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contabilidade intermediaria II

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CONTABILIDADE INTERMEDIARIA II	
Aula 01
Origem Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC)
Foi idealizado a partir da união de esforços e comunhão de objetivos das seguintes entidades:
· Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca);
· Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil (APIMEC Brasil);
· B3 S/A - Brasil, Bolsa, Balcão;
· Conselho Federal de Contabilidade (CFC);
· Instituto dos Auditores Independentes do Brasil (Ibracon);
· Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras (Fipecafi);
· Entidades representativas de investidores do mercado de capitais.
Em função das necessidades de:
· convergência internacional das normas contábeis (redução de custo de elaboração de relatórios contábeis, redução de riscos e custo nas análises e decisões, redução de custo de capital);
· centralização na emissão de normas dessa natureza (no Brasil, diversas entidades o fazem);
· representação e processos democráticos na produção dessas informações (produtores da informação contábil, auditor, usuário, intermediário, academia, governo).
Criação e Objetivo
Criado pela Resolução CFC nº 1.055/05, o CPC tem como objetivo "o estudo, o preparo e a emissão de documentos técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais".
Características Básicas
· O CPC é totalmente autônomo das entidades representadas, deliberando por 2/3 de seus membros;
· O Conselho Federal de Contabilidade fornece a estrutura necessária;
· As sete entidades compõem o CPC, mas outras poderão vir a ser convidadas futuramente;
· Os membros do CPC, dois por entidade, na maioria Contadores, não auferem remuneração.
Além dos 14 membros atuais, serão sempre convidados a participar representantes dos seguintes órgãos:
· Banco Central do Brasil (BACEN);
· Comissão de Valores Mobiliários (CVM);
· Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB);
· Superintendência de Seguros Privados (SUSEP);
· Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN);
· Confederação Nacional da Indústria (CNI); e
· Superintendência Nacional de Previdência Complementar (PREVIC).
Outras entidades ou especialistas poderão ser convidados. Poderão ser formadas Comissões e Grupos de Trabalho para temas específicos.
Produtos do CPC:
· Pronunciamentos Técnicos;
· Interpretações;
· Orientações; e
· Comunicados.
Os Pronunciamentos Técnicos serão obrigatoriamente submetidos a audiências públicas. As Orientações e Interpretações poderão, também, sofrer esse processo.
Estrutura
Assembléia dos Presidentes das Entidades
· elegem os membros do CPC;
· podem, por 3/4 de seus membros, indicar outros membros do CPC;
· podem alterar o Regimento Interno do CPC.
Quatro Coordenadorias:
· de Operações;
· de Relações Institucionais;
· de Relações Internacionais;
· Técnica.
Devido às grandes mudanças que ocorriam e ocorrem na doutrina contábil em muitos outros países, especialmente Europa e Estados Unidos, muitas instituições brasileiras sentiram a necessidade de normatizar regras internacionais de contabilidade, incluindo-as em nossa legislação contábil. Para tanto seria necessário a existência de um órgão que unificasse os entendimentos em relação aos vários procedimentos contábeis, ao mesmo tempo em que atualizasse os estudos contábeis brasileiros conforme os avanços da contabilidade mundial.
Assim, o Comitê emite periodicamente seus pronunciamentos a respeito de diversos temas ligados à contabilidade. Esses textos servirão como referência para os profissionais da área para a realização das suas atividades profissionais. Até o final de 2018 temos 50 pronunciamentos emitidos, sendo que destacamos abaixo alguns dos mais relevantes para o estudo da contabilidade:
· CPC 00 - Estrutura Conceitual para Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil Financeiro;
· CPC 01 – Redução ao valor recuperável de ativos;
· CPC 03 – Demonstração dos fluxos de caixa;
· CPC 04 – Ativos Intangíveis;
· CPC 09 – Demonstração do valor adicionado;
· CPC 12 – Ajuste a valor presente;
· CPC 16 – Estoques;
· CPC 27 - Ativo imobilizado.
Dos CPC’s acima indicados devemos dar uma atenção especial ao próprio CPC 00 que trata das informações para a elaboração e divulgação das Demonstrações contábeis, incluindo os principais conceitos sobre ativo, passivo receitas e despesas. Este pronunciamento serve de referência para muitos outros textos emitidos pelo próprio Comitê e é de observação obrigatória para futuros e atuais profissionais.
Além da legislação emitida pelo Comitê, devemos observar também os textos legais publicados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Como órgão responsável pela regulamentação de muitos fatores ligados à contabilidade no Brasil, cabe ao CFC também emitir atos legais a serem observados por todos. Ao acessar o ambiente virtual do CFC os profissionais podem ter acesso aos seguintes atos normativos disponíveis para consulta:
· Leis;
· Decretos-Lei;
· Resoluções;
· Normas Brasileiras de Contabilidade;
· Instruções Normativas;
· Súmulas;
· Códigos de conduta.
Importante comentar que as normas brasileiras de contabilidade são classificadas em Profissionais e Técnicas. Sendo que as normas Profissionais normalmente versam sobre a conduta que o profissional de contabilidade deve ter no exercício da profissão e são classificadas em:
· NBC PG – Geral;
· NBC PA – para o Auditor Independente;
· NBC PP - para o Perito Contábil.
Em relação às normas técnicas, essas são mais apropriadas para procedimentos contábeis. Devem ser consultadas conforme o trabalho ou área de atuação do contador. Conforme classificação disposta na página eletrônica do CRC, estão assim elencados os principais atos legais:
· Normas Completas;
· Normas Simplificadas para PMEs;
· Normas Específicas;
· NBC TSP – do Setor Público;
· NBC TA – de Auditoria Independente de Informação Contábil Histórica;
· NBC TR – de Revisão de Informação Contábil Histórica;
· NBC TO – de Asseguração de Informação Não Histórica;
· NBC TSC – de Serviço Correlato;
· NBC TI – de Auditoria Interna;
· NBC TP – de Perícia.
 
