, e não aceitem ser livres quando os outros não o são.
Mas o ideal se degradou no real.
“A modernização saiu dos trilhos, a tal ponto que tirou toda realidade do tipo de solidariedade que ela ambicionava promover” (Habermas, apud PORTIER, 2013, p. 65).
Crítica à Razão nua (razão secular)
Podemos encontrar duas razões principais, estreitamente misturadas, para esse declínio:
	Disfunção entre o mercado e o poder = o mercado funciona cada vez mais como vetor que orienta todos os setores da vida.
	Setor político se tornou secundário = afastou-se da função de regulação dos interesses privados.
Crítica à Razão nua (razão secular)
Eles empunham seus direitos subjetivos como armas, uns contra os outros, perdendo todo senso crítico para as patologias sociais.
Origem da crise nas nossas sociedades: no triunfo da liberdade utilitarista, no “centramento” das individualidades em torno apenas do seu ego.
Essa situação pede uma réplica, na qual a religião é destinada doravante a ter um papel central.
Crítica à Razão nua (razão secular)
A RELIGIÃO SEGUNDO Habermas: 
3 momentos do pensamento de Habermas sobre a religião:
O primeiro período vai até 1980
 Ele apreende o religioso como uma “realidade alienante” sustentada pela visão dualista do mundo, baseada na ideia de que a salvação extramundana é mais importante do que a felicidade intramundana. Para Habermas, a religião, ao longo da história sempre esteve ao lado dos poderosos.
 Pensamento de que a religião seria superada pela filosofia e pelas ciências 
A RELIGIÃO SEGUNDO Habermas: 
Influenciado por Marx com o seu pensamento alienante da religião...
 Para que o mundo tenha liberdade é necessário:
As sociedades se desprendam do domínio da metafísica;
Se firmem nos recursos da racionalidade comunicativa.
A RELIGIÃO SEGUNDO Habermas: 
2. A segunda etapa do pensamento abrange os anos 1985-2000.
 Há uma substituição do pensamento anterior.
 DESAPARECIMENTO PRIVATIZAÇÃO.
Agora a religião para ele é indispensável na vida comum, pois existem sofrimentos incapazes de serem respondidos somente pelo âmbito racional, mas sim pela fé.
Mesmo não sendo religioso: ele compreende que a religião possa exercer uma função terapêutica, função de consolação dentro da sociedade.
 Porém...
A RELIGIÃO SEGUNDO Habermas: 
A religião não deve se meter no campo político, pois a esse basta a razão secular.
 A religião está ligada à particularidade não podendo buscar um projeto racional e universal.
3. O terceiro pensamento de Habermas supera os dois primeiros apontando para uma instituição de uma “sociedade pós-secular”... 
A religião segundo ele, deve intervir na esfera social, infundindo-lhe as “instituições morais” de que são portadores os seus textos fundadores e a tradição que suscitaram.
A RELIGIÃO SEGUNDO Habermas: 
Sobre “sociedade pós-secular, José Pedro Luchi nos ajuda a compreender melhor esse termo usado por Habermas.
“Ele pensa em comunidade religiosas racionais, que não pretendem impor suas verdades com violência, que aceitem a autoridade das ciências e as premissas do estado constitucional democrático, fundado numa moral profana. Esse por outro lado deve estar aberto às contribuições tanto da ciência como da religião” (LUCHI, 2014, p.89).
 Portanto...
A RELIGIÃO SEGUNDO Habermas: 
Habermas não defende mais a hipótese do desaparecimento da religião, mas que ela deve intervir nas questões sociais pois a religião é uma fonte não esgotada de recursos tanto morais como existenciais, numa sociedade em que a modernidade saiu “fora dos trilhos” (Luchi, 2014. p.89).
A RELIGIÃO COMO PORTADORA DE SENTIDO: 
Habermas defendeu por muito tempo que as questões relacionadas ao viver comunitário poderiam ser resolvidas unicamente pelo uso da razão porém, a razão não deu conta de resolver todos os problemas sociais agora é necessário apoiar-se nas instituições morais, nas reservas de sentido de que são portadores os sistemas religiosos. Luchi afirma que...
