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Estrutura atômica QUÍMICA A - QUI09677 Aula 2 Prof. Dr. Zeca 05/04/2023 1 2 O átomo grego 3 Teoria atomística • A matéria é composta por partículas minúsculas, indivisíveis e imutáveis • O átomo seria alcançado ao dividir a matéria finamente, até o ponto de não ser possível mais dividi-la • Matéria discreta ou descontínua Empédocles Teoria cosmogônica dos 4 elementos • Fogo, Água, Terra e Ar • 4 elementos que compõem todo o universo • Os elementos sempre retornam à suas origens Leucipo Demócrito O átomo grego 4 John Dalton era filho de um tapeceiro inglês pobre. Dalton começou a dar aulas quanto tinha 12 anos. Passou a maior parte de sua vida em Manchester, onde lecionou tanto na escola secundária quanto na faculdade. Durante toda sua vida seu interesse em meteorologia o conduziu a estudar gases e, conseqüentemente, química. Estudava a teoria atômica eventualmente. MODELO ATÔMICO DE DALTON A teoria atômica surgiu durante o período 1803-1807 no trabalho de um professor inglês, John Dalton (1766-1844). O modelo atômico de Dalton 5 O modelo atômico de Dalton 6 • Todos os elementos químicos são formados de partículas extremamente pequenas – Átomos – que seriam o menor componente da matéria • Átomos de um mesmo elemento são idênticos em tamanho e massa • Respeita a Lei da conservação das massas: m REAGENTES = m PRODUTOS • Respeita a Lei das proporções definidas: A razão entre as massas dos elementos que formam um composto é sempre a mesma • Contribuição de Avogadro: Volumes iguais de gases, sob mesma pressão e temperatura, possuem a mesma quantidade de entidades Dalton Avogadro Experimentos em tubos de crookes 7 William Crookes (1832-1919), um químico e físico britânico. Foi o primeiro de vários cientistas a construir tubos de descarga de gás (1869): Chamados de tubos Crookes. Os eletrodos de um tubo Crookes são primeiro ligados a uma fonte de alta voltagem: cerca de 20.000 volts. O tubo é então conectado a uma bomba de vácuo e evacuado gradualmente por meio de um pequeno tubo lateral. Como a pressão no tubo diminui: Uma série de fenômenos podem ser observados. Experimentos em tubos de crookes 8 Tubo Crookes e o experimento da Cruz de Malta. Experimentos em tubos de crookes 9 Em 1887, o físico inglês J. J. Thomson (Joseph John Thomson, 1856-1940). Mostrou que as partículas no raio catódico são: Carregadas negativamente. Pela descoberta dos elétrons: J.J. Thomson recebeu o Nobel de Física de 1906. Experimentos em tubos de crookes 10 O modelo atômico de Thomsom 11 Experimentos de Thomsom com os tubos de raios catódicos 1. m ÁTOMO DE H ≈ 1000 m RAIOS CATÓDICOS 2. mRAIOS CATÓDICOS: independente do metal gerador 3. Os raios catódicos são negativamente carregados J. J. Thomsom Descoberta do e– O modelo do pudim de passas • Corpo do átomo: positivo, não tão rígido • Elétrons: partículas menores, negativas, imersas no corpo e me = 1,759 × 1011 C / kg O modelo atômico de Thomsom 12 J. J. Thomsom Modelo “pudim de ameixa” do átomo de J. J. Thomson. Ele imaginou que os pequenos elétrons estariam embutidos no átomo como passas em um pudim ou como sementes em uma melancia. Ernest Rutherford provou que o modelo dele estava errado. O modelo atômico de Thomsom 13 Pouco depois do início do século XX (em 1911): Experimentos realizados na Inglaterra pelos físicos: Ernest Rutherford (Neozelandês, 1871-1937), Ernest Marsden (Britânico, 1889-1970) e Johannes (Hans) Wilhelm Geiger (Alemão, 1882-1947) Levaram à substituição do modelo de Thomson. O modelo atômico de