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FACULDADE ESTÁCIO DO AMAZONAS CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO SAUDE COLETIVA UBS Luz Cristina Galviz Amaral Manaus, 2020 Luz Cristina Galviz Amaral RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO SAUDE COLETIVA UBS Supervisor de Estágio: Marcelo Cavalcante Manaus, 2020 Relatório apresentado à Faculdade Estácio do Amazonas para obtenção de nota na disciplina de Estágio Supervisionado Saúde Coletiva do curso de Graduação em Nutrição. Sumário 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4 2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO ..................................................................................... 6 3 APRESENTAÇÃO ................................................................................................... 7 3.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO, DO ACADÊMICO, DO SUPERVISOR DE CAMPO (LOCAL), DOS PROFESSORES ORIENTADORES. ................................ 7 4 DESENVOLVIMENTO ............................................................................................. 8 4.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ....................................................................... 9 5.REVISÃO BIBLIOGRAFICA: FISIOPATOLOGIA ................................................. 10 6.CASO CINICO ....................................................................................................... 16 6.1 Identificação do Paciente ................................................................................. 16 6.2 Avaliação Clinica .............................................................................................. 17 6.3 Avaliação antropométrica ................................................................................. 17 6.4 Distribuição de nutrientes ................................................................................. 17 6.5 Distribuição de macronutriente......................................................................... 19 6.6 Cardápio proposto. ........................................................................................... 20 6.7 Cardápio calculado .......................................................................................... 21 6.8 Conduta nutricional .......................................................................................... 22 7.CONCLUSÃO ........................................................................................................ 23 8.REFERENCIAS ...................................................................................................... 24 9.ANEXOS ................................................................................................................ 25 4 1 INTRODUÇÃO A origem do campo da Saúde Coletiva se dá em 1950, segundo Nunes (1994). Schraiber (2008) reforça o final da década de 1970 como o marco de surgimento do termo Saúde Coletiva no Brasil, juntamente com a criação da associação civil que representaria o campo – a Associação Brasileira de Pós- Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). A Saúde Coletiva consolidou-se, então, como parte de um movimento mais amplo da América Latina. A manifestação desse campo foi composta por três momentos: a fase pré-Saúde Coletiva, de 1955 a 1970, marcada pela instauração do projeto preventivista; a fase da medicina social, que vai até o final dos anos 1970; e a terceira fase, que vai do final dos anos 1970 até pelo menos 1994, sendo o último momento considerado o período de Saúde Coletiva propriamente dita, refletido nas práticas de saúde, no plano epistemológico e formação de recursos humanos (NUNES, 1994). Paim (2008) ressalta que, juntamente com o conceito de Saúde Coletiva, instala-se um amplo projeto de reforma social visando