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DETOXIFICAÇÃO O que é Detoxificação e qual a importância desse processo para a saúde humana? A detoxificação é um processo biológico no qual o organismo transforma as substâncias nocivas presentes, para que essas toxinas sejam expelidas do nosso corpo. Vários órgãos são responsáveis pela detoxificação, porém os importantes são o fígado e o intestino onde ocorre a eliminação de toxinas em maior quantidade. É importante lembrar que o nosso corpo esta em processo de detoxificação 24 horas por dia, até porque no ambiente em que vivemos somos expostos a várias toxinas. Além das toxinas ambientais, inúmeras substâncias são prejudiciais para nossa saúde como os agrotóxicos, metais pesados, bifenóis, aditivos alimentares e medicamentos e todo esse conjunto de toxinas faz com que as pessoas tenham doenças cognitiva, dificuldade de aprendizado, dores de cabeça, inchaço, disbiose (alteração do equilíbrio instestinal), fadigas, cansaço, excesso de ácido úrico. Para ajudar no processo de eliminação de toxinas precisa-se de uma alimentação variada em nutrientes como brássicas, fibras, vitaminas, minerais, ervas e entres outros. A detoxificação tem grande importância no organismo humano, pois, melhora o bioma intestinal, melhora na resposta antiflamatória, eliminação da bile, ganho de massa muscular, perda de peso, reduz o aparecimento de doenças metabólicas. O que são Xenobióticos. Cite alguns deles. Xenobióticos são substâncias exógenas sintéticas, com atributos estruturais não naturais, são compostos tóxicos que provocam alterações na homeostase do organismo. O uso abusivo e contínuo dessas substâncias químicas é capaz de produzir uma denominada resposta tóxica a um organismo vivo. Ao estarem presentes no organismo, os xenobióticos precisam ser metabolizados, que é um processo importante para sua resposta orgânica. A habilidade individual de biotransformar substâncias potencialmente tóxicas tem sido associada com maior ou menor suscetibilidade a agentes tóxicos e ao risco para câncer. Indivíduos incapazes de detoxificar adequadamente substâncias agressivas ou metabólitos carcinogênicos podem sofrer um dano direto no DNA ou um dano celular, com a formação de elementos químicos e macromoléculas que podem causar instabilidade genômica. A família dos genes do citocromo P450 representa uma das principais classes de enzimas importantes na detoxificação de diversas substâncias. Tais reações metabólicas ocorrem principalmente no fígado. Principais xenobióticos presentes no nosso dia a dia: • Adoçantes Artificiais (Aspartame, Ciclamato de Sódio, Sacarina Sódica, etc) Também chamados de edulcorantes, são substâncias que conferem sabor doce com um valor calórico muito reduzido em comparação ao açúcar convencional (sacarose). Foram desenvolvidos para atender pessoas diabéticas, que não podem ingerir açúcar devido à dificuldade de processá-lo. Devido ao fato de possuírem poucas calorias e oferecerem o sabor doce desejado, são cada vez mais utilizados e comercializados em todo mundo de forma abusiva dos seus usuários. O organismo humano ao detectar esses adoçantes, se prepara para metabolizá-los, mas não os reconhece quimicamente e não os metaboliza. Como essas substâncias precisam ser eliminadas do organismo, sobrecarregam o fígado e os rins, fazendo com que o corpo absorva uma porção maior da glicose dos carboidratos e alimentos ingeridos ao longo do dia, exigindo que seja liberada mais insulina para o sangue, e quando há acúmulo de insulina no sangue, há acúmulo de gordura (isso porque os adoçantes estimulam os mesmos receptores do açúcar fazendo com que haja mais absorção da glicose a nível intestinal). E mesmo que se admita não terem efeitos tóxicos para o organismo; todo esse processo aumenta e perturba o metabolismo. • Corantes Artificiais Os corantes utilizados nos alimentos possuem como principal função tornar o produto mais atrativo já que durante o processamento industrial é comum ocorrer a perda ou alteração da coloração dos alimentos. Para serem metabolizados, a microbiota intestinal produz azu e nitro redutases que são substâncias responsáveis pela clivagem redutiva das ligações presentes na estrutura química dos corantes. De forma geral, os corantes comportam-se como os demais xenobióticos podendo provocar alterações bioquímicas e fisiológicas no organismo através de sua atividade intrínseca ou de seus produtos de metabolização, já que seu processo de biotransformação pode gerar radicais livres e arilaminas. • Álcool A ingestão excessiva promove sobrecarga hepática, já que o fígado é responsável pela metabolização do álcool, portanto, seu consumo exacerbado por um longo período está fortemente associado a lesões, porém, apenas metade dos usuários que a consomem com esta frequência vão desenvolver hepatite ou cirrose alcoólica. A metabolização do álcool se dá pela ação da enzima álcool desidrogenase (ADH) no fígado. Esta enzima converte o álcool em acetaldeído, que mesmo em pequenas concentrações, é tóxico para o organismo. A enzima aldeído desidrogenase (ALDH), por sua vez, converte o acetaldeído em acetato. Uma grande parte desse acetato chega em outras partes do organismo pela corrente sanguínea, onde participa de outros ciclos metabólicos. • Nitritos e Nitratos São aditivos alimentares utilizados na indústria alimentícia, principalmente para impedir ou retardar ações microbiana ou enzimática em produtos cárneos, deste modo, protege o alimento da deterioração. Além disso, são fixadores de cor e desenvolvem o sabor e o aroma típicos de produtos curados. São substâncias inorgânicas que não são encontrados apenas em produtos alimentícios, mas também na água potável, solo, em vegetais e fertilizantes, o que aumenta ainda mais a exposição dos humanos a essas substâncias. O consumo em excesso desses aditivos alimentares são decorrentes de efeitos tóxicos ao organismo, pela formação endógena de compostos n-nitrosos que são substâncias carcinogênicas (substâncias capazes de promover o aparecimento de carcinomas em um organismo), teratogênicos (capazes de promover uma deficiência no feto de uma gestante) e mutagênicos (apresentam capacidade de gerar mutação celular, ou seja, promover um dano no DNA, que será passado para os descendentes). O nitrito é ainda mais tóxico do que o nitrato, ele é metabolizado em metahemoglobina, que tem como principal efeito de promover vasodilatação e relaxamento da musculatura lisa. A dose letal para adulto é cerca de 1,0 g. Em doses inferiores tem-se como sintomas principais o enrubescimento da face e das extremidades, o desconforto gastrointestinal e cefaleia. • Agrotóxicos São ingredientes ativos utilizados na agricultura, os vegetais absorvem essa substância que posteriormente é ingerido por um indivíduo, possui elevado grau de toxicidade aguda e crônica comprovada e que causam problemas de desregulação hormonal como também neurológicos reprodutivos e cancerígenos. Além de promover grandes danos acumulativos no meio ambiente. Mesmo em baixas concentrações, os agrotóxicos interferem de forma significativa no sistema endócrino, sendo assim denominados como desruptores endócrinos. Podem induzir intoxicações aguda, sub - aguda ou crônica. As intoxicações crônicas, acontecem com a exposição de baixas doses durante meses e anos, são as mais significativas, induzindo formação de depósitos no organismo que podem evoluir para câncer, desordens tireoidianas e diabetes. O fígado é o principal local responsável de processar os xenobióticos, para serem inativados e excretados. É necessário realizar a biotransformação dessas substâncias, duas fases são necessárias: fase I (transformação: diminui a toxicidade) e fase II (conjugação:responsável pela excreção). Vídeo: O Caminho da Bebida Alcoólica no Organismo: https://youtu.be/t614FyJ_x0E Quais os órgãos que participam do processo de detoxificação? FÍGADO Cumpre funções vitais no processo digestivo, hormonal e demais atividades metabólicas, sendo um dos principais (senão o principal) responsáveis pela detoxificação do organismo. Para tanto, o fígado ativa e remove substâncias tóxicas que foram ingeridas, tais como aditivos alimentares, minerais nocivos, medicamentos tóxicos, excesso de hormônios; extrai do sangue os resíduos resultantes da quebra celular e os transforma para que possam ser excretados pelo intestino ou pelos rins; elimina os resíduos e metabólitos tóxicos resultantes da fermentação e putrefação intestinal; é uma fonte de células Kupffer que filtram e destroem invasores estrangeiros, como bactérias, fungos, vírus e células cancerígenas. É crucial para reduzir a carga de metabólitos tóxicos e toxinas acumuladas nos tecidos hepáticos, e assim aumentar seu poder de desintoxicação. O processo de desintoxicação divide-se em 3 fases: Fase 1 de desintoxicação A fase 1 envolve uma família de enzimas que são referidas coletivamente como citocromo P450 (CYP450). Essas enzimas da fase 1 neutralizam diretamente uma toxina ou a modificam para formar um intermediário ativo que é então neutralizado pelo processo de desintoxicação da fase 2. A atividade das enzimas da fase 1 pode variar significativamente de um indivíduo para outro, com base em sua composição genética, nível de exposição a toxinas, algumas drogas e, é claro, estado nutricional. Clinicamente, uma questão secundária notável com a fase 1 de desintoxicação é a consequente geração de radicais livres. Sem defesas antioxidantes adequadas, podem ocorrer danos aos tecidos. É por esta razão que os antioxidantes - especialmente aqueles que se concentram no fígado - são de importância vital. Fase 2 de desintoxicação A maioria dos produtos químicos processados pelas enzimas da fase 1 é convertida em formas intermediárias que precisam ser processadas pela fase 2. Essas formas intermediárias são frequentemente mais ativas quimicamente e, portanto, mais tóxicas, fazendo com que uma resposta rápida da fase 2 seja de suma importância. Se os sistemas de desintoxicação da fase 2 não estiverem funcionando adequadamente, estes intermediários podem causar danos substanciais. Existem seis vias primárias de desintoxicação de fase 2: conjugação de glutationa, conjugação de aminoácidos, metilação, sulfatação, acetilação e glucuronidação. Estes sistemas enzimáticos são particularmente dependentes e sensíveis a um suprimento adequado de substratos - predominantemente aminoácidos - necessários para realizar a conjugação de metabólitos oxidados. Fases I e II de detoxificação e nutrientes associados às vias Fase 3 de desintoxicação A terceira fase da desintoxicação hepática envolve a função de proteínas antiporter específicas. Esta etapa é responsável por bombear toxinas para fora das células para excreção e característica por apresentar resistência à fármacos e à glicoproteína-P. Isto pode ocorrer após ou antes da desintoxicação. Por exemplo, as proteínas antitransporte são expressas em enterócitos. Quando certos compostos tóxicos em alimentos são absorvidos pelo enterócito, os antitransportadores bombeiam estes de volta para o lúmen, impedindo sua passagem antes de terem a oportunidade de serem desativados pelas enzimas CYP450. Este não é um processo perfeito e é permitida a passagem de algumas toxinas do lúmen para o corpo. Entretanto, apoiar a função destas proteínas pode minimizar a exposição intracelular às toxinas e reduzir a pressão exercida sobre outros sistemas de órgãos de desintoxicação (por exemplo, fígado, rim, pele). Alice esclarece: Apoiar significa por exemplo ter um intestino íntegro (bem permeável) para que essas proteínas consigam transportar as toxinas para fora) Etapas de detoxificação num organismo com comprometimento das suas funções Processo de detoxificação num organismo saudável VESÍCULA BILIAR Após o processamento das toxinas pelo fígado, as substâncias são encaminhadas para a vesícula biliar para serem então encaminhadas para o decorrer do processo digestivo. Nutrientes lipotrópicos, tais como colina, metionina, ácido fólico e as vitaminas B6 e B12 e também fitoterápicos são úteis para promover o fluxo da bile do fígado (especialmente em pessoas que não possuem mais esse órgão anexo). INTESTINO No intestino, a bile e sua carga tóxica precisam ser rapidamente absorvidas pelas fibras para serem excretadas através das fezes. A fibra diminui o tempo de trânsito das fezes, age no sequestro de xenobióticos conjugados e endobióticos presentes na bile e reduz o nível de enzimas de desconjugação bacteriana nas fezes. Todos estes efeitos reduzem a reciclagem de toxinas através da circulação enterohepática. O sistema gastrointestinal é exposto tanto às toxinas que chegam por ingestão quanto pela reintrodução das toxinas pré-metabolizadas no ambiente intestinal em seu caminho para a excreção. É por isso que é tão importante não apenas minimizar a exposição às toxinas e melhorar a disponibilidade de nutrientes e antioxidantes, mas também apoiar a função de barreira ideal e a regularidade intestinal. O papel das células do trato gastrointestinal (TGI) é de suma importância quando se pretende reduzir o acúmulo de toxinas externas e endógenas por parte de um indivíduo. Estima-se que 25% dos processos de desintoxicação ocorrem dentro dos enterócitos. Estas células realizam tanto a fase 1 (através da ação das enzimas CYP450) quanto a fase 3 (através da ação da proteína antitransportadora), numa tentativa de reduzir a passagem, para o ambiente interno, de xenobióticos não metabolizados. Uma grande porção das toxinas de exposição diária, chega ao organismo por meio dos alimentos e bebidas consumidos. Se a hiperpermeabilidade intestinal (leaky gut) estiver presente, isto permite uma maior entrada de compostos indesejáveis no organismo, muitos dos quais podem produzir sintomas de toxicidade quando atingem um determinado limiar. Além disso, o leaky gut permite que esses compostos potencialmente tóxicos contornem os processos de desintoxicação que normalmente seriam realizados dentro das células intestinais. Além disso, como o TGI é um importante local de excreção de toxinas metabolizadas (provenientes do fígado), a