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INOVAÇÃO E ECONOMIA CRIATIVA E-book 1 Marcelo Henrique Dos Santos Neste E-Book: INTRODUÇÃO ���������������������������������������������� 3 CARACTERÍSTICAS DA INOVAÇÃO ������� 6 TIPOLOGIA DA INOVAÇÃO ���������������������� 9 INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL ������������ 14 MARKETING COMO INOVAÇÃO ������������17 CULTURA DE INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES ����������������������������������������19 Um estudo de caso ���������������������������������������������� 25 CONSIDERAÇÕES FINAIS ����������������������28 SÍNTESE �������������������������������������������������������30 2 INTRODUÇÃO Com as constantes evoluções tecnológicas e trans- formações digitais, surge um grande desafio nesse mercado competitivo: o desafio da inovação. Diante desse cenário, gostaríamos de encontrar alguns ca- minhos possíveis para responder as seguintes per- guntas, ao longo da disciplina: 1. Que tipos de inovação são encontrados nas em- presas criativas? 2. Quais projetos criativos (produtos e serviços) são produzidos atualmente? 3. Quais métodos de produção são utilizados para melhorar todos os processos de criação? A disciplina de Inovação e Economia Criativa con- siste na apresentação de recursos e técnicas que podem ser aplicadas para implementar meios que promovam diversos benefícios econômicos, lucra- tividade e cumprimento de objetivos financeiros a partir da criatividade� Começaremos explorando o significado da palavra “criatividade” e a relação desse conceito com as indústrias criativas a partir da literatura da área de negócios e inovação. Revisaremos a literatura dispo- nível sobre inovação nas empresas criativas, obser- vando alguns estudos de caso, a partir de diversos recursos, como a indústria dos videogames, design 3 de produtos, publicidade e produção independente de transmissão. As indústrias criativas compartilham um número de características distintivas que definem diversas pos- sibilidades de soluções. A definição mais influente do processo criativo foi dada pelo Department for Culture, Media and Sport’s Creative Industries Taskforce, em que observamos que o processo criativo é baseado em atividades que têm origem na criatividade individual, habilidade, talento e potencial de riqueza, na criação por meio da geração e exploração da propriedade intelectual. Foram identificados treze setores da in- dústria criativa nos quais podemos aplicar esses elementos: Publicidade, Arquitetura, Mercado de artes e antiguidades, Trabalhos manuais, Design, Design de Moda, Filme, Música, Artes performáti- cas, Publicação, Software e serviço de computador, Jogos de computador (lazer interativo), Rádio e TV. (DCMS, 1998) Algumas indústrias criativas projetam ou produzem artefatos físicos� Na maioria das vezes, o trabalho é o veículo para transmitir a ideia, ao invés de de- sempenhar o papel puramente funcional de um bem econômico (THROSBY, 2001, p. 104). O valor dos ar- tefatos é geralmente baseado no “conteúdo”, a partir do significado cultural ou das experiências que auxi- liam no processo criativo. Muitas indústrias criativas produzem “produtos de informação” e isso significa que podem ser disponibilizados em formato digital. Então, surgem várias questões importantes. 4 As categorias de bens e serviços têm característi- cas interessantes, pois a maioria desses elementos pode ser consumida repetidamente, essa dinâmica oferece oportunidades para inovação, por exemplo: a disponibilização do conteúdo digital pode ser reunida em novas maneiras, por meio de remixes de música, nova caixa de DVD ou como downloads pela internet ou por telefone celular� Essas oportunidades também apresentam desafios, pois é necessário encontrar um equilíbrio para gerenciar a precificação, de acordo com o meio no qual o conteúdo será disponibilizado. Ao final do módulo, perguntamos como e por que tais questões de inovação ocorrem e quais serão os próximos passos; além de observar uma série de recomendações para avaliar esse processo a partir de pesquisas de mercado. 