modificar a assistência desigual à saúde da população brasileira, envolvendo a democratização da saúde, realce da consciência sanitária sobre saúde e seus fatores determinantes, e o reconhecimento do direito à saúde, característico da cidadania, garantindo o acesso universal e igualitário ao Sistema Único de Saúde (SUS) e participação social nas decisões de políticas e na gestão em saúde. Quanto à sua definição, Nunes (2007) atribui à interdisciplinaridade como um dos fatores que impossibilitam uma teoria unificadora que explique o conjunto dos objetos de estudo desta área, sendo esta a característica mais fortemente associada à Saúde Coletiva. A dificuldade de se definir o campo reside na composição heterogênea, tanto profissional quanto institucional, dos autores da Saúde Coletiva, cujas pesquisas abarcam disciplinas diversas, como a Epidemiologia, as Ciências Sociais e Humana e a Filosofia. Sendo assim, a Saúde Coletiva é campo fundamentado na interdisciplinaridade como possibilitadora de um conhecimento ampliado de saúde e na multiprofissionalidade como forma de enfrentar a diversidade interna ao saber/fazer das práticas sanitárias (NUNES, 1994). 5 Dentre as diversas estratégias e programas do SUS, a Estratégia de Saúde da Família (ESF), que surgiu em 1994, foi criada com o intuito de desenvolver ações de promoção e proteção do indivíduo, da família e da comunidade, garantindo acesso universal aos serviços de saúde (HENRIQUE e CALVO, 2009). A ESF conta com equipes interdisciplinares que buscam proporcionar um atendimento integral em saúde. Em 2008 foram criados os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF), que contam com equipes multiprofissionais, pertencentes à ESF, atuantes na saúde e assistência social, sendo o nutricionista um dos profissionais que podem fazer parte dela (BRASIL, 2008). A Nutrição, campo relativamente novo no Brasil, tanto como ciência quanto como profissão, surgiu entre as décadas de 1930 e 1940, possuindo como uma de suas áreas de estudo e de atuação a Nutrição em Saúde Pública ou Nutrição em Saúde Coletiva (CAMOSSA, TELAROLLI, MACHADO, 2012). A importância da inserção do nutricionista na Saúde Pública dá-se devido, entre outros fatores, à transição epidemiológica e nutricional brasileira, marcada pelas diversas carga de doenças, que envolvem ainda a persistência de problemas de infecções e desnutrição e o aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) e seus fatores de risco associados (como o tabagismo, sobrepeso, obesidade, estresse, alimentação inadequada, sedentarismo) (MENDES, 2009). A atuação do nutricionista dá-se tanto em âmbito individual, com atendimentos nutricionais, como também em âmbito coletivo, na realização e implementação de ações de promoção, prevenção e manutenção da saúde, e junto a os demais profissionais da Estratégia de Saúde, na elaboração de planos de rotina de atenção nutricional e discussões para ações multiprofissionais e identificação de grupos de risco (BRASIL, 2018). O nutricionista na Saúde Coletiva tem como enfoque a promoção da saúde desde o nascimento até a terceira idade, a melhoria dos aspectos da alimentação saudável e segurança alimentar da população. Entre as atividades inerentes aos nutricionistas no âmbito da Saúde Coletiva estão à organização, coordenação, supervisão e avaliação dos serviços de nutrição, promoção da educação nutricional a coletividades ou indivíduos, sadios ou enfermos, em instituições públicas ou privadas e em consultório de nutrição e dietética. Através de ações, programas, pesquisas e eventos, direta ou indiretamente relacionados à alimentação e nutrição, 6 visando à prevenção de doenças, promoção, manutenção e recuperação da saúde. Além de atuar no controle de gêneros e participar de inspeções sanitárias (BRASIL, 2018). Por desempenhar