Rutherford 14 MODELO ATÔMICO DE RUTHERFORD Em 1911, Rutherford, Geiger e Marsden lançaram um fluxo de partículas alfa emitidas por uma pequena quantidade do elemento radioativo polônio: Em folhas finas de diversos materiais como mica, papel e ouro. Observaram que, embora muitas partículas atravessassem as folhas em linha reta: Algumas foram espalhadas, ou desviadas da linha reta. O modelo atômico de Rutherford 15 Os três cientistas ficaram intrigados pelo espalhamento da partícula alfa: O que causou o desvio e por que somente algumas das partículas foram desviadas? Projetaram um aparelho para medir o ângulo do desvio sofrido pelas partículas alfa: Pela passagem através de uma folha extremamente fina de ouro. As partículas alfa foram detectadas por um clarão formado sobre um anteparo: Revestido com uma camada de sulfeto de zinco fosforescente. O espalhamento das partículas de diferentes ângulos poderia ser detectado e os ângulos, medidos. O modelo atômico de Rutherford 16 O experimento da folha de ouro • Partículas α são muito rápidas → Todas deveriam atravessar a folha de Au (1) • Porém, algumas sofreram grandes desvios (2), outras inclusive retornaram (3) Rutherford Núcleo pequeno, denso e positivo Eletrosfera grande, vazia e negativa e– negativos circundando o núcleo O modelo atômico de Rutherford 17 Modelo de Rutherford explicando o espalhamento de partículas α. A lâmina de ouro tem a espessura de vários milhares de átomos. Quando uma partícula α colide com o núcleo de ouro (ou passa muito próximo dele), ela é fortemente repelida. A partícula α, que possui menos massa, é desviada de seu caminho por interações repulsivas. O modelo atômico de Rutherford 18 Rutherford concluiu que tais repulsões intensas poderiam justificar os maiores ângulos de espalhamento apresentados por poucas das partículas alfa: Realizou uma série de cálculos detalhados e mostrou que era realmente provável. O modelo de Rutherford representa: O átomo consiste de um pequeno núcleo rodeado por um grande volume no qual os elétrons estão distribuídos. O modelo atômico de Rutherford 19 Vista do corte transversal através do centro de um átomo. O núcleo (o qual contém prótons e nêutrons) é o local onde praticamente toda a massa do átomo está concentrada. O resto do átomo é o espaço no qual os elétrons, carregados negativamente e mais leves, se localizam. O núcleo carrega toda a carga positiva e a maior parte da massa do átomo. Devido ao modelo de Thomson não ser normalmente usado para interpretar os resultados dos experimentos de Rutherford, Geiger e Marsden: O modelo de Rutherford logo o substituiu. De fato, isto é a base para o conceito do átomo. O modelo atômico de Rutherford 20 O modelo atômico de Bohr 21 Niels Bohr (1885–1962) ESPECTROS DE LINHAS E O MODELO ATÔMICO DE BOHR Os trabalhos de Planck e Einstein: Abriram caminho para a compreensão de como os elétrons são distribuídos nos átomos. Em 1913 o físico dinamarquês Niels Henrick David Bohr (1885-1962): Propôs uma explicação teórica dos espectros de linhas. Vamos examinar esse fenômeno e estudar como Bohr usou as idéias de Planck e Einstein. Onde, a evidência da quantização da energia veio primeiramente do estudo dos espectros atômicos. O modelo atômico de Bohr 22 Niels Bohr (à direita) com Albert Einstein. Bohr fez importantes contribuições para a teoria quântica. De 1911 a 1913 estudou na Inglaterra, trabalhando primeiro com J. J. Thomson, na Universidade de Cambridge, e mais tarde com Ernest Rutherford, na Universidade de Manchester. Publicou sua teoria quântica do átomo