5 CARACTERÍSTICAS DA INOVAÇÃO A inovação sempre foi um fator que contribuiu para o sucesso de uma organização. As organizações que dispõem dos recursos necessários e o fator motiva- ção para inovar permitem que o clima da organização possa ser utilizado para incentivar ideias inovadoras e obter sucesso� A capacidade de inovar representa, portanto, a ha- bilidade de criar continuamente conhecimentos e ideias em novos produtos, processos e sistemas para o benefício da organização e dos acionistas. Desenvolver novas ideias e inovação se tornou uma prioridade para muitas organizações. A globalização, a alta concorrência e o avanço do desenvolvimento tecnológico fizeram da inovação uma fonte de van- tagem competitiva� A definição de inovação tem sido uma questão de interesse tanto para pesquisadores quanto para di- ferentes profissionais do mercado. Consideramos que a forma como ela é definida dentro de uma or- ganização determinará quais atividades ocorrerão dentro da empresa. O sentido dado à inovação é o que determina seu grau e sua natureza dentro de uma organização. A inovação, por sua vez, como resultado de um processo, é fortemente afetada pelo modo como as organizações definem o seu próprio conceito� Isso ocasiona uma série de críticas e impli- 6 cações para as organizações e cria uma nova ordem para a inovação em gestão. Os termos revolucionário, perturbador, irregular ou descoberta (TUSHMAN; ANDERSON, 1986) definem inovação, em termos de efeitos e não em termos de seus atributos� Algumas de suas características variam de acordo com a organização, como algumas características variam de acordo com o tipo de inova- ção. Esses recursos são chamados de características secundárias da inovação. (DOWNS; MOHR, 1976) FIQUE ATENTO Embora a inovação tenha adquirido uma impor- tância cada vez maior para as empresas, alcan- çar sua capacidade regular impõe enormes desa- fios para os gerentes. Estudos recentes analisam a experiência de algumas grandes empresas na criação de uma equipe com a missão específica de conduzir atividades de gestão da inovação. Com base nessa análise, a inovação pode ser apontada como uma função organizacional dis- tinta e emergente� Outros autores (DAMANPOUR, 1991; DEWAR & DUTTON, 1986) definiram algumas características da inovação, como: a magnitude e seus efeitos nas competências das empresas, procurando explorar as diferenças entre incremental e inovação radical� 7 Tushman & Anderson (1986) identificam outra ca- racterística da inovação, a saber, o fator intensifi- car ou destruir a competência. Uma inovação que estimula habilidades organizacionais leva a atingir diversas habilidades e o know-how da organização. Além disso, uma inovação que inibe a manifestação de habilidades tem um efeito negativo sobre esses itens� Esse recurso está enraizado nas particularida- des de cada organização. Qualquer inovação pode, portanto, ser um incentivo para uma empresa e um obstáculo para outra� Podcast 1 SAIBA MAIS [vídeo] Murilo Gun – Criatividade, a base da inovação� Como ser mais criativo? A criatividade é a ima- ginação a serviço da inovação, e a melhor ferra- menta para solução de problemas. [artigo] Moreira, M. F.; Vargas, E. R. (2012). Quan- do o governo é o mercado: compras governamen- tais e inovação em serviços de software. Revista de Administração e Inovação, 9(2), pp. 175-197. 8 https://famonline.instructure.com/files/193770/download?download_frd=1 https://www.youtube.com/watch?v=wrZXq_xr_6g https://www.youtube.com/watch?v=wrZXq_xr_6g http://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79268 http://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79268 TIPOLOGIA DA INOVAÇÃO No que diz respeito à tipologia das inovações, Damanpour (1991) mostra três pares de tipos de inovação: inovação administrativa (inovação técni- ca, processo de inovação), inovação de produtos, e inovação radical (incrementar inovação). Podcast 2 As inovações técnicas sereferem aos produtos, ser- viços e tecnologias da produção. Elas se relacionam às atividades básicas de uma organização e com foco no produto ou processo. Esse tipo de inovação é facilitado por um alto nível de profissionalismo, baixa formalização e baixa centralização. As inovações administrativas envolvem estrutura organizacional e administrativa dos processos. Essas inovações estão indiretamente relacionadas às atividades básicas da organização e, mais diretamente, para o geren- ciamento dessas atividades. (DAMANPOUR, 1991) As inovações administrativas são facilitadas por bai- xos níveis de profissionalismo, altas formalizações e centralização. As inovações de produtos são repre- sentadas pelos novos produtos ou serviços intro- duzidos para atender às necessidades de mercado. Tais inovações se refletem em novos produtos ou serviços