Buscar

2023-07-26-11-35-33-79361865-atualidades-brasil-e1690382133

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 199 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 199 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 199 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ATUALIDADES
Atualidades Brasil
Livro Eletrônico
Presidente: Gabriel Granjeiro
Vice-Presidente: Rodrigo Calado
Diretor Pedagógico: Erico Teixeira
Diretora de Produção Educacional: Vivian Higashi
Gerência de Produção de Conteúdo: Magno Coimbra
Coordenadora Pedagógica: Élica Lopes
Todo o material desta apostila (incluídos textos e imagens) está protegido por direitos autorais 
do Gran Cursos Online. Será proibida toda forma de plágio, cópia, reprodução ou qualquer 
outra forma de uso, não autorizada expressamente, seja ela onerosa ou não, sujeitando-se o 
transgressor às penalidades previstas civil e criminalmente.
CÓDIGO:
230601147395
LUIS FELIPE ZIRIBA
Formado em Geografia pela Universidade de Brasília, leciona desde 2001 em cursos 
e plataformas variadas pelo Distrito Federal, tendo começado em pré-vestibulares, 
seguindo para preparatórios para o concurso de admissão à carreira diplomática, 
escolas de ingresso na carreira militar (ESPCEX) além de lecionar para os mais 
concorridos concurso do Brasil, tais quais Câmara dos Deputados, Senado Federal, 
BC, PF, PCDF, entre outros, promovendo nestes últimos, principalmente, aulas na 
frente de Atualidades e de Realidade do DF
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
3 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
SUMÁRIO
Apresentação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
Atualidades Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1. Parte I – Brasil: Território, Posição, Índice de Desenvolvimento Humano e 
População . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.1. Território, Fronteiras, Transporte e Energia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2. A População Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
2. Parte II – Atualidades Brasil: Política, Economia e Fatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.1. A Política Brasileira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
2.2. Economia Brasileira em 2020 e 2021 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
3. Temas de Atualidades . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
3.1. A Operação Lava Jato e seu Fim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70
3.2. ONGs, Meio Ambiente e Amazônia: Atualidades e Polêmicas . . . . . . . . . . . . 77
3.3. Principais ONGs Ambientais no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80
3.4. O Brasil na COP-26: Glasgow, Escócia, dezembro de 2021 . . . . . . . . . . . . . . 84
3.5. O Brasil na COP-27- Egito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
3.6. As Tragédias Ambientais de Mariana e Brumadinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85
3.7. As Queimadas no Pantanal em 2020 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91
3.8. O Caso Marielle: Cinco Anos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92
3.9. As Milícias no Rio de Janeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93
3.10. A Segurança Pública no Brasil: Algumas Considerações . . . . . . . . . . . . . . . . 94
3.11. A Reforma da Previdência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 100
3.12. A Transposição do Rio São Francisco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
3.14. Cultura e Atualidades no Brasil em 2020: alguns Pontos Fundamentais . 106
3.15. COVID-19 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 132
3.16. Outros Temas de Atualidades no Brasil . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 145
exercícios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 155
Gabarito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 171
Gabarito Comentado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 172
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
4 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
APReseNtAÇÃOAPReseNtAÇÃO
Caro(a) aluno(a), é um prazer imenso estar junto a você nessa etapa de preparação rumo 
à conquista de algo tão importante na vida: a estabilidade profissional no serviço público.
Peço licença para me apresentar a vocês: me chamo Luis Felipe Ziriba, sou formado em 
Geografia desde 2004 pela Universidade de Brasília. Também sou servidor do Incra – SEDE, 
desde 2008, efetivado no cargo de Analista em Desenvolvimento e Reforma Agrária.
Ministro aulas para concursos desde 2001. Comecei em sala aos 20 anos de idade, 
lecionando em pré-vestibulares, para, em pouco tempo, seguir para os concursos de admissão 
à carreira militar, como EsPCEx, ESA, entre outros, nas disciplinas de Geografia Geral e do 
Brasil. Lecionei também em preparatórios (Geografia Geral e do Brasil) para os principais 
cursos de admissão à carreira diplomática – Instituto Rio Branco – de Brasília. Já no início 
da década findada (2011-2020), parti rumo ao desafio de lecionar as matérias Atualidades 
do Brasil e do Mundo, além de Realidade/Atualidades do Distrito Federal.
Assim, entre tantas matérias diferentes e interessantes, lá se vão 18 anos preparando 
alunos nos melhores cursos do Distrito Federal para os mais concorridos concursos do Brasil.
Bom, obrigado pelo espaço e pela confiança depositada. E vamos então ao que realmente 
importa a vocês. O tempo urge!
Com vistas a auxiliá-los(as) nessa etapa de preparação, dividi o nosso material em duas 
partes: na primeira destaco aspectos do território nacional (incluindo transportes e energia) 
e contextos populacionais; na segunda parte, por sua vez, serão abordados aspectos mais 
abrangentes, como política, produção de valor e a economia nacional, além de temas muito 
importantes em Atualidades a serem cobrados em concursos – cultura, sociedade, segurança 
pública, relações internacionais, meio ambiente, organizações supranacionais, entre outros.
Destaco, caros(as) aluno(as), que realizem sem concessões a leitura integral dos temas 
apresentados, e que deem a mesma importância aos respectivos Textos Complementares 
apresentados, ok?
Reparem que mesmo havendo alguns (poucos) editais que delimitam recortes, balizando 
a compreensão de períodos específicos (e acontece pouco dessa forma, mas acontece), 
peço a vocês, praticamente de joelhos, juro – sem exagero - para não caírem nesta esparrela. 
Fujam dessa falsa facilidade e tenham em mente que somente através da leitura retórica 
(e integral) dos temas apresentados - desde seu início até o seu fim - queé possível obter 
uma clarificação dos contextos de Atualidades de forma ampla. Simples assim!
Juro: não há como fugir disso! Por favor, confiem, confiem e confiem mesmo nessa 
informação!
A disciplina de Atualidades não está restrita simplesmente a uma coleta de notícias 
com base no(s) recorte(s) estipulado(s) pelos editais (digo quando ocorrer esse recorte). 
Em Atualidades, os contextos devem ser, de forma mandatória, entendidos desde seu 
 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
5 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
começo até o seu fim. Isso para que possamos atingir exatamente o nível necessário de 
conhecimento pedido pelas bancas em concursos.
Esse conhecimento amplo e conciso está bem aqui, se encontra nas suas mãos. Nosso 
material é produzido de forma sintética, didática, clara e fluida, com base em décadas de 
conhecimento dessa disciplina. Nós sabemos, de A a Z, como guiar vocês rumo à aprovação. 
Então, não retalhem, apenas me sigam. Confiem nisso! Vamos juntos empreender um 
conhecimento amplo, conciso e extremamente útil dentro dessa deliciosa disciplina que é 
Atualidades Brasil.
Peço que ao fim, por favor, se debrucem sobre o caderno de exercícios apresentado, 
como forma de fixação de conteúdo e acréscimo didático. E, claro, avaliem o nosso curso 
na plataforma. Obrigado!
 Obs.: O conteúdo desta aula foi atualizado em julho de 2023.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
6 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
ATUALIDADES BRASILATUALIDADES BRASIL
1. PARTE I – BRASIL: TERRITÓRIO, POSIÇÃO, ÍNDICE DE 1. PARTE I – BRASIL: TERRITÓRIO, POSIÇÃO, ÍNDICE DE 
deseNVOlViMeNtO HuMANO e POPulAÇÃOdeseNVOlViMeNtO HuMANO e POPulAÇÃO
1.1. TERRITÓRIO, FRONTEIRAS, TRANSPORTE E ENERGIA1.1. TERRITÓRIO, FRONTEIRAS, TRANSPORTE E ENERGIA
O Brasil possui a 5ª maior extensão territorial do mundo. Com mais de 8,5 milhões de 
quilômetros quadrados de extensão, somos considerados um país-continente. Dentro da 
América do Sul, temos disparado a maior extensão em área total (47%), com mais de três 
vezes o tamanho do segundo maior país, a Argentina.
Repare que o enorme território brasileiro é quase equidimensional, ou seja, possui 
praticamente as mesmas extensões de Norte-Sul e Leste-Oeste.
 Obs.: Os pontos descritos são os nossos pontos extremos nas quatro direções: Norte 
(Monte Caburaí, em Roraima), Sul (Arroio do Chuí), Leste (Ponta do Seixas) e Oeste 
(Nascente do Rio Moa).
