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DETOXIFICAÇÃO	
	
O	que	é	Detoxificação	e	qual	a	importância	desse	processo	para	a	saúde	humana?	
A	detoxificação	é	um	processo	biológico	no	qual	o	organismo	transforma	as	substâncias	nocivas	presentes,	
para	que	essas	toxinas	sejam	expelidas	do	nosso	corpo.	Vários	órgãos	são	responsáveis	pela	detoxificação,	
porém	 os	 importantes	 são	 o	 fígado	 e	 o	 intestino	 onde	 ocorre	 a	 eliminação	 de	 toxinas	 em	 maior	
quantidade.	
É	importante	lembrar	que	o	nosso	corpo	esta	em	processo	de	detoxificação	24	horas	por	dia,	até	porque	
no	ambiente	em	que	vivemos	somos	expostos	a	várias	toxinas.	Além	das	toxinas	ambientais,	 inúmeras	
substâncias	 são	prejudiciais	 para	nossa	 saúde	 como	os	 agrotóxicos,	metais	 pesados,	 bifenóis,	 aditivos	
alimentares	e	medicamentos	e	todo	esse	conjunto	de	toxinas	faz	com	que	as	pessoas	tenham	doenças	
cognitiva,	 dificuldade	 de	 aprendizado,	 dores	 de	 cabeça,	 inchaço,	 disbiose	 (alteração	 do	 equilíbrio	
instestinal),	fadigas,	cansaço,	excesso	de	ácido	úrico.		
Para	ajudar	no	processo	de	eliminação	de	toxinas	precisa-se	de	uma	alimentação	variada	em	nutrientes	
como	brássicas,	fibras,	vitaminas,	minerais,	ervas	e	entres	outros.	
A	detoxificação	tem	grande	importância	no	organismo	humano,	pois,	melhora	o	bioma	intestinal,	melhora	
na	 resposta	 antiflamatória,	 eliminação	 da	 bile,	 ganho	 de	 massa	 muscular,	 perda	 de	 peso,	 reduz	 o	
aparecimento	de	doenças	metabólicas.	
	
O	que	são	Xenobióticos.	Cite	alguns	deles.	
	
Xenobióticos	são	substâncias	exógenas	sintéticas,	com	atributos	estruturais	não	naturais,	são	compostos	
tóxicos	 que	 provocam	 alterações	 na	 homeostase	 do	 organismo.	 O	 uso	 abusivo	 e	 contínuo	 dessas	
substâncias	químicas	é	capaz	de	produzir	uma	denominada	resposta	tóxica	a	um	organismo	vivo.		
Ao	estarem	presentes	no	organismo,	os	xenobióticos	precisam	ser	metabolizados,	que	é	um	processo	
importante	 para	 sua	 resposta	 orgânica.	 A	 habilidade	 individual	 de	 biotransformar	 substâncias	
potencialmente	tóxicas	tem	sido	associada	com	maior	ou	menor	suscetibilidade	a	agentes	tóxicos	e	ao	
risco	 para	 câncer.	 Indivíduos	 incapazes	 de	 detoxificar	 adequadamente	 substâncias	 agressivas	 ou	
metabólitos	carcinogênicos	podem	sofrer	um	dano	direto	no	DNA	ou	um	dano	celular,	com	a	formação	
de	elementos	químicos	e	macromoléculas	que	podem	causar	instabilidade	genômica.	
A	família	dos	genes	do	citocromo	P450	representa	uma	das	principais	classes	de	enzimas	importantes	na	
detoxificação	de	diversas	substâncias.	Tais	reações	metabólicas	ocorrem	principalmente	no	fígado.	
Principais	xenobióticos	presentes	no	nosso	dia	a	dia:	
• Adoçantes	Artificiais	(Aspartame,	Ciclamato	de	Sódio,	Sacarina	Sódica,	etc)	
Também	chamados	de	edulcorantes,	são	substâncias	que	conferem	sabor	doce	com	um	valor	calórico	
muito	reduzido	em	comparação	ao	açúcar	convencional	(sacarose).	Foram	desenvolvidos	para	atender	
pessoas	diabéticas,	que	não	podem	ingerir	açúcar	devido	à	dificuldade	de	processá-lo.	Devido	ao	fato	de	
possuírem	 poucas	 calorias	 e	 oferecerem	 o	 sabor	 doce	 desejado,	 são	 cada	 vez	 mais	 utilizados	 e	
comercializados	em	todo	mundo	de	forma	abusiva	dos	seus	usuários.	
O	organismo	humano	ao	detectar	esses	adoçantes,	se	prepara	para	metabolizá-los,	mas	não	os	reconhece	
quimicamente	 e	 não	 os	 metaboliza.	 Como	 essas	 substâncias	 precisam	 ser	 eliminadas	 do	 organismo,	
sobrecarregam	o	fígado	e	os	rins,	 fazendo	com	que	o	corpo	absorva	uma	porção	maior	da	glicose	dos	
carboidratos	e	alimentos	ingeridos	ao	longo	do	dia,	exigindo	que	seja	liberada	mais	insulina	para	o	sangue,	
e	quando	há	acúmulo	de	insulina	no	sangue,	há	acúmulo	de	gordura	(isso	porque	os	adoçantes	estimulam	
os	mesmos	 receptores	do	açúcar	 fazendo	com	que	haja	mais	absorção	da	glicose	a	nível	 intestinal).	E	
mesmo	 que	 se	 admita	 não	 terem	 efeitos	 tóxicos	 para	 o	 organismo;	 todo	 esse	 processo	 aumenta	 e	
perturba	o	metabolismo.	
• Corantes	Artificiais	
Os	corantes	utilizados	nos	alimentos	possuem	como	principal	função	tornar	o	produto	mais	atrativo	já	
que	 durante	 o	 processamento	 industrial	 é	 comum	 ocorrer	 a	 perda	 ou	 alteração	 da	 coloração	 dos	
alimentos.	 Para	 serem	 metabolizados,	 a	 microbiota	 intestinal	 produz	 azu	 e	 nitro	 redutases	 que	 são	
substâncias	 responsáveis	 pela	 clivagem	 redutiva	 das	 ligações	 presentes	 na	 estrutura	 química	 dos	
corantes.	
De	forma	geral,	os	corantes	comportam-se	como	os	demais	xenobióticos	podendo	provocar	alterações	
bioquímicas	 e	 fisiológicas	 no	 organismo	 através	 de	 sua	 atividade	 intrínseca	 ou	 de	 seus	 produtos	 de	
metabolização,	já	que	seu	processo	de	biotransformação	pode	gerar	radicais	livres	e	arilaminas.	
• Álcool	
A	ingestão	excessiva	promove	sobrecarga	hepática,	já	que	o	fígado	é	responsável	pela	metabolização	do	
álcool,	portanto,	seu	consumo	exacerbado	por	um	longo	período	está	fortemente	associado	a	lesões,	
porém,	apenas	metade	dos	usuários	que	a	consomem	com	esta	frequência	vão	desenvolver	hepatite	ou	
cirrose	alcoólica.	
A	metabolização	do	álcool	se	dá	pela	ação	da	enzima	álcool	desidrogenase	(ADH)	no	fígado.	Esta	enzima	
converte	o	álcool	em	acetaldeído,	que	mesmo	em	pequenas	concentrações,	é	tóxico	para	o	organismo.	A	
enzima	aldeído	desidrogenase	(ALDH),	por	sua	vez,	converte	o	acetaldeído	em	acetato.	Uma	grande	parte	
desse	acetato	chega	em	outras	partes	do	organismo	pela	corrente	sanguínea,	onde	participa	de	outros	
ciclos	metabólicos.	
	
• Nitritos	e	Nitratos	
São	aditivos	alimentares	utilizados	na	indústria	alimentícia,	principalmente	para	impedir	ou	retardar	ações	
microbiana	ou	enzimática	em	produtos	cárneos,	deste	modo,	protege	o	alimento	da	deterioração.	Além	
disso,	são	fixadores	de	cor	e	desenvolvem	o	sabor	e	o	aroma	típicos	de	produtos	curados.	São	substâncias	
inorgânicas	que	não	são	encontrados	apenas	em	produtos	alimentícios,	mas	também	na	água	potável,	
solo,	em	vegetais	e	fertilizantes,	o	que	aumenta	ainda	mais	a	exposição	dos	humanos	a	essas	substâncias.	
O	consumo	em	excesso	desses	aditivos	alimentares	são	decorrentes	de	efeitos	tóxicos	ao	organismo,	pela	
formação	endógena	de	compostos	n-nitrosos	que	são	substâncias	carcinogênicas	(substâncias	capazes	de	
promover	o	aparecimento	de	carcinomas	em	um	organismo),	teratogênicos	(capazes	de	promover	uma	
deficiência	no	feto	de	uma	gestante)	e	mutagênicos	(apresentam	capacidade	de	gerar	mutação	celular,	
ou	seja,	promover	um	dano	no	DNA,	que	será	passado	para	os	descendentes).	
O	nitrito	é	ainda	mais	tóxico	do	que	o	nitrato,	ele	é	metabolizado	em	metahemoglobina,	que	tem	como	
principal	efeito	de	promover	vasodilatação	e	relaxamento	da	musculatura	lisa.	A	dose	letal	para	adulto	é	
cerca	de	1,0	g.	 Em	doses	 inferiores	 tem-se	 como	sintomas	principais	o	enrubescimento	da	 face	e	das	
extremidades,	o	desconforto	gastrointestinal	e	cefaleia.	
• Agrotóxicos	
São	 ingredientes	 ativos	 utilizados	 na	 agricultura,	 os	 vegetais	 absorvem	 essa	 substância	 que	
posteriormente	 é	 ingerido	 por	 um	 indivíduo,	 possui	 elevado	 grau	 de	 toxicidade	 aguda	 e	 crônica	
comprovada	 e	 que	 causam	 problemas	 de	 desregulação	 hormonal	 como	 também	 neurológicos	
reprodutivos	e	cancerígenos.	Além	de	promover	grandes	danos	acumulativos	no	meio	ambiente.	
Mesmo	em	baixas	concentrações,	os	agrotóxicos	interferem	de	forma	significativa	no	sistema	endócrino,	
sendo	assim	denominados	como	desruptores	endócrinos.	Podem	induzir	intoxicações	aguda,	sub	-	aguda	
ou	crônica.	As	intoxicações	crônicas,	acontecem	com	a	exposição	de	baixas	doses	durante	meses	e	anos,	
são	as	mais	significativas,	induzindo	formação	de	depósitos	no	organismo	que	podem	evoluir	para	câncer,	
desordens	tireoidianas	e	diabetes.	
	
	
O	fígado	é	o	principal	local	responsável	de	processar	os	xenobióticos,	para	serem	inativados	e	excretados.	
É	 necessário	 realizar	 a	 biotransformação	 dessas	 substâncias,	 duas	 fases	 são	 necessárias:	 fase	 I	
(transformação:	diminui	a	toxicidade)	e	fase	II	(conjugação:responsável	pela	excreção).	
	Vídeo:	O	Caminho	da	Bebida	Alcoólica	no	Organismo:	https://youtu.be/t614FyJ_x0E	
	
Quais	os	órgãos	que	participam	do	processo	de	detoxificação?	
	
FÍGADO	
Cumpre	funções	vitais	no	processo	digestivo,	hormonal	e	demais	atividades	metabólicas,	sendo	um	dos	
principais	(senão	o	principal)	responsáveis	pela	detoxificação	do	organismo.	Para	tanto,	o	fígado	ativa	e	
remove	 substâncias	 tóxicas	 que	 foram	 ingeridas,	 tais	 como	 aditivos	 alimentares,	 minerais	 nocivos,	
medicamentos	tóxicos,	excesso	de	hormônios;	extrai	do	sangue	os	resíduos	resultantes	da	quebra	celular	
e	 os	 transforma	 para	 que	 possam	 ser	 excretados	 pelo	 intestino	 ou	 pelos	 rins;	 elimina	 os	 resíduos	 e	
metabólitos	tóxicos	resultantes	da	fermentação	e	putrefação	intestinal;	é	uma	fonte	de	células	Kupffer	
que	 filtram	e	destroem	 invasores	estrangeiros,	 como	bactérias,	 fungos,	vírus	e	células	cancerígenas.	É	
crucial	para	reduzir	a	carga	de	metabólitos	tóxicos	e	toxinas	acumuladas	nos	tecidos	hepáticos,	e	assim	
aumentar	seu	poder	de	desintoxicação.		
O	processo	de	desintoxicação	divide-se	em	3	fases:	
Fase	1	de	desintoxicação		
A	fase	1	envolve	uma	família	de	enzimas	que	são	referidas	coletivamente	como	citocromo	P450	(CYP450).	
Essas	 enzimas	 da	 fase	 1	 neutralizam	 diretamente	 uma	 toxina	 ou	 a	 modificam	 para	 formar	 um	
intermediário	ativo	que	é	então	neutralizado	pelo	processo	de	desintoxicação	da	fase	2.	A	atividade	das	
enzimas	 da	 fase	 1	 pode	 variar	 significativamente	 de	 um	 indivíduo	 para	 outro,	 com	 base	 em	 sua	
composição	 genética,	 nível	 de	 exposição	 a	 toxinas,	 algumas	 drogas	 e,	 é	 claro,	 estado	 nutricional.	
Clinicamente,	uma	questão	secundária	notável	com	a	fase	1	de	desintoxicação	é	a	consequente	geração	
de	radicais	 livres.	Sem	defesas	antioxidantes	adequadas,	podem	ocorrer	danos	aos	tecidos.	É	por	esta	
razão	que	os	antioxidantes	-	especialmente	aqueles	que	se	concentram	no	fígado	-	são	de	importância	
vital.		
Fase	2	de	desintoxicação		
A	 maioria	 dos	 produtos	 químicos	 processados	 pelas	 enzimas	 da	 fase	 1	 é	 convertida	 em	 formas	
intermediárias	 que	 precisam	 ser	 processadas	 pela	 fase	 2.	 Essas	 formas	 intermediárias	 são	
frequentemente	mais	 ativas	 quimicamente	 e,	 portanto,	mais	 tóxicas,	 fazendo	 com	que	 uma	 resposta	
rápida	da	 fase	2	 seja	de	suma	 importância.	Se	os	 sistemas	de	desintoxicação	da	 fase	2	não	estiverem	
funcionando	adequadamente,	estes	 intermediários	podem	causar	danos	substanciais.	Existem	seis	vias	
primárias	de	desintoxicação	de	fase	2:	conjugação	de	glutationa,	conjugação	de	aminoácidos,	metilação,	
sulfatação,	acetilação	e	glucuronidação.	Estes	sistemas	enzimáticos	são	particularmente	dependentes	e	
sensíveis	a	um	suprimento	adequado	de	substratos	-	predominantemente	aminoácidos	-	necessários	para	
realizar	a	conjugação	de	metabólitos	oxidados.	
	
	
Fases	I	e	II	de	detoxificação	e	nutrientes	associados	às	vias	
	
Fase	3	de	desintoxicação		
A	terceira	fase	da	desintoxicação	hepática	envolve	a	função	de	proteínas	antiporter	específicas.	Esta	etapa	
é	responsável	por	bombear	toxinas	para	fora	das	células	para	excreção	e	característica	por	apresentar	
resistência	 à	 fármacos	 e	 à	 glicoproteína-P.	 Isto	 pode	 ocorrer	 após	 ou	 antes	 da	 desintoxicação.	 Por	
exemplo,	as	proteínas	antitransporte	são	expressas	em	enterócitos.	Quando	certos	compostos	tóxicos	em	
alimentos	são	absorvidos	pelo	enterócito,	os	antitransportadores	bombeiam	estes	de	volta	para	o	lúmen,	
impedindo	sua	passagem	antes	de	terem	a	oportunidade	de	serem	desativados	pelas	enzimas	CYP450.	
Este	não	é	um	processo	perfeito	e	é	permitida	a	passagem	de	algumas	toxinas	do	lúmen	para	o	corpo.	
Entretanto,	apoiar	a	função	destas	proteínas	pode	minimizar	a	exposição	intracelular	às	toxinas	e	reduzir	
a	pressão	exercida	sobre	outros	sistemas	de	órgãos	de	desintoxicação	(por	exemplo,	fígado,	rim,	pele).	
Alice	esclarece:	Apoiar	 significa	por	exemplo	 ter	um	 intestino	 íntegro	 (bem	permeável)	para	que	essas	
proteínas	consigam	transportar	as	toxinas	para	fora)	
	