atividades tão importantes na Saúde Coletiva, a presença mais incisiva do nutricionista naatenção primária se torna indispensável para a melhoria da qualidade de vida e da afirmação do potencial de crescimento e desenvolvimento humano (BRASIL, 2008). Sendo assim, o objetivo desse relatório é descrever os resultados e as atividades desempenhadas no Estágio Supervisionado de Nutrição em Saúde Coletiva do curso de graduação em Nutrição da Faculdade Estácio Amazonas, realizado na Unidade Básica de Saúde – Policlínica Ana Barreto Pereira, capital Manaus-Am, tendo em vista que o estágio que se apresenta como um dos componentes curriculares no processo de organização dos conhecimentos. O desempenho do estágio é parte do processo de formação do aluno, estabelecendo a interlocução entre o percurso acadêmico e o fazer profissional. Ao relacionar o mundo do trabalho ao da faculdade, o estágio possibilita ao conjunto de disciplinas e atividades do currículo uma aproximação com a realidade. 2 OBJETIVOS DO ESTÁGIO Compreender a atuação do nutricionista em Saúde Coletiva; Realizar avaliação do estado nutricional e consumo alimentar da população e de indivíduos; Conhecer os principais distúrbios e agravos nutricionais da população (frequência, distribuição, grupos populacionais vulneráveis, estratégias de intervenção); Inserir-se nos diversos níveis de atenção à saúde, atuando em programas de promoção, prevenção, proteção, recuperação e reabilitação da saúde, buscando atuar de forma multiprofissional e interdisciplinar; Desenvolver trabalhos relacionados à alimentação e nutrição junto à comunidade; Instrumentalizar a comunidade para solução dos seus problemas nutricionais, buscando a autonomia desta; 7 Planejar e desenvolver capacitações na área de alimentação e nutrição Realizar orientações nutricionais; Efetuação de atendimentos individuais para casos específicos; Elaboração de campanhas educativas; Participação no NASF; Atuar na educação alimentar e nutricional, por meio de palestras ou debates. 3 APRESENTAÇÃO 3.1 IDENTIFICAÇÃO DO ESTÁGIO, DO ACADÊMICO, DO SUPERVISOR DE CAMPO (LOCAL), DOS PROFESSORES ORIENTADORES. O Estágio Supervisionado de Nutrição em Saúde Coletiva foi realizado pela estagiária Luz Cristina Galviz Amaral, da 8° fase do curso de graduação em Nutrição da Faculdade Estácio do Amazonas. Foi iniciado o Estágio Supervisionado na Policlínica Ana Barreto Pereira, no turno matutino de 8:00h as 12:00h tendo como preceptor Nutricionista Marcelo Cavalcante. O estagio foi realizado no Centro de referencia do programa médico da família Enf. Anna Barreto Pereira, Nome do Estabelecimento: Policlínica Anna Barreto Pereira. • Razão Social: Secretaria Municipal de Saúde de Manaus • Estabelecimento do Tipo: Policlínica • Especialidades: Coleta de Materiais Biológicos, Tratamento da Tuberculose, Fisioterapia, Tratamento da Hanseníase, Teste Ergométrico, Exame Holter 24 horas, Eletrocardiograma, Eletroencefalograma, Eletroneuromiografia, Videoeletroencefalografia, Potenciais Evocados, Fisioterapia, Radiografia, Radiografia com Contraste, Angiografia, Mamografia, Tomografia Computadorizada, Densitometria Óssea, Ressonância Magnética, Ultrassonografia, Medicina Nuclear, Pré-natal/Parto e Nascimento, Fisioterapia, Atenção Domiciliar (Home Care) • Unidade Mantenedora: Secretaria Municipal de Saúde • CNPJ Mantenedora: 04.461.836/0001-44 8 • Horário de Funcionamento**: Horário da manhã e a tarde • Telefone: (92)36817180 • Atendimento Presencial: Avenida Grande Circular, S/N • Bairro: Monte Sião • Cidade: Manaus • Estado: AM • CEP: 69088-000 4 DESENVOLVIMENTO O Estágio Supervisionado de Nutrição em Saúde Coletiva, realizado na policlínica Ana Barreto Pereira, teve inicio no dia 28 de outubro a 17 de novembro, no turno matutino de 08h00min as 12h00min. Durante o estagio foi realizado algumas rotinas, a qual consistia nas seguintes etapas: 1. Reunião com alunos. 