Tópico 3 – Lei das Sociedades por Ações
Em termos de legislação contábil não podemos deixar de citar a própria Lei 6.404/76, conhecida como Lei das Sociedades por Ações ou Lei das SA’s. Esta Lei, cujo conteúdo se aplica em grande parte às demais empresa, não constituídas sob a forma de sociedades por ações, trás importantes conceitos que são amplamente utilizados na contabilidade brasileira, a exemplo das demonstrações contábeis obrigatórias as empresas bem como informações sobre a estrutura das demonstrações contábeis brasileiras. Um exemplo seria em relação ao próprio balanço patrimonial. Abaixo transcrevemos o próprio artigo n. 178 da Lei que dispõe sobre a estrutura básica do balanço patrimonial.
 
Balanço Patrimonial
Grupo de Contas
        Art. 178. No balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia.
1º No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:
· I – ativo circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
· II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado e intangível. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
2º No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos:
· I – passivo circulante; (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
· II – passivo não circulante; e (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009) 
Links to an external site.
III – patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. (Incluído pela Lei nº 11.941, de 2009)Links to an external site.
3º Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão classificados separadamente.
 
A própria Lei traz informações detalhadas sobre cada grupo de contas do Balanço Patrimonial bem como informações sobre as demais demonstrações contábeis utilizadas pelas empresas brasileiras para prestação de informações. É um texto de Lei cuja leitura ou consulta é obrigatória para a correta execução dos trabalhos de contabilidade.
Alem dos textos que mencionamos, que podem ser acessados nas suas verões atualizadas nos portais do Conselho Federal de Contabilidade e Comitê de pronunciamentos contábeis, também cabe ao profissional contábil a observação dos diversos textos legais que tratam de termos específicos, publicados pelos governos federal, estadual ou municipal.
Muito do trabalho realizado pelo contador deve ter o respaldo da legislação própria, pois diz respeitos às operações com empresas, funcionários e governos. Mesmo processos de abertura de empresa ou suas filiais deverão estar sujeitos aos ditames legais. Observando que a falta de observação de tais textos pode comprometer os resultados da empresa em função das diversas penalidades aplicadas pelos órgãos responsáveis. Assim, sempre que houver uma Lei ou ato legal estabelecendo certos procedimentos para as empresas também haverá a previsão de multas e demais penalidades caso não se observe a regra legal.
Indicar um texto legal emitido pelo Conselho Federal de Contabilidade, podendo ser uma Lei, Resolução, Norma e descrever resumidamente uma orientação prevista neste ato legal e que deve ser observada pelos contadores.
Características da Informação Contábil
Usuários da informação contábil
Nesta unidade, apresentaremos as características a serem observadas para a preparação e divulgação das informações contábeis. As informações Contábeis são utilizadas por diversos usuários na sociedade. Em relação aos usuários da contabilidade podemos classificá-los em 
· usuários internos: Os proprietários de empresas que precisam saber como está o desempenho econômico-financeiro das suas empresas; Gerentes e diretores acionistas da empresa que têm forte interesse que a empresa apresente bons resultados ao final do ano para obterem rendimentos sobre sua participação; Funcionários e demais colaboradores que se interessam pela continuidade da empresa e podem se interessar pelo desempenho da empresa a qual pertencem.
· usuários externos. São profissionais de diversas áreas que mantêm algum tipo de vínculo com a empresa ou pretendem estabelecer vínculos de parceria com a entidade e precisam de informações confiáveis sobre a empresa. São alguns exemplos : Investidores que querem saber sobre a lucratividade da empresa precisam de informações sobre o histórico de lucros da empresa e eventuais prejuízos; Gerentes de instituições financeiras precisam frequentemente consultar as demonstrações contábeis da empresa para verificar os limites de empréstimos que podem ser concedidos aos seus clientes e também as garantias que podem ter sobre esses empréstimos. O governo é um importante interessado nas informações contábeis uma vez que, com base nessas informações, a empresa faz o recolhimento de muitos impostos e contribuições. Deste modo, tendo por base as demonstrações contábeis e outros relatórios contábeis podem fazer auditorias sobre as situações fiscal e tributária 