	
Etapas	de	detoxificação	num	organismo	com	comprometimento	das	suas	funções	
	
	
Processo	de	detoxificação	num	organismo	saudável	
	
VESÍCULA	BILIAR	
Após	o	processamento	das	toxinas	pelo	 fígado,	as	substâncias	são	encaminhadas	para	a	vesícula	biliar	
para	serem	então	encaminhadas	para	o	decorrer	do	processo	digestivo.	Nutrientes	lipotrópicos,	tais	como	
colina,	metionina,	ácido	fólico	e	as	vitaminas	B6	e	B12	e	também	fitoterápicos	são	úteis	para	promover	o	
fluxo	da	bile	do	fígado	(especialmente	em	pessoas	que	não	possuem	mais	esse	órgão	anexo).		
INTESTINO	
No	 intestino,	 a	 bile	 e	 sua	 carga	 tóxica	 precisam	 ser	 rapidamente	 absorvidas	 pelas	 fibras	 para	 serem	
excretadas	 através	 das	 fezes.	 A	 fibra	 diminui	 o	 tempo	 de	 trânsito	 das	 fezes,	 age	 no	 sequestro	 de	
xenobióticos	conjugados	e	endobióticos	presentes	na	bile	e	reduz	o	nível	de	enzimas	de	desconjugação	
bacteriana	 nas	 fezes.	 Todos	 estes	 efeitos	 reduzem	 a	 reciclagem	 de	 toxinas	 através	 da	 circulação	
enterohepática.	O	sistema	gastrointestinal	é	exposto	tanto	às	toxinas	que	chegam	por	ingestão	quanto	
pela	reintrodução	das	toxinas	pré-metabolizadas	no	ambiente	intestinal	em	seu	caminho	para	a	excreção.	
É	por	isso	que	é	tão	importante	não	apenas	minimizar	a	exposição	às	toxinas	e	melhorar	a	disponibilidade	
de	nutrientes	e	antioxidantes,	mas	também	apoiar	a	função	de	barreira	ideal	e	a	regularidade	intestinal.		
O	papel	das	células	do	trato	gastrointestinal	(TGI)	é	de	suma	importância	quando	se	pretende	reduzir	o	
acúmulo	de	toxinas	externas	e	endógenas	por	parte	de	um	indivíduo.	Estima-se	que	25%	dos	processos	
de	desintoxicação	ocorrem	dentro	dos	enterócitos.	Estas	células	realizam	tanto	a	fase	1	(através	da	ação	
das	enzimas	CYP450)	quanto	a	fase	3	(através	da	ação	da	proteína	antitransportadora),	numa	tentativa	
de	reduzir	a	passagem,	para	o	ambiente	interno,	de	xenobióticos	não	metabolizados.		
Uma	grande	porção	das	toxinas	de	exposição	diária,	chega	ao	organismo	por	meio	dos	alimentos	e	bebidas	
consumidos.	 Se	a	hiperpermeabilidade	 intestinal	 (leaky	gut)	 estiver	presente,	 isto	permite	uma	maior	
entrada	 de	 compostos	 indesejáveis	 no	 organismo,	 muitos	 dos	 quais	 podem	 produzir	 sintomas	 de	
toxicidade	quando	atingem	um	determinado	limiar.	Além	disso,	o	leaky	gut	permite	que	esses	compostos	
potencialmente	tóxicos	contornem	os	processos	de	desintoxicação	que	normalmente	seriam	realizados	
dentro	 das	 células	 intestinais.	 Além	disso,	 como	o	 TGI	 é	 um	 importante	 local	 de	 excreção	 de	 toxinas	
metabolizadas	(provenientes	do	fígado),	a	 integridade	 intestinal	comprometida,	combinada	com	fibras	
insuficientes	e	disbiose,	também	pode	levar	à	reabsorção	de	metabólitos	de	toxinas	que,	de	outra	forma,	
estariam	vinculados	à	eliminação.		
Pesquisas	também	mostram	que	a	inflamação	local	nas	células	intestinais	pode	resultar	no	esgotamento	
do	glutationa	que,	por	sua	vez,	pode	comprometer	a	função	da	proteína	antitransportadora	(ou	seja,	fase	
3).	A	correção	da	disbiose	com	um	amplo	espectro	de	probióticos	de	alta	dose,	juntamente	com	fibras	
prebióticas	dietéticas	e	nutrientes	adicionais	incluindo	L-glutamina,	pode	ajudar	não	apenas	a	reduzir	a	
inflamação	local,	mas	também	a	restaurar	a	integridade	do	TGI.	Além	disso,	os	próprios	microrganismos	
benéficos	ajudam	na	desintoxicação	e	proteção	contra	a	toxicidade,	sequestrando	compostos	prejudiciais	
(por	exemplo,	metais	pesados).		
	“A	expressão	absorvida	pelas	fibras,	essa	absorção	seria	para	onde?	“	(primeiro	paragráfo	desse	tópico).	
Absorção	é	para	sangue?	
Alice	explica:	Depende.	Uma	parte	vai	ser	distribuída	para	as	células	e	são	os	METABOLITOS	QUE	SERÃO	
eliminados.	E	quem	faz	o	metabolismo	dessas	substâncias?	-	hepatocitos	e	enterocitos!	
RINS	
Os	 rins	 exercem	 importante	 função	 de	 detoxificação	 metabólica	 na	 medida	 que	 filtram	 substânciasnocivas	presentes	no	sangue	e	excretam	através	da	urina.	Para	isso	é	fundamental	que	os	sistemas	de	
filtragem	renal	não	estejam	comprometidos	e	nem	obstruídos	por	substâncias	químicas	e	sintéticas	não	
integrantes	do	ciclo	biológico;	a	pressão	arterial	(PA)	é	outro	fator	que	precisa	estar	adequado	para	que	
ocorra	uma	filtragem	eficiente	pois	a	PA	baixa	gera	acúmulo	de	toxinas	nas	vias	renais	e	a	PA	alta	faz	com	
que	a	filtragem	seja	prejudicada	pela	sobrecarga	de	fluxo	sanguíneo.	
TRATO	RESPIRATÓRIO	
O	trato	respiratório,	os	pulmões	e	os	brônquios,	evacuam	principalmente	as	toxinas	sob	a	forma	de	gás	
carbônico.	Também	pode	excretar	o	catarro.	As	membranas	saudáveis	dos	alvéolos	não	deixam	penetrar	
os	resíduos	sólidos.	Entretanto,	devido	à	irritação	constante	por	micróbios	infecciosos	e	outros	irritantes,	
os	alvéolos	podem	se	tornar	porosos	e	agir	como	uma	saída	de	emergência	para	toxinas	que	o	fígado,	os	
rins	 e	 o	 trato	 intestinal	 não	 conseguiram	 eliminar.	 Estas	 substâncias	 são	 transportadas	 pela	 corrente	
sanguínea	em	direção	aos	pulmões	e	brônquios,	eles	são	comprimidos	através	dos	alvéolos	e	expelidos	
pela	tosse	como	catarro.	Este	catarro	não	consiste	apenas	de	micróbios	e	dos	produtos	de	sua	atividade,	
mas	também	de	resíduos	resultantes	de	uma	digestão	e	excreção	insuficientes.	
PELE	
Nosso	corpo	tenta	de	muitas	maneiras	diferentes	se	livrar	de	toxinas.	Se	o	fígado,	os	rins	e	os	pulmões	
não	cumprem	suficientemente	 suas	 tarefas,	o	 corpo	precisa	da	ajuda	da	pele.	Desempenha	um	papel	
importante	na	eliminação	de	toxinas,	inclusive	auxiliando	os	rins	em	seu	trabalho.	Ela	excreta	os	produtos	
residuais	que	são	classificados	como	cristais:	eles	são	solúveis	em	líquidos	e	são	eliminados	sob	a	forma	
de	suor	através	das	glândulas	sudoríparas.	Esses	cristais	são	resíduos	do	metabolismo	de	alimentos	ricos	
em	proteínas	-	tais	como	carne,	peixe,	ovos,	produtos	lácteos,	leguminosas	e	cereais.	O	ácido	úrico	e	a	
uréia,	por	exemplo,	fazem	parte	do	grupo	dos	cristais,	que	também	podem	resultar	de	um	excesso	de	
açúcar	refinado	ou	de	alimentos	muito	ácidos.	Outros	tipos	de	produtos	residuais	e	toxinas	são	excretados	
sob	a	forma	de	erupções	cutâneas.	
	
SISTEMA	LINFÁTICO	
As	glândulas	linfáticas	atuam	produzindo	linfócitos	e	na	filtragem,	degradação	e	transporte	de	agentes	
infecciosos.	Ao	atuar	em	conjunto	aos	sistemas	sanguíneo	e	imune,	o	sistema	linfático	atua	no	processo	
de	detoxificação	do	organismo	na	medida	que	mobiliza	o	fluido	intersticial	e,	com	ele,	produtos	residuais	
que	 então	 fluem	 para	 vasos	 sanguíneos	mais	 calibrosos	 a	 fim	 de	 serem	metabolizados	 e	 eliminados.	
Quando	sobrecarregado	de	metabólitos	 tóxicos,	a	atividade	dessas	glândulas	 também	fica	aumentada	
podendo	gerar	inchaço,	dor,	calor,	rubor	(sinais	característicos	de	processo	inflamatório).	
	
	
Alice	comenta:	É	aqui	que	entra	o	estroboloma	e	a	importância	das	beta-glucorinidase	no	processo	de	
conjugação	que	vimos	no	módulo	de	intestino.	
	
	
	
Enzimas	da	família	do	Citocromo	p	450	(CYP)	e	suas	funções	no	processo	de	detoxificação	
	
O	sistema	enzimático	citocromo	P450,	descoberto	aproximadamente	há	50	anos,	um	pigmento	que	possui	
um	perfil	de	alta	absorção,	multiplicidade	e	ampla	capacidade	em	catalisar	uma	variedade	de	reações	
químicas,	são	hemoproteínas	oxidativas	codificadas	por	uma	superfamília	de	genes	que	convertem	uma	
ampla	variedade	de	substratos.	Também	chamado	de	sistema	CYP450	ou	sistema	P450,	 localiza-se	no	
retículo	 endoplasmático	 liso,	 mitocôndrias	 e	 outras	 membranas,	 principalmente	 do	 fígado,	 e	 está	
intimamente	ligado	a	outro	componente	vital	do	sistema:	NADPH	citocromo	P450	redutase.	
O	 sistema	oxidativo	Citocromo	P450	 (CYP450)	 compreende	mais	 de	 57	 genes	 que	 codificam	enzimas,	
responsáveis	pela	metabolização	de	mais	de	90%	das	drogas.	
Essa	superfamília	de	enzimas	está	envolvida	na	biotransformação	de	medicamentos,	na	bioconversão	de	
xenobióticos,	no	metabolismo	de	carcinógenos	químicos,	na	biossíntese	de	compostos	fisiologicamente	
importantes,	 como	 esteróides,	 ácidos	 graxos,	 eicosanóides,	 vitaminas	 lipossolúveis,	 ácidos	 biliares,	
conversão	 de	 alcanos,	 terpenos	 e	 compostos	 aromáticos,	 bem	 como	 a	 degradação	 de	 herbicidas	 e	
inseticidas.	
Depois	 da	 absorção	 de	 um	 xenobiótico	 (substância	 estranha	 ao	 organismo),	 ele	 vai	 se	 distribuir	 pelo	
organismo	e	não	só	exerce	a	sua	ação	como	também	é	alvo	dos	mecanismos	de	metabolização.	A	inibição	
ou	indução	desta	enzima	podem	destoxificá-lo,	mas,	também,	podem	bioativá-lo,	tornando-o	mais	tóxico.	
O	 objetivo	 desses	 mecanismos	 é	 tornar	 o	 composto	 mais	 polar	 e,	 portanto,	 mais	 fácil	 de	 excretar,	
propiciando	a	conversão	de	compostos	lipofílicos	em	hidrofílicos.	
O	metabolismo	de	xenobióticos	que	ocorre	nas	células	hepáticas	acontece	de	forma	que	os	produtos	de	
uma	reação	podem	constituir-se	substratos	para	outra	reação	e	pode	ser	dividido	em	duas	fases:	
• Fase	 I	pode	 ser	 redução	ou	oxidação	quando	 resultam	na	adição	de	oxigênio,	de	grupamento	
hidroxila,	 ou	 na	 remoção	 de	 hidrogênio,	 por	 sua	 vez	 a	 introdução	 de	 hidrogênio	 na	molécula	
caracteriza	uma	redução,	nos	processos	de	hidrólise,	geralmente	uma	molécula	é	clivada	com	
adição	de	água		
• Fase	 II	 é	 de	 conjugação	 que	 se	 dá	 a	 condensação	 do	 seu	 substrato	 ou	 metabólito	 com	 um	
composto	de	origem	endógena	podendo	gerar	sulfatação,	metilação	e	glicuronidação,	o	 íon	de	
Ferro	presente	no	grupo	heme	é	responsável	pela	capacidade	de	transferência	de	elétrons	dessas	
proteínas.	
Os	 xenobióticos	 sofrem	biotransformação	 por	 ação	 do	 citocromo	P450	 e	 são	 ativados	 em	 compostos	
altamente	reativos	que	podem	interagir	com	macromoléculas,	como	o	DNA,	causando	mutações,	as	quais	
são	 capazes	 de	 evoluir	 ao	 surgimento	 de	 até	 células	 cancerígenas.	 Algumas	 alterações	 nos	 níveis	 de	
citocromo	P450	podem	ocorrer	influenciadas	por	medicamentos,	alimentação,	hábitos	sociais(ex:	álcool,	
tabagismo),	estados	de	saúde	(ex:	diabetes,	hipertiroidismo).	
A	 família	 das	 enzimas	metabolizadoras	 do	 citocromo	 P450	 tem	 sido	 o	 foco	 da	maioria	 das	 pesquisas	
farmacogenéticas,	 é	 estimada	 que	 a	 genética	 pudesse	 ser	 a	 razão	 de	 20	 a	 95%	 da	 variabilidade	 na	
biodisponibilidade	da	droga	e	em	seus	efeitos.	
	
Processo	de	Sulfatação	
A	reação	de	sulfatação	faz	parte	da	fase	2	do	processo	de	detoxificação,	também	chamada	de	fase	de	
conjugação.	Nessa	fase,	é	adicionado	ao	grupo	funcional	do	fármaco	ou	do	metabólito	da	fase	1	moléculas	
que	tornarão	esses	metabólitos	mais	polares,	aumentando	a	hidrossolubilidade	e	facilitando	a	excreção	
através	 da	 urina	 ou	 bile.	 As	 duas	 fases	 do	 processo	 de	 detoxificação	 precisam	 ocorrer	 de	 forma	
sincronizada.	Quando	não	ocorre	essa	sincronização,	ou	seja,	quando	a	indução	de	uma	fase	não	leva	a	
ativação	da	fase	seguinte,	os	metabólitos	continuam	apolares	e,	como	não	conseguirão	ser	excretados,	
podem	acumular	no	tecido	adiposo	e	causar	intoxicação,	devido	a	toxicidade.	Além	de	acumular,	podem	
reagir	com	o	DNA,	RNA	e/ou	proteínas,	podendo	trazer	prejuízos	para	o	organismo,	como	alguns	tipos	de	
câncer,	doenças	neurodegenerativas	(doença	de	Parkinson,	por	exemplo),	disfunções	imunológicas.	
Dentre	 as	 reações	da	 fase	 2,	 a	 sulfatação	é	o	mecanismo	de	 adição	do	 grupo	 sulfato,	 realizado	pelas	
sulfotransferases	citoplasmáticas	(SULT).	Essas	enzimas	catalisam	a	transferência	do	enxofre	inorgânico	
de	 PAPS	 (3'-fosfoadenosina	 -	 5'	 fosfossulfato)	 para	 o	 grupo	 hidroxila	 de	 fénois	 e	 alcoois.	 Todas	 essas	
reações	necessitam	de	co-fatores,	que	podem	ser	obtidos	da	dieta	ou	de	 fatores	ambientais,	além	do	
apoio	que	o	exercício	físico	traz,	por	melhorar	os	níveis	dessas	enzimas	antioxidantes.	O	exercício	físico	
eleva	os	níveis	de	cortisol	e	testosterona	que,	por	sua	vez,	melhoram	os	níveis	das	sulfotransferases.	Dessa	
forma,	essas	reações	ocorrem	de	forma	diferente	em	cadaindivíduo,	e	poderá	ter	resultados	diferentes	
em	pessoas	expostas	ao	mesmo	xenobiótico.	
Reação	de	Sulfatação:	
	
	
Processo	de	Metilação	
Metilação	é	um	processo	bioquímico	que	envolve	a	adição	de	um	grupo	metil	(um	átomo	de	carbono	e	
três	de	hidrogénio)	a	outra	molécula.	A	remoção	do	grupo	metil	é	chamado	desmetilação.	Quase	todas	as	
funções	do	corpo	dependem	deste	processo,	inclusive	as	reações	de	destoxificação.	
A	metilação	é	considerada	uma	via	minoritária	de	biotransformação	de	xenobióticos	que	utiliza	como	co-
fator	 a	 S-	 adenosil-L-metionina	 (SAME).	 A	 SAME	 está	 envolvida	 me	mais	 de	 40	 reações	 químicas	 no	
organismo	 e	 é	 muito	 mais	 efetiva	 em	 transferir	 os	 grupos	 metil	 do	 que	 outros	 doadores	 de	 metil.	
Entretanto,	 tem	maior	 importância	quando	se	trata	de	regulação	genética,	pois	a	metilação	do	DNA	o	
protege	da	degradação	de	 endonucleases.	Além	disso,	 a	metilação	é	 também	uma	 importante	 via	 de	
biotransformação	 de	 vários	 neurotransmissores,	 de	maneira	 que	 sua	 insuficiência	 pode	 se	 associar	 a	
alterações	de	memória,	por	exemplo.	
	 O	melhor	e	mais	 simples	método	para	avaliação	da	 capacidade	de	metilação	é	a	dosagem	de	
homocisteína	sérica.	A	homocisteína	é	formada	a	partir	da	desmetilação	da	metionina	e	pode	seguir	duas	
vias:	tornar-se	cistationina	por	transulfuração	e,	posteriormente,	cistationa	ou	ser	remetilada	e	voltar	a	
metionina.	A	remetilação	da	homocisteína	pode	ocorrer	pela	via	da	homociateína	metiltransferase,	cujos	
doadores	de	metil	 são	a	betaína,	a	serina,	o	 triptofano	e	a	histidina	ou	a	via	da	metiltetra-hidrofolato	
redutase	 (MTHFR),	 sendo	o	 folato	o	doador	de	metil	e	a	vitamina	B12	o	cofator	da	 reação.	Diante	do	
exposto,	uma	elevação	de	homocisteína	plasmática	representa	uma	dificuldade	na	metilação.	
A	 metilação	 é	 universal	 em	 todo	 o	 metabolismo,	 e	 os	 nutrientes	 com	 fator	 metil	 são	 alguns	 dos	
promotores	 primários	 da	 metilação	 saudável.	 As	 doenças	 crônicas	 relacionadas	 à	 metilação	 por	
insuficiências	 epigenéticas	 do	 ambiente	 são	 associados	 ao	 possível	 desenvolvimento	 e	 promoção	 de	
câncer	 (Ehrlich,	 2002),	 às	 doenças	 intestinais	 inflamatórias,	 como	 a	 doença	 de	 Crohn	 (Karatzas	 et	 al.,	
2014),	 à	 função	 cognitivo,	 aos	 transtornos	 afetivos	 (Hing	 et	 al.,	 2014)	 e	 às	 doenças	 cardiovasculares	
(Delbridge,	2015).		
A	associação	de	ácido	fólico	e	ácido	folínico	parece	ser	a	forma	de	reposição	de	ácido	fólico	mais	eficiente	
para	a	ativação	do	folato.	Esta	dose	de	folato	é	superior	ao	limite	superior	tolerável	(UL),	sendo	prescrita	
apenas	por	médicos.Deve-se	priorizar	a	oferta	de	doadores	de	metil,	bem	como	os	co-autores,	a	partir	da	
dieta	 rica	 em	 seus	 alimentos	 fontes.	 A	 suplementação	 deve	 ser	 utilizada	 como	 um	 suporte,	 quando	
necessários,	e	não	como	via	principal	de	administração.	
	 Suplementos	de	suporte	hepático	à	metilação:	
-		Vitamina	B12	→	60	a	200µg/dia.	
-		Vitamina	B6	→	60	a	100µg/dia	
-		Ácido	Fólico	→	3mg/dia.	
-		Ácido	Folínico	→	1mg/dia.	
-		Betaína	→	100	a	20	
	
Vídeo:	Metilação	do	DNA:	https://www.youtube.com/watch?v=6pS0BiizwWg	
	
Processo	de	Acetilação	
Acetilação	 (ou	 na	 nomenclatura	 IUPAC,	 etanoilação)	 descreve	 uma	 reação	 que	 introduz	 um	 grupo	
funcional	acetila	em	um	composto	orgânico.	Além	disso,	é	o	processo	de	introdução	de	um	grupo	acetila	
(resultando	em	um	grupo	acetoxi)	no	composto,	especificamente,	a	substituição	de	um	grupo	acetila	por	
um	átomo	ativo	de	hidrogênio.	Uma	reação	envolvendo	a	substituição	do	átomo	de	hidrogênio	de	um	
grupo	hidroxila	com	um	grupo	acetila	(CH3	CO)	rende	um	específico	éster,	o	acetato.	Anidrido	acético	é	
comumente	usados	como	um	agente	acetilante	reagindo	com	grupos	hidroxilas	livres.	
A	acetilação	ocorre	como	uma	modificação	co-traducional	e	modificação	pós-traducional	de	proteínas,	
por	exemplo,	histonas	e	tubulinas.	
As	 caudas	 N-terminal	 das	 histonas	 estão	 sujeitas	 a	 uma	 rica	 variedade	 de	modificações	 por	 ligações	
covalentes	pós-traducionais12,13.	A	descoberta	dessas	modificações	aconteceu	no	início	da	década	de	
60,	quando	Alfrey	et	al.	notaram	a	correlação	entre	a	acetilação	das	histonas	aumentada	e	o	aumento	da	
transcrição.	
Essas	modificações	afetam	a	função	dos	cromossomos	através	de	dois	mecanismos	distintos.	Primeiro:	
aproximadamente,	todas	as	modificações	alteram	a	carga	eletrostática	das	histonas	e	 isso,	a	princípio,	
pode	mudar	propriedades	estruturais	das	histonas	e	ligantes	do	DNA26,27.	Segundo:	tais	modificações	
podem	criar,	estabilizar,	romper	ou	ocluir	domínios	de	interação	na	cromatina	para	proteínas	regulatórias,	
como	fatores	de	transcrição,	proteínas	envolvidas	na	condensação	da	cromatina	e	reparo	do	DNA28,29.	
Assim,	constituem	a	principal	categoria	de	controle	transcricional	epigenético30.	Algumas	modificações	
estão	associadas	a	genes	ativos	(acetilação)	
As	caudas	aminoterminais	das	histonas	estão	sujeitas	a	uma	variedade	de	modificações	pós-traducionais,	
como	metilação,	acetilação,	fosforilação,	entre	outras,	que	regulam	suas	funções.	Algumas	modificações	
estão	 associadas	 a	 genes	 ativos,	 enquanto	 outras	 a	 genes	 silenciosos.	 Uma	 das	 modificações	 mais	
estudadas	atualmente	é	a	acetilação,	que	depende	da	atividade	de	duas	famílias	de	enzimas,	histonas	
acetiltransferases	(HAT)	e	histonas	desacetilases	(HDAC).	
Alteração	na	Estrutura	Gênica	
Na	etapa	de	alteração	da	estrutura	genica	ocorrem	modificações	do	DNA,	como	metilação	e	acetilação,	
que	interferem	na	sua	compactação.	
A	Acetilação	consiste	na	adição	do	grupo	acetil	nas	histonas.	
	
A	 Acetilação	 de	 histonas	 de	 bases	 nitrogenadas	 no	 DNA	 influenciam	 sobre	 quais	 sequencias	 estão	
disponíveis	ou	não	para	transcrição,	ou	seja,	para	o	processo	de	produção	de	proteínas.	
Na	 Acetilação,	 as	 enzimas	 acetiltransferase	 adicionam	 grupos	 acetil	 às	 proteínas	 histonas	 o	 que	
desestabiliza	a	estrutura	do	nucleossomo.	
	