2. Reconhecimento do campo. 3. Atendimento. 4. Atendimento. 5. Avaliação nutricional com coletividade. 6. Discursão de casos. 7. Atendimento. 8. Atendimento. 9. Palestra Novembro Azul e Diabetes Mellitus. 10. Atendimentos. 9 11. Atendimentos. 12. Avaliação nutricional. 13. Orientação relatório. 14. Discursão. 15. Entrega de relatório e apresentação. 4.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Dia 28 de outubro quarta feira, foi realizada uma reunião com alunos de estagio para assim apresentar o cronograma de estagio e conhecer o preceptor. Dia 29 de outubro quinta feira, foi iniciado o primeiro dia de estagio na policlínica Ana Barreto Pereira, onde houve o reconhecimento do campo e uma atividade de atendimento com as colegas para verificar quais os motivos da consulta da população e se os mesmo possuíam alguma doença crônica não transmissível, como hipertensão, diabetes mellitus, cardiopatias entre outros, e assim conseguir ter um levantamento de quais patologias eram mais destacadas nesta unidade. Dia 30 de outubro sexta feira não teve estagio por motivo de a unidade estar em feriado do dia do servidor publico. Dia 02 de novembro segunda feira, também não houve estagio por conta do feriado dos finados. Dia 03 de novembro terça feira, fizemos uma discussão de casos clínicos, onde fizemos uma avaliação nutricional nos próprios colegas, verificando assim seu IMC, recordatório 24 horas e orientação nutricional. Dia 04 novembro quanta feira, podemos acompanha o atendimento da nutricionista da policlínica e assim também coletar 2 casos clínicos para o nosso relatório. Dia 05 de novembro quinta feira, foi realizada uma orientação com a coletividade sobre a obesidade, logo realizamos um atendimento nutricional de uma 10 paciente que estava na orientação a qual relatou alguns problemas de saúde e assim conseguimos fazer algumas orientações nutricionais para ela. Dia 06 de novembro sextas feiras novamente acompanharam o atendimento da nutricionista da policlínica e coletamos os restantes de casos clínicos para o nosso relatório, logo após o termino do atendimento realizamos um debate de um artigo sobre a obesidade na infância. Dia 09 novembro segunda feira, realizamos uma palestra do novembro azul, onde orientamos e explicamos a importância da alimentação para a prevenção do câncer de próstata. Dia 10 de novembro terça feira, neste dia foi realizado um debate sobre o artigo pratica alimentar e diabetes, desafios para a vigilância em saúde. Dia 11 de novembro quarta feira, tivemos o dia livre por motivo da nossa apresentação do TCC. Dia 12 de novembro quinta feira, foi realizado um estudo de caso clinico, onde debatemos sobre os diagnostico, cardápio proposto e orientação nutricional. Dia 13 de novembro sexta feira, realizamos uma palestra sobre diabetes e novamente apresentamos sobre o novembro azul, onde podemos orientar sobre a importância da alimentação saudável. Dia 16 novembro segunda feira, fizemos atendimento, discussão de caso clinico e o nosso preceptor nos passou algumas orientações sobre o relatório. Dia 17 de novembro terça feira, nosso ultimo dia de estagio onde entregamos o relatório e apresentamos o nosso caso clinico. 5.REVISÃO BIBLIOGRAFICA: FISIOPATOLOGIA Gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, ocorre quando as células do fígado começam a ser infiltradas por células de gordura (triglicérides). É normal ter um pouco de gordura neste órgão, mas quando mais de 5 a 10% dele é composto de gordura o quadro deve ser tratado. 