integridade intestinal comprometida, combinada com fibras insuficientes e disbiose, também pode levar à reabsorção de metabólitos de toxinas que, de outra forma, estariam vinculados à eliminação. Pesquisas também mostram que a inflamação local nas células intestinais pode resultar no esgotamento do glutationa que, por sua vez, pode comprometer a função da proteína antitransportadora (ou seja, fase 3). A correção da disbiose com um amplo espectro de probióticos de alta dose, juntamente com fibras prebióticas dietéticas e nutrientes adicionais incluindo L-glutamina, pode ajudar não apenas a reduzir a inflamação local, mas também a restaurar a integridade do TGI. Além disso, os próprios microrganismos benéficos ajudam na desintoxicação e proteção contra a toxicidade, sequestrando compostos prejudiciais (por exemplo, metais pesados). “A expressão absorvida pelas fibras, essa absorção seria para onde? “ (primeiro paragráfo desse tópico). Absorção é para sangue? Alice explica: Depende. Uma parte vai ser distribuída para as células e são os METABOLITOS QUE SERÃO eliminados. E quem faz o metabolismo dessas substâncias? - hepatocitos e enterocitos! RINS Os rins exercem importante função de detoxificação metabólica na medida que filtram substânciasnocivas presentes no sangue e excretam através da urina. Para isso é fundamental que os sistemas de filtragem renal não estejam comprometidos e nem obstruídos por substâncias químicas e sintéticas não integrantes do ciclo biológico; a pressão arterial (PA) é outro fator que precisa estar adequado para que ocorra uma filtragem eficiente pois a PA baixa gera acúmulo de toxinas nas vias renais e a PA alta faz com que a filtragem seja prejudicada pela sobrecarga de fluxo sanguíneo. TRATO RESPIRATÓRIO O trato respiratório, os pulmões e os brônquios, evacuam principalmente as toxinas sob a forma de gás carbônico. Também pode excretar o catarro. As membranas saudáveis dos alvéolos não deixam penetrar os resíduos sólidos. Entretanto, devido à irritação constante por micróbios infecciosos e outros irritantes, os alvéolos podem se tornar porosos e agir como uma saída de emergência para toxinas que o fígado, os rins e o trato intestinal não conseguiram eliminar. Estas substâncias são transportadas pela corrente sanguínea em direção aos pulmões e brônquios, eles são comprimidos através dos alvéolos e expelidos pela tosse como catarro. Este catarro não consiste apenas de micróbios e dos produtos de sua atividade, mas também de resíduos resultantes de uma digestão e excreção insuficientes. PELE Nosso corpo tenta de muitas maneiras diferentes se livrar de toxinas. Se o fígado, os rins e os pulmões não cumprem suficientemente suas tarefas, o corpo precisa da ajuda da pele. Desempenha um papel importante na eliminação de toxinas, inclusive auxiliando os rins em seu trabalho. Ela excreta os produtos residuais que são classificados como cristais: eles são solúveis em líquidos e são eliminados sob a forma de suor através das glândulas sudoríparas. Esses cristais são resíduos do metabolismo de alimentos ricos em proteínas - tais como carne, peixe, ovos, produtos lácteos, leguminosas e cereais. O ácido úrico e a uréia, por exemplo, fazem parte do grupo dos cristais, que também podem resultar de um excesso de açúcar refinado ou de alimentos muito ácidos. Outros tipos de produtos residuais e toxinas são excretados sob a forma de erupções cutâneas. SISTEMA LINFÁTICO As glândulas linfáticas atuam produzindo linfócitos e na filtragem, degradação e transporte de agentes infecciosos. Ao atuar em conjunto aos sistemas sanguíneo e imune, o sistema linfático atua no processo de detoxificação do organismo na medida que mobiliza o fluido intersticial e, com ele, produtos residuais que então fluem para vasos sanguíneos mais calibrosos a fim de serem metabolizados e eliminados. Quando sobrecarregado de metabólitos tóxicos, a atividade dessas glândulas também fica aumentada podendo gerar inchaço, dor, calor, rubor (sinais característicos de processo inflamatório). Alice comenta: É aqui que entra o estroboloma e a importância das beta-glucorinidase no processo de conjugação que vimos no módulo de intestino. Enzimas da família do Citocromo p 450 (CYP) e suas funções no processo de detoxificação O sistema enzimático citocromo P450, descoberto aproximadamente há 50 anos, um pigmento que possui um perfil de alta absorção, multiplicidade e ampla capacidade em catalisar uma variedade de reações químicas, são hemoproteínas oxidativas codificadas por uma superfamília de genes que convertem uma ampla variedade de substratos. Também chamado de sistema CYP450 ou sistema P450, localiza-se no retículo endoplasmático liso, mitocôndrias e outras membranas, principalmente do fígado, e está intimamente ligado a outro componente vital do sistema: NADPH citocromo P450 redutase. O sistema oxidativo Citocromo P450 (CYP450) compreende mais de 57 genes que codificam enzimas, responsáveis pela metabolização de mais de 90% das drogas. Essa superfamília de enzimas está envolvida na biotransformação de medicamentos, na bioconversão de xenobióticos, no metabolismo de carcinógenos químicos, na biossíntese de compostos fisiologicamente importantes, como esteróides, ácidos graxos, eicosanóides, vitaminas lipossolúveis, ácidos biliares, conversão de alcanos, terpenos e compostos aromáticos, bem como a degradação de herbicidas e inseticidas. Depois da absorção de um xenobiótico (substância estranha ao organismo), ele vai se distribuir pelo organismo e não só exerce a sua ação como também é alvo dos mecanismos de metabolização. A inibição ou indução desta enzima podem destoxificá-lo, mas, também, podem bioativá-lo, tornando-o mais tóxico. O objetivo desses mecanismos é tornar o composto mais polar e, portanto, mais fácil de excretar, propiciando a conversão de compostos lipofílicos em hidrofílicos. O metabolismo de xenobióticos que ocorre nas células hepáticas acontece de forma que os produtos de uma reação podem constituir-se substratos para outra reação e pode ser dividido em duas fases: • Fase I pode ser redução ou oxidação quando resultam na adição de oxigênio, de grupamento hidroxila, ou na remoção de hidrogênio, por sua vez a introdução de hidrogênio na molécula caracteriza uma redução, nos processos de hidrólise, geralmente uma molécula é clivada com adição de água • Fase II é de conjugação que se dá a condensação do seu substrato ou metabólito com um composto de origem endógena podendo gerar sulfatação, metilação e glicuronidação, o íon de Ferro presente no grupo heme é responsável pela capacidade de transferência de elétrons dessas proteínas. Os xenobióticos sofrem biotransformação por ação do citocromo P450 e são ativados em compostos altamente reativos que podem interagir com macromoléculas, como o DNA, causando mutações, as quais são capazes de evoluir ao surgimento de até células cancerígenas. Algumas alterações nos níveis de citocromo P450 podem ocorrer influenciadas por medicamentos, alimentação, hábitos sociais(ex: álcool, tabagismo), estados de saúde (ex: diabetes, hipertiroidismo). A família das enzimas metabolizadoras do citocromo P450 tem sido o foco da maioria das pesquisas farmacogenéticas, é estimada que a genética pudesse ser a razão de 20 a 95% da variabilidade na biodisponibilidade da droga e em seus efeitos. Processo de Sulfatação A reação de sulfatação faz parte da fase 2 do processo de detoxificação, também chamada de fase de conjugação. Nessa fase, é adicionado ao grupo funcional do fármaco ou do metabólito da fase 1 moléculas que tornarão esses metabólitos mais polares, aumentando a hidrossolubilidade e facilitando a excreção através da urina ou bile. As duas fases do processo de detoxificação precisam ocorrer de forma sincronizada. Quando não ocorre essa sincronização, ou seja, quando a indução de uma fase não leva a ativação da fase seguinte, os metabólitos continuam apolares e, como não conseguirão ser excretados, podem acumular no tecido adiposo e causar intoxicação, devido a toxicidade. Além de acumular, podem reagir com o DNA, RNA e/ou proteínas, podendo trazer prejuízos para o organismo, como alguns tipos de câncer, doenças neurodegenerativas (doença de Parkinson, por exemplo), disfunções imunológicas. Dentre as reações da fase 2, a sulfatação é o mecanismo de adição do grupo sulfato, realizado pelas sulfotransferases citoplasmáticas (SULT). Essas enzimas catalisam a transferência do enxofre inorgânico de PAPS (3'-fosfoadenosina - 5' fosfossulfato) para o grupo hidroxila de fénois e alcoois. Todas essas reações necessitam de co-fatores, que podem ser obtidos da dieta ou de fatores ambientais, além do apoio que o exercício físico traz, por melhorar os níveis dessas enzimas antioxidantes. O exercício físico eleva os níveis de cortisol e testosterona que, por sua vez, melhoram os níveis das sulfotransferases. Dessa forma, essas reações ocorrem de forma diferente em cadaindivíduo, e poderá ter resultados diferentes em pessoas expostas ao mesmo xenobiótico. Reação de Sulfatação: Processo de Metilação Metilação é um processo bioquímico que envolve a adição de um grupo metil (um átomo de carbono e três de hidrogénio) a outra molécula. A remoção do grupo metil é chamado desmetilação. Quase todas as funções do corpo dependem deste processo, inclusive as reações de destoxificação. A metilação é considerada uma via minoritária de biotransformação de xenobióticos que utiliza como co- fator a S- adenosil-L-metionina (SAME). A SAME está envolvida me mais de 40 reações químicas no organismo e é muito mais efetiva em transferir os grupos metil do que outros doadores de metil. Entretanto, tem maior importância quando se trata de regulação genética, pois a metilação do DNA o protege da degradação de endonucleases. Além disso, a metilação é também uma importante via de biotransformação de vários neurotransmissores, de maneira que sua insuficiência pode se associar a alterações de memória, por exemplo. O melhor e mais simples método para avaliação da capacidade de metilação é a dosagem de homocisteína sérica. A homocisteína é formada a partir da desmetilação da metionina e pode seguir duas vias: tornar-se cistationina por transulfuração e, posteriormente, cistationa ou ser remetilada e voltar a metionina. A remetilação da homocisteína pode ocorrer pela via da homociateína metiltransferase, cujos doadores de metil são a betaína, a serina, o triptofano e a histidina ou a via da metiltetra-hidrofolato redutase (MTHFR), sendo o folato o doador de metil e a vitamina B12 o cofator da reação. Diante do exposto, uma elevação de homocisteína plasmática representa uma dificuldade na metilação. A metilação é universal em todo o metabolismo, e os nutrientes com fator metil são alguns dos promotores primários da metilação saudável. As doenças crônicas relacionadas à metilação por insuficiências epigenéticas do ambiente são associados ao possível desenvolvimento e promoção de câncer (Ehrlich, 2002), às doenças intestinais inflamatórias, como a doença de Crohn (Karatzas et al., 2014), à função cognitivo, aos transtornos afetivos (Hing et al., 2014) e às doenças cardiovasculares (Delbridge, 2015). A associação de ácido fólico e ácido folínico parece ser a forma de reposição de ácido fólico mais eficiente para a ativação do folato. Esta dose de folato é superior ao limite superior tolerável (UL), sendo prescrita apenas por médicos.Deve-se priorizar a oferta de doadores de metil, bem como os co-autores, a partir da dieta rica em seus alimentos fontes. A suplementação deve ser utilizada como um suporte, quando necessários, e não como via principal de administração. Suplementos de suporte hepático à metilação: - Vitamina B12 → 60 a 200µg/dia. - Vitamina B6 → 60 a 100µg/dia - Ácido Fólico → 3mg/dia. - Ácido Folínico → 1mg/dia. - Betaína → 100 a 20 Vídeo: Metilação do DNA: https://www.youtube.com/watch?v=6pS0BiizwWg Processo de Acetilação Acetilação (ou na nomenclatura IUPAC, etanoilação) descreve uma reação que introduz um grupo funcional acetila em um composto orgânico. Além disso, é o processo de introdução de um grupo acetila (resultando em um grupo acetoxi) no composto, especificamente, a substituição de um grupo acetila por um átomo ativo de hidrogênio. Uma reação envolvendo a substituição do átomo de hidrogênio de um grupo hidroxila com um grupo acetila (CH3 CO) rende um específico éster, o acetato. Anidrido acético é comumente usados como um agente acetilante reagindo com grupos hidroxilas livres. A acetilação ocorre como uma modificação co-traducional e modificação pós-traducional de proteínas, por exemplo, histonas e tubulinas. As caudas N-terminal das histonas estão sujeitas a uma rica variedade de modificações por ligações covalentes pós-traducionais12,13. A descoberta dessas modificações aconteceu no início da década de 60, quando Alfrey et al. notaram a correlação entre a acetilação das histonas aumentada e o aumento da transcrição. Essas modificações afetam a função dos cromossomos através de dois mecanismos distintos. Primeiro: aproximadamente, todas as modificações alteram a carga eletrostática das histonas e isso, a princípio, pode mudar propriedades estruturais das histonas e ligantes do DNA26,27. Segundo: tais modificações podem criar, estabilizar, romper ou ocluir domínios de interação na cromatina para proteínas regulatórias, como fatores de transcrição, proteínas envolvidas na condensação da cromatina e reparo do DNA28,29. Assim, constituem a principal categoria de controle transcricional epigenético30. Algumas modificações estão associadas a genes ativos (acetilação) As caudas aminoterminais das histonas estão sujeitas a uma variedade de modificações pós-traducionais, como metilação, acetilação, fosforilação, entre outras, que regulam suas funções. Algumas modificações estão associadas a genes ativos, enquanto outras a genes silenciosos. Uma das modificações mais estudadas atualmente é a acetilação, que depende da atividade de duas famílias de enzimas, histonas acetiltransferases (HAT) e histonas desacetilases (HDAC). Alteração na Estrutura Gênica Na etapa de alteração