Essa	desestabilização	permite	que	o	DNA	se	separe	das	histonas	e	que	as	moléculas	que	participam	do	
processo	de	transcrição	tenham	acesso	ao	DNA.	
		 	
A	restauração	da	ligação	do	DNA	às	histonas	ocorre	quando	a	enzima	desacetilase	remove	os	grupos	acetil	
das	histonas.	
Glucuronidação	
A	glucuronidação	é	um	mecanismo	importante	para	a	formação	de	substratos	solúveis	em	água	a	partir	
de	xenobióticos,	levando	à	sua	eliminação	do	corpo	por	meio	da	bile	ou	da	urina.	Embora	a	glucuronidação	
seja	convencionalmente	pensada	como	uma	reação	do	tipo	fase	II	atuando	sobre	produtos	hidroxilados	
gerados	via	mono	oxigenação,	a	glucuronidação	é	freqüentemente	a	etapa	inicial	da	biotransformação	no	
metabolismo	 de	 muitos	 xenobióticos.	 Muitas	 drogas	 e	 produtos	 químicos	 ambientais	 como	 fenóis,	
naftóis,	 álcool,	 aminas	 e	 ácidos	 carboxílicos	 podem	 ser	 glucuronidados	 diretamente	 sem	 serem	
convertidos	em	um	substrato	pelas	reações	da	fase	I.	As	reações	de	glucuronidação	são	catalisadas	por	
uma	 família	 de	 enzimas	 chamadas	 difosfato	 de	 uridina	 -	 glucuronosiltransferases	 (UGTs),	 que	
provavelmente	evoluíram	em	resposta	à	necessidade	de	excretar	compostos	lipofílicos	do	corpo.	
O	substrato	endógeno	glucuronidado	que	é	mais	estudado	é	a	bilirrubina.	A	conjugação	da	bilirrubina	com	
glucuronida	 é	 essencial	 para	 evitar	 que	 a	 bilirrubina	 não	 conjugada	 circule	 atravessando	 a	 barreira	
hematoencefálica	 e	 causando	 kernicterus	 e	 danos	 neurológicos	 irreversíveis.	 As	 glucuronidações	 de	
outros	compostos	endógenos	(por	exemplo,	hormônios	esteróides,	ácidos	biliares,	hormônio	da	tireóide	
e	 serotonina)	 estão	 bem	 documentadas;	 no	 entanto,	 o	 significado	 fisiológico	 preciso	 dessas	 reações	
permanece	mal	 definido.	Muitos	 xenobióticos,	 incluindo	drogas	de	quase	 todas	 as	 classes	de	 agentes	
terapêuticos,	são	glucuronidados	diretamente.	Além	disso,	os	seres	humanos	têm	a	capacidade	de	formar	
glucuronídeos	únicos	de	várias	aminas	terciárias	(por	exemplo,ciclobenzaprina	e	tripelennamina)	e	a	6-
O-glucuronida	de	morfina.	A	glucuronidação	de	muitas	drogas	no	fígado	humano	também	é	estéreo	e	
enantioseletiva.	
Ao	contrário	da	maioria	das	enzimas	conjugadoras	da	fase	II,	as	UGTs	são	quase	sempre	encontradas	em	
maior	 abundância	 no	 fígado.	 Evidências	 indiretas	 da	 multiplicidade	 de	 UGTs	 incluem	 diferenças	 no	
conteúdo	de	isoformas	de	UGT	expressas	em	vários	tecidos,	indução	diferencial	de	UGTs	por	xenobióticos,	
desenvolvimento	 ontogenético,	 e	 deficiências	 genéticas	 de	 UGTs	 em	 animais	 e	 humanos.	 Evidências	
diretas	 da	 heterogeneidade	 dos	 UGTs	 foram	 obtidas	 através	 da	 separação	 física	 dessas	 enzimas	 por	
purificação	de	proteínas	e	clonagem	e	expressão	de	diferentes	formas	de	UGTs.	A	superfamília	do	gene	
UGT	de	mamíferos	tem	atualmente	pelo	menos	117	membros	e	pode	ser	dividida	em	quatro	famílias:	
UGT1,	UGT2,	UGT3,	e	UGT8.		
A	exposição	de	indivíduos	a	certos	xenobióticos	pode	induzir	formas	específicas	de	UGT.	Por	exemplo,	os	
hidrocarbonetos	 policíclicos	 aromáticos	 induzem	 isoformas	 UGT1	 e	 aumentam	 a	 glucuronidação	 dos	
compostos	 fenólicos.	 Os	 compostos	 do	 tipo	 fenobarbital	 aumentam	 a	 glucuronidação	 de	 compostos	
estruturalmente	 diversos,	 incluindo	 morfina,	 cloranfenicol,	 bilirrubina,	 testosterona,	 androsterona,	
fenobarbital,	3-metil-colanitreno,	pregnenolona-16α-carbonitrila	e	bifenilos	policlorados	(PCBs).		
	
	
Via	de	regulação	enzimática	na	glucuronidação	
	
	
Descreva	as	03	fases	do	processo	de	Detoxificação	
A	detoxificação	é	um	processo	pelo	qual	o	corpo	elimina	as	toxinas	endógenas	e	as	toxinas	exógenas.	Esse	
processo	acontece	em	órgãos	 como	o	 fígado,	 cerca	de	60%,	 intestino	 responsável	por	20%,	e	os	 rins,	
transformando	as	 toxinas	em	substâncias	hidrossolúveis,	permitindo	que	sejam	eliminadas	pela	urina,	
fezes	e	suor.	
Portanto,	o	fígado	é	considerado	o	principal	órgão	desintoxicante	do	corpo.	
O	processo	de	detoxificação	ocorre	em	três	fases	distintas,	porém	com	um	objetivo	comum:	a	eliminação	
das	toxinas	do	nosso	organismo.	Vejamos	cada	uma	delas:	
Fase	I	ou	Biotransformação	
	É	 a	 primeira	 linha	 de	 defesa	 empregada	 no	 processo	 de	 desintoxicação,	 onde	 as	 toxinas	 serão	
transformadas	 em	moléculas	 polares,	 através	 de	 reações	 de	 oxidação,	 redução	 e/ou	 de	 hidrólise.	 O	
resultado	dessa	transformação	é	chamado	de	metabólito.	É	nesta	fase,	que	ocorre	a	oxidação	de	toxinas	
prejudiciais,	 a	 fim	de	decompô-las	 em	metabólitos	menos	prejudiciais.	 Isso	é	necessário	 e	 resulta	 em	
radicais	livres	que	podem	causar	muitos	danos	caso	não	sejam	eliminados	e	permaneçam	no	fígado.	Para	
que	essa	fase	aconteça	um	grupo	de	enzimas	da	família	Citocromo	P450,	também	conhecida	por	enzimas	
de	função	mista	oxidase	(MFO)	entra	em	ação.	O	principal	papel	do	CYP450	é	converter	toxinas	voláteis	
(intermediários	 reativos	 para	 moléculas	 solúveis	 em	 água	 não	 tóxicas)	 em	 substâncias	 menores	
destinadas	a	desintoxicação;	neutralizar	substâncias	(como	álcool	e	cafeína,	e	outras);	tornar	as	toxinas	
solúveis	em	água	para	entrar	na	Fase	2,	facilitando	a	excreção;	e	deixando	a	fase	I	totalmente	dependente	
dessas	enzimas.	
Qualquer	variabilidade	no	número	de	enzimas	CYP450,	pode	ter	benefícios	e/ou	consequências	na	forma	
como	um	indivíduo	responde	aos	efeitos	das	toxinas.	
Podemos	 encontrar,	 além	das	 enzimas	 acima	 citadas,	 as	 seguintes	 enzimas:	 Flavinas	monooxigenases	
(FMOs;	 responsáveis	 pela	 desintoxicação	 da	 nicotina	 da	 fumaça	 do	 cigarro);	 álcool	 e	 aldeído	
desidrogenases	(que	metabolizam	o	consumo	de	álcool);	e	monoamina	oxidases	(MAO;	que	quebram	a	
serotonina,	dopamina	e	epinefrina	nos	neurônios	e	são	alvos	de	vários	antidepressivos	mais	antigos)	que	
também	contribuem	para	o	processo	da	fase	I,	atuando	de	forma	mais	acelerada	que	as	CYPs.	
Glucuronidação	da	morfina	pelo	
UGT2B7	em	humanos.	A	reação	
ocorre	nos	dois	grupos	hidroxila	nas	
posições	3	e	6	de	morfina,	e	leva	à	
formação	de	3-,	e	6-glucuronídeos	
que	apresentam	diferentes	
propriedades	farmacológicas	
	
Fatores	que	contribuem	para	a	ativação	adequada	da	CYP450	
Para	 ativação	 dessas	 enzimas	 é	 necessária	 uma	 ação	mediada	 através	 de	 complexos	 enzimáticos	 que	
utilizam	diversos	nutrientes	como	cofatores	(selênio,	zinco,	manganês	e	ferro);	fontes	de	proteína	de	alta	
qualidade	 (são	 essenciais	 e	 uma	 quantidade	 insuficiente	 pode	 prejudicar	 a	 atividade	 da	 CYP450);	
quantidades	adequadas	de	vitaminas	do	complexo	B;	além	de	vitamina	E,	C	e	vários	carotenoides.	Todos	
agem	como	antioxidantes,	que	atuam	combatendo	os	radicais	livres	produzidos	na	fase	I,	transformando-
os	em	moléculas	inofensivas,	mantendo	o	equilíbrio	entre	as	fases	I	e	II	necessárias	para	a	desintoxicação	
hepática.	
Os	substratos	das	enzimas	do	CYP450	
O	resultado	da	ação	dessas	enzimas	são	os	substratos	ou	metabólitos	abaixo,	que	se	permanecerem	por	
muito	tempo	no	fígado,	podem	se	transformar	em	substancias	prejudicais,	causando	toxidade	celular	e	
até	danos	ao	DNA.	São	exemplos:	
Teofilina,	 Cafeína,	 fenacetina,	 paracetamol,	 Lidocaína,	 Eritromicina,	 ciclosporina,	 cetoconazol,	
testosterona,	 estradiol,	 cortisona,	 Alprenolol,	 Bopindolol,	 carvedilol,	 metoprolol,	 propranolol,	
Amitriptilina,	 Clomipramina,	 desipramina,	 nortriptilina,	 Codeína,	 dextrometh-	 órfão,	 etilmorfina,	 4-
metoxi-anfetamina,	 Fenitoína,	 Ibuprofeno,	 naproxeno,	 drogas	 oxicam,	 S-varfarina,	 Diazepam,	
Hexobarbitona,	imipramina,	omeprazol,	álcool,	clorzoxazona,	enflurano.	
Fatores	que	inibem	a	ativação	da	CYP450	
Além	 de	 fatores	 genéticos	 (Polimorfismos	 genéticos),	 os	 medicamentos	 (como	 os	 antiácidos,	 anti-
histamínicos,	AINES)	têm	o	potencial	de	bloquear	as	vias	de	desintoxicação	da	fase	I.	O	que	pode	ocasionar	
um	desequilíbrio	entre	as	fases	I	e	II,	resultando	em	toxinas	armazenadas,	que	podem	recircular	no	corpo	
e	contribuir	para	condições	adversas	de	saúde;	favorecendo	alguns	cânceres,	pois	enzimas	dessa	família	
(CYP1A	 /	 CYP1A2)	 estão	 envolvidas	 no	 metabolismo	 de	 procarcinógenos,	 hormônios	 e	 produtos	
farmacêuticos,	além	de	exercer	papel	na	bioativação	carcinogênica.	
Quando	o	polimorfismo	é	apresentado	nas	enzimas	da	grande	família	CYP2,	o	indivíduo	apresentará	fraca	
metabolização	 de	 vários	 produtos	 farmacêuticos,	 xenobióticos,	 hormônios,	 cetonas,	 glicerol	 e	 ácidos	
graxos,	bem	como	estar	associado	à	doença	de	Parkinson.		
Alimentos	 como	 o	 chá	 verde,	 chá	 preto	 e	 quercetina	 são	 inibidores	 da	 CYP3A.	 Enzimas	 dessa	 família	
(CYP3A4)	exercem	potencial	de	interação	medicamentosa	(50%,	devido	ao	seu	papel	no	metabolismo	de	
produtos	farmacêuticos),	exercendo	um	nível	de	risco	na	administração	de	altas	doses	e	múltiplas	drogas.	
No	entanto,	o	inibidor	alimentar	mais	citado	dessa	enzima,	é	o	suco	de	toranja,	diminuindo	em	até	30%	a	
atividade	enzimática.	
Fase	II	ou	conjugação	
É	 a	 fase	 responsável	 por	 garantir	 que	 as	 toxinas	 liberadas	 da	 fase	 I	 não	 se	 acumulem,	 fornecendo	 a	
neutralização	 final	das	 toxinas	para	que	possam	ser	 removidas	pelo	organismo.	Também	chamada	de	
conjugação,	pois	pega	os	produtos	da	fase	I	e	os	liga	com	as	substâncias	da	fase	II	(conjugados)	para	torná-
lo	menos	prejudicial	e	mais	solúvel	em	água,	facilitando	a	excreção.	Isso	porque	os	metabólitos	reativos	
ainda	 são	 inadequados	 para	 eliminação	 imediata	 pelas	 células,	 já	 que	 as	 reações	 da	 fase	 I	 não	 são	
suficientes	para	tornar	as	toxinas	solúveis	em	água	o	suficiente	para	completar	toda	a	via	de	excreção;	
também	porque,	em	muitos	casos,	os	metabólitos	da	reação	da	fase	I	foram	mais	reativos	que	as	toxinas	
originais,	tornando-os	potencialmente	mais	destrutivas	do	que	eram	antes.	
	A	conjugação	acontece	de	forma	mais	lenta	que	o	processo	mediado	na	fase	I,	envolve	a	transferência	
de	vários	compostos	hidrofílicos	através	de	suas	enzimas	como:	a	glutationa	transferase,	
sulfotransferases,	glucuronil	transferases,aminoácidos	transferases,N-acetil	transferases	e	N-	e	O-	
metiltransferases.	Essa	fase	resulta	no	aumento	da	hidrofilicidade	do	substrato,	gerando	uma	maior	
excreção	pela	bile	ou	urina.	
A	ativação	dessas	enzimas	da	fase	II	é	responsável	pelas	propriedades	anti-mutagênicas	e	anti-
carcinogênicas	dos	sistemas	de	desintoxicação	metabólica,	visto	que	desempenham	um	papel	protetor	
contra	a	carcinogênese	química,	especialmente	durante	a	fase	de	iniciação	dos	cânceres.	
Nesta	fase,	algumas	vias	são	utilizadas	para	aumentar	a	hidrofilicidade	das	toxinas,	facilitando	o	
processo	de	excreção	dessas	substâncias.	Que	são:	
•	 glucuronidação	-	ajuda	a	desintoxicar	muitos	medicamentos	prescritos	e,	em	certa	medida,	os	
hormônios	reprodutivos	e	adrenais,	tornando-os	mais	solúveis	em	água;		
•	 	acetilação	 -	 liga	 a	 acetil	 co-A	 às	 toxinas	 para	 torná-las	 muito	menos	 prejudiciais	 e	 fáceis	 de	
excretar;		
•	 conjugação	 de	 aminoácidos	 -	 ajuda	 o	 corpo	 a	 se	 livrar	 de	muitos	 produtos	 químicos	 tóxicos,	
chamados	xenobióticos,	do	meio	ambiente;		
•	 sulfatação	-	é	a	principal	via	de	desintoxicação	do	fígado	que	neutraliza	o	hormônio	do	estresse	
cortisol,	 além	 de	 muitas	 toxinas	 ambientais,	 aditivos	 alimentares,	 produtos	 microbianos	 e	 alguns	
medicamentos	comumente	prescritos;		
•	 conjugação	de	glutationa	-	ajuda	a	desintoxicar	e	eliminar	venenos	no	fígado,	pulmões,	intestinos	
e	rins.	A	glutationa	é	um	dos	antioxidantes	e	anti-cancerígenos	mais	importantes	do	corpo.	Sua	síntese	
requer	quantidades	adequadas	dos	aminoácidos	cisteína,	ácido	glutâmico	e	glicina)	 são	usadas	para	a	
excreção	dos	metabólitos.	A	glutationa	(L-γ-glutamil-L-cisteinil-glicina)	é	o	mais	abundante	tiol	em	todos	
os	tecidos	animais	e	o	principal	tiol	não-proteína	envolvido	na	defesa	antioxidante	celular;	
•	 sulfoxidação	 -	 transforma	 moléculas	 tóxicas	 de	 sulfito	 em	 sulfato	 com	 a	 ajuda	 do	 mineral	
molibdênio.	 Esta	 é	 a	 última	 parte	 do	 processo	 de	 metilação.	 Os	 sulfitos	 são	 compostos	 que	 são	
adicionados	a	alguns	alimentos	para	preservar	a	frescura.		
Vias	de	ativação	das	enzimas	da	fase	II	
•	 Nrf2:	uma	proteína	chamada	fator	nuclear	derivado	de	eritróide	2	(reside	no	citoplasma	da	célula	
em	um	estado	inativo)	que	controla	a	produção	da	maioria	das	enzimas	da	fase	II,	é	o	regulador	principal	
da	resposta	antioxidante.	O	Nrf2	ativa	os	genes	de	muitas	proteínas	antioxidantes,	incluindo	as	enzimas	
da	fase	II,	saindo	do	seu	estado	inativo	atuando	no	núcleo	celular,	após	detectar	um	estresse	oxidativo	ou	
a	presença	de	toxinas	na	célula,	permitindo	que	a	célula	monte	uma	resposta	apropriada.	O	Nrf2	também	
participa	 da	 síntese	 e	 ativação	 de	 importantes	 moléculas	 de	 desintoxicação,	 incluindo	 glutationa	 e	
superóxido	dismutase	 (SOD),	 além	de	 se	destacar	no	 início	da	desintoxicação	de	metais	pesados	e	na	
reciclagem	de	CoQ10,	um	potente	antioxidante.	A	via	de	sinalização	Nrf2	pode	aumentar	a	produção	de	
GSTs	,	NQO1	,	UGTs	e	SULTs,	atuando	no	sistema	de	defesa	oxidante	do	corpo,	principalmente	quando	o	
corpo	está	sob	estresse	devido	a	um	aumento	da	carga	tóxica;	
•	 UGTs:	 As	 enzimas	 UDP-glucuronosiltransferase	 (UGT	 abreviada)	 facilitam	 uma	 reação	 de	
glucuronidação	 utilizadas	 para	 inativar	 e	 eliminar	 principalmente:	 bilirrubina	 (da	 decomposição	 de	
glóbulos	vermelhos	antigos),	retinóides	(componentes	da	vitamina	A),	estrogênios	e	testosterona,	BPA	e	
BPS,	cortisol,	certos	ácidos	graxos	(DHA,	ácido	oleico,	ácido	linoleico),	muitos	medicamentos	(inclusive	o	
Tylenol),	certos	pesticidas	e	hidrocoarbonetos	aromáticos	policíclicos	HAP-	cancerígenos).	As	variantes	
dessas	enzimas	podem	aumentar	ou	diminuir	a	capacidade	do	corpo	de	desintoxicar	substâncias	através	
da	glucuronidação;	
•	 GSTs:	as	enzimas	glutationa	S-transferases	adicionam	glutationa	às	toxinas	para	desintoxicá-las.	
Os	GSTs	são	encontrados	no	fígado,	intestinos	e	em	vários	outros	locais	do	corpo;	e	são	responsáveis	pela	
desintoxicação	de	um	grande	número	de	pesticidas,	herbicidas,	agentes	cancerígenos	e	quimioterápicos.	
O	polimorfismo	no	gene	GSTA1	e	fatores	ambientais	diminuem	sua	função;	
•	 NATs	(N-acetiltransferase):	é	uma	enzima	de	desintoxicação	de	fase	II	que	ajuda	a	metabolizar	
aminas	aromáticas,	drogas,	fumaça	de	cigarro	e	agentes	cancerígenos	num	processo	chamado	acetilação.	
De	acordo	com	as	variantes	genéticas,	uma	pessoa	pode	ser	classificada	em:	acetilador	 lento	(pessoas	
caucasianas);	 intermediário	 (pessoas	 caucasianas);	 ou	 rápido	 (tipo	 ancestral,	 comum	 nas	 populações	
asiáticas	e	africanas).	A	variante	NAT1	metaboliza	o	ácido	p-aminobenzóico	(PABA,	encontrado	em	filtros	
solares)	e	o	ácido	p-aminosalicílico	(PAS,	usado	em	antibiótico	para	tuberculose),	assim	como	decompõe	
os	componentes	da	fumaça	do	cigarro	e	das	aminas	aromáticas	heterocíclicas	(exalada	por	carnes	e	frutos	
do	mar	grelhados	em	altas	temperaturas).	O	NAT1	também	está	envolvido	no	metabolismo	do	folato,	que	
pode	 ser	uma	co-enzima	para	a	hidrólise	do	NAT1	da	acetil-coenzima	A,	e	 tem	sido	associada	a	 lábio	
leporino	(principalmente	se	a	mãe	fuma)	e	a	espinha	bífida.		
•	 NQO1:	 (código	 para	 a	 enzima	NAD	 (P)	H:	 quinona	 oxidoredutase):	 usa	NADH	ou	NADPH	para	
reduzir	 quinonas	 a	 hidroquinonas.	 Age	 codificando	 uma	 enzima	 que	 decompõe	 quinonas,	 benzeno	 e	
alguns	medicamentos	quimioterápicos.	Atua	como	um	agente	redutor,	o	que	é	importante	na	capacidade	
do	organismo	de	facilitar	a	eliminação	de	certas	substâncias;	participa	na	defesa	celular	contra	o	estresse	
oxidativo;	 bem	 como	 na	 conversão	 de	 CoQ10	 e	 na	 conversão	 da	 vitamina	 K.	 Polimorfismo	 em	 suas	
variantes	podem	levar	a	câncer	de	pulmão	(fumantes)	e	a	doença	de	Parkinson.	
Fase	III	ou	Excreção:	
A	 fase	 III	 é	 a	 responsável	 pela	 eliminação	 de	 toxinas	 e	 produtos	 metabólicos	 das	 células.	 	 Os	
transportadores	da	Fase	III	são	necessários	para	excretar	os	novos	produtos	formados	da	fase	II	para	fora	
da	célula.	Eles	estão	presentes	em	tecidos	como	fígado,	intestinos,	rins	e	cérebro,	onde	podem	fornecer	
uma	barreira	contra	a	entrada	de	xenobióticos	ou	um	mecanismo	para	mover	ativamente	xenobióticos	e	
endobióticos	(dentro	e	fora	das	células).	
Os	transportadores	da	fase	III	pertencem	a	uma	família	de	proteínas	denominadas	transportadores	ABC	
(ATP	 binding	 cassette),	 que	 abrangem	 proteínas	 transmembrana,	 que	 utiliza	 a	 energia	 resultante	 da	
hidrólise	de	ATP,	para	transportar	uma	variedade	de	moléculas.	As	MRPs	(multidrug	resistence	associated	
protein)	 são	 conhecidas	 por	 serem	 quimioresistentes	 porque	 células	 cancerígenas	 as	 utilizam	 como	
proteção	aos	quimioterápicos.	A	atividade	antiporter	é	um	fator	importante	no	metabolismo	de	primeira	
passagem	dos	xenobióticos,	diminuindo	assim	a	concentração	intracelular	de	xenobióticos	e	reduzindo	a	
carga	total	de	toxinas	no	fígado	e	é	realizada	pela	glicoproteína-P	(Pgp).		
No	 fígado,	os	 transportadores	da	 fase	 III	movem	os	conjugados	glutationa,	 sulfato	e	glucuronídeo	das	
células	para	a	bílis	para	eliminação.	
A	glicoproteína-P	é	um	transportador	de	efluxo	e	trabalha	com	substâncias	específicas,	assim	como	as	
enzimas	da	fase	I	e	II.	Podem	ser	induzidos,	aumentando	a	atividade	dos	transportadores;	ou	ser	inibidos,	
causando	níveis	mais	altos	de	substrato.	É	amplamente	distribuída	e	expressa	no	epitélio	intestinal,	onde	
bombeia	os	xenobióticos	de	volta	ao	lúmen	intestinal;	nas	células	hepáticas,	onde	bombeia	toxinas	para	
os	ductos	biliares;	nas	células	do	túbulo	proximal	do	rim,	onde	as	transporta	para	dutos	condutores	de	
urina	e	nas	células	endoteliais	capilares,	que	compõem	a	barreira	hematoencefálica	barreira	testicular,	
onde	as	bombeia	de	volta	para	os	capilares.	
No	 intestino	delgado,	a	atividade	antiporter	é	encontrada	nas	pontas	das	vilosidades,	direcionando	os	
xenobióticos	não	metabolizados	para	 fora	das	células,	uma	vez	que	retornar	ao	 lúmen	 intestinal	pode	
reduzir	 a	 carga	 total	 naFase	 I	 e	 permitir	 maior	 eficiência	 de	 desintoxicação	 xenobiótica.	 Para	 uma	
funcionalidade	eficaz	do	processo,	a	integridade	do	TGI	é	essencial.	
Nesta	fase,	os	conjugados	da	fase	dois,	que	agora	são	solúveis	em	água	e	foram	reduzidos	em	toxicidade,	
estão	prontos	para	serem	removidos	do	corpo.	Quando	isso	não	ocorre	adequadamente,	o	corpo	logo	
sinaliza	 com	 sinais	 e	 sintomas	 como:	 constipação,	 insônia,	 irritabilidade,	 sensibilidade	 alimentares,	
ansiedade,	desequilíbrios	eletrolíticos,	crises	autoimunes,	confusão	mental,	e	outros.	
Vários	estudos	relatam	e	ressaltam	a	importância	de	uma	dieta	rica	em	nutrientes	e	livres	de	agrotóxicos.	
Fatores	antioxidantes	presentes	em	diversos	alimentos	são	capazes	de	modular	a	atividade	enzimática	
envolvida	no	processo	de	detoxificação,	tornando-o	potencialmente	eficiente.	Acredita-se	também	que	
para	 isso	ocorrer,	o	 indivíduo	precisa	estar	ainda	em	equilíbrio	(corpo	e	mente),	visto	que	as	emoções	
interferem	negativamente	nos	processos	acima	descritos!	
	