em 1914 e recebeu o Prêmio Nobel de Física em 1922. O modelo atômico de Bohr 23 O modelo atômico de Bohr 24 Niels Bohr (1885–1962) • O átomo de Rutherford apresentava problemas teóricos: “Os elétrons, ao circundar o núcleo, deveriam perder energia e se chocar com o mesmo, causando a destruição do átomo” • Para resolver o problema, Bohr (aluno de Rutherford!) propôs uma série de postulados baseados na recém-surgida ideia de quantização da energia – Conceito das órbitas quantizadas O modelo atômico de Bohr 25 Linhas de emissão do átomo de hidrogênio (ν: frequência; λ: comprimento de onda) • Experimentos confirmaram a teoria → A quantização de Bohr estava correta! Série de Lyman (ultravioleta)Série de Balmer (visível) Série de Paschen (infravermelho) 656486434410 (nm): n: Espectro do átomo de hidrogênio: (nm) Espectro visível: O modelo atômico de Bohr 26 Linhas de emissão do átomo de hidrogênio (ν: frequência; λ: comprimento de onda) • Experimentos confirmaram a teoria → A quantização de Bohr estava correta! Série de Lyman (ultravioleta) Série de Balmer (visível) Série de Paschen (infravermelho) 2 2 2 2 1 2 1 2 1 1 1 1 1 ou v R R n n n n n1 = 1,2,... n2 = n1 + 1, n1 + 2,... R é a constante de Rydberg (3,29 x 1015 Hz ou 1,097 x 107 m-1); e n1 e n2 são números inteiros e positivos, sendo que n2 é maior que n1 O modelo atômico de Bohr 27 Depois que Rutherford descobriu a natureza nuclear do átomo: Os cientistas pensavam no átomo como um “sistema solar microscópico”. Os elétrons descreviam uma órbita ao redor do núcleo. Para explicar o espectro de linhas do hidrogênio: Bohr começou supondo que os elétrons moviam-se em órbitas circulares ao redor do núcleo. Entretanto, de acordo com a física clássica: Uma partícula carregada (como um elétron) que se move em uma trajetória circular perderia energia continuamente pela emissão de radiação eletromagnética. O modelo atômico de Bohr 28 À medida que o elétron perde energia: Deveria se mover em forma de espiral em direção ao núcleo. A matéria eventualmente acabaria por se autodestruir. Bohr abordou esse problema quase da mesma forma que Planck tinha abordado o problema da natureza da radiação emitida por objetos quentes: Assumiu que as leis predominantes da física eram inadequadas para descrever todos os aspectos dos átomos. Ele adotou a idéia de Planck de que as energias eram quantizadas. O modelo atômico de Bohr 29 Bohr baseou seu modelo em três postulados: 1. Somente órbitas de certos raios, correspondendo a certas energias definidas, são permitidas para os elétrons em um átomo. Bohr introduziu a quantização na descrição da estrutura eletrônica. 2. Um elétron em certa órbita permitida tem certa energia específica e está em um estado de energia “permitido”. Assim, o elétron não irradiará energia e, portanto, não se moverá em forma de espiral em direção ao núcleo. 3. A energia só é emitida ou absorvida por um elétron quando ele muda de um estado de energia permitido para outro. Essa energia é emitida ou absorvida como fóton, E = h. O modelo atômico de Bohr 30 Começando com seus três postulados e usando as equações clássicas de movimento e para interação entre cargas elétricas: Bohr calculou as energias correspondentes a cada órbita permitida. Essas energias encaixavam-se na seguinte fórmula: eq. 2 O número inteiro n, que pode assumir valores de 1 a infinito: É chamado número quântico. Cada órbita corresponde a um valor diferente de n. O raio da órbita aumenta à medida que n aumenta. -18 2 1 = (-2,18 x 10 J) E n O modelo atômico de Bohr 31 -18 2 1 = (-2,18 x 