no mercado, em benefício dos clientes� As 9 https://famonline.instructure.com/files/184256/download?download_frd=1 inovações de processos são os novos elementos introduzidos nos vários processos realizados ao nível da organização. A adoção de inovações de produtos e processos é diferente nas várias etapas da orga- nização. As inovações radicais são representadas pela reconceitualização fundamental de um negócio. Esse tipo de inovação pode ser abordado em três ní- veis: produto (novas ideias ou tecnologia), processo (novos métodos de entrega de produtos e serviços aos consumidores) e a combinação dos dois níveis mencionados. (TUSHMAN; NADLER, 1986) O incremento da inovação refere-se à melhoria de produtos, serviços e a processos existentes� A ino- vação arquitetônica é o tipo de inovação que muda apenas a arquitetura de um produto, sem influenciar seus componentes. A distinção entre o produto como um sistema e o produto como um conjunto de desa- fios de componentes é a ideia de que o desenvolvi- mento bem-sucedido de um produto requer o uso de dois tipos de conhecimento: sobre os componentes de um produto e a arquitetura do produto, ou seja, como esses componentes são integrados e ligados para formar um sistema coerente (HENDERSON; CLARK, 1990). A essência da inovação arquitetônica é a reconfiguração do sistema existente, integrando componentes existentes de uma nova maneira para formar um todo coerente� 10 FIQUE ATENTO Ao observar a Função Inovação em empresas, podemos relacionar características em seis perspectivas, a saber: (1) propósitos gerais; (2) origens; (3) legitimidade; (4) pessoas; (5) atribui- ções, e (6) perspectivas futuras. É importante considerar que, para alguns, até certo ponto, as características particulares do ambiente indus- trial brasileiro atuam como modeladores das for- mas organizacionais� Portanto, generalizações e convergências para outros contextos devem ser discutidas com cuidado� Além disso, o surgimen- to e a consolidação de uma nova função organi- zacional é certamente um fenômeno dinâmico� Outra classificação de inovação é dada por Thompson (2004): inovação criativa e inovação ado- tiva. A inovação criativa refere-se à capacidade da organização implementar e executar ações tecnoló- gicas por meio de seu próprio sistema, geralmente materializando em novos produtos ou serviços� Por outro lado, a inovação adotiva refere-se à capacidade de usar novas ideias fora da organização, adaptando essas ideias para implementar mudanças no sistema de gestão da organização ou no relacionamento entre o sistema de componentes� Uma abordagem adotiva da inovação é direcionada principalmente para áreas como estratégia ou gestão por processos, conducentes a novas estratégias, a 11 uma nova imagem da empresa ou a novas estruturas organizacionais� SAIBA MAIS [vídeo] Cris Arcangeli faz palestra sobre Inova- ção e Empreendedorismo, no Painel de Inovação e Empreendedorismo do Brazil Conference, em Boston, para os alunos de Harvard e do MIT. [artigo] Caso você domine a língua inglesa, leia este artigo de K. Simmonds, The accounting as- sessment of competitive position, no European Journal of Marketing. O conceito de pesquisa da inovação assume duas formas diferentes de design. A perspectiva vê a pes- quisa como exploração e experimentação que leva ao avanço do conhecimento, ao desenvolvimento de teorias, e à aplicação de teorias. Essa perspectiva está sujeita a reflexões, definições e classificações efetivas por teóricos do design� A classificação da pesquisa em design inclui: pesqui- sa em design, pesquisa através do design, e pesqui- sa para o design. A outra perspectiva vê a pesquisa como qualquer atividade de coleta e análise de dados para uma melhor compreensão de um tópico (que, portanto, inclui a pesquisa de um estudante no ensi- no fundamental, no qual a escola o faz escrever um artigo sobre o que os tigres comem). Essa perspec- 12 https://www.youtube.com/watch?v=gzEyiXZezbQ https://www.youtube.com/watch?v=gzEyiXZezbQ https://doi.org/10.1108/EUM0000000004626 https://doi.org/10.1108/EUM0000000004626 tiva é usada pelos profissionais para indicar suas atividades de pesquisa. Por exemplo, eles podem usar pesquisas etnográficas ou observações sobre as atividades das pessoas como um meio de entender as necessidades dos usuários, como meio de iden- tificar possíveis soluções. A pesquisa de mercado é usada para esclarecer os tipos de produtos que