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Setembro Amarelo: Um mês para valorizar a vida A campanha Setembro Amarelo tem como objetivo conscientizar a população sobre a importância de prevenção do suicídio, alertando que a vida é um bem precioso e que deve ser valorizada. by Raphael Pacheco Raiane Eloá Anna França 1 O impacto do suicídio Brasil No Brasil, em 2019, 13.985 pessoas tiraram suas próprias vidas. Esse número é maior do que o total de mortes por câncer de mama e de próstata juntos. Mundo Mundialmente, cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio por ano. É a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. Uma realidade global O suicídio não escolhe idade, sexo, raça ou religião. Pode afetar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. 2 Fatores de risco 1 Problemas de saúde mental Transtornos como depressão, ansiedade e esquizofrenia aumentam o risco de comportamento suicida. 2 Eventos traumáticos Perda, abuso, divórcio, doença grave e outras adversidades da vida podem ter um impacto negativo na saúde mental de uma pessoa. 3 Uso de substâncias O uso de álcool e drogas pode levar a mudanças de humor e comportamento, além de aumentar o risco de suicídio. 4 Sinais de alerta Se você está preocupado com o bem-estar de alguém, conheça os sinais de ideação suicida: falar sobre a morte, expressar desesperança, doar posses ou mudanças no comportamento ou humor. 3 Fatores de risco nutricionais 1 Anemia ferropriva A anemia pode ter sintomas muito semelhantes aos da depressão, como falta permanente de energia, falta de apetite e desmotivação para o trabalho ou atividades de lazer. Além disso, a anemia é um diagnóstico diferencial da depressão. 2 Triptofano O triptofano é um aminoácido que o corpo usa para produzir serotonina, um neurotransmissor que ajuda a regular o humor. A deficiência de triptofano pode levar a uma diminuição na produção de serotonina, o que pode resultar em sintomas de depressão. 3 Deficit de b1 ,b6 e b12 , A deficiência de vitaminas do complexo B, especialmente as vitaminas B1, B3, B6 e B12, tem sido associada à depressão. Essas vitaminas são essenciais para a função neuronal e a produção de neurotransmissores. sintomas da depressão. 4 Disbiose A disbiose intestinal e a depressão estão diretamente relacionadas. A disbiose pode resultar em uma deficiência de serotonina, um neurotransmissor que regula o humor. 4 Alimentos fontes para combater : Ferro Carne bovina, frango, peixe, frutos do mar Triptofano Queijo, amendoim, castanha de caju, ovo, abacate, couve-flor e banana Complexo B Vitamina B1 (Tiamina): Cereais integrais, carnes, nozes, sementes, legumes e frutas. Vitamina B6 (Piridoxina): Carnes, cereais integrais, legumes, nozes e bananas. Vitamina B9 (Ácido fólico): Vegetais verdes folhosos, legumes, frutas cítricas e feijão. Vitamina B12 (Cobalamina): Carnes, peixes, laticínios e ovos. Disbiose Fibras soluveis e insoluveis, alho, feijão,chia, farelo de aveia ,banana verde 5 PSIQUIATR IA NUTRICIONAL O conceito de psiquiatria nutricional baseia-se na ideia de que os alimentos que comemos podem ter um impacto em nossa saúde mental. Este campo de estudo é relativamente novo, mas tem ganhado atenção nos últimos anos. Um dos estudos mais conhecidos neste campo é o ensaio SMILES, conduzido pelo Food and Mood Centre. O ensaio SMILES (Supporting the Modification of lifestyle in Lowered Emotional States) foi o primeiro do seu tipo a investigar a questão “se eu melhorar minha dieta, meu humor melhorará?”. O estudo começou em 2012 e o recrutamento foi concluído em 2015. Os resultados deste estudo estão agora publicados EM DIVERSAS REVISTAS. O ensaio SMILES foi um ensaio controlado randomizado, de 12 semanas, em grupo paralelo, simples-cego, de uma intervenção dietética adjunta no tratamento da depressão moderada a grave. A intervenção consistiu em sete sessões individuais de consultoria nutricional ministradas por um nutricionista clínico. Os resultados indicaram que a melhoria da dieta pode fornecer uma estratégia de tratamento eficaz e acessível para o manejo deste transtorno mental altamente prevalente. HOUVE UMA MELHORA DE 30% NO GRUPO QUE ADERIU A DIETA, MOSTRANDO O PODER DA ALIMENTAÇÃO NAS PATOLOGIAS MENTAIS. FONTE: Inccor - Thais Bessa é doutora em ciências cardiovasculares com ênfase em psiquiatria nutricional pela faculdade de medicina da UFF, professora e pesquisadora em nutrição clínica, dá aulas e cursos em todo o Brasil. Realizou diferentes formações, inclusive com certificação internacional no EUA. 6 Prevenção do suicídio Converse com alguém Se você estiver passando por momentos difíceis, converse com alguém de confiança ou procure ajuda profissional. Reduza o estresse Encontre maneiras de gerenciar o estresse, como praticar yoga, meditação ou fazer exercício físico. Não tenha medo de pedir ajuda Aproveite recursos como terapias, grupos de apoio e apoio online. Saiba o que fazer Saiba quais são os recursos locais disponíveis e aprenda a conversar com alguém em risco. 7 Como ajudar alguém em risco 1 Esteja presente Mostre que você está lá para ouvir e apoiar. Ofereça um ombro para chorar ou saia para fazer algo divertido. 2 Tenha uma conversa Fale com a pessoa em um lugar calmo e tranquilo. Pergunte como a pessoa está se sentindo e ouça atentamente. 3 Ofereça ajuda Ofereça ajuda para encontrar recursos e serviços de suporte, como conselheiros ou terapeutas. 8 Recursos disponíveis Terapia online Terapeutas licenciados estão disponíveis online para sessões de aconselhamento e terapia. Textline Um serviço sintomático de treinadores para ajudá-lo a navegar por qualquer problema pelo chat. Linha de ajuda Procure ajuda imediata ligando para uma linha de ajuda ao suicídio. 9 O seu compromisso com a causa Conscientização contínua Eduque a si mesmo e aos outros sobre os sinais de alerta e recursos disponíveis. Redes de apoio Crie redes de apoio dentro de sua comunidade para que ninguém tenha medo de pedir ajuda. Aplicação prática Use seus conhecimentos para ajudar a si mesmo e aos outros. 10