da estrutura genica ocorrem modificações do DNA, como metilação e acetilação, que interferem na sua compactação. A Acetilação consiste na adição do grupo acetil nas histonas. A Acetilação de histonas de bases nitrogenadas no DNA influenciam sobre quais sequencias estão disponíveis ou não para transcrição, ou seja, para o processo de produção de proteínas. Na Acetilação, as enzimas acetiltransferase adicionam grupos acetil às proteínas histonas o que desestabiliza a estrutura do nucleossomo. Essa desestabilização permite que o DNA se separe das histonas e que as moléculas que participam do processo de transcrição tenham acesso ao DNA. A restauração da ligação do DNA às histonas ocorre quando a enzima desacetilase remove os grupos acetil das histonas. Glucuronidação A glucuronidação é um mecanismo importante para a formação de substratos solúveis em água a partir de xenobióticos, levando à sua eliminação do corpo por meio da bile ou da urina. Embora a glucuronidação seja convencionalmente pensada como uma reação do tipo fase II atuando sobre produtos hidroxilados gerados via mono oxigenação, a glucuronidação é freqüentemente a etapa inicial da biotransformação no metabolismo de muitos xenobióticos. Muitas drogas e produtos químicos ambientais como fenóis, naftóis, álcool, aminas e ácidos carboxílicos podem ser glucuronidados diretamente sem serem convertidos em um substrato pelas reações da fase I. As reações de glucuronidação são catalisadas por uma família de enzimas chamadas difosfato de uridina - glucuronosiltransferases (UGTs), que provavelmente evoluíram em resposta à necessidade de excretar compostos lipofílicos do corpo. O substrato endógeno glucuronidado que é mais estudado é a bilirrubina. A conjugação da bilirrubina com glucuronida é essencial para evitar que a bilirrubina não conjugada circule atravessando a barreira hematoencefálica e causando kernicterus e danos neurológicos irreversíveis. As glucuronidações de outros compostos endógenos (por exemplo, hormônios esteróides, ácidos biliares, hormônio da tireóide e serotonina) estão bem documentadas; no entanto, o significado fisiológico preciso dessas reações permanece mal definido. Muitos xenobióticos, incluindo drogas de quase todas as classes de agentes terapêuticos, são glucuronidados diretamente. Além disso, os seres humanos têm a capacidade de formar glucuronídeos únicos de várias aminas terciárias (por exemplo,ciclobenzaprina e tripelennamina) e a 6- O-glucuronida de morfina. A glucuronidação de muitas drogas no fígado humano também é estéreo e enantioseletiva. Ao contrário da maioria das enzimas conjugadoras da fase II, as UGTs são quase sempre encontradas em maior abundância no fígado. Evidências indiretas da multiplicidade de UGTs incluem diferenças no conteúdo de isoformas de UGT expressas em vários tecidos, indução diferencial de UGTs por xenobióticos, desenvolvimento ontogenético, e deficiências genéticas de UGTs em animais e humanos. Evidências diretas da heterogeneidade dos UGTs foram obtidas através da separação física dessas enzimas por purificação de proteínas e clonagem e expressão de diferentes formas de UGTs. A superfamília do gene UGT de mamíferos tem atualmente pelo menos 117 membros e pode ser dividida em quatro famílias: UGT1, UGT2, UGT3, e UGT8. A exposição de indivíduos a certos xenobióticos pode induzir formas específicas de UGT. Por exemplo, os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos induzem isoformas UGT1 e aumentam a glucuronidação dos compostos fenólicos. Os compostos do tipo fenobarbital aumentam a glucuronidação de compostos estruturalmente diversos, incluindo morfina, cloranfenicol, bilirrubina, testosterona, androsterona, fenobarbital, 3-metil-colanitreno, pregnenolona-16α-carbonitrila e bifenilos policlorados (PCBs). Via de regulação enzimática na glucuronidação Descreva as 03 fases do processo de Detoxificação A detoxificação é um processo pelo qual o corpo elimina as toxinas endógenas e as toxinas exógenas. Esse processo acontece em órgãos como o fígado, cerca de 60%, intestino responsável por 20%, e os rins, transformando as toxinas em substâncias hidrossolúveis, permitindo que sejam eliminadas pela urina, fezes e suor. Portanto, o fígado é considerado o principal órgão desintoxicante do corpo. O processo de detoxificação ocorre em três fases distintas, porém com um objetivo comum: a eliminação das toxinas do nosso organismo. Vejamos cada uma delas: Fase I ou Biotransformação É a primeira linha de defesa empregada no processo de desintoxicação, onde as toxinas serão transformadas em moléculas polares, através de reações de oxidação, redução e/ou de hidrólise. O resultado dessa transformação é chamado de metabólito. É nesta fase, que ocorre a oxidação de toxinas prejudiciais, a fim de decompô-las em metabólitos menos prejudiciais. Isso é necessário e resulta em radicais livres que podem causar muitos danos caso não sejam eliminados e permaneçam no fígado. Para que essa fase aconteça um grupo de enzimas da família Citocromo P450, também conhecida por enzimas de função mista oxidase (MFO) entra em ação. O principal papel do CYP450 é converter toxinas voláteis (intermediários reativos para moléculas solúveis em água não tóxicas) em substâncias menores destinadas a desintoxicação; neutralizar substâncias (como álcool e cafeína, e outras); tornar as toxinas solúveis em água para entrar na Fase 2, facilitando a excreção; e deixando a fase I totalmente dependente dessas enzimas. Qualquer variabilidade no número de enzimas CYP450, pode ter benefícios e/ou consequências na forma como um indivíduo responde aos efeitos das toxinas. Podemos encontrar, além das enzimas acima citadas, as seguintes enzimas: Flavinas monooxigenases (FMOs; responsáveis pela desintoxicação da nicotina da fumaça do cigarro); álcool e aldeído desidrogenases (que metabolizam o consumo de álcool); e monoamina oxidases (MAO; que quebram a serotonina, dopamina e epinefrina nos neurônios e são alvos de vários antidepressivos mais antigos) que também contribuem para o processo da fase I, atuando de forma mais acelerada que as CYPs. Glucuronidação da morfina pelo UGT2B7 em humanos. A reação ocorre nos dois grupos hidroxila nas posições 3 e 6 de morfina, e leva à formação de 3-, e 6-glucuronídeos que apresentam diferentes propriedades farmacológicas Fatores que contribuem para a ativação adequada da CYP450 Para ativação dessas enzimas é necessária uma ação mediada através de complexos enzimáticos que utilizam diversos nutrientes como cofatores (selênio, zinco, manganês e ferro); fontes de proteína de alta qualidade (são essenciais e uma quantidade insuficiente pode prejudicar a atividade da CYP450); quantidades adequadas de vitaminas do complexo B; além de vitamina E, C e vários carotenoides. Todos agem como antioxidantes, que atuam combatendo os radicais livres produzidos na fase I, transformando- os em moléculas inofensivas, mantendo o equilíbrio entre as fases I e II necessárias para a desintoxicação hepática. Os substratos das enzimas do CYP450 O resultado da ação dessas enzimas são os substratos ou metabólitos abaixo, que se permanecerem por muito tempo no fígado, podem se transformar em substancias prejudicais, causando toxidade celular e até danos ao DNA. São exemplos: Teofilina, Cafeína, fenacetina, paracetamol, Lidocaína, Eritromicina, ciclosporina, cetoconazol, testosterona, estradiol, cortisona, Alprenolol, Bopindolol, carvedilol, metoprolol, propranolol, Amitriptilina, Clomipramina, desipramina, nortriptilina, Codeína, dextrometh- órfão, etilmorfina, 4- metoxi-anfetamina, Fenitoína, Ibuprofeno, naproxeno, drogas oxicam, S-varfarina, Diazepam, Hexobarbitona, imipramina, omeprazol, álcool, clorzoxazona, enflurano. Fatores que inibem a ativação da CYP450 Além de fatores genéticos (Polimorfismos genéticos), os medicamentos (como os antiácidos, anti- histamínicos, AINES) têm o potencial de bloquear as vias de desintoxicação da fase I. O que pode ocasionar um desequilíbrio entre as fases I e II, resultando em toxinas armazenadas, que podem recircular no corpo e contribuir para condições adversas de saúde; favorecendo alguns cânceres, pois enzimas dessa família (CYP1A / CYP1A2) estão envolvidas no metabolismo de procarcinógenos, hormônios e produtos farmacêuticos, além de exercer papel na bioativação carcinogênica. Quando o polimorfismo é apresentado nas enzimas da grande família CYP2, o indivíduo apresentará fraca metabolização de vários produtos farmacêuticos, xenobióticos, hormônios, cetonas, glicerol e ácidos graxos, bem como estar associado à doença de Parkinson. Alimentos como o chá verde, chá preto e quercetina são inibidores da CYP3A. Enzimas dessa família (CYP3A4) exercem potencial de interação medicamentosa (50%, devido ao seu papel no metabolismo de produtos farmacêuticos), exercendo um nível de risco na administração de altas doses e múltiplas drogas. No entanto, o inibidor alimentar mais citado dessa enzima, é o suco de toranja, diminuindo em até 30% a atividade enzimática. Fase II ou conjugação É a fase responsável por garantir que as toxinas liberadas da fase I não se acumulem, fornecendo a neutralização final das toxinas para que possam ser removidas pelo organismo. Também chamada de conjugação, pois pega os produtos da fase I e os liga com as substâncias da fase II (conjugados) para torná- lo menos prejudicial e mais solúvel em água, facilitando a excreção. Isso porque os metabólitos reativos ainda são inadequados para eliminação imediata pelas células, já que as reações da fase I não são suficientes para tornar as toxinas solúveis em água o suficiente para completar toda a via de excreção; também porque, em muitos casos, os metabólitos da reação da fase I foram mais reativos que as toxinas originais, tornando-os potencialmente mais destrutivas do que eram antes. A conjugação acontece de forma mais lenta que o processo mediado na fase I, envolve a transferência de vários compostos hidrofílicos através de suas enzimas como: a glutationa transferase, sulfotransferases, glucuronil transferases,aminoácidos transferases,N-acetil transferases e N- e O- metiltransferases. Essa fase resulta no aumento da hidrofilicidade do substrato, gerando uma maior excreção pela bile ou urina. A ativação dessas enzimas da fase II é responsável pelas propriedades anti-mutagênicas e anti- carcinogênicas dos sistemas de desintoxicação metabólica, visto que desempenham um papel protetor contra a carcinogênese química, especialmente durante a fase de iniciação dos cânceres. Nesta fase, algumas vias são utilizadas para aumentar a hidrofilicidade das toxinas, facilitando o processo de excreção dessas substâncias. Que são: • glucuronidação - ajuda a desintoxicar muitos medicamentos prescritos e, em certa medida, os hormônios reprodutivos e adrenais, tornando-os mais solúveis em água; • acetilação - liga a acetil co-A às toxinas para torná-las muito menos prejudiciais e fáceis de excretar; • conjugação de aminoácidos - ajuda o corpo a se livrar de muitos produtos químicos tóxicos, chamados xenobióticos, do meio ambiente; • sulfatação - é a principal via de desintoxicação do fígado que neutraliza o hormônio do estresse cortisol, além de muitas toxinas ambientais, aditivos alimentares, produtos microbianos e alguns medicamentos comumente prescritos; • conjugação de glutationa - ajuda a desintoxicar e eliminar venenos no fígado, pulmões, intestinos e rins. A glutationa é um dos antioxidantes e anti-cancerígenos mais importantes do corpo. Sua síntese requer quantidades adequadas dos aminoácidos cisteína, ácido glutâmico e glicina) são usadas para a excreção dos metabólitos. A glutationa (L-γ-glutamil-L-cisteinil-glicina) é o mais abundante tiol em todos os tecidos animais e o principal tiol não-proteína envolvido na defesa antioxidante celular; • sulfoxidação - transforma moléculas tóxicas de sulfito em sulfato com a ajuda do mineral molibdênio. Esta é a última parte do processo de metilação. Os sulfitos são compostos que são adicionados a alguns alimentos para preservar a frescura. Vias de ativação das enzimas da fase II • Nrf2: uma proteína chamada fator nuclear derivado de eritróide 2 (reside no citoplasma da célula em um estado inativo) que controla a produção da maioria das enzimas da fase II, é o regulador principal da resposta antioxidante. O Nrf2 ativa os genes de muitas proteínas antioxidantes, incluindo as enzimas da fase II, saindo do seu estado inativo atuando no núcleo celular, após detectar um estresse oxidativo ou a presença de toxinas na célula, permitindo que a célula monte uma resposta apropriada. O Nrf2 também participa da síntese e ativação de importantes moléculas de desintoxicação, incluindo glutationa e superóxido dismutase (SOD), além de se destacar no início da desintoxicação de metais pesados e na reciclagem de CoQ10, um potente antioxidante. A via de sinalização Nrf2 pode aumentar a produção de GSTs , NQO1 , UGTs e SULTs, atuando no sistema de defesa oxidante do corpo, principalmente quando o corpo está sob estresse devido a um aumento da carga tóxica; • UGTs: As enzimas UDP-glucuronosiltransferase (UGT abreviada) facilitam uma reação de glucuronidação utilizadas para inativar e eliminar principalmente: bilirrubina (da decomposição de glóbulos vermelhos antigos), retinóides (componentes da vitamina A), estrogênios e testosterona, BPA e BPS, cortisol, certos ácidos graxos (DHA, ácido oleico, ácido linoleico), muitos medicamentos (inclusive o Tylenol), certos pesticidas e hidrocoarbonetos aromáticos policíclicos HAP- cancerígenos). As variantes dessas enzimas podem aumentar ou diminuir a capacidade do corpo de desintoxicar substâncias através da glucuronidação; • GSTs: as enzimas glutationa S-transferases adicionam glutationa às toxinas para desintoxicá-las. Os GSTs são encontrados no fígado, intestinos e em vários outros locais do corpo; e são responsáveis pela desintoxicação de um grande número de pesticidas, herbicidas, agentes cancerígenos e quimioterápicos. O polimorfismo no gene GSTA1 e fatores ambientais diminuem sua função; • NATs (N-acetiltransferase): é uma enzima