11 Com o tempo, a presença de gordura no fígado pode causar um processo de inflamação no corpo chamado de esteato-hepatite, que se não for identificado e tratado pode evoluir para cirrose. Por sorte, o quadro é reversível com as mudanças de estilo de vida indicadas pelo médico. Causas Os quadros de gordura no fígado são divididosde acordo com suas causas: Esteatose hepática alcoólica A esteatose hepática alcoólica se desenvolve em pessoas que bebem com muita frequência, principalmente pessoas que sofrem com alcoolismo. Esteatose hepática não alcoólica Gordura no fígado de causas não alcoólicas pode ocorrer por diversos quadros, tais como: Sobrepeso e obesidade Hepatites virais (como a hepatite B e a hepatite C) Diabetes Resistência à insulina Triglicérides alto Colesterol alto Perda ou ganho muito rápidos de peso Uso de medicamentos como corticoides, estrógeno, amiodarona, antirretrovirais, diltiazen e tamoxifeno Pessoas com inflamações crônicas do fígado devido a outras doenças. O excesso de peso é hoje uma das maiores causas do problema. Para se ter uma ideia, 60% das pessoas que sofrem com gordura no fígado são obesas. 12 Fatores de risco Mulheres parecem ter um risco maior de desenvolver excesso de gordura no fígado, uma vez que o hormônio estrógeno, produzido naturalmente pelo corpo feminino, facilita o acúmulo de gordura. Pessoas de ascendência oriental ou hispânica também parecem ter uma maior propensão ao quadro, ao contrário dos descendentes de africanos. Outros fatores de risco são: Síndrome do ovário policístico Hipotireoidismo Síndrome metabólica Apneia do sono Acúmulo de gordura abdominal. Sintomas Normalmente a gordura no fígado se acumula sem causar sintomas físicos. Ela pode ser detectada em exames de ultrassonografia do abdômen, nos quais será possível notar um fígado aumentado. Conforme o quadro evolui é possível sentir sintomas como: Fadiga Dor na parte superior direito do abdômen. Diagnóstico O diagnóstico de gordura no fígado é feito com ajuda de exames como: Ultrassom abdominal Níveis de TGO e TGP no sangue. É possível fazer uma biópsia, mas, por ser um procedimento invasivo, ele é deixado para pacientes com indicação de cirurgia. A ultrassonografia costuma indicar o grau de gordura no fígado, sendo: Grau 1 ou leve: quando há pequeno acúmulo de gordura 13 Grau 2: quando há um acúmulo moderado de gordura no fígado Grau 3: quando ocorre grande acúmulo de gordura no fígado. Tratamento Não existe um medicamento que sozinho consiga tirar a gordura do fígado. Eles podem ajudar, mas precisam ser aliados às mudanças de estilo de vida, tratando a causa do problema. Geralmente, a medida mais eficaz para controlar esteatose hepática é emagrecer, sendo que reduzir 7% do peso corporal já pode trazer bons resultados. Para isso deve-se ter uma dieta hipocalórica, evitar frituras, gorduras e doces e aumentar a ingestão de frutas, legumes, verduras e carnes magras. Seguindo o tratamento adequado, o paciente tem altas chances de regredir o quadro de gordura no fígado ou ao menos estabilizá-lo. Mesmos os casos em que a doença já evoluiu para cirrose podem ser controlados antes que o fígado seja completamente atacado. Por isso a importância do diagnóstico precoce. Prevenção O ideal é prevenir as causas possíveis de gordura no fígado, como obesidade, triglicérides e colesterol alto, diabetes, entre outros. Um meio geral de prevenir estes problemas é levando uma vida saudável, exercitando-se regularmente e com uma alimentação equilibrada, rica em carboidratos integrais, gorduras boas e proteínas magras. DEPRESSÃO A depressão já é considerada o “mal do século”. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) ela é um transtorno psiquiátrico que atinge milhões de pessoas em todo o mundo. 