Assim, uma das principais atribuições da contabilidade é a divulgação de informações úteis aos diversos processos de decisão que ocorrem nas entidades. Administradores, sócios e demais gestores das entidades precisam frequentemente tomar decisões que impactam o presente e o futuro da entidade. Nesse sentido, a informação contábil precisa ser preparada e divulgada dentro de certos padrões de qualidade e confiança que garantam sua efetividade no processo decisório.
Assim, surge a necessidade de reunir as principais características da informação contábil para que os profissionais de contabilidade tenham referências para execução de seus trabalhos. As características deverão ser de conhecimento de todos os profissionais de contabilidade e também dos diversos usuários da informação contábil. As informações apresentadas nas demonstrações contábeis devem atender um grupo de requisitos que, resumidamente, tornem a informação contábil confiável, justamente porque importantes decisões serão tomadas com base nessas informações.
Considerando essas e outras situações o Comitê de Pronunciamentos Contábeis incluiu no texto do CPC 00 Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulgação de Relatório Contábil-Financeiro uma parte especial que trata das características da informação contábil. Essas características são basicamente divididas em dois grupos.  
Características qualitativas fundamentais 
São características fundamentais da informação contábil a relevância e a representação fidedigna.
Uma informação relevante é considerada capaz de alterações certas decisões na empresa. Nos termos do próprio CPC 00, assim pode ser considerada a informação relevante:
Informação contábil-financeira relevante é aquela capaz de fazer diferença nas decisões que possam ser tomadas pelos usuários. A informação pode ser capaz de fazer diferença em uma decisão mesmo no caso de alguns usuários decidirem não a levar em consideração, ou já tiver tomado ciência de sua existência por outras fontes.
Podemos perceber que ainda que certos usuários da informação contábil resolvam não utilizar determinada informação na tomada de decisão isso não faz com que a informação deixe de ser relevante. Cabe ao gestor ou usuário da informação utilizá-la ou não em determinado momento.
Ainda sobre as informações consideradas fundamentais temos a representação fidedigna, que nos diz que as demonstrações contábeis devem representar a realidade dos fatos com credibilidade. O usuário da informação contábil deve observar um fato contabilizado por um determinado valor, por exemplo, e entender que o registro retrata de forma fiel a operação que a empresa realizou. Sobre este importante conceito da característica contábil, temos o seguinte texto presente no CPC 00:
Os relatórios contábil-financeiros representam um fenômeno econômico em palavras e números. Para ser útil, a informação contábil-financeira não tem só que representar um fenômeno relevante, mas tem também que representar com fidedignidade o fenômeno que se propõe representar. Para ser representação perfeitamente fidedigna, a realidade retratada precisa ter três atributos. Ela tem que ser completa, neutra e livre de erro. É claro, a perfeição é rara, se de fato alcançável. O objetivo é maximizar referidos atributos na extensão que seja possível.
Alem das características fundamentais – relevância e representação fidedigna – temos também outras características consideradas de melhoria, que contribuem para que a informação contábil seja ainda mais útil ao processo de decisões. São elas: Comparabilidade – Verificabilidade – Tempestividade – Compreensibilidade. Descrevemos abaixo o objetivo de cada uma delas:
Comparabilidade: Esta característica permite ao usuário da informação fazer uma análise entre dois grupos de informações disponíveis. Um gestor pode analisar o valor da receita de vendas de um determinado período e comparar essa informação, sejam com a mesma informação de outro ano, como por exemplo, o ano anterior, ou ainda comparar essa informação com dados de outras empresas, quando disponíveis. A comparabilidade é útil justamente ao permitir ao gestor fazer comparações entre dois ou mais dados e observar as razões que justificam as diferenças.
 