10 J) E n A emissão de luz. E = h E = h O modelo atômico de Bohr 32 Se o elétron pula de um estado inicial, com energia Ei para um estado final, com energia Ef, a variação de energia é: eq. 3 = f i fótonE E E E h O modelo atômico de Bohr 33 Substituindo a expressão e energia da eq. 2 na eq. 3 e recalculando = c/: eq. 4 ni e nf são os números quânticos principais dos estados inicial e final do átomo, respectivamente. Se nf é menor que ni, o elétron move-se para mais perto do núcleo e E é um número negativo, indicando que o átomo libera energia. Assim: Quando ni > nf, a energia é emitida. Quando nf > ni, a energia é absorvida 18 2 2 1 1 2.18 10 J f i hc E h n n O modelo atômico de Bohr 34 Linhas de emissão do átomo de hidrogênio (ν: frequência; λ: comprimento de onda) • Experimentos confirmaram a teoria → A quantização de Bohr estava correta! Série de Lyman (ultravioleta) Série de Balmer (visível) Série de Paschen (infravermelho) 656486434410 (nm): n: Espectro do átomo de hidrogênio: (nm) Espectro visível: O modelo atômico de Bohr 35 Exercício: se o elétron move-se de ni = 3 para nf = 1, qual o seu comprimento de onda emitido: O modelo atômico de Bohr 36 Exercício: se o elétron move-se de ni = 3 para nf = 1, qual o seu comprimento de onda emitido: Não incluímos o sinal negativo da energia nesse cálculo porque o comprimento de onda e a frequência são sempre fornecidos como grandezas positivas. O sentido do fluxo de energia é indicado quando se diz que o fóton de comprimento de onda 1,03 x 10-7 m foi emitido. -18 -18 -18 2 2 1 1 8 = (- 2,18 x 10 J) (- 2,18 x 10 J) - 1,94 x 10 J 1 3 9 Sabendo a energia para o fóton emitido, podemos calcular sua freqüência ou seu comprimento de onda. Para o comprimento E -34 8 -7 -18 de onda, temos: (6,63 x 10 Js)(3,00 x 10 m/s) = 1,03 x 10 m 1,94 x 10 J c hc E O modelo atômico de Bohr 37 Limitações do modelo de Bohr Enquanto o modelo de Bohr oferece uma explicação para o espectro de linhas do átomo de hidrogênio: Ele não pode explicar o espectro de outros átomos, a não ser de uma maneira muito incipiente. Além disso, existe um problema em descrever um elétron meramente como uma partícula circulando ao redor do núcleo: Veremos, o elétron exibe propriedades de ondas, fato que nosso modelo de estrutura eletrônica deve contemplar. O modelo de Bohr é apenas um importante passo em direção ao desenvolvimento de um modelo mais abrangente. O modelo atômico de Bohr 38 O mais importante sobre a teoria de Bohr é que ela apresenta suas idéias principais que também são incorporadas por nosso modelo atual: (1) os elétrons existem apenas em níveis de energia distintos, que são descritos pelos números quânticos. (2) A energia está envolvida na movimentação de um elétron de um nível para outro. Além disso, parte do vocabulário associado com o novo modelo remonta ao modelo de Bohr. Por exemplo, ainda usamos a idéia de estados fundamentais e excitados para descrever as estruturas eletrônicas dos átomos. O modelo atômico de Bohr 39 O mais importante sobre a teoria de Bohr é que ela apresenta suas idéias principais que também são incorporadas por nosso modelo atual: (1) os elétrons existem apenas em níveis de energia distintos, que são descritos pelos números quânticos. (2) A energia está envolvida na movimentação de um elétron de um nível para outro. Além disso, parte do vocabulário associado com o novo modelo remonta ao modelo de Bohr. Por exemplo, ainda usamos a idéia de estados fundamentais e excitados para descrever as estruturas eletrônicas dos átomos. O modelo atômico de Bohr 40 