14 Só para ter uma ideia dessa dimensão, o Brasil tem a maior taxa da América Latina, com 5,8% da população afetada pelos sintomas da depressão, em um total de 11,5 milhões de pessoas. De um ponto de vista cerebral, ficamos deprimidos quando o corpo para de produzir neurotransmissores como a serotonina e a noradrenalina, que são substâncias responsáveis por transmitir os sentimentos de alegria e bem-estar. Esse desequilíbrio bioquímico do cérebro é o que faz você se sentir sempre desanimado e triste, como uma infelicidade crônica, que estimula outras reações fisiológicas. Sintomas Os mais comuns sintomas da depressão são: Tristeza profunda; Irritabilidade; Medo; Perda de interesse e apatia; Mudanças no sono ou insônia; Alteração de apetite e de peso; Muito cansaço; Sentimento de culpa; Falta de concentração; Baixa autoestima; Pessimismo; Pensamentos suicidas; Raciocínio lento; Perda de libido; Mudanças nos movimentos corporais; Dores físicas e angústias; Muito cansaço. https://pt.wikipedia.org/wiki/Serotonina https://pt.wikipedia.org/wiki/Serotonina https://zenklub.com.br/blog/saude-bem-estar/medos-e-fobias/ https://zenklub.com.br/teste-sono/ https://zenklub.com.br/insonia-o-que-e-como-tratar/ https://zenklub.com.br/blog/saude-bem-estar/compulsao-alimentar-o-que-e-como-tratar/ https://zenklub.com.br/blog/saude-bem-estar/culpa/ https://zenklub.com.br/blog/autoconhecimento/aumentar-a-autoestima/ https://zenklub.com.br/blog/saude-bem-estar/suicidio/ 15 Fatores de risco Esta descompensação de neurotransmissores não tem uma causa específica e muito provavelmente, a causa é multifatorial, derivada de uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Os principais fatores de risco da depressão são: Fatores Genéticos: Ter um familiar imediato com o transtorno mental ou um transtorno de humor pode aumentar seu risco. Distúrbio de sono: Os problemas crônicos de sono, como a insônia, estão associados à doença. Embora os especialistas não saibam se a falta de sono causa depressão, episódios de baixo humor parecem acompanhar períodos de sono fraco. Circunstâncias da vida: Mesmo eventos felizes, como ter um bebê ou conseguir um novo emprego, podem aumentar o risco de algumas pessoas desenvolverem um quadro de depressão. Outros eventos da vida ligados à depressão incluem: perder um emprego, divórcio, mudança de cidade, aposentadoria e até a morte de um ente querido. Abuso de substâncias: Drogas e álcool podem levar a mudanças químicas no cérebro que contribuem para desenvolver a doença. A automedicação com essas substâncias também podem resultar no transtorno. Doenças crônicas: Outras condições crônicas como diabetes, artrite, dor crônica, doença cardíaca ou da tireoide, são outros fatores que podem estar associados ao desenvolvimento da doença. Tratamentos e terapias para depressão A depressão tem cura e quanto mais cedo, mais eficaz o tratamento. Geralmente, o tratamento envolve a combinação de medicação e terapia. O psicólogo e o psiquiatra devem andar juntos no tratamento do problema. O primeiro vai atacar as fobias e o segundo vai indicar a medicação adequada para acabar com os sintomas de depressão. https://zenklub.com.br/insonia-o-que-e-como-tratar/ https://zenklub.com.br/blog/autoconhecimento/morar-fora-do-brasil-terapia-online/ https://zenklub.com.br/blog/saude-bem-estar/beber-socialmente-pode-me-causar-problemas/ 16 Terapia A psicoterapia online ou presencial ajuda para trabalhar a raiz do problema, entendendo por que o paciente se sente de determinada forma, quais são os seus fatores desencadeantes e o que você pode fazer para se manter saudável. A terapia irá trazer habilidades para se sentir melhor e ajudar a prevenir as recaídas. Alguns tipos de terapia ensinam técnicas práticas sobre como reformular o pensamento negativo e empregar ferramentas comportamentais no combate aos sintomas da depressão. Existem muitos tipos de terapia disponíveis e entre os métodos mais comuns utilizados para tratar incluem terapia cognitivo-comportamental, terapia interpessoal e terapia psicodinâmica. É possível aproveitar uma combinação de cada técnica para o tratamento. Medicação A medicação pode ajudar a aliviar alguns dos sintomas,especialmente em casos moderados e graves, mas não cura o problema subjacente. Somente um médico especializado poderá determinar tanto a necessidade do tratamento medicamentoso, quanto qual tipo de antidepressivo deverá ser ministrado. 