O Brasil faz fronteira com dez (10) países. Dentro do continente sul-americano, não 
somos “vizinhos” apenas de dois países: o Chile e o pequeno Equador. No mapa a seguir 
temos as principais extensões de fronteiras, com destaque para o Peru (2º lugar) e a 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
7 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Bolívia (com mais de 3.000 km de fronteira, em boa parte pela Amazônia). Destaque-se 
que esses dados de tamanho das fronteiras são estanques, ou seja, não sofrerão alterações 
em curto ou médio prazo, à medida que os tratados com os países fronteiriços ao Brasil 
foram ratificados há tempos. Também não têm ocorrido reivindicações fronteiriças de 
nações vizinhas.
O Brasil é dividido politicamente em 26 estados mais o DF, totalizando 27 unidades 
da Federação (UFs). Os maiores estados são Pará, em segundo lugar, com 1.247.689 km², 
e Amazonas na liderança, com 1.570.745 km². O nosso menor estado é o Sergipe, sendo 
o DF, porém, já que não é um estado propriamente dito, a menor unidade da Federação 
(com 5.802 km²).
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
8 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O Brasil possui cinco regiões: Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul. Essa 
configuração atende a uma divisão do IBGE de 1969, a qual levou em conta similaridades 
humanas e naturais entre os estados para o agrupamento em regiões. Observe alguns dados:
• MAIOR REGIÃO: Norte (45,2% do território nacional);
• REGIÃO COM MAIOR NÚMERO DE ESTADOS: Nordeste (com 9);
• MAIOR POPULAÇÃO: Sudeste (perfazendo em torno de 42% população do Brasil em 
2021, com mais de 87 milhões de habitantes).
Vale destacar que os estados brasileiros podem se desmembrar internamente em outros 
menores, bastando haver a aprovação pela Câmara dos Deputados e a consulta à população 
envolvida. Mas eles não podem se destacar do Brasil para formar outro país. Esse tema, 
inclusive, é abordado no livro Novos estados e a divisão territorial do Brasil: uma visão 
geográfica, de autoria do geógrafo José Donizete Cazzolato, de 2011. Embora tenha mais 
de 10 anos da edição desse trabalho várias propostas seguem de pé, tais quais a da divisão 
da bhai , do Piauí, entre outras UF’s nacionais.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
9 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Importa-nos entender que o pleito que neste sentido fora levado mais adiante deu-se 
no Pará, em 2011, quando sua população, em plebiscito, NÃO ACEITOU a fragmentação 
em três outros estados: Carajás, Tapajós e Pará (capitais em Marabá, Santarém e Belém, 
respectivamente). Tal querela, vale o destaque, em 2021, novamente ganhou impulso, 
mas não obteve respaldo considerável. Mesmo assim, em provas de concursos que versem 
sobre este tema da divisão do Pará, não esqueçam que essa divisão foi é a mais avançada 
em termos nacionais em tempos recentes, ok?
Segue mapa abaixo rejeitado no referendo:
1
1 Pleito Divisão: estado do Pará em 2011.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
10 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Em 2022, o Brasil possuía 5.570 municípios. Os Estados com mais municípios são: Minas 
Gerais (853) e São Paulo (645). Na rabeira, temos Roraima, com apenas 15, e o Amapá, com 
16 municípios.
O Distrito Federal não é um Estado, mas sim uma unidade da Federação, tendo 
apenas Brasília (a Capital Federal) como seu único município.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Transporte de Cargas no Brasil em 20222
O Sistema de transporte de cargas no Brasil é, via de regra, muito desequilibrado. 
Vigorando desde 2005 como um plano de Estado, e não de Governo, o PNLT – Plano 
Nacional de Logística de Transportes – visa promover um melhor reequilíbrio entre 
os modais, alçando metas de eficiênciaem logística, com redução de custos e da 
emissão de poluentes, além do incrementar a segurança.
Uma análise simples em nossa matriz de transportes revela que o meio 
rodoviário ainda predomina no total de cargas (peso) transportadas no país. Tal 
meio (rodoviário) de transporte leva em torno de 60% de toda a carga. Os principais 
produtos transportados pelos mais de 1,4 milhão de quilômetros de estradas 
brasileiras (nessa que é a segunda maior malha do mundo) são derivados de petróleo, 
soja, milho, farelo de soja, alimentos (industrializados, ou não) e bens de consumo 
manufaturados diversos. Vale destacar que a presença do rodoviário vem sendo 
reduzida, embora de forma lenta, tendo atingido, na década de 1980, quase 80% 
de toda a carga transportada no país.
As vantagens do meio rodoviário estão na capacidade de se entregar produtos 
porta a porta, o que não ocorre no meio ferroviário, pois os trens param em terminais, 
o aquaviário em portos e os aeroviários em aeroportos. Veja o exemplo da soja: todo 
grão que sai da porteira das milhares de fazendas plantadoras é escoado exatamente 
por caminhão. Se, por opção das empresas, a soja seguir após os caminhões por outro 
modal, tem-se o que se chama de transbordo. A implementação de uma estrada é 
também mais barata e rápida, daí a preferência de governos desenvolvimentistas 
anteriores, como Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek, por este modal (tipo) 
de transporte. Como externalidades, tem-se o maior custo de manutenção das 
estruturas que se precarizam muito facilmente, a poluição ambiental dos gases 
pesados e tóxicos emitidos pelos escapamentos a diesel e o maior número de mortes 
2 Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 10/12/2019.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
11 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
em acidentes que nos outros modais. Em maio de 2018, uma greve de quase um mês 
dos caminhoneiros praticamente parou o país. Tal paralisação revelou o tamanho da 
dependência deste meio de transporte no Brasil. Estima-se que em torno de 60% dos 
caminhoneiros no país trabalhem em empresas, não sendo autônomos, portanto. A 
essa prática de parada de serviços por parte de empresas dá-se o nome de lockout, 
proibido tanto na CLT – Consolidação de Lei Trabalhistas quanto na Lei de greves.
O segundo meio de transporte mais utilizado no Brasil para cargas é o ferroviário, 
com algo em torno de 20% do total transportado por 30.000 km de ferrovias.
As vantagens diretas na utilização do modal ferroviário estão relacionadas a sua 
eficiência, pois os trens transportam uma imensa quantidade de carga com baixo 
consumo de combustível, baixa emissão de poluentes e níveis altíssimos de segurança, 
além de requerem pouca manutenção nas estruturas, principalmente nos trilhos. A 
externalidade observada, contudo, reside no alto custo para se construírem novas 
ferrovias e sua implementação em geral (custo também dos trens).
Vencer terrenos irregulares e fazer curvas acentuadas não é o forte dos trens. 
Atualmente, as 13 linhas férreas do país são administradas por concessões que 
duram em média 35 anos, sendo, contudo, livre o direito de passagem a trens que 
não pertencerem à concessionária do trecho. O minério de ferro responde por 80% 
do total de cargas transportado pelos trilhos no Brasil. Em 2019 haverá o leilão do 
trecho que liga Goiás ao Porto de Santos pela ferrovia Norte-Sul.
DICA
Recomendo, caro(a) aluno(a), que para se informar melhor 
sobre este tema, promova a leitura do link abaixo, retirado 
da versão online do jornal de Goiânia, o Popular:
https://abifer.org.br/ha-mais-de-tres-decadas-sendo-
construida-ferrovia-norte-sul-so-tera-uso-apos-2020/
Em seguida vem o meio de transporte aquaviário, o qual responde por algo 
em torno de 10% do transporte de cargas no Brasil, tendo sido aumentada esta 
participação ao longo das últimas décadas por meio, principalmente, das iniciativas 
promovidas pelo PNLT. A carga transportada internamente pelas hidrovias do país 
se encontra atualmente na casa dos 20% na soja; 15% de petróleo; 12% de areia, o 
milho representando 10% e o minério de ferro outros 10%. Um dado interessante 
é que mais de 40% desse transporte se dá dentro do próprio estado, com destaque 
para as operações deste tipo promovidas no Rio Grande do Sul, São Paulo, Pará e 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
12 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Amazonas. Para esses dois últimos estados da Região Norte, vale ressaltar, embora 
este texto não seja sobre transporte de passageiros, que o modal aquaviário também 
leva muitas pessoas e uma imensa gama de produtos (mudanças, por exemplo, 
algo impensável no Centro-Sul do Brasil, que são feitas por barcos). São estados 
(principalmente o AM) que não têm expressivas ligações rodoviárias, mas que 
possuem rios caudalosos, largos e morosos que auxiliam no transporte aquaviário.