de desintoxicação de fase II que ajuda a metabolizar aminas aromáticas, drogas, fumaça de cigarro e agentes cancerígenos num processo chamado acetilação. De acordo com as variantes genéticas, uma pessoa pode ser classificada em: acetilador lento (pessoas caucasianas); intermediário (pessoas caucasianas); ou rápido (tipo ancestral, comum nas populações asiáticas e africanas). A variante NAT1 metaboliza o ácido p-aminobenzóico (PABA, encontrado em filtros solares) e o ácido p-aminosalicílico (PAS, usado em antibiótico para tuberculose), assim como decompõe os componentes da fumaça do cigarro e das aminas aromáticas heterocíclicas (exalada por carnes e frutos do mar grelhados em altas temperaturas). O NAT1 também está envolvido no metabolismo do folato, que pode ser uma co-enzima para a hidrólise do NAT1 da acetil-coenzima A, e tem sido associada a lábio leporino (principalmente se a mãe fuma) e a espinha bífida. • NQO1: (código para a enzima NAD (P) H: quinona oxidoredutase): usa NADH ou NADPH para reduzir quinonas a hidroquinonas. Age codificando uma enzima que decompõe quinonas, benzeno e alguns medicamentos quimioterápicos. Atua como um agente redutor, o que é importante na capacidade do organismo de facilitar a eliminação de certas substâncias; participa na defesa celular contra o estresse oxidativo; bem como na conversão de CoQ10 e na conversão da vitamina K. Polimorfismo em suas variantes podem levar a câncer de pulmão (fumantes) e a doença de Parkinson. Fase III ou Excreção: A fase III é a responsável pela eliminação de toxinas e produtos metabólicos das células. Os transportadores da Fase III são necessários para excretar os novos produtos formados da fase II para fora da célula. Eles estão presentes em tecidos como fígado, intestinos, rins e cérebro, onde podem fornecer uma barreira contra a entrada de xenobióticos ou um mecanismo para mover ativamente xenobióticos e endobióticos (dentro e fora das células). Os transportadores da fase III pertencem a uma família de proteínas denominadas transportadores ABC (ATP binding cassette), que abrangem proteínas transmembrana, que utiliza a energia resultante da hidrólise de ATP, para transportar uma variedade de moléculas. As MRPs (multidrug resistence associated protein) são conhecidas por serem quimioresistentes porque células cancerígenas as utilizam como proteção aos quimioterápicos. A atividade antiporter é um fator importante no metabolismo de primeira passagem dos xenobióticos, diminuindo assim a concentração intracelular de xenobióticos e reduzindo a carga total de toxinas no fígado e é realizada pela glicoproteína-P (Pgp). No fígado, os transportadores da fase III movem os conjugados glutationa, sulfato e glucuronídeo das células para a bílis para eliminação. A glicoproteína-P é um transportador de efluxo e trabalha com substâncias específicas, assim como as enzimas da fase I e II. Podem ser induzidos, aumentando a atividade dos transportadores; ou ser inibidos, causando níveis mais altos de substrato. É amplamente distribuída e expressa no epitélio intestinal, onde bombeia os xenobióticos de volta ao lúmen intestinal; nas células hepáticas, onde bombeia toxinas para os ductos biliares; nas células do túbulo proximal do rim, onde as transporta para dutos condutores de urina e nas células endoteliais capilares, que compõem a barreira hematoencefálica barreira testicular, onde as bombeia de volta para os capilares. No intestino delgado, a atividade antiporter é encontrada nas pontas das vilosidades, direcionando os xenobióticos não metabolizados para fora das células, uma vez que retornar ao lúmen intestinal pode reduzir a carga total naFase I e permitir maior eficiência de desintoxicação xenobiótica. Para uma funcionalidade eficaz do processo, a integridade do TGI é essencial. Nesta fase, os conjugados da fase dois, que agora são solúveis em água e foram reduzidos em toxicidade, estão prontos para serem removidos do corpo. Quando isso não ocorre adequadamente, o corpo logo sinaliza com sinais e sintomas como: constipação, insônia, irritabilidade, sensibilidade alimentares, ansiedade, desequilíbrios eletrolíticos, crises autoimunes, confusão mental, e outros. Vários estudos relatam e ressaltam a importância de uma dieta rica em nutrientes e livres de agrotóxicos. Fatores antioxidantes presentes em diversos alimentos são capazes de modular a atividade enzimática envolvida no processo de detoxificação, tornando-o potencialmente eficiente. Acredita-se também que para isso ocorrer, o indivíduo precisa estar ainda em equilíbrio (corpo e mente), visto que as emoções interferem negativamente nos processos acima descritos! Alice comenta: observem a figura acima e quantos nutrientes são necessários para que o processo de detox ocorra. Uma pessoa com baixa ingestão de alimentos saudáveis e alto consumo de comida processada e cheia de xenobioticos terá dificuldade em realizar um processo de detox adequado. Vídeos explicativos: DETOXIFICAÇÃO: o que é e como potencializar com a alimentação?, Rita Castro: https://www.youtube.com/watch?v=A5wwgDNH_ng The Secret To Metabolic Detox: Nutritional Support & Phases: https://www.youtube.com/watch?v=RnKZOo4z5fg&feature=youtu.be Alguns sintomas e sinais que o corpo dar quando o processo de detoxificaçao não ocorre eficientemente. Enzima Catalase e suas funções (quais os nutrientes necessários para a sua formação?) A enzima catalase (CAT) é a enzima que se encarrega de fazer a conversão de altas concentrações de H2O2 em água e oxigênio. Quando o peróxido de hidrogênio está presente em baixas concentrações (condições fisiológicas normais), entretanto, a glutationa peroxidase é que se encarrega de transformá-la em água. A enzima catalase tem peso molecular de 240.000 e, quando purificada, apresenta quatro subunidades, cada uma contendo um grupamento (Fe III – protoporfirina), ligado ao seu sítio ativo. Essa enzima também age por meio de mecanismos de prevenção, impedindo e/ou controlando a formação de radicais livres e espécies não-radicais, envolvidos com a iniciação das reações em cadeia que culminam com propagação e amplificação do processo e, consequentemente, com a ocorrência de danos oxidativos. A catalase evita o acúmulo de metahemoglobina e decompõe o peróxido de hidrogênio, um produto tóxico do metabolismo, em água e oxigênio molecular. Além de seu papel como espécie reativa de oxigênio, e, portanto, causador de estresse oxidativo, o H2O2 em excesso causa oxidação da hemoglobina e, conseqüentemente, diminuição das concentrações de oxigênio, o que pode acarretar infecções, formação de úlceras e até necrose. A enzima CAT age com o propósito de impedir o acúmulo de peróxido de hidrogênio. Tal ação integrada é de grande importância, uma vez que essa espécie reativa, por meio das reações de Fenton e Haber-Weiss, mediante a participação dos metais ferro e cobre, culmina na geração do radical OH, contra o qual não há sistema enzimático de defesa. A atividade da enzima CAT muitas vezes depende da participação de cofatores enzimáticos, especialmente antioxidantes de origem dietética. A enzima catalase está presente na maioria das células aeróbicas, sendo que em animais se encontra principalmente no fígado, rins e eritrócitos. Órgãos como cérebro, coração e músculo esquelético contém, no entanto, pequenas quantidades da enzima. Os nutrientes mais importantes coadjuvantes da catalase são o ferro e os tocoferóis (vitamina E), que se acham distribuidos na membrana celular, na fase hidrofóbica. Enzima Glutationa Peroxidase e suas funções (e quais os nutrientes necessários para a sua formação) Define-se como radical livre um elemento que possui um ou mais elétrons desemparelhado, sendo conhecido como elemento oxidado. O elétron livre, que caracteriza o radical livre, pode ocorrer em um átomo de hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, carbono, enxofre ou átomos de metais de transição. Na natureza existem duas importantes substâncias que podem gerar radicais livres, o oxigênio no estado fundamental (O2) e o óxido nítrico (NO), que ocorre como poluente atmosférico, mas que também é sintetizado em diversas células (Neto, 2010). Para combater os radicais livre existem substâncias que são conhecidas como antioxidantes. “São quaisquer substâncias que, quando presente em baixa concentração comparada a do substrato oxidável (radicais livres) regenera o substrato ou previne significativamente a oxidação do mesmo” (Halliwell B.Gutteridge JM. 1995) No nosso organismo o processo de controle dos radicais livres é conhecido como detoxificação. Esse processo pode ocorrer em duas fases, sendo que a fase 1 ocorre a atuação do citocromo P450 e a fase 2 é conhecida como fase da conjugação. Essa fase da conjugação consiste em unir duas estruturas para facilitar a eliminação desse composto tóxico. A principal via de desintoxicação da fase 2 é a conjugação da glutationa. Além de seu papel na conjugação, a glutationa (GSH) é um antioxidante hepático significativo. Se a GSH estiver esgotada pelos subprodutos oxidativos da fase 1, a atividade da fase 2 dependente da glutationa é inibida. Foi sugerido que a depleção de GSH representa um importante fator contribuinte para danos oxidativos no fígado e maior morbidade relacionada à função hipo-hepática (Kidd, 1997). Os alimentos da família brassica (repolho, brócolis, couve de Bruxelas) são indutores desse caminho. O broto de brócolis, em particular, é um potente indutores da fase 2. Além disso, o selênio (mineral presente na castanha do Brasil) e a Vitamina C (presente nas frutas cítricas) são nutrientes que ajudam a garantir que o organismo produza altos níveis de glutationa nas células. As melhores fontes vegetais incluem abacate, cebola, alho, açafrão, espinafre e vegetais crucífero (Disponível em: www.fxmedicine.com.au) Um dos principais compostos antioxidantes do nosso corpo é a glutationa (GSH). A GSH possui papel central na biotransformação e eliminação de xenobióticos e na defesa das células contra o estresse oxidativo. A GSH é conhecida como um dos antioxidantes naturais mais benéficos para a saúde e é o mais abundante em nosso organismo. É constituído de três aminoácidos não-essenciais, ou seja, que o próprio organismo consegue produzir. Esses são: cisteína, glicina e ácido glutâmico. Está presente na maioria das células do corpo, sendo mais abundante no fígado, onde é sintetizada (Huber et al, 2008). A GSH é uma molécula que intervêm em diversos processos, como antioxidante e destoxificante, no transporte de aminoácidos, síntese de proteínas e ácidos nucleicos, manutenção da forma ativa de certas enzimas, proteção do organismo contra a exposição a radiações solares e, estudos recentes apontam para uma participação importante da GSH na regulação da morte celular. A GSH participa em inúmeros processos metabólicos no organismo. O conteúdo de glutationa no organismo é um forte indicador do respectivo estado fisiológico onde a sua depleção pode ocasionar danos celulares irreversíveis (Júnior et al., 2001) A maioria das reações da GSH envolvem o grupo sulfidrila (R-SH), que é altamente polarizável, tornando- o um bom nucleófilo (espécie química que doa um par de elétrons para formar uma ligação química em uma reação química) para reações com compostos químicos eletrofílicos. Esta habilidade de doar elétrons a outros compostos tambémfaz da glutationa um bom redutor. Para que a atividade protetora da glutationa de redução de espécies oxidantes e consequente oxidação da GSH à glutationa dissulfeto (GSSG) seja mantida, é necessário passar por um ciclo catalítico que envolve a atividade três grupos de enzimas: a glutationa oxidase (GO), a glutationa peroxidase (GSH-Px) e a glutationa redutase (GR). As duas primeiras enzimas, GO e GSH-Px, catalisam a oxidação de GSH à GSSG e a última, GR, é responsável pela regeneração de GSH, a partir de GSSG, na presença de NADPH. (Huber et al, 2008). A Glutationa peroxidase (GSH-Px), é uma enzima que foi descrita inicialmente em 1957 por Mills, sendo encontradas em muitos tecidos de origem animal. A atividade enzimática de GSH-Px é um dos meios de controle do organismo dos níveis de peróxido de hidrogênio (H2O2) e hidroperóxidos lipídicos. A enzima GSH-Px possui uma característica importante, apresentando um resíduo de cisteína contendo selênio covalentemente ligado ao restante da enzima. O selênio foi caracterizado como um componente essencial da enzima em 1973 e a forma do selênio na enzima, presente 1978 como uma selenocisteína. A deficiência de selênio no organismo, um nutriente essencial, apresenta uma diminuição na atividade desta enzima em sua forma reduzida, e tem sido associada com alterações no metabolismo celular (Júnior et al., 2001). Existem pelo menos quatro tipos de GSH-Px. O tipo mais comum é a GSH-Px citoplasmática, a “clássica”, também chamada de cGSH-Px ou GSH-Px1. O plasma de mamíferos contém baixos níveis de um outro tipo, a pGSH-Px ou GSH-Px3, que é uma glicoproteína. Ela também é encontrada em outros fluídos extracelulares, como leite, líquido seminal, humor aquoso do olho e no líquido que reveste o pulmão e é originada principalmente nos rins. A GSH-Px2 é encontrada nas células epiteliais do trato gastrointestinal e também pode ser chamada de GI-GPx. Ela deve servir para metabolizar peróxidos de lipídeos ingeridos ou gerados pela peroxidação lipídica no próprio intestino. O fígado humano contém GSH-Px2, assim como GSH-Px1 e GSH-Px4. Essa última é uma glutationa peroxidase de hidroperóxido fosfolipídico, ou PHGPx. Ela tem a incrível habilidade de reduzir não só H2O2 e peróxidos orgânicos sintéticos, mas também ácidos graxos e hidroperóxidos de colesterol esterificados. Assim, ela pode agir sobre resíduos de ácidos graxos peroxidados dentro de membranas e lipoproteínas, reduzindo-os a álcool. Ela é menos específica para GSH que as outras e pode reduzir também hidroperóxido de timina, um produto do ataque de radicais livres ao DNA. (Disponível em: www.ufrgs.br/leo/eosb/glutationap.htm) Enzima Glutationa Redutase e suas funções (quais os nutrientes necessários para a sua formação?) A glutationa