	
Alice	comenta:	observem	a	figura	acima	e	quantos	nutrientes	são	necessários	para	que	o	processo	de	
detox	ocorra.	Uma	pessoa	com	baixa	ingestão	de	alimentos	saudáveis	e	alto	consumo	de	comida	
processada	e	cheia	de	xenobioticos	terá	dificuldade	em	realizar	um	processo	de	detox	adequado.	
	
	
	
Vídeos	explicativos:	
DETOXIFICAÇÃO:	o	que	é	e	como	potencializar	com	a	alimentação?,	Rita	Castro:	
https://www.youtube.com/watch?v=A5wwgDNH_ng	
The	Secret	To	Metabolic	Detox:	Nutritional	Support	&	Phases:	
https://www.youtube.com/watch?v=RnKZOo4z5fg&feature=youtu.be	
	
Alguns	sintomas	e	sinais	que	o	
corpo	dar	quando	o	processo	
de	detoxificaçao	não	ocorre	
eficientemente.	
	
Enzima	Catalase	e	suas	funções		
(quais	os	nutrientes	necessários	para	a	sua	formação?)	
	
A	enzima	catalase	(CAT)	é	a	enzima	que	se	encarrega	de	fazer	a	conversão	de	altas	concentrações	de	H2O2	
em	água	e	oxigênio.	Quando	o	peróxido	de	hidrogênio	está	presente	em	baixas	concentrações	(condições	
fisiológicas	normais),	entretanto,	a	glutationa	peroxidase	é	que	se	encarrega	de	transformá-la	em	água.	
A	enzima	catalase	tem	peso	molecular	de	240.000	e,	quando	purificada,	apresenta	quatro	subunidades,	
cada	uma	contendo	um	grupamento	(Fe	III	–	protoporfirina),	ligado	ao	seu	sítio	ativo.	
Essa	 enzima	 também	 age	 por	 meio	 de	 mecanismos	 de	 prevenção,	 impedindo	 e/ou	 controlando	 a	
formação	de	radicais	livres	e	espécies	não-radicais,	envolvidos	com	a	iniciação	das	reações	em	cadeia	que	
culminam	com	propagação	e	amplificação	do	processo	e,	consequentemente,	com	a	ocorrência	de	danos	
oxidativos.	
A	 catalase	 evita	 o	 acúmulo	de	metahemoglobina	 e	 decompõe	o	peróxido	de	hidrogênio,	 um	produto	
tóxico	 do	 metabolismo,	 em	 água	 e	 oxigênio	 molecular.	 Além	 de	 seu	 papel	 como	 espécie	 reativa	 de	
oxigênio,	e,	portanto,	causador	de	estresse	oxidativo,	o	H2O2	em	excesso	causa	oxidação	da	hemoglobina	
e,	 conseqüentemente,	 diminuição	 das	 concentrações	 de	 oxigênio,	 o	 que	 pode	 acarretar	 infecções,	
formação	de	úlceras	e	até	necrose.	
A	enzima	CAT	age	com	o	propósito	de	impedir	o	acúmulo	de	peróxido	de	hidrogênio.		
Tal	ação	integrada	é	de	grande	importância,	uma	vez	que	essa	espécie	reativa,	por	meio	das	reações	de	
Fenton	e	Haber-Weiss,	mediante	a	participação	dos	metais	ferro	e	cobre,	culmina	na	geração	do	radical	
OH,	contra	o	qual	não	há	sistema	enzimático	de	defesa.	A	atividade	da	enzima	CAT	muitas	vezes	depende	
da	participação	de	cofatores	enzimáticos,	especialmente	antioxidantes	de	origem	dietética.		
A	enzima	catalase	está	presente	na	maioria	das	 células	aeróbicas,	 sendo	que	em	animais	 se	encontra	
principalmente	no	fígado,	rins	e	eritrócitos.	Órgãos	como	cérebro,	coração	e	músculo	esquelético	contém,	
no	entanto,	pequenas	quantidades	da	enzima.		
Os	nutrientes	mais	importantes	coadjuvantes	da	catalase	são	o	ferro	e	os	tocoferóis	(vitamina	E),	que	se	
acham	distribuidos	na	membrana	celular,	na	fase	hidrofóbica.		
	
Enzima	Glutationa	Peroxidase	e	suas	funções	
(e	quais	os	nutrientes	necessários	para	a	sua	formação)	
Define-se	 como	 radical	 livre	 um	 elemento	 que	 possui	 um	 ou	 mais	 elétrons	 desemparelhado,	 sendo	
conhecido	como	elemento	oxidado.	O	elétron	livre,	que	caracteriza	o	radical	livre,	pode	ocorrer	em	um	
átomo	 de	 hidrogênio,	 oxigênio,	 nitrogênio,	 carbono,	 enxofre	 ou	 átomos	 de	 metais	 de	 transição.	 Na	
natureza	existem	duas	 importantes	 substâncias	que	podem	gerar	 radicais	 livres,	o	oxigênio	no	estado	
fundamental	 (O2)	e	o	óxido	nítrico	 (NO),	que	ocorre	 como	poluente	atmosférico,	mas	que	 também	é	
sintetizado	em	diversas	células	(Neto,	2010).	
Para	 combater	 os	 radicais	 livre	 existem	 substâncias	 que	 são	 conhecidas	 como	 antioxidantes.	 “São	
quaisquer	substâncias	que,	quando	presente	em	baixa	concentração	comparada	a	do	substrato	oxidável	
(radicais	 livres)	 regenera	 o	 substrato	 ou	 previne	 significativamente	 a	 oxidação	 do	 mesmo”	 (Halliwell	
B.Gutteridge	JM.	1995)	
No	 nosso	 organismo	 o	 processo	 de	 controle	 dos	 radicais	 livres	 é	 conhecido	 como	detoxificação.	 Esse	
processo	pode	ocorrer	em	duas	fases,	sendo	que	a	fase	1	ocorre	a	atuação	do	citocromo	P450	e	a	fase	2	
é	conhecida	como	fase	da	conjugação.	Essa	 fase	da	conjugação	consiste	em	unir	duas	estruturas	para	
facilitar	a	eliminação	desse	composto	tóxico.	A	principal	via	de	desintoxicação	da	fase	2	é	a	conjugação	da	
glutationa.	Além	de	seu	papel	na	conjugação,	a	glutationa	(GSH)	é	um	antioxidante	hepático	significativo.	
Se	a	GSH	estiver	esgotada	pelos	subprodutos	oxidativos	da	fase	1,	a	atividade	da	fase	2	dependente	da	
glutationa	é	 inibida.	Foi	sugerido	que	a	depleção	de	GSH	representa	um	importante	fator	contribuinte	
para	danos	oxidativos	no	fígado	e	maior	morbidade	relacionada	à	função	hipo-hepática		(Kidd,	1997).	
Os	alimentos	da	família	brassica	(repolho,	brócolis,	couve	de	Bruxelas)	são	indutores	desse	caminho.	O	
broto	de	brócolis,	em	particular,	é	um	potente	indutores	da	fase	2.	Além	disso,	o	selênio	(mineral	presente	
na	castanha	do	Brasil)	e	a	Vitamina	C	(presente	nas	frutas	cítricas)	são	nutrientes	que	ajudam	a	garantir	
que	 o	 organismo	 produza	 altos	 níveis	 de	 glutationa	 nas	 células.	 As	melhores	 fontes	 vegetais	 incluem	
abacate,	cebola,	alho,	açafrão,	espinafre	e	vegetais	crucífero	(Disponível	em:	www.fxmedicine.com.au)	
Um	dos	principais	 compostos	 antioxidantes	 do	nosso	 corpo	é	 a	 glutationa	 (GSH).	A	GSH	possui	 papel	
central	 na	 biotransformação	 e	 eliminação	 de	 xenobióticos	 e	 na	 defesa	 das	 células	 contra	 o	 estresse	
oxidativo.	A	GSH	é	conhecida	como	um	dos	antioxidantes	naturais	mais	benéficos	para	a	saúde	e	é	o	mais	
abundante	em	nosso	organismo.	É	constituído	de	três	aminoácidos	não-essenciais,	ou	seja,	que	o	próprio	
organismo	consegue	produzir.	Esses	são:	cisteína,	glicina	e	ácido	glutâmico.	Está	presente	na	maioria	das	
células	do	corpo,	sendo	mais	abundante	no	fígado,	onde	é	sintetizada	(Huber	et	al,	2008).	
A	 GSH	 é	 uma	molécula	 que	 intervêm	 em	 diversos	 processos,	 como	 antioxidante	 e	 destoxificante,	 no	
transporte	de	aminoácidos,	síntese	de	proteínas	e	ácidos	nucleicos,	manutenção	da	forma	ativa	de	certas	
enzimas,	proteção	do	organismo	contra	a	exposição	a	radiações	solares	e,	estudos	recentes	apontam	para	
uma	 participação	 importante	 da	 GSH	 na	 regulação	 da	 morte	 celular.	 A	 GSH	 participa	 em	 inúmeros	
processos	metabólicos	no	organismo.	O	conteúdo	de	glutationa	no	organismo	é	um	forte	indicador	do	
respectivo	estado	fisiológico	onde	a	sua	depleção	pode	ocasionar	danos	celulares	irreversíveis	(Júnior	et	
al.,	2001)		
A	maioria	das	reações	da	GSH	envolvem	o	grupo	sulfidrila	(R-SH),	que	é	altamente	polarizável,	tornando-
o	um	bom	nucleófilo	(espécie	química	que	doa	um	par	de	elétrons	para	formar	uma	ligação	química	em	
uma	reação	química)	para	reações	com	compostos	químicos	eletrofílicos.	Esta	habilidade	de	doar	elétrons	
a	 outros	 compostos	 tambémfaz	 da	 glutationa	 um	 bom	 redutor.	 Para	 que	 a	 atividade	 protetora	 da	
glutationa	 de	 redução	 de	 espécies	 oxidantes	 e	 consequente	 oxidação	 da	 GSH	 à	 glutationa	 dissulfeto	
(GSSG)	seja	mantida,	é	necessário	passar	por	um	ciclo	catalítico	que	envolve	a	atividade	três	grupos	de	
enzimas:	a	glutationa	oxidase	(GO),	a	glutationa	peroxidase	(GSH-Px)	e	a	glutationa	redutase	(GR).	As	duas	
primeiras	enzimas,	GO	e	GSH-Px,	catalisam	a	oxidação	de	GSH	à	GSSG	e	a	última,	GR,	é	responsável	pela	
regeneração	de	GSH,	a	partir	de	GSSG,	na	presença	de	NADPH.	(Huber	et	al,	2008).	
	
A	Glutationa	peroxidase	(GSH-Px),	é	uma	enzima	que	foi	descrita	inicialmente	em	1957	por	Mills,	sendo	
encontradas	em	muitos	tecidos	de	origem	animal.	A	atividade	enzimática	de	GSH-Px	é	um	dos	meios	de	
controle	do	organismo	dos	níveis	de	peróxido	de	hidrogênio	(H2O2)	e	hidroperóxidos	lipídicos.	A	enzima	
GSH-Px	 possui	 uma	 característica	 importante,	 apresentando	 um	 resíduo	 de	 cisteína	 contendo	 selênio	
covalentemente	ligado	ao	restante	da	enzima.	O	selênio	foi	caracterizado	como	um	componente	essencial	
da	enzima	em	1973	e	a	forma	do	selênio	na	enzima,	presente	1978	como	uma	selenocisteína.	A	deficiência	
de	selênio	no	organismo,	um	nutriente	essencial,	apresenta	uma	diminuição	na	atividade	desta	enzima	
em	sua	forma	reduzida,	e	tem	sido	associada	com	alterações	no	metabolismo	celular	(Júnior	et	al.,	2001).	
Existem	pelo	menos	quatro	tipos	de	GSH-Px.	O	tipo	mais	comum	é	a	GSH-Px	citoplasmática,	a	“clássica”,	
também	chamada	de	cGSH-Px	ou	GSH-Px1.	O	plasma	de	mamíferos	contém	baixos	níveis	de	um	outro	
tipo,	 a	 pGSH-Px	 ou	 GSH-Px3,	 que	 é	 uma	 glicoproteína.	 Ela	 também	 é	 encontrada	 em	 outros	 fluídos	
extracelulares,	como	leite,	líquido	seminal,	humor	aquoso	do	olho	e	no	líquido	que	reveste	o	pulmão	e	é	
originada	principalmente	nos	rins.	A	GSH-Px2	é	encontrada	nas	células	epiteliais	do	trato	gastrointestinal	
e	também	pode	ser	chamada	de	GI-GPx.	Ela	deve	servir	para	metabolizar	peróxidos	de	lipídeos	ingeridos	
ou	gerados	pela	peroxidação	lipídica	no	próprio	intestino.	O	fígado	humano	contém	GSH-Px2,	assim	como	
GSH-Px1	e	GSH-Px4.	Essa	última	é	uma	glutationa	peroxidase	de	hidroperóxido	fosfolipídico,	ou	PHGPx.	
Ela	tem	a	incrível	habilidade	de	reduzir	não	só	H2O2	e	peróxidos	orgânicos	sintéticos,	mas	também	ácidos	
graxos	e	hidroperóxidos	de	colesterol	esterificados.	Assim,	ela	pode	agir	sobre	resíduos	de	ácidos	graxos	
peroxidados	dentro	de	membranas	e	 lipoproteínas,	reduzindo-os	a	álcool.	Ela	é	menos	específica	para	
GSH	que	as	outras	e	pode	reduzir	também	hidroperóxido	de	timina,	um	produto	do	ataque	de	radicais	
livres	ao	DNA.	(Disponível	em:	www.ufrgs.br/leo/eosb/glutationap.htm)	
	
	
	
Enzima	Glutationa	Redutase	e	suas	funções	
(quais	os	nutrientes	necessários	para	a	sua	formação?)		
	