Nos termos do CPC 00 temos:
 As decisões de usuários implicam escolhas entre alternativas, como, por exemplo, vender ou manter um investimento, ou investir em uma entidade ou noutra. Consequentemente, a informação acerca da entidade que reporta informação será mais útil caso possa ser comparada com informação similar sobre outras entidades e com informação similar sobre a mesma entidade para outro período ou paraoutra data.
 
Comparabilidade é a característica qualitativa que permite que os usuários identifiquem e compreendam similaridades dos itens e diferenças entre eles. Diferentemente de outras características qualitativas, a comparabilidade não está relacionada com um único item. A comparação requer no mínimo dois itens.
Outra característica de melhoria é a verificabilidade. Essa característica permite que diferentes profissionais tenham condições de conferir determinada informação contábil e chegaram quase que completamente às mesmas conclusões sobre os fatos representados. Conforme o próprio CPC 00 temos:
A verificabilidade ajuda a assegurar aos usuários que a informação representa fidedignamente o fenômeno econômico que se propõe representar. A verificabilidade significa que diferentes observadores, cônscios e independentes podem chegar a um consenso, embora não cheguem necessariamente a um completo acordo, quanto ao retrato de uma realidade econômica em particular ser uma representação fidedigna. Informação quantificável não necessita ser um único ponto estimado para ser verificável. Uma faixa de possíveis montantes com suas probabilidades respectivas pode também ser verificável.
A tempestividade é uma característica a ser observada quando da definição do momento em que uma informação é divulgada. Informações antigas ou ultrapassadas não têm o mesmo impacto para o processo de tomada de decisão. Justamente por esse motivo o profissional de contabilidade deve divulgar a informação relevante em tempo hábil, para que seja prontamente utilizada no processo de decisões. A informação é tempestiva quando está disponível no momento adequado à sua utilização. Conforme CPC 00:
Tempestividade significa ter informação disponível para tomadores de decisão a tempo de poder influenciá-los em suas decisões. Em geral, a informação mais antiga é a que tem menos utilidade. Contudo, certa informação pode ter o seu atributo tempestividade prolongado após o encerramento do período contábil, em decorrência de alguns usuários, por exemplo, necessitarem identificar e avaliar tendências.
Por fim, a informação contábil precisa ser compreensível, ou seja, precisa ser clara e concisa. As informações divulgadas nas demonstrações contábeis não podem ser confusas ou demasiadamente extensas. Abaixo referência do Comitê:
Certos fenômenos são inerentemente complexos e não podem ser facilmente CPC_00_R1 compreendidos. A exclusão de informações sobre esses fenômenos dos relatórios contábil-financeiros pode tornar a informação constante em referidos relatórios mais facilmente compreendida. Contudo, referidos relatórios seriam considerados incompletos e potencialmente distorcidos (misleading).
 
QC32. Relatórios contábil-financeiros são elaborados para usuários que têm conhecimento razoável de negócios e de atividades econômicas e que revisem e analisem a informação diligentemente. Por vezes, mesmo os usuários bem informados e diligentes podem sentir a necessidade de procurar ajuda de consultor para compreensão da informação sobre um fenômeno econômico complexo.
 
Tratamos aqui das características que tornam a informação contábil útil. Sem uma informação contábil útil não há utilidade para a ciência contábil, uma vez, que é por meio do trabalho contábil que muitas entidades se mantêm no presente, mas também se orientam para o futuro. Também tivemos o cuidado de transcrever literalmente os textos que suportam as explicações aqui expressas uma vez que muitas avaliações a que os alunos e profissionais estão sujeitos, incluindo o exame de suficiência do Conselho Federal de Contabilidade cobrar o conhecimento, ou pelo menos, uma leitura prévia do texto original dos Pronunciamentos. Desta forma, procuramos incentivar o aluno a prosseguir com a leitura do restante do pronunciamento, especialmente para seu crescimento profissional.

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