é uma molécula formada por três aminoácidos: cisteína, glicina e ácido glutâmico e está presente na maioria das células do organismo, nos meios intracelular e extracelular, atuando em diversos processos, sendo a deficiência considerada um dos principais fatores que causam envelhecimento celular e redução da expectativa de vida. Ela atua na eliminação de toxinas, no transporte de aminoácidos, na síntese de proteínas e na proteção do organismo contra radiações solares. Além disso, atua na proteção das células contra substâncias cancerígenas e participa do combate aos sinais de envelhecimento. A glutationa é o principal agente antioxidante endógeno e pode participar da neutralização direta de radicais livres e espécies reativas de oxigênio e na manutenção de antioxidantes exógenos em suas formas reduzidas (ou seja, ativas), como as vitaminas C e E. O estresse oxidativo é gerado pela prática de atividades físicas intensas, poluição, ingestão de alimentos com aditivos químicos, estresse e a exposição ao cigarro e álcool que, além do processo de envelhecimento e algumas doenças, pode reduzir sensivelmente o nível de glutationa no organismo. Para manter níveis adequados de glutationa é necessária a ingestão de alimentos ricos em cisteína, glicina e glutamina, como o leite, o feijão, o repolho, o espinafre, a salsa, as oleaginosas, cebola roxa e a proteína isolada do leite, que também contém precursores da glutationa. Também é necessário um equilíbrio de vitaminas e minerais no organismo, mas caso não seja possível obter estes nutrientes através da dieta, a suplementação pode ser utilizada. A glutationa, na sua forma reduzida (GSH), protege as células através da remoção de metabolitos reativos pela sua conjugação com as formas reativas. O GSH é o tiol não proteico mais prevalente nas células animais e tem um papel importante no armazenamento e transporte de cisteína, na defesa celular contra radicais livres, peróxidos e xenobióticos, atuando em conjunto com as enzimas glutationa peroxidase (GPx) e glutationa-S-transferase (GST). Além destas funções, a GSH também participa na modulação da transdução de sinal, regulação da proliferação celular, regulação da resposta imune, metabolismo de leucotrienos e prostaglandinas, entre outras. Pode-se encontrar glutationa reduzida ou oxidada - glutationa dissulfeto (GSSG). A razão GSH/GSSG é normalmente utilizada para estimar o estado de oxirredução dos sistemas biológicos. Em situações normais, a GSSG representa apenas uma pequena fração da glutationa total. Ao se tornar reativa, a glutationa rapidamente se liga a outra glutationa reativa e forma a glutationa oxidada, mas pode ser reduzida novamente por ação da enzima glutationa redutase (GSR). A NADPH reduz a FAD presente na GSR para produzir um ânion FADH, que rapidamente quebra a ligação dissulfeto entre as duas moléculas de glutationa. Desta forma, para cada grupo GSSG e NADPH, obtêm-se duas moléculas de glutationa reduzida, que recuperam suas funções de antioxidante. A glutationa, também, é importante na regulação do ciclo do ácido nítrico, que é fundamental para a vida, apesar de poder ser prejudicial se mal regulado. Ela também é utilizada na síntese e reparo de DNA, síntese proteica, transporte de aminoácidos, ativação de enzimas. O organismo pode ser afetado pelo estado da glutationa, especialmente os sistemas imune, nervoso, gastrointestinal e os pulmões. Enzima Glutationa transferase e suas funções (quais os nutrientes necessários para a sua formação?) As glutationa transferases (GSTs) abrangem uma família de enzimas, que catalisam o ataque nucleofílico da forma reduzida da glutationa a compostos que apresentam um carbono, um nitrogênio ou um átomo de enxofre eletrofílico. Normalmente GSTs são encontradas no meio biológico, como heterodímeros ou homo, com sítios ativos por dímero, quais as atividades acontecem de forma independentes. Envolvidas na detoxificação celular de compostos eletrofílicos, a Glutationa Transferase (GST) é o principal grupo de proteínas solúveis do fígado, é gerada intracelularmente ou encontrada na forma de xenobióticos. Possui importante ação detoxificante, protegendo contra o estresse oxidativo, câncer e outras doenças degenerativas, como as associadas ao envelhecimento (BABBITT, 2000). GSTs é uma importante estratégia de defesa da célula contra xenobióticos. Os xenobióticos são reconhecidos por transportadores específicos e conduzidos para o meio intercelular, onde são desagregados pela ação das enzimas γ-glutamil transpeptidase (γGT) e dipeptidases que encontram se na parte externa da membrana celular. A Glutationa transferase faz parte de uma classe de enzimas especializadas que formam os S-conjugados, e estes por sua vez, contam com a Glutationa Tranferase para proteger o DNA contra a apoptose induzida, inviabilizando a ação do estresse oxidativo. É uma enzima capaz de promover a associação de glutationa(GSH), com metabólitos potencialmente perigosos para os seres vivos, permitindo a excreção destas substâncias nocivas à saúde. As enzimas GSTs fazem parte de um mecanismo de defesa adaptado, e que a eficiência deste sistema ocorre por meio da combinação de outras enzimas, como a γ-glutamilcisteína sintase (γGluCysS) e a glutationa sintase, para fornecer glutationa e transportadores, facilitando a extinção dos conjugados de GSH, além de ter participação nas etapas do catabolismo de aminoácidos, como tirosina e fenilalanina. Nutrientes como o selênio, que é um mineral encontrado na castanha do Pará e a Vitamina C, presente nas frutas cítricas, colaboram para que o organismo produza altos níveis de glutationa nas células. Enzima superóxido dismutase e suas funções (quais os nutrientes necessários para a sua formação?) A superóxido dismutase (SOD) é juntamente com a glutationa, a segunda grande classe de enzimas antioxidantes produzidas no organismo. Antioxidante natural. Funções: tem a capacidade de proteger os tecidos e as células contra um radical livre particularmente perigoso, que é o ponto de partida da cadeia de produção dos radicais livres. É extremamente importante devido ao efeito antioxidante, ajuda a prevenir o envelhecimento e morte celular, resultado da exposição ao oxigênio da nossa atmosfera.A SOD converte-o numa entidade menos ativa e menos agressiva, o peróxido de hidrogénio, que é depois rapidamente catabolizado em água. Sobre/estrutura: sendo uma metaloproteína ela possui na sua contituição iões metálicos que lhe vão permitir efectuar as suas funções – no caso da SOD os metais que pode ter são: cobre e zinco; níquel; ferro; manganês. Se estiver com baixa ingestão dos minerais, consequentemente se tiver um predomínio dos radicais livres, você está em estresse oxidativo. Por isso a importância do superoxido dismutase, prevenção de doenças. Esta enzima existe em quase todos os organismos vivos, havendo raríssimas exceções (como no caso do Lactobacillus plantarum, que usa um mecanismo diferente) em que isso não acontece. Em humanos existem três formas de superóxido dismutase: • SOD1 (cobre e zinco) encontra-se no citoplasma; • SOD2 (manganês) nas mitocôndrias; • SOD3 (cobre e zinco) no meio extracelular. Enzima Monoaminaoxidase Na fase 1 do processo de detoxificação (Biotransformação), encontram-se as reações de oxidação, redução e hidrólise. Dentre as de oxidação, ocorrem as reações não microssomais, ou seja, que acontecem na fracção mitocondrial e citosólica. Essas reações são catabolizadas por um grupo de enzimas oxidativas: a monoamina oxidase (MAO) e a diamino oxidase (DAO), que desaminam oxidativamente aminas e aldeídos. A MAO está localizada na membrana mitocondrial externa e se encontra no fígado e outros órgãos como os rins, intestino e sistema nervoso central. É um tipo de amina oxidase, classificado como amina oxidase dependente, pois contem como cofator o grupo protético dinucleotídeo adenina-flavina (FAD). Função Monoaminas são substâncias bioquímicas derivadas de aminoácidos através do processo de descarboxilação. As principais são: as catecolaminas (dopamina, norepinefrina, epinefrina); as originadas da tirosina; a serotonina advinda da triptamina; e a histamina, que vem da histidina. Como muitas monoaminas tem função biológica, é importante que suas concentrações no ambiente extracelular e intracelular sejam controladas. A função da MAO é degradar essas monoaminas evitando assim que se acumulem (no caso de monoaminas endógenas) ou que gerem efeitos indesejáveis (no caso de monoaminas exógenas). Assim, seu papel inclui a regulação dos níveis de aminas biogênicas e xenobióticas no cérebro e em tecidos periféricos. O processo pelo qual a MAO degrada monoaminas é conhecido por desaminação oxidativa, em que o aminoácido libera o seu grupo amina na forma de amônia e se transforma em um cetoácido correspondente, gerando como produtos aldeídos e íon amônio. Substratos e Degradação As monoaminas endógenas são os neurotransmissores e/ou hormônios dopamina, serotonina, noradrenalina e adrenalina. A sua degradação se dá pela MAO e também pela COMT (catecol-O-metil transferase), no caso das catecolaminas, e pela aldeído desidrogenase, no caso da serotonina. As monoaminas exógenas ou biogênicas são as presentes em alguns alimentos e bebidas (aminas-traço), tal como a tiramina (abacate, abacaxi, carnes curadas, queijos duros, alimentos fermentados, chocolate, favas); a histamina (álcool, queijos envelhecidos, alimentos enlatados, em conserva e fermentados, produtos defumados, leguminosas, refeições preparadas); a putrescina (alface, laranja, tomate, banana, batata frita ou cozida); e a cadaverina (carnes). As aminas xenobióticas, incluindo drogas, também são substratos e/ou inibidores da MAO, como a neurotoxina 1-metil-4-fenil-1,2,3,6 tetra-hidropiridina (MPTP). Mecanismo de ação O mecanismo de ação da MAO é o seguinte: o grupo FAD da enzima oxida o substrato reduzindo-se; o oxigénio derivado da água é incorporado no substrato formando um aldeído; o fator FADH2 oxida-se novamente formando peróxido de hidrogénio. Tipos Existem duas isoformas da MAO: as monoamina oxidases A e B (MAO A e MAO B); que são proteínas externas da membrana mitocondrial; se distinguem quanto à especificidade e à inibição aos substratos; e que catalisam a oxidação de aminas primárias, secundárias e terciárias, incluindo vários neurotransmissores, às aminas correspondentes. Os produtos oxidados são hidrolisados não enzimaticamente nos respectivos aldeídos ou cetonas. Os genes que codificam as duas enzimas se encontram no braço curto do cromossoma X um após o outro e possuem aproximadamente 70% de homologia. Ambas contêm como cofator o FAD covalentemente ligado a uma enzima cisteína via 8α-metileno do anel isoaloxazina. A MAO A se caracteriza por ter preferência pelo substrato 5-hidroxitriptamina (serotonina); metaboliza serotonina, noradrenalina e dopamina; e normalmente é encontrada no sistema nervoso, fígado, trato gastrointestinal e na placenta. Já a MAO B oxida preferencialmente benzilamina, dopamina e feniletilamina e metaboliza lentamente noradrenalina e serotonina; e é normalmente encontrada no sistema nervoso e nas plaquetas. Tanto a MAO A como a MAO B são encontradas em neurônios e astrócitos do sistema nervoso. MAO e a saúde Níveis aumentados ou diminuídos de atividade da MAO em indivíduos estão relacionados a alguns distúrbios neuropsiquiátricos, como: fobias, depressão, distúrbio de déficit de atenção, abuso de drogas e comportamento violento. Uma atividade anormal da MAO-B está relacionada a várias desordens neurológicas, como depressão e doença de Alzheimer e de Parkinson, enquanto que a isoforma MAO-A parece estar associada com condições psiquiátricas como depressão e ansiedade. Portanto, existem três classes de medicamentos cujo mecanismo de ação se baseia na interação com a MAO: os inibidores da MAO (IMAOs), que atuam bloqueando irreversivelmente os dois subtipos; os inibidores seletivos da MAO-A (RIMA), que bloqueiam de forma reversível o tipo A - as duas classes têm utilidade como antidepressivos; e os inibidores seletivos da MAO-B, utilizados como anti-Parkinson. Assim sendo, a redução dos níveis de atividade dessas enzimas resultaria num aumento nas concentrações de neurotransmissores no cérebro, cujo declínio está intimamente ligado ao processo de envelhecimento, além de uma redução na produção de peróxido de hidrogênio, subproduto da reação catalisada por MAO. Em contrapartida, os usuários desses medicamentos devem estar atentos ao consumo de produtos contendo grande quantidade de aminas exógenas, já que a atividadeda mono e da diamina oxidase, as enzimas responsáveis pela detoxificação do organismo, encontram-se reduzidas, o que pode gerar quadros toxicológicos graves. Deve-se ter uma maior atenção no caso específico da ingesta de alimentos ricos em tiramina, que é estruturalmente similar as monoaminas endógenas e pode mimetizar o papel dessas, levando geralmente a efeitos cardiovasculares indesejáveis como taquicardia e vasoconstrição. Normalmente isso não ocorre porque a MAO-A esta amplamente distribuída nos órgãos do sistema digestório e degrada essas monoaminas antes que elas possam atingir a circulação sistêmica e prejudicar o organismo. Metabolismo da cafeína e as enzimas responsáveis por este processo A cafeína é quase completamente metabolizada, com 3% ou menos sendo excretada inalterada na urina. A principal via de metabolismo em seres humanos (70–80%) é através da desmetilação de N -3 para paraxantina, também conhecida como 1,7-dimetilxantina ou 17X. Essa reação é realizada pelo CYP1A2 no fígado. Experimentos com microssomas hepáticos humanos estimam que a desmetilação da 1- N em teobromina é responsável por aproximadamente 7 a 8% do metabolismo da cafeína com a desmetilação de 7- N em teofilina também em torno de 7 a 8%. Os 15% restantes de cafeína sofrem hidroxilação em C- 8 para formar ácido 1,3,7-trimetilúrico. O CYP1A2 é responsável por mais de 95% do metabolismo primário da cafeína. Portanto, a cafeína é usada como uma sonda para a atividade da CYP1A2, com as proporções relativas de metabólitos urinários