A	 glutationa	é	uma	molécula	 formada	por	 três	 aminoácidos:	 cisteína,	 glicina	e	 ácido	glutâmico	e	está	
presente	na	maioria	das	células	do	organismo,	nos	meios	intracelular	e	extracelular,	atuando	em	diversos	
processos,	sendo	a	deficiência	considerada	um	dos	principais	fatores	que	causam	envelhecimento	celular	
e	redução	da	expectativa	de	vida.	Ela	atua	na	eliminação	de	toxinas,	no	transporte	de	aminoácidos,	na	
síntese	de	proteínas	e	na	proteção	do	organismo	contra	radiações	solares.	Além	disso,	atua	na	proteção	
das	células	contra	substâncias	cancerígenas	e	participa	do	combate	aos	sinais	de	envelhecimento.	
A	 glutationa	 é	o	principal	 agente	 antioxidante	 endógeno	e	pode	participar	 da	neutralização	direta	de	
radicais	livres	e	espécies	reativas	de	oxigênio	e	na	manutenção	de	antioxidantes	exógenos	em	suas	formas	
reduzidas	(ou	seja,	ativas),	como	as	vitaminas	C	e	E.	
O	estresse	oxidativo	é	gerado	pela	prática	de	atividades	físicas	intensas,	poluição,	ingestão	de	alimentos	
com	 aditivos	 químicos,	 estresse	 e	 a	 exposição	 ao	 cigarro	 e	 álcool	 que,	 além	 do	 processo	 de	
envelhecimento	e	algumas	doenças,	pode	reduzir	sensivelmente	o	nível	de	glutationa	no	organismo.	Para	
manter	níveis	adequados	de	glutationa	é	necessária	a	ingestão	de	alimentos	ricos	em	cisteína,	glicina	e	
glutamina,	como	o	leite,	o	feijão,	o	repolho,	o	espinafre,	a	salsa,	as	oleaginosas,	cebola	roxa	e	a	proteína	
isolada	do	leite,	que	também	contém	precursores	da	glutationa.	
Também	é	necessário	um	equilíbrio	de	vitaminas	e	minerais	no	organismo,	mas	caso	não	seja	possível	
obter	estes	nutrientes	através	da	dieta,	a	suplementação	pode	ser	utilizada.	
A	glutationa,	na	sua	forma	reduzida	(GSH),	protege	as	células	através	da	remoção	de	metabolitos	reativos	
pela	 sua	 conjugação	 com	as	 formas	 reativas.	O	GSH	é	o	 tiol	não	proteico	mais	prevalente	nas	 células	
animais	e	tem	um	papel	importante	no	armazenamento	e	transporte	de	cisteína,	na	defesa	celular	contra	
radicais	 livres,	 peróxidos	 e	 xenobióticos,	 atuando	 em	 conjunto	 com	 as	 enzimas	 glutationa	 peroxidase	
(GPx)	e	glutationa-S-transferase	(GST).	Além	destas	funções,	a	GSH	também	participa	na	modulação	da	
transdução	 de	 sinal,	 regulação	 da	 proliferação	 celular,	 regulação	 da	 resposta	 imune,	metabolismo	 de	
leucotrienos	e	prostaglandinas,	entre	outras.	
Pode-se	encontrar	glutationa	 reduzida	ou	oxidada	 -	 glutationa	dissulfeto	 (GSSG).	A	 razão	GSH/GSSG	é	
normalmente	 utilizada	 para	 estimar	 o	 estado	 de	 oxirredução	 dos	 sistemas	 biológicos.	 Em	 situações	
normais,	 a	 GSSG	 representa	 apenas	 uma	 pequena	 fração	 da	 glutationa	 total.	 Ao	 se	 tornar	 reativa,	 a	
glutationa	 rapidamente	 se	 liga	 a	 outra	 glutationa	 reativa	 e	 forma	a	 glutationa	oxidada,	mas	pode	 ser	
reduzida	novamente	por	ação	da	enzima	glutationa	redutase	(GSR).	A	NADPH	reduz	a	FAD	presente	na	
GSR	para	produzir	um	ânion	FADH,	que	rapidamente	quebra	a	ligação	dissulfeto	entre	as	duas	moléculas	
de	 glutationa.	 Desta	 forma,	 para	 cada	 grupo	GSSG	 e	NADPH,	 obtêm-se	 duas	moléculas	 de	 glutationa	
reduzida,	que	recuperam	suas	funções	de	antioxidante.	
A	glutationa,	também,	é	importante	na	regulação	do	ciclo	do	ácido	nítrico,	que	é	fundamental	para	a	vida,	
apesar	 de	poder	 ser	 prejudicial	 se	mal	 regulado.	 Ela	 também	é	utilizada	na	 síntese	 e	 reparo	de	DNA,	
síntese	proteica,	transporte	de	aminoácidos,	ativação	de	enzimas.		
O	organismo	pode	 ser	 afetado	pelo	 estado	da	 glutationa,	 especialmente	os	 sistemas	 imune,	 nervoso,	
gastrointestinal	e	os	pulmões.	
	
	
	
	
Enzima	Glutationa	transferase	e	suas	funções	
(quais	os	nutrientes	necessários	para	a	sua	formação?)	
	
As	glutationa	transferases	(GSTs)	abrangem	uma	família	de	enzimas,	que	catalisam	o	ataque	nucleofílico	
da	forma	reduzida	da	glutationa	a	compostos	que	apresentam	um	carbono,	um	nitrogênio	ou	um	átomo	
de	enxofre	eletrofílico.	Normalmente	GSTs	são	encontradas	no	meio	biológico,	como	heterodímeros	ou	
homo,	com	sítios	ativos	por	dímero,	quais	as	atividades	acontecem	de	forma	independentes.	
Envolvidas	na	detoxificação	celular	de	compostos	eletrofílicos,	a	Glutationa	Transferase	(GST)	é	o	principal	
grupo	 de	 proteínas	 solúveis	 do	 fígado,	 é	 gerada	 intracelularmente	 ou	 encontrada	 na	 forma	 de	
xenobióticos.	 Possui	 importante	 ação	 detoxificante,	 protegendo	 contra	 o	 estresse	 oxidativo,	 câncer	 e	
outras	doenças	degenerativas,	como	as	associadas	ao	envelhecimento	(BABBITT,	2000).	
GSTs	 é	 uma	 importante	 estratégia	 de	 defesa	 da	 célula	 contra	 xenobióticos.	 Os	 xenobióticos	 são	
reconhecidos	 por	 transportadores	 específicos	 e	 conduzidos	 para	 o	 meio	 intercelular,	 onde	 são	
desagregados	pela	ação	das	enzimas	γ-glutamil	transpeptidase	(γGT)	e	dipeptidases	que	encontram	se	na	
parte	externa	da	membrana	celular.	
A	Glutationa	transferase	faz	parte	de	uma	classe	de	enzimas	especializadas	que	formam	os	S-conjugados,	
e	estes	por	sua	vez,	contam	com	a	Glutationa	Tranferase	para	proteger	o	DNA	contra	a	apoptose	induzida,	
inviabilizando	a	ação	do	estresse	oxidativo.	É	uma	enzima	capaz	de	promover	a	associação	de	glutationa(GSH),	 com	metabólitos	 potencialmente	 perigosos	 para	 os	 seres	 vivos,	 permitindo	 a	 excreção	 destas	
substâncias	nocivas	à	saúde.	
As	enzimas	GSTs	fazem	parte	de	um	mecanismo	de	defesa	adaptado,	e	que	a	eficiência	deste	sistema	
ocorre	 por	meio	 da	 combinação	 de	 outras	 enzimas,	 como	 a	 γ-glutamilcisteína	 sintase	 (γGluCysS)	 e	 a	
glutationa	sintase,	para	fornecer	glutationa	e	transportadores,	facilitando	a	extinção	dos	conjugados	de	
GSH,	além	de	ter	participação	nas	etapas	do	catabolismo	de	aminoácidos,	como	tirosina	e	fenilalanina.	
Nutrientes	como	o	selênio,	que	é	um	mineral	encontrado	na	castanha	do	Pará	e	a	Vitamina	C,	presente	
nas	frutas	cítricas,	colaboram	para	que	o	organismo	produza	altos	níveis	de	glutationa	nas	células.	
	
Enzima	superóxido	dismutase	e	suas	funções	
(quais	os	nutrientes	necessários	para	a	sua	formação?)	
	
A	 superóxido	 dismutase	 (SOD)	 é	 juntamente	 com	 a	 glutationa,	 a	 segunda	 grande	 classe	 de	 enzimas	
antioxidantes	produzidas	no	organismo.	Antioxidante	natural.	
Funções:	tem	a	capacidade	de	proteger	os	tecidos	e	as	células	contra	um	radical	 livre	particularmente	
perigoso,	que	é	o	ponto	de	partida	da	cadeia	de	produção	dos	radicais	livres.	É	extremamente	importante	
devido	ao	efeito	antioxidante,	ajuda	a	prevenir	o	envelhecimento	e	morte	celular,	resultado	da	exposição	
ao	 oxigênio	 da	 nossa	 atmosfera.A	 SOD	 converte-o	 numa	 entidade	menos	 ativa	 e	menos	 agressiva,	 o	
peróxido	de	hidrogénio,	que	é	depois	rapidamente	catabolizado	em	água.	
Sobre/estrutura:	 sendo	uma	metaloproteína	 ela	 possui	 na	 sua	 contituição	 iões	metálicos	 que	 lhe	 vão	
permitir	efectuar	as	suas	funções	–	no	caso	da	SOD	os	metais	que	pode	ter	são:	cobre	e	zinco;	níquel;	
ferro;	manganês.	
Se	estiver	com	baixa	ingestão	dos	minerais,	consequentemente	se	tiver	um	predomínio	dos	radicais	livres,	
você	está	em	estresse	oxidativo.	Por	isso	a	importância	do	superoxido	dismutase,	prevenção	de	doenças.	
Esta	 enzima	existe	 em	quase	 todos	os	 organismos	 vivos,	 havendo	 raríssimas	exceções	 (como	no	 caso	
do	Lactobacillus	plantarum,	que	usa	um	mecanismo	diferente)	em	que	isso	não	acontece.	
Em	humanos	existem	três	formas	de	superóxido	dismutase:	
• SOD1	(cobre	e	zinco)	encontra-se	no	citoplasma;	
• SOD2	(manganês)	nas	mitocôndrias;	
• SOD3	(cobre	e	zinco)	no	meio	extracelular.	
	
Enzima	Monoaminaoxidase		
	
Na	 fase	 1	 do	 processo	 de	 detoxificação	 (Biotransformação),	 encontram-se	 as	 reações	 de	 oxidação,	
redução	e	hidrólise.	Dentre	as	de	oxidação,	ocorrem	as	reações	não	microssomais,	ou	seja,	que	acontecem	
na	fracção	mitocondrial	e	citosólica.	
Essas	reações	são	catabolizadas	por	um	grupo	de	enzimas	oxidativas:	a	monoamina	oxidase	(MAO)	e	a	
diamino	oxidase	(DAO),	que	desaminam	oxidativamente	aminas	e	aldeídos.	
A	MAO	está	localizada	na	membrana	mitocondrial	externa	e	se	encontra	no	fígado	e	outros	órgãos	como	
os	rins,	intestino	e	sistema	nervoso	central.	É	um	tipo	de	amina	oxidase,	classificado	como	amina	oxidase	
dependente,	pois	contem	como	cofator	o	grupo	protético	dinucleotídeo	adenina-flavina	(FAD).		
	
Função	
Monoaminas	 são	 substâncias	 bioquímicas	 derivadas	 de	 aminoácidos	 através	 do	 processo	 de	
descarboxilação.	As	principais	são:	as	catecolaminas	(dopamina,	norepinefrina,	epinefrina);	as	originadas	
da	tirosina;	a	serotonina	advinda	da	triptamina;	e	a	histamina,	que	vem	da	histidina.	
Como	muitas	monoaminas	 tem	 função	 biológica,	 é	 importante	 que	 suas	 concentrações	 no	 ambiente	
extracelular	e	intracelular	sejam	controladas.	A	função	da	MAO	é	degradar	essas	monoaminas	evitando	
assim	que	se	acumulem	(no	caso	de	monoaminas	endógenas)	ou	que	gerem	efeitos	indesejáveis	(no	caso	
de	monoaminas	exógenas).		
Assim,	seu	papel	inclui	a	regulação	dos	níveis	de	aminas	biogênicas	e	xenobióticas	no	cérebro	e	em	tecidos	
periféricos.	O	processo	pelo	qual	a	MAO	degrada	monoaminas	é	conhecido	por	desaminação	oxidativa,	
em	que	o	aminoácido	libera	o	seu	grupo	amina	na	forma	de	amônia	e	se	transforma	em	um	cetoácido	
correspondente,	gerando	como	produtos	aldeídos	e	íon	amônio.	
	
Substratos	e	Degradação	
As	 monoaminas	 endógenas	 são	 os	 neurotransmissores	 e/ou	 hormônios	 dopamina,	 serotonina,	
noradrenalina	e	adrenalina.	A	sua	degradação	se	dá	pela	MAO	e	 também	pela	COMT	(catecol-O-metil	
transferase),	no	caso	das	catecolaminas,	e	pela	aldeído	desidrogenase,	no	caso	da	serotonina.	
As	monoaminas	exógenas	ou	biogênicas	são	as	presentes	em	alguns	alimentos	e	bebidas	(aminas-traço),	
tal	como	a	tiramina	(abacate,	abacaxi,	carnes	curadas,	queijos	duros,	alimentos	fermentados,	chocolate,	
favas);	 a	 histamina	 (álcool,	 queijos	 envelhecidos,	 alimentos	 enlatados,	 em	 conserva	 e	 fermentados,	
produtos	defumados,	leguminosas,	refeições	preparadas);	a	putrescina	(alface,	laranja,	tomate,	banana,	
batata	frita	ou	cozida);	e	a	cadaverina	(carnes).	
As	 aminas	 xenobióticas,	 incluindo	 drogas,	 também	 são	 substratos	 e/ou	 inibidores	 da	 MAO,	 como	 a	
neurotoxina	1-metil-4-fenil-1,2,3,6	tetra-hidropiridina	(MPTP).		
	
Mecanismo	de	ação	
O	mecanismo	de	ação	da	MAO	é	o	seguinte:	o	grupo	FAD	da	enzima	oxida	o	substrato	reduzindo-se;	o	
oxigénio	derivado	da	água	é	incorporado	no	substrato	formando	um	aldeído;	o	fator	FADH2	oxida-se	
novamente	formando	peróxido	de	hidrogénio.	
	
Tipos	
Existem	duas	 isoformas	da	MAO:	as	monoamina	oxidases	A	e	B	 (MAO	A	e	MAO	B);	que	são	proteínas	
externas	da	membrana	mitocondrial;	se	distinguem	quanto	à	especificidade	e	à	inibição	aos	substratos;	e	
que	 catalisam	 a	 oxidação	 de	 aminas	 primárias,	 secundárias	 e	 terciárias,	 incluindo	 vários	
neurotransmissores,	 às	 aminas	 correspondentes.	 Os	 produtos	 oxidados	 são	 hidrolisados	 não	
enzimaticamente	nos	respectivos	aldeídos	ou	cetonas.	
Os	genes	que	codificam	as	duas	enzimas	se	encontram	no	braço	curto	do	cromossoma	X	um	após	o	outro	
e	possuem	aproximadamente	70%	de	homologia.	Ambas	contêm	como	cofator	o	FAD	covalentemente	
ligado	a	uma	enzima	cisteína	via	8α-metileno	do	anel	isoaloxazina.	
A	MAO	A	se	caracteriza	por	ter	preferência	pelo	substrato	5-hidroxitriptamina	(serotonina);	metaboliza	
serotonina,	noradrenalina	e	dopamina;	e	normalmente	é	encontrada	no	sistema	nervoso,	fígado,	trato	
gastrointestinal	e	na	placenta.	
Já	a	MAO	B	oxida	preferencialmente	benzilamina,	dopamina	e	 feniletilamina	e	metaboliza	 lentamente	
noradrenalina	e	serotonina;	e	é	normalmente	encontrada	no	sistema	nervoso	e	nas	plaquetas.	
Tanto	a	MAO	A	como	a	MAO	B	são	encontradas	em	neurônios	e	astrócitos	do	sistema	nervoso.	
	
MAO	e	a	saúde	
Níveis	 aumentados	 ou	 diminuídos	 de	 atividade	 da	 MAO	 em	 indivíduos	 estão	 relacionados	 a	 alguns	
distúrbios	neuropsiquiátricos,	como:	fobias,	depressão,	distúrbio	de	déficit	de	atenção,	abuso	de	drogas	
e	comportamento	violento.	
Uma	atividade	anormal	da	MAO-B	está	relacionada	a	várias	desordens	neurológicas,	como	depressão	e	
doença	 de	 Alzheimer	 e	 de	 Parkinson,	 enquanto	 que	 a	 isoforma	MAO-A	 parece	 estar	 associada	 com	
condições	psiquiátricas	como	depressão	e	ansiedade.	
Portanto,	existem	três	classes	de	medicamentos	cujo	mecanismo	de	ação	se	baseia	na	interação	com	a	
MAO:	 os	 inibidores	 da	MAO	 (IMAOs),	 que	 atuam	 bloqueando	 irreversivelmente	 os	 dois	 subtipos;	 os	
inibidores	seletivos	da	MAO-A	(RIMA),	que	bloqueiam	de	forma	reversível	o	tipo	A	-	as	duas	classes	têm	
utilidade	como	antidepressivos;	e	os	inibidores	seletivos	da	MAO-B,	utilizados	como	anti-Parkinson.	
Assim	sendo,	a	redução	dos	níveis	de	atividade	dessas	enzimas	resultaria	num	aumento	nas	concentrações	
de	neurotransmissores	no	cérebro,	cujo	declínio	está	intimamente	ligado	ao	processo	de	envelhecimento,	
além	de	uma	redução	na	produção	de	peróxido	de	hidrogênio,	subproduto	da	reação	catalisada	por	MAO.	
Em	 contrapartida,	 os	 usuários	 desses	 medicamentos	 devem	 estar	 atentos	 ao	 consumo	 de	 produtos	
contendo	grande	quantidade	de	aminas	exógenas,	já	que	a	atividadeda	mono	e	da	diamina	oxidase,	as	
enzimas	 responsáveis	 pela	 detoxificação	 do	 organismo,	 encontram-se	 reduzidas,	 o	 que	 pode	 gerar	
quadros	toxicológicos	graves.		
Deve-se	 ter	 uma	maior	 atenção	 no	 caso	 específico	 da	 ingesta	 de	 alimentos	 ricos	 em	 tiramina,	 que	 é	
estruturalmente	similar	as	monoaminas	endógenas	e	pode	mimetizar	o	papel	dessas,	levando	geralmente	
a	efeitos	cardiovasculares	indesejáveis	como	taquicardia	e	vasoconstrição.	Normalmente	isso	não	ocorre	
porque	 a	 MAO-A	 esta	 amplamente	 distribuída	 nos	 órgãos	 do	 sistema	 digestório	 e	 degrada	 essas	
monoaminas	antes	que	elas	possam	atingir	a	circulação	sistêmica	e	prejudicar	o	organismo.	
	
Metabolismo	da	cafeína	e	as	enzimas	responsáveis	por	este	processo	
	
A	cafeína	é	quase	completamente	metabolizada,	com	3%	ou	menos	sendo	excretada	inalterada	na	urina.	A	
principal	 via	 de	 metabolismo	 em	 seres	 humanos	 (70–80%)	 é	 através	 da	 desmetilação	 de	 N	 -3	 para	
paraxantina,	também	conhecida	como	1,7-dimetilxantina	ou	17X.	Essa	reação	é	realizada	pelo	CYP1A2	no	
fígado.	 Experimentos	 com	microssomas	 hepáticos	 humanos	 estimam	que	 a	 desmetilação	 da	 1-	N	 em	
teobromina	é	responsável	por	aproximadamente	7	a	8%	do	metabolismo	da	cafeína	com	a	desmetilação	
de	7-	N	em	teofilina	também	em	torno	de	7	a	8%.	Os	15%	restantes	de	cafeína	sofrem	hidroxilação	em	C-
8	para	formar	ácido	1,3,7-trimetilúrico.	
O	CYP1A2	é	responsável	por	mais	de	95%	do	metabolismo	primário	da	cafeína.	Portanto,	a	cafeína	é	usada	
como	uma	sonda	para	a	atividade	da	CYP1A2,	com	as	proporções	relativas	de	metabólitos	urinários	usadas	
como	um	indicador	do	fluxo	através	de	diferentes	partes	do	caminho.	Além	da	paraxantina,	os	principais	
metabólitos	 da	 cafeína	 na	 urina	 são	 1-metilxantina	 (1X),	 ácido	 1-metilúrico	 (1U),	 5-acetilamino-6-
formilamino-3-metiluracil	(AFMU),	ácido	1,7-dimetilúrico	(	17U).	Estes	são	formados	pelo	metabolismo	
secundário	da	paraxantina	pelo	CYP1A2,	CYP2A6,	NAT2	e	XDH	(também	conhecido	como	xantina	oxidase	
ou	XO).		
Estudos	 in	 vitro	 em	 linhas	 celulares	mostram	envolvimento	do	CYP2E1	na	 formação	de	 teobromina	e	
teofilina,	enquanto	estudos	de	proteínas	recombinantes	em	microssomas	não	apoiam	isso,	mas	sugerem	
que	ele	contribui	para	a	formação	de	ácido	1,3,7-trimetilúrico.	Experiências	de	microssomas	mostraram	
que	CYP2C8,	CYP2C9	e	CYP3A4	também	participam	do	metabolismo	primário	da	cafeína.	
A	 cafeína	 tem	 uma	meia-vida	 de	 4	 a	 6	 horas,	 que	 pode	 ser	 prolongada	 em	 pacientes	 com	 doenças	
hepáticas,	lactentes	e	neonatos	(até	100	h)	ou	durante	a	gravidez.	O	tabagismo	aumenta	a	depuração	da	
cafeína	devido	às	suas	ações	no	CYP1A2.	
	