as pessoas comprariam e sua sensibilidade a preços e pesquisa de usabilidade, indicando as interações entre pessoas e produtos� Nessa segunda perspec- tiva, a pesquisa de design se concentra em como melhorar os produtos e as vendas� A partir desses princípios, podemos apontar dois tipos de inovação: incremental e radical� Por exemplo, nessas categorias incluímos inovação de sistemas socioculturais, de ecossistemas, de modelos de ne- gócios, de produtos, de serviços, de processos, de organizações, arranjos institucionais, etc. As classifi- cações também podem variar de acordo com os pro- pulsores da inovação (tecnologias, mercados, design, usuários etc.) ou com a intensidade da inovação. A Inovação incremental engloba as melhorias dentro de um determinado quadro de soluções (ou seja, “fazendo melhor o que já executamos”); e a Inovação radical apresenta uma mudança de estrutura (ou seja, “fazer o que nós não fizemos antes”). A principal diferença entre as duas é se a inovação é percebida como uma modificação contínua das práticas ado- tadas ou se é novo, único e descontínuo� 13 INOVAÇÃO ORGANIZACIONAL Muitas pesquisas existentes sobre os determinan- tes da inovação visam a identificar características específicas da empresa que podem ter impacto no processo de inovação e/ou impacto ambiental. (WOLFE, 1994) Estudos revelaram fatores estruturais específicos das grandes empresas (DAMANPOUR, 1991). Os fatores internos e externos podem ter um impacto direto so- bre a inovação organizacional pelo número de inova- ções adotadas. Fatores internos – orientação para o mercado, política de aprendizado e tecnologia – são projetados para melhorar o comportamento inovador de uma empresa. Fatores externos (concentração de setor e barreiras à entrada) afetam diretamente a atitude da organização em relação à inovação, inibem ou estimulam o processo� A inovação organizacional é unidimensional. Existe a tendência de as empresas iniciarem e/ou imple- mentarem vários tipos de inovação: tecnológica, ad- ministrativa, de produto e processo� Esse conceito pode ser visto de diferentes perspectivas dentro do quadro organizacional – perspectiva tecnológica, perspectiva comportamental e à luz do produto. Na literatura, a área de inovação tem demonstrado a ligação entre orientação estratégica – orientação 14 para o mercado, orientação para a aprendizagem e para a tecnologia – e inovação organizacional� Segundo Kohli e Jaworski (1993), faltam modelos sobre inovação relacionados ao mercado. Os autores argumentam que a literatura sobre orientação para o mercado apenas recentemente começou a reco- nhecer osefeitos da inovação. Orientando-se para o mercado, as empresas são mais inovadoras porque são mais responsivas às mudanças que ocorrem nas necessidades dos clientes� Uma forte intensidade da orientação de mercado reflete uma compreensão absoluta nas necessidades dos clientes e da situação competitiva� Da mesma forma, NARVER, et al. (1998) mostram que uma empresa liderada pelo mercado pode ante- cipar as necessidades em desenvolvimento e pode responder a partir da comercialização de produtos inovadores. Persistência em atender às necessidades e desejos dos consumidores, que estão em constante mudança, é uma fonte de inovação. O progresso econômico continua a ser fortemen- te influenciado pelo desenvolvimento e adoção de inovações pelas organizações. Pesquisas sobre a implementação e difusão de inovações são feitas no nível macroeconômico, baseando-se em vínculos estabelecidos entre várias entidades� Alguns autores defendem a ideia de que a difusão e a implantação de uma inovação estão fortemente interconectadas. “O processo de difusão envolve a disseminação da inovação entre seus futuros seguidores” (DRURY; 15 FARHOOMAND, 1999). A maneira pela qual a inova- ção é percebida, inicialmente, influencia a realização da difusão, a busca de informações e o treinamento para inovação. A estrutura organizacional também contém dimensões que afetam a probabilidade da sua execução. No estágio inicial do processo de adoção da inova- ção, crenças e percepções são formadas que podem levar a um ambiente favorável ou atitude desfavorável no estágio de persuasão. Na fase de confirmação, o tomador de decisão adota uma conduta que pode ser seguida por mudanças devido à tentativa de reduzir a dissonância cognitiva, a partir do efeito causado pela adoção da inovação. Na fase de confirmação, se as expectativas anteriores não corresponderem ao nível econômico, organizacional e comportamental, o tomador da decisão tentará eliminar a dissonân- cia, mudando sua atitude, ações ou mesmo conhe- cimento. Também nessa fase a inovação pode ser ligeiramente alterada para cumprir as necessida- des específicas a partir da estrutura organizacional. (DRURY; FARHOOMAND, 1999) SAIBA MAIS [vídeo] Palestra: “Inovação Organizacional” – Wagner Siqueira Assista à palestra do presidente do CRA-RJ, Wag- ner Siqueira, durante o evento de lançamento do 110º Congresso da RH – Leste Fluminense. 