6.CASO CINICO 6.1 Identificação do Paciente Identificação do paciente: A.R Idade: 61 anos 10 meses Gênero: Feminino Profissão: Dona de casa Naturalidade: Brasileira Residência: Manaus-Am 17 6.2 Avaliação Clinica Vícios: fumante: ( ) sim ( ) não (x) ex-fumante Bebida alcoólica: ( ) sim (x) não ( ) parou de beber ( ) bebe socialmente Historia famílias de DCNT: Hipertensão Historia de doenças pregressas: Esteatose hepática Cirurgias: 5 Alergias: Dipirona Habito intestinal: 1 vez ao dia, mas sente dificuldade para evacuar Atividade física: Não Ingestão hídrica: pouca ingestão Esta em tratamento para alguma doença: Depressão, Esteatose hepática, hipertensão. Medicação: Enalapril, medicação para a depressão e Omeprazol. 6.3 Avaliação antropométrica Peso atual: 42,50 Kg Altura: 1,45 cm 6.4 Distribuição de nutrientes IMC = Peso (Kg) Altura (m)2 18 IMC = 42,50(Kg) 1,45(m)2 IMC = 42,50(Kg) IMC=20,23kg/m² 2,10(m)2 Estado Nutricional: Baixo Peso. IMC desejado (mulheres): (21 kg/m²) PI = IMC desejado x (Altura x Altura) PI = 21 x (1,45 x 1,45) PI = 21 x 2,10 PI = 44,1 kg O peso ideal 44,1 kg. Peso corrigido = (Peso ideal – Peso atual) × 0,25 + Peso atual Peso corrigido = (44,1 – 42,50) × 0,25 + 42,50 Peso corrigido = 1,6 × 0,25 + 42,50 Peso corrigido = 0,4 + 42,50 Peso corrigido = 42,9 kg ~ 43 kg TMB MULHERES >60: FAO/OMS TMB: 10,5 × P + 596 TMB: 10,5 × 43 + 596 TMB: 1.042,25 kcal/dia NET: TMB × Fato Atividade FA: 1,56 19 NET: 1.042,25 × 1,56 NET: 1.625,91 Kcal/dia. 6.5 Distribuição de macronutriente Proteína: 10-35% (DRI,2005) 1.625,91_______100% recomendação de macronutriente: 0,85 a 1g/kg/dia X_________25% 43 × 1 = 43 g/dia = 406,47Kcal 406,47 ÷ 4 kcal=101,61 g Carboidrato: 50-60% (DRI,2005) 1.625,91_______100% recomendação de macronutriente: 4 a 7 g/kg/dia X__________60% 43 × 5= 215 g/dia =975,546Kcal 975,546 ÷ 4=243,88 g Lipídio: 30-35% (DRI, 2005) 1.625,91_______100% recomendação de macronutriente: 1 a 2 g/kg/dia X_________15% 43 × 1= 43 g/dia =243,88 g 243,88 ÷ 9= 27,09 g 20 6.6 Cardápio proposto. Dia da semana Horário Refeição Alimento Medida caseira Segunda- feira 07h00min Desjejum Pão integral Ovo mexido Suco de laranja sem açúcar 1 unidade 1 unidade Copo 200 ml 09h00min Lanche da manha Melão 1 unidade 12h00min Almoço Arroz integral Salada tomate, alface e cebola, temperada com gotas de limão e uma colher de (sobremesa) de azeite. Peito de frango grelhado 4 colheres de sopa ESC M 1 file médio 15h00min Lanche da tarde Mamão com chia 1 unidade 19h00min Jantar Arroz integral Purê de abóbora Couve manteiga Frango cozido 3 colheres de sopa 2 colher de sopa 1 pegador médio Coxa M 22h00min Ceia Chá de cidreira 1 xicara 21 6.7 Cardápio calculado Horários Alimento s Quant PTN CHO LIP Ca Fe VIT C. VIT.A Desjeju m Pao integral 100g 9,40 57,50 1,50 49,00 3,6 0 _ _ Ovo mexido Colher A CH 5,82 0,37 7,00 28,47 1,4 4 - 259,29 Suco de laranja 250ml 1,37 41,78 0,91 41,04 0,7 9 93,24 57,00 Lanche da manhã Melão 1 und P 0,58 7,13 0,12 17,25 1,3 8 33,5 133,40 Almoço Peito de frango grelhado 1 und M 32,0 0 0,00 2,50 8,1 0,6 _ 0,1 Arroz integral Colher M CH 5,69 53,77 6,97 18,40 1,4 0 _ _ Salada de legumes ESC M CH 1,19 11,11 2,86 19,60 0,6 6 13,86 347,13 Lanche da Tarde Mamão Fatia M 0,85 14,11 0,17 34,00 0,6 8 78,20 62,90 Chia ½ colher de sopa 2,9 6,0 4,8 95 1,2 Jantar Frango cozidos Coxa G 12,1 0 0,00 2,37 7,99 0,7 2 0,00 13,75 Arroz integral Colher A CH 3,06 28,95 3,75 9,91 0,7 6 _ _ Purê de abobora 100g 1,4 10,8 0,3 7,6 0,4 