	
		
	
	
	
Com	o	avanço	da	nutrigenômica	já	sabemos	que	pode	haver	polimorfismos	de	enzimas	do	
metabolismo	da	cafeína	que	faz	com	que	a	pessoa	possa	metabolizar	mais	rapidamente	
ou	lentamente	a	cafeína.	São	alterações	nas	expressões	de	enzima	que	podem	alterar	o	
metabolismo	de	uma	droga	ou	de	algum	composto	bioativo.	
	Então	a	cafeína	é	prejudicial	para	os	indivíduos	que	tem	esses	polimorfismos?			
O	indivíduo	que	tenha polimorfismo	de	uma	determinada	enzima	do	metabolismo	da	cafeína	e	metaboliza	
lentamente	o	café,	não	é	recomendado	o	consumo	de	café	após	as	16h	por	exemplo	pois	pode	impactar	
no	sono	a	noite.		A	cafeína	vai	ser	metabolizada	lentamente	e	o	que	vai	acontecer	é	que	pode	ter	um	pico	
da	 cafeína	 no	 sangue,	 melhorando	 a	 cognição,	 o	 despertar	 lá	 para	 de	 noite	 prejudicando	 o	 sono.	
Geralmente	quem	tem	metabolismo	lento	pode	ter	inclusive	em	algumas	relações	com	risco	para	algumas	
doenças	 como	 doenças	 cardiovasculares	 e	 já	 quem	 tem	metabolismo	 rápido,	 é	 uma	 beleza.	 É	 aquela	
pessoa	que	toma	café	e	vai	ficar	bem	em	uma	hora	mais	ou	menos,	inclusive	a	cafeína	é	muito	utilizada	
na	 suplementação	 esportiva	 para	melhorar	 a	 cognição	 e	 coordenação	motora.	 Então	 isso	 precisa	 ser	
avaliado	porque	de	repente	você	se	você	tiver	a	pessoa	que	tem	metabolismo	lento	e	a	ela	está	malhando,	
quer	usar	a	cápsula	de	cafeína	por	exemplo	ou	um	suplemento	a	base	de	cafeína,	isso	pode	trazer	algum	
problema	para	ela.		
	
	
	
	
Mutações	Genéticas	
Mutações	 são	 alterações	 anormais	 no	 DNA	 de	 um	 gene.	 Os	 blocos	 de	 construção	 do	 DNA	 são	
denominados	 de	 bases.	 A	 sequência	 dessas	 bases	 determina	 o	 gene	 e	 a	 sua	 função.	 As	 mutações	
envolvem	mudanças	no	arranjo	das	bases	que	compõem	um	gene.	Até	mesmo	uma	única	mudança	na	
base,	de	um	gene	entre	as	milhares	de	bases	que	o	compõem	pode	ter	um	grande	efeito.	
Uma	mutação	genética	pode	afetar	a	 célula	de	várias	maneiras,	algumas	 interrompem	a	produção	de	
proteínas,	outras	podem	alterar	a	proteína	em	si,	fazendo	com	que	não	funcione	mais	como	deveria	ou	
não	 funcione	 definitivamente.	 Algumas	 mutações	 podem	 levar	 o	 gene	 a	 uma	 condição	 de	 "sempre	
ligado”,	produzindo	mais	proteínas	do	que	o	habitual.	Algumas	mutações	não	têm	um	efeito	perceptível,	
mas	outras	podem	levar	a	uma	doença.	Por	exemplo,	determinada	mutação	no	gene	para	a	hemoglobina	
causa	a	anemia	falciforme.	
As	 células	 se	 tornam	células	 cancerosas	 em	grande	parte	devido	às	mutações	em	 seus	 genes.	Muitas	
vezes,	várias	delas	são	necessárias	antes	que	uma	célula	se	torne	cancerosa.	As	mutações	podem	afetar	
APRENDENDO	NA	PRÁTICA:	
Metabolização	da	cafeína	
PESQUISA	EXTRA:	
Polimorfismo	genético	e	Mutação	
diferentes	genes	que	controlam	o	crescimento	e	a	divisão	celular.	Alguns	destes	genes	são	chamados	de	
genes	 supressores	 de	 tumor.	 As	 mutações	 podem	 também	 tornar	 alguns	 genes	 normais	 em	 genes	
cancerígenos	conhecidos	como	oncogenes.	
Nós	temos	2	cópias	da	maioria	dos	genes,	um	de	cada	cromossomo	em	um	par.	Para	que	um	gene	pare	
de	funcionar	completamente	e	potencialmente	provoque	câncer,	ambas	as	cópias	têm	que	ter	mutações.	
Existem	vários	tipos	de	mutações,	mas	as	duas	principais	mutações	genéticas	são:	
• Mutação	Herdada	
Está	presente	no	óvulo	ou	no	espermatozoide.	Depois	que	o	óvulo	é	fertilizado	pelo	espermatozoide	é	
formada	uma	célula	chamada	zigoto	que	em	seguida	se	divide	para	formar	o	feto	(que	posteriormente	
será	um	bebê).	Já	que	todas	as	células	do	organismo	vêm	desta	primeira	célula,	esse	tipo	de	mutação	se	
encontra	em	cada	célula	do	corpo	e	pode	ser	 transmitida	à	geração	seguinte.	Este	 tipo	de	mutação	é	
também	denominada	germinativa	(porque	as	células	que	se	desenvolvem	em	óvulos	e	espermatozoides	
são	chamadas	de	células	germinativas)	ou	mutação	hereditária.	Acredita-se	que	as	mutações	herdadas	
são	a	causa	direta	de	apenas	uma	pequena	fração	dos	cânceres.	
• Mutação	Adquirida	
Não	está	presente	no	zigoto,	mas	é	"adquirida”	em	algum	momento	da	vida.	Ocorre	em	uma	célula	e	em	
seguida	é	transmitida	a	quaisquer	novas	células	que	são	a	sucessão	da	original.	Este	tipo	de	mutação	não	
está	presente	no	óvulo	ou	espermatozoide	que	formou	o	feto,	de	modo	que	não	pode	ser	transmitida	à	
próxima	geração.	Mutações	adquiridas	são	muito	mais	comuns	do	que	as	mutações	herdadas,	e	a	maioria	
dos	cânceres	é	causado	por	essas	mutações.	Este	tipo	de	mutação	é	também	denominado	esporádica	ou	
somática.	
Polimorfismo	genético	
Os	polimorfismos	são	variações	genéticas	que	aparecem	como	consequências	de	mutações,	podendo	ter	
diferentes	 classificações	 dependendo	da	mutação	original.	 A	 categoria	mais	 básica	 de	polimorfismo	é	
originada	a	partir	de	uma	simples	mutação,	quando	ocorre	uma	troca	de	um	nucleotídeo	por	outro.	Este	
polimorfismo	é	 conhecido	por	 Single	Nucleotide	Polymorphism	 (SNP)	ou	polimorfismo	de	nucleotídeo	
único.	Outros	polimorfismos	conhecidos	ocorrem	quando	há	inserção	ou	deleção	de	pedaços	do	DNA.	O	
padrão	de	nucleotídeos	 repetidos	 é	 conhecido	 como	variable	number	of	 tandem	 repeats	 (VNTRs),	 ou	
também	chamados	de	minissatélites.	 Existe	 também	o	polimorfismo	de	bases	 repetidas	 do	DNA,	 que	
podem	ser	duas,	três	ou	quatro	bases,	chamado	de	simple	tandem	repeats	(STRs)	ou	microssatélites.O	 genoma	 humano	 possui	 o	 número	 estimado	 entre	 30.000	 e	 35.000	 genes	 e	 a	 sequência	 do	 DNA	
apresenta	 similaridade	 de	 99,9%	 entre	 os	 indivíduos.	 Esta	 diferença	 de	 0,1%	 se	 deve	 à	 presença	 dos	
polimorfismos.	
Os	polimorfismos	mais	frequentes	são	os	SNPs,	pois	essa	variação	pode	ocorrer	em	1	a	cada	1000	pares	
de	base.	De	forma	geral,	os	SNPs	podem	ser	definidos	como	alterações	genéticas	presentes	em	mais	de	
1%	da	população	e	podem	estar	localizados	em	várias	regiões	do	gene:	promotora,	codificadora	(éxons)	
e	não	codificadoras.	Os	SNPs	na	região	promotora	e	codificadora	têm	maior	probabilidade	de	modificar	o	
funcionamento	do	gene	e,	consequentemente,	a	proteína	formada.		
Após	o	projeto	 genoma	humano	 foram	mapeados	 cerca	de	3,7	milhões	de	 SNPs,	o	que	possibilitou	a	
identificação	 de	 genes	 associados	 a	 doenças	 crônicas,	 incluindo	 câncer,	 diabetes	 e	 doenças	
cardiovasculares.	Os	SNPs	podem	repercutir	em	processos	como	digestão,	absorção	e	metabolismo	de	
nutrientes,	no	qual	surge	nesse	contexto	o	conceito	de	nutrigenética.	A	nutrigenética	analisa	os	efeitos	
da	 variação	 genética	 na	 interação	dieta-doença,	 o	 que	 inclui	 a	 identificação	 e	 caracterização	do	 gene	
relacionado	ou	até	mesmo	responsável	pelas	diferentes	respostas	aos	nutrientes.	
Por	exemplo,	um	dos	genes	polimórficos	mais	estudados	é	o	MTHFR	(metilenotetrahidrofolato	redutase),	
que	 codifica	 uma	 enzima	 envolvida	 no	 metabolismo	 do	 ácido	 fólico.	 O	 polimorfismo	 nesse	 gene,	
conhecido	como	C677T,	resulta	na	substituição	do	aminoácido	alanina	por	valina,	e	tem	sido	associado	
com	elevação	da	 concentração	plasmática	de	homocisteína,	 declínio	dos	níveis	 de	 folato	plasmáticos,	
estando	associados	com	aumento	do	risco	para	o	desenvolvimento	de	câncer	coloretal	e	mama.	
	
	
O	que	são	metais	pesados?	
Os	metais	 compõem	 um	 grupo	 de	 elementos	 químicos	 sólidos	 no	 seu	 estado	 puro	 (com	 exceção	 do	
mercúrio,	 que	 é	 líquido)	 caracterizados	 pelo	 seu	 brilho,	 dureza,	 cor	 amarelada	 a	 prateada,	 boa	
condutividade	de	eletricidade	e	calor,	maleabilidade,	ductibilidade,	além	de	elevados	pontos	de	fusão	e	
ebulição.	
Dentre	estes	elementos	existem	alguns	que	apresentam	uma	densidade	ainda	mais	elevada	do	que	a	dos	
demais,	e,	por	isso	são	denominados	metais	pesados.	Além	da	densidade	elevada,	o	que,	em	números,	
equivale	a	mais	de	4,0	g/cm³,	os	metais	pesados	também	se	caracterizam	por	apresentarem	altos	valores	
de	número	atômico,	massa	específica	e	massa	atômica.	
As	principais	propriedades	dos	metais	pesados,	também	denominados	elementos	traço,	são	os	elevados	
níveis	de	 reatividade	e	bioacumulação.	 Isto	quer	dizer	que	 tais	elementos,	além	de	serem	capazes	de	
desencadear	diversas	reações	químicas	não	metabolizáveis	(organismos	vivos	não	podem	degradá-los),	
permaneçam	em	caráter	cumulativo	ao	longo	da	cadeia	alimentar.	
Embora	 não	 sejam	metabolizáveis,	 alguns	metais	 pesados	 participam	 (em	 pequenas	 quantidades)	 de	
certas	atividades	metabólicas,	como	por	exemplo,	o	cobalto,	que	participa	da	produção	das	hemácias;	o	
cobre,	que	compõe	diversas	enzimas	e	é	essencial	para	a	síntese	da	hemoglobina;	o	vanádio,	que	interfere	
na	atividade	da	 insulina;	entre	outros.	Porém,	se	a	quantidade	desses	elementos	no	corpo	exceder	os	
níveis	essenciais,	eles	passam	a	ser	tóxicos,	causando	sérios	riscos	à	saúde.	
Outros	destes	elementos	não	são	utilizáveis	de	nenhuma	forma	pelos	organismos	vivos,	ao	contrário,	são	
extremamente	tóxicos	aos	mesmos.	Na	natureza,	tais	elementos	praticamente	não	são	encontrados	de	
forma	 isolada	 (já	que	são	muito	reativos),	 todavia,	são	muito	utilizados	pela	 indústria,	sendo	 lançados	
juntamente	 com	 os	 resíduos	 industriais	 ao	 meio	 ambiente.	 Tais	 resíduos	 podem	 ser	 absorvidos	 por	
vegetais	 e	 animais,	 causando	 intoxicações	em	 todos	os	níveis	da	 cadeia	alimentar.	 Entre	os	principais	
podemos	citar:	
•	 Mercúrio	 –	metal	 líquido	em	 temperatura	 ambiente	oriundo	da	 degradação	natural	 da	 crosta	
terrestre,	inodoro,	volátil,	insolúvel	em	água	e	altamente	tóxico.	No	organismo	humano,	esse	elemento	
químico	age	de	forma	devastadora:	uma	vez	absorvido,	deposita-se	em	várias	regiões	do	corpo,	tais	como	
cérebro,	rins,	aparelhos	digestivo	e	reprodutivo,	pulmões,	rins,	fígado,	pâncreas	e	outros,	causando	graves	
distúrbios,	por	vezes	irreversíveis.	
•	 Chumbo	–	metal	pesado	bastante	maleável,	de	baixa	condutividade	elétrica,	largamente	utilizado	
em	processos	de	soldagem,	na	construção	civil,	bem	como	na	indústria	de	munições	e	tintas.	Trata-se	de	
um	dos	mais	perigosos	entre	os	metais	pesados,	acometendo	principalmente	os	sistemas	nervosos	central	
e	periférico,	medula	óssea	e	rins.	
•	 Cromo	 –	metal	 de	 alta	 dureza,	 muito	 empregado	 no	 ramo	 da	metalurgia	 para	 ampliação	 da	
resistência	a	agentes	corrosivos.	Dentre	os	principais	danos	causados	por	 tal	elemento	no	organismo,	
estão	 as	 lesões	 na	 pele,	 bronquite	 e,	 se	 a	 exposição	 ocorrer	 em	 doses	mais	 elevados,	 pode	 levar	 ao	
desenvolvimento	de	células	cancerígenas.	
•	 Cádmio	–	metal	 caracterizado	principalmente	pela	 sua	maleabilidade	e	ductibilidade,	utilizado	
principalmente	na	indústria	de	baterias	e	na	galvanoplastia.	Esse	elemento	pode	gerar	efeitos	tóxicos	ao	
organismo	humano,	ainda	que	em	quantidades	moderadas,	atingindo	órgãos	vitais	como	rins,	fígado	e	
pulmões.	 A	 intoxicação	 por	 cádmio	 pode	 provocar	 danos	 no	 sistema	 ósseo,	 cânceres,	 entre	 outros	
distúrbios.	
•	 Arsênio	–	metal	pesado	aplicado	aos	processos	de	conservação	da	madeira	e	do	couro,	fabricação	
do	vidro	e	metalurgia.	A	contaminação	por	esse	elemento	químico	pode	provocar	lesões	não	cicatrizáveis	
na	epiderme,	lesões	em	diversos	órgãos	vitais,	alguns	tipos	de	cânceres	(em	especial,	o	câncer	de	pele),	
e,	se	em	concentrações	elevadas,	ao	óbito.	
	
O	que	é	um	quelante	de	metais	pesados?	Cite	alguns	deles.	
Quelantes	são	utilizados	para	tratamento	de	acúmulo	de	metais	pesados	ou	envenenamento	por	metais	
pesados	tóxicos.	São	administrados	agentes	quelantes	para	que	se	liguem	aos	metais	pesados	no	sangue	
e	tecidos	via	oral	ou	injetável.	Facilitam	com	a	ligação	a	excreção	dos	metais	do	organismo.		
Há	diretrizes	para	tratamento	de	quelação	por	fármacos,	porém	não	é	uma	técnica	sem	riscos,	segundo	
matéria	do	MSD	Manual.	
Os	riscos	da	quelação	são:	Hipocalcemia,	atraso	no	tratamento	mais	eficaz,	lesão	renal	e	morte.	
Os	principais	quelantes	são:	2,3-dimercaptopropanol	(BAL),	ácido	2,3-dimercaptosuccínico	(DMSA),	novos	
análogos	do	DMSA,	2,3-dimercaptopropano-1-sulfonato	(DMPS),	ácido	etilenodiamino-tetracético	cálcico	
disódico	 (CaNa2EDTA),	 ácido	 dietileno-triamino-pentaacético	 (DTPA),	 D-penicilamina,	 desferroxamina,	
1,2	dimetil-3-hidroxipirid-4-ona	(deferiprona)	e	ácido	nitrilotriacético	(NTA).	
	
Após	a	absorção,	o	chumbo	é	distribuído	por	três	compartimentos:	sangue,	tecidos	moles	(fígado,	rins,	
medula	óssea	e	cérebro),	e	tecidos	mineralizados	(ossos	e	dentes).	
	
A	 intoxicação	 crônica,	 também	
conhecida	 por	 saturnismo,	 é	 mais	
frequente	 e	 está	 associada	 a	
quadros	 de	 anorexia,	 perda	 de	
peso,	 apatia	 ou	 irritabilidade,	
vómitos,	 fadiga,	 parestesias	 nas	
extremidades	e	anemia.	De	acordo	
artigo	 cientifico	 pesquisado,	 um	
dos	efeitos	tóxicos	do	chumbo	é	a	
inibição	da	síntese	do	grupo	heme	
visto	 que	 é	 um	 potente	 inibidor	
enzimático,	 das	 enzimas	 ácido	 δ-
aminolevulínico	 desidratase	 (ALA-
D),	 coproporfirinogénio	 oxidase	 e	
ferroquelatase.	 Como	
consequência	 há	 acumulação	 do	
ácido	 δ-aminolevulínico	 (ALA),	
coproporfirinogénio	 III	 e	
protoporfirina	IX		
	
O	 chumbo	 pode	 ter	 duas	
formas	 tóxicas:	 o	 chumbo	
inorgânico,	 em	 que	 a	
intoxicação	 acontece	
essencialmente	 pelas	 vias	
respiratórias	 e	 digestivas,	 e	 o	
chumbo	 orgânico	 que,	 para	
além	 de	 causar	 intoxicação	
pelas	 vias	 anteriormente	
mencionadas,	 também	 pode	
ser	absorvido	pela	pele.	
Um	estudorealizado	in	vivo	demonstrou	que	a	enzima	ácido	δ-aminolevulínico	sintetase	(ALA-	sintetase),	
que	catalisa	a	 formação	do	ALA	através	da	reação	da	glicina	com	o	succinil	CoA,	possui	uma	atividade	
aumentada	devido	à	redução	dos	níveis	do	grupo	heme.	A	inibição	da	ALA-D	juntamente	com	o	aumento	
da	 enzima	 ALA-sintetase	 provoca	 uma	 elevação	 acentuada	 dos	 níveis	 de	 ALA	 que,	 por	 possuir	 uma	
reduzida	massa	molecular,	atravessa	as	membranas	celulares	levando	a	um	aumento	dos	seus	níveis	no	
sangue,	 no	 soro	 e	 na	 urina,	 funcionando	 assim	 como	um	 indicador	 biológico	 de	 uma	 intoxicação	 por	
chumbo	 (Shifer	 et	 al.,	 2005).	 No	 caso	 do	 chumbo,	 o	 2,3-dimercaptopropanol	 (BAL)	 é	 utilizado	 como	
quelante	assim	como	EDTA	(ácido	tetraacetic	do	Ethylenediamine).	
Sobre	a	utilização	do	ácido	cítrico:	"funciona	nas	células	aeróbicas,	em	todas	as	células	humanas	sadias.	
O	ácido	cítrico	é	um	verdadeiro	agente	quelante	e	se	liga	com	cobre,	ferro,	alumínio,	chumbo,	cádmio,	
cálcio,	magnésio,	bário	e	estrôncio	e	quando	é	empregado	como	agente	quelante	deve	ser	equilibrado	
com	administração	de	um	sal	de	ácido	cítrico	como	sódio	ou	potássio	citrato,	em	doses	de	2	a	4	gramas	
por	dia."	
Ainda	quanto	aos	quelantes	e	chumbo,	um	trecho	de	entrevista	do	site	Nutra	News,	com	o	entrevistado	
Garry	Gordon,	com	expertise	em	estudos	de	quelação:	"Actualmente,	o	corpo	humano	tem	–	em	média	–	
mil	 vezes	mais	 chumbo	 do	 que	 antes	 de	 era	 industrial;	 por	 outro	 lado,	 os	 alimentos	 excessivamente	
refinados	que	consumimos	fornecem-nos	cada	vez	menos	minerais	essenciais	como	o	zinco".	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
Alice	esclarece:	Alguns	nutrientes	podem	ajudar	na	destoxificação	diária,	mas	no	caso	de	
uma	intoxicação	aguda	e	grave	a	conduta	é	médica.	
	