usadas como um indicador do fluxo através de diferentes partes do caminho. Além da paraxantina, os principais metabólitos da cafeína na urina são 1-metilxantina (1X), ácido 1-metilúrico (1U), 5-acetilamino-6- formilamino-3-metiluracil (AFMU), ácido 1,7-dimetilúrico ( 17U). Estes são formados pelo metabolismo secundário da paraxantina pelo CYP1A2, CYP2A6, NAT2 e XDH (também conhecido como xantina oxidase ou XO). Estudos in vitro em linhas celulares mostram envolvimento do CYP2E1 na formação de teobromina e teofilina, enquanto estudos de proteínas recombinantes em microssomas não apoiam isso, mas sugerem que ele contribui para a formação de ácido 1,3,7-trimetilúrico. Experiências de microssomas mostraram que CYP2C8, CYP2C9 e CYP3A4 também participam do metabolismo primário da cafeína. A cafeína tem uma meia-vida de 4 a 6 horas, que pode ser prolongada em pacientes com doenças hepáticas, lactentes e neonatos (até 100 h) ou durante a gravidez. O tabagismo aumenta a depuração da cafeína devido às suas ações no CYP1A2. Com o avanço da nutrigenômica já sabemos que pode haver polimorfismos de enzimas do metabolismo da cafeína que faz com que a pessoa possa metabolizar mais rapidamente ou lentamente a cafeína. São alterações nas expressões de enzima que podem alterar o metabolismo de uma droga ou de algum composto bioativo. Então a cafeína é prejudicial para os indivíduos que tem esses polimorfismos? O indivíduo que tenha polimorfismo de uma determinada enzima do metabolismo da cafeína e metaboliza lentamente o café, não é recomendado o consumo de café após as 16h por exemplo pois pode impactar no sono a noite. A cafeína vai ser metabolizada lentamente e o que vai acontecer é que pode ter um pico da cafeína no sangue, melhorando a cognição, o despertar lá para de noite prejudicando o sono. Geralmente quem tem metabolismo lento pode ter inclusive em algumas relações com risco para algumas doenças como doenças cardiovasculares e já quem tem metabolismo rápido, é uma beleza. É aquela pessoa que toma café e vai ficar bem em uma hora mais ou menos, inclusive a cafeína é muito utilizada na suplementação esportiva para melhorar a cognição e coordenação motora. Então isso precisa ser avaliado porque de repente você se você tiver a pessoa que tem metabolismo lento e a ela está malhando, quer usar a cápsula de cafeína por exemplo ou um suplemento a base de cafeína, isso pode trazer algum problema para ela. Mutações Genéticas Mutações são alterações anormais no DNA de um gene. Os blocos de construção do DNA são denominados de bases. A sequência dessas bases determina o gene e a sua função. As mutações envolvem mudanças no arranjo das bases que compõem um gene. Até mesmo uma única mudança na base, de um gene entre as milhares de bases que o compõem pode ter um grande efeito. Uma mutação genética pode afetar a célula de várias maneiras, algumas interrompem a produção de proteínas, outras podem alterar a proteína em si, fazendo com que não funcione mais como deveria ou não funcione definitivamente. Algumas mutações podem levar o gene a uma condição de "sempre ligado”, produzindo mais proteínas do que o habitual. Algumas mutações não têm um efeito perceptível, mas outras podem levar a uma doença. Por exemplo, determinada mutação no gene para a hemoglobina causa a anemia falciforme. As células se tornam células cancerosas em grande parte devido às mutações em seus genes. Muitas vezes, várias delas são necessárias antes que uma célula se torne cancerosa. As mutações podem afetar APRENDENDO NA PRÁTICA: Metabolização da cafeína PESQUISA EXTRA: Polimorfismo genético e Mutação diferentes genes que controlam o crescimento e a divisão celular. Alguns destes genes são chamados de genes supressores de tumor. As mutações podem também tornar alguns genes normais em genes cancerígenos conhecidos como oncogenes. Nós temos 2 cópias da maioria dos genes, um de cada cromossomo em um par. Para que um gene pare de funcionar completamente e potencialmente provoque câncer, ambas as cópias têm que ter mutações. Existem vários tipos de mutações, mas as duas principais mutações genéticas são: • Mutação Herdada Está presente no óvulo ou no espermatozoide. Depois que o óvulo é fertilizado pelo espermatozoide é formada uma célula chamada zigoto que em seguida se divide para formar o feto (que posteriormente será um bebê). Já que todas as células do organismo vêm desta primeira célula, esse tipo de mutação se encontra em cada célula do corpo e pode ser transmitida à geração seguinte. Este tipo de mutação é também denominada germinativa (porque as células que se desenvolvem em óvulos e espermatozoides são chamadas de células germinativas) ou mutação hereditária. Acredita-se que as mutações herdadas são a causa direta de apenas uma pequena fração dos cânceres. • Mutação Adquirida Não está presente no zigoto, mas é "adquirida” em algum momento da vida. Ocorre em uma célula e em seguida é transmitida a quaisquer novas células que são a sucessão da original. Este tipo de mutação não está presente no óvulo ou espermatozoide que formou o feto, de modo que não pode ser transmitida à próxima geração. Mutações adquiridas são muito mais comuns do que as mutações herdadas, e a maioria dos cânceres é causado por essas mutações. Este tipo de mutação é também denominado esporádica ou somática. Polimorfismo genético Os polimorfismos são variações genéticas que aparecem como consequências de mutações, podendo ter diferentes classificações dependendo da mutação original. A categoria mais básica de polimorfismo é originada a partir de uma simples mutação, quando ocorre uma troca de um nucleotídeo por outro. Este polimorfismo é conhecido por Single Nucleotide Polymorphism (SNP) ou polimorfismo de nucleotídeo único. Outros polimorfismos conhecidos ocorrem quando há inserção ou deleção de pedaços do DNA. O padrão de nucleotídeos repetidos é conhecido como variable number of tandem repeats (VNTRs), ou também chamados de minissatélites. Existe também o polimorfismo de bases repetidas do DNA, que podem ser duas, três ou quatro bases, chamado de simple tandem repeats (STRs) ou microssatélites.O genoma humano possui o número estimado entre 30.000 e 35.000 genes e a sequência do DNA apresenta similaridade de 99,9% entre os indivíduos. Esta diferença de 0,1% se deve à presença dos polimorfismos. Os polimorfismos mais frequentes são os SNPs, pois essa variação pode ocorrer em 1 a cada 1000 pares de base. De forma geral, os SNPs podem ser definidos como alterações genéticas presentes em mais de 1% da população e podem estar localizados em várias regiões do gene: promotora, codificadora (éxons) e não codificadoras. Os SNPs na região promotora e codificadora têm maior probabilidade de modificar o funcionamento do gene e, consequentemente, a proteína formada. Após o projeto genoma humano foram mapeados cerca de 3,7 milhões de SNPs, o que possibilitou a identificação de genes associados a doenças crônicas, incluindo câncer, diabetes e doenças cardiovasculares. Os SNPs podem repercutir em processos como digestão, absorção e metabolismo de nutrientes, no qual surge nesse contexto o conceito de nutrigenética. A nutrigenética analisa os efeitos da variação genética na interação dieta-doença, o que inclui a identificação e caracterização do gene relacionado ou até mesmo responsável pelas diferentes respostas aos nutrientes. Por exemplo, um dos genes polimórficos mais estudados é o MTHFR (metilenotetrahidrofolato redutase), que codifica uma enzima envolvida no metabolismo do ácido fólico. O polimorfismo nesse gene, conhecido como C677T, resulta na substituição do aminoácido alanina por valina, e tem sido associado com elevação da concentração plasmática de homocisteína, declínio dos níveis de folato plasmáticos, estando associados com aumento do risco para o desenvolvimento de câncer coloretal e mama. O que são metais pesados? Os metais compõem um grupo de elementos químicos sólidos no seu estado puro (com exceção do mercúrio, que é líquido) caracterizados pelo seu brilho, dureza, cor amarelada a prateada, boa condutividade de eletricidade e calor, maleabilidade, ductibilidade, além de elevados pontos de fusão e ebulição. Dentre estes elementos existem alguns que apresentam uma densidade ainda mais elevada do que a dos demais, e, por isso são denominados metais pesados. Além da densidade elevada, o que, em números, equivale a mais de 4,0 g/cm³, os metais pesados também se caracterizam por apresentarem altos valores de número atômico, massa específica e massa atômica. As principais propriedades dos metais pesados, também denominados elementos traço, são os elevados níveis de reatividade e bioacumulação. Isto quer dizer que tais elementos, além de serem capazes de desencadear diversas reações químicas não metabolizáveis (organismos vivos não podem degradá-los), permaneçam em caráter cumulativo ao longo da cadeia alimentar. Embora não sejam metabolizáveis, alguns metais pesados participam (em pequenas quantidades) de certas atividades metabólicas, como por exemplo, o cobalto, que participa da produção das hemácias; o cobre, que compõe diversas enzimas e é essencial para a síntese da hemoglobina; o vanádio, que interfere na atividade da insulina; entre outros. Porém, se a quantidade desses elementos no corpo exceder os níveis essenciais, eles passam a ser tóxicos, causando sérios riscos à saúde. Outros destes elementos não são utilizáveis de nenhuma forma pelos organismos vivos, ao contrário, são extremamente tóxicos aos mesmos. Na natureza, tais elementos praticamente não são encontrados de forma isolada (já que são muito reativos), todavia, são muito utilizados pela indústria, sendo lançados juntamente com os resíduos industriais ao meio ambiente. Tais resíduos podem ser absorvidos por vegetais e animais, causando intoxicações em todos os níveis da cadeia alimentar. Entre os principais podemos citar: • Mercúrio – metal líquido em temperatura ambiente oriundo da degradação natural da crosta terrestre, inodoro, volátil, insolúvel em água e altamente tóxico. No organismo humano, esse elemento químico age de forma devastadora: uma vez absorvido, deposita-se em várias regiões do corpo, tais como cérebro, rins, aparelhos digestivo e reprodutivo, pulmões, rins, fígado, pâncreas e outros, causando graves distúrbios, por vezes irreversíveis. • Chumbo – metal pesado bastante maleável, de baixa condutividade elétrica, largamente utilizado em processos de soldagem, na construção civil, bem como na indústria de munições e tintas. Trata-se de um dos mais perigosos entre os metais pesados, acometendo principalmente os sistemas nervosos central e periférico, medula óssea e rins. • Cromo – metal de alta dureza, muito empregado no ramo da metalurgia para ampliação da resistência a agentes corrosivos. Dentre os principais danos causados por tal elemento no organismo, estão as lesões na pele, bronquite e, se a exposição ocorrer em doses mais elevados, pode levar ao desenvolvimento de células cancerígenas. • Cádmio – metal caracterizado principalmente pela sua maleabilidade e ductibilidade, utilizado principalmente na indústria de baterias e na galvanoplastia. Esse elemento pode gerar efeitos tóxicos ao organismo humano, ainda que em quantidades moderadas, atingindo órgãos vitais como rins, fígado e pulmões. A intoxicação por cádmio pode provocar danos no sistema ósseo, cânceres, entre outros distúrbios. • Arsênio – metal pesado aplicado aos processos de conservação da madeira e do couro, fabricação do vidro e metalurgia. A contaminação por esse elemento químico pode provocar lesões não cicatrizáveis na epiderme, lesões em diversos órgãos vitais, alguns tipos de cânceres (em especial, o câncer de pele), e, se em concentrações elevadas, ao óbito. O que é um quelante de metais pesados? Cite alguns deles. Quelantes são utilizados para tratamento de acúmulo de metais pesados ou envenenamento por metais pesados tóxicos. São administrados agentes quelantes para que se liguem aos metais pesados no sangue e tecidos via oral ou injetável. Facilitam com a ligação a excreção dos metais do organismo. Há diretrizes para tratamento de quelação por fármacos, porém não é uma técnica sem riscos, segundo matéria do MSD Manual. Os riscos da quelação são: Hipocalcemia, atraso no tratamento mais eficaz, lesão renal e morte. Os principais quelantes são: 2,3-dimercaptopropanol (BAL), ácido 2,3-dimercaptosuccínico (DMSA), novos análogos do DMSA, 2,3-dimercaptopropano-1-sulfonato (DMPS), ácido etilenodiamino-tetracético cálcico disódico (CaNa2EDTA), ácido dietileno-triamino-pentaacético (DTPA), D-penicilamina, desferroxamina, 1,2 dimetil-3-hidroxipirid-4-ona (deferiprona) e ácido nitrilotriacético (NTA). Após a absorção, o chumbo é distribuído por três compartimentos: sangue, tecidos moles (fígado, rins, medula óssea e cérebro), e tecidos mineralizados (ossos e dentes). A intoxicação crônica, também conhecida por saturnismo, é mais frequente e está associada a quadros de anorexia, perda de peso, apatia ou irritabilidade, vómitos, fadiga, parestesias nas extremidades e anemia. De acordo artigo cientifico pesquisado, um dos efeitos tóxicos do chumbo é a inibição da síntese do grupo heme visto que é um potente inibidor enzimático, das enzimas ácido δ- aminolevulínico desidratase (ALA- D), coproporfirinogénio oxidase e ferroquelatase. Como consequência há acumulação do ácido δ-aminolevulínico (ALA), coproporfirinogénio III e protoporfirina IX O chumbo pode ter duas formas tóxicas: o chumbo inorgânico, em que a intoxicação acontece essencialmente pelas vias respiratórias e digestivas, e o chumbo orgânico que, para além de causar intoxicação pelas vias anteriormente mencionadas, também pode ser absorvido pela pele. Um estudorealizado in vivo demonstrou que a enzima ácido δ-aminolevulínico sintetase (ALA- sintetase), que catalisa a formação do ALA através da reação da glicina com o succinil CoA, possui uma atividade aumentada devido à redução dos níveis do grupo heme. A inibição da ALA-D juntamente com o aumento da enzima ALA-sintetase provoca uma elevação acentuada dos níveis de ALA que, por possuir