Mais desenvolvimentos da mecânica quântica 41 Dualidade partícula-onda • Toda a matéria apresenta características tanto ondulatórias como corpusculares, comportando-se de um ou outro modo dependendo do experimento específico. Princípio da incerteza • Não é possível se determinar, com exatidão e simultaneamente, a posição e o momento de um elétron Louis De Broglie (1892–1987) W. K. Heisenberg (1901–1976) Comprimento de onda de De Broglie: λ = h p h m v = Toda matéria tem seu λ! ΔxΔp = h 4π ħ 2 = Δx Δp ħ 2Δx Δp = Mais desenvolvimentos da mecânica quântica 42 Mais desenvolvimentos da mecânica quântica 43 Por exemplo: elétron tem massa de 9,11 x 10-31 Kg e move-se a uma velocidade média de aproximadamente 5 x 106 m/s em um átomo de hidrogênio. Vamos supor que conhecemos a velocidade para uma incerteza de 1% (isto é, uma incerteza de (0,01)(5 x 106 m/s) = 5 x 104 m/s) e que essa é a única fonte importante de incerteza no momento para que mv = mv. O diâmetro de um átomo de hidrogênio é apenas 2 x 10-10 m, a incerteza é muito maior do que o tamanho do átomo. Não temos idéia de onde o elétron esta localizado no átomo. -34 -9 -31 4 6,63 x 10 J s 1 x 10 m4 4 (9,11 x 10 Kg)(5 x 10 m/s) h x m v Mais desenvolvimentos da mecânica quântica 44 A hipótese de De Broglie e o princípio da incerteza de Heisenberg: Estabeleceram a base para um nova teoria de estrutura atômica e mais largamente aplicável. Qualquer tentativa de definir precisamente a localização e o momento instantâneos do elétron é abandonada. O resultado é um modelo que descreve precisamente a energia do elétron enquanto define sua localização em termos de probabilidades. Werner Karl Heisenberg recebeu o Nobel de Física de 1932, pela criação da mecânica quântica, cujas aplicações levaram à descoberta, entre outras, das formas alotrópicas do hidrogênio. Mais desenvolvimentos da mecânica quântica 45 O átomo de Schrödinger 46 Um átomo baseado no caráter ondulatório do elétron • O princípio da incerteza de Heisenberg impede que o elétron seja tratado como partícula, ou seja, impede que determinemos a posição e a velocidade do elétron com exatidão • Contudo, devido ao seu minúsculo tamanho e massa, o elétron tem um forte caráter ondulatório, de acordo com a dualidade partícula-onda de De Broglie Erwin Schrödinger (1887–1961) • Logo, o modelo atômico de Schrödinger foi construído a partir de funções de onda • Função de onda: A maneira mais completa de se descrever um sistema quântico • Equação de Schrödinger: Determina a função de onda de qualquer sistema O átomo de Schrödinger 47 Erwin Schrödinger (1887–1961) Hψ = EψOperador Hamiltoniano Função de onda Autovalores de energia ħ2 2m – d2ψ dx2 + Vψ = Eψ Energia cinética Energia potencial Equação de movimento Mecânica clássica Mecânica quântica 2ª Lei de Newton (F = ma) Equação de Schrödinger O átomo de Schrödinger 48 O átomo de Schrödinger 49 O átomo de Schrödinger 50 Na interpretação de Max Born (1882-1970) da função de onda: A probabilidade de encontrar a partícula em uma região é proporcional ao quadrado de . 