	
	
	
	
A	metalotioneína,	uma	proteína	rica	em	cisteína	com	a	capacidade	de	ligar	cátions	divalentes,	incluindo	
metais	 tóxicos	como	mercúrio,	 cádmio,	 chumbo	e	arsênico,	está	ganhando	 reconhecimento	como	um	
componente	importante	na	desintoxicação	de	metais	pesados.	Semelhante	à	regulação	positiva	da	fase	II	
e	das	enzimas	antioxidantes,	a	metalotioneína	pode	ser	induzida	em	regiões	promotoras	específicas	de	
genes	 por	 estímulos	 como	 metais	 pesados,	 estresse	 oxidativo,	 glicocorticóides	 e	 até	 zinco.	 Além	 de	
sequestrar	metais	pesados,	é	capaz	de	eliminar	os	radicais	livres	e	reduzir	as	lesões	do	estresse	oxidativo,	
além	de	inibir	a	sinalização	de	NF-	κB	.	
Os	padrões	e	nutrientes	da	dieta	podem	resultar	em	alterações	na	produção	de	metalotioneína.		
Autores	relataram	um	aumento	de	54%	na	produção	de	mRNA	de	metalotioneína	em	um	pequeno	ensaio	
clínico	 em	mulheres	 com	 fibromialgia	 após	 uma	 dieta	 de	 eliminação	 em	 conjunto	 com	 um	 alimento	
médico	rico	em	fitonutrientes,	composto	por	lúpulo,	romã,	pele	de	ameixa	e	agrião.	
A	suplementação	de	zinco	(15	mg	/	dia)	a	homens	saudáveis	por	10	dias	levou	a	um	aumento	significativo	
do	mRNA	de	metalotioneína,	até	2	vezes	em	leucócitos	e	até	4	vezes	em	manchas	de	sangue	seco.		
Foi	demonstrado	que	a	metalotioneína	está	diminuída	na	mucosa	 intestinal	de	pacientes	com	doença	
inflamatória	intestinal	(DII);	no	entanto,	a	suplementação	de	zinco	(300	mg	de	aspartato	de	zinco,	igual	a	
60	mg	 de	 zinco	 elementar	 por	 dia	 durante	 4	 semanas)	 em	 14	 pacientes	 com	DII	 deficiente	 em	 zinco	
resultou	em	uma	concentração	ligeiramente	maior	de	metalotioneína	na	mucosa	intestinal.	
Os	fitonutrientes	crucíferos	também	podem	modular	a	expressão	de	metalotioneína,	como	sugerido	por	
um	aumento	de	10	vezes	após	uma	dose	oral	única	de	50	μ	mol	de	sulforafano	em	ratos.	
O	 cromo	 pode	 inibir	 a	 expressão	 de	 metalotioneína	 induzida	 por	 zinco,	 de	 acordo	 com	 estudos	 em	
animais.	Estágios	iniciais,	em	estudos	in	vitro	também	sugerem	que	a	quercetina	e	Cordyceps	sinensis,	um	
cogumelo	nativo	da	região	do	Himalaia,	podem	regular	positivamente	a	expressão	de	metalotioneína.	
	
APRENDENDO	NA	PRÁTICA:	
Cabe	aos	nutricionistas	a	desintoxicação	junto	com	
médicos	ou	ambos	(médicos	e	nutris)	podem	realizar	uma	
desintoxicação	por	metais	pesados?	
APRENDENDO	NA	PRÁTICA:	
Quais	os	nutrientes	que	podem	ajudar	na	quelação	de	
metais	pesados?	
	
• Coentro	 (o	 coentro	 tem	 a	 capacidade	 de	 retirar	 o	 mercúrio	 das	 células,	 principalmente	 do	
cérebro).		
• Chlorella	 (Já	 a	 Chlorella	 irá	 eliminar	 o	mercúrio	 através	 do	 intestino,	 retirando	 esse	metal	 do	
organismo.	A	Chlorella	tem	sido	estudada	por	sua	capacidade	de	efeito	quelante	de	alguns	metais	
pesados	como	o	alumínio,	chumbo,mercúrio	e	cádmio.)	
Um	estudo	realizado	com	animais	em	2013	descobriu	que	ratos	expostos	ao	chumbo	apresentaram	
uma	redução	“dramática”	de	66%	em	seus	níveis	sanguíneos	devido	aos	efeitos	quelantes	quando	as	
duas	substâncias	foram	administradas	simultaneamente	(coentro	e	Chlorella).	
• Alho	
• Clorofila:	A	atividade	quelante	da	clorofila	tem	mostrado	benefícios	farmacêuticos	especialmente	
no	tratamento	de	úlceras	no	fígado.	
• Magnésio:	frutas	como	uva,	banana	e	abacate;	grãos	e	derivados	como	a	granola,	gérmen	de	
trigo	e	aveia;	sementes	e	nozes	como	gergelim,	amendoim,	girassol	castanha	e	amendoim;	além	
de	leite,	soja,	grão	de	bico,	pão,	peixes,	batata,	beterraba,	couve	e	espinafre;	
• Selênio:	castanha-do-pará,	trigo,	arroz,	gema	de	ovo,	sementes	de	girassol	e	frango;	
• Coenzima	Q10:	nozes;	frutas	e	vegetais	como	brócolis,	a	couve,	espinafre,	a	laranja	e	o	abacate;	
amendoim;	peixes	gordos,	como	o	atum	e	o	salmão;	carne	bovina	e	de	frango;	tofu;	pão	
integral;	soja;	cereais	integrais.	
	
EDTA	e	DMSA	
O	EDTA	(ácido	etileno	diamina	tetra	acético)	é	um	agente	quelante	que	permite	 livrar	o	organismo	de	
metais	pesados	como	chumbo,	alumínio	e	mercúrio	ligando-se	a	estes	por	"quelação"	e	transportando-
os	pelas	vias	naturais	para	fora	do	organismo.	O	EDTA	é	também	um	excelente	quelante	do	cálcio	que	se	
acumula	nas	paredes	vasculares	em	concentração	crescente	com	a	 idade,	endurecendo	as	artérias	e	a	
placa	de	ateroma	que	bloqueia	o	 fluxo	 sanguíneo.	Esta	ação	 sistêmica	pode	 ter	benefícios	para	vasos	
sanguíneos.	
O	EDTA	é	também	um	potente	antioxidante	particularmente	eficaz	para	reduzir	a	peroxidação	dos	lípidos,	
uma	das	causas	principais	da	arteriosclerose.		
	O	DMSA	(Ácido	meso-2,3-dimercaptossuccínico)	é	um	agente	quelante	aprovado	em	1960	pela	FDA	para	
a	remoção	(quelante)	de	metais	pesados.		
DMSA	é	considerado	como	o	agente	oral	preferido	para	a	quelação	(remoção)	de	metais	pesados,	tanto	
em	adultos	como	em	crianças.		
O	mercúrio	é	considerado	como	sendo	a	segunda	substância	mais	tóxica	no	planeta,	atrás	somente	do	
urânio	e	os	efeitos	negativos	da	exposição	ao	mercúrio	estão	bem	documentados.	Uma	das	principais	
vantagens	do	DMSA	é	a	sua	ampla	janela	terapêutica,	isto	significa	que	há	uma	grande	diferença	entre	a	
quantidade	 necessária	 para	 produzir	 o	 resultado	 pretendido	 e	 do	 nível	 que	 poderia	 sobrecarregar	 o	
paciente,	isso	faz	com	que	DMSA	excepcionalmente	segura.	
A	quelação	de	metais	pesados	tóxicos	com	EDTA	ou	DMSA	está	bem	documentado	na	literatura	científica.	
Existem	vários	outros	agentes	de	quelação,	mas	o	EDTA	e	DMSA	se	mostram	mais	seguros	e	eficazes.		
Nosso	corpo	esta	constantemente	expostos	a	um	ataque	de	toxinas	ambientais	como	chumbo,	alumínio,	
mercúrio,	 cadmio	 e	 arsênico.	 Estes	 são	 conhecidos	 por	 interferir	 com	 a	 forma	 como	 os	 nervos	 se	
comunicam.	
Os	metais	pesados	residem	no	interior	das	células	do	corpo,	o	DMSA	não	pode	entrar	nas	células,	 já	a	
glutationa	(quelante	natural	do	corpo)	que	esta	presente	no	interior	da	células	podem	eliminar	os	metais	
para	fora	da	célula,	porém	ele	sozinho	não	tem	a	capacidade	de	excretar	para	fora	do	organismo	como	o	
ETDA	e	o	DMSA,	por	isso	é	recomendado	a	combinação	do	uso	do	estimulantes	de	glutation	(	ex:	n-acetil-
cisteina)	para	efeito	sinérgico	na	desintoxicação.			
O	teste	provocativo	para	diagnóstico	de	metais	pesados	como	chumbo,mercurio,	alumínio	e	arsênico	
pode	ser	feito	através	da	coleta	da	urina	após	uma	dose	de	agente	quelante	(desintoxicante)	de	EDTA	e	o	
DMSA.	
	
	
	
	
O	suco	detox,	bebida	feita	à	base	de	legumes	e	verduras,	ganhou	fama	em	2012,	quando	a	nutricionista	
americana	Kimberley	Snyder	e	autora	de	livros	sobre	detox	creditou	a	ele	a	capacidade	de	alterar	o	corpo	
de	dentro	para	fora,	ajudando	a	reduzir	o	apetite	e	a	renovar	as	energias.	
Por	ela	ser	queridinha	de	famosas	e	blogueiras	fitness,	o	suco	recebeu	a	fama	de	ser	aliado	em	acelerar	o	
metabolismo	e	promover	a	destoxificação	do	corpo.Apesar	dele	ser	rico	em	nutrientes	e	 fitoquímicos,	
sozinho	não	é	responsável	pelo	complexo	processo	que	a	ele	foi	atribuído.	
O	fígado	sim	é	o	principal	órgão	responsável	pela	destoxificação	e,	portanto	precisa	estar	em	homeostase	
junto	aos	demais	órgãos.	Sem	falar	que	deve-se	evitar	os	xenobióticos,	tão	presentes	na	vida	moderna,	
estar	atento	a	correta	ingestão	de	água,	enfim,	ter	hábitos	saudáveis	ao	longo	da	vida!	
Os	 ingredientes	 do	 suco	 detox	 podem	 variar.	 A	 composição	 padrão	 é	 entre	 fruta	 e	 vegetal.	 Pôde-se	
acrescentar	linhaça,	chia,	aveia	(onde	entra	ômega,	fibras,	betaglucanas).		
No	geral,	é	composto	por	 folhas	verdes	escuras,	 fontes	de	vitamina	C,	complexo	B,	 ferro,	cálcio,	 iodo,	
carotenoides,	 e	 frutas	 como	 maçã,	 abacaxi	 e	 mamão,	 ricos	 em	 enzimas	 digestivas,	 quercetina,	
carotenoides,	complexo	B.	Para	as	vias	de	detox	esses	nutrientes	são	importantes,	por	exemplo,	na	Fase	
1	são	necessárias	niacina,	piridoxina,	folato,	riboflavina,	e	ferro,	encontrados	nesses	alimentos.	
O	 suco	 verde	 não	 atua	 sozinho	 e	 é	 necessário	 estar	 enquadrado	 em	 rotina	 de	 hábitos	 saudáveis,	
contribuindo	como	fonte	alimentar	de	qualidade	para	o	organismo.	É	ótima	estratégia	para	quem	possui	
dificuldade	de	ingerir	folhosos	e	frutas,	além	de	contribuir	para	a	hidratação	
APRENDENDO	NA	PRÁTICA:	
Por	que	o	suco	verde	ganhou	fama	de	suco	DETOX?	Qual	a	sua	
opinião	sobre	isso?	Será	que	o	suco	detox	sozinho	será	o	
bastante?	
O	suco	verde	ganhou	fama	há	alguns	anos	quando	atribuiu-se	a	ele	a	capacidade	de	alterar	o	corpo	de	
dentro	 para	 fora,	 acelerando	 o	 metabolismo	 e	 promovendo	 a	 remoção	 de	 toxinas.	 Foi	 amplamente	
divulgado	 pelas	 famosas	 como	 um	 aliado	 ao	 emagrecimento.	 Por	 ser	 rico	 em	 vários	 nutrientes	 e	
compostos	 bioativas,	 como	 vitaminas	 A,	 C,	 complexo	 B	 e	 minerais,	 foi	 associado	 ao	 processo	 de	
destoxificação.	Pois	as	vitaminas	(principalmente	as	do	complexo	B)	são	importantes	para	ativação	das	
enzimas	CYP	que	atuam	no	fígado	no	processo	de	biotransformação.	Porém,	é	importante	lembrar	que	
somente	um	suco	verde	pela	manhã,	não	fará	o	processo	de	detox	ser	melhorado,	se	ao	longo	do	dia	a	
alimentação	é	desbalanceado.	É	preciso	pensar	de	forma	macro,	na	alimentação	ao	longo	do	dia.	A	oferta	
dos	alimentos	(frutas,	legumes	e	verduras)	deve	ser	feita	ao	longo	do	dia	para	proporcionar	uma	excelente	
biotranformação	e	proporcionar	uma	eliminação	eficiente	dos	agentes	que	precisam	ser	eliminados.	
E	o	argumento	da	eficácia	da	prensagem	em	detrimento	da	trituração,	tem	realmente	relevância,	na	
composição?	Altera	realmente	os	nutrientes?	Em	termos	de	fibra,	sim!	
	
Qual	o	principal	alimento	do	suco	verde	e	qual	o	composto	importante	para	detox?	
As	 brássicas!	 A	 família	 das	 Brassicaceae	 é	 representada	 por	 uma	 grande	 diversidade	 de	 espécies	
valorizadas	pelas	suas	folhas	(couve),	raízes	(nabo,	rabanete),	sementes	(colza,	mostarda),	gemas	(couve-
de-bruxelas)	e	flores	(couve-flor).	Dentre	os	compostos	bioativos	presentes	neste	grupo,	os	sulforafanos	
são	 os	 mais	 estudados,	 mostrando	 seu	 potencial	 na	 prevenção	 de	 diversos	 tipos	 de	 câncer.	 Eles	
apresentam	 efeito	 antiproliferativo	 e	 apoptótico,	 ou	 seja,	 faz	 com	 que	 a	 célula	 com	 defeito	 se	 auto	
destrua.	Além	disso	tem	o	poder	de	diminuir	o	estresse	oxidativo	e	prevenir	o	envelhecimento	celular	e	
diversas	doenças	
Chás	com	ação	detox	
• Dente	de	leão	
• Cavalinha	
• Chá	verde		
• Chá	de	gengibre	
• Alho	
• Manjericão	
• Hibisco		
O	chá	de	dente	de	leão	é	melhor	pra	fase	2	e	o	cavalinha	pra	fase	3	por	ser	diurética.	
A	indicação	é	de	variar	os	chás	para	atingir	um	bom	resultado	e	tomar	cuidado	com	uso	de	folhas	escuras	
caso	tenha	quadro	de	hipotireoidismo.	Ainda	de	acordo	com	as	pesquisas,	é	interessante	a	ingestão	ao	
acordar	ou	em	jejum.		
Os	principais	flavanóis	presentes	no	chá	verde	são	as	catequinas.	A	atividade	antioxidante	das	catequinas	
pode	prevenir	a	citotoxicidade	induzida	pelo	estresse	oxidativo	em	diferentes	tecidos,	pois	possui	ação	
quelante	de	metais	de	transição	tais	como	ferro	e	cobre,	impedindo	assim	a	formação	de	espécies	reativas	
de	oxigênio,	além	de	ação	inibidora	da	lipoperoxidação.	
	
	
Como	ocorre	as	Reações	de	conjugação?	
	
As	reações	metabólicas	são	divididas	em	fase	1	 (oxidação/	redução/	hidrólise/	hidratação)	e	 fase	2	ou	
reações	de	conjugação	(sulfatação,	glicuronidação,	glutationa,	acetilação,	aminoácidos,	metilação).		
A	 fase	 dois,	 ou	 reação	 de	 conjugação,	 que	 também	é	 chamada	 de	 fase	 de	 bionativação,	 consiste	 em	
neutralizar	os	metabólitos	intermediários	reativos	formados	na	fase	1,	adicionando	um	grupo	químico	ao	
sítio	reativo	e	tornando	a	toxina	polar	e	hidrossolúvel	para	ser	prontamente	eliminada.	 	
A	 conjugação	 geralmente	 ocorre	 entre	 o	metabólito	 tóxico	 com	moléculas	 como	 o	 ácido	 glicurônico,	
aminoácidos,	principalmente	glicina	ou	glutamina,	acetato	e	grupos	metil.	Algumas	substâncias	podem	
ser	conjugadas	na	sua	forma	original,	sem	passar	pelas	reações	de	fase	1.		
Didaticamente,	 poderíamos	 denominar	 a	 fase	 1	 de	 toxificação,	 devido	 a	 produção	 de	 metabólitos	
hepatotóxicos,	e	a	fase	2	de	destoxificação	propriamente	dita.	
É	uma	fase	química	realizada	principalmente	por	enzimas	transferases,	que	fazem	conjugação	com	grupos	
químicos	específicos.	Por	exemplo,	as	sulfotransferases	são	as	enzimas	que,	ao	transferirem	uma	molécula	
de	 sulfato,	 conjugam	 o	 metabólito	 reativo,	 neutralizando	 a	 sua	 característica	 lesiva.	 Acetilação:	
conjugação	 com	 acetil-coA;	 acilação:	 conjugação	 com	 glicina,	 taurina	 ou	 glutamina;	 conjugação	 com	
glutationa,	entre	outros	processos	conhecidos.	
	
O	que	é	farmacocinética?	
Qual	a	sua	importância	para	o	metabolismo	das	drogas?	
	
