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Clara Montelo T8
Diagnóstico pré-natal aneuploidias
● O principal objetivo do diagnóstico pré-natal é dar às famílias em risco a
informação necessárias para que possam tomar decisões durante a gestação
Aneuploidia: aumento ou diminuição de um cromossomo
Benefícios
● A tranquilização das famílias em risco quando o resultado é normal
● A possibilidade do casal se preparar psicologicamente para o nascimento de
um bebê afetado
● A ajuda do profissional da saúde no planejamento do parto, o tratamento e
os cuidados com o bebê afetado
Diagnóstico pré-natal
Dentre os exames pré-natais temos os testes de triagem e os testes invasivos
Procedimentos não invasivos
● Nas 15 e 17 semanas do período gestacional é possível dosar a alfa feto
proteína (AFP) no soro materno porque as moléculas atravessam as
membranas fetais
1. Teste quádruplo de triagem
→ somado a idade materna avançada
Na 16 semana faz-se dosagem, a partir do soro materno de:
● Alfafetoproteína (AFP): se baixa é indicativo de SD
● Estriol não conjugado: se baixa é indicativo de SD
● Gonadotrofina coriônica humana: se elevada é indicativo de SD
● Inibina A: se aumentada indicativo para SD
● Os quatro indicadores juntos podem identificar aproximadamente
80% (falso positivo de 5%) dos fetos com trissomia do 21 e a
maioria dos casos de trissomia do cromossomo 18 (SD e edward)
2. Ultrassonografia
● A visualização do feto em tempo real ajuda a detectar muitas
malformações fetais e melhora a eficácia da amniocentese e de
outros testes invasivos
● Essa técnica identifica fetos com anomalias cromossômicas, pela
detecção de uma malformação, retardo do crescimento intrauterino,
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hidropisia (acúmulo anormal de líquido no feto) ou de uma alteração
no volume de líquido amniótico
11 a 13 semanas:
- Translucência nucal: aumentada (espessura acima do percentil 95
para a IG), pode ser indicativo de alguma cromossomopatia
- Ausência do osso nasal: alta associação com a trissomia do
cromossomo 21 e outras anomalias cromossômicas
3. Análise do DNA fetal na circulação materna
● DNA livre de células (cfDNA-cell-free DNA) - de trofoblastos que
sofreram apoptose. É possível encontrá-lo da 9 a 10 semana
gestacional
● O uso de sequenciamento de alto rendimento pode revelar
aneuploidias com especificidade e valor preditivo maiores do que os
outros procedimentos de triagem de primeiro e segundo trimestre. A
sensibilidade do teste para detecção de aneuploidia é praticamente
100%
● A sensibilidade de um teste corresponde ao percentual de resultados
positivos dentre as pessoas que têm uma determinada doença ou
condição clínica. A especificidade é a capacidade do mesmo teste
ser negativo nos indivíduos que não apresentam a doença que está
sendo investigada
Procedimentos invasivos - diagnóstico
Quando um teste de triagem pré-natal identifica um risco de anomalia fetal maior
que 1/500, é comum que a gestante considere a possibilidade dos testes invasivos
Vários fatores influenciam no processo de tomada de decisão:
● O risco quantitativo estimado determinado pelo resultado de triagens, para
síndrome de down e outras doenças cromossômicas
● O risco de perda fetal pelo procedimento - cerca de 0,3% a 1% acima do
risco natural, dependendo do teste diagnóstico
● O custo do procedimento
1. Amniocentese
● Realizada de 15 a 17 semanas por meio de coleta do líquido
amniótico (amniócitos). Com auxílio do ultrassom, uma agulha é
inserida através da parede abdominal até o saco amniótico
● São realizados estudos citogenéticos convencionais (cariótipo), teste
moleculares (mutações) e/ou bioquímicos (alfafetoproteína)
● A amniocentese aumenta o risco de perda fetal em 0,2% a 0,3%
(1/300 a 1/500) acima do risco natural da IG. Nessa fase é de 3%
para as mães que não fazem amniocentese
● A decisão de fazer ou não a amniocentese deve considerar o risco de
perda fetal contra a probabilidade de que o feto seja afetado com
uma doença diagnosticável com possibilidade de intervenção na fase
intrauterina
2. Punção de vilosidades coriônicas (CVS)
● Nas 10 e 11 semanas gestacionais é possível realizar a coleta de
amostra de tecido trofoblástico fetal (vilo corial) por via
transcervical ou transabdominal
● O risco de perda fetal é de aproximadamente 1% a 1,5% acima do
risco normal da IG
● A vantagem é fornecer o diagnóstico em uma fase muito mais
precoce da gravidez do que a da amniocentese
● Quando as vilosidades coriônicas são obtidas com sucesso, a técnica
permite resultados diagnósticos em mais de 995 dos casos. Uma
desvantagem da CVS é que ela não permite dosagem da AFP do
líquido amniótico
3. Cordocentese ou amostragem percutânea de sangue do cordão
umbilical (PUBS)
● Realizada após a 16a semana de gestação e consiste da punção de
sangue da veia do cordão umbilical guiada por ultrassom
● A taxa de perda fetal atribuível a PUBS é baixa, mas levemente
maior do que a da amniocentese ou da CVS
● Há três aplicações fundamentais da PUBS:
- Análise citogenética
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- Diagnóstico de doenças hematológicas, que são analisadas
mais eficazmente em amostras de sangue, ou o diagnóstico
de doenças imunológicas
- Fazer uma distinção rápida entre mosaicismo fetal
verdadeiro e falso (causado pela contaminação de uma
amostra de líquido amniótico por células maternas)
Aconselhamento genético ou consulta genética
Processo de comunicação que lida com problemas humanos associados à ocorrência,
ou ao risco de ocorrência, de alguma doença genética na família
→ equipe multidisciplinar chefiada por um médico geneticista
● Ajudar os pais a compreender a origem da condição genética, características,
limitações e tratamento
● Exames complementares quando necessários
● Encaminhamento para equipe multidisciplinar: psicólogo, assistente social,
fisioterapeuta, fonoaudiólogo, dentista
● Indicação de grupos de apoio
● Futura gestação: acompanhamento pré-natal, fertilização in vitro,
contracepção, adoção
Risco de recorrência de uma síndrome cromossômica na prole de um
casal
● A origem das causas das aneuploidias (não disjunção meiótica,não disjunção
mitótica, translocação robertsoniana, isocromossomo) ainda não está
totalmente compreendida
● O que se sabe é que a recorrência das síndromes cromossômicas não seguem
o padrão mendeliano de herança
● Porém, o que se vê é que o nascimento de uma criança sindrômica alerta
para uma maior probabilidade de gametas desbalanceados recorrerem no
casal

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