2 é uma densidade de probabilidade: Para obtermos a probabilidade de que a partícula esteja em uma pequena região do espaço: Multiplicamos 2 pelo volume da região. O átomo de Schrödinger 51 O átomo de Schrödinger 52 De acordo com a interpretação de Born: Desde que 2 seja grande, há uma alta densidade de probabilidade para a partícula. Se 2 é pequena, há somente uma baixa densidade de probabilidade para a partícula. Se , e conseqüentemente 2 for 0: Há densidade de probabilidade zero para a partícula. Uma posição que passa por 0 é chamada nó: A partícula tem densidade de probabilidade zero quando a função de onda tem nós. O átomo de Schrödinger 53 Nó A interpretação de Born da função de onda. A densidade de probabilidade é dada pelo quadrado da função de onda (a linha azul), como desenhada na densidade do sombreado na banda. Veja que a densidade de probabilidade é 0 em um nó. Um nó é um ponto onde a função de onda passa pelo 0, não meramente aproxima-se de 0. O átomo de Schrödinger 54Distribuição da densidade eletrônica no estado fundamental do átomo de hidrogênio. Orbital atômico: Região do espaço onde é mais provável encontrar o elétron O átomo de Schrödinger 55 E quais são as soluções para a equação de Schrödinger? Função de Onda Equação Diferencial Série de Soluções Números Quânticos: n, l, mlOrbitais s px pz py Números quânticos 56 Principal ( n ) Secundário ( l ) Magnético ( m ) • Define a camada eletrônica • Define o grupo de orbitais • Assume os valores: ETOTAL = – Z me e 4 n2 8h2 ε02 n = 1 2 3 4 5 6 7 K L M N O P Q • Define a energia do e– • Define a subcamada • Define a forma do orbital • Assume os valores: l = 0 1 2 3 Orbital s Orbital p Orbital d Orbital f • Dentro de uma mesma subcamada l, os orbitais se diferem somente pela orientação do espaço • Assume os valores: ml = 0, ±1, ±2, ±3, .... ± l Ex) Orbital d → l = 2 m = –2, –1, 0, +1, +2 • Cada valor de l confere uma diferente geometria • Existem 2l+1 valores de m dentro de cada subcamada Relação entre os valores de n, l e ml até n = 4 n = indica o tamanho e a energia do orbital; l = indica a forma do orbital; ml = a direção. Números quânticos 57 O formato dos orbitais 58 Distribuição da densidade eletrônica no estado fundamental do átomo de hidrogênio e representações de superfícies limite para os orbitais 1s, 2s e 3s. Os raios relativos das esferas correspondem à probabilidade de até 90% de se encontrar o elétron dentro de cada esfera. O formato dos orbitais 59 Distribuição de densidade eletrônica nos orbitais 1s, 2s 3s. A parte inferior da figura mostra como a densidade eletrônica, representada por 2, varia como função da distância r ao núcleo. As superfícies ao redor do núcleo nas quais 2 é zero são chamadas nós. O formato dos orbitais 60 (a) Distribuição de densidade eletrônica de um orbital 2p. (b) Representações dos três orbitais p. Observe que o índice inferior nos símbolos dos orbitais indica o eixo ao longo do qual o orbital se encontra. O formato dos orbitais 61 A superfície limite de um orbital d é mais complicada que as dos orbitais s e p. Há, de fato, cinco orbitais d de uma dada energia; quatro deles têm quatro lóbos, um é ligeiramente diferente. Em nenhum caso, um elétron que ocupa um orbital d será encontrado no núcleo. O formato dos orbitais 62 Em 1925, o físico austríaco Wolfgang Ernst Pauli (1900-1958) descobriu o princípio que governa a distribuição dos elétrons em átomos polieletrônicos. O princípio da exclusão de Pauli afirma que: Dois elétrons em um átomo não podem ter o conjunto de quatro números quânticos n, l, ml e ms iguais. Para um dado orbital (1s e 2pz etc.), os valores de n, l e m são fixos. Se quisermos colocar mais de um elétron em um orbital e satisfazer o princípio de exclusão de Pauli: A única escolha é assinalar diferentes valores de ms para os elétrons. Átomos polieletrônicos 63 64 Como existem apenas dois valores para ms: Um orbital pode receber o máximo de dois elétrons, e eles devem ter spins opostos. Essa restrição relaciona os elétrons em um átomo, dando seus números quânticos e