16 https://www.youtube.com/watch?v=_fdIKiwVp1c MARKETING COMO INOVAÇÃO Um paradigma é um conjunto de conceitos e cons- truções que emergem do foco em um atributo fun- damental de uma disciplina e em torno do qual um corpo significativo de teoria é elaborado, com pro- postas sujeitas a teste, suposições e leis, que não são cobertas por outro paradigma. (HARVEY, 1992) O marketing pode ser visto como um processo racio- nal, organizado a partir da inovação; função preocu- pada em identificar as oportunidades de mudança, induzindo a ação necessária e monitorando a mudan- ça, uma vez que tenha sido induzida. Esse ponto de vista estabelece a inovação como o oitavo paradigma de marketing, o único que se concentra em função de marketing – o que o profissional dessa área faz para aplicar as alterações. Os sete paradigmas resu- midos por Simmonds (1986) são: mercado, sistema, satisfação do cliente, escolha, troca, conflito e influ- ência. Sem um paradigma de inovação, o marketing aparecerá como uma função separada da inovação. O papel central da inovação no marketing foi reco- nhecido por Alderson (1965), que considerou que a inovação em marketing é a expressão direta da concorrência no mercado: elaborar produtos melho- rados e aprimorar os métodos para comercializá-los� O marketing é uma disciplina multiparadigma, com- 17 posta de diversas teorias e conceitos delimitados por uma coleção de paradigmas, nenhum deles cobrindo todos os conceitos incluídos no marketing. Cada paradigma básico descreve o marketing a partir de uma preocupação por um atributo. O entendimen- to alcançado é derivado do poder dos conceitos e da teoria adquirida, concentrando-se nesse atributo. Embora a inovação não seja reconhecida como um paradigma na teoria do marketing, o entendimento que pode dar ao processo de criação de mudança contínua não é dado por nenhum dos outros sete paradigmas conhecidos. (SIMMONDS, 1986) O paradigma da inovação reúne conhecimento de im- plicações significativas para a gestão de marketing. SAIBA MAIS [vídeo] Marketing de relacionamento – Palestra Flávio Muniz – CRM Trecho da Palestra sobre Marketing de Relacio- namento, ministrada por Flávio Muniz, nas de- pendências da Universidade Federal de Lavras – MG (UFLA). 18 https://www.youtube.com/watch?v=--245Gddlhw CULTURA DE INOVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES A intensidade da competição e incessante moderni- zação no setor de tecnologia da informação tornou a inovação inevitável, como meio de as empresas apro- veitarem as oportunidades, seja por meio do desen- volvimento de novos produtos ou reinventando seus próprios mercados. A inovação não é exclusivamente baseada em pesquisa, desenvolvimento e tecnologia; isso também deve ser baseado em habilidades de gerenciamento e marketing, em conhecimento dos modelos de gestão organizacional e consciência de fatores sociais e econômicos. A inovação tende a ser produzido por uma rede de atores e não por organi- zações ou indivíduos autônomos. (KUBOTA, 2009) Diferentes tipos de inovações podem estar relacio- nados a: prestação de um novo serviço; modificação de procedimentos empregados para preparação ou produção de um serviço; introdução de novas técni- cas para planejamento; descoberta de novos mer- cados; ou resultados de um processo de solução de problemas. (GALLOUJ, 2002) Estudos de estratégia que abordam o assunto desde a perspectiva da visão baseada em recursos (RBV – Resource-based View) preocupam-se com o equilí- brio entre a exploração dos recursos existentes e o 19 desenvolvimento de novos recursos organizacionais (BARNEY, 1991). Os recursos fornecem oportuni- dades estratégicas quando envolvem habilidades gerenciais, organizacionais, conhecimento, marca, informações sobre clientes, cultura organizacional, recursos financeiros ou outros atributos controlados por uma empresa, especialmente