uma reduzida massa molecular, atravessa as membranas celulares levando a um aumento dos seus níveis no sangue, no soro e na urina, funcionando assim como um indicador biológico de uma intoxicação por chumbo (Shifer et al., 2005). No caso do chumbo, o 2,3-dimercaptopropanol (BAL) é utilizado como quelante assim como EDTA (ácido tetraacetic do Ethylenediamine). Sobre a utilização do ácido cítrico: "funciona nas células aeróbicas, em todas as células humanas sadias. O ácido cítrico é um verdadeiro agente quelante e se liga com cobre, ferro, alumínio, chumbo, cádmio, cálcio, magnésio, bário e estrôncio e quando é empregado como agente quelante deve ser equilibrado com administração de um sal de ácido cítrico como sódio ou potássio citrato, em doses de 2 a 4 gramas por dia." Ainda quanto aos quelantes e chumbo, um trecho de entrevista do site Nutra News, com o entrevistado Garry Gordon, com expertise em estudos de quelação: "Actualmente, o corpo humano tem – em média – mil vezes mais chumbo do que antes de era industrial; por outro lado, os alimentos excessivamente refinados que consumimos fornecem-nos cada vez menos minerais essenciais como o zinco". Alice esclarece: Alguns nutrientes podem ajudar na destoxificação diária, mas no caso de uma intoxicação aguda e grave a conduta é médica. A metalotioneína, uma proteína rica em cisteína com a capacidade de ligar cátions divalentes, incluindo metais tóxicos como mercúrio, cádmio, chumbo e arsênico, está ganhando reconhecimento como um componente importante na desintoxicação de metais pesados. Semelhante à regulação positiva da fase II e das enzimas antioxidantes, a metalotioneína pode ser induzida em regiões promotoras específicas de genes por estímulos como metais pesados, estresse oxidativo, glicocorticóides e até zinco. Além de sequestrar metais pesados, é capaz de eliminar os radicais livres e reduzir as lesões do estresse oxidativo, além de inibir a sinalização de NF- κB . Os padrões e nutrientes da dieta podem resultar em alterações na produção de metalotioneína. Autores relataram um aumento de 54% na produção de mRNA de metalotioneína em um pequeno ensaio clínico em mulheres com fibromialgia após uma dieta de eliminação em conjunto com um alimento médico rico em fitonutrientes, composto por lúpulo, romã, pele de ameixa e agrião. A suplementação de zinco (15 mg / dia) a homens saudáveis por 10 dias levou a um aumento significativo do mRNA de metalotioneína, até 2 vezes em leucócitos e até 4 vezes em manchas de sangue seco. Foi demonstrado que a metalotioneína está diminuída na mucosa intestinal de pacientes com doença inflamatória intestinal (DII); no entanto, a suplementação de zinco (300 mg de aspartato de zinco, igual a 60 mg de zinco elementar por dia durante 4 semanas) em 14 pacientes com DII deficiente em zinco resultou em uma concentração ligeiramente maior de metalotioneína na mucosa intestinal. Os fitonutrientes crucíferos também podem modular a expressão de metalotioneína, como sugerido por um aumento de 10 vezes após uma dose oral única de 50 μ mol de sulforafano em ratos. O cromo pode inibir a expressão de metalotioneína induzida por zinco, de acordo com estudos em animais. Estágios iniciais, em estudos in vitro também sugerem que a quercetina e Cordyceps sinensis, um cogumelo nativo da região do Himalaia, podem regular positivamente a expressão de metalotioneína. APRENDENDO NA PRÁTICA: Cabe aos nutricionistas a desintoxicação junto com médicos ou ambos (médicos e nutris) podem realizar uma desintoxicação por metais pesados? APRENDENDO NA PRÁTICA: Quais os nutrientes que podem ajudar na quelação de metais pesados? • Coentro (o coentro tem a capacidade de retirar o mercúrio das células, principalmente do cérebro). • Chlorella (Já a Chlorella irá eliminar o mercúrio através do intestino, retirando esse metal do organismo. A Chlorella tem sido estudada por sua capacidade de efeito quelante de alguns metais pesados como o alumínio, chumbo,mercúrio e cádmio.) Um estudo realizado com animais em 2013 descobriu que ratos expostos ao chumbo apresentaram uma redução “dramática” de 66% em seus níveis sanguíneos devido aos efeitos quelantes quando as duas substâncias foram administradas simultaneamente (coentro e Chlorella). • Alho • Clorofila: A atividade quelante da clorofila tem mostrado benefícios farmacêuticos especialmente no tratamento de úlceras no fígado. • Magnésio: frutas como uva, banana e abacate; grãos e derivados como a granola, gérmen de trigo e aveia; sementes e nozes como gergelim, amendoim, girassol castanha e amendoim; além de leite, soja, grão de bico, pão, peixes, batata, beterraba, couve e espinafre; • Selênio: castanha-do-pará, trigo, arroz, gema de ovo, sementes de girassol e frango; • Coenzima Q10: nozes; frutas e vegetais como brócolis, a couve, espinafre, a laranja e o abacate; amendoim; peixes gordos, como o atum e o salmão; carne bovina e de frango; tofu; pão integral; soja; cereais integrais. EDTA e DMSA O EDTA (ácido etileno diamina tetra acético) é um agente quelante que permite livrar o organismo de metais pesados como chumbo, alumínio e mercúrio ligando-se a estes por "quelação" e transportando- os pelas vias naturais para fora do organismo. O EDTA é também um excelente quelante do cálcio que se acumula nas paredes vasculares em concentração crescente com a idade, endurecendo as artérias e a placa de ateroma que bloqueia o fluxo sanguíneo. Esta ação sistêmica pode ter benefícios para vasos sanguíneos. O EDTA é também um potente antioxidante particularmente eficaz para reduzir a peroxidação dos lípidos, uma das causas principais da arteriosclerose. O DMSA (Ácido meso-2,3-dimercaptossuccínico) é um agente quelante aprovado em 1960 pela FDA para a remoção (quelante) de metais pesados. DMSA é considerado como o agente oral preferido para a quelação (remoção) de metais pesados, tanto em adultos como em crianças. O mercúrio é considerado como sendo a segunda substância mais tóxica no planeta, atrás somente do urânio e os efeitos negativos da exposição ao mercúrio estão bem documentados. Uma das principais vantagens do DMSA é a sua ampla janela terapêutica, isto significa que há uma grande diferença entre a quantidade necessária para produzir o resultado pretendido e do nível que poderia sobrecarregar o paciente, isso faz com que DMSA excepcionalmente segura. A quelação de metais pesados tóxicos com EDTA ou DMSA está bem documentado na literatura científica. Existem vários outros agentes de quelação, mas o EDTA e DMSA se mostram mais seguros e eficazes. Nosso corpo esta constantemente expostos a um ataque de toxinas ambientais como chumbo, alumínio, mercúrio, cadmio e arsênico. Estes são conhecidos por interferir com a forma como os nervos se comunicam. Os metais pesados residem no interior das células do corpo, o DMSA não pode entrar nas células, já a glutationa (quelante natural do corpo) que esta presente no interior da células podem eliminar os metais para fora da célula, porém ele sozinho não tem a capacidade de excretar para fora do organismo como o ETDA e o DMSA, por isso é recomendado a combinação do uso do estimulantes de glutation ( ex: n-acetil- cisteina) para efeito sinérgico na desintoxicação. O teste provocativo para diagnóstico de metais pesados como chumbo,mercurio, alumínio e arsênico pode ser feito através da coleta da urina após uma dose de agente quelante (desintoxicante) de EDTA e o DMSA. O suco detox, bebida feita à base de legumes e verduras, ganhou fama em 2012, quando a nutricionista americana Kimberley Snyder e autora de livros sobre detox creditou a ele a capacidade de alterar o corpo de dentro para fora, ajudando a reduzir o apetite e a renovar as energias. Por ela ser queridinha de famosas e blogueiras fitness, o suco recebeu a fama de ser aliado em acelerar o metabolismo e promover a destoxificação do corpo.Apesar dele ser rico em nutrientes e fitoquímicos, sozinho não é responsável pelo complexo processo que a ele foi atribuído. O fígado sim é o principal órgão responsável pela destoxificação e, portanto precisa estar em homeostase junto aos demais órgãos. Sem falar que deve-se evitar os xenobióticos, tão presentes na vida moderna, estar atento a correta ingestão de água, enfim, ter hábitos saudáveis ao longo da vida! Os ingredientes do suco detox podem variar. A composição padrão é entre fruta e vegetal. Pôde-se acrescentar linhaça, chia, aveia (onde entra ômega, fibras, betaglucanas). No geral, é composto por folhas verdes escuras, fontes de vitamina C, complexo B, ferro, cálcio, iodo, carotenoides, e frutas como maçã, abacaxi e mamão, ricos em enzimas digestivas, quercetina, carotenoides, complexo B. Para as vias de detox esses nutrientes são importantes, por exemplo, na Fase 1 são necessárias niacina, piridoxina, folato, riboflavina, e ferro, encontrados nesses alimentos. O suco verde não atua sozinho e é necessário estar enquadrado em rotina de hábitos saudáveis, contribuindo como fonte alimentar de qualidade para o organismo. É ótima estratégia para quem possui dificuldade de ingerir folhosos e frutas, além de contribuir para a hidratação APRENDENDO NA PRÁTICA: Por que o suco verde ganhou fama de suco DETOX? Qual a sua opinião sobre isso? Será que o suco detox sozinho será o bastante? O suco verde ganhou fama há alguns anos quando atribuiu-se a ele a capacidade de alterar o corpo de dentro para fora, acelerando o metabolismo e promovendo a remoção de toxinas. Foi amplamente divulgado pelas famosas como um aliado ao emagrecimento. Por ser rico em vários nutrientes e compostos bioativas, como vitaminas A, C, complexo B e minerais, foi associado ao processo de destoxificação. Pois as vitaminas (principalmente as do complexo B) são importantes para ativação das enzimas CYP que atuam no fígado no processo de biotransformação. Porém, é importante lembrar que somente um suco verde pela manhã, não fará o processo de detox ser melhorado, se ao longo do dia a alimentação é desbalanceado. É preciso pensar de forma macro, na alimentação ao longo do dia. A oferta dos alimentos (frutas, legumes e verduras) deve ser feita ao longo do dia para proporcionar uma excelente biotranformação e proporcionar uma eliminação eficiente dos agentes que precisam ser eliminados. E o argumento da eficácia da prensagem em detrimento da trituração, tem realmente relevância, na composição? Altera realmente os nutrientes? Em termos de fibra, sim! Qual o principal alimento do suco verde e qual o composto importante para detox? As brássicas! A família das Brassicaceae é representada por uma grande diversidade de espécies valorizadas pelas suas folhas (couve), raízes (nabo, rabanete), sementes (colza, mostarda), gemas (couve- de-bruxelas) e flores (couve-flor). Dentre os compostos bioativos presentes neste grupo, os sulforafanos são os mais estudados, mostrando seu potencial na prevenção de diversos tipos de câncer. Eles apresentam efeito antiproliferativo e apoptótico, ou seja, faz com que a célula com defeito se auto destrua. Além disso tem o poder de diminuir o estresse oxidativo e prevenir o envelhecimento celular e diversas doenças Chás com ação detox • Dente de leão • Cavalinha • Chá verde • Chá de gengibre • Alho • Manjericão • Hibisco O chá de dente de leão é melhor pra fase 2 e o cavalinha pra fase 3 por ser diurética. A indicação é de variar os chás para atingir um bom resultado e tomar cuidado com uso de folhas escuras caso tenha quadro de hipotireoidismo. Ainda de acordo com as pesquisas, é interessante a ingestão ao acordar ou em jejum. Os principais flavanóis presentes no chá verde são as catequinas. A atividade antioxidante das catequinas pode prevenir a citotoxicidade induzida pelo estresse oxidativo em diferentes tecidos, pois possui ação quelante de metais de transição tais como ferro e cobre, impedindo assim a formação de espécies reativas de oxigênio, além de ação inibidora da lipoperoxidação. Como ocorre as Reações de conjugação? As reações metabólicas são divididas em fase 1 (oxidação/ redução/ hidrólise/ hidratação) e fase 2 ou reações de conjugação (sulfatação, glicuronidação, glutationa, acetilação, aminoácidos, metilação). A fase dois, ou reação de conjugação, que também é chamada de fase de bionativação, consiste em neutralizar os metabólitos intermediários reativos formados na fase 1, adicionando um grupo químico ao sítio reativo e tornando a toxina polar e hidrossolúvel para ser prontamente eliminada. A conjugação geralmente ocorre entre o metabólito tóxico com moléculas como o ácido glicurônico, aminoácidos, principalmente glicina ou glutamina, acetato e grupos metil. Algumas substâncias podem ser conjugadas na sua forma original, sem passar pelas reações de fase 1. Didaticamente, poderíamos denominar a fase 1 de toxificação, devido a produção de metabólitos hepatotóxicos, e a fase 2 de destoxificação propriamente dita. É uma fase química realizada principalmente por enzimas transferases, que fazem conjugação com grupos químicos específicos. Por exemplo, as sulfotransferases são as enzimas que, ao transferirem uma molécula de sulfato, conjugam o metabólito reativo, neutralizando a sua característica lesiva. Acetilação: conjugação com acetil-coA; acilação: conjugação com glicina, taurina ou glutamina; conjugação com glutationa, entre outros processos conhecidos. O que é farmacocinética? Qual a sua importância para o metabolismo das drogas? O termo farmacocinética foi introduzido pela primeira vez pelo alemão Friedrich Hartmut Dost, em 1953. A palavra significa literalmente a cinética dos fármacos e seus primeiros estudos derivaram da equação utilizada para descrever a cinética. Ele usou o termo para detalhar o movimento que um medicamento faz em nosso organismo. A conceituação é bastante simples, uma vez que a palavra cinética provém do grego kinetikós, que significa em movimento, móvel. Ou seja, é o caminho percorrido pelo fármaco desde a sua via de administração até a sua posterior excreção. No entanto, vale ressaltar que, a partir do momento em que o medicamento é absorvido pelo organismo, todas as demais fases acontecem ao mesmo tempo. A divisão