As vantagens do transporte aquaviário residem na sua amplificada capacidade 
de carga e custos baixos para o operador. As externalidades são a construção de 
hidrovias seguras e, se necessário, de eclusas (um processo muito caro), a ocorrência 
de acidentes (principalmente no transporte de passageiros) e a dificuldade de se 
chegar a pontos diversificados do território brasileiro. O ideal para o transporte 
aquaviário é que se consiga implementar uma logística eficiente para a realização 
do transbordo (troca de modal).
No Brasil, uma modalidade de transporte por barcos que esteve relegada em 
décadas anteriores vem ganhando força ao longo dos últimos anos: o transporte por 
cabotagem, ou seja, quando se leva a carga entre portos marítimos, praticamente 
margeando a costa. Os portos e as embarcações no Brasil, na verdade, vêm se 
adaptando a essa eficiente modalidade de transporte de cargas.
Por fim, em relação ao aquaviário, destaco que mais de 90% do comércio global 
atualmente se deve ao transporte aquático em grandes navios, sejam estes de 
contêineres, sejam de graneleiros.
Por último vem o transporte aéreo de cargas, muito importante à medida que, 
embora leve algo em torno de apenas 5% das cargas no Brasil, ao somarmos os valores 
dessas cargas, tem-se algo em torno de 25% de todos os valores transportados no 
Brasil. O modal aeroviário é, de fato, muito eficiente quando se precisa levar cargas 
perecíveis (alimentos, flores) ou com alto valor agregado, em que o custo mais alto 
do transporte, comparado aos outros meios, compensa.
TEXTO COMPLEMENTAR
A Produção de Energia Elétrica no Brasil em 20223
O Brasil é um dos grandes produtores de eletricidade do Mundo. Nosso gigante 
parque de produção de energia elétrica possui alta diversificação, e, principalmente, 
uma base em matriz limpa: AS HIDRELÉTRICAS.
3 Por: Prof. Luis Felipe Ziriba, 05/12/2021.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
13 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Das cinco maiores unidades em atividade no Mundo, simplesmente duas, Belo 
Monte e Itaipu, aqui estão localizadas. Ocorrem dentro desse parque algumas outras 
peculiaridades. Vejamos abaixo as principais:
Em termos gerais, a nossa produção de energiaelétrica se situa em torno de 
82% (dados de 2021) de fontes renováveis. Veja os números abaixo:
hidrelétrica: 62%;
eólica: 11%;
termelétricas a biomassa: 8%;
Acrescenta-se, contudo, à nossa matriz energética, mais 13% de termelétricas, 
1,5% nuclear, e o restante, em torno de 5%, de energia hidrelétrica importada - 
basicamente proveniente do Paraguai por meio da Usina de Itaipu.
As Hidrelétricas
Em se comparado ao Brasil, são poucos os países no Mundo que detém uma 
proporção tão elevada em suas matrizes energéticas totais baseadas em hidrelétricas. 
O nosso parque hidrelétrico, o qual esteve outrora e quase integralmente concentrado 
na parte Centro-Sul do Brasil além do Vale do Rio São Francisco, agora segue rumo 
o Norte e se dispersa. As grandes estruturas, como as usinas de Paulo Afonso-BA 
e de Itaipu-PR, permanecem, mas o direcionamento do sistema elétrico nacional 
atual evidencia a subida de novas estruturas que se apropriam dos rios amazônicos. 
Assim, nascem ao longo das últimas décadas gigantescos projetos, como Jirau e 
Santo Antônio, em Rondônia; e Tucuruí e Belo Monte, no Pará. Aliás, esta última 
usina, em pleno funcionamento, é uma das maiores usinas do Brasil e do mundo em 
termos de produção total de energia quando atinge o seu ápice. Ao todo, em 2021, 
temos 219 usinas hidrelétricas em funcionamento no Brasil.
Em auxílio a essas estruturas, temos as PCHs – Pequenas Centrais Hidrelétricas – 
e as Centrais Geradoras. Para estas últimas estruturas, tão pequenas, é interessante 
perceber que elas não chegam a constituir barragem, assim, possuem um licenciamento 
ambiental muito mais simplificado que o das grandes estruturas.
Ordem por tamanho de projeto: HIDRELÉTRICAS > PCH > CENTRAIS GERADORAS.
Abaixo, em homenagem ao Dia Mundial da Água de 2023, comemorado todo dia 
22 de março, um infográfico com dados recentes sobre a geração de energia por 
fonte hidráulica no país é apresentado pela Agência Nacional de Energia Elétrica - 
ANEEL. Veja:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
14 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O Parque Eólico
A força dos ventos se consolida como a terceira maior fonte de geração de energia 
elétrica no país. Em fins de 2022, mais de 750 parques eólicos se encontravam em 
operação no território brasileiro, com mais de 10 mil torres eólicas, um número que 
não para de crescer. De acordo com o Global Wind Energy Council (GWEC), o Brasil 
ocupa a sétima posição no ranking mundial de geração eólica. O ano de 2021 foi 
o de maior incremento em potência instalada de produção de energia em toda a 
nossa história, atingimos a cifra histórica de mais de 11% de energia elétrica total 
produzida pelos ventos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
15 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O destaque da geração eólica para a produção de eletricidade fica com a região 
Nordeste, que sozinha responde por cerca de 90% da capacidade instalada. São na 
região as quatro usinas que romperam juntas a marca dos 20 GW: Ventos de Arapuá 
1, 2 e 3 (Paraíba), Chafariz 4 (Paraíba), Filgueira II (Rio Grande do Norte) e Ventos de 
Santa Martina 11 (Rio Grande do Norte).
Mais de 12 GW de novas eólicas já foram outorgados pela Aneel, distribuídos em 
353 empreendimentos. Destes, 170 já estão em construção. A expectativa é que a 
geração eólica alcance a marca de 25 GW nos próximos dois anos.
Predominantes em regiões de vegetação baixa, como o centro da Bahia, ou o 
litoral do Nordeste e Região Sul, onde a incidência de ventos é bastante favorecida, 
a energia eólica se utiliza da energia de movimento do vento para produção de 
eletricidade. Um princípio simples, mas que requer implementações tecnológicas. 
Em quase ¾ das UFs nacionais o eólico já tem presença e não para de crescer.
Termelétricas
Incentivos ao emprego de termelétricas, sobretudo as com uso de biomassa, 
buscam diversificar a matriz energética elétrica, que até 2006 tinha 83,2% de sua 
potência composta por hidrelétricas. Licor negro (resíduo da produção de papel) 
e bagaço de cana são as principais fontes de biomassa (renováveis). Gás natural e 
derivados de petróleo são as fontes fósseis mais comuns (não renováveis).
Dentro do mapa nacional de termelétricas, tem-se termelétricas por todo o 
país, contudo, aqueles que se utilizam de biomassa estão no Centro-Sul; as que 
queimam gás natural e petróleo (fontes não renováveis e poluidoras), em regra estão 
na Amazônia. As termoelétricas servem como subsidiárias ao parque hidrelétrico.
TEXTO COMPLEMENTAR
Brasil: Crise Hídrica e Energética 2021. Contextos4
Caro aluno, para entender de forma simplificada o contexto que envolveu a 
mais recente crise hídrica de 2021, a qual resultou em consequências na produção 
de energia elétrica no país, vamos nos ater inicialmente aos pontos seguintes, e 
explicarei, prometo, de forma simplificada:
1. A produção de energia no Brasil é fundamentalmente baseada na força das 
hidrelétricas, com 70 por cento de toda a capacidade de produção de energia elétrica 
instalada oriunda da força das hidrelétricas.
4 Por: Prof. Luis Felipe, em 15/09/2021.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
16 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Hidrelétricas são consideradas fontes limpas de produção de energia, pois 
na geração diária não ocorre produção direta de gases de efeito estufa, também 
renováveis, à medida que a água é um recurso natural renovável.
2. As hidrelétricas nacionais dependem (e cada vez mais) de rios de planalto que 
nascem na região central do Brasil e possuem regimes de alta variação em sua força 
(e quantidade de água). Ou seja, são rios altamente sujeitos ao regime de seca que 
impera no país entre os meses de abril a outubro.
3. A gradual substituição da energia oriunda de hidrelétricas por termoelétricas 
torna a energia mais cara.
4. O período de seca se tornou mais severo. Muito disso, bem verdade, por causa 
da escalada de desmatamento que acomete o Brasil ao longo das últimas décadas 
e, também, em função de fatores de circulação atmosférica global.