definindo a região no espaço onde cada elétron é mais provável de ser encontrado. Entendemos a estrutura dos elementos da tabela periódica. Átomos polieletrônicos 65 REGRA DE HUND Friedrich Hermann Hund (1896-1997) foi um físico alemão. Desenvolveu o Princípio da Máxima Multiplicidade, conhecido como Regra de Hund (1927). As configurações eletrônicas nos dizem em quais orbitais os elétrons de um elemento estão localizados. Átomos polieletrônicos 66 Três regras: • Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n. • Dois elétrons com o mesmo spin não podem ocupar o mesmo orbital (Pauli). • Para os orbitais degenerados, os elétrons preenchem cada orbital isoladamente antes de qualquer orbital receber um segundo elétron (regra de Hund). A regra de Hund diz que os elétrons ocuparão individualmente os orbitais até a máxima extensão possível, com o mesmo número quântico magnético de spin. Os elétrons distribuídos dessa forma têm spins paralelos. Átomos polieletrônicos 67 Diagrama esquemático dos níveis de energia de um átomo multieletrônico com Z < 21 (até o cálcio). Há uma mudança na ordem para Z 21 (do escândio em diante). Este é o diagrama que justifica o princípio do preenchimento, sendo permitido que até dois elétrons ocupem cada orbital. Átomos polieletrônicos 68 POPULAÇÃO DAS CAMADAS E CONFIGURAÇÃO ELETRÔNICA A maneira na qual os elétrons são distribuídos entre os vários orbitais de um átomo é chamada: Configuração eletrônica. Se não existirem restrições nos possíveis valores para os números quânticos dos elétrons: Todos os elétrons se aglomerariam no orbital 1s porque é o mais baixo em energia. O princípio da exclusão de Pauli nos diz que pode haver no máximo dois elétrons em um único orbital. Assim os orbitais são preenchidos em ordem crescente de energia, com não mais quedois elétrons por orbital. Átomos polieletrônicos 69 Nesse tipo de representação, que chamaremos configuração de quadrículas, cada orbital é representado por uma quadrícula e cada elétron, por um meia-seta. O hidrogênio tem um elétron, que ocupa o orbital 1s em seu estado fundamental. Aqui, a escolha de um elétron de spin +½ é arbitrária. Poderíamos igualmente mostrar o estado fundamental com um elétron de spin -½ no orbital 1s. É habitual mostrar os elétrons desemparelhados com seus spins para cima. Átomos polieletrônicos 70 Átomos polieletrônicos 71 Átomos polieletrônicos 72 Átomos polieletrônicos 73 Átomos polieletrônicos 74 Átomos polieletrônicos 75 Átomos polieletrônicos 76 Átomos polieletrônicos 77 Átomos polieletrônicos 78 Átomos polieletrônicos 79 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS CONDENSADAS O neônio tem o subnível 2p completo. O sódio marca o início de um novo período. Logo, escrevemos a configuração eletrônica condensada para o sódio como: 11Na: [Ne] 3s1 [Ne] representa a configuração eletrônica do neônio. Elétrons mais internos: os elétrons no [Gás Nobre]. Elétrons de valência: os elétrons fora do [Gás Nobre]. Átomos polieletrônicos 80 METAIS DE TRANSIÇÃO Depois de Ar, os orbitais d começam a ser preenchidos. Depois que os orbitais 3d estiverem preenchidos, os orbitais 4p começam a ser preenchidos. Metais de transição: são os elementos nos quais os elétrons d são os elétrons de valência. Átomos polieletrônicos 81 LANTANÍDEOS E ACTINÍDEOS Do Ce em diante, os orbitais 4f começam a ser preenchidos. Observe: La: [Kr]6s25d14f1 Os elementos Ce-Lu têm os orbitais 4f preenchidos e são chamados lantanídeos ou elementos terras raras. Os elementos Th-Lr têm os orbitais 5f preenchidos e são chamados