quando combina- dos de maneira única. (BARNEY, 2001) O conhecimento gerado em comum pelos mem- bros de uma organização atinge sua devida im- portância quando aplicado às práticas cotidianas. Compartilhado e armazenado, o conhecimento pos- sibilita a criação de uma organização que promove a aprendizagem contínua e o desenvolvimento de competências. Além disso, a capacidade de trans- ferir o conhecimento, o aprendizado e a adaptação influencia o processo criativo sobre o desempenho organizacional. (NONAKA; TAKEUCHI, 2008) Dessa mesma perspectiva, o processo de inova- ção está ligado à criação e à transferência de co- nhecimento e, como tal, destaca o imperativo para as organizações gerarem novas ideias e estimular pessoas eficazes no processo de gestão, resultan- do em diferenciação das práticas organizacionais e conduzindo suas atividades com competência. (SORDI; AZEVEDO, 2008) 20 SAIBA MAIS [vídeo] Como desenvolver cultura de inovação – Sebrae Trends Assista, neste vídeo, a uma entrevista exclusiva com Luiz Serafim, head de marketing da multina- cional 3M do Brasil. [artigo] Conhecimento, aprendizagem e inovação em organizações: Leia uma proposta de articulação conceitual, na Revista de Administração e Inovação (ISIDRO, A.; GUIMARÃES, T. A.). Desde que as inovações foram classificadas pela pri- meira vez como radicais (aqueles que tendem a pro- vocar grandes mudanças no mundo) ou incrementais (aqueles que conduzem continuamente o processo de mudança), muitas definições diferentes surgiram na literatura sobre inovação. (SCHUMPETER, 1961) A inovação pode ser vista como a implementação deliberadamente feita para melhorar o desempenho da empresa, explorandooportunidades no mercado e respondendo a desafios no ambiente de negócios (MOREIRA; VARGAS, 2012). Ou as inovações podem ser limitadas e descritas por alterações medidas em termos de características de desempenho� As prá- ticas organizacionais necessárias para a inovação podem ser classificadas a partir de quatro tipos de inovação, definidas como inovações em produto, 21 https://www.youtube.com/watch?v=hJurECZpbcA http://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79173 http://www.revistas.usp.br/rai/article/view/79173 processo, aspectos organizacionais ou de marketing� (OCDE, 2005) A inovação própria é vista como serviços baseados em novas funções, entrando em uma nova área da esfera de atividade (HAUKNES, 1996). A inovação tecnológica é a implementação de um produto com melhorias de desempenho, resultando na provisão de novos serviços aos clientes (SCHUMPETER, 1961). Ela pode empregar novos conhecimentos ou tec- nologias, ou basear-se em novos usos ou combi- nações de conhecimentos ou tecnologias. Aqui, o termo “produto” abrange bens e serviços e inovações no produto incluem a introdução de novos bens e serviços. (TIDD, et al., 2008) A inovação em processos pode reduzir os custos de produção, melhorar a qualidade ou levar à produção ou distribuição de produtos novos ou aprimorados. Pode envolver alterações em equipamento e sof- tware usado por empresas focadas em serviços ou mudanças nos procedimentos e técnicas emprega- dos para a distribuição de serviços. A inovação em marketing está focada em atender as necessidades dos clientes, abrindo novos mercados ou reposicio- nando o produto de uma empresa no mercado, com o objetivo de aumentar as vendas. O elemento que faz uma inovação em marketing ser diferente é a implementação de uma estratégia de marketing que não tenha sido previamente utilizada pela empresa. (TIDD, et al., 2008) 22 A inovação organizacional pode ter como objetivo melhorar o desempenho da empresa, reduzindo cus- tos administrativos ou de transação, melhorando a produtividade do trabalho, melhorando o conheci- mento adquirido interna e externamente, ou reduzin- do o custo dos materiais. Inclui a implementação de novas práticas organizacionais e procedimentos de trabalho. (MOREIRA; VARGAS, 2012) As características do processo de inovação diferem de uma organização para outra, criando comporta- mentos e histórias, e forças externas ou internas que podem estar envolvidas nesse processo� As orga- nizações devem estar preparadas para se adaptar às rápidas mudanças no mercado e ao progresso tecnológico; os funcionários devem ser criativos e devem se dedicar à singularidade dos produtos e serviços fornecidos e devem poder aceitar os ris- cos e lidar com o sucesso e com o mercado e sua ambiguidade