O Brasil, historicamente, atrelou seu parque de produção de energia elétrica 
às hidrelétricas. Somos um país de rios com bom regime de chuvas e expertise na 
construção dessa modalidade de produção de energia, isto desde a entrada do século 
passado. Tal movimento em torno de construção de hidrelétricas projetou um parque 
nacional com mais de 60 hidrelétricas de grande porte - algumas delas constam 
entre as maiores do mundo em capacidade total instalada, tais quais: Itaipu (que 
é binacional, com produção compartilhada com o Paraguai) e Belo Monte, no Pará.
A questão crucial acerca desse modelo considerado limpo de produção de energia 
(pois não emite diretamente gases de efeito estufa) e renovável (pois se utiliza 
da água, um recurso renovável) é exatamente a necessidade de abastecimento 
dos reservatórios. Vamos entender bem essa questão: a força das águas contidas 
nos reservatórios movimenta as turbinas das hidrelétricas. Em sua origem, os 
reservatórios são constituídos pelas alterações em cursos de rios que são canalizados 
com vistaa formar o reservatório. Ao ser realizada essa engenharia, os reservatórios 
passam a existir e alimentar-se, em boa parte, pela água das chuvas. São as águas 
que caem do céu percorrendo internamente os solos (níveis basais) e os aquíferos, 
ou que percorrem o nível superficial, também, claro, a água que incide diretamente 
em cima do reservatório, que o alimenta. Vejam bem: as chuvas atuam de diversas 
maneiras na formação e manutenção dos reservatórios.
É aí que mora o perigo: os reservatórios não vêm conseguindo ser abastecidos 
a contento, visto que nossas hidrelétricas se concentram no Brasil Central e a seca 
vem sendo mais severa ano após ano nessa parte do país. Em 2021, vivemos a maior 
escassez hídrica em 91 anos, assim, os reservatórios esvaziaram acima do normal, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
17 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
não havendo, logicamente, reposição hídrica. Não entrou água no solo nem correu 
água de forma superficial, também não choveu em cima da lâmina de água de nossos 
reservatórios. Alguns deles operaram no limite em meados de 2021, sendo que 
outros se utilizaram do chamado “nível morto”, acarretando, portanto, um maior 
esforço das turbinas para a produção de energia.
Outro ponto crucial acerca da crise hídrica reside no fato de que, em regra, os 
rios que constituem os reservatórios em sua origem e auxiliam na manutenção dos 
reservatórios ( junto, tal qual visto, à chuva incidente) nascem exatamente no Brasil 
Central. Caso emblemático é o Rio Xingu, que alimenta a megausina hidrelétrica de 
Belo Monte, no Pará. Esse grande e belo curso hídrico nasce nas serras do Mato Grosso, 
região que anualmente passa por evento de seca sazonal (entre maio e setembro). 
Sendo assim, no período de seca, a força de suas águas diminui consideravelmente 
e produz-se menos energia. O solo não é abastecido, muito menos os reservatórios, 
e os rios ficam menos caudalosos. A usina, portanto, fica ociosa à medida em que 
ocorre menos chuva.
Assim, essa conjunção de fatores, ou seja, a seca e a concentração de rios que 
abastecem as maiores hidrelétricas no Brasil Central, transformaram um sistema 
gigante em pouco eficiente à medida que seus reservatórios pereceram. Para 
amenizar a situação, o Governo Federal passou a suprir a demanda energética por 
meio das termoelétricas, que são unidades de produção de energia que queimam 
combustível e/ou biomassa (preferencialmente cana), o que torna a energia mais 
cara e menos eficiente do ponto de vista ambiental.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
18 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Funcionamento de uma usina hidrelétrica:
Concentração das hidrelétricas no Brasil por produção:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
19 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Funcionamento de termoelétricas:
1 .2 . A POPulAÇÃO BRAsileiRA1 .2 . A POPulAÇÃO BRAsileiRA
dAdOs GeRAis
Para falarmos sobre a população brasileira, vale lembrarmos inicialmente de dois pontos 
fundamentais que aprendemos na escola, os quais remetem-nos às prazerosas aulas de 
Geografia, são os conceitos de POPULOSO e POVOADO.
POPULOSO: remete à população absoluta de um determinado lugar: o número 
total de habitantes. Dentro desse contexto, se comparamos o Brasil a seus pares, ou seja, 
aos outros países do Globo, veremos que temos a 6a maior população do mundo (fomos 
ultrapassados pelo Paquistão, ao que tudo indica). Assim, o Brasil pode ser considerado 
um país populoso.
No longínquo ano de 2019, os meios de comunicação destacaram que provavelmente 
havíamos caído do 5º para o 6º lugar no ranking populacional global. Vale destacar, que 
nesse meado de 2023 finalmente o Censo do Brasil realizado decenalmente pelo IBGE foi 
publicado, isso depois de uma atraso de 3 anos. Essa previsão se confirmou, ou seja, que o 
Brasil perderia a 5a posição global em termos populacionais totais. Nós realmente fomos 
ultrapassados após décadas sendo a 5ª maior população global. O Brasil perde o posto, 
e desce, porém não apenas uma posição. Nossa população se aninha em 7º lugar no 
ranking dos países mais populosos do mundo. Como se previa, fomos ultrapassados 
por Paquistão e, surpreendentemente, também pela Nigéria.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
20 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Veja a lista dos países mais populosos do mundo (2023)5: 
• 1º. ÍNDIA – 1,43 bilhões;
• 2º. CHINA – 1,42 bilhões;
• 3º. EUA – 339 milhões;
• 4º. INDONÉSIA – 277 milhões;
• 5º. PAQUISTÃO – 239 milhões;
• 6º. NIGÉRIA – 223 milhões;
• 7º. BRASIL – 203 milhões.
Dados sobre o Censo 2022:
• A população do país chegou a 203,1 milhões em 2022, com aumento de 6,5% frente 
ao censo demográfico anterior, realizado em 2010. Isso representa um acréscimo de 
12,3 milhões de pessoas no período.
• De 2010 a 2022, a taxa de crescimento anual da população do país foi de 0,52%. 
Trata-se da menor taxa desde o primeiro Censo do Brasil, em 1872.
• A região Sudeste tem 84,8 milhões de habitantes, o que representa 41,8% da população 
do país. Os três estados brasileiros mais populosos - São Paulo, Minas Gerais e Rio de 
Janeiro - concentram 39,9% da população brasileira.
• A região Centro-Oeste é a menos populosa, com 16,3 milhões de habitantes, ou 8,0% 
da população do país.
• Em 2022, as concentrações urbanas abrigavam 124,1 milhões de pessoas, 61%.
• Cerca de 44,8% dos municípios brasileiros tinham até 10 mil habitantes, mas apenas 
12,8 milhões de pessoas, ou 6,3% da população do país, viviam em cidades desse porte.
• Dentre as 27 capitais de estado (se levarmos em conta Brasília como capital do DF), 
10 tiveram queda em sua população. Isso é um fato inédito, visto que no CENSO 2010 
nenhuma capital havia até então perdido população em décadas.
5 https://population.un.org/wpp/
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
21 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Abaixo apresento-lhes gráficos/mapas mentais que elucidam alguns dados colhidos 
pelo CENSO 2023:
Notem que a população brasileira cresce em ritmo acelerado até a década de 70. Após 
esse período, considerado como sendo de EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA, vem a fase demográfica 
seguinte, denominada como TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilizaçãocivil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
22 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
23 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
As perdas populacionais em capitas se deram em todas as regiões, menos a Centro-Oeste. 
São Paulo, a nossa maior cidade, perdeu enorme fôlego de crescimento. O Rio de janeiro, 
segunda maior cidade e capital até 1960 ,inicia uma fase de perda de população na cidade.
O Brasil vive hoje uma fase demográfica do tipo Transição Demográfica (fase pós-Explosão 
Demográfica, onde as taxas de nascimento caem drasticamente se comparadas ao período 
anterior de explosão na fecundidade), ainda assim, justiça seja feita, podemos exaltar um 
crescimento populacional razoável, mesmo que baixo. Contudo, e isso é loguinho, loguinho, 
meu povo, acreditem em mim, o nosso país ingressará em sua fase final de transição para 
estrear, de imediato, um novo estágio demográfico. Inaugurará fase demográfica de total 
estabilização do crescimento populacional.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
24 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Isso significa que as nossas taxas de fecundidade, que caem bastante, não conseguirão 
promover índices minimamente vigorosos de crescimento vegetativo populacional. Na 
década seguinte, de 2030, estabilizaremos. Fiquem atentos! Deixaremos, então, a Explosão 
Demográfica lá para os anais da história, e a Transição Demográfica como lembrança de um 
passado recente, porém encerrado e sem mais nenhum reflexo prático. É desse modelo!