actinídeos. A maior parte dos actinídeos não é encontrada na natureza. O formato dos orbitais 82 CONFIGURAÇÕES ELETRÔNICAS E A TABELA PERIÓDICA A tabela periódica pode ser utilizada como um guia para as configurações eletrônicas. O número do período é o valor de n. Os grupos 1 e 2 têm o orbital s preenchido. Os grupos 13-18 têm o orbital p preenchido. Os grupos 3-12 têm o orbital d preenchido. Os lantanídeos e os actinídeos têm o orbital f preenchido. Átomos polieletrônicos 83 Digrama de bloco da tabela periódica mostrando a disposição dos elementos de acordo com o tipo de orbital sendo preenchido pelos elétrons. O formato dos orbitais 84 85 Configuração eletrônica 86 K 1s2 L 2s2 2p6 Q 7s2 7p6 M 3s2 3p6 3d10 P 6s2 6p6 6d10 N 4s2 4p6 4d10 4f14 O 5s2 5p6 5d10 5f14 2 3 4 5 6 7 8 1 Distribuição eletrônica • Distribuição dos elétrons de um átomo dentro de seus orbitais • Segue os princípio de Aufbau (princípio da construção) e pela Regra de Madelung: 1. Os orbitais são preenchidos em ordem crescente de n + l 2. Se dois orbitais tem o mesmo valor de n + l, segue-se então a ordem crescente de n 87 K 1s2 L 2s2 2p6 Q 7s2 7p6 M 3s2 3p6 3d10 P 6s2 6p6 6d10 N 4s2 4p6 4d10 4f14 O 5s2 5p6 5d10 5f14 2 3 4 5 6 7 8 1 • Ex) Dê a configuração eletrônica ----- dos seguintes elementos: 7N 20Ca 35Br 8O 16S Configuração eletrônica 88 K 1s2 L 2s2 2p6 Q 7s2 7p6 M 3s2 3p6 3d10 P 6s2 6p6 6d10 N 4s2 4p6 4d10 4f14 O 5s2 5p6 5d10 5f14 2 3 4 5 6 7 8 1 • Ex) Dê a configuração eletrônica ----- dos seguintes elementos: 7N 1s 2 2s2 2p3 20Ca 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 35Br 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 8O 1s 2 2s2 2p4 16S 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p4 Configuração eletrônica 89 • Ex) Quantos elétrons existem na camada de valência destes elementos? 7N 1s 2 2s2 2p3 20Ca 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 35Br 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 8O 1s 2 2s2 2p4 16S 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p4 Configuração eletrônica 90 • Ex) Quantos elétrons existem na camada de valência destes elementos? 7N 1s 2 2s2 2p3 20Ca 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 35Br 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p6 4s2 3d10 4p5 8O 1s 2 2s2 2p4 16S 1s 2 2s2 2p6 3s2 3p4 Configuração eletrônica Camada de valência: 2 (L) Quantidade de e–: 2 + 3 = 5 Camada de valência: 2 (L) Quantidade de e–: 2 + 4 = 6 Cam. valência: 3 (M) Quant. de e–: 2 + 4 = 6 Cam. valência: 4 (N) Quant. de e– = 2 Cam. valência: 4 (N) Quant. de e–: 2 + 5 = 7 91 Preenchimentos dos orbitais: Princípio da exclusão de Pauli • “2 elétrons não podem apresentar o mesmo conjunto de números quânticos” • 4º número quântico: spin – s ou ms 1 s = + 1 2 1 s = – 1 2 Ex) Faça o preenchimento dos orbitais atômicos do oxigênio Configuração eletrônica do 8O: 1s2 2s2 2p4 1s2 2s2 2p4 En er gi a ml = – 1 0 + 1 0 0 ml = ml = Configuração eletrônica 92 Preenchimentos dos orbitais: Princípio da exclusão de Pauli • “2 elétrons não podem apresentar o mesmo conjunto de números quânticos” • 4º número quântico: spin – s ou ms 1 s = + 1 2 1 s = – 1 2 Ex) Agora, dê o conjunto dos 4 números quânticos dos elétrons em azul e vermelho 1s2 2s2 2p4 En er gi a ml = – 1 0 + 1 0 0 n = 2 ml = – 1 l = 1 ms = + ½ ml = ml = n = 2 ml = – 1 l = 1 ms = – ½ 0 1 2 3 Orbital s Orbital p Orbital d Orbital f Configuração eletrônica RESUMO 93 94 • Obrigado. • zecaufes@gmail.com • 21967285386 95 mailto:zecaufes@gmail.com
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