O	termo	farmacocinética	foi	introduzido	pela	primeira	vez	pelo	alemão	Friedrich	Hartmut	Dost,	em	1953.	
A	palavra	significa	literalmente	a	cinética	dos	fármacos	e	seus	primeiros	estudos	derivaram	da	equação	
utilizada	para	descrever	a	cinética.			
Ele	 usou	 o	 termo	 para	 detalhar	 o	 movimento	 que	 um	 medicamento	 faz	 em	 nosso	 organismo.	 A	
conceituação	é	bastante	simples,	uma	vez	que	a	palavra	cinética	provém	do	grego	kinetikós,	que	significa	
em	movimento,	móvel.	Ou	seja,	é	o	caminho	percorrido	pelo	fármaco	desde	a	sua	via	de	administração	
até	a	sua	posterior	excreção.	
No	entanto,	vale	ressaltar	que,	a	partir	do	momento	em	que	o	medicamento	é	absorvido	pelo	organismo,	
todas	 as	 demais	 fases	 acontecem	 ao	mesmo	 tempo.	 A	 divisão	 apresentada,	 portanto,	 é	 meramente	
didática.	 O	 conhecimento	 do	 comportamento	 da	 droga	 no	 organismo	 auxilia	 na	 análise	 dos	 dados	
farmacológicos	 e	 toxicológicos	 e	 para	 decidir	 o	 regime	de	dosagem	nos	 estudos	 clínicos	 de	 eficácia	 e	
toxicidade.		
Quatro	 propriedades	 farmacocinéticas	 determinam	 o	 início,	 a	 intensidade	 e	 a	 duração	 da	 ação	 do	
fármaco:		
	
1) Absorção:		
Primeiro,	 a	 absorção	 desde	 o	 local	 de	 administração	 permite	 a	 entrada	 do	 fármaco	 (direta	 ou	
indiretamente)	 no	 plasma.	 Existem,	 basicamente	 dois	 tipos	 de	 vias	 de	 administração:	 a	 enteral	 e	 a	
parenteral.	
	
Enteral:	A	administração	enteral,	ou	administração	pela	boca,	
é	o	modo	mais	seguro,	comum,	conveniente	e	econômico	de	
administrar	os	fármacos.	O	fármaco	pode	ser	deglutido,	por	viaoral,	ou	pode	ser	colocado	sob	a	língua	(sublingual)	ou	entre	a	
bochecha	e	a	gengiva	(bucal),	facilitando	a	absorção	direta	na	
circulação	sanguínea.		
Oral:	 A	 administração	 oral	 oferece	 várias	 vantagens.	 Os	
fármacos	 orais	 são	 facilmente	 autoadministrados,	 e	 a	
toxicidade	e/ou	a	dosagem	excessiva	podem	ser	neutralizadas	
com	 antídotos	 como	 o	 carvão	 ativado.	 Porém,	 as	 vias	
envolvidas	na	absorção	oral	são	as	mais	complicadas,	e	o	baixo	
pH	do	estômago	inativa	alguns	fármacos.	Uma	ampla	variedade	
de	preparações	orais	é	disponibilizada,	 incluindo	preparações	
revestidas	(entéricas)	e	de	liberação	prolongada.		
Sublingual	 e	 bucal:	 A	 colocação	 do	 fármaco	 sob	 a	 língua	
permite	 que	 ele	 se	 difunda	 na	 rede	 capilar	 e,	 assim,	 entre	
diretamente	 na	 circulação	 sistêmica.	 A	 administração	
sublingual	 tem	 várias	 vantagens,	 incluindo	 facilidade	 de	
administração,	 absorção	 rápida,	 ultrapassagem	 do	 ambiente	
gastrintestinal	 (GI)	 hostil	 e	 capacidade	 de	 evitar	 a	
biotransformação	 de	 primeira	 passagem	 (ver	 discussão	
adiante).	A	via	bucal	(entre	a	bochecha	e	a	gengiva)	é	similar	à	
via	sublingual.		
	
	
Parenteral:	A	via	parenteral	 introduz	o	 fármaco	diretamente	na	circulação	sistêmica.	Ela	é	usada	para	
fármacos	que	são	pouco	absorvidos	no	trato	GI	(TGI)	Oral	Inalação	Ótico	Epidural	Ocular	Parenteral:	IV,	
IM,	SC	Adesivo	 transdermal	Sublingual	Bucal	Tópica.	Vias	comumente	usadas	para	a	administração	de	
fármacos.	 IV,	 intravenosa;	 IM,	 intramuscular;	 SC,	 subcutânea.	Essa	administração	 também	é	usada	no	
tratamento	do	paciente	impossibilitado	de	tomar	a	medicação	oral	(paciente	inconsciente)	ou	quando	é	
necessário	um	início	rápido	de	ação.	Além	disso,	as	vias	parenterais	têm	maior	biodisponibilidade	e	não	
estão	sujeitas	à	biotransformação	de	primeira	passagem	ou	ao	meio	GI	agressivo.	Elas	também	asseguram	
o	melhor	controle	sobre	a	dose	real	de	fármaco	administrada	ao	organismo.	Contudo,	as	vias	parenterais	
são	irreversíveis	e	podem	causar	dor,	medo,	lesões	teciduais	e	infecções.		
As	três	principais	vias	de	administração	parenteral	são	a	 intravascular	(intravenosa	ou	 intra-arterial),	a	
intramuscular	e	a	subcutânea.		
Intramuscular	 (IM):	 Fármacos	 administrados	 por	 via	 IM	 podem	 estar	 em	 soluções	 aquosas,	 que	 são	
absorvidas	rapidamente,	ou	em	preparações	especializadas	de	depósito,	que	são	absorvidas	lentamente.		
Subcutânea	(SC):	Esta	via	de	administração,	como	a	IM,	oferece	absorção	por	difusão	simples	e	é	mais	
lenta.		
Inalação	oral:	As	 vias	 inalatórias	oral	 e	nasal	 asseguram	a	 rápida	oferta	do	 fármaco	através	da	 ampla	
superfície.	Esta	via	é	particularmente	eficaz	e	conveniente	para	pacientes	com	problemas	respiratórios	
(como	asma	ou	doença	pulmonar	obstrutiva	crônica),	pois	o	fármaco	é	administrado	diretamente	no	local	
de	ação,	minimizando,	assim,	os	efeitos	sistêmicos.		
Inalação	nasal:	Esta	via	envolve	a	administração	de	fármacos	diretamente	dentro	do	nariz.	Incluem-se	os	
descongestionantes	nasais.	
Intratecal	e	 intraventricular:	A	barreira	hematencefálica	retarda	ou	impede	a	entrada	dos	fármacos	no	
sistema	 nervoso	 central	 (SNC).	 Quando	 se	 desejam	 efeitos	 locais	 e	 rápidos,	 é	 necessário	 introduzir	 o	
fármaco	diretamente	no	líquido	cerebrospinal	
Tópica:	 A	 aplicação	 tópica	 é	 usada	 quando	 se	 deseja	 um	 efeito	 local	 do	 fármaco.	 Por	 exemplo,	 o	
clotrimazol	em	pomada	é	aplicado	diretamente	na	pele	para	o	tratamento	de	infecções	por	fungos.		
Transdérmica:	 Esta	 via	 de	 administração	proporciona	 efeitos	 sistêmicos	pela	 aplicação	do	 fármaco	na	
pele,	 em	 geral,	 por	 meio	 de	 um	 adesivo	 cutâneo.	 A	 velocidade	 de	 absorção	 pode	 variar	 de	 modo	
acentuado,	dependendo	das	características	físicas	da	pele	no	local	da	aplicação	e	da	lipossolubilidade	do	
fármaco.	
Retal:	Como	50%	da	drenagem	da	região	retal	não	passa	pela	circulação	portal,	a	biotransformação	dos	
fármacos	 pelo	 fígado	 é	minimizada	 com	o	uso	desta	 via.	 A	 vantagem	adicional	 da	 via	 retal	 é	 evitar	 a	
destruição	do	fármaco	no	ambiente.	Ela	também	é	útil	se	o	fármaco	provoca	êmese,	quando	administrado	
por	via	oral,	ou	se	o	paciente	já	se	encontra	vomitando	ou	se	está	inconsciente.	(Nota:	a	via	retal	é	usada	
comumente	 para	 a	 administração	 de	 antieméticos.)	 Com	 frequência,	 a	 absorção	 retal	 é	 errática	 e	
incompleta,	e	vários	fármacos	irritam	a	mucosa	retal.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
2)	Distribuição:		
Absorção	é	 a	 transferência	de	um	 fármaco	do	 seu	 local	 de	 administração	
para	 a	 corrente	 sanguínea.	 A	 velocidade	 e	 a	 eficiência	 da	 absorção	
dependem	do	ambiente	onde	o	fármaco	é	absorvido,	das	suas	características	
químicas	e	da	via	de	administração	(o	que	influencia	sua	biodisponibilidade).	
Dependendo	das	propriedades	químicas,	os	fármacos	podem	ser	absorvidos	
do	TGI	por	difusão	passiva,	difusão	facilitada,	transporte	ativo	ou	endocitose	
e	exocitose.	
Fatores	que	influenciam	a	absorção:		
• Efeito	do	pH	na	absorção	de	fármacos;		
• Fluxo	de	sangue	no	local	de	absorção;		
• Área	ou	superfície	disponível	para	absorção;		
• Tempo	de	contato	com	a	superfície	de	absorção	e	
• Expressão	da	glicoproteína	P.	
	
3)	Biotransformação:		
Terceiro,	 o	 fármaco	 pode	 ser	 biotransformado	 no	 fígado	 ou	 em	 outros	
tecidos.	
Determinação	 de	 biodisponibilidade	 e	 Fatores	 que	 influenciam	 a	
biodisponibilidade:		
• Biotransformação	hepática	de	primeira	passagem;		
• Solubilidade	do	fármaco;		
• Instabilidade	química		
• 	Natureza	da	formulação	do	fármaco.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
4)	Eliminação:		
	
Finalmente,	o	fármaco	e	seus	metabólitos	são	eliminados	do	organismo	
na	 urina,	 na	 bile	 ou	 nas	 fezes.	 Usando	 o	 conhecimento	 das	 variáveis	
farmacocinéticas,	 os	 clínicos	 podem	 eleger	 condutas	 terapêuticas	
ideais,	incluindo	via	de	administração,	dosagem,	frequência	e	duração	
do	tratamento.	
Eliminação	renal	dos	fármacos;	Filtração	glomerular;	Secreção	tubular	
proximal;	 Reabsorção	 tubular	 distal	 e	 papel	 da	 biotransformação	 de	
fármacos:	 A	maioria	 dos	 fármacos	 é	 lipossolúvel	 e,	 sem	modificação	
química,	se	difundiria	para	fora	do	lúmen	tubular	renal.	
Depuração	 por	 outras	 vias:	 A	 depuração	 de	 fármacos	 pode	 ocorrer	
também	por	intestinos,	bile,	pulmões,	leite,	entre	outros.	
	A	eliminação	de	 fármacos	no	 leite	pode	expor	a	criança	 lactente	aos	
medicamentos	e/ou	seus	metabólitos	ingeridos	pela	mãe,	e	é	uma	fonte	
potencial	de	efeitos	indesejados	na	criança.		
A	excreção	da	maioria	dos	fármacos	no	suor,	na	saliva,	nas	lágrimas,	nos	
pelos	 e	 na	 pele	 ocorre	 em	 pequena	 extensão.	 A	 depuração	 corporal	
total	 e	 a	 meia-vida	 do	 fármaco	 são	 variáveis	 importantes	 da	 sua	
depuração,	sendo	usadas	para	otimizar	o	tratamento	medicamentoso	e	
minimizar	a	toxicidade.	
	
		
	
Vídeo	explicativo:	Farmacocinética	-	Absorção,	Distribuição,	Metabolismo	e	Excreção	(ADME).	
https://www.youtube.com/watch?v=j688ggKizjA&feature=youtu.be	
	
	
O	que	é	Farmacodinâmica?	
Qual	a	sua	importância	para	o	metabolismo	das	drogas?	
Farmacodinâmica	é	um	ramo	da	farmacologia	que	estuda	como	a	droga	exerce	seu	efeito	no	organismo.	
Graças	aos	 seus	 conceitos	 conseguimos	entender	a	 relação	dos	 fármacos,	 seu	mecanismo	de	ação	no	
organismo	assim	como	sua	relação	entre	concentração,	efeitos	desejáveis	ou	colaterais.	
A	farmacodinâmica	estuda	a	relação	do	fármaco-receptor.	Uma	droga	ao	ser	produzida	possui	um	sitio	de	
ligação	 e	 uma	 finalidade,	 podendo	 interagir	 com	 proteínas,	 enzimas,	 canais	 iônicos	 e	 receptores.	
Entretanto,	quando	uma	droga	não	possui	afinidade	com	o	seu	receptor,	por	exemplo,	ela	não	consegue	
ter	 o	 efeito	 desejado	 podendo	 ficar	 dispersa	 na	 corrente	 sanguínea	 e	 causar	 até	mesmo	um	grau	 de	
toxicidade	no	organismo	se	não	excretada	pelo	mesmo.	
Graças	aos	conceitos	abordados	pela	farmacodinâmica	conseguimos	entender	a	relação	entre	agonistas	
e	antagonistas.Agonista	se	refere	a	uma	substância	que	se	liga	a	um	receptor	celular	e	o	ativa,	é	uma	
relação	em	que	o	agonista	se	comporta	como	um	sinal	e	o	receptor	como	um	detector	desse	sinal	e	a	
ligação	entre	 eles	 vai	 gerar	 segundos	mensageiros	 e	moléculas	 efetoras	 	 que	 vão	 fazer	 parte	de	uma	
cascata	de	 eventos	que	 irão	 traduzir	 essa	 ligação	em	uma	 resposta	 celular,	 podendo	 ser	 inibitória	 ou	
excitatória.	Antagonista	se	refere	a	uma	substância	que	possui	a	capacidade	de	inibir	o	agonista,	em	geral	
quanto	maior	 o	 número	 de	 antagonistas	menor	 será	 o	 efeito	 do	 agonista,	 pois	 eles	 competem	pelos	
receptores,	alguns	têm	mais	afinidade,	outros	se	 ligam	de	forma	 irreversível	gerando	outras	respostas	
biológicas.		
	
As	drogas	podem	ser:	
Agonistas:	 se	 ligam	 ao	 receptor,	 gerando	
uma	 resposta	 biológica,	 podendo	 agir	 no	
receptor	de	duas	maneiras:	
-			Ação	direta:	Abertura	ou	fechamento	de	
canais	iônicos.	
-	 	Mecanismo	de	 transdução:	 	Ativação	ou	
inibição	 enzimática,	modulação	 dos	 canais	
iônicos,	transcrição	do	DNA.	
Antagonistas:	 Não	 possuem	 efeito	
farmacológico,	 podendo	 também	bloquear	
a	ligação	do	agonista	e	reduzir	ou	bloquear	
sua	ação.		
As	 drogas	 possuem	 ação	 nos	 canais	 iônicos	 através	 do	 aumento	 ou	 diminuição	 desses	 canais	 ou	 até	
mesmo	o	seu	bloqueio.	Agem	nas	enzimas	 inativando	uma	específica	em	uma	determinada	reação,	as	
drogas	 podem	 se	 ligar	 a	 uma	 enzima,	 porém	 o	metabólito	 formado	 não	 consegue	 desempenhar	 sua	
função	 ou	 graças	 a	 uma	 reação	 enzimática	 a	 droga	 que	 era	 inativa	 se	 torna	 ativa.	 Além	 disso,	 elas	
interagem	com	transportadores	seja	se	ligando	a	eles	e	sendo	internalizado	para	a	célula,	bloqueando	o	
sitio	de	 ligação	do	 ligante	e/ou	bloqueando	o	 transportador	por	se	 ligar	a	um	sítio	que	não	o	sítio	de	
ligação	do	ligante.	
Existe	diversos	tipos	de	receptores	estudados	na	farmacodinâmica	que	ajudam	a	explicar	o	mecanismo	
de	ação	das	drogas,	são	eles:	
Receptores	de	canais	iônicos	dependentes	de	ligantes:	a	ligação	da	droga	ao	receptor	promove	a	abertura	
do	canal	iônico	que	dependo	do	tipo	de	canal	aberto	poderá	ocorrer	hiperpolarização	ou	despolarização	
da	célula.		
Receptores	 acloplados	 a	 proteína	G:	A	proteína	G	possui	 subunidades	 alfa,	 beta	 e	 gama	 sendo	que	 a	
subunidade	alfa	está	 ligada	ao	GDP	(guanosina	difosfato),	quando	a	droga	se	 liga	ao	receptor	ela	gera	
ativação	 dessa	 proteína	 G	 e	 o	 GDP	 que	 está	 ligado	 a	 subunidade	 alfa	 vai	 virar	 GTP	 e	 com	 isso	 há	 o	
deslocamento	 do	 complexo	 alfa-GTP.	 A	 partir	 desse	 momento	 existem	 duas	 vias	 chaves	 que	 são	
controladas	por	receptores	através	da	proteína	G,	são	elas:		
-	Via	da	adenilato	ciclase/cAMP	(monofosfato	cíclico	de	adenosina):	
Este	 AMPc	 ativa	 proteínas	 quinases	 que	 estimulam	 o	 aumento	 de	 lipólise,	 redução	 da	 síntese	 de	
glicogênio	e	o	aumento	da	glicogenólise.	
-	Via	da	fosfolipase	C/	trifosfato	de	inositol	(IP3)/	diacilglicerol	(DAG):	
Essa	 via	 irá	 catalisar	 a	 formação	 de	 dois	 mensageiros	 intracelulares	 -	 IP3	 e	 DAG.	 O	 IP3	 aumenta	 a	
concentração	 intracelular	 de	 cálcio	 que	 desencadeia	 eventos	 como:	 contração,	 secreção,	 ativação	
enzimática	e	hiperpolarização	de	membrana.	
-	 O	 DAG	 ativa	 proteína	 quinase	 C	 que	 controla	 muitas	 funções	 celulares.	 A	 proteína	 quinase	 é	 um	
componente	fundamental	da	cascata	de	“comunicação”	que	ocorre	no	controle	intracelular,	na	regulação	
e	transdução	de	sinais.	
Receptores	de	quinases:	Estão	envolvidos	principalmente	em	eventos	que	controlam	o	crescimento	e	a	
diferenciação	celulares	e	atuam	indiretamente	ao	regular	a	transcrição	gênica.		
Receptores	intracelulares:	Nesse	caso	a	droga	precisa	ser	suficientemente	lipossolúvel	para	atravessar	a	
membrana	e	se	ligar	ao	receptor	intracelular.	
Para	 uma	 droga	 ser	 produzida	 alguns	 pontos	 são	 analisados	 entre	 temos	 os	 conceitos	 de	 potência	 e	
eficácia.	 A	 potência	 está	 relacionada	 a	 concentração	 de	 um	 determinado	 fármaco	 ou	 droga,	 ou	 seja,	
quanto	menor	for	a	quantidade	da	droga	necessária	para	causar	uma	ação	maior	a	sua	potência.	A	eficácia	
está	relacionada	com	o	tamanho	da	reposta	ao	interagir	com	o	receptor,	em	outras	palavras,	quanto	mais	
interação	com	receptores	maior	será	as	respostas	e	consequentemente	maior	a	eficácia.	Outro	ponto	a	
ser	considerado	é	do	sinergismo,	fenômeno	que	ocorre	quando	a	associação	entre	dois	fármacos	produz	
a	redução	do	efeito	de	um	deles,	por	exemplo,	associação	de	A	e	B	onde	B	diminui	o	efeito	colateral	de	A	
sem	inibir	seu	efeito	principal.	Através	do	sinergismo	conseguimos	diminuir	a	dose	e	os	efeitos	colaterais.	
	
		
	
	
	
A	 farmacodinâmica	 analisa	 a	 segurança	 e	 a	 eficácia	 de	 uma	
medicação	em	relação	à	sua	dose	através	do	índice	terapêutico,	
quanto	maior	for	o	 índice	maior	a	segurança	da	medicação	em	
relação	a	dose.	O	cálculo	se	baseia	na	razão	entre	a	dose	letal	da	
droga	para	50%	da	população	(DL50),	pela	dose	mínima	efetiva	
em	50%	da	população	(DE50).	Outro	ponto	a	ser	analisado	é	da	
janela	terapêutica	que	significa	a	faixa	entre	a	dose	mínima	eficaz	
e	máxima	eficaz.	É	a	extensão	de	tempo	em	que	a	concentração	
do	fármaco	exerce	o	efeito	desejado	desde	o	pico	até	não	exercer	
mais	efeito.		
	
	
	
	
Grupo	Básico	
Alice	Pinho	(Supervisora/Revisora)	
Loíde	Neves	(Monitora/Organizadora)	
Contribuíram	para	esse	trabalho:	Debora	Brune,	Gabriela	Tupinambá,	Jaqueline	Gomes,	Patricia	Cunha,	
Jane	Andrade,	Nagila	Tavares,	Mariana	Gavioli,	Mariangela	Costa,	Mariana	Sodré,	Felipe	Nieto,	Gabriela	
Sá,	Francisco	Reis,	Marcela	Licas,	Caren	Mesquita,	Cristine	Aquino	e	Talita	Chagas.	
	
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