Assim, o que se prevê (e com imensa chance de se realizar), em prazo médio de até, mais 
ou menos, pouco antes do ano 2050 (talvez em 2047, ou, no máximo 2048) é que o início 
de um processo de depressão populacional ganhará lugar no Brasil caso sejam mantidas 
as atuais tendências. E sobre essas tendências trago péssimas notícias: não há qualquer 
chance de alteramos nosso destino demográfico. Com 99% de chance, nosso destino está 
traçado, e antes de 2050 já estaremos, segundo o IBGE, perdendo população.
As saídas são difíceis e residem, de um lado, em um projeto estatal (o qual não deu certo 
em quase nenhum país desenvolvido) que consiga promover o estímulo à natalidade com 
aportes financeiros robustos e benesses várias aos pais e mães; na outra ponta, com o 
mesmo intuito de vencer a queda populacional, estimular a entrada de imigrantes.
Desculpem, mas é até engraçado pensar que, ao menos em tese, um pouco menos de 
brasileiros não faria mal a ninguém. Mas do ponto de vista prático-estrutural-econômico-
realístico é uma tragédia um país perder população. Uma depressão populacional, tal qual 
atualmente mais de 20 países experimentam ao redor do globo, representa um franco 
envelhecimento da população e a incapacidade de se ter renovada a força de trabalho. 
Uma sociedade quando vive a depressão demográfica murcha, envelhece, não se renova e, 
por conseguinte, empobrece.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
25 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Brasil. População por estados segundo o Censo 2023: números absolutos, variação no 
crescimento anual e países comparados.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
26 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Percebam acima que, diferentemente das capitais de estado tal qual vimos na tabela 
apresentada logo acima, onde, em alguns casos, perderam população no interstício 2010-
2022, todas Unidades da Federação tiveram crescimento populacional (mesmo que mínimo). 
As que mais cresceram foram Roraima (41%), justificado em grande parte pela massiva 
entrada de imigrantes venezuelanos, principalmente ao longo dos últimos 5 anos, onde, 
estima-se, já perfizeram em torno de 20 por cento do total da população da Unidade da 
Federação e Santa Catarina, em segundo lugar. A U.F que menos cresceu foi Alagoas, com 
apenas 0.2% de crescimento total, muito em função da baixíssima força de sua economia. 
Alago-as, inclusive apresenta um dos maiores indicadores de população local que evadiu a 
Unidade da Federação, ou seja, possui alto saldo migratório negativo.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
27 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Brasil – Densidade Demográfica (2019):
Note haver no mapa anterior, acerca de nosso povoamento relativo, uma nítida 
concentração populacional na fachada litorânea (faixa que vai do litoral a mais ou menos 
150-200 km em direção ao interior). Fora isso, os pontos no interior do Brasil que possuem 
alto índice de adensamento são os chamados Enclaves Territoriais.
Enclaves e Anecúmenos
Os Enclaves Territoriais são estruturas artificialmente criadas, como cidades, polos 
industriais e até estradas, entre outros. Não importando sua classificação, o que determina 
ser um enclave é o fato de que ao surgirem a fórceps dentro dos espaços (incentivadas, 
em regra, pela iniciativa estatal), os enclaves passam a atrair para áreas onde não havia 
qualquer desenvolvimento, ou para lugares onde havia um baixo nível de desenvolvimento. 
Há uma gama de fatores de indução ao desenvolvimento: capital, pessoas, bens, serviços.
Dois exemplos clássicos de enclaves no Brasil são: Brasília e a Zona Franca de Manaus, 
enclaves indutores e de enorme sucesso em termos de desenvolvimento e de atração 
populacional, podendo ser estes bem percebidos no mapa de Densidade Demográfica 
mostrado anteriormente. São os pontos bastante avermelhados, ou seja, de alto adensamento, 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
28 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
e que se revelam, em contraste à grande parte interior de nosso território, como ilhas em 
meio a regiões praticamente remotas.
Para finalizar, vale destacar que o Brasil possui áreas em ANECÚMENOS, ou seja, em 
partes de um território onde os fatores naturais são impeditivos ao desenvolvimento 
humano. Os desertos, as áreas congeladas e partes alagadas e as selvas são exemplos 
globais neste sentido. Em nosso país, temos a Floresta Amazônica e, em menor escala, o 
Pantanal. O semiárido nordestino, com a vegetação da Caatinga, não é um exemplo claro 
de anecúmeno, massim uma zona de repulsa territorial, visto ser, por incrível que pareça, 
o semiárido mais habitado do mundo, com algo em torno de 23 milhões de e habitantes.
1.2.1. A EVOLUÇÃO DA DEMOGRAFIA BRASILEIRA E SEU ATUAL MOMENTO
Criado em 1938, o IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – realiza, a cada 
decênio (desde 1940), o Censo Demográfico: contagem da população que nos traz uma 
radiografia precisa acerca de uma gigantesca gama de fatores humanos e sociais de nosso 
imenso país e de sua população. Nos períodos entre censitários, o Instituto promove 
amostragens anuais com vistas manter atualizada a contagem decenal, o PNAD – Pesquisa 
Anual por Amostra de Domicílio.
Em 2020, o IBGE mais uma vez realizaria o Censo decenal (o último foi em 2010. Contudo, 
contingenciamentos de recursos e, principalmente, as dificuldades impostas pela Covid 
fizeram com que os trabalhos fossem adiados.
Em função das orientações do Ministério da Saúde relacionadas ao quadro de emergência de 
saúde pública causado pela COVID-19, o IBGE decidiu adiar a realização do Censo Demográfico 
para 2021. A decisão levava em consideração a natureza de coleta da pesquisa, domiciliar e 
predominantemente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores 
a cerca de 71 milhões de domicílios em todo o território nacional.
Considere, além disso, a impossibilidade de realização, em tempo hábil, de toda a cadeia 
de treinamentos para a operação censitária, cuja primeira etapa se iniciaria em abril de 
2020, de forma centralizada, e posteriormente replicada em polos regionais e locais até o 
mês de julho.
Para a realização da operação censitária em 2021, o IBGE estabeleceu formalmente com 
o Ministério da Saúde o compromisso de realocar o orçamento do Censo 2020 em prol das 
ações de enfrentamento ao coronavírus mantidas pelo Ministério.
Eis que uma outra reviravolta ocorre e o Censo, que seria realizado inicialmente em 2020 
(seguindo tradição histórica de realização do macrolevantamento a cada decênio), após 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
29 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
ser adiado em 2021, sofre outra mudança. Com a justificativa emanada pelo Ministro da 
Economia, Paulo Guedes, de não haver dinheiro, o Censo começou a ser realizado somente 
em 2022. Mais uma vez, o Censo foi adiado tendo seus primeiros resultados vindo a baila 
somente em meados de 2023. Gradativamente os dados vêm sendo desde Julho de 2023 
divulgados. Estiam-se que essa demora em realizar o Censo e a falta de propagandas efetivas 
do governo federal com vistas a estimular a participação da população no recenseamento fez 
com que em torno de um milhão de residencias simplesmente se negarem a abrir as portas 
para os recenseadores. Assim é bem possível que a população total do Brasil, calculada em 
203 milhões esteja, bem verdade, na casa dos 207 milhões. 
O Brasil chegou ao ano de 2023 com a seguinte taxa de crescimento populacional, 
segundo dados do mais recente CENSO:
• Crescimento populacional no Brasil entre 2015-2019: 0,7% ao ano (e em queda).
 Obs.: A atual fase de crescimento populacional do Brasil é denominada como sendo 
de TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA, tal qual vimos mais acima. Em 2022, o nosso 
crescimento populacional foi de 0.5% a. a. Tal indicador não pode jamais ser 
considerado alto se comparado em termos globais. Ao contrário, nossa população 
cresce menos que a média global (que cresce a 1.2% a. a.) e menos que quase todos 
os países da América do Sul (inclusive menos que a Argentina e Paraguai). Tenham isso 
em mente, caro (a) aluno (a) pois vai cair em PROVAS !!!! Ah, vale destacar, também 
crescemos menos atualmente que o Canadá e também que os EUA. O Brasil segue 
uma rota de países abastados, ou seja, de redução nos indicadores de crescimento 
populacional, principalmente impulsionados pela queda na natalidade.
EM relação a outros dados demográficos importantes abaixo, tal qual envelhecimento 
da população, expectativa de vida, vale destacar que os levantamentos não vem do CENSO, 
pois o mesmo não divulgou tais dados, mas sim das mais recentes informações emanadas 
pelo IBGE por suas pesquisas por amostragem e , assim que forem divulgados mais dados 
do Censo, trarei para vocês atualizados, ok? Mas sigam comigo!