e incerteza. (HSIEH; CHEN, 2011) Para conseguir isso, os recursos e capacidades estra- tégicas devem ser constantemente gerenciados� (WERNERFELT, 1984) Para que uma empresa crie uma inovação no contex- to organizacional, espera-se que tenha um conjunto mínimo de capacidades criativas para habilitá-lo e para conduzir seus negócios e gerar novas ideias� Em muitos casos, uma inovação de serviço pode ser apenas uma inovação de tipo e, nesses casos, as empresas são capazes de oferecer um novo serviço ou novas características de serviço, sem alterar o 23 método usado para fornecer o serviço. (MIRANDA; FIGUEIREDO, 2010) O termo inovação no sentido de novo aplica diver- sas combinações de recursos como o resultado de processos de aprendizagem em que o conhecimen- to é estruturado em novas soluções e significados compartilhados (ISIDRO; GUIMARÃES, 2010). Por sua vez, os recursos podem ser classificados como ativos tangíveis e ativos intangíveis. Os tangíveis incluem pessoas, tecnologia, produtos, ferramentas, instrumentos, equipamento, mercado ou produtos. Já os intangíveis incluem conhecimento, marca ou recursos humanos� As habilidades de uma organiza- ção também podem ser consideradas como recursos intangíveis, por exemplo, a maneira como conduz a gestão interna e as características de sua relação com os clientes. (CARVALHO, et al., 2010) A visão baseada em recursos (RBV) analisa os atribu- tos dos recursos e competências e como eles podem ajudar as empresas a se diferenciarem das outras e manter essa diferença em longo prazo. Se uma em- presa possui recursos que criam valor que são raros e difíceis de imitar e é capaz de organizar e explorar esses recursos, isso pode fornecer uma fonte de vantagem competitiva sustentável. (BARNEY, 1991) A teoria da RBV pode ser apropriada para identificar novas capacidades, trabalhando com a premissa de que a distribuição de recursos é heterogênea entre as empresas concorrentes. Nesse contexto, a inovação é vista como o resultado dos processos de aprendi- 24 zagem que geram e aplicam novos conhecimentos em rotinas, processos e procedimentos� A mensura- ção desse resultado permite identificar seu impacto na adoção, criação ou desenvolvimento de novos produtos ou serviços. Nesse sentido, a inovação é contextualizada, considerando as demandas, inten- ções e requisitos do ambiente interno ou externo à organização. (ISIDRO; GUIMARÃES, 2010) Um estudo de caso A Netflix é a principal rede de internet de televisão baseada em assinatura do mundo, usando o OTT (Over-the-Top) para fornecer serviços personalizados de mídia de streaming sob demanda para milhões de clientes em todo o mundo. Fundada em 1997, a empresa sediada em Los Gatos, Califórnia, possui receita superior a 11 bilhões de dólares. Seu enorme sucesso começou em setembro 1999, quando introduziu o conceito de assinatura mensal, iniciando seu modelo de negócios com base em alu- guel ilimitado de taxa fixa sem datas de vencimento, taxas atrasadas, taxas de remessa e manuseio ou por taxas de aluguel de títulos. Três anos depois, em maio de 2002, a Netflix fez sua oferta pública inicial de 5.500.000 ações a um preço de US$ 15 cada. Mais tarde, em 2006, foi lançado o Prêmio Netflix – uma campanha prometendo US$ 1 milhão ao cliente que atingisse certas metas de precisão ao recomendar filmes baseados em preferências pessoais, enfatizan- 25 do a personalização e a avaliação do conteúdo como características-chave que distinguissem sua própria visão sobre o futuro da indústria da TV. (Netflix, 2013) Um ano depois, o streaming foi introduzido como a maneira mais conveniente de distribuir o conteúdo, permitindo que os membros assistissem, instan- taneamente, a filmes e programas de TV em seus computadores pessoais, sem a necessidade de ar- mazenar localmente os dados. A rede ficou ainda mais aberta um ano depois, com a introdução de uma variedade maior de plataformas, como o Xbox 360, leitores de Blu-ray, decodificadores de TV e compu- tadores Apple, incorporando o conceito de abertura como um fator-chave de sua estratégia de expan- são. Consequentemente, o PS3, TVs interconectadas, Nintendo Wii, iPad, iPod e as famílias de dispositivos do iPhone foram integradas à Netflix, permitindo que seu conteúdo fosse acessado convenientemente em um número maior de plataformas e dispositivos, resultando em uma base de clientes com mais de 2 milhões de assinantes, em 2010. As premissas mencionadas