“A sagrada escritura e as tradições religiosas guardam uma especial sensibilidade para o resgate de vidas malogradas, nos seus símbolos e instituições passadas através das gerações. Oferecem possibilidades de chaves de leitura para a auto-interpretação iluminadora e resgatadora da vida pessoal e dos laços sociais feridos. Volta então o conceito de sociedade pós-secular, como uma nova consciência de que a religião não somente sobreviverá, mas manterá um papel importante na promoção do sentido e na orientação moral” (LUCHI, 2014, p.90).
A RELIGIÃO COMO PORTADORA DE SENTIDO: 
A religião para Habermas é uma instância que poderia ajudar a colocar limites nas tendências destrutivas da modernidade, pois a modernidade saiu dos trilhos, a tal ponto que tirou toda realidade do tipo de solidariedade que ela ambicionava promover” (HABERMAS, 2004, P.12).
Este pensamento de Habermas é devido à diferença das classes sociais. 
O pobre não participa do discurso racional, somente os ricos e os mais favorecidos 
Os interesses pessoais de cada um fez com que o homem não se importasse com o outro / atentado de 11 de setembro, 2001.
A RELIGIÃO COMO PORTADORA DE SENTIDO: 
A religião para Habermas seria essa capaz de:
Reformular a ideia de solidariedade, pois encontra-se nela todos os recursos para denunciar a alienação e reconstruiruma “ordem de vida” onde todos recebessem o que lhe fosse devido.
“Apreender os sintomas de uma vida fracassada e constitui uma fonte de cultura da qual podem nutrir-se a consciência das normas e a solidariedade dos cidadãos” (HABERMAS, 2004 P.18).
 A RELIGIÃO COMO PORTADORA DE SENTIDO: 
A religião para Habermas seria essa capaz de lutar pelo bem comum através do seu discurso racional/moral universal.
Ele toma a fé como um complemento da razão comunicacional, mas não como o seu fundamento.
A religião como portadora de sentido para Habermas, é essa com função terapêutica para uma sociedade machucada pela desigualdade social, para uma sociedade que clama por igualdade.
Seria essa capaz de reformular a ideia de solidariedade.
 PARA TERMINAR...
“A religião [...] critica e estimula à realização terrena de ideais universalistas de que todos são iguais [...]. Religiões com horizonte universalista são promotoras de abertura e de racionalidade, fazem surgir e canalizam energias de resistência a repressões” (LUCHI 1999, p. 501).
REFERÊNCIAS:
A TEORIA da ação comunicativa: Conceitos basicos. In: ARAÚJO, Inês Lacerda. A TEORIA DA AÇÃO COMUNICATIVA DE J. HABERMAS. Palma de Mallorca: Edición de la Fundació Càtedra Iberomericana, 2004. Disponível em: <https://fci.uib.es/Servicios/libros/veracruz/ines/Conceitos-basicos.cid210339>. Acesso em: 18 set. 2019.
JÜRGEN Habermas. [S. l.]: Guia do Estudante, 18 ago. 2017. Disponível em: <https://guiadoestudante.abril.com.br/especiais/jurgen-habermas/>. Acesso em: 18 set. 2019.
HABERMAS, Jürgen. Pluralisme et morale. Esprit, julho 2004.
LUCHI, José Pedro. A superação da Filosofia da Consciência em J. Habermas. A questão do sujeito na formação da teoria comunicativa da sociedade. 536 f. Tese (Doutorado em Filosofia) – Editrice Pontificia Universitá Gregoriana, Roma, 1999. 
______. O Lugar das religiões numa sociedade pós-secular. Discussão da perspectiva de J. Habermas. In: Wanderley Pereira da Rosa; Osvaldo Luiz Ribeiro. (Org.). Religião e Sociedade (pós) secular. 1ed.Santo André: Academia cristã, 2014, v. 1, p. 89-109.
PORTIER, Philippe. Democracia e religião no pensamento de Jürgen Habermas. Numen: Revista de estudos e pesquisa da religião, Juiz de Fora, v. 16, n.1, p. 59-77, 2013. Disponível em: <https://periodicos.ufjf.br/index.php/numen/article/view/21908>. Acesso em: 13 set. 2019.
REALIZADO POR:
MARCOS VINICIOS ALVES DE OLIVEIRA 
MARLON CORDEIRO GOMES SILVA
YAN DA SILVA JARDIM VIEIRA

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