• BRASIL: População com mais de 65 anos (2020): 9.4%.
Embora a sociedade brasileira não possa ser considerada ainda uma sociedade tipicamente 
envelhecida, a população brasileira se encontra em rota acelerada de envelhecimento.
BRASIL: Expectativa de vida média da população brasileira: Em 2021, A EXPECTATIVA 
MÉDIA DE VIDA DO BRASILEIRO ERA DE 77 ANOS. Destaco que este indicador precioso 
só vem crescendo ao longo das últimas décadas. Em países desenvolvidos, contudo, a 
expectativa média de vida já se encontra na casa dos 80 anos.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
30 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
Segundo o IBGE, no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo (as unidades da Federação 
com maior IDH), a expectativa de vida já se encontra superior aos 80 anos.
• BRASIL: Taxa de fecundidade: 1,7 filho por mulher.
A taxa de fecundidade representa o número médio de filhos por mulher em idade adulta 
(15-49 anos). Ela é considerada repositiva quando se encontra acima de dois filhos por 
mulher. No Brasil este indicador é não repositivo há mais de uma década (e nem em mais 
de 70 países), segundo a ONU.
É importante compreendermos que à medida que ocorre um padrão comportamental, 
o qual vem desde a década de 1980 (quando saímos da EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA para 
TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA), onde a contínua REDUÇÃO DA NATALIDADE é evidente em nossa 
demografia, há também uma consequente queda nesse indicador.
2 . PARt2 . PARtE II – ATUALIDADES BRASIL: POLÍTICA, ECONOMIA E E II – ATUALIDADES BRASIL: POLÍTICA, ECONOMIA E 
FATOSFATOS
2.1. A POLÍTICA BRASILEIRA2.1. A POLÍTICA BRASILEIRA
iNtROduÇÃO
Forma de governo: republicana.
Sistema de governo: presidencialismo.
O Legislativo Federal, com sede em Brasília, adota o modelo bicameral. Na Câmara dos 
Deputados, a composição é determinada pelos chamados representantes do povo, em 
número de 513 parlamentares. Lá, busca-se atender a uma representatividade que seja 
proporcional à população de cada unidade da Federação. São Paulo, nosso estado mais 
populoso, com 45 milhões de habitantes, possui 70 cadeiras na Câmara Federal. Já Roraima, 
Acre e Amapá, todas Unidades da Federação com menos de 1 milhão de residentes, possuem 
8 deputados federais cada. É interessante notar que a proporção de deputados em estados 
com pequena população acaba sendo a estes bem mais favorável quando comparada aos 
estados de grandes contingentes populacionais, como São Paulo. Há, portanto, distorções 
neste modelo representativo proporcional adotado na Câmara Federal.
Já o Senado Federal, a outra casa do Congresso Nacional, é composto por parlamentares 
representantes das Unidades da Federação que foram eleitos para mandato de 8 anos, 
em número de três senadores por cada UF. Assim, em um total de 27 UFs, são 81 senadores 
no Brasil.
Artur Lira (PP-AL) é o Presidente da Câmara dos Deputados e segundo na linha de 
sucessão presidencial. Já o Senado Federal é presidido por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), 
sendo também o Presidente do Congresso Nacional. Os dois comandarãosuas respectivas 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
31 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
casas até fevereiro de 2025, tendo sido ambos reeleitos. Eles são expoentes da chamada 
política do “centrão”, à qual o ex-presidente Jair Bolsonaro vinha buscando dar força e que 
com Lula permanecem fortes no comando do Legislativo Nacional.
2 .1 .1 . Os PARtidOs eM 2023
Os partidos em 2023: Bolsonarismo e a força do PL, o Novo União Brasil e Federação 
vencedora das eleições presidenciais (PT, Pc do B e PV).
Nos últimos dias de novembro de 2021, o ex-presidente Jair Bolsonaro, após 2 anos 
sem partido, anuncia sua filiação ao PL, o Partido Liberal, congregação política de direita 
e conservadora.
Bolsonaro foi Deputado Federal por sete mandatos, de 1991 a 2018. Concorreu à 
Presidência pelo PSL em 2018 e obteve 57 milhões de votos, derrotando Fernando Haddad, 
do PT. Em novembro de 2019, deixou o partido, anunciando a intenção de criar uma nova 
legenda que nunca saiu do papel: a Aliança Brasil. Não criou a legenda e ficou alguns meses 
sem partido, até se filiar ao PL e perder eleições de 2022
Em seu discurso realizado em 30 de novembro de 2021 ao ingressar no PL, o ex-Presidente 
proferiu críticas à atuação da Comissão de Direitos Humanos da Câmara e a políticas de 
educação de outros governos. Disse também não estar se lançando candidato à reeleição. 
Ou seja, mentiu, pois foi candidato. Veja um trecho:
Fiquei 28 anos dentro da Câmara dos Deputados, como alguns poucos aqui atingiram esse 
tempo. Mas há uma semelhança muito grande entre nós. Ninguém faz nada sozinho. E tudo pode 
acontecer. O futuro a Deus pertence. Aqui presente, além de vocês, pessoas maravilhosas, tem 
outras que são excepcionais, que marcaram mais a nossa vida. Eu vim do PP, Partido Progressista 
e confesso, prezado Valdemar, a decisão não foi fácil. Temos cada vez mais aberto um caminho 
enorme para construirmos aquela nação que todos nós queremos. Quem tem andado pelo Brasil 
vê cada vez mais, em qualquer lugar, as cores verde e amarela predominando e muito sobre o 
vermelho. Isso é um sinal de fé, de confiança, de esperança, de honestidade, as cores da nossa 
bandeira. Nós todos conseguimos fazer brotar do coração do brasileiro um sentimento de 
patriotismo, de amor à pátria.
O União Brasil, o novo partido formado através da fusão do PSL com o DEM - e homologado 
pelo TSE em fevereiro de 2022 – possuía 78 deputados já em sua largada, tendo, assim, a 
maior bancada de deputados de 2022. Porém, a nova congregação perdeu membros em 
função da debandada dos parlamentares ligados a Jair Bolsonaro e ao novo jogo de cadeiras 
promovido nas eleições de 2022.
Segundo dados do TSE de maio de 2023, temos a seguinte composição na Câmara dos 
Deputados:
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
32 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
COMPOSIÇÃO: A maior bancada é a do PL, com 99 deputados, o que representa um 
crescimento de 23%. Em seguida, vem a Federação formada por PT, PC do B e PV, que elegeu 
80 deputados (68 são do PT). A 3ª maior bancada é a do União Brasil, com 59 eleitos. A 
sigla que mais sofreu redução de representatividade na Câmara em 2022 foi o PP - elegeu 
37 nomes em 2018 e estava com uma bancada de 58 deputados no ano passado, mas só 
elegeu 47 de seus candidatos e caiu 11% no ranking das maiores bancadas, estando em 4º 
lugar na lista. 
PERFIL: O perfil médio dos deputados federais eleitos em 2022 seguiu o padrão dos 
últimos anos. Em sua maioria, são homens, brancos, casados e ricos – com patrimônio 
declarado igual ou superior a R$ 1 milhão. Candidatos autodeclarados pretos e pardos 
representam 26% da nova composição da Câmara a partir de 2023 – crescimento de 10% 
em 4 anos. Das 513 cadeiras em disputa, só 91 serão ocupadas por mulheres. A bancada 
feminina cresceu 18% em relação à legislatura anterior, em 2018, eram 15%.
A idade média dos eleitos é de 50 anos e a idade mais comum é 46 anos. A maioria dos 
deputados eleitos (150) tem entre 41 e 50 anos. Outros 120 eleitos têm de 51 a 60 anos. 
No grupo dos mais jovens, 110 têm entre 21 a 40 anos, e na faixa etária de 61 a 87 são 108 
eleitos. Sobre as declarações de etnia, 72,12% afirmaram ser brancos; 20,86%, pardos; 
5,26%, pretos; e menos de 1% afirmou ser indígena. Outros 3 deputados (0,58%) disseram 
ser amarelos e 1 não informou.
No Senado federal, na mesma data (maio de 2023) temos o seguinte quadro: pela primeira 
vez em 25 anos, o Senado terá um novo partido como maior bancada da Casa. O PSD tem 
16 senadores, seguido pelo PL, legenda do ex-presidente da República Jair Bolsonaro, com 
12 senadores - um salto de 12 senadores em relação ao início da legislatura anterior, em 
2019, quando a sigla ainda se chamava PR.