apresentada, portanto, é meramente didática. O conhecimento do comportamento da droga no organismo auxilia na análise dos dados farmacológicos e toxicológicos e para decidir o regime de dosagem nos estudos clínicos de eficácia e toxicidade. Quatro propriedades farmacocinéticas determinam o início, a intensidade e a duração da ação do fármaco: 1) Absorção: Primeiro, a absorção desde o local de administração permite a entrada do fármaco (direta ou indiretamente) no plasma. Existem, basicamente dois tipos de vias de administração: a enteral e a parenteral. Enteral: A administração enteral, ou administração pela boca, é o modo mais seguro, comum, conveniente e econômico de administrar os fármacos. O fármaco pode ser deglutido, por viaoral, ou pode ser colocado sob a língua (sublingual) ou entre a bochecha e a gengiva (bucal), facilitando a absorção direta na circulação sanguínea. Oral: A administração oral oferece várias vantagens. Os fármacos orais são facilmente autoadministrados, e a toxicidade e/ou a dosagem excessiva podem ser neutralizadas com antídotos como o carvão ativado. Porém, as vias envolvidas na absorção oral são as mais complicadas, e o baixo pH do estômago inativa alguns fármacos. Uma ampla variedade de preparações orais é disponibilizada, incluindo preparações revestidas (entéricas) e de liberação prolongada. Sublingual e bucal: A colocação do fármaco sob a língua permite que ele se difunda na rede capilar e, assim, entre diretamente na circulação sistêmica. A administração sublingual tem várias vantagens, incluindo facilidade de administração, absorção rápida, ultrapassagem do ambiente gastrintestinal (GI) hostil e capacidade de evitar a biotransformação de primeira passagem (ver discussão adiante). A via bucal (entre a bochecha e a gengiva) é similar à via sublingual. Parenteral: A via parenteral introduz o fármaco diretamente na circulação sistêmica. Ela é usada para fármacos que são pouco absorvidos no trato GI (TGI) Oral Inalação Ótico Epidural Ocular Parenteral: IV, IM, SC Adesivo transdermal Sublingual Bucal Tópica. Vias comumente usadas para a administração de fármacos. IV, intravenosa; IM, intramuscular; SC, subcutânea. Essa administração também é usada no tratamento do paciente impossibilitado de tomar a medicação oral (paciente inconsciente) ou quando é necessário um início rápido de ação. Além disso, as vias parenterais têm maior biodisponibilidade e não estão sujeitas à biotransformação de primeira passagem ou ao meio GI agressivo. Elas também asseguram o melhor controle sobre a dose real de fármaco administrada ao organismo. Contudo, as vias parenterais são irreversíveis e podem causar dor, medo, lesões teciduais e infecções. As três principais vias de administração parenteral são a intravascular (intravenosa ou intra-arterial), a intramuscular e a subcutânea. Intramuscular (IM): Fármacos administrados por via IM podem estar em soluções aquosas, que são absorvidas rapidamente, ou em preparações especializadas de depósito, que são absorvidas lentamente. Subcutânea (SC): Esta via de administração, como a IM, oferece absorção por difusão simples e é mais lenta. Inalação oral: As vias inalatórias oral e nasal asseguram a rápida oferta do fármaco através da ampla superfície. Esta via é particularmente eficaz e conveniente para pacientes com problemas respiratórios (como asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica), pois o fármaco é administrado diretamente no local de ação, minimizando, assim, os efeitos sistêmicos. Inalação nasal: Esta via envolve a administração de fármacos diretamente dentro do nariz. Incluem-se os descongestionantes nasais. Intratecal e intraventricular: A barreira hematencefálica retarda ou impede a entrada dos fármacos no sistema nervoso central (SNC). Quando se desejam efeitos locais e rápidos, é necessário introduzir o fármaco diretamente no líquido cerebrospinal Tópica: A aplicação tópica é usada quando se deseja um efeito local do fármaco. Por exemplo, o clotrimazol em pomada é aplicado diretamente na pele para o tratamento de infecções por fungos. Transdérmica: Esta via de administração proporciona efeitos sistêmicos pela aplicação do fármaco na pele, em geral, por meio de um adesivo cutâneo. A velocidade de absorção pode variar de modo acentuado, dependendo das características físicas da pele no local da aplicação e da lipossolubilidade do fármaco. Retal: Como 50% da drenagem da região retal não passa pela circulação portal, a biotransformação dos fármacos pelo fígado é minimizada com o uso desta via. A vantagem adicional da via retal é evitar a destruição do fármaco no ambiente. Ela também é útil se o fármaco provoca êmese, quando administrado por via oral, ou se o paciente já se encontra vomitando ou se está inconsciente. (Nota: a via retal é usada comumente para a administração de antieméticos.) Com frequência, a absorção retal é errática e incompleta, e vários fármacos irritam a mucosa retal. 2) Distribuição: Absorção é a transferência de um fármaco do seu local de administração para a corrente sanguínea. A velocidade e a eficiência da absorção dependem do ambiente onde o fármaco é absorvido, das suas características químicas e da via de administração (o que influencia sua biodisponibilidade). Dependendo das propriedades químicas, os fármacos podem ser absorvidos do TGI por difusão passiva, difusão facilitada, transporte ativo ou endocitose e exocitose. Fatores que influenciam a absorção: • Efeito do pH na absorção de fármacos; • Fluxo de sangue no local de absorção; • Área ou superfície disponível para absorção; • Tempo de contato com a superfície de absorção e • Expressão da glicoproteína P. 3) Biotransformação: Terceiro, o fármaco pode ser biotransformado no fígado ou em outros tecidos. Determinação de biodisponibilidade e Fatores que influenciam a biodisponibilidade: • Biotransformação hepática de primeira passagem; • Solubilidade do fármaco; • Instabilidade química • Natureza da formulação do fármaco. 4) Eliminação: Finalmente, o fármaco e seus metabólitos são eliminados do organismo na urina, na bile ou nas fezes. Usando o conhecimento das variáveis farmacocinéticas, os clínicos podem eleger condutas terapêuticas ideais, incluindo via de administração, dosagem, frequência e duração do tratamento. Eliminação renal dos fármacos; Filtração glomerular; Secreção tubular proximal; Reabsorção tubular distal e papel da biotransformação de fármacos: A maioria dos fármacos é lipossolúvel e, sem modificação química, se difundiria para fora do lúmen tubular renal. Depuração por outras vias: A depuração de fármacos pode ocorrer também por intestinos, bile, pulmões, leite, entre outros. A eliminação de fármacos no leite pode expor a criança lactente aos medicamentos e/ou seus metabólitos ingeridos pela mãe, e é uma fonte potencial de efeitos indesejados na criança. A excreção da maioria dos fármacos no suor, na saliva, nas lágrimas, nos pelos e na pele ocorre em pequena extensão. A depuração corporal total e a meia-vida do fármaco são variáveis importantes da sua depuração, sendo usadas para otimizar o tratamento medicamentoso e minimizar a toxicidade. Vídeo explicativo: Farmacocinética - Absorção, Distribuição, Metabolismo e Excreção (ADME). https://www.youtube.com/watch?v=j688ggKizjA&feature=youtu.be O que é Farmacodinâmica? Qual a sua importância para o metabolismo das drogas? Farmacodinâmica é um ramo da farmacologia que estuda como a droga exerce seu efeito no organismo. Graças aos seus conceitos conseguimos entender a relação dos fármacos, seu mecanismo de ação no organismo assim como sua relação entre concentração, efeitos desejáveis ou colaterais. A farmacodinâmica estuda a relação do fármaco-receptor. Uma droga ao ser produzida possui um sitio de ligação e uma finalidade, podendo interagir com proteínas, enzimas, canais iônicos e receptores. Entretanto, quando uma droga não possui afinidade com o seu receptor, por exemplo, ela não consegue ter o efeito desejado podendo ficar dispersa na corrente sanguínea e causar até mesmo um grau de toxicidade no organismo se não excretada pelo mesmo. Graças aos conceitos abordados pela farmacodinâmica conseguimos entender a relação entre agonistas e antagonistas.Agonista se refere a uma substância que se liga a um receptor celular e o ativa, é uma relação em que o agonista se comporta como um sinal e o receptor como um detector desse sinal e a ligação entre eles vai gerar segundos mensageiros e moléculas efetoras que vão fazer parte de uma cascata de eventos que irão traduzir essa ligação em uma resposta celular, podendo ser inibitória ou excitatória. Antagonista se refere a uma substância que possui a capacidade de inibir o agonista, em geral quanto maior o número de antagonistas menor será o efeito do agonista, pois eles competem pelos receptores, alguns têm mais afinidade, outros se ligam de forma irreversível gerando outras respostas biológicas. As drogas podem ser: Agonistas: se ligam ao receptor, gerando uma resposta biológica, podendo agir no receptor de duas maneiras: - Ação direta: Abertura ou fechamento de canais iônicos. - Mecanismo de transdução: Ativação ou inibição enzimática, modulação dos canais iônicos, transcrição do DNA. Antagonistas: Não possuem efeito farmacológico, podendo também bloquear a ligação do agonista e reduzir ou bloquear sua ação. As drogas possuem ação nos canais iônicos através do aumento ou diminuição desses canais ou até mesmo o seu bloqueio. Agem nas enzimas inativando uma específica em uma determinada reação, as drogas podem se ligar a uma enzima, porém o metabólito formado não consegue desempenhar sua função ou graças a uma reação enzimática a droga que era inativa se torna ativa. Além disso, elas interagem com transportadores seja se ligando a eles e sendo internalizado para a célula, bloqueando o sitio de ligação do ligante e/ou bloqueando o transportador por se ligar a um sítio que não o sítio de ligação do ligante. Existe diversos tipos de receptores estudados na farmacodinâmica que ajudam a explicar o mecanismo de ação das drogas, são eles: Receptores de canais iônicos dependentes de ligantes: a ligação da droga ao receptor promove a abertura do canal iônico que dependo do tipo de canal aberto poderá ocorrer hiperpolarização ou despolarização da célula. Receptores acloplados a proteína G: A proteína G possui subunidades alfa, beta e gama sendo que a subunidade alfa está ligada ao GDP (guanosina difosfato), quando a droga se liga ao receptor ela gera ativação dessa proteína G e o GDP que está ligado a subunidade alfa vai virar GTP e com isso há o deslocamento do complexo alfa-GTP. A partir desse momento existem duas vias chaves que são controladas por receptores através da proteína G, são elas: - Via da adenilato ciclase/cAMP (monofosfato cíclico de adenosina): Este AMPc ativa proteínas quinases que estimulam o aumento de lipólise, redução da síntese de glicogênio e o aumento da glicogenólise. - Via da fosfolipase C/ trifosfato de inositol (IP3)/ diacilglicerol (DAG): Essa via irá catalisar a formação de dois mensageiros intracelulares - IP3 e DAG. O IP3 aumenta a concentração intracelular de cálcio que desencadeia eventos como: contração, secreção, ativação enzimática e hiperpolarização de membrana. - O DAG ativa proteína quinase C que controla muitas funções celulares. A proteína quinase é um componente fundamental da cascata de “comunicação” que ocorre no controle intracelular, na regulação e transdução de sinais. Receptores de quinases: Estão envolvidos principalmente em eventos que controlam o crescimento e a diferenciação celulares e atuam indiretamente ao regular a transcrição gênica. Receptores intracelulares: Nesse caso a droga precisa ser suficientemente lipossolúvel para atravessar a membrana e se ligar ao receptor intracelular. Para uma droga ser produzida alguns pontos são analisados entre temos os conceitos de potência e eficácia. A potência está relacionada a concentração de um determinado fármaco ou droga, ou seja, quanto menor for a quantidade da droga necessária para causar uma ação maior a sua potência. A eficácia está relacionada com o tamanho da reposta ao interagir com o receptor, em outras palavras, quanto mais interação com receptores maior será as respostas e consequentemente maior a eficácia. Outro ponto a ser considerado é do sinergismo, fenômeno que ocorre quando a associação entre dois fármacos produz a redução do efeito de um deles, por exemplo, associação de A e B onde B diminui o efeito colateral de A sem inibir seu efeito principal. Através do sinergismo conseguimos diminuir a dose e os efeitos colaterais. A farmacodinâmica analisa a segurança e a eficácia de uma medicação em relação à sua dose através do índice terapêutico, quanto maior for o índice maior a segurança da medicação em relação a dose. O cálculo se baseia na razão entre a dose letal da droga para 50% da população (DL50), pela dose mínima efetiva em 50% da população (DE50). Outro ponto a ser analisado é da janela terapêutica que significa a faixa entre a dose mínima eficaz e máxima eficaz. É a extensão de tempo em que a concentração do fármaco exerce o efeito desejado desde o pico até não exercer mais efeito. Grupo Básico Alice Pinho (Supervisora/Revisora) Loíde Neves (Monitora/Organizadora) Contribuíram para esse trabalho: Debora Brune, Gabriela Tupinambá, Jaqueline Gomes, Patricia Cunha, Jane Andrade, Nagila Tavares, Mariana Gavioli, Mariangela Costa, Mariana Sodré, Felipe Nieto, Gabriela Sá, Francisco Reis, Marcela Licas, Caren Mesquita, Cristine Aquino e Talita Chagas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS WHALEN, Karen, FINKELI, Richard, PANAVELIL, Thomas A. Farmacologia Ilustrada,6th edição. ArtMed, 01/01/2016. LAMARINO, Luciana, et al. Nitritos e nitratos em produtos cárneos enlatados e/ou embutidos. Gestão em foco, edição 7. 2015. UNISEPE. ÁLCOOL e sistema hepático. CISA Centro de informação sobre saúde e álcool. 2004. BOLDRIN, Maria V, YAMANAKA, Hideko. Corantes caracterização química toxicológica métodos de detecção e tratamento. 1 ed. 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