fornecem base suficiente para discussão sobre os aspectos econômicos do sucesso da Netflix. Pode ser um desafio tentar olhar para a “bola de cristal” da indústria da TV e tentar adivinhar para onde o processo de personalização e convergência dos serviços irá, em um futuro próximo. As maiores indústrias de TV do outro lado do Atlântico, como HBO e BBC, estão imitando os ne- gócios da Netflix, desenvolvendo suas próprias redes 26 OTT para distribuição de conteúdo e alimentando seus projetos com conteúdo exclusivo� No entanto, como o número de assinantes é crescente, diver- sos consumidores estão “eliminando seus cabos” e mudando para os serviços de TV OTT, a Netflix apa- rece em uma posição que atingiua sua maturidade de mercado e se concentra no desenvolvimento de conteúdo, enquanto os rivais estão se esforçando para maximizar suas quotas de mercado e refinar suas plataformas� Em relação a essa possibilidade, o diretor de con- teúdo da Netflix, Ted Sarandos, afirma que o princi- pal objetivo incorporado à estratégia da empresa é “tornar-se a HBO mais rápido do que a HBO poderia se tornar” (HASS, 2013). Tal declaração ilustra cla- ramente o processo intensificado de convergência entre a TV e a indústria que são alimentadas pelo desenvolvimento de tecnologia e pela evolução da internet� 27 CONSIDERAÇÕES FINAIS O campo da inovação é muito amplo. A habilidade de desenvolver novas ideias e inovações tornou-se uma prioridade para muitas organizações� A intensa competição global e o desenvolvimento tecnológico fizeram da inovação uma fonte de vantagem compe- titiva� A capacidade de uma empresa de apresentar uma ideia de um valor mais alto pode ser uma fonte de vantagem competitiva e representa o motivo pelo qual um cliente pode optar por uma empresa em detrimento de outra� As empresas que conseguem criar essa vantagem competitiva podem melhorar sua atividade com a experiência e o conhecimento adquirido que, com o tempo, pode ser fontes de competências distintas no mercado� Ao longo deste módulo, estudamos que a capacidade de inovar representa a capacidade de criar continua- mente conhecimentos e ideias em novos produtos, processos e sistemas, para benefício da organização e dos acionistas� A capacidade de desenvolver essas novas ideias e a inovação se tornou uma prioridade para muitas organizações� No que diz respeito à tipologia das inovações, apren- demos sobre os tipos de inovação: inovação adminis- trativa, de produtos e inovação radical. Descobrimos, também, que a inovação organizacional é unidimen- sional; e que há uma tendência em que as empresas 28 podem iniciar e/ou implementar os seguintes tipos de inovação: tecnológica, administrativa, de produto e processo� Discutimos sobre a importância do marketing e aprendemos que ele pode ser visto como um pro- cesso racional, organizado a partir da inovação. Isso estabelece a inovação como o oitavo paradigma de marketing. Finalizamos a unidade discutindo sobre os diferentes tipos de inovação que podem estar relacionados a: prestação de um novo serviço; modificação de proce- dimentos empregados para preparação ou produção de um serviço; introdução de novas técnicas para planejamento; descoberta de novos mercados; ou resultados de um processo de solução de problemas. 29 SÍNTESE Cultura de inovação nas organizações • A visão baseada em recursos (RBV - Resource-based View); • A inovação organizacional. Marketing como inovação • O papel central da inovação no marketing; • Paradigma da inovação. Inovação organizacional • Fatores estruturais (internos e externos). Tipologia da inovação • Inovação administrativa; • Inovação de produtos; • Inovação radical e criativa; • Inovação adotiva; • Inovação incremental e radical. Características da inovação • A capacidade de inovar; • definição de inovação; • A compatibilidade. Inovação e Economia Criativa Introdução • Definição de criatividade; • Indústrias criativas; • Inovação e Economia Criativa. A INOVAÇÃO Referências Bibliográficas & Consultadas ALDERSON, W. Dynamic marketing behavior: a functionalist theory of marketing, Richard D. Irwin, Homewood, IL, 1965. BARNEY, J. B. Firm resources and sustained com- petitive advantage. Journal of Management, 1991. BARNEY, J. B.; WRIGHT, M.; KETCHEN Jr., D. J. The resource based view of the firm: ten years after 1991. Journal of Management, 27, pp. 625-641, 2001. BESSANT, J.; TIDD, J. 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