O MDB, atual maior partido do Senado, entrou o ano de 2023 como terceira maior 
bancada, seguido pelo União Brasil — com 10 e 9 senadores cada, respectivamente. O ano 
de 1998 foi a última vez em que o MDB não iniciou os trabalhos como maior partido do 
Senado. Na ocasião, a maior bancada era a do antigo PFL. Desde 1999, esse posto sempre 
pertenceu ao MDB.
TEXTO COMPLEMENTAR
O Financiamento de Campanhas no Brasil: o Fundão em 20226
Ao sancionar o orçamento da União para 2022, o Presidente Jair Bolsonaro 
manteve o valor de R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral, o chamado Fundão.
O Fundo Eleitoral é destinado aos partidos para financiarem a campanha política 
das eleições. Inicialmente, o valor seria de R$ 2,1 bilhões, porém, durante a aprovação 
do Orçamento no Congresso, subiu para R$ 4,9 bilhões.
6 Por: Professor Luis Felipe Ziriba, em 01/03/2022.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
33 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
O fundo de R$ 4,9 bilhões é mais que o dobro dos cerca de R$ 2 bilhões 
empregados nas eleições de 2018 e de 2020. Seu nascedouro se encontra em 2015, 
quando o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu vedar as doações eleitorais por 
empresas. A partir de então, o financiamento de campanha no Brasil passou a ser 
feito preponderantemente com recursos públicos, por meio do Fundo Especial de 
Financiamento de Campanha (FEFC), apelidado como Fundo Eleitoral, ou FUNDÃO.
Contudo, isso não significa que não haja mais financiamento privado de 
campanhas, uma vez que é permitido às pessoas físicas fazerem doações a seus 
candidatos ou partidos de preferência. Nas eleições gerais de 2018, por exemplo, 
19,4% das receitas eleitorais, o equivalente a R$ 1,1 bilhão, possuíram essa origem. 
Os próprios candidatos também podem bancar parte de suas próprias campanhas. 
Há, porém, limites e condições previstos na Lei da Eleições (Lei n. 9.504/1997) e nas 
normas eleitorais aprovadas pelo TSE, que devem ser observados com cuidado pelo 
candidato e pelo cidadão que pretende fazer uma doação.
Por mais estranho que pareça, o financiamento público de campanha e a proibição 
de financiamento empresarial se encontra em absoluta congruência ao que ocorre 
em democracias civilizadas, como França, Alemanha, Japão e Espanha. Aliás, mais 
de 100 países no mundo adotam essemodelo de financiamento. Porém, o atual 
aporte público brasileiro, de quase 5 bilhões de reais para as campanhas em 2022, 
é considerado, em termos globais o maior, disparado. Vale, portanto, a reflexão.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
34 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
7
2 .1 .2 . JAiR BOlsONARO e Os 4 ANOs de GOVeRNO
O INÍCIO
Eleito em segundo turno bradando um discurso: “contra tudo que está aí”, com 
vantagem de mais de 10 milhões de votos (55,13% dos votos válidos) sobre o seu adversário, 
Fernando Haddad (candidato do PT), o capitão reformado do Exército, Jair Bolsonaro, sai 
do baixo clero da Câmara dos Deputados, a casa legislativa em que fora parlamentar por 
quase 30 anos, para se tornar nosso 38º Presidente.
O núcleo ministerial mais radical de Jair Bolsonaro em sua origem, é (ou era) todo 
composto por seguidores do filósofo Olavo de Carvalho - triunvirato ministerial envolvendo, 
portanto, o Ministério das Relações Exteriores (Ministro Ernesto Araújo, demitido em fins 
de março de 2021 e substituído por Carlos Alberto França); o da Família e dos Direitos das 
Mulheres (Ministra Damares) e o da Educação. Nesta última pasta, Abraham Weintraub, 
assume o cargo em abril de 2019 (após a demissão de Ricardo Velez), e sai do governo em 
7 Em: https://www.poder360.com.br/congresso/brasil-e-o-pais-com-o-maior-gasto-publico-com-campanhas/
 FONTE: Impa (Instituto de Matemática Pura e Aplicada) e considera o orçamento dos fundos eleitoral e partidário.... Leia 
mais no texto original: (https://www.poder360.com.br/congresso/brasil-e-o-pais-com-o-maior-gasto-publico-com-
-campanhas/) © 2022 Todos os direitos são reservados ao Poder360, conforme a Lei n. 9.610/98. A publicação, redistri-
buição, transmissão e reescrita sem autorização prévia são proibidas.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
https://www.poder360.com.br/congresso/brasil-e-o-pais-com-o-maior-gasto-publico-com-campanhas/
35 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
meados de 2020. Em seu lugar assume, em definitivo, o Pastor Milton Ribeiro (também de 
orientação conservadora).
A QUESTÃO DAS ARMAS
Jair Bolsonaro, seguindo promessa feita em campanha - onde seu gesto mais simbólico 
era o de armas simuladas, com as duas mãos, promove (logo na largada de seu governo) 
decretos facilitando a posse de armas. Contudo, em maio de 2019, viu-se que suas 
pretensões armamentistas estavam, de fato, eivadas por inúmeras inconstitucionalidades, 
embora fossem baseadas, importante destacar tal ponto, no referendo sobre a proibição da 
comercialização de armas de fogo e munições, ocorrido no Brasil a 23 de outubro de 2005.
Tal consulta pública não aprovou o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento (Lei n. 
10.826, de 22 de dezembro de 2003). Tal artigo apresentava a seguinte redação:
Art. 35. É proibida a comercialização de arma de fogo e munição em todo o território nacional, 
salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei.
O referendo estava previsto e tinha data marcada no próprio Estatuto do Desarmamento. 
Como resultado, 64% da população disse “não”, ou seja, deveríamos seguir podendo 
comercializar armas e munições no Brasil, mas, de fato, não foi o que aconteceu. Meio 
que de imediato, a partir deste referendo as decisões legislativas e do Executivo 
federal sempre foram contra o armamento por parte da população civil. O resultado 
do referendo em tela não foi acatado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (2003-
2010) e o Brasil ao longo dos anos seguintes adotou uma política altamente refratária 
a aquisição de armas de fogo pela população civil.
Eis que o Presidente Jair Bolsonaro, ao tomar posse, por meio de decreto personalista, 
facilitou a posse de fuzis por parte da população civil interessada. Porém, a abertura (e 
facilidades) por parte da população brasileira para adquirir armas ainda segue para ser 
analisada mais profundamente em primeira instância pelo Congresso Nacional.
Acerca da facilitação da aquisição de armas de fogo para a população, premissa de campanha 
que foi arduamente perseguida por Jair Bolsonaro, tais medidas emanadas pelo Executivo 
federal desde a posse do ex-Presidente vêm sofrendo um severo controle por parte do 
Ministério Público Federal – órgão moderador que emitiu uma série de questionamentos 
sobre isso. Destacou, por exemplo, em outubro de 2019, via nota técnica, parecer em 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
36 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
que considera evidente que a flexibilização da aquisição de armas por policiais terá como 
resultado uma enorme facilitação ao desvio de armas para milícias.
As tratativas acerca de flexibilizar o armamento para a sociedade civil seguem em curso. 
Bolsonaro, em reunião ministerial divulgada em rede nacional, deixou claro perseguir a intenção 
de armar toda a população (segundo suas próprias palavras). Os decretos armamentistas 
que o Presidente editou na entrada de 2021 são os mais sérios e contundentes desde que 
assumiu o governo e vêm sendo analisados pelo Congresso Nacional, mas já possuem vigor 
a partir de abril de 2021.
Os Decretos n. 10.627/2021, 10.628/2021, 10.629/2021 e 10.630/2021, que modificam 
o Estatuto do Desarmamento, foram publicados em edição extra do Diário Oficial da União 
na noite do dia 12 de fevereiro de 2021, entrando em vigor em 60 dias.
As novas normas aumentam de quatro para seis o número de armas de fogo que um 
cidadão comum pode comprar e autorizam pessoas com direito ao porte de carregarem 
até duas armas de fogo ao mesmo tempo – antes o porte era concedido para uma arma 
específica, sem definir a quantidade.
Outra mudança permite que profissionais com direito a porte de armas, como integrantes 
das Forças Armadas e das polícias e membros da magistratura e do Ministério Público, 
possam adquirir até seis armas de uso restrito, como rifles e submetralhadoras.