7,5 _ Couve 100g 7,25 14,88 6,41 410,0 2,0 184,5 1.300,1 22 refogado 3 5 0 0 Ceia Chá de cidreira 1 xícara 0,00 0,47 0,00 0,00 0,0 0 0,00 0,00 TOTAL 83,6 1 246,8 7 39,66 Total = X 4 X 4 X9 334, 44 987,4 8 356,9 4 = 1.678,86Kcal/dia 6.8 Conduta nutricional Foi prescrito para o paciente uma dieta Normocalórica, rica em fibras, vitaminas C e A, cálcio, fero. É recomendado a utilização de 1.505 ml de agua por Kg. 6.9 Orientação nutricional Evite exagerar nas quantidades de carboidratos e prefira sempre os integrais. Incluir boas fontes de fibras na alimentação é fundamental, uma vez que elas controlam a velocidade de absorção da glicose. As fibras estão presentes em: Cereais, desde que sejam integrais (trigo, aveia, quinoa, amaranto, arroz, etc). Legumes e verduras (principalmente nos folhosos como alface, rúcula, agrião, etc). Leguminosas (feijões, ervilhas, grão de bico, lentilhas, soja), na casca das frutas e em sementes como linhaça e chia. Evite bebidas alcoólicas. Priorize a gordura vegetal e não exagere nas quantidades desse nutriente. Evite o excesso de açúcares, álcool e cafeína, pois causam euforia momentânea e desequilíbrio emocional. Visto que, alteram as transmissões neurológicas e o humor; Faça atividade física com frequência. 23 7.CONCLUSÃO O estágio na policlínica Ana Barreto Pereira durou quinze dias, apesar de ser um período curto, foi importante, pois propiciou o reconhecimento do local, rotina e atividades realizadas pela nutricionista. Permitiu a participação de atividades como palestras, atendimento individualizado de usuários. Foi uma experiência enriquecedora, contribuindo para a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades importantes para atuação do profissional nutricionista não só na UBS, mas em outras áreas. O estágio permitiu complementar e aprimorar conhecimentos teóricos adquiridos na faculdade que nem sempre podem ser aplicados, adaptando-os à realidade social e aos recursos existentes. A equipe multidisciplinar da UBS se mostrou unida, tentando sempre fazer o melhor de acordo com as limitações do serviço, buscando sempre atender seus objetivos que é de planejar, apoiar e executar ações de educação em saúde. Levando também em conta que as orientações dadas pelo preceptor foram excelentes uma vez que o mesmo esteve sempre solícito e agregando conhecimentos para o sucesso da realização do estágio. A experiência acumulada nesse estágio contribuiu com o processo de definição de papéis e caminhos que o estagiário poderá atuar futuramente. Ficou evidente a importância da atuação do nutricionista nas UBS, pois pode somar seus conhecimentos técnicos com os demais membros da equipe de saúde e principalmente repasse à sociedade e à população que deve ser o centro de toda a atenção à saúde. É importante que a formação do nutricionista se aproxime das questões éticas, comunicativas, comportamentais e emocionais, da capacidade de interagir em equipe, enfim, da formação do sujeito. 24 8.REFERENCIAS BRASIL. Criação Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF). Portaria nº 154-2008, Diário Oficial da União, 2008. BRASIL. Resolução CFN nº 600-2018. Conselho Federal de Nutricionistas, 2018. CAMOSSA, A. C. A.; TELAROLLI,R. J.; MACHADO, M. L. T. O fazer teórico-prático do nutricionista na estratégia saúde da família: representações sociais dos profissionais das equipes. Revista de Nutrição, v. 25, n.1, 89-106, 2012. HENRIQUE, F.; CALVO, M. C.M.; Grau de implantação do Programa Saúde da Família e indicadores sociais. Ciência e Saúde Coletiva. v.4, n. 1,1359 -1365, 2009. Institute of Medicine. Dietary References Intakes for Energy, Carbohydrate, Fiber, Fat, Fatty acids, Cholesterol, Protein and Amino acids. Washington, DC: National Academic Press; 2005. MENDES, E.V. 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