Os textos também ampliam o acesso de colecionadores, atiradores e caçadores (CACs) 
a armas e munições sem a necessidade de autorização do Exército: até 60 armas para 
atiradores e até 30 para caçadores. Os CACs passam ainda a ter direito de comprar, por 
ano, insumos para recarga de até 2 mil cartuchos para armas de uso restrito e até 5 mil 
cartuchos de armas de uso permitido.
Nessa baila, o número de aquisições de armas regulares por cidadãos no Brasil cresceu 
como há muito tempo não se via. Nos três primeiros anos do governo Bolsonaro (2019 a 
2021), o registro de armas de fogo pela Polícia Federal mais do que triplicou em relação 
aos três anos anteriores (2016 a 2018). Nos três primeiros anos do mandato presidencial 
de Bolsonaro foram registradas uma média anual de 153 mil armas novas, aumento de 
225% em relação ao triênio anterior, quando a média anual foi de 47.141.
A chamada Bancada da Bala é uma coligação formada por um grupo de parlamentares, em 
geral militares, policiais, delegados e ruralistas, que defendem arduamente o armamento 
por parte da população e pretendem dar salvaguarda aos projetos de lei neste sentido.
O conteúdo destelivro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
37 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
Já no plano estrutural/econômico, uma primeira grande vitória do ex-mandatário 
se deu quando Bolsonaro, em conluio com seu Ministro da Economia ao longo de todo seu 
mandato presidencial de 4 anos, Paulo Guedes, conseguiu a aprovação da Reforma da 
Previdência na Câmara dos Deputados, em julho de 2019. Gestada originalmente no governo 
anterior (Michel Temer), porém em molde bastante draconiano, foi com Jair Bolsonaro na 
presidência que este novo marco, nascido com vistas a promover um ajuste nas contas 
públicas nacionais e correções de injustiças, se tornou realidade. Falaremos sobre a Reforma 
da Previdência, caro(a) aluno(a), tão importante e de enorme dimensão na vida nacional, 
um pouco mais à frente, de forma esmiuçada, ok?
A Política Externa Bolsonarista e as Relações com o Meio Ambiente
No plano externo, o governo de Jair Bolsonaro se alinhou, como há muito tempo não 
se via, com os EUA. Seguiu de forma nada velada uma diretriz sobretudo política, à medida 
que, junto a seu ex-chanceler Ernesto Araújo (que ficou à frente do Min. Rel. Exteriores 
de janeiro de 2019 a março de 2021), se identificava enormemente com as plataformas 
políticas adotadas por Donald Trump (2017-2020).
Bolsonaro, em sua primeira viagem oficial aos EUA, realizada no longínquo fevereiro de 
2019, volta de Washington oferecendo vantagens aos turistas americanos, como isenção 
de custas para vistos a todos os que aqui desejassem desembarcar como turistas. Além 
disso, nessa mesma viagem garantiu a compra de trigo plantado nos EUA com isenção de 
taxas alfandegárias por parte de nosso país. Em contrapartida, Trump devolve apenas 
uma vaga sinalização de que apoiaria o ingresso brasileiro na enfraquecida Organização 
para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). Vale o destaque, e muito 
importante anotarmos isso, que o pleito de entrada do Brasil no clube dos países ricos da 
OCDE permaneceu ao longo de todo o governo do ex-Presidente Bolsonaro, sendo arrefecido 
com a entrada de Lula na Presidência
O alinhamento escancarado promovido por Bolsonaro em torno de seu parceiro 
ideológico, Donald Trump, resultou, meses depois, em declarações de apoio proferidas 
pelo mandatário norte-americano a que nosso presidente prosseguisse aguerrido em 
defesa de seu projeto pessoal: tornar o Deputado Federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), 
um de seus filhos, embaixador do Brasil nos EUA. E Bolsonaro, em 2019, após quase um 
mês brigando contra a imprensa e (parte) da opinião pública, se demove da ideia ao ser 
acusado de promover uma tentativa de nepotismo.
Em setembro de 2019, ao assumir o posto destinado aos presidentes brasileiros e 
abrir a Assembleia-Geral anual da ONU em Nova York, por 30 minutos, o ex-Presidente 
se dirigiu ao mundo buscando deixar claro, entre outros pontos, que o seu governo 
era uma oposição ao socialismo/comunismo. Sobre seu discurso na ONU (24/9/2019), 
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
38 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
destaco dois pontos com vistas a facilitar nosso trabalho em Atualidades do Brasil, e que 
dão a exata dimensão do que seria seu governo ao longo dos quatro anos de mandato no 
que tange a temas como ideologia e meio ambiente. Veja:
BOLSONARO: A 1ª VEZ NA ONU (2019) E O SOCIALISMO
Bolsonaro abriu seu discurso dizendo que o Brasil “ressurge depois de estar à beira do 
socialismo”. Ele fez duras críticas a Cuba, especialmente ao programa Mais Médicos, que 
levou médicos cubanos para trabalhar no Brasil e na Venezuela.
Os cubanos deixaram o programa, iniciado durante o governo da ex-presidente Dilma 
Rousseff, com o rompimento do acordo de colaboração por parte de Havana após a eleição 
de Bolsonaro.
Meu país esteve muito próximo do socialismo, o que nos colocou numa situação de corrupção 
generalizada, grave recessão econômica, altas taxas de criminalidade e de ataques ininterruptos 
aos valores familiares e religiosos que formam nossas tradições.
Segundo Bolsonaro:
A história nos mostra que, já nos anos 60, agentes cubanos foram enviados a diversos países 
para colaborar com a implementação de ditaduras. Há poucas décadas tentaram mudar o regime 
brasileiro e de outros países da América Latina. Foram derrotados!
Bolsonaro acrescentou que o Brasil está trabalhando com os Estados Unidos para que a 
“a democracia seja restabelecida na Venezuela, mas também nos empenhamos duramente 
para que outros países da América do Sul não experimentem esse nefasto regime”.
O Foro de São Paulo, organização criminosa criada em 1990 por Fidel Castro, Lula e Hugo Chávez 
para difundir e implementar o socialismo na América Latina, ainda continua vivo e tem que ser 
combatido.
Ainda em seu primeiro discurso, investiu contra o que chamou de “sistemas ideológicos 
de pensamento que não buscavam a verdade, mas o poder absoluto” e relacionou isso ao 
ataque que sofreu durante a campanha, quando foi esfaqueado.
Afirmou, ainda, que “a ideologia” teria se instalado “no terreno da cultura, da educação 
e da mídia, dominando meios de comunicação, universidades e escolas”. Também teria 
invadido “lares” para, em suas palavras, “investir contra a célula mater de qualquer sociedade 
saudável, a família”.
“Tentam ainda destruir a inocência de nossas crianças, pervertendo até mesmo sua 
identidade mais básica e elementar, a biológica”, afirmou.
O ex-presidente brasileiro destacou também o “politicamente correto” que, segundo 
ele, “passou a dominar o debate público para expulsar a racionalidade e substituí-la pela 
manipulação”.
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para Nome do Concurseiro(a) - 000.000.000-00, vedada, por quaisquer meios e a qualquer título,
a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
https://www.grancursosonline.com.br
39 de 199www.grancursosonline.com.br
AtuAlidAdes
Atualidades Brasil
Luis Felipe Ziriba
“A ideologia invadiu a própria alma humana para dela expulsar Deus e a dignidade com 
que Ele nos revestiu”, afirmou. Essa “ideologia”, segundo ele, deixou “rastro de morte, 
ignorância e miséria por onde passou”.
E disse Bolsonaro que ele próprio foi “vítima”, quando foi esfaqueado por um “militante 
de esquerda”. O então candidato à Presidência foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira, 
em setembro de 2018.
O autor do crime foi detido e julgado incapaz de responder pelos próprios atos, porém 
segue preso como um preso “normal” na penitenciária de segurança máxima de Campo 
Grande, no Mato Grosso do Sul (uma das cinco penitenciárias federais deste tipo no Brasil). 
Sua defesa considera que Adélio foi considerado inimputável no julgamento do caso da 
facada, tendo sido “absolvido impropriamente”, no jargão jurídico. Portanto, seu status não 
pode ser considerado como preso, devendo ser levado a um hospital psiquiátrico.
BOLSONARO: A 1ª VEZ (2019) NA ONU E A AMAZÔNIA
Bolsonaro defendeu a soberania do Brasil sobre a Amazônia. Reforçou que a Amazônia 
não é um “patrimônio da humanidade”, tampouco “o pulmão do mundo”. Criticou ainda 
o que chamou de “os ataques sensacionalistas” de “grande parte da mídia internacional 